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7.3 Erliquiose e Borreliose

7.3. ERLIQUIOSE E BORRELIOSE

A erliquiose é uma doença causada pelas bactérias Erlichia sp. e Anaplasma platys transmitidas pelo carrapato infectado, frequentemente Rhipicephalus sanguinius (carrapato morron), causando uma doença em duas fases, aguda e crônica. A fase aguda apresenta sinais de febre, perdas de apetite e de peso, que podem passar desapercebidas, até sangramentos espontâneos. A fase crônica, que ocorre entre 1 a 4 meses, exibem sinais como sangramentos nasais sem causa evidente, pontos vermelhos na boca, gengivas pálidas, febre, depressão, perda de apetite, vômitos, perda de peso e aumento de volume de linfonodos, alterações respiratórias e neurológicas (como inclinação de cabeça, movimentos involuntários dos olhos, incoordenação dos movimentos, andar em círculos, convulsões), hipersensibilidade, hemorragia nos olhos, cegueira, articulações inchadas e doloridas.

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O tratamento é realizado com antibioticoterapia específica e internação em casos de hemorragia ou anemia importantes, podendo ser necessário a transfusão de sangue ou de plasma rico em plaquetas.

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Borreliose, ou doença de Lyme, é causada por uma bactéria em formato de espiral (Borrelia sp.) e também transmitida por

carrapatos (do gênero Ixodes ou “carrapato duro”) infectados. Os sinais da doença aparecem de 2 a 5 meses após a infecção e iniciam com andar rígido com o dorso arqueado, aumento de volume de articulações e dor ao toque, febre, perda de apetite, depressão, podendo ocorrer vômitos, diarréia, perda de peso, aumento da ingestão de água e produção de urina por acometimento renal, edema e acúmulo de líquido no abdomem. A borreliose pode causar lesão renal fatal e raramente disfunção neurológica como mudança de comportamento. Assim como a erliquiose, a borreliose também é uma zoonose e apresenta um sinal clássico no homem: uma mancha na pele com aparência de olho-de-boi no local da picada do carrapato, podendo desenvolver sintomatologia parecida com a do cão.

O tratamento é com base na antibioticoterapia específica durante um período de 28 dias podendo não eliminar completamente a bactéria e, assim, recidivar após o término do tratamento de meses a anos. Por esse motivo, o canino deve ser considerado

“portador”, ainda que não seja transmissor, pois a doença precisa do carrapato específico para transmitir a bactéria a outro cão ou ao

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