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TRANSIÇÃO SECAS-ÁGUAS: COMO
Garantir O Desempenho Do Rebanho
É chegado o momento onde as primeiras chuvas começam a cair em diversas regiões do país, indicando que o período da seca está terminando. É comum considerarmos que o período de seca se inicia em maio e se estende até outubro, onde tanto o primeiro como o último mês são conhecidos como meses de transição.
O período de transição requer maior atenção dos produtores e técnicos, pois a formação do pasto de águas está ligada a diversos fatores, como:
Volume de chuva; Temperatura; Luminosidade; Fertilidade do solo; Espécie forrageira; Estrutura do pasto.
É comum neste período que as chuvas não sejam constantes, podendo ficar alguns dias ou semanas sem chover, neste momento é onde a atenção deve ser redobrada, pois a macega com grande quantidade de resíduo, material morto e talos comprometem a estrutura do pasto, prejudicando a taxa de bocado, o que sobretudo refletirá no aumento do tempo de pastejo dos animais, também impactando no desempenho.
Após um determinado volume pluviométrico se dá início à rebrota do capim, caracterizada pela presença de folhas jovens e que apresentam alta taxa de digestibilidade, por sua vez impactando na taxa de passagem do alimento consumido.
Neste período é comum observarmos animais com o traseiro sujo de fezes, reafirmando que o uso de produtos aditivados nessa época se torna essencial, uma vez que o mesmo influencia na velocidade da quebra da proteína do capim, impactando diretamente no aproveitamento da forragem ingerida e no desempenho do animal.

É importante ressaltar o cuidado que devemos ter com produtos que possuam ureia em sua composição. Uma vez que esses suplementos, quando em contato com água acumulada no cocho, dissolvem a ureia e acaba intoxicando os animais que a consumirem, podendo levar à morte.
A implantação de cochos cobertos visa minimizar esse risco, portanto quando ocorre uma chuva de vento, o produto tende a molhar. Pensando em extinguir esse risco é importante orientar os responsáveis pelo rebanho a rodar os cochos frequentemente, drenando a água acumulada, quando o cocho não é furado e retirando os produtos de cochos onde não há animais.
Dessa forma, com alguns ajustes no manejo, melhorias na estrutura de cocho e o uso da suplementação correta, o período de transição pode tornar uma oportunidade para o pecuarista de manter o rebanho com bom desempenho, garantindo assim a rentabilidade da atividade.
Ainda, é preciso lembrar que neste período, devido a natureza fibrolítica dos ruminantes, o consumo dos produtos tende a cair, uma vez que os animais gastam mais tempo buscando as folhas jovens que estão saindo, há também a predileção por alimentos fibrosos.
Pensando em animais onde o objetivo é a mantença do escore corporal, as estratégias utilizadas são: fornecer no cocho produtos mais concentrados (suplementos), onde a menor ingestão ainda vai suprir as exigências nutricionais do animal; utilizar produtos que tenham farelo de milho e/ou soja em sua composição, melhorando a palatabilidade e aumentando o consumo.
Agora, quando falamos de animais que o objetivo é a terminação, podemos adotar a estratégia de começar a alavancar o consumo, inserindo um produto de maior ingestão, teor de proteína e energia, consequentemente o ganho desses animais será maior e o mesmo entrará no período das águas com melhor escore corporal e condição de ingerir produtos que venham a fazer com que o mesmo esteja pronto ao abate no final do período das águas.