a cogeração no contexto do Plano Nacional de Energia e Clima 2030

espaço cogen

a cogeração no contexto do Plano Nacional de Energia e Clima 2030

Frederico Miguel Claro Pisco Vogal da Comissão Executiva da COGEN Portugal

Tel.: +351 225 322 018 cogen.portugal@cogenportugal.com www.cogenportugal.com

O Regulamento de Governação da União da Energia e Acção Climática, aprovado no âmbito do Pacote Energia Limpa para todos os Europeus, apresentado pela Comissão Europeia em 2016, prevê que todos os Estados-Membros elaborem e apresentem à Comissão Europeia um Plano Nacional Integrado de Energia e Clima para o horizonte 2021-2030.

Em Portugal, o Plano Nacional de Energia e Clima 2030 (PNEC), na versão de Maio de 2019, foi disponibilizado para consulta pública, esperando-se o envio da WYE ZIVWnS ½REP k 'SQMWWnS )YVSTIME EXq ES ½Q HI 8VEXE WI HI YQ HSGYmento vital em termos de política pública no domínio da energia e clima, que vai determinar muitos dos objectivos e acções a desenvolver no decurso da próxima HqGEHE EMRHE UYI TSWWE WIV WYNIMXS E YQ TVSGIWWS HI VIZMWnS JSVQEP IQ Pela importância que tem, importa relembrar alguns dos objectivos constantes do PNEC para o ano 2030:

M HI VIRSZjZIMW RS GSRWYQS ½REP HI IRIVKME QIXE HE 9) HI

MM HI VIRSZjZIMW RE TVSHYpnS HI IPIGXVMGMHEHI QIXE HE 9) HI

MMM VIHYpnS HS GSRWYQS HI IRIVKME TVMQjVME QIXE HE 9) HI

MZ VIRSZjZIMW RSW XVERWTSVXIW QIXE HI 9)

Z VIHYpnS HI +EWIW GSQ )JIMXS HI )WXYJE ERS FEWI E QIXE HE )9 Os objectivos do PNEC são particularmente ambiciosos, nomeadamente ao RuZIP HE RSZE GETEGMHEHI VIRSZjZIP E EHMGMSREV ES WIGXSV IPIGXVSTVSHYXSV GIVGE HI +; I IQ XIVQSW HI TIRIXVEpnS VIRSZjZIP RS WIGXSV HSW XVERWTSVXIW 7IRHS YQ TPERS IWXVEXqKMGS TEVE SW TVz\MQSW ERSW WIVME HI IWTIVEV YQE QEMSV EVXMGYPEpnS GSQ E TSPuXMGE MRHYWXVMEP VI¾IGXMRHS RSQIEHEQIRXI WSFVI S MQTEGXS UYI HIXIVQMREHSW SFNIGXMZSW TSHIVnS XIV IQ WIGXSVIW UYI GSQTIXIQ k IWGEPE KPSFEP I UYI GSRWXMXYIQ E FEWI HI KVERHI TEVXI HEW I\TSVXEp~IW I GVMEpnS HI IQTVIKS E RuZIP REGMSREP No que diz respeito ao sector da cogeração, as referências existem mas são escasWEW I TSV ZI^IW GSRXVEHMXzVMEW GSQ E VIEPMHEHI 6IKMWXI WI HIWHI PSKS E EYWsRGME de objectivos concretos e a ambição no horizonte do plano, para um sector que VITVIWIRXE EGXYEPQIRXI 1;I HI GETEGMHEHI MRWXEPEHE I UYI GSRXVMFYM GSQ YQE TSYTERpE HI IRIVKME TVMQjVME HI ETVS\MQEHEQIRXI OXIT ERYEMW I GIVGE HI XSR '32 IZMXEHEW IQ VIWYPXEHS HE IPIZEHE I½GMsRGME HE XIGRSPSKME HI GSKIVEpnS 7nS EPMjW HSMW HSW SFNIGXMZSW HI VIHYpnS HS 42)' %TIWEV HE VIJIVsRGME k RIGIWWMHEHI HI TVSQSZIV E GSKIVEpnS VIRSZjZIP HI EPXE I½GMsRGME RS UYEHVS HS SFNIGXMZS UYI ZMWE S HIWIRZSPZMQIRXS HI YQE MRH WXVME inovadora e competitiva, não pode deixar de ser salientado que o enquadramento PIKEP EGXYEP MQT~I GSRWXVERKMQIRXSW XqGRMGSW EHQMRMWXVEXMZSW I IGSRzQMGSW TEVE E promoção de novos investimentos de cogeração mantendo-se, por exemplo, por VIKYPEQIRXEV S EGIWWS k QSHEPMHEHI IWTIGMEP )RXIRHI WI I WYFWGVIZI WI E RIGIWWMHEHI HI TVSQSpnS HE GSKIVEpnS VIRSZjZIP ZIVXMHE EPMjW RS VIGqQ ETVSZEHS (IGVIXS 0IM R ž HI HI %KSWXS QEW q importante referir que a conversão de actuais instalações a partir de combustíveis JzWWIMW TEVE JSRXIW VIRSZjZIMW q IQ QYMXSW GEWSW XIGRSPSKMGEQIRXI MRZMjZIP GSQS q S GEWS HEW MRWXEPEp~IW E KjW REXYVEP ¯ UYI RnS HIM\EQ HI HEV YQ MQTSVXERXI GSRXVMFYXS TEVE E VIHYpnS HI GSRWYQS HI IRIVKME TVMQjVME TSV ZME HE WYE IPIZEHE I½GMsRGME 8IRHS IQ GSRXE E RIGIWWMHEHI Nj IZMHIRGMEHE TIPE 'SQMWWnS )YVSTIME RS WIRXMHS HS 42)' EYQIRXEV S RuZIP HI IWJSVpS TEVE EXMRKMV E QIXE HI I½GMsRGME HE 9RMnS TEVE MQT~I WI UYI S WIGXSV HE GSKIVEpnS WINE HIZMHEQIRXI IRUYEdrado no âmbito do PNEC, olhando com realismo e ambição para o contributo UYI S QIWQS TSHIVj HEV RS HIGYVWS HE TVz\MQE HqGEHE IQ QEXqVME HI I½GMsRGME IRIVKqXMGE

8I\XS IWGVMXS HI EGSVHS GSQ E ERXMKE SVXSKVE½E

6

Impõe-se que o sector da cogeração seja devidamente enquadrado no âmbito do PNEC, olhando com realismo e ambição para o contributo que o mesmo poderá dar no decurso da próxima década IQ QEXqVME HI I½GMsRGME energética.