66
reportagem
PLC 2018 debate a transformação digital e o futuro da indústria texto e fotos por André Manuel Mendes
Transformação digital, inovação, os novos paradigmas da indústria, Indústria 4.0, Internet das Coisas, foram estes os principais temas levados a público e a discussão durante a 13.ª edição do PLC – Produtividade, Liderança e Competitividade, um evento que já faz parte do calendário industrial português e que desde 2006 é organizado pela Rittal Portugal, Phoenix Contact Portugal e M&M Engenharia Industrial. O tecido industrial está a viver um período de adaptação a novas ferramentas, novos conceitos, novas exigências. Para dar resposta às temáticas mais prementes da área industrial, desde o ano de 2006 que a Rittal Portugal, Phoenix Contact Portugal e M&M Engenharia Industrial organizam anualmente o PLC, um espaço de discussão e apresentação de ideias que este ano teve lugar no hotel Eurostars Oasis Plaza, Figueira da Foz, no dia 18 de outubro de 2018. A abertura da 13.ª edição do PLC, que teve como tema central a “Transformação digital para projetar o futuro”, esteve a cargo de José Meireles, Sócio-Gerente da M&M Engenharia Industrial, Jorge Mota, Diretor-Geral da Rittal Portugal e Michel Batista, Diretor-Geral da Phoenix Contact Portugal. “Somos o único grupo no mercado nacional que conseguiu levar a bom porto, durante tantos anos, este evento que tem atraído tanta gente dos mais diversos quadrantes”, afirmou Michel Batista, salientando que é sempre um desafio inovar, apresentar novidades e conseguir temas que atraiam o interesse do público. Jorge Mota dirigiu-se aos que, pela primeira vez, estiveram presentes no PLC,
www.oelectricista.pt o electricista 66
agradecendo e esperando que fosse frutífero o feedback final dos participantes. “Um dos nossos objetivos é que o evento seja renovado ano após ano, e que as pessoas encontrem neste espaço, neste evento, neste ambiente, uma motivação forte para fazerem o seu networking, para desenvolverem as suas capacidades, o seu conhecimento, e poderem aplicar nos seus projetos do futuro”. “Organizamos este evento ano após ano e não é fácil ter imaginação para tornar este ambiente criativo e interessante para todos, mas esperamos com isto gerar valor ao vosso conhecimento, ao vosso negócio, à vossa atividade profissional. Espero que este ano, mais uma vez, encontrem neste espaço tudo aquilo que procuram como a troca de conhecimento, o networking, o estabelecimento de parcerias, realização de negócios, porque esse é um dos maiores desígnios deste evento“.
PROJETO DIGITAL – CONTROLO DE TODAS AS FASES DO SEU DESENVOLVIMENTO A primeira intervenção do dia esteve a cargo da M&M Engenharia Industrial/EPLAN, que se centrou na apresentação do projeto industrial da empresa com a utilização de inovações das novas ferramentas, novos processos para o futuro, ou seja, um novo projeto digital. De acordo com David Santos, a EPLAN definiu 3 níveis de intervenção nos quais é possível desenvolver ferramentas que se integrem no fluxo de trabalho normal das empresas, dando assim resposta às suas necessidades. “Nomeadamente na área da Mecatrónica temos a possibilidade de integrar, logo de raiz, várias áreas de engenharia como a mecânica, elétrica e software. Depois um outro critério relacionado com a integração na cadeia de valor, onde podemos estar presentes desde o processo de vendas até à fase da manutenção. O terceiro nível de integração refere-se à possibilidade de integração com ferramentas para a gestão de ciclo de vida de produtos, gestão de documentação de produtos recorrendo ao EPLAN ERP/ PDM Integration Suite”. Atualmente existe uma necessidade premente em reduzir o tempo de desenvolvimento dos projetos, controlar os custos inerentes, controlar a qualidade do mesmo, quer a nível de documentação como do próprio equipamento. Estes são os desafios que as
empresas têm que enfrentar a curto prazo por forma a otimizar a engenharia. E para dar resposta a estes desafios a ferramenta EPLAN tem soluções a apresentar em diversas áreas. Uma das soluções apresentadas tem como intuito criar um portefólio de soluções em cada projeto, que sirvam como soluções para futuros projetos. Com esta ferramenta é possível ter um conjunto de soluções que foram já devidamente testadas, implementadas nos clientes, ou seja, é o know-how da empresa que fica armazenado. Para agilizar todo este processo a EPLAN desenvolveu o Cogineer. “Para criarmos um projeto digital precisamos de ter informação, e existem 3 etapas diferentes para o desenvolvimento do projeto: engenharia básica [recolha e estruturação dos dados de engenharia]; automatização e desenvolvimento [onde se insere o Cogineer], permitindo a criação do projeto sem intervenção do utilizador; e por fim a configuração mecatrónica de máquinas e sistemas, um processo totalmente integrado desde as vendas até à entrega do produto”, explicou David Santos. O EPLAN Data Portal é outra das ferramentas disponibilizada pela empresa. Esta ferramenta conta atualmente com uma carteira de 247 fabricantes, 852 000 peças, sendo que dados recentes apontam para números surpreendentes de 31 000 pesquisas diárias e 14 milhões de peças descarregadas do EPLAN Data Portal no ano transato. A intervenção da M&M Engenharia Industrial / EPLAN incidiu também na apresentação do novo software Syngineer, uma ferramenta na web que permite agrupar num único local a informação da área de mecânica, eletrificação, na área de software, e vai cruzar todos esses dados para dar resposta a diversas questões como dificuldades de comunicação entre departamentos, partilha de informação, entre outros. Esta ferramenta integra-se com as principais ferramentas de projeto mecânico através da instalação de um addon. A EPLAN no último ano tem vindo a apostar no desenvolvimento de ferramentas web e na integração com os principais fabricantes de equipamentos e software, visando proporcionar aos seus clientes soluções abrangentes mas orientadas às necessidades especificas de cada empresa. Durante a tarde foi apresentada na feira outra novidade designada por Store Share View, uma aplicação web colaborativa, através da qual as empresas podem partilhar os seus projetos com parceiros, fornecedores e clientes.