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Negócios

Cooperativa oferece o serviço de armazém geral

Ointuito da Cocapec é promover a cafeicultura e oferecer o melhor aos cooperados, pensando nisso e alinhado ao Avança Cocapec, que vem aprimorando e modernizando os sistemas da cooperativa, agora a cooperativa oferece o serviço de armazéns gerais. A Cocapec tem a tradição de mais de 30 anos, atendendo a região e promovendo o café da Alta Mogiana em todo o mundo. Oferecendo credibilidade e segurança em todas as etapas, do armazenamento a comercialização, buscando sempre as melhores oportunidades de negócios e superando os desafios do mercado ao lado do cafeicultor. Contamos com armazéns nos Estados de São Paulo e Minas Gerais estrategicamente localizados na região da Alta Mogiana, além disso a maioria deles contam com certificações para recebimento de cafés especiais e são assegurados em casos de acidente. Além de segurança, a agilidade é outro benefício o processo de desembarque é realizado em até 40 minutos desde o caminhão entra na cooperativa até o desembarque.

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Com o oferecimento desse serviço, o benefício será direto para o associado, já que possibilitará maior entrada de receita na cooperativa, gerando aprimoramento para os armazéns e maior manutenção desses espaços. De acordo com Adilson Machado, Gestor de Operações de Café, essa nova atividade irá trazer mais oportunidades aos cooperados. “Esse novo serviço está alinhado ao posicionamento da cooperativa de promover mais modernização, com mais receita entrando podemos aprimorar nossos armazéns, tornando a manutenção dos espaços de maneira assídua”.

A Cocapec traça novos objetivos com o intuito de manter o dever com o cooperado, além de promover a cafeicultura da região, aprimorando nossos serviços e auxiliando o produtor em todas as etapas de produção.

Os armazéns Cocapec estão localizados estrategicamente na região da Alta Mogiana

Uma análise responsável sobre o trabalho análogo à escravidão

Fonte: Silas Brasileiro - Presidente do Conselho Nacional do Café

Um dos maiores desafios da sociedade moderna é lutar cada vez mais por sustentabilidade, em todas as cadeias produtivas rurais e/ou industriais. Na cafeicultura não é diferente. O mercado consumidor é cada vez mais exigente quanto às normas de produção, que tornam o café uma bebida de muita qualidade. Mas, não é apenas o sabor que está no radar dos compradores. A gestão ambiental e a responsabilidade social também estão em foco.

Em busca de uma solução para a falta de mão-de-obra durante a colheita do café, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Conselho Nacional do Café (CNC) se reuniram com o Ministro do Trabalho e Previdência (MTP), José Carlos Oliveira. Estivemos acompanhados de Bruno da Silva Vasconcelos, Coordenador Sindical da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop). A OCB e o seu braço operacional, CNC, produziram um parecer sobre a possibilidade da contratação temporária nas lavouras de café, sem que o trabalhador perca seus direitos de receber o Auxílio Brasil. Na oportunidade, as instituições apresentaram ao Ministro do MTP ponderações sobre a necessidade de adequação do programa Auxílio Brasil à realidade vivida pelos produtores e os trabalhadores rurais.

Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB tem sido um líder incansável nesse pleito. As várias sugestões que foram apresentadas, se acatadas, trarão enormes benefícios para o campo, tanto para o trabalhador como para os produtores com reflexos na economia brasileira, pois possibilitará a contratação de mão de obra, que é extremamente difícil nessa fase da produção de café.

O MTP mostrou-se preocupado e sensibilizado com a situação e está estudando a viabilidade legal para que o pedido seja atendido já que a contratação informal gera para o mercado internacional uma forte especulação por ser considerado trabalho análogo a escravo, colocando a produção de café do Brasil frente ao mercado consumidor com uma séria restrição.

Rotineiramente, a produção cafeeira é acusada de ser uma cultura em que se encontra trabalhadores em condições análogas à escravidão. No entanto, é fundamental entender como funciona o processo de enquadramento de uma relação trabalhista como trabalho escravo.

O que se propõe é que possamos encontrar um caminho que beneficie o trabalhador e dê segurança ao cafeicultor que contrata a mão-de-obra. Os auditores fiscais são muitas vezes acusados injustamente, por simplesmente cumprirem o seu dever. O que desejamos é que todos sejam beneficiados, trabalhador, contratante e a nação com a diminuição da informalidade.

Para o Conselho Nacional do Café (CNC) há necessidade da criação de regras mais claras sobre o que é trabalho análogo à escravidão. Há informações de que propriedades são inspecionadas e enquadradas na lista suja porque estavam com um trabalhador temporário sem registro, o que aconteceu por pedido do próprio funcionário para não perder o seu enquadramento no Programa Auxílio Brasil.

Recentemente, um artigo publicado por uma agência de notícias atacou empresas multinacionais que compram café de cooperativas que têm como associados, fazendas acusadas de trabalho escravo. Somos a favor da fiscalização, desde que seja feita com bom senso. Acusar uma multinacional ou culpar uma cooperativa pelo suposto erro de um único produtor é injusto. Num universo de 330 mil produtores, 20 fazendas não podem ser utilizadas para generalizar toda uma cadeia como apoiadora do trabalho escravo ou acusá-la de conivente com ele. É óbvio que não podemos aceitar a escravidão em pleno século XXI, mas usar uma mínima parcela em prejuízo à cafeicultura brasileira é injusto.

Outro ponto a se destacar é o fato de as cooperativas agirem rapidamente quando uma propriedade está sob investigação. De forma geral, os cooperados são suspensos e só voltam a figurar como fornecedores de café à cooperativa a qual estão ligados, após comprovarem que não utilizam de mão-de-obra análoga à escravidão. Do contrário, se condenados, suas cotas são excluídas pela cooperativa.

Orientação constante

O CNC, junto com suas cooperativas e associações vinculadas levam informações permanentes para os produtores não incorrerem no erro de promover qualquer ação que possa ser considerada escravidão ou trabalho infantil. No ano de 2020, reforçou algumas recomendações de proteção ao trabalhador safrista destacando os principais tópicos da cartilha ´Orientações sobre prevenção ao coronavírus durante a colheita do café´, expedida pelo CNC, em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater/MG).

Certificações

Acusada pelo mesmo artigo citado anteriormente de ser frágil no monitoramento dos aspectos trabalhistas nas lavouras, a cadeia cafeeira vive constantes processos avaliativos, com visitas de auditores das certificadoras, visto que o café brasileiro exportado não sai do país sem ser certificado. Um dos itens mais rígidos na avaliação dos compradores é a questão trabalhista. A exigência da sustentabilidade na cafeicultura brasileira não é apenas uma bandeira. Ela é buscada diariamente pelas cooperativas, associações e pela esmagadora maioria dos produtores, que é um dos mais interessados de que seu café alcance os padrões de qualidade exigidos, conseguindo assim, melhor precificação dos seus produtos. Os trabalhadores rurais merecem o máximo de respeito possível. Eles são fundamentais nas lavouras cafeeiras, pois desenvolvem funções que nenhum maquinário consegue realizar. O que as reportagens muitas vezes esquecem de avaliar é o número de empregos que a cafeicultura promove. A cadeia gera 8,4 milhões de empregos diretos e indiretos, estando presente em 1.983 municípios de 16 estados produtores, sendo 78% pequenos cafeicultores. Não é possível dizer que essa é uma cultura prejudicial para a nação, muito pelo contrário. Os excessos e erros devem ser apurados e punidos, mas desde que seja de maneira justificada.

O CNC, junto com suas cooperativas e associações vinculadas levam informações permanentes para os produtores não incorrerem no erro de promover qualquer ação que possa ser considerada escravidão ou trabalho infantil. (...) Os trabalhadores rurais merecem o máximo de respeito possível. Eles são fundamentais nas lavouras cafeeiras, pois desenvolvem funções que nenhum maquinário consegue realizar ”