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Especial

Fábio de Assis Coelho

Dedicação por tudo o que faz

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Sr. Fábio, 83 anos de muito amor e dedicação a tudo que se compromete a fazer

Vitalidade e paixão por tudo o que faz, Sr. Fábio de Assis Coelho, proprietário da Fazenda Santa Amélia, no município de Cristais Paulista/SP, nos recebeu com um sorriso contagiante no rosto e muito carisma. Filho de Francisco Coelho e Aretuza Cintra Coelho, tem 83 anos de muito amor e dedicação a tudo que se compromete a fazer. “Minha infância toda passei aqui, desde os 7 anos, antes eram terras do meu avô.” Cafeicultura está na história desde o início, “tudo começou com meu pai, antes era pouco café, depois que passei a cuidar que ampliei a área, hoje tenho 40 hectares e arrendo mais 40.” Conta Sr. Fábio.

A casa em que vive com o irmão Antônio de 73 anos, foi construída pelo avô e possui mais de um século. “Essa casa tem 120 anos, aqui também tinha uma escola onde eu comecei a estudar, todas as crianças da região vinham para cá.” Cita Fábio. Ele também conta com muito amor sobre os cinco irmãos e fala com carinho do irmão mais jovem, Antônio que vive com ele. “Nós combinamos muito, desde sempre fomos eu e ele.”

Sr. Fábio conta que estudou em Franca/SP e após concluir o curso de contabilidade se mudou para São Paulo com o tio, onde ficou por 10 anos. “Aqui não tinha muita oportunidade de trabalho, então fui com meu tio para São Paulo e era difícil, cidade grande, era muito diferente.” Sr. Fábio cita que se associou a cooperativa logo no início, “depois que voltei de São Paulo, passei a trabalhar em um escritório de uma fazenda e o proprietário me pediu para cuidar do local, logo depois disso resolvi retornar para as terras do meu pai e plantar mais café, isso já vai fazer uns 40 anos. A cooperativa foi uma alternativa que encontrei para me ajudar e ainda continua me auxiliando, sem ela não sei como seria. Acredito muito na cooperativa e fiz parte do Conselho Fiscal também.”

A evolução dos tratos culturais está diferente do que há 40 anos atrás, quando Sr. Fábio decidiu focar no café. “Hoje em dia é muito mais fácil, os implementos ajudam bastante, desde que comecei aqui já instalei as máquinas de benefício para facilitar e temos todos os equipamentos que ajudam no dia a dia.”

Sr. Fábio é cooperado desde o início da cooperativa

Pai e filho cuidam juntos da fazenda

A união entre os irmãos Fábio e Antônio

Outra paixão do Sr. Fábio é a criação de gados e de suínos, “além do café, tenho um pouquinho de gado e 80 matrizes de porcas.” Ele nos leva para conhecer a maternidade, lugar em que ficam os porcos recém nascidos e as matrizes. “Aqui nós temos a maternidade e o berçário, onde ficam os porcos desmamados, todos já saem daqui terminados. Hoje eu vendo também para faculdades realizarem pesquisas.” É nítido o entusiasmo que o Sr. Fábio possui pelos suínos, ele nos conta com todos os detalhes como é a criação. “Tenho cerca de 80 matrizes, e cada uma dá por cria de 12 a 13 porquinhos.”

Sr. Fábio conta que tem 2 filhos e quatro netos. “Um dos meus filhos mora em Passos/MG e o outro mora em Franca/ SP e vem todo dia para cá cuidar da fazenda, eu fico mais na administração, fazendo as contas.”

Sr. Fábio é um homem de muita vitalidade e percorre sua propriedade nos mostrando com orgulho o cafezal e o quintal que é repleto de frutas como mangas, jabuticabas, uvaias, amoras e muitas outras. Sua paixão é estar em seu lar.

Contamos um pouco da história do Sr. Fábio, agradecemos a ele por ter aberto as porteiras de sua propriedade para nos receber com muito carinho e hospitalidade.

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Sr. Fábio tem paixão pela criação de porcos

Cafeicultores investem em cultura da uva como diversificação

AAlta Mogiana é conhecida por seus cafés, pela boa altitude e terras férteis e este solo também se tornou o cenário de outra cultura: a uva. Fomos visitar a Fazenda Água Limpa / Ana Diniz, propriedade herdada por Ana Márcia Diniz dos pais José Altino e Elir, onde a cooperada começou uma nova história por meio da viticultura.

Ana nos revela que já tinha vontade de morar na fazenda após seus 50 anos. Depois de 25 anos de carreira como psicóloga e neuropsicóloga decidiu retornar as raízes, e em 2019, ela e seu marido, Rogério Abreu assumiram a fazenda e iniciaram uma série de reestruturações da propriedade. “Nasci aqui, fiquei até meus quatro anos de idade e depois me estabeleci em Franca/SP, onde trilhei caminhos distantes da agricultura, porém sempre a fazenda fez parte da minha vida como momentos de lazer. É no contato com a natureza que me energizo.”

Em 2020 com o incentivo e motivação do amigo viticultor, Fernando Bizanha e sócio proprietário juntamente com Maurício Orlov da Arcano, marca de vinho da região, Ana vislumbrou a possibilidade de encarar o desafio e investir no cultivo de uvas. Já que uma parte da fazenda não era utilizada para a plantação de café, o terreno foi preparado e iniciou-se assim, o vinhedo ANA DINIZ. No vinhedo são produzidas três variedades de uvas que possuem características para produção de vinhos finos de qualidade, são elas: Syrah, Marselan e Touriga Nacional. “Já estamos estudando a próxima variedade a ser plantada para a ampliação do vinhedo.” Cita a cooperada. As videiras são cultivadas sob o manejo da dupla poda, técnica que consiste em duas podas: uma em setembro para iniciar o ciclo de formação dos ramos e se retiram todos os cachos e outra poda em fevereiro quando se inicia o ciclo de produção, a maturação dos cachos ocorre no inverno frio e seco da Alta Mogiana (maio a agosto), condição favorável à colheita de uvas com alta qualidade para produção de vinhos finos.

Uva e café, culturas que se assemelham nas diferenças: A uva e o café são culturas aparentemente bem diferentes que exigem cuidados de manejo distintos, mas, segundo Ana e Rogério, eles conseguem conciliar as duas culturas facilmente. “Um dos fatores motivadores para encararmos esse projeto é que usamos praticamente os mesmos equipamentos e conseguimos conciliar os períodos.” Cita Ana. Com o procedimento de duas podas ao ano, uma delas é realizada em agosto e a outra em fevereiro. “A poda de agosto é realizada para desacelerar o processo vegetativo e em fevereiro realizamos a poda para produção. Novamente temos o processo de desbrota e nos últimos meses,

Ana Diniz durante a 1ª Vindima (colheita) de seu vinhedo

que antecedem a colheita da uva, que requerem menos manutenção, estamos envolvidos com a colheita do café, o que facilita muito conciliar as 2 culturas”. Nos conta Rogério. De acordo com os produtores é muito mais fácil um cafeicultor ser viticultor do que iniciar do zero. “Muitos maquinários são os mesmos e até conseguimos conciliar alguns produtos”, explicam o casal.

O terroir da Alta Mogiana:

Já ouviu falar nesse termo? Surgido na França, a expressão denomina o DNA da terra, e é influenciado por clima, geologia, pedologia, drenagem, topografia e intervenção humana.

O clima da Alta Mogiana é favorável para o cultivo de videiras e produção de vinhos finos de alta qualidade pois temos na região, boa amplitude térmica no período de maturação das uvas, com dias quentes e noites frias. Antes de iniciarem o plantio das videiras, Ana e Rogério realizaram estudos para entender o processo de cultivo e buscaram orientação profissional da equipe técnica FLOENO, empresa de consultoria em viticultura e enologia. A equipe de agrônomos especialistas em viticultura, acompanha o projeto desde o início com a escolha da área, implantação do vinhedo e mensalmente visita a fazenda auxiliando nas tomadas de decisão com o manejo das videiras. De acordo com Ana: “Foram realizadas análises de solo, adequação do terreno e foi um procedimento longo até a plantação.”

A uva, cultivo que une:

A uva e o vinho unem amigos, famílias e amores desde a Grécia Antiga, trazendo emoções e confraternizações e no caso de Ana e Rogério não foi diferente. Segundo eles, na 1ª Vindima (colheita da uva) vários familiares e amigos foram reunidos para ajudar.

Em 2023, a família irá experimentar o primeiro vinho de sua produção e com certeza isso permitirá vários momentos de degustação. “Pretendemos que as vendas dos nossos vinhos sejam acompanhadas de uma surpreendente experiência no mundo do café e do vinho.” Cita Ana Diniz.

Para o casal, que sempre admirou a cultura da uva, ser viticultores é uma grande oportunidade pois sempre apreciaram um bom vinho junto com os amigos e agora essa paixão tem cada vez mais aumentado por meio dos estudos e conhecimentos na área. “A uva é uma cultura linda, presente na história da humanidade há muito tempo, que une e traz alegrias e com certeza está nos trazendo muita felicidade.” Afirma a cooperada.

Agradecemos a Ana e Rogério por terem nos recebido com tanto carinho e por nos mostrarem um pouco mais desse universo que é o cultivo de uvas.

O vinhedo Ana Diniz prioriza o trabalho feminino

O terroir da Alta Mogiana vem se ampliando cada vez mais

Lançamento do Simcafé é marcado por sucesso de vendas de stands

O Simcafé é um evento de difusão da cafeicultura e do cooperativismo

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oi dada a largada ao maior evento de difusão da cafeicultura e do cooperativismo da Alta Mogiana, o Simcafé. O evento em 2023 ocorrerá de 06 a 08 de março.

O lançamento que ocorreu em setembro para os fornecedores, foi um sucesso e gerou mais de 80% de vendas dos espaços. A oportunidade foi marcada pelas falas do Diretor Comercial, José de Alencar Coelho Junior, pelo Diretor de Negócios, Ricardo Lima de Andrade e pelo Gerente Comercial, Fabrício Andrian David. Todos citaram a importância da feira para expor marcas e fortalecer produtos e estar próximo do produtor, além disso também apresentaram as melhorias estruturais para o 14º Simcafé.

“O Simpósio do Agronegócio da Alta Mogiana é um evento de difusão da cafeicultura e do cooperativismo pela nossa região, é de extrema importância para o produtor e para a exposição de sua marca, feira que conta com a tradição de anos e sempre busca trazer inovação, novas tecnologias de manejo e conta com a presença de importante figuras da cafeicultura”, disse Ricardo Lima de Andrade, Diretor de Negócios Cocapec.

Sobre o Simcafé:

O Simcafé tem tradição de mais de 13 anos levando informação, oportunidades de negócios e conhecimento aos cooperados e produtores da região. Na última edição contou com mais de 90 empresas participantes e recorde de público em 3 dias de evento.

O evento reuniu diversos fornecedores e mais de 80% dos espaços do Simcafé já foram vendidos no lançamento.

Pilares do ESG e as semelhanças com os princípios do cooperativismo

Cocapec participou da Semana de Competividade OCB (Organização das Cooperativas do Brasil) que debateu o Futuro do Coop.

Asigla que em inglês significa ambiente (Environmental), social (Social) e governança (Governance) reúne os três pilares para uma operação com análises ambientais, sociais e de governança, o ESG representa uma forma de empresas aturarem de maneira mais consciente com a sociedade e com o meio ambiente.

À medida que a pegada sustentável tem se tornado um fator de destaque devido às crises climáticas e à necessidade de humanização nas empresas se transformado em uma pauta presente, o ESG tem sido cada vez mais presente em todo o mundo.

O que é ESG?

ENVIRONMENTAL / AMBIENTAL: é referente às práticas de uma empresa relacionadas à conservação do meio ambiente. Isso incluindo, assuntos como a redução da poluição do ar e das águas, ajuda para o fim do desmatamento e do aquecimento global, entre outros assuntos. SOCIAL / SOCIAL: é relacionada ao modo como as empresas lidam com a comunidade ao seu redor, ou seja, diversidade na equipe, engajamento de funcionários, respeito à legislação trabalhista, apoio a comunidade.

GOVERNANCE / GOVERNANÇA: tem ligação com a administração de uma empresa, sua conduta corporativa em relação à remuneração, se existe um canal de denúncia, à composição de conselhos, estrutura de comitês entre outros fatores.

Princípios do cooperativismo:

As cooperativas já são modelos em relação ao ESG pois dentro dos seus valores estão a ajuda mútua, responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. O cooperativismo possui sete valores que compõem sua filosofia. São eles:

1) ADESÃO LIVRE E VOLUNTÁRIA: as cooperativas estão de portas abertas, sem discriminações de gênero, social, racial, política ou religiosa. Este princípio salienta o valor da igualdade e de que todos podem fazem parte de uma cooperativa.