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2.3 Trauma torácico
Os parâmetros fisiológicos de um cão são:
Frequência cardíaca (FC) - 60 à 160 bpm
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Frequência respiratória (FR) - 18 à 36 mpm
Temperatura retal (TR) - 37,5°C à 39,2° C
Se possível, aferir a glicemia com glicosímetro humano e, abaixo de 60, o ideal é fazer glicose oral ou endovenosa, nunca por outra via que não estas.
A partir do exame clínico geral do paciente de trabalho, vamos entrar nas afecções mais comuns.
2.3. TRAUMA TORÁCICO
Dentre os traumas torácicos mais comuns, estão a contusão pulmonar, tórax volante e pneumotórax grave.
As contusões pulmonares são as complicações mais comuns reconhecidas no paciente que sofreu um trauma contuso de tórax, devido principalmente a lesão de compressão –descompressão da cavidade torácica. Normalmente está associada
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a acidentes com veículos automotores, brigas entre animais, quedas, abuso humano e ondas de choque (FADEL, 2012).
Um paciente que sofreu tal tipo de trauma, deve ser levado imediatamente à consulta com avaliação de um médico veterinário para exames complementares, posto que possam ocorrer complicações como hipoxemia (hipoventilação) e atelectasia pulmonar. Para transportar esse paciente, o ideal é que seja o mais confortável possível, em decúbito external e mantendo sob oxigenação com máscara. Diagnósticos diferenciais são: hérnia diafragmática, hemotórax grave e pneumotórax.
Em casos de tórax volante, afundamento torácico ou FlailChest , geralmente a condição que causou isso é de origem traumática, na qual se encontram fraturas de duas ou mais costelas e, ocorre em 25 a 82% dos pacientes que sofreram traumatismo torácico de qualquer tipo (GUZMÁN, 2012).
Para transporte, esse paciente deve estar em decúbito external, sob oxigenação e, se o médico veterinário for muito distante, há a indicação do uso de analgésicos para controle da dor. Conforme conversamos em aula, o que vocês teriam disponível seria dipirona, para ser administrado por via oral, na dose de 25 mg/kg e cloridrato de tramadol na dose de 4 mg/kg, via oral. Se
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tiver disponível, os fármacos podem ser administrados por via subcutânea. O ideal é que nunca um animal seja medicado sem orientação de um médico veterinário, porém em situações em campo e de emergência, onde a ausência deste profissional é comum, o ideal é que não deixe o paciente com dor e o mantenha oxigenado.
Para estabilizar o segmento fraturado, preconizou-se durante muitos anos, tanto em humanos, quanto em pequenos animais, uma bandagem compressiva no toráx, porém estudos experimentais demonstraram que esse procedimento não era somente ineficaz em estabilizar o segmento flutuante, mas também poderia resultar em efeito deletério para a função ventilatória do paciente (GUZMÁN, 2012). Sendo assim, nenhuma bandagem compressiva ou bandagem no tórax deve ser realizada.
Alguns pacientes podem apresentar pneumotórax, que também é uma complicação frequente em trauma, causando dificuldade respiratória, causado pela ruptura alveolar secundária ao aumento da pressão intratorácica. Também pode ocorrer pela penetração de objetos cortantes na parede torácica, fratura de costelas ou ruptura das vias aéreas (CROWE JR, 2012). O paciente pode apresentar taquipneia, que é a respiração rápida e superficial,
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