TCC-Proposta de Coliving em São José do Rio Preto-SP

UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

COLIVING

PROPOSTA DE HABITAÇÃO COMPARTILHADA EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

CAMILA MONTELI DE LOLLO ORIENTADORA: PROFª CAROLINA SHIMIZU ORSATI AGUIAR

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2021

COMUNIDADE PERMEÁVEL

ARUTETIUQRA

PERTENCIMENTO

LEVÁTUM

CASA

AHLITRAP

GNIVILOC

COLETIVO DIVERSIDADE INDIVÍDUOS

MORADIA

CAMILA MONTELI DE LOLLO

COLIVING

PROPOSTA DE HABITAÇÃO COMPARTILHADA EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Trabalho de Conclusão de Curso(TCC) apresentado a UNIP-Universidade Paulista em São José do Rio Preto, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

ORIENTADORA: Carolina Shimizu Orsati Aguiar

BANCA EXAMINADORA:

UNIVERSIDADE PAULISTA

APROVADA EM:

UNIVERSIDADE PAULISTA

UNIVERSIDADE PAULISTA

/

/

OTNEMICEDARGA

Dedico este trabalho a todos que estiveram e acreditaram comigo nesse processo, que de alguma forma puderam me ajudar, orientar e apoiar, deixo meu mais profundo obrigada.

Agradeço em especial minha orientadora Carolina por todo ensinamento e direcionamento ao longo do desenvolvimento deste trabalho, muito respeito e gratidão.

E os amigos que o curso me proporcionou, por todo apoio, todas as trocas, sem vocês isso não seria possível. Muita grata por ter cruzado o caminho de cada um e poder ter vocês comigo.

Este projeto é resultante de um trabalho coletivo.

Meu muito obrigada

Jonh Donne, Poeta ingles, 1624

OMUSER

"No man is an island entire of itself; every man is a piece of the continent, a part of the main."

O presente trabalho aborda uma proposta de um Coliving para São José do Rio Preto. Esta proposta é moderada no crescimento e incentivo a economia compartilhada, juntamente com as características que tornam a cidade uma opção totalmente praticável deste estilo de vida.

Além do foco em moradia, o projeto aborda um espaço pensado para ser visto e usado, para ser vivido pelos usuários e também, como incentivo a recuperação de zonas urbanas antes muito prestigiadas.

Por meio de pesquisas para contextualização histórica acerca do tema, questionários e estudos, além da análise da cidade, tornou-se possível a elaboração e desenvolvimento dessa proposta que busca impactar em vivência e espaço de qualidade o dia a dia do usuário Palavras-chave: Coliving,compartilhada, espaço.

INTRODUÇÃO

ANÁLISE PROJETUAL

ÁREA DE INTERESSE

OIRÁMUS

PRÉ-PROJETO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

06

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

08

CIDADE

28

13

31

LEGISLAÇÃO

38

O PROJETO

43

40

80

05

O Brasil como os demais países da América Latina, possui atualmente um índice elevado de urbanização, estima-se que 90% da população residem exclusivamente no perímetro urbano.

METODOLOGIA

Sendo que mais de 80% da população brasileira habita as áreas centrais e isso revela que há não só um fenômeno significativo de concentração urbana, mas também de demandas por

Para o desenvolvimento do trabalho, foram necessárias 3 etapas:

prestações positivas a serem exercidas por parte do Estado no sentido do aprimoramento da

1- Levantamento de dados bibliográficos e iconográficos.

Nessa etapa teve início ao levantamento referente ao método Coliving, no

infraestrutura e da mobilidade urbana (Medeiros, 2018).

Essa nova forma de viver é acometida devido uma conjunção de fatores que incitou ao longo dos anos o inchaço populacional nos centros urbanos, como exemplo o êxodo rural. Associado

qual, reuniu dados tanto de cunho internacional quanto nacional. Posterior a isso fez-se um apanhado geral de informações sobre documentos históricos do

a esse processo vem nascer a crises ambientais, sociais, somada a expansão da internet, a instabilidade financeira prejudica várias populações em todo o mundo, e acaba por demandar por novas formas de viver nas cidades, de habitar, trabalhar, de lazer, de mobilidade urbana, dentre outros fatores (MOTA, 2019).

urbanismo

(organizações,

compartilhamento,

os

primeiros

formas grupos

de

moradias),

caracterizados

por

além esse

tipo

do de

organização e a força da economia compartilhada no tempo presente desta pesquisa, nacionalmente e local, no caso da cidade de São José do Rio Preto/SP.

Assim surge a necessidade de se problematizar acerca da influência do espaço

Ainda nessa etapa buscou a base das análises projetuais para compreender

construído nas relações entre os usuários, ou mesmo, indagar novos arranjos possíveis para

a relação destes com seus entornos e seus usuários, além de outros detalhes

morar, através dos espaços compartilhados de qualidade, caminhabilidade e atrativos como

como materialidade, plástica, escolha de ambientes e funções que, puderam

serviços

servir de inspiração para esse trabalho.

e

comércios,

com

vistas

a

se

obter

o

menos

consumo

de

recursos

naturais

e

financeiros.

Machado (2019) ressalta que atualmente estão surgindo novas maneiras de morar, como o Podshare e We Live estão sinalizando mudanças que atendem às demandas de algumas

2- Questionário O questionário teve por base a pesquisa exploratória, em que foi pensando no intuito de validar a proposta da pesquisa e ajudar a definir detalhes

OÃÇUDORTNI

parcelas do mercado. O mesmo autor ressalta ainda que essas novas necessidades estão reformulando surgimento

do

maneira Airbnb,

como

em

vemos

2009,

que

a

casa

pegou

e

de

a

maneira

surpresa

a

de

morar,

rede

como

hoteleira

e

mostrou o

o

mercado

imobiliário.

os

ambientes

projetuais. Com isso, foi realizado através da plataforma Google Forms, depois

aplicado

abertamente

por

meio

das

redes

sociais

Instagram

e

Whatsapp, sendo a maioria dos participantes da região e cidade de São José do Rio Preto. O mesmo teve como público alvo, pessoas na faixa etária

A partir desse contexto surge o conceito de coliving que tem lançado um olhar especial para colaborativos

na

discussão

sobre

como

a

economia

compartilhada

de 19 a 25 anos.

tem

Essa escolha se justifica devido a demanda de pessoas que estão na cidade

redefinido os espaços físicos como parte essencial da indústria de serviços (OLIVEIRA, 2019).

de São José Rio Preto temporariamente durante a semana, seja para estudar

Ou seja, volta em foco como alternativa, não só de moradia, mas de criação de espaços

ou mesmo pessoas que trabalham e deslocam-se com frequência nos finais

devidamente projetados e pensados para promover a economia colaborativa e incentivar

Essa era do compartilhamento é uma realidade que está cada vez mais difundida por diversos campos desde transportes alternativos, aluguel de casas e espaços de trabalho temporários, até aluguel de acessórios de luxo.

coletivamente

através

mudar para a cidade.

3- Elaboração do Projeto Nessa última etapa fez-se primeiramente uma análise de possíveis terrenos

Com isso, o trabalho tem como objetivo principal, apresentar um modelo para habitar e conviver

de semana, ou dias de folgas para suas cidades de origem. De maneira geral o questionário abarcou sobre as dificuldades que os impedem de

pequenas mudanças na relação do espaço comum e seus usuários.

da

concepção

de

um

projeto

arquitetônico

residencial

(localidade,

situação,

dimensões,

características

físicas,

normativas

municipais). Posteriormente iniciou-se a elaboração do mesmo através de

(coliving) em São José do Rio Preto/SP. Para tanto, listou-se alguns objetivos específicos a

softwares específicos como, AutoCAD, Photoshop, Sketchup e Canva para

serem

auxílio

alcançados

com

este

trabalho,

como

analisar

conceitos

construtivos

capazes

de

na

produção

de

materiais

visuais,

mapas,

diagramas,

análise

de

garantir a sua implementação e replicação, desenvolvendo assim um projeto que garanta

topografia e acessos, materialidade e volumetria projetual e diagramação

qualidade nos espaços internos e que levem o usuário a vivenciar o coletivo e conhecer esse

do caderno final de apresentação.

estilo de vida, além de potencializar o entorno com espaço público de qualidade no térreo do projeto.

06

a

FIGURA 01 : lustrativo Autor: Geoff McFetridge

"(...) acredito que, ainda que lentamente, o espírito de comunidade acaba se formando quando pessoas começam a conviver em coletivo."

Tadao Ando(2008)

07

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA URBANISMO BRASILEIRO

Entre os séculos XVI e XIX o Brasil era colônia de Portugal e

A ambição da expansão cafeeira não poderia permitir que as

A Lei do Inquilinato que congelou os aluguéis até 1942, segundo

mantinha

sistema

cidades brasileiras demonstrassem atraso perante as europeias,

Bunduki(1998) só aumentou a segregação urbana,

econômico de exploração e exportação de produtos primários,

por isso os primeiros planos urbanísticos foram feitos para que se

passou a ser interessante para as classes mais altas ter a posse dos

como açúcar produzido no nordeste e o ouro descoberto na

distancia-se da história colonial, alterando fachadas, recuos e até

imóveis, com isso a oferta de moradia de aluguel caiu ainda mais.

região

o

mesmo o traçado urbano; Herschamann e Pereira(1994) descrevem

O

cidades,

como uma “reforma e saneamento moral e físico da sociedade

afastados dos centros novamente, situação já vista e que marcou o

brasileira”.

crescimento urbano brasileiro desde então, segundo Maricato,1997.

um

regime

central

do

escravista

país.

Durantes

surgimento de aglomerados, acompanhava

as

baseado

que

localidades

esses viriam

ligadas

em

um

primeiros a

a

se

séculos

tornar

atividade

econômica

final

mais rentável na época(FERREIRA,2005).

do

O higienismo, termo usado para designar as ações do

século

XIX

para

manter

condições

de

salubridade

que

restou

foi

a

criação

e

ocupação

de

uma

vez

loteamentos

que

mais

a

população, serviu também para as classes dominantes expulsarem, Com a explosão dos culturas cafeeiras e a proclamação da república

no

final

do

século

XIX

os

centros

urbanos

mais uma vez, a população mais pobre dos centros urbanos.

O planejamento urbano no Brasil passa a ser identificado com a atividade intelectual de elaborar planos. Uma atividade

se

consolidaram e deram abertura para a industrialização do país.

A

A abolição da escravidão foi de encontro com os interesses

hegemonia política do café, além de intensificar a migração para

econômicos das oligarquias, que possuíam a maior parte das

as

terras brasileiras, em expandir o comércio com o exterior e,

trabalho(CLT) por Getúlio Vargas. A realidade dos centro urbanos

como diz Maricato(1997) nessa mesma época foi aprovada a Lei

lotados de novos moradores elevou o problema habitacional que o

das Terras de maneira que a riqueza não era detida pela posse

mercado privado não era capaz de absorver. Surgiram então as

de escravos e sim pela posse de terras. Todo esse processo

primeiras políticas públicas habitacionais implantadas por Vargas,

dividiu a população em duas classes, os fundiários poderosos e

na tentativa de amenizar a situação nas cidades.

os

libertos

e

imigrantes

sem

o

mínimo

poder

de

revolução

cidades

de

30

depois

marcou

da

o

criação

fim

da

da

República

Consolidação

Velha

das

e

leis

da

do

fechada dentro de si própria, ‘desvinculada das políticas públicas e da ação concreta do Estado’, mesmo que, procure justificá-las. Na maioria dos casos, entretanto, na verdade, ocultá-las. (VILLAÇA, 1999).

conquistar

terras, o que levou a ocupação dos morros e ao surgimento dos cortiços, que em 1888 no Rio de Janeiro eram ocupados por mais de 45 mil pessoas (MARICATO, 1997).

Nas

primeiras

décadas

do

século

XX

foram

construídas

as

primeiras ferrovias para ligar o interior do estado de São Paulo aos portos e possibilitar o escoamento da produção de café.

Isso levou a um processo de caráter urbano muito forte pois muitos

fazendeiros

caracterizando segundo

o

êxodo

censos

Estatística(IBGE)

passaram

do a

rural.

Instituto

taxa

de

a Entre

morar os

Brasileiro

crescimento

anos de

nas

cidades,

1950

e

1960,

Geografia

urbano

chegou

e a

72,46% frente a 37,19% no final dos anos 1940.

FIGURA 02: Recife 1880 FIGURA 03: Viaduto estrada de ferro Rio-Minas 1888

Disponível em: Acervo Instituto Moreira Salles Autor: Moritz Lamberg

Mapa de Salvador-BA Fonte: Mapstyle Adaptador pela autora

08

Disponível em: Acervo Instituto Moreira Salles Autor: Marc Ferraz

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA URBANISMO BRASILEIRO

Após

a

de

Torna-se inegável a influência de questões políticas e econômicas

intervenção em vários países, como New Deal nos Estados Unidos

na construção das cidades brasileiras ao longo dos anos, levando a

de Rossevelt e o Estado do Bem Estar Social na Europa, pois

diversos fenômenos que desenharam os centros urbanos como o

percebeu-se

caso

espraiamento das cidades, favelização e assentamentos em locais

condições

irregulares e perigosos, além da gentrificação em localidades onde

classes

crise

mais

de

que

1929

seria

pobres

surgem

o

diversas

colapso

continuassem

do

políticas

sistema

sem

as

públicas

capitalista

mínimas

financeiras. Foi nesse período que criaram os primeiros conjuntos habitacionais

nas

áreas

urbanas

que

estavam

entrando

a especulação imobiliária modificou o valor das propriedades.

em

colapso devido ao crescimento acelerado da população vindo da

Segundo

David

Harvey

(2004),

as

cidades

são

os

espaços

de

área rural(TEIXEIRA, A. N.; RIBEIRO, M. B. P.,2018).

conflito das classes sociais e a maioria dos usuários e moradores não possuem o poder de alterar essas dinâmicas sozinhos, portanto

O

período

pós

Habitação

1964

(BNH)

marca

que

a

criação

ofertou

uma

do

Banco

poupança

Nacional destinada

de

a importância de defender o direito a cidade de qualidade para

a

todos usuários. As relações interpessoais experimentadas dentro do

habitação nacional, tornando o período militar o qual a oferta de

contexto

habitações

paisagem e levar infraestrutura de qualidade a todos os setores.

populares

enriquecimento

de

mais

várias

cresceu,

juntamente

empreiteiras.

Esse

com

processo

o

urbano

podem

ser

capazes

de,

aos

poucos,

alterar

a

de

Marítimos 1950-Rio de Janeiro Disponível em: Scielo

ocupação de áreas cada vez mais afastadas dos centros gerou um

movimento

forte

de

espera

especulativa

pelos

FIGURA 05: Conjunto Residencial dos

Autor: Nabil Bonduki

grandes

detentores de terras das cidades; só em 1988, com a Constituição Federal entendeu-se que o custo de um imóvel localizado nas centralidades urbanas sem uso é muito alto para o poder público, pois

este

mesmo

precisa

não

ofertar

havendo

toda

ninguém

a

infraestrutura morando

ou

urbana usando

básica aquele

espaço(FERREIRA,2005).

A

regulamentação

acontecer

somente

e em

implementação 2001

com

o

desses Estatuto

artigos da

veio

Cidade,

documento que permitiu o poder público ter algum controle sobre a produção das cidades juntamente com os Planos Diretores em cidades com mais de 20 mil habitantes. O plano diretor de uma cidade ser realizado com consultas públicas, tentando ao máximo inserir os moradores e usuários nas discussões e elaborações do plano de ações de curto, médio e longo prazo.

FIGURA 04: Morro da Providência 1920 -Rio de Janeiro Disponível em: Instituto Moreira Salles Autor: Augusto Malta

Mapa de São Paulo- SP Fonte: Mapstyle Adaptador pela autora

09

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA COMPARTILHAMENTO

Ao

iniciar

as

leituras

das

bibliografias

escolhidas

surgem

Existem algumas terminologias que definem essa nova forma

as

primeiras dúvidas sobre o termo a ser utilizado. Para Abreu (2020),

de

morar,

trabalhar

e

viver

que

parte

do

princípio

de

num contexto em que habitar em comum parece estar direcionado

compartilhar desde ideias, espaços e até recursos físicos e, ou,

a grupos específicos como idosos e estudantes, são constantes as

digitais.

associações erradas a diversos conceitos. Para tanto, vale ressaltar alguns fatos históricos para melhor compreensão da terminologia.

Dinamarca o conceito de coabitação surgiu por volta de 1964, com o modelo horizontal chamado bofællesskab(figura 6), que se refere a um conjunto de famílias, cada uma com sua residência unifamiliar,

FIGURA 06: Comunidade

Dinamarca

Disponível em: Bofaellesskab.dk

partilham os espaços de uma “casa comum” (ABREU, 2020).

Esse modelo dinamarquês foi sugerido pelo arquiteto GudmandHøyer e um grupo de famílias insatisfeitas com seu modo de viver.

Com

isso,

organizou

um

espaço

em

27

unidades

privativas

que

contornavam um pátio central compartilhado, além da casa comum que abrigava salão de festas, lavanderia e cozinha comunitária. Em McCamant

Estados

Unidos

introduzem

o

e a

Charles partir

termo

do

Durret que

cohousing

importam tinha

o

visitado

para

conceito na

substituir

para

os

Dinamarca

e

bofællesskab

grupos

interessados

(COHOUSING defendida

e

crescem

BRASIL,

2017).

semeada

por

Sendo

pela

a

arquiteta

toda

região

temática e

de

urbanista

no

país

Lilian

Lubochinski, fundadora, no ano de 2013, do Grupo Co-lares Brasil.

O conceito é ainda singelo no país, no entanto já existem projetos em funcionamento, atualmente a Vila ConViver é direcionada para pessoas aposentadas, essas comunidades são conhecidas como

As novas tecnologias e o avanço das redes sociais, assim como A ideia de compartilhar a moradia com pessoas que não do mesmo vínculo familiar é muitas vezes vista como algo desconfortável, no entanto,

ao

olhar

para

a

estrutura

de

moradia

ofertada

nos

empreendimentos atuais, que cada vez mais valorizam o individual não importando os sacrifícios necessários para isso, fica clara a fala

uma recessão econômica e crises ambientais fizeram com que esse

novo

de

consumo

crescesse.

Essas

mudanças

não

da população a incorporar o compartilhamento no dia-a-dia.

As

novas

gerações

estão

redefinindo

o

sucesso

que

novo bloco médio de apartamentos de um ou dois quartos (...) comercializam-se em conforto e conservadorismo, mas ambos, paradoxalmente, tornam uma vida confortável difícil - com padrões mínimos de espaço, cozinhas sem janelas, paredes duplas. Ao mesmo tempo, pressupõe-se que cada unidade individual, por pior que seja, é inviolável. “

local

adequado,

despojado

e

funcional

a

um

preço mais acessível que um escritório particular. Tornou-se uma realidade em diversas cidades pelo Brasil, desde espaços construídos para isso ou a partir da ocupação e adaptação de um imóvel existente.

Cohousing

(figura

9),

como

já

apresentado,

é

o

compartilhamento no âmbito da moradia que surgiu anos atrás baseado da ideia de vila em que existe a common house-casa comum

que

é

o

coração

do

local,

onde

os

moradores

partilham as refeições e afazeres. Todos dentro do cohousing são responsáveis por tarefas e pela manutenção e gestão da moradia, criando um senso de comunidade.

O

antes

era

que

financeiros

para

para

muitos

é

mais

investimentos,

vantajoso

viagens

e

usar até

seus

recursos

mesmo

bons

restaurantes ao invés de abrir mão de quantias consideráveis para compra uma casa e ficar “preso” a ela. As tecnologias permitem que

uma

pessoa

trabalhe

enquanto

viaja

o

mundo,

ou

que

desconhecidos partilhem o mesmo veículo para um determinado trajeto,

isso

faz

com

que

as

pessoas

busquem

cada

vez

mais

liberdade e praticidade, além das interações entre pessoas que partilham experiências.

Coliving,

tema

escolhido

para

este

projeto,

partilha

do

quesito moradia do Cohousing, mas este é mais como uma evolução capaz de funcionar até mesmo em grandes centros.

GNIVILOC.3

“(...) é considerado senso comum que a habitação, independentemente

um

afetam somente os mais jovens mas, eles ainda são a maior porção

significa

da sua qualidade, seja o mais privada possível. (...). Na Grã-Bretanha, o

oferecer

O

idealizado em posse de casa e carro, em experiências de vida. Isso

de Owen Hatherley:

10

estilo

acomodar diferentes usuários para trabalhar com a ideia de

Avivia

Cohousing-sênio (SILVA; SCHWANZ, 2019).

(THOMAS; MCCAMANT; DURRETT, 2017).

O coworking (figura 7)é um espaço que consegue receber e

coabitação

GNISUOHOC.2

1988

No Brasil, ainda não há um modelo de cohousing formado, mas

GNIKROWOC.1

Existem em diversos países, diferentes modelos de habitação, na

A ideia é ter a opção de espaços individuais como quartos, banheiros

e

cozinha,

junto

com

espaços

partilhados

como

lavanderias, cozinhas coletivas, salas e áreas de lazer. Através de todas essas mudanças de estilos de vida e função social dos espaços o Coliving é destaque pela multifuncionalidade, flexibilidade e integração social que possibilita aos usuários.

Normalmente oferece diferentes layouts e fica localizado em áreas

privilegiadas,

moradia.

sendo

uma

opção

mais

prática

de

0302 esuoH derahS enO

Um projeto de pesquisa chamado One Shared House liderado por

Irene

Pereyra

sobre

habitação

compartilhada

até

2030

provou em pesquisas que, as duas principais razões pelas quais as pessoas optam por moradia compartilhada são a socialização e a diminuição de custos. A própria idealizadora da pesquisa conta em entrevista que sua primeira experiência em um coliving foi com sua mãe em 1989 quando tinha apenas 5 anos. Fugidas do Peru por questões políticas, sem muitas condições financeiras chegaram a Holanda e encontraram poucas opções de moradia em localidades seguras e próximas ao centro da cidade, o que fez com que sua mãe aceitasse a ideia de partilhar moradia.

Irene diz ainda que a experiência foi tão acolhedora que sua

FIGURA 07: Coworking Wework

FIGURA 09: LILAC Co-housing- Leeds, Inglaterra

Disponível em: Wework

Disponível em: Projects.mcrit.com

mãe permanece vivendo no mesmo local até hoje.

A pesquisa aponta ainda o surgimento de um sério problema ligado a geração “millennial” que é a solidão. Cada vez mais os jovens

tem

se

isolado,

seja

fisicamente

ou

psicologicamente.

Irene afirma que a solidão é contagiosa e que a pessoa perde a capacidade de convívio social e de sentir empatia, afetando outros

indivíduos

ao

redor.

Uma

premissa

da

habitação

compartilhada é gerar um ambiente acolhedor e passível de criar ligações entre pessoas de diferentes idades, círculos sociais e realidades de vida, é fazer sentir-se pertencente a sociedade.

Segundo a pesquisa, a principal preocupação das pessoas em coabitar é em perder toda sua privacidade e individualidade no espaço. Isso mostra como a habitação compartilhada, mesmo ocorrendo de maneira espontânea, tem a necessidade de estudo e projeto arquitetônico direcionado, o pensar o espaço para o usuário é de extrema importância, ainda mais com uma possível diversidade refletir

a

de

público

tão

abrangente.

pluralidade da sociedade

e

A

arquitetura

dos

novos

deve

arranjos

familiares que foram se firmando, além de suprir necessidade por

espaços dinâmicos que consigam encaixar-se no modo de vida contemporâneo.

FIGURA 08: Coworking The Collective Old Oak

FIGURA 10: Windsong Co-housing Community

Disponível em: Thecollective.com

Disponível em: Canadian Cohousing Network

11

12

ANÁLISE PROJETUAL CASA GAP

FIGURA 11: Casa Gap-Coreia do Sul Disponível em: Arch Daily Autor: Woohyun Kang

13

CASA GAP

A CASA GAP A

Casa

região

Gap

O PROJETO

está

localizada

metropolitana

de

na

província

Seul(figura

12,

de a

Gyeonggi, segunda

na

mais

Segundo o escritório autor do projeto, por ser uma área com muitos

estúdios

e

unidades

habitacionais

genéricas

o

espaço

populosa do mundo, formando um centro cultural, comercial,

tornou-se monótono e sem qualidade de convivência. Portanto a

financeiro, industrial e residencial da Coreia do Sul. Por ser uma

ideia era uma casa que pudesse ser compartilhada por várias

região muito urbana, mesmo com proximidades a parques e

pessoas, criando uma lacuna no meio da agitação do grande

trilhas,

escritórios,

centro e que possibilitasse aos moradores viverem momentos de

consequentemente

tranquilidade em um espaço de qualidade. O conceito projetual é

a

área

pequenos

torna-se

comércios,

um

polo

de

universidades

edifícios e

de

moradia que atenda a demanda diversificada.

uma forma de apoio a um novo estilo de vida principalmente de

O entorno(figura 13) é muito diversificado possui, além dos já

jovens

citados,

escolas,

assim cozinha, sala de jantar e sala de estar compartilhadas, além

estação

de

terminal

resíduos

da

urbano,

centro

construção

civil;

comunitário a

área

e

fica

próxima também a uma via expressa e a dois rios.

uma muito

famílias

ou

solteiros

em

busca

de

convívio,

oferecendo

das áreas externas com terraços e vazios.

O nome GAP significa vão ou espaço em inglês, portanto o jogo de cheios e vazios permeia toda a volumetria e desenhos internos no projeto. Os terraços compartilhados foram pensados para que

ENTORNO

houvesse interação com o grande pátio central(figura 14) mas, ao mesmo tempo fosse um espaço mais recluso da rua. Portanto eles foram dispostos de maneira a conversar com o interior do projeto

FICHA TÉCNICA

e oferecer privacidade ao mesmo tempo.

FIGURA 12: Casa Gap-Coreia do Sul Arquitetos: Archihood WXY Local: Seongnam-Si, Coreia do Sul

Autor: Woohyun Kang

Ano: 2015

²

Área de terreno: 181,31m

²

Área total de pisos: 596m

Pavimentos: 4 + térreo ativo Estrutura: Concreto armado

14

Disponível em: Arch Daily

FIGURA 14: Pátio interno da Casa GAP

FIGURA 15: Detalhe do pátio interno

FIGURA 13: Mapa entorno Casa Gap

Disponível em: Arch Daily

Disponível em: Arch Daily

Disponível em: Google Earth/editado pela autora

Autor: Woohyun Kang

Autor: Woohyun Kang

CASA GAP

A VOLUMETRIA A plasticidade foi pensada em blocos sobrepostos, criando lacunas onde foram implantados os terraços e aberturas para ventilação e entrada de luz. fosse

muito

Essas lacunas permitiram que o espaço interno

ventilado

e

com

boa

iluminação

natural,

que

em

conjunto com os tons e materiais escolhidos entrega um ambiente

A

volumetria

utilizada

para

desenvolvimento

de

dos

estudos que se assemelha muito ao tradicional desenho de casa com telhado duas águas. Outro ponto importante destacado pelo escritório responsável foi a preocupação em não criar um projeto que não ficasse ambientado no seu entorno, uma vez que todos os edifícios

acolhedor (figura 16).

primária

residências

são

muito

característicos

naquela

área,

principalmente pelo gabarito de altura.

Outro destaque são os materiais usados no projeto. A fachada possui apenas três materiais, além da pintura branca, as esquadrias pintadas de preto, o vidro de

fechamento

e

o

gradil de

metal

vazado para os terraços. O grande destaque ficou por conta da

1-Pátio

iluminação em tom quente que destaca os contornos internos e

2-Área externa

aquece o projeto.

3-Banheiro

SAIRDAUQSE

FIGURA 16: Esquema volumétrico da Casa GAP

4-Escada 5-Depósito Acessos

Disponível em: Arch Daily

FIGURA 18: Planta baixa do térreo

Autor: Woohyun Kang. Adaptado pela autora.

original da Casa Gap

Disponível em: Arch Daily

ORDIV

Autor: Archihood WXY. Adaptado pela autora.

LIDARG

OS ACESSOS No projeto o térreo seria um grande pátio aberto, no entanto foi incorporada

uma

espécie

de

conveniência

24

horas

na

parte

frontal e o pátio ficou recuado ao fundo. O acesso é feito por esse

FIGURA 17: Corte da Casa GAP Disponível em: Arch Daily

FIGURA 19: Pátio interno no térreo da

comércio que leva ao pátio central, a esquerda fica o acesso feito

Casa Gap

por escadas e um banheiro térreo(figura 18). Ao subir as escadas

Disponível em: Arch Daily

chegasse no hall que leva as unidades habitacionais, o bloco foi dividido

em

duas

unidades

com

quartos

privativos

e

Autor: Woohyun Kang.

FIGURA 20: Escadas da Casa Gap Disponível em: Arch Daily Autor: Woohyun Kang.

áreas

Autor: Woohyun Kang. Adaptado pela autora.

compartilhadas.

15

CASA GAP

AS TIPOLOGIAS As unidades do primeiro e segundo pavimento são iguais porem, espelhadas justamente para criar o jogo de aberturas dos pátios.

Elas possuem três quartos do tipo padrão e áreas compartilhadas em cada unidade(figuras 21 e 22).

1-Acesso

As unidades do terceiro pavimento tem tipologias diferentes. A

2-Domitórios

primeira possui dois dormitórios sendo um tipo loft, com escada e a cama

num

patamar

conseguir

um

tipologia

possui

mais

dormitório três

elevado,

isso

confortável

e

quartos,

sendo

para

ganhar

espaço

funcional.

Já

dois

loft

tipo

a

3-Cozinha e sala

e

4-Terraço

segunda e

um

FIGURA 24: Cozinha compartilhada Disponível em: Arch Daily Autor: Archihood WXY.

5-Banheiro 6- Depósito

a

7-Circulação

configuração padrão, além de um único terraço compartilhado

Acessos

apenas pela unidade, enquanto a outra unidade tem acesso a dois

FIGURA 22: Planta do segundo pavimento

terraços(figura 23).

Disponível em: Arch Daily Autor: Archihood WXY. Adaptado pela autora.

Compartilhado

Íntimo

Circulação

FIGURA 25: Sala de jantar compartilhada Disponível em: Arch Daily Autor: Archihood WXY.

1-Acesso 2-Domitórios

1-Acesso

3-Cozinha e sala

2-Domitórios

4-Terraço

3-Cozinha e sala

5-Banheiro

4-Terraço

6- Depósito

5-Banheiro

7-Circulação

6- Depósito

Acessos

7-Circulação Acessos

FIGURA 21: Planta do primeiro pavimento

FIGURA 23: Planta do terceiro pavimento

Disponível em: Arch Daily

Disponível em: Arch Daily

Autor: Archihood WXY. Adaptado pela autora.

Autor: Archihood WXY. Adaptado pela autora.

FIGURA 26: Dormitório tipo loft Disponível em: Arch Daily Autor: Archihood WXY.

Compartilhado

16

Íntimo

Circulação

Compartilhado

Íntimo

Circulação

ANÁLISE PROJETUAL CINE TEATRO PRESIDENTE FIGURA 27: Projeto 3d do Cine Teatro Presidente Disponível em: Wikihaus Autor: Wikihaus

17

CINE TEATRO PRESIDENTE

O CINE TEATRO PRESIDENTE

A HISTÓRIA

O Cine Teatro Presidente fica no bairro Floresta em Porto

Inaugurado

Alegre, mas faz divisa com outros dois, o São João e o São

importante teatro e cinema de Porto Alegre que atuou até 1990. O

Geraldo, ambos bairros que surgiram no século XIX e possuem

espaço

abrigou

características

estava

abandonado

parecidas

de

uso

misto,

habitação

mais

nos

anos

uma

1958

o

igreja a

Cine

depois

alguns

Teatro

de

ser

anos

Presidente

desativado,

quando

em

foi

um

mas 2014

já a

verticalizada, comércio ativo e algumas indústrias. O bairro

incorporadora Wikihaus comprou o edifício. A ideia do projeto foi

Floresta

de um retrofit de parte da estrutura original do cine para abrigar

ficou

conhecido

como

bairro

chaminé

devido

à

grande quantidade de fábricas existentes no passado mas,

um empreendimento habitacional de coliving.

com os anos foi ganhando uma feição mais diversificada. O entorno do projeto guarda muitas características originais do início dos bairros, como alinhamento com o lote, ausência de recuos

laterais

edifícios

com

superiores.

As

e

fachadas

fachada

ativa

principais

com e

vias

adornos,

habitação são

a

além nos

de

vários

pavimentos

Avenida

Benjamin

Constant onde está o projeto, a rua Coronel Bornidi, mais a esquerda do empreendimento, que liga a área a zono sul da cidade e a rua Olinda que leva ao bairro Navegantes na região da marina(figura 29).

auR adnilO

ENTORNO

FIGURA 30: Fachada original do Cine Teatro Presidente Disponível em: Cine de Rua Poá Blogspot Autor desconhecido

O PROJETO

O

FIGURA 28: Projeto 3d do Cine Teatro

Avenida Benjamin Constant

FICHA TÉCNICA

antigo

destinado

Cine

para

Teatro

pessoas

Presidente,

que

buscam

segundo a

a

primeira

do lugar não foi possível manter mais elementos originais, mas

Autor: Wikihaus

toda a fachada de pastilhas coloridas (figura 30) foi mantida e restaurada, assim como os elementos de cobertura ondulados e os

Ano: 2019

pilares em formato de “v”.Além disso, eles recuaram o edifício

Pavimentos: 13

novo para que não atrapalhasse a vista da fachada restaurada,

Unidades habitacionais: 58 Projeto:

Restauro

de

empreendimento novo

18

foi

o

mais colaborativo. Infelizmente devido ao estado de deterioração

Disponível em: Wikihaus

Local: Porto Alegre-RS

Wikihaus

para

moradia, jovens e recém chegados na cidade num estilo de vida

Presidente

Arquitetos: Wikihaus

projeto

fachada

de maneira que a interferência fosse mínima. +

FIGURA 29: Mapa entorno Cine Teatro Presidente Disponível em: Google Earth/editado pela autora

CINE TEATRO PRESIDENTE

A VOLUMETRIA A

volumetria

do

OS ACESSOS

projeto

foi

trabalhada

em

texturas

e

volumes

diferentes, com molduras, cheios e vazios que contornam todas as fachadas do empreendimento. Atrás da fachada restaurada ficam os

O pavimento térreo dá acesso a duas lojas e um hall de entrada pequeno com dois elevadores, além da caixa da escada(figura 32). O segundo e terceiro pavimento são apenas estacionamento já que não era possível realizar estacionamento subterrâneo(figuras 33 e 34).

cinco primeiros pavimentos onde estão os estacionamentos e as áreas de convívio internas.

Na fachada voltada para avenida Benjamin Constant fica a caixa da escada

e

dos

elevadores

que

foram

destacados

e

LOJA 1

receberam

aplicação de perfis metálicos e uma pintura mais escura. Um rasgo LOJA 2

com fechamento em vidro marca os corredores de circulação entre as unidades.

Nas demais fachadas ficam as janelas das unidades e as sacadas particulares,

criando

contornos

e

volumes

com

acabamentos

diferentes.

FIGURA 33: Planta do primeiro pavimento

FIGURA 32: Planta do térreo

Acesso pedestre

Disponível em: Wikihaus

Disponível em: Wikihaus Acesso veículos

Autor: Wikihaus

Autor: Wikihaus

SAHLITSAP

AJNARAL SEHLATED

OS PAVIMENTOS

No quarto pavimento, além do estacionamento ficam a lavanderia e espaço pet compartilhado(figura 35), um espaço para bicicletas(figura 36) no sistema de compartilhamento e uma oficina.

AMBIENTE 1

AMBIENTE 2

ARIEDAM ED ARUTXET

1

2

CONCRETO

FIGURA 31: Projeto 3d do Cine Teatro Presidente Disponível em: Wikihaus Autor: Wikihaus

FIGURA 34: Planta do quarto pavimento

FIGURA 35: Lavanderia e espaço pet

FIGURA 36: Bicicletário e oficina

Disponível em: Wikihaus

Disponível em: Wikihaus

Disponível em: Wikihaus

Autor: Wikihaus

Autor: Wikihaus

Autor: Wikihaus

19

CINE TEATRO PRESIDENTE

OS PAVIMENTOS

º

No 5

pavimento ficam os espaços compartilhados sendo eles: academia(figura 38), espaço de coworking(figura 40) e a piscina(figura 39). As unidades habitacionais

desse pavimento são chamadas de studio Garden pois além de toda área interna de cozinha, banheiro, sala e quarto, elas possuem jardins privativos. Os layouts variam, mas de modo geral todas as unidades possuem toda infraestrutura privada e espaços externos variando de tamanho e disposição.

AMBIENTE 5

AMBIENTE 6

AMBIENTE 7

FIGURA 38: Academia

FIGURA 39: Piscina

FIGURA 40: Coworking

FIGURA 41: Cozinha

Disponível em: Wikihaus

Disponível em: Wikihaus

Disponível em: Wikihaus

Disponível em: Wikihaus

Autor: Wikihaus

Autor: Wikihaus

Autor: Wikihaus

Autor: Wikihaus

AMBIENTE 4

4

7

6

5

FIGURA 37: Planta do quinto pavimento Disponível em: Wikihaus Autor: Wikihaus

No 6

º

º

pavimento as unidades são chamadas de Studio com sacada, pois o espaço externo não é tão grande quanto o do 5

pavimento, mas ainda é existente. Além

disso ficam o terraço jardim e a horta compartilhada. O Empreendimento conta com 58 unidades habitacionais com três estilos diferentes de proposta, o terceiro não possui área externa nem ambientes compartilhados no pavimento e faz parte do sétimo pavimento em diante.

AMBIENTE 8

7 8

FIGURA 42: Planta do sexto pavimento

20

FIGURA 43: Terraço

FIGURA 44: Planta tipo 501-Studio Garden

FIGURA 45: Planta tipo 510-Studio Garden

FIGURA 46: Planta tipo 04-com sacada

Disponível em: Wikihaus

Disponível em: Wikihaus

Disponível em: Wikihaus

Disponível em: Wikihaus

Disponível em: Wikihaus

Autor: Wikihaus

Autor: Wikihaus

Autor: Wikihaus

Autor: Wikihaus

Autor: Wikihaus

ANÁLISE PROJETUAL

FIGURA 47: Edifício Copan-São Paulo Disponível em: Arch Daily

EDIFÍCIO COPAN 21

EDIFÍCIO COPAN

O COPAN

DA GLÓRIA A DECADÊNCIA

O Copan está localizado no centro histórico de São Paulo entre três importantes vias, a avenida Ipiranga logo a sua frente,

a

avenida

São

Luis

a

sua

esquerda

e

a

rua

da

Consolação a sua direita(figura 49). O centro histórico de São

Paulo

históricos cultural

surgiu

em

preservados, muito

1554 além

importante,

e

mantém

de

abrigar

contando

vários uma

edifícios

diversidade

com

museus,

bibliotecas, inúmeros parques e praças públicas. O entorno é muito marcante na história da cidade e oferta diversos usos, principalmente térreo ativo com comércio e serviço em edifícios residenciais; o gabarito é predominantemente alto,

são

poucos

edifícios

térreos

ou

de

até

cinco

O

empreendimento

moderno

multiuso

na

como

cidade

de

o

primeiro

São

Paulo

arranha-céu que

uniria

o

residencial ao turismo, este que não chegou a ser implantado.

Devido a problemas financeiros das empresas envolvidos no projeto, em 1957 o Bradesco assumiu Oscar

Niemeyer

e

fez

algumas

a

obra

do

modificações

projeto

de

terminando

apenas em 1968 e, o que deveria servir a parte hoteleira passou a ser a sede do banco projetado por Carlos Lemos.

Com o passar dos anos e a mudança do foco no área central de

São

Paulo

protagonismo decadência

unidades

para

do e

apartamentos

pavimentos.

surgiu

outras

Copan

desse

abandono. locados

estavam

localidades

O

sem

vazias

lugar

prédio

a

ao

uma

teve

qualquer

devido

fez

com

que

história

muitos

de

burocracia,

medo

pela

o de

seus várias

falta

de

segurança, além de várias ocupações indevidas. Somente na década

de

1990,

com

mudanças

na

administração

que

as

coisas começaram a mudar.

O PROJETO EXECUTADO

FICHA TÉCNICA

O Copan foi construído com 32 pavimentos em uma volumetria curva

Arquiteto: Oscar Niemeyer

formando

um

“s”

feita

através

da

junção

de

6

blocos

independentes e reforçada visualmente pelos brises horizontais

Local: São Paulo-SP

que cobrem toda a fachada. A formação foi proposital para encaixar no terreno disponível e se adequar aos ventos. Segundo

Ano:1952

Paulo Mendes da Rocha:

²

Área do terreno: 11500m

²

Área construída: 120000m

“Se [Niemeyer] fizesse [a lâmina estreita] toda a vertical não seria um problema para as técnicas de hoje, o grande problema

Altura: 115 metros

é a questão do vento. Dobrar daquele jeito resolve isso.

Pavimentos: 32

Portanto aquelas curvas não tem nada a ver com montanhas do

ENTORNO

Unidades habitacionais:1160

Brasil ou curvas da mulher amada. Não seria possível fazer de outra forma.”

(Entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, 2006).

FIGURA 48: Edifício Copan em 1967-São Paulo Disponível em: Instituto Moreira Salles Autor: Marcel Gautherot

22

FIGURA 49: Mapa entorno Copan Disponível em: Google Earth/editado pela autora

ESTRUTURA

AS FACHADAS

Os dois subsolos, térreo, foyer e terraço possuem pilares com

A fachada norte(figura 54) do Copan enfatiza a horizontalidade

brutalidade do centro histórico da maior cidade do país ao

60cm

devido

mesmo tempo que é atenuado pela leveza da curva proposta

arredondadas

por Oscar Niemeyer, o que permitiu que o prédio da sede do

apartamentos. Alguns pilares possuem ainda um reforço extra

quebrada apenas por duas faixas onde os brises não aparecem. Os

banco do Bradesco fosse feito como uma lâmina maciça e

de concreto ao redor devido a um recalque(figura 51).

brises

reta sem pesar na paisagem.

Foi projetada uma laje de transição para abrigar a infraestrura

quadrada, o que enfatiza a verticalidade com as linhas paralelas e

A circulação é feita através de 20 elevadores que podem ser

de hidráulica, esgota e elétrica, além de realizar a mudança do

a presença visual marcante das esquadrias de vidro, além do bloco

acessados por 5 entradas através da galeria comercial de 72

desenho dos pilares para chegarem no térreo.

de circulação vertical.

O

concreto

lojas,

além

aparente

dos

no

blocos

edifício

de

dialoga

escada

interna

muito

e

um

com

a

de

espessura,

2,40m

servindo

de

de

comprimento

sustentação

e

para

extremidades as

torres

de

aos

padronizada

da

brises desses

fachada

de

estrutura

elementos

sul

(figura

independente

causa

uma

56)possuem

e

a

estética

uma

repetição

homogênea,

proporção

mais

bloco

externo(figuras 50 e 51). A implantação do Copan convida o transeunte a entrar no complexo por meio de uma rua entre os dois

volumes

que

dá

continuidade

a

pavimentação

da

calçada.

Acesso por elevador

FIGURA 50: Edifício Copan vista aérea 1966 Disponível em: nelsonkon.com.br

FIGURA 52: Pilar do segundo subsolo sem

FIGURA 54: Vista aéria fachada norte, 1966

FIGURA 55: Detalhe janela

reforço

Disponível em: nelsonkon.com.br

fachada sul

Disponível em: Arch Daily

Autor: Nelson Kon

Autor: Carolina Oukawa

Disponível em: luizabaldan.com Autor: Luiza Baldan

Autor: Nelson Kon. Adaptado pela autora.

FIGURA 57: Detalhe janela fachada sul

FIGURA 51: Detalhe escada externa Disponível em: Flickr Autor: Gabriel Fernandes

FIGURA 53: Pilar do segundo subsolo com reforço

FIGURA 56: Vista aéria fachada sul, 1966

Disponível em: Arch Daily

Disponível em: nelsonkon.com.br

Autor: Carolina Oukawa

Autor: Nelson Kon

Disponível em: Twitter.com Autor: Victor Moriyama

23

TIPOLOGIAS O Copan apresenta sete tipologias diferentes de apartamento, divididas nos seis blocos que vão de A a F. Os blocos A, C e D (figuras 58, 60 e 61) são os únicos que possuem apenas apartamento do tipo padrão, com mais de um dormitório, demarcando a área íntima e área social do espaço interno. Os demais blocos possuem além do apartamento

padrão

as

chamadas

kitnets.

São

configurações

de

espaços

internos sem divisão de área íntima e área social, onde um único cômodo abriga todas as funções como, dormir, comer e relaxar.

Apesar de duas fachadas com muito entrada de luz natural alguns espaços internos

como

cozinha

e

banheiros

ficaram

prejudicados

pela

falta

de

ventilação, como na kitnet do bloco B(figura 59). Por se tratar de um projeto dos anos 1950, os apartamentos possuem algumas características que talvez não funcionem muito bem para a realidade atual, como quartos e banheiros de empregada.

FIGURA 60: Planta bloco C

FIGURA 62: Planta bloco E-Tipo 1

Tipologia apartamento

Tipologia apartamento

² a 69m²

²

Metragem: 59m

Metragem: 122,48m

FIGURA 58: Planta bloco A

FIGURA 59: Planta bloco B

Tipologia apartamento

Tipologia apartamento e kitnet

²

² e 26,40m²

Metragem:84,13m

Metragem:32,37m

FIGURA 63: Planta bloco F

FIGURA 61: Planta bloco D

Tipologia apartamento e kitnet

² a 62,15m²

Tipologia apartamento Social

Área molhada

Íntimo

Multifuncional

Quantidade de unidades: 160

Circulação Social

24

Metragem: 25,98m

²

Metragem: 161,23m

Íntimo

Multifuncional

Área molhada

Circulação

ESTRUTURA APARENTE

O AGORA

COBOGÓ

Ao longo dos anos os apartamentos do Copan passaram por reformas e poucos encontram-se originais ainda. As principais características

que

costumam

ser

vistas

conservadas

são

GRANILITE

as

vigas aparentes(figura 67) e o piso de madeira(figura 66), além das janelas que podem ser trocadas apenas seguindo o padrão exigido pelo edifício para não descaracterizar as fachadas.

São

diversos

os

designers

internos

feitos

nos

apartamentos,

muitos mantém características mais industriais como a de

concreto,

mas

o

Copan

não

fica

preso

presença

somente

nesses

FIGURA 65: Apartamento reformado no bloco

materiais.

D do Copan Disponível em: ArchDaily Autor: Pedro Vannucchi

EXEMPLOS DE APARTAMENTOS LAJE NERVURADA

FIGURA 67: Apartamento reformado

do Copan

Disponível em: Histórias de casas Autor: Maura Mello

GRANDES ABERTURAS

FIGURA 66: Apartamento reformado

FIGURA 64: Apartamento reformado no bloco C do Copan Disponível em: Casa Vogue Autor: Maíra Acayaba

do Copan

Disponível em: Histórias de casas

PISO ORIGINAL

Autor: Alessandro Guimarães

25

CASA GAP

SOVITISOP

COPAN

A Casa Gap foi escolhida principalmente por sua dimensão

O Cine Teatro Presidente é uma proposta bem atual e que

A plasticidade do Copan é muito marcante mas consegue

reduzida,

os

oferece uma diversidade de ambientes compartilhados bem

entregar ideia de fluidez, o que torna as fachadas símbolos

moradores se conhecerem, uma espécie de grande família.

interessantes como inspiração projetual, sendo um exemplo

na cidade de São Paulo. Por conta das diferentes tipologias

de identidade visual marcante.

existem várias possibilidades de layout interno, encaixando-

Os ambientes são convidativos e com estética muito jovem,

se em necessidades diferentes.

mostrando essa conexão do tema com a atualidade.

Uma

criando

um

espaço

que

permite

todos

Outro ponto de agrado é a escolha de materiais, cores e texturas,

esta

última

muitas

vezes

tendo

auxilio

da

iluminação para criar conforto.

A implantação oferece espaço para comércio aberto ao público em geral, o que atrai mais usuários para o entorno.

Houve uma preocupação durante o desenvolvimento com

a

característica

que

agrada

muito

é

a

presença

de

grande aberturas, esquadrias fora do tamanho padrão.

fachada do antigo cinema que foi restaurada e mantida,

A

como

construção, mas ainda foi pensada a convidar o pedestre a

forma

de

não

descaracterizar

tanto

o

que

já

era

implantação

caminhar,

conhecido pelo entorno.

do

como

Copan

uma

foi

alterada

verdadeira

ao

extensão

longo

do

da

passeio

público, além das lojas para manter o térreo um espaço ativo e convidativo.

O projeto apresenta problemas em algumas plantas quanto Não

sabe-se

ao

certo

a

respeito

da

legislação

de

acessibilidade na Coreia-do-Sul, local do projeto analisado,

SOVITAGEN

LANIF OIRÁTNEMOC 26

CINE TEATRO PRESIDENTE

mas

um

grande

problema

da

Casa

Gap

é

a

falta

de

acessibilidade, pessoas com deficiência que afete a parte motora não conseguem sair do térreo, o que é inaceitável, tanto em quesito social, quanto normativo no Brasil.

As

unidades

propostas

no

Cine

Teatro

são

muito a iluminação e ventilação que fica comprometida em certas

interessantes, permitem layouts variados mas, por conta da localidades, grande

valorização

do

espaço

privado

em

relação

principalmente

cozinhas

situadas

mais

no

aos centro do edifício.

ambientes compartilhados o projeto não estimula tanto o Uma outra característica do Copan que não é pensada uso do coletivo. para o projeto proposto é sua dimensão exagerada, com Mesmo o térreo possuindo comércio não existe nada mais mais de 5 mil moradores, além da falta de espaços de que possibilite o público usar aquele espaço. convívio

e

áreas

verdes,

o

que

torna

a

ideia

de

criar

sensação de pertencimento mais difícil de ser alcançada.

27

A CIDADE CARACTERÍSTICAS

A cidade escolhida para realização do projeto foi São José do Rio Preto que está localizada no

O processo urbano modernizador da cidade começa com intervenções importantes para o desenho

interior do estado de São Paulo, 442km a noroeste da capital(figura 68). Possui um população de

característico de São José do Rio Preto que foram propostas na década de 1950 para torná-la

464.983 pessoas e uma área total de 431,944 km

² de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e

comercial. Foram remodeladas as praças centrais, o parque da represa municipal e canalizados os

Estatísticas(IBGE). A Região Administrativa de São José do Rio Preto abrange 96 cidades e tem sua

córregos Borá e Canela onde são respectivamente as avenidas Bady Bassit e Alberto Andaló como

economia baseada na produção agropecuária integrada à atividade industrial, destaca-se na área

pode

da saúde e no setor de serviços, sendo considerada o principal polo industrial, cultural, educacional e

infraestrutura, problemas na saúde, transporte e principalmente habitação começaram a aparecer na

de serviço estendendo-se a regiões de outros estados como Minas Gerais e nordeste sul mato-

cidade devido ao crescente êxodo rural. “Nos quinze anos que vão de 1974 a 1989, a mancha urbana

grossense segundo Vasconcelos (1992).

cresce quase três vezes, evoluindo de 2,6 mil ha para cerca de 6,8 mil ha.” (Vasconcelos, 1992).

ser

observado

na

figura

70.

Nos

anos

1960

os

problemas

sociais

urbanos

como

falta

de

A cidade deixa de ser compacta e homogênea na distribuição das classes sociais pelo território e passa a processos de espraiamento e criação de periferias. O crescimento pode ser basicamente dividido em eixo norte e nordeste com os loteamentos populares e o eixo sudeste-sudoeste com loteamento de condomínios fechados, o que, segundo Francisco (2011), foi o “aburguesamento” da cidade. Esse processo levou ao surgimento de grandes edifícios na área mais próxima ao centro e, em contrapartida

nas

áreas

mais

afastadas

haviam

vazios

urbanos

a

espera

de

valorização

pela

especulação imobiliária.

Os empreendimentos habitacionais foram influenciados pelo zoneamento que passou a permitir um gabarito maior nos arredores do centro onde estavam os edifícios para a classe alta, já nas áreas próximas a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) no bairro Vila São Manoel e no bairro

FIGURA 68: Representativo localidade

Vila

Maceno

próximo

a

Universidade

Estadual

Paulista

"Júlio

de

Mesquita

Filho”

(UNESP)

edifícios de gabarito mais baixo de até 06 pavimentos destinados a estudantes.

Disponível em: Google Earth/editado pela autora

A

Região

Administrativa

de

São

José

do

Rio

Preto,

com

população

de

1.516.690

habitantes,

corresponde a 2,33% do PIB total do Estado de São Paulo, uma das contribuições mais altas do interior paulista,

ficando

atrás

apenas

da

região

de

Sorocaba,

Ribeirão

Preto

e

Campinas;

além

disso,

segundo o Governo do Estado de São Paulo até 2030 a População em Idade Ativa (PIA) deverá corresponder a 1 milhão de pessoas(PREFEITURA,2019).

O PROCESSO URBANO

A cidade foi fundada em 1852 e por anos teve sua economia fixada na produção do café, depois algodão

e

cana-de-açúcar,

o

que

atraiu

a

classe burguesa

de

fazendeiros,

donos

de

terras

e

comerciantes para a região. Com a estrada de ferro e o acúmulo de capital a cidade começou a crescer e se desenvolveu muito durante a primeira metade do século XX, mas de maneira até então compacta e homogênea na ocupação dos loteamentos onde hoje é o centro da cidade e o Bairro Boa Vista(DIÁRIO DA REGIÃO,

FIGURA 69: Vista aérea de São José do Rio Preto em 1942 Disponível em: G.com.br Acervo: Lelê Arantes

28

A CIDADE DESTAQUES PESQUISAS E RANKINGS

O crescimento do comércio e serviços disponíveis na cidade, juntamente com a alta densidade da área central fez com que os empreendimentos imobiliários para as classes média e alta migrassem para condomínios fechados, principalmente horizontais, levando o foco do setor para áreas antes consideradas de periferia. O capital financeiro dos setores privados começa a comandar certos processos urbanos na cidade através de parcerias com o setor público e mais uma vez os interesses

A cidade de São José do Rio Preto é muito forte em diversos setores dentre eles o educacional. A cidade possui mais de 10 instituições de ensino superior públicas e/ou particulares em atividade(figura 70) e, segundo a Conjuntura Econômica no ano de 2018 26.283 matrículas foram feitas em alguma instituições.

Elas

encontram-se,

predominantemente

na

zona

na faixa dos 20 aos 34 anos(figura 71), estes que são os mais jovens e estão ingressando em universidades, mercado de trabalho e encontram o cenário muito favorável na cidade. Além de centro de região, é referência em diversos setores e no estilo de vida e com desenvolvimento urbano mais avançado.

das classes mais poderosas são colocados à frente(DIÁRIO DA REGIÃO, 2019).

dessas

Segundo o censo do IBGE de 2010 a maior parte da população de São José do Rio Preto estava

sul/sudeste

do

º

Todo esse desenvolvimento classificou a cidade como a 3 pesquisas

do

Índice

dos

Desafios

da

Gestão

Municipal

melhor para se viver no país após (IDGM)

divulgadas

em

2021,

com

destaque para a área da educação em escolas e saneamento básico.

município,

principalmente próximas a avenidas importantes como Avenida Bady Bassit e seu prolongamento na Avenida

Juscelino

Kubitschek

de

Oliveira,

Avenida

Brigadeiro

Faria

Lima

e

seu

prolongamento

na

Avenida Anísio Haddad e Avenida dos Estudantes.

FiGURA 71: Gráfico pirâmide etária em São José do Rio Preto2010 Disponível em: IBGE.com.br

MAPA DE UNIVERSIDADES E VIAS DESTAQUES LEGENDA Universidades

Avenida Brigadeiro Faria Lima

FIGURA 70: Mapa de localidade Disponível em: Mapstaling/editado pela autora

Áreas de rios

FIGURA 72: Foto aérea de São José do Rio Preto Disponível em: Novaescola.com.br

Avenida Bady Bassitt

Avenida dos Estudantes

Áreas verdes

Autor desconhecido

29

QUESTIONÁRIO Afim de melhor entender e analisar a relação do coliving inserido na realidade da região escolhida e de seus possíveis usuários, foi realizado um questionário através da plataforma online Google Forms como forma de pesquisa de levantamento de dados.

A pesquisa foi aplicada de forma aberta através de redes sociais, sendo a maior parte dos participantes da cidade ou região próxima a São José do Rio Preto e na faixa etária de 19 a 25 anos (gráfico 1 e gráfico 2).

As respostas

obtidas auxiliam nas decisões projetuais e definem uma parte do público alvo do projeto.

Com relação a moradia compartilhada (termo utilizado para abrangência de interpretação durante o questionário), 71,2%

das

pessoas

disseram

que

morariam

em

locais

que

tivessem

espaços

compartilhados

como

cozinha

e

lavanderia, 36,4% usariam os espaços compartilhados sem problema algum e 45,5% usariam no dia-a-dia mas gostariam que houvessem opções desses espaços particulares também.

Através do questionário conclui-se possíveis espaços e soluções que agradariam o público alvo em questão.

OIRÁNOITSEUQ FIGURA 73: Gráfico do questionário

30

Criado pela autora

ÁREA DE INTERESSE PRÉ-REQUISITOS

Partindo disto foram pré-selecionadas três opções de terreno para comparação e análise de qual encaixava-se melhor como potencial do projeto.

Para locar o projeto foram feitas análises de pré-requisitos necessários para que o entorno o acolhesse bem e tivesse o suporto necessário. Primeiro analisando a localidade e o histórico de interesse urbano das principais vias da cidade foi escolhida a avenida Bady Bassit(figura 74), que atrai muito interesse econômico e possui um potencial muito grande de desenvolvimento futuro, assim como seu prolongamento, a avenida Presidente Juscelino K. de Oliveira que leva ao Shopping Iguatemi, um importante centro comercial e de negócios. Além disso reúne um público variado em questões econômicas, não se restringe apenas as classes de maior poder aquisitivo, de acordo com o estudo de Pateis (2007) e possui fácil acesso à várias regiões da cidade.

Terreno 1

Terreno 2

Terreno 3

FIGURA 75: Comparativo de terrenos Criado pela autora

1. O terreno 1 possui uma potencialidade boa em localidade,

mas

ele

não

pertence

a

zona

de

interesse e seu entorno não é o mais satisfatório.

2.O terreno 2 está na zona de interesse, possui uma

metragem

muito

vantajosa,

no

entanto

seu

entorno possui um gabarito mais baixo o que poderia

Rodovias

IGURA 74: Mapa principais vias de São José do Rio Preto

conflitar com um projeto mais elevado.

F

Disponível em: Mapstyle/Alterado pela autora

3.O terreno 3 foi o escolhido pois, além de estar na

Avenidas

zona de interesse e possuir um área que permitiria a De acordo com o novo zoneamento de São José do Rio Preto do ano de 2021, algumas áreas da cidade foram classificadas como de reocupação urbana,

ou

seja,

são

áreas

que

a

prefeitura

municipal

quer

recuperar

implantação, seu entorno é muito diversificado e os acessos são ótimos.

e

revitalizar por se tratar de ampla qualidade urbana e grande diversidade de usos. Portanto um pré requisito básico era que o terreno estivesse dentro dessas áreas chamadas no zoneamento de zona 05.

31

ÁREA DE INTERVENÇÃO O TERRENO

O TERRENO O terreno escolhido está localizado na área central de São José

04

do Rio Preto, no bairro Vila Imperial; abrangendo uma quadra inteira

faz,

portanto,

divisa

com

quatro

vias,

sendo

elas:

a

avenida Bady Bassitt, uma das mais importantes da cidade, rua Rio

Preto,

rua

Professor

Jamil

Kauan

e

rua

Luiz

Vaz

de

03

Camões(figura 77).

Por estar em uma avenida muito importante da cidade, o terreno fica próximo de diversas localidades e inserido em um setor de giro

comercial

e

de

serviços.

Além

disso,

se

tratando

de

zoneamento ele atende a preferência por estar na zona 05-

01

recuperação urbana e uma parcela do lote encontrasse na zona

02

10- avenidas, fundos de vale e áreas especiais.

Nas imagens 01 e 02 é possível ver a frente do terreno com a avenida Bady Bassitt, boa parte do terreno é vazia, somente com a presença de outdoors.

A imagem 03 é a vista lateral pela rua Luiz Vaz de Camões, no

FIGURA 76: Indicativo de vistas

nível médio do terreno. Já na imagem 04 é a visão dos fundos na

Criado pela autora

rua Professor Jamil Kauan em direção a rua lateral direita e parte

FIGURA 77: Vista aérea do tereno escolhido

da avenida Bady Bassit.

Alterado pela autora

Vista 01

Vista 02

Vista 3

FIGURA 78: Vistas do terreno Acervo pessoal

32

Vista 04

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

EQUIPAMENTOS URBANOS

A área apresenta uma mistura de usos muito equilibrada entre comercial, serviço e residencial,

Um destaque é a diversidade de equipamentos urbanos disponíveis no entorno estudado, na área

sendo os de maior destaque em número, garantindo um entorno favorável a grandes fluxos

de educação são 22 locais que vão de escolas primárias a universidades e existem também

econômicos e trânsito de pessoas. São poucos os lotes vazios ou sem uso já que, por tratar-se

vários

de uma área central da cidade poucos lotes ainda não foram utilizados(figura 79).

administrativo da cidade como a Associação Comercial de São José do Rio Preto (ACIRP), a

É possível perceber através do mapa que são poucas as áreas verdes no entorno, as existentes

Secretaria da Educação e a Secretaria dos Direitos para Mulheres, Pessoa com Deficiência, Raça

estão na parte superior do mapa em uma região mais residencial e possuem características de

e Etnia também ficam dentro do raio de 750 metros(figura 80).

praças de bairro, algumas inclusive com igrejas centrais. A avenida Bady Bassitt mescla muito

São José do Rio Preto é referência em saúde e no entorno estudado estão alguns hospitais como

bem

a

os

públicos

pois

possui

desde

supermercado,

residência,

comércios

variados

Sociedade

de

uso

religioso,

Portuguesa

de

como

igrejas,

Beneficência,

o

templos

Instituto

e

de

centros.

Alguns

Moléstias

edifícios

do

Cardiovasculares

setor

(IMC),

concessionárias, lojas de utilidades domésticas, móveis, roupas, alimentação, portanto é uma

Hospital do Coração do IMC (HMC) e várias clínicas particulares de importância na cidade. Na

região que recebe muitas pessoas todos os dias. Outros destaques são os lotes destinados ao

parte superior do mapa está o Aeroporto Estadual Professor Eribelto Manoel Reino, que recebe

uso institucional como escolas públicas e privadas e centros médicos, desde hospital a clínicas

em média 69 mil passageiros por mês, segundo o Departamento Aeroviário do Estado de São

particulares de referência.

Paulo (Daesp), ficando atrás apenas do aeroporto de Ribeirão Preto na região.

SOCIGÓLOFROM SAPAM

FIGURA 79: MAPA DE USO DO SOLO LEGENDA Residencial

Comercial

34

como

locais

FIGURA 80: MAPA DE EQUIPAMENTOS URBANOS LEGENDA

Serviços

Área verde

Em construção

Institucional

Vazio

Terreno escolhido

Educação

Saúde

Religioso

Segurança

Área verde

Institucional

Terreno escolhido

HIERARQUIA VIÁRIA

TRANSPORTE PÚBLICO

O sistema viário do entorno é um destaque, começando a sul do terreno com a rodovia Washington Luiz, uma importante via expressa que conecta tanto zonas dentro da própria

Por ser uma região central a área é muito contemplada com pontos de ônibus, inclusive um logo na frente do terreno escolhido, totalizando, no raio de 750 metros, 34 pontos.

São seis linhas que passam no entorno, sendo a linha 310-Shopping Iguatemi e a 308-Jardim

cidade, como cidades vizinhas pertencentes a região.

Outro destaque é a avenida Bady Bassitt, uma das principais de São José do Rio Preto, que delimita a frente do terreno escolhido. Responsável pelo maior fluxo de veículos do entorno é o agente de ligação entre a zona leste e zona oeste e sul da cidade, cortando toda a área

Maracanã as duas que circulam na avenida Bady Bassitt distribuindo os usuários quase por toda extensão da avenida, chegando até o shopping Iguatemi, na região sul da cidade(figura 82).

As demais, 041-Noturna Solo Sagrado, 202-Nato Vetorazzo atendem a avenida dos Estudantes e as proximidades do aeroporto enquanto a 301-Débora Cristina e 311-Extra I.U.R.D circulam

central, além da avenida dos Estudantes, a principal da região do aeroporto.

A rua Orsini Diaz Aguiar e a rua Santo Agostinho, duas das coletoras destacadas no mapa ligam a avenida Bady Bassitt a região do aeroporto, uma leva o fluxo e a outra devolve a

pelas vias coletoras já citadas, rua General Glicério e rua Bernardino de Campos, distribuindo o fluxo de pessoas pela região central.

principal avenida, respectivamente. Outras coletoras destacadas no mapa são a rua General Glicério e a rua Bernardino de Campos que, paralelas a avenida, relacionam o fluxo com o centro e demais vias locais. O restante das vias são consideradas locais, apesar de muitas terem

um

fluxo

de

carros

mais

marcante

que

vias

locais

em

outras

localidades

já

que

encontram-se em uma área de grande interesse econômico e que atrai muitas pessoas(figura 81).

Via expressa Via arterial

Ponto de ônibus

202-Neto Vetorazzo

308-Jardim Maracanã

Terreno escolhido

301-Débora Cristina

310-Shopping Iguatemi

Via coletora Via local

SOCIGÓLOFROM SAPAM

FIGURA 82: MAPA DE TRANSPORTE PÚBLICO LEGENDA

FIGURA 81: MAPA DE HIERRQUIA VIÁRIA LEGENDA Terreno escolhido

311-Extra I.U.R.D

041-Noturna Solo Sagrado

35

FIGURA FUNDO O mapa de

figura

fundo

com

750

metros

de

raio

mostra

GABARITO DE ALTURAS que

na

parcela

onde

há

mais

Através do mapa de gabarito de alturas é possível perceber que a região, além de usos bem

residências quase todos os lotes estão ocupados(figura 83), são poucos os vazios, já onde os

definidos,

possui

usos são mais mesclados entre comércio, serviço e residência ainda existem alguns vazios.

superior esquerda que delimita uma altura máxima mais baixa, mantendo essa região com

Desses vazios vários são estacionamentos de serviços ou pátios de empresas e outros estão em

predominância de casas térreas e poucas edificações com dois pavimentos(figura 84). O

processo de reforma ou construção, sendo poucos realmente sem uso total.

número

de

alturas

edificações

bem

com

características,

mais

pavimentos

primeiro

vai

por

conta

aumentando

do

aeroporto

conforme

na

parte

aproxima-se

da

avenida dos estudantes e da avenida Bady Bassitt, assim como da área mais próxima do centro na parte leste do mapa.

SOCIGÓLOFROM SAPAM

FIGURA 83: MAPA DE FIGURA FUNDO LEGENDA Área construída

Terreno escolhido

36

FIGURA 84: MAPA DE GABARITO DE ALTURAS Área construída

2 Pavimentos

1 Pavimento

3 a 5 Pavimentos

6 ou mais Pavimentos

TOPOGRAFIA

ANÁLISE SOLAR E DE VENTOS

A topografia do terreno possui um desnível de quatro metros para uma extensão, no

As

condições

climáticas

foram

analisadas

tanto

para

escolha

do

terreno,

quanto

para

menor lado, de 39,75 metros o que resulta numa inclinação de 10%. A curva mais baixa,

desenvolvimento projetual afim de definir as melhores fachadas e promover soluções onde os

494, contorna toda a frente do terreno com a Bady Bassitt enquanto nas ruas laterais,

fatores podem não favorecer o conforto interno e externo do usuário no projeto.

rua Rio Preto e rua Luiz Vaz de Camões ficam com as maiores declividades.

Por possuir um entorno imediato de gabarito baixo não existem quase interferências de sombra vindas de outros edifícios, portanto o terreno recebe luz natural de todos os lados. Para análise mais pontual foi escolhida a data do solstício de verão do hemisfério sul, 21 de dezembro, e três horários durante o dia sendo eles: 9 horas(figura 88), 12 horas(figura 89) e 15 horas(figura 90)..

A fachada que recebe a luz do sol da manhã é a leste e projeta uma sombra voltada para a avenida Bady Bassitt. No segundo horários analisado, 12 horas, onde o sol está a pino tendendo levemente a norte o sol incide perpendicular ao plano do terreno e algumas pequenas áreas podem receber sombreamento dos edifícios mais altos do entorno. No último horário analisado, 15 horas, o sol já está mais baixo tendendo a um alinhamento mais paralelo ao terreno e causando uma forte incidência na fachada oeste causando sombras na porção leste e nordeste do terreno.

Conclui-se, portanto que as fachadas oeste, noroeste e sudoeste são as mais afetas com o sol no período da tarde, necessitando de proteção no edifício.

As correntes de ventos variam muito ao longo dos estações, no entanto, em São José do Rio Preto as correntes vindas de leste predominam durante dez meses do ano e outras direções muito recorrentes são os ventos vindos de sudeste e nordeste, segundo estatísticas do Windfinder. A velocidade dos ventos nessa região é classificados como brisa fresca.

ONERRET ESILÁNA

FIGURA 85: Esquema do terreno com curvas de níveis Fonte: Criado pela autora AutoCAD e Photoshop

FIGURA 88: Mapa com indicação dos ventos e posição solar.

Fonte: Criado pela autora

CORTE AA

FIGURA 86: Corte AA do terreno FIGURA 89: Mapa com indicação dos ventos e

Fonte: Criado pela autora AutoCAD e Photoshop

posição solar.

Fonte: Criado pela autora

CORTE BB

FIGURA 87: Corte BB do terreno Fonte: Criado pela autora AutoCAD e Photoshop

FIGURA 90: Mapa com indicação dos ventos e posição solar.

Fonte: Criado pela autora

37

Para embasamento e realização deste projeto fez-se necessário a consulta de leis e normas técnicas que asseguraram a acessibilidade, qualidade e segurança.

º

LEI DE ZONEAMETO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO-LEI N

13.709 de 14 de

janeiro de 2021 A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

rt. 1º Em cumprimento aos objetivos e diretrizes ao Plano Diretor, esta Lei disciplina as

A

regras gerais de autorização e legalização da atividade edilícia e regulamentação de A Constituição brasileira designa diversas funções em âmbito nacional, estadual e municipal

que

dizem

respeito,

dentre

outros

temas,

a

habitação

e

direitos

uso e ocupação do solo e edificações no Município de São José do Rio Preto.

sociais

ligados a questões urbanas. Dentre elas estão a função social da terra que deve garantir o bom aproveitamento de determinada parcela de terra urbana, evitando

A lei de zoneamento define quais os usos e características das edificações permitidas em cada localidade da cidade.

privilégios.

Art. 6º

- São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a

moradia,

o

transporte,

o

lazer,

a

segurança,

a

previdência

social,

a

proteção

à

º

CÓGIDO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES- LEI COMPLEMENTAR N

649 de 5 de

janeiro de 2021.

maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta.

Art. 21.

SAMRON E SEÕÇALSIGEL

38

Art. 1 Compete à União: XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano,

º

Fica instituído o Código de Obras e Edificações (COE) como o instrumento que

disciplina

as

regras

gerais

de

autorização

e

legalização

da

atividade

edilícia,

inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; observados

t. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal,

projeto,

execução,

manutenção

e

utilização

de

obras,

edificações

e

equipamentos, dentro dos limites do imóvel, bem como os respectivos procedimentos

Ar

conforme

diretrizes

gerais

fixadas

em

lei,

tem

por

objetivo

ordenar

o

administrativos, executivos e fiscalizatórios de tais atividades, estabelecendo normas

pleno específicas a serem observadas no Município a que faz referência, em complemento às

desenvolvimento

das

funções

sociais

da

cidade

e

garantir

o

bem-

estar

de

seus fixadas por Normas Técnicas relacionadas à matéria edilícia.

habitantes.

O ESTATUTO DA CIDADE-LEI 10.257 de 10 de julho de 2001

ABNT NBR 9050:2020-Acessibilidade a edifcações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos

O Estatuto da Cidade foi aprovado em 2001 para regulamentar os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, os quais afirmam que os municípios devem criar políticas de desenvolvimento urbano para a realização da “função social das cidades”, visando ao

º 651 de 14 de janeiro de 2021.

º

PLANO DIRETOR-LEI COMPLEMENTAR N

2

º

O

Plano

cumprimento

das

Diretor

de

funções

projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edifcações às condições de acessibilidade

bem-estar de seus habitantes.

Art.

Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao

Desenvolvimento sociais

da

Sustentável

cidade

e

da

tem

como

propriedade

INSTRUÇÃO TÉCNICA N . 11/2018-Saídas de emergência

princípio

o

Dispõe sobre saídas de emergência e segurança necessária em incêndio em todas

urbana,

a

edificações de acordo com sua classificação de ocupação.

sustentabilidade urbana e a gestão democrática, sistêmica, intersetorial e interativa e, como objetivo, a sustentabilidade econômica, social e ambiental do Município.

ZONA 05-RECUPEÇÃO URBANA O terreno está inserido na zona 05- recuperação urbana e esta

estabelece

parâmetros

máximos

a

serem

seguidos

para projetar a edificação no local escolhido.

ÍNDICE DE APROVEITAMENTO= 4 O

índice

de

aproveitamento

é

um

ALTURA MÁXIMA número

A altura máxima estabelecida pela lei de zoneamento no caso de edificações

que, a

com mais de 2 pavimentos fica a cargo do Centro Integrado de Defesa Aérea e

quantidade total de metros quadrados permitidos

Controle de Tráfego Aéreo(CINDACTA) e Comando da Aeronáutica (COMAER),

na construção.

uma vez que o terreno encontra-se dentro da área do cone de aproximação do

multiplicado

pela

área

de

um

terreno,

indica

aeroporto.

I.A=4

²

Segundo o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP) o código

Área do terreno=2893m

da pista do aeroporto de São José do Rio Preto é 2C – Tipo de Operação:

Área construída máxima

IFR/VFR o que o coloca, de acordo com a Instrução de Comando Aeronáutico ICA

I.A x A.T=A.C.M iI.A.xA.T=11.572m

FIGURA 91: Índice de aproveitamento

²

Fonte: Criado pela autora

11-408, como Categoria 5 e PBZPA 2C IFR que permite altua máxima de 45 metros acima do nível do aeroporto.

AutoCAD e Photoshop

RECUOS MÍNIMOS

Projeta-se uma linha paralela a 45 metros do nível da pista do aeroporto, no caso nível 544 e uma linha perpendicular da curva mais alta do terreno analisado que

A lei de zoneamento define valores mínimos que a

no caso é o nível 497. O ponto de encontro destas linhas é a altura máxima que a

edificação deve deixar dos limites do lote, tanto

edificação pode chegar(figura 94).

frontal, lateral e de fundo.

Recuo lateral=3m Recuo frontal=5m

FIGURA 92: Recuos

Recuo de fundo=3m

Fonte: Criado pela autora AutoCAD e Photoshop

TAXA DE OCUPAÇÃO=40% A taxa de ocupação é a divisão entre a área de projeção

da

edificação

e

a

área

do

terreno

(Prefeitura de São Paulo,2021).

T.O.=40%

²

Área do terreno=2893m

Área máxima de projeção no térreo T.O=A.P.T/AT A.P.T=1157,2m

²

FIGURA 93: Taxa de ocupação

FIGURA 94: Altura máxima

Fonte: Criado pela autora

Fonte: Criado pela autora

AutoCAD e Photoshop

AutoCAD

39

O PROGRAMA

COLETIVO

O programa de necessidades tem por objetivo estabelecer os ambientes e as áreas para dar início ao processo de projeto e implantação. O programa deste projeto foi dividido em quatro setores: ambientes abertos ao público externo, administrativo, coliving de áreas coletivas e coliving de áreas privativas. O setor aberto ao público externo compreende a praça de implantação, a loja coletiva, o café, o hall de entrada para informações e até a

PRIVADO

academia que não é de uso exclusivo dos moradores. O setor de administração atende a parte burocrática do projeto, como sala de segurança, D.M.L do térreo, espaça para armazenamento seguro do gás, assim como dos resíduos e espaço de estacionamento. O setor de coliving que engloba as áreas coletivas conta com cozinha e refeitório, salas de

CONVÍVIO

tv e estudos para atender a todos os moradores, assim como uma lavanderia. Os espaços de convívio compartilhados ficam por conta da sala de estar e sala de tv, além de um terraço aberto na cobertura que permite a prática de exercícios físicos e pequenos eventos, assim como sala de jogos.

APOIO

Todo os ambientes e suas áreas foram baseados em projetos semelhantes analisados e atendem, no caso da moradia, a 55 pessoas no total visando um público alvo entre 18 e 35 anos.

SETOR CONVÍVIO E SERVIÇOS AMBIENTE

ATIVIDADE

Nº DE PESSOAS

Nº DE AMBIENTES

ÁREA UNITÁRIA

ÁREA TOTAL

SETOR COLIVING-ÁREAS COLETIVAS

MOBILIÁRIO

AMBIENTE PRAÇA HALL DE ENTRADA E RECEPÇÃO

VARIADO

INFORMAÇÃO E DIRECIONAMENTO

VARIADO

1

72,10m

²

72,1M

BALCÃO DE

²

CADEIRAS, POLTRONAS

OTEJORP ÉRP

VARIADO

1

234,3m

²

234,3m

²

EXERCÍCIOS

VARIADO

1

238,1m

²

HIGIENE PESSOAL

VARIADO

1

75,95m

²

75,95m

SALA DE ESTUDO

ESPAÇO DE CONVÍVIO

SOFÁS, POLTRONAS, 25

1

²

7

1

36m

²

36m

COM

²

CARREGADOR,

ELÉTRICO

HIGIENE PESSOAL

HIGIENE PESSOAL

MESAS, ESTANTE DE LIVROS

ESPAÇO DE ESTUDO INDIVIDUAL

18

OU EM GRUPO

1

50,8m

²

50,8m

²

MESAS E BAIAS

BANCADAS, FOGÃO,

COZINHA

FORNO, GELADEIRA,

PREPARAÇÃO DE REFEIÇÕES

6

1

28m

²

28m

²

CUBA, EQUIPAMENTOS

ESPAÇO PARA

REFEITÓRIO

FAZER REFEIÇÕES

²

42

1

87m

87m

10

1

50,70m

MESAS,

²

CADEIRAS

LAVANDERIA

ESPAÇO PARA LAVAGEM DE

MÁQUINAS DE

²

50,70m

²

LAVAR E SECAR ROUPA

TERRAÇO

ESPAÇO DE CONVÍVIO

BANCOS, REDES, 16

1

74m

²

74m

²

CHURRASQUEIRA, JARDIM

BOMBA DE AR

ESPAÇO PARA

ALIMENTOS

²

TOTEM DE APOIO

PNEU DE BICICLETA,

COMÉRCIO DE

85,2m

SANITÁRIAS, CHUVEIRO, BANCO DE

TOMAR ÁGUA, ENCHER

CARREGAR PATINETE

²

85,20m

ROUPAS

BANHEIRO PÚBLICO

MOBILIÁRIO

ESPAÇO PARA

PESOS, SUPORTES

APOIO

CAFÉ

ÁREA TOTAL

EQUIPAMENTOS,

²

238,1m

SALA DE ESTAR

PELA EMPRESA A ALUGAR O ESPAÇO

CUBAS E BACIAS

BANHEIRO RECEPÇÃO

40

COMÉRCIO E

MOBILIÁRIO A DEFINIR

FÍSICOS

PONTO DE APOIO E BICICLETÁRIO

ÁREA UNITÁRIA

ATENDIMENTO,

DE PESSOAS

REALIZAÇÃO DE

VESTIÁRIOS

Nº DE AMBIENTES

EQUIPAMENTOS,JARDIM

SERVIÇOS

ACADEMIA

Nº DE PESSOAS

BANCOS, CONVÍVIO, LAZER

ESPAÇO PARA

LOJA COLETIVA

ATIVIDADE

30

2

2

1

2

2

61,3m

²

61,3m

² 3,96m ²

4,46m

4,10m

²

CUBAS E BACIAS

²

8,42m

LAZER

²

BACIAS SANITÁRIAS

²

10

1

48m

1

2

4,68m

6

1

19,32m

²

19,32m

²

3

1

19,32m

²

19,32m

²

48m

E CUBAS

SANITÁRIAS

²

8,20m

SALA DE JOGOS

²

CUBAS E BACIAS

BANHEIRO DO TERRAÇO

HIGIENE PESSOAL

²

9,36m

²

BACIAS SANITÁRIAS E CUBAS

SANITÁRIAS

CUBAS E BACIAS SANITÁRIAS

BICICLETÁRIO SUBSOLO ESPAÇO PET

DEPÓSITO E OFICINA DE

ARMÁRIO, BICICLETAS

BICICLETAS

BANHO PET

LAVATÓRIOS E BANCADAS

SETOR COLIVING-ÁREAS PRIVATIVAS Nº DE PESSOAS

ATIVIDADE

AMBIENTE

Nº DE AMBIENTES

ÁREA UNITÁRIA

SETOR APOIO

ÁREA TOTAL

MOBILIÁRIO

CAMA, ARMÁRIO, DORMIR,

UNIDADE 01

ESTAR,

HIGIENE PESSOAL

12

1

25,13m

²

301,5m

MESA, CUBA,

²

AMBIENTE

UNIDADE 02

HIGIENE PESSOAL

4

3

63,92m

²

191,76m

Nº DE AMBIENTES

ÁREA UNITÁRIA

ÁREA TOTAL

COORDENAÇÃO DO

MOBILIÁRIO

MESAS, CADEIRAS,

ESPAÇO PARA

ADMINISTRAÇÃO

3

1

8,85m

LUGAR

SALA DE SEGURANÇA

CAMAS, ARMÁRIOS, ESTAR,

Nº DE PESSOAS

²

²

8,85m

²

6,50m

COMPUTADORES, IMPRESSORA

FRIGOBAR, MICROONDAS, FOGÃO.

DORMIR,

ATIVIDADE

MESA, CADEIRAS,

²

SEGURANÇA E MONITORAMETO

2

1

6,50m

²

MESAS, CADEIRAS, COMPUTADORES

DEPÓSITO DE

D.M.L

CUBA, GELADEIRA,

EQUIPAMENTOS E

2

4

6,35m

1

10m

1

1

8,6m

34

1

1121m

MATERIAL DE LIMPEZA

²

25,4m

²

ARMÁRIOS

MICROONDAS, FOGÃO.

ABRIGO DE GÁS

DEPÓSITO DE GÁS

CAMAS, ARMÁRIOS, DORMIR,

UNIDADE 03

ESTAR,

HIGIENE PESSOAL

DORMIR,

UNIDADE PCD

ESTAR,

HIGIENE PESSOAL

5

3

87,0m

²

261m

4

77,37m

²

309,48m

²

10m

CILINDROS DE

²

GÁS

MESA,CADEIRAS, CUBA,

²

GELADEIRA, MICROONDAS, FOGÃO.

4

1

²

CAMA, ARMÁRIO, MESA,

ABRIGO DE RESÍDUO

SUBSOLO 1

ESPAÇO PARA

CESTO DE

ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO DE LIXO

VAGAS PARA VEÍCULOS

²

²

8,6m

1121m

²

VAGAS PARA

²

VEÍCULOS

CUBA, GELADEIRA, MICROONDAS, FOGÃO.

SUBSOLO 2

VAGAS PARA

VAGAS PARA

VEÍCULOS

36

1

1

1

1216m

²

1216m

²

ESPAÇO PARA

GUARITA

CONTROLE DE ACESSO

CONVÍVIO E SERVIÇOS

SOMA DAS ÁREAS

PRAÇA

ÁREA TOTAL + CIRCULAÇÃO

ÁREAS COLETIVAS

SALA DE ESTAR

HALL DE

Com

a

definição

do

programa

necessidades foi possível contabilizar as

metragens

calcular áreas

o

dos

total

de

ambientes

acrescido

circulação,

30%

paredes

ENTRADA E

de

SETOR

e

CONVÍVIO E SERVIÇOS

dos

ambientes

somou

APOIO

2403,35

²

4673,12m , com o acréscimo dos 30%

²

chegou em 6075,05m a

ser

construída

e

de área total

uma

²

ocupação de 1059,70m .

taxa

COLIVING-ÁREAS COLETIVAS

471,7m ²

de

COLIVING-ÁREAS PRIVATIVAS

TOTAL=

7m

²

7m

²

VEÍCULOS

MESA, CADEIRA,ARMÁRIO

APOIO

ÁREAS PRIVATIVAS

ADMINISTRAÇÃO

UNIDADE 01

SALA DE SEGURANÇA

LOJA COLETIVA

COZINHA

D.M.L

ACADEMIA

REFEITÓRIO

ABRIGO DE GÁS

VESTIÁRIOS

LAVANDERIA

UNIDADE 02

UNIDADE 03

734,27m ²

1063,8m ²

4673,12m² + 30%= 6075,05m²

AMARGONAGRO

pequenas perdas. Com isso a área total

TOTAL POR SETOR

SALA DE TV

RECEPÇÃO

e de

LIXO

UNIDADE PCD

ABRIGO DE RESÍDUO

PONTO DE APOIO E

TERRAÇO

SUBSOLO 1

BICICLETÁRIO

CAFÉ

BANHEIRO PÚBLICO

BANHEIRO DO TERRAÇO

BICICLETÁRIO

SUBSOLO 2

GUARITA

SUBSOLO

BANHEIRO RECEPÇÃO

ESPAÇO PET

41

PRÉ-PROJETO FLUXOGRAMA

LEGENDA PÚBLICO

42

FUNCIONÁRIOS

MORADORES

SERVIÇO

ACESSO DE VEÍCULOS

ACESSO DE PEDESTRES

O PROJETO VOLUMETRIA

CONCEITO E PARTIDO

A definição do posicionamento dos blocos aconteceu de acordo com os desejos e estudos para definição de acessos e fluxos, assim como o melhor aproveitamento do terreno. Depois de definidas as questões de grande importância a nível térreo, que iriam nortear todo o restante do projeto, a volumetria surgiu mantendo linhas retas e simplicidade de formas a fim de, garantir o

OTIECNOC

A proposta para o coliving busca compor uma comunidade pautada na pluralidade

de

indivíduos

únicos,

criando

um

volume

acolhedor

destaque para os brises e revestimentos escolhidos para fachada ventilada.

com

destaque para o coletivo. É um convite a população para conhecer e vivenciar a mistura e o compartilhamento de experiências e espaços.

O projeto surge como um ponto de conexão entre moradia, serviço e espaço público, oferecendo um térreo caminhável para que o usuário seja

convidado

a

permear,

além

espaços

de

permanência

e

serviços

variados para que o fluxo de pessoas seja constante, tornando o espaço vivo.

Por se tratar de um terreno que compõe uma quadra inteira e estar paralelo a uma avenida de fluxo intenso, os primeiros a serem pensados foram os acessos de pedestres e veículos. Foram definidas entrada e saída de veículos de moradores pela via lateral para desviar dos fluxos

ODITRAP

intensos ao redor, assim como um acesso pela rua paralela a avenida que convida para a loja coletiva.

O principal conceito que envolve a disposição e definição de áreas no terreno

é

manter

a

permeabilidade

como

uma

extensão

do

passeio

público, portanto os níveis foram escolhidos para que houvesse acesso simultâneo tanto pela avenida, quando pela rua paralela, e os volumes foram locados de maneira a manter o interior como um pátio coberto.

O volume inicial do prédio partiu da vontade de destacar a circulação interna criando espaços de transição do coletivo para o particular. As passarelas

abertas

surgem

então

como

uma

maneira

de

criar

uma

permeabilidade visual no sentido vertical.

A parte comercial e de serviço do projeto ficou dividida em três blocos, um bloco de academia, um bloco pra um pequeno café e um bloco para abrigar

um

modelo

de

loja

coletiva,

que

dialoga

muito

bem

com

a

proposta do coliving.

A intenção com o projeto é oferecer um ambiente de moradia com uma energia nova e atual para diversos tipos de moradores. Portanto foram pensados modelos diferentes de apartamento, desde um tipo studio até três dormitórios. A proposta do Coliving chega para modificar a dinâmica do ambiente, indo desde o coletivo até o espaço mais privado.

FIGURA 95: Croquis de evolução Criado pela autora

FIGURA 96: Volumetria explodida Fonte: Criado pela autora

43

LEGENDA ACESSO VEÍCULOS

ACESSO PEDESTRES

SENTIDO DA RUA

1 2

ACADEMIA

3

LOJA COLETIVA

4

ONROTNE MOC OÃÇATNALPMI

44

3

CAFÉ

5

RECEPÇÃO

BICICLETÁRIO E PONTO DE APOIO

2

4

1 7

8

9

FIGURA 97: IMPLANTAÇÃO COM ENTORNO

6

6

VAGA DE CARGA E DESCARGA

7

PÁTIO

8

ACESSO AO SUBSOLO

9

PONTO DE ÔNIBUS

5 PONTO DE ÔNIBUS

TOPOGRAFIA

SETORIZAÇÃO

A topografia do terreno foi modificada para manter o acesso

A setorização da implantação teve intuito de distribuir os espaços pensados para uso do público em geral

livre

afim de atrair mais usuários para o espaço aberto, portanto cada um deles foi colocado em um bloco e

ao

usuário

vindo

da

principal

via

do

entorno,

que

é

a

SOXULF E OÃÇAZIROTES ,AIFARGOPOT

Avenida Bady Bassit. Sendo assim, após estudos, o patamar

assim mantidos no térreo o que facilita a circulação das pessoas pelo espaço.

principal do projeto foi definido no nível +495, um intermediário

Os blocos ficaram dispostos ao redor de um pátio interno que permite a conexão dos usuários de todos os

dentro do terreno e que apresentou pouca inclinação com o

espaços livres e dos moradores.

perfil natural da calçada não sendo necessárias modificações de rampas para o acesso. Neste nível ficam os térreos de três dos quatro blocos, além de toda praça de convivência e acesso de veículos ao subsolo.

O segundo nível foi adotado para que houvesse um acesso também Kauan.

pela Este

rua foi

paralela

definido

a

no

avenida, nível

a

+496,

rua

Professor

ficando

Jamil

levemente

elevado do térreo principal, mantendo assim a conexão com

LEGENDA

todo o restante do projeto através de rampa e escada no pátio interno.

ACADEMIA

COLIVING

RECEPÇÃO

FIGURA 99: Setorização

+497

COLETIVO

Fonte:Criado pela autora

+498

+496

Skechup e Photoshop

COLETIVO

+495

FLUXOS E ACESSOS

+494

O acesso dos usuários é promovido através de três acessos de pedestres, dois deles convidam para uma praça

com espaços de estar e contemplação, enquanto o terceiro leva para a área mais comercial do

projeto

a

loja

coletiva,

que

oferece

grandes

fachadas

envidraçadas

para

formação

de

uma

vitrine,

chamando a atenção do público em geral.

+496

O posicionamento dos acessos em nível com a avenida foram pensados também para o maior incentivo e aproveitamento de meios de transporte alternativos, como bicicleta, patinete elétrico, monociclo, dentre outros. O acesso pela esquina da Avenida Bady Bassitt com a rua Luiz Vaz de Camões leva ao bicicletário

+495

e ponto de apoio que conta com carregador para esses pequenos meios de transporte elétricos.

Já

o

segundo

acesso

pela

avenida

fica

ao

lado

convidativo para o usuário do transporte público

do

ponto

de

ônibus

existente,

na

intenção

de

ser

ter mais qualidade ao aguardar no espaça aberto de

praça existente e aproveitar dos espaços de estar.

FIGURA 98: Patamarização terreno Fonte: Criado pela autora

O fluxo dos usuários é levemente conduzido através de caminhos no piso, desde o passeio público até o pátio interno e os determinados blocos com funções distintas.

Skechup

45

OS SUBSOLOS

1 2

O

projeto

subsolos as

conta

para

vagas

com

acomodar

necessárias

dois todas

para

o

número de usuários. No primeiro subsolo

além

das

vagas

existe

um bicicletário compartilhado e no segundo subsolo um espaço pet

para

que

os

moradores

possam dar banho e cuidar dos animais.

O

total

de

oferecidas,

vagas

entre

de

carro

moradores

e

destinadas ao público em geral, é de 53, e o total de moto é de 17 vagas.

1 OLOSBUS

46

LEGENDA FIGURA 100: PLANTA BAIXA SUBSOLO 1

1 2

ESCADA BICICLETÁRIO

1 2

2 OLOSBUS

FIGURA 101: PLANTA BAIXA SUBSOLO 2

LEGENDA

1 2

ESCADA ESPAÇO BANHO PET

47

O projeto de paisagismo foi pensado para compor toda a estética do projeto arquitetônico e do espaço aberto em praça que recebe o usuário. As espécies, tanto arbóreas quanto de forração foram escolhidas de acordo com sua adaptação ao clima local e de maneira que compusessem um grupo harmonioso também visualmente.

As

maiores

espécies

foram

posicionadas

mais

nas

extremidades do terreno, pensando também na proteção que as copas oferecem. Algumas espécies frutíferas como a

Pitangueira

intercalando

e

com

Jabuticabeira

compõe

espécies

diferentes

de

os

jardins,

portes

e

florações.

Espécies como a Quaresmeira, Jasmim Manga e Pata de vaca

são

perenifólias,

ou

seja,

não

perdem

suas

folhas

antes das novas já estarem formadas, o que garante copas cheias o ano todo.

OSIP E OMSIGASIAP

As

forrações

foram

escolhidas

para

pontuar

cor

e

vegetação nos canteiros e floreiras portanto, espécies com grande atrativo visual como as perpétuas, álisso e jasmim amarelo fazem parte da seleção.

A paginação dos pisos no térreo do projeto foi pensada para conduzir o usuário pelo espaço aberto e convidá-lo a utilizá-lo. Foram propostos quatro tipos de piso, três deles de aparência mais bruta de concreto, mas que possuem funções diferentes. O piso presente na maioria do espaço

FIGURA 102: PLANTA DE PAISAGISMO E PISOS

possui tecnologia atérmico para melhorar a sensação de calor passada pelo piso. Para destacar os caminhos foi escolhido

um

piso

em

tonalidade

mais

escuro

que

do

espaço em geral e, em alguns locais um piso em deck de madeira.

No passei público a escolha foi por um piso permeável e ecolóligo, também numa tonalidade acinzentada.

PISO ATÉRMICA Cor: Branco Tipo: Atérmico

LEGENDA ÁLISSO

SOLANO RASTEIRO

DECK MADEIRA JASMIM AMARELO

PERPÉTUA

HERA

MARANTA CINZA

GRAMA SÃO CARLOS

PISO ETRUSCO Cor: Cinza Tipo: Antiderrapante

PISO EKKO PLUS Cor: Chumbo natural Tipo: Permeável ESPELHO D''ÁGUA

48

PAISAGISMO ESCOLHA DE ESPÉCIES

A RI E D A P E R T

SEÕÇARROF

GRAMA SÃO CARLOS

PERPÉTUA

ÁLISSO

MARANTA CINZA

SOLANO RASTEIRO

HERA

JASMIM AMARELO

Axonopus compressus

Gomphrena globosa

Lobularia marítima

Ctenanthe setosa

Lycianthes asarifolia

Hedera helix

Jasminum mesnyi

Sol pleno

Sol pleno

Sol pleno

Meia sombra

Sol pleno

Sol pleno

Sol pleno

Altura: 20cm

Altura: 40cm

Flor: set-março Altura: 20cm

Altura: 20cm

Altura: 15cm

Adaptável em talude

Altura: 60cm

SEROVRÁ

QUARESMEIRA

IPÊ BRANCO

JABUTICABEIRA

JASMIM MANGA

ASTRAPÉIA

PITANGUEIRA

PATA DE VACA

Tibouchina granulosa

Tabebuia roseo-alba

Plinia cauliflora

Plumeria rubra

Dombeya wallichii

Eugenia uniflora

Bauhinia variegata

Flor: jan-abril Cor: Roxa Altura: 8-12 m Diâmetro: 7m

Flor: set-out Cor: Branca Altura: 10 m Diâmetro: 4 m

Flor: jul-ago e nov-dez Cor: Branca Frutificação: set Altura: 10 m Diâmetro: 3 m

Flor: out-abril Cor: Rosada Altura: 6-7 m Diâmetro: 3 m

Flor: julho-set Cor: rosada Altura: 4-6 m Diâmetro: 4 m

Flor: agos-dez e fev-jul Cor: branca Frutificação: agos-fev e abril-jul Altura: 4 a 5 m Diâmetro: 3 a 6 m

Flor: agos-out Cor: Branca-rosada Altura: 5 m Diâmetro: 3 m

49

OS PAVIMENTOS BLOCO A

O bloco A é o bloco central de todo

PLANTA CHAVE

projeto, sendo no térreo com o café aberto ao público, patio e espaço de

estar,

ou

nos

ambientes

compartilhados no coliving.

1

No térreo fica o café, um espaço

4 2

3

pensado

para

podendo

funcionar

noturno

atrair

também

pavimento

em

período

no

primeiro

e,

ficam

a

usuários,

cozinha

com

refeitório, assim como uma sala de estudos para auxiliar os moradores.

Ligando este bloco ao bloco C que a

FIGURA 103: PLANTA BLOCO A-TÉRREO

passarela

grande

metálica

elemento

de

surge

como

circulação

horizontal.

PLANTA CHAVE

7

6

LEGENDA

1 2 3 4 5

5

6 7 FIGURA 104: PLANTA BLOCO A-1º PAVIMENTO

FIGURA 105: Maquete eletrônica da cozinha Criada pela autora

50

CAFÉ

COZINHA DO CAFÉ

BANHEIRO PCD

PÁTIO INTERNO

COZINHA COLETIVA

REFEITÓRIO

SALA DE ESTUDOS

OS PAVIMENTOS BLOCO A No

2

º

pavimento

ficam

a

lavanderia e uma grande sala de tv/estar PLANTA CHAVE

para

promover

intergração entre os usuários.

Já no terceiro pavimento fica o terraço, outro espaço comum do edifício que pode ser usado até para

1

pequenos

eventos

entre

eles, além de estar voltado para a

2

Avenida

Bady

Bassitt.

Ele

conta com salão de jogos e um espaço

aberto

cercado

por

floreiras e um guarda-corpo que não

bloqueia

a

visão

do

ambiente externo.

Aproveitando

o

terraço

esta

FIGURA 107: Maquete eletrônica da sala Criada pela autora

FIGURA 106: PLANTA BLOCO A-2º PAVIMENTO

locado

o

reservatório

superior

desde bloco.

LEGENDA

1 2 3 4

PLANTA CHAVE

5

3 4

5

6

6

FIGURA 108: PLANTA BLOCO A-3º PAVIMENTO

LAVANDERIA COLETIVA

SALA DE ESTAR/TV

TERRAÇO

SALA DE JOGOS

BANHEIRO PCD

ÁREA TÉCNICA

FIGURA 109: Maquete eletrônica do terraço Criada pela autora

51

OS PAVIMENTOS BLOCO B

O bloco B é o bloco da academia que

possui

térreo

dois

ficam

a

pavimentos. recepção

e

No uma

sala administrativa, além de todos os

aparelhos.

No

pavimento

superior ficam esteiras e bicicletas

3

e todo o restando do espaço é de

2

apoio

ao

vestiários

usuário,

contando

masculino

e

com

feminino,

PCD e armários guarda-volume.

4

1

5 LEGENDA

1 2

FIGURA 110: PLANTA BLOCO B- TÉRREO

FIGURA 111: PLANTA BLOCO B-1ºPAVIMENTO

3 4 5

PLANTA CHAVE

52

PLANTA CHAVE

RECEPÇÃO ACADEMIA

ACADEMIA

ÁREA ESTEIRA/BICICLETAS

VESTIÁRIO FEMININO

VESTIÁRIO MASCULINO

OS PAVIMENTOS BLOCO B

PLANTA CHAVE

2 3

1 4

ACESSIBILIDADE

º

No 2

º

e 3

unidades para

que

pavimentos do bloco B ficam as habitacionais todos

os

PCD,

pensadas

ambientes

sejam

acessíveis ao usuário com deficiência. Ao todo

são

4

unidades

como

essas

no

projeto.

Essa

unidade

possui

dois

dormitórios,

banheiro e sala integrada com cozinha e possui aberturas para as duas tipologias de brises.

Toda a circulação entre os blocos fora do

LEGENDA

1 2 3 4

SALA INTEGRADA

BANHEIRO PCD

DORMITÓRIO 1

DORMITÓRIO 2

térreo é feita através da passarela

FIGURA 112: BLOCO B-2º E 3º PAVIMENTOS

53

OS PAVIMENTOS BLOCO C

O bloco c é o bloco que concentra todos os serviços, sendo eles: sala de administração, sala

de

segurança

e

D.M.L.

Além

dos

ambientes mais sérios, é também o único que

3

possui

PLANTA CHAVE

unidade

habitacional

º

1 pavimento,sendo

PLANTA CHAVE

elas

de

a

partir

dois

ou

do três

dormitórios, voltadas para fachada sudoeste

4

e vista para os brises vegetais.

As

2

de

dois

dormitórios

possuem

banheiro e sala integrada com cozinha, um padrão

6 1

unidades

7

do

funcionais

10

projeto mas

para

que

compactas,

sejam

áreas

incentivando

assim, o uso dos espaços comuns.

As unidades de três dormitórios possui uma suíte, banheiro social e sala integrada com cozinha, além de uma pequena sacada com vista para os brises vegetais.

8

5

9 LEGENDA

11

1 2 3 4

FIGURA 113: PLANTA BLOCO C-TÉRREO

54

5 FIGURA 114: PLANTA BLOCO C-TIPO 1º AO 3º PAVIMENTO

6

RECEPÇÃO

HALL ELEVADOR

ESCADA

DEPÓSITO RESÍDUOS

7 8 9 10

SALA ADMNISTRAÇÃO

SALA SEGURANÇA

BICICLETÁRIO E PONTO DE APOIO

UNIDADE HABITACIONAL 3

BANHEIRO PCD

11 D.M.L

UNIDADE HABITACIONAL 2

OS PAVIMENTOS BLOCO D

3

2

FIGURA 115: PLANTA BLOCO D-TÉRREO

4

1

FIGURA 116: PLANTA BLOCO D-1º PAVIMENTO O bloco D concentra a parte comercial do

projeto

contando

colaborativa

que

com

possui

a

loja

aberturas

envidraçadas voltadas para entrada da rua

de

trás,

criando

uma

vitrine

para

possíveis usuários . No segundo e terceiro pavimento PLANTA CHAVE TÉRREO

ficam

concentradas

as

unidades de apenas um dormitório com abertura

para

fachada

sudeste

e

vista

para os brises vegetais. Essas unidades são

em

ambiente

estilo com

estúdio cozinha,

com sala

um e

único

quarto,

tendo apenas o banheiro fechado.

PLANTA CHAVE 1ºPAVIMENTO

LEGENDA

1 2 3 FIGURA 117: PLANTA BLOCO D-TIPO DO 2º E 3º PAVIMENTOS

PLANTA CHAVE 2º PAVIMENTO

4

RECEPÇÃO LOJA COLETIVA

PÁTIO INTERNO

PROVADOR PCD

LOJA COLETIVA

55

A COBERTURA Na cobertura do edifício, além de toda estrutura e fechamento do telhado com telha termoacústica ficam as áreas técnicas, com os reservatórios superiores de cada bloco e a casa de máquina dos elevadores. O acesso a essas áreas é feito através de alçapão na laje nos blocos B e D e através de escada marinheiro no bloco C, presente no último lance da escada enclausurada. Os reservatórios são todos moldados in loco e com a capacidade calculada juntamente com a reserva de incêndio obrigatória do Corpo de Bombeiros.

Ainda na cobertura, de maneira que voltadas para o norte, foram posicionadas placas fotovoltáicas para ajudar no consumo de energia limpa.

CÁLCULO RESERVATÓRIO BLOCO B Academia: 1 pessoa a cada 2,50m² pavimento térreo 1 pessoa a cada 5,0m² demais pavimentos 50L per capita Habitacional: 2 pessoas por dormitório 200L per capita

A cobertura da passarela é feita com estrutura metálica e telha translúcida para manter a passagem de iluminação natural. Para que a incidência não seja direta e manter o conforto, na parte interna foram dispostas placas perfuradas formando um forro que bloqueia parte dos raios e ainda aplica uma questão visual com as sombra formadas.

Total pessoas academia: 101 pessoas Total pessoas unidades habitacionais: 16 pessoas CD=PxQ CD=101x50 CD=5050 Litros

ARUTREBOC ED ATNALP

Total=8250L R.S=60%=9900L R.I.=40:%=6600L Reserva de incêndio=6000L

FIGURA 118: PLANTA DE COBERTURA

56

CD=PxQ CD=16x200 CD=3200 Litros

FIGURA 119 : RESERVATÓRIO BLOCO B Criada pela autora

ROTA DE FUGA Para elaboração do projeto visando a segurança dos usuários,

foram

estabelecidas

rotas

de

fuga

baseadas na norma técnica NBR 9077 e na instrução técnica

º

N 11.

Foram

traçadas

rotas

em

todos

os

pavimentos levando das maiores distâncias até a zona protegida pela escada enclausurada protegida contra fogo.

O

projeto

seguiu

a

classificação

A-2(residencial-

habitações multifamiliares), na tabela 1 na NBR 9077, por

ser

a

predominância

no

edifício.

A

partir

de

consulta na IT 11 fica estabelecido que a distância máxima

a

ser

percorrida,

com

saída

única

e

sem

detecção automática de fumaça é de 45 metros no pavimento térreo e nos demais 40 metros.

FIGURA 120: ROTA DE FUGA_SUBSOLO 2

FIGURA 122: ROTA DE FUGA_TÉRREO

LEGENDA ROTA VERMELHA

FIGURA 121 ROTA DE FUGA_SUBSOLO 1

Subsolo 2: 40m Subsolo 1: 40m Térreo: 3m

ROTA AZUL Térreo: 13m

ROTA AMARELA

ROTA LARANJA

Térreo: 6m

Térreo: 11m

ROTA ROXA Térreo: 6m

57

FIGURA 123:ROTA DE FUGA_1º PAVIMENTO

FIGURA 125: ROTA DE FUGA_3º PAVIMENTO

No

pavimento

térreo

cada

bloco

possui

suas

saídas

que

levam

ao

espaço

aberto

em

segurança, para exemplificar foram traçadas rotas dos locais mais distantes até essas saídas ou a escada protegida, no caso dos dois subsolos.

A rota vermelha é a que leva até a escada protegida e esta presente em todos os demais pavimentos.

No primeiro pavimento tanto na loja coletiva quanto na academia o usuário precisa descer por escada comum até o térreo, mas são rotas curtas e rápidas. Já nos blocos A e C a circulação é feita através da passarela metálica e foi traçada do ponto mais distante que é a sala de estudos.

No

segundo

e

terceiro

pavimento

o

ponto

mais

distante

sai

de

uma

das

habitacionais, mas ainda continua dentro do limite permitido.

ROTA VERMELHA

FIGURA 124: ROTA DE FUGA_2º PAVIMENTO 58

1ºPav: 33m 2ºPav: 35m 3ºPav: 35m

ROTA AMARELA 1º Pav: 23m

ROTA ROXA 1ºPav: 14,3m

unidades

INVERNO I VERÃO

FACHADA SUDOESTE

15h ás 17h

CONFORTO AMBIENTAL

A

fachada

nordeste

recebe

13h ás 18h incidência

solar

apenas

no

período da tarde, tanto no inverno quanto no verão, sendo

OS BRISES

este último uma janela de período maior.

Para proteção das aberturas foi utilizado um beiral e brises

Para proteção também composição plástica das fachadas

vegetais através das floreiras nas unidades habitacionais.

foram pensados três modelos de brises.

O

primeiro

dele

e

mais

presente

no

projeto

é

feito

de

material têxtil em uma guarnição que varia de tamanho para criar volume e movimento, além de possuir opção de instalação fixo ou móvel. A instalação é afastada da face do

edifício,

criando

uma

fachada

ventilada

devido

INVERNO I VERÃO

FACHADA NOROESTE

ao

10h ás 17h

13h ás 18h

efeito chaminé para troca de ar permanente. O segundo tipo

é

também

podendo

ser

um

brise

instalado

móvel,

vertical

mas ou

feito

de

madeira,

horizontalmente.

O

terceiro é um brise vegetal usado em duas fachadas para

A fachada noroeste é recebe bastante incidência solar nas duas estações, chegando a mais de 7h de sol direto. Nessa

PLANTA CHAVE DE CONFORTO

fachada os brises foram usados mesclando três tipos, os

uma proteção térmica e até acústica a duas fachadas do

móveis com tela de proteção, os fixos do mesmo material e

projeto.

brises móveis de madeira, assim a intensidade pode ser controlada de acordo com o usuário.

INVERNO I VERÃO

FACHADA NORDESTE

7h ás 14h

6h ás 11h

A fachada nordeste recebe incidência solar durante mais tempo no inverno, mas de maneira geral ao longo do ano esta concentra-se no período da manhã.

Para

auxiliar

na

proteção,

ainda

que

não

seja

o

pior

FIGURA 126: Esquema representativo de brise móvel

FIGURA 127: Esquema representativo de brise vegetal

cenário, foram utilizados brises móveis nas aberturas e nos

Fonte: Criado pela autora

Fonte: Criado pela autora

locais de vidros fixos ou sem aberturas foram utilizados brises fixos.

INVERNO I VERÃO

FACHADA SUDESTE

7h ás 9h

6h ás 11h

A fachada sudeste recebe incidência direta do sol apenas no período da manhã, tanto no inverno quanto no verão. É

a

fachada

mais

tranquila

do

projeto

em

relação

a

insolação, portanto foi utilizado apenas um beiral e brises mais leves feitos com vegetação.

FIGURA 128: Esquema representativo de ventos Fonte: Criado pela autora

60

ESTRUTURA METÁLICA

O SISTEMA ESCOLHIDO

PASSARELA

O sistema estrutural escolhido fora pilares de concreto armado e laje nervurada

devido

a

propriedade

da

mesma

em

suportar

grandes

cargas.O projeto não conta com vãos tãos grandes, mas possui uma carga considerável e ainda dois subsolos, o que exige mais da escolha DET.

do sistema.

Após

o

pré-dimensionamento

definiu-se

uma

laje

com

30

cm

de

espessura para atender todos os pavimentos. Os pilares no entanto, devido a diferença da concentração de cargas, possuem dimensões

SAIGOLONCET E ARUTURTSE A

diferentes sendo o menor deles de 20x30cm e encontra-se no terraço por exemplo, e o maior com 20x80cm para sustentar toda a carga PILARES CONCRETO

º subsolo.

levando até o 2

Os subsolos possuem paredes de contenção como forma estrutural.

PRÉ-DIMENSIONAMENTO NERVURA livro: "A concepção estrutural e a arquitetura" de Yopanan Rebello LAJE NERVURADA

h=4% x L+l/2 L=maior vão l-menor vão h=4% 13,56/2 h=27,12, adotando 30cm bo=h/4 bo=6,78, adotando 7,50

PAREDE DE CONTENÇÃO

FIGURA 131: Esquema representativo da estrutura FIGURA 129: IMAGEM 3D LAJE NERVURADA

Fonte: Criado pela autora

FIGURA 130: DET. APROXIMADO LAJE NERVURADA

61

TECNOLOGIAS E SUSTENTABILIDADE ESTRUTURA NERVURADA Menor consumo de matéria prima Liberdade maior de layout pela "ausência" da viga convencional.

PLACAS FOTOVOLTÁICAS Para auxiliar no consumo de energia foram propostos painéis instalados na cobertura voltados para a face norte Redução do custo de energie baixo impacto ambiental

VIDRO DUPLO Devido as grandes aberturas no projeto a proposta de um vidro com tratamento termoacústico, ajudando também nos ruídos vindos das vias do entorno.

TELHA TERMOACÚSTICA Rápida instalação Proteção térmica e acústica ao ambiente Material muito leve, exige menos da estrutura

A sustentabilidade no projeto ficou por conta das soluções para diversas questões como de conforto térmico, insolação, ventilação, dentre outros.

Para garantir a máxima de conforto térmico natural, mantendo a opção de grandes aberturas, mas garantindo proteção solar foram propostos os brises que possuem material permeável, assim a ventilação e iluminação natural conseguem chegar nos ambientes de maneira não prejudicial.

O projeto conta com destaque para a ventilação nas fachadas e no pátio interno. Em algumas fachadas pelo posicionamento dos brises levemente descolados da alvenaria, cria-se um efeito chamado chaminé que permite a troca de ar constante, outro cuidado com a sensação climática no projeto. Já no pátio interno a ventilação é facilitada por toda extensão da passarela já que não possui vedação por completo, permitindo a passagem de ar por toda a circulação horizontal do projeto.

O paisagismo foi pensado também para amenizar a insolação nas áreas de passeio e estar, assim como de algumas fachadas. Espelhos d´água também foram pensados para, junto com a vegetação, diminuir a sensação térmica do ambiente.

Nas coberturas ficam posicionadas as placas fotovoltáicas na direção do norte, para geração de energia limpa.

BRISE MADEIRA Permite passagem de luz e ventilação Protege da incidência solar direta Materialidade remete a conforto

BRISE TÊXTIL Permite passagem de luz e ventilação Protege da incidência solar direta Não bloqueia a visão do usuário ao ambiente externo

FIGURA 132: MAQUETE ELETRÔNICA APROXIMADA DOS BRISES

62

Fonte: Criada pela autora

CORTES RESERVATÓRIO

BRISE VEGETAL UNIDADE PCD

UAN . JAMIL KA RUA PROF

ACADEMIA AV.BADY BASSITT

RAMPA

RAMPA

FIGURA 133: CORTE AA COBERTURA TRANSLÚCIDA PASSARELA

BEIRAL E BRISE TÊXTIL

RUA PROF. JAM IL KAUAN

AV.BADY BAS SITT

FIGURA 134: CORTE BB

63

CORTES CASA DE MÁQUINAS RESERVATÓRIO

BRISE FIXO

ESCADA

RUA PROF. JAM IL KAUAN

BICICLETÁRIO AV.BADY BASSITT

FIGURA 135: CORTE CC

PLACA FOTOVOLTÁICA BLOCO ESCADA

BRISE TÊXTIL

FLOREIRA E BRISE

PASSARELA

RUA RIO PRETO RUA LUIZ VAZ DE CAMÕES

RESERVATÓRIO INFERIOR

FIGURA 136: CORTE DD

64

CORTES

PLACA FOTOVOLTÁICA

RESERVATÓRIO

BRISE TÊXTIL

RUA RIO PRETO

RUA LUIZ VAZ DE CAMÕES

FIGURA 137: CORTE EE

65

ELEVAÇÕES

FIGURA 138: ELEVAÇÃO BLOCO A

FIGURA 139: ELEVAÇÃO BLOCO B

66

ELEVAÇÕES

FIGURA 140: ELEVEAÇÃO BLOCO C

FIGURA 141: ELEVAÇÃO BLOCO D

67

PERSPECTIVA FIGURA 142: FACHADA BLOCO A Criada pela autora

68

FIGURA 143: FACHADA Criado pela autora

69

FIGURA 144: ENTRADA PÁTIO Criada pela autora

FIGURA 146: ESPELHO D'ÁGUA Criada pela autora

70

FIGURA 145: JARDINS E PISO Criado pela autora

FIGURA 147: JARDIM E BRISE TÊXTIL Criada pela autora

FIGURA 148: FACHADA BLOCO B Criado pela autora

71

FIGURA 149: FACHADA BLOCO D Criado pela autora

72

FIGURA 150: ESCADA BLOCO D Criado pela autora

FIGURA 151: DETALHES FACHADA BLOCO D Criado pela autora

73

FIGURA 152: PASSARELA METÁLICA Criada pela autora

FIGURA 154: PÁTIO Criado pela autora

FIGURA 153: PASSARELA METÁLICA Criada pela autora FIGURA 155: PÁTIO E CAFÉ Criado pela autora

74

FIGURA 156: INTERNO DO CAFÉ Criada pela autora

FIGURA 158: SALA DE ESTUDOS Criado pela autora

FIGURA 157: INTERNO DO CAFÉ Criada pela autora

FIGURA 159: SALA DE ESTUDOS Criada pela autora

75

76

FIGURA 160: REFEITÓRIO COLETIVO Criada pela autora

FIGURA 161: REFEITÓRIO COLETIVO Criado pela autora

FIGURA 162: COZINHA COLETIVA Criada pela autora

FIGURA 163: COZINHA COLETIVA Criada pela autora

FIGURA 164: LAVANDERIA COLETIVA Criada pela autora

FIGURA 166: SALA DE ESTAR/TV Criada pela autora

FIGURA 165: LAVANDERIA COLETIVA Criada pela autora

FIGURA 167: SALA DE ESTAR/TV Criada pela autora

77

FIGURA 161: REFEITÓRIO COLETIVO Criado pela autora

FIGURA 156: INTERNO DO CAFÉ Criado pela autora

FIGURA 168: TERRAÇO Criado pela autora

FIGURA 169: SALA DE JOGOS Criado pela autora

78

FIGURA 170: SALA DE JOGOS Criado pela autora

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COLIVING CASA

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ARQUITETURA

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