Brazzil - Year 3 - Number 66 - December 16-31 1991

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IN THE STREETS, AGAINST DEATH Three children are murdered everyday in Brazil. Thousands of them went to the streets with chants of we can't take this anymore. Tired of being neglected and killed daily in the mean streets of Brazil, 6,000 ragged street children marched through downtown Rio, protesting against what they called the methodical murder of poor children by police death squads.

"To kill is no solution" and "We want to live in Rodotfo Espinoza, Rio de Janeiro

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peace" were some of the messages raised in signs by the crowd. They were organized by the Catholic Church, human rights groups, UNICEF and the office of the Mayor of Rio. Among the marchers there were some 20 women with their heads covered with black cloth. They were protesting against the murder of their own children.

"My son was innocent, he was a worker. They mistook him for somebody else, and now I want justice," said Denilda de Souza, whose son was kidnapped by two men who shot him to death in September. It will be very hard for de Souza to get justice, however.

Another mother was crying because her 15 year son was also assassinated. His crime: selling marijuana.

Morena da Silva, the mother, protested: "The Police has to arrest those dealing with d rugs, but to kill them is something crazy".

While they were showered with paper, in a ticker-tape parade atmosphere, some children chanted: "We want to live but Brazil condemns us to die!"

At the beginning of November, six children aged 9 to 17 were killed in the Baixada Fluminense slums, north of Rio. A seventh victim, a 16 year old girl, only escaped because after being shot in the head she played dead.

Murders of street children tripled in the last year in major cities, according to studies by social and church groups. There are 12 million children living on their own in the streets, nowadays, more than double the 5

million that existed in 1985. sions and knows that the solution is Those working to help the chil- very compliex. "There will be crimes dren believe that the death squads against children as long as they are in are formed by retired or off-duty the street," said Guerra, "but solving police officers, that are recruited by the problem will require other meabusinessmen willing to "clean up" sures, Ike a fairer distribution of high-crime areas. wealth and land reform."

• According to the National AsBtYVVONIAN sociation of ?ATI ON Street Boys and Girls, more than attii ••••-• laming tr aiefftcienttubbc three children otwp were killed every ft day in Brazil dur- woman itc*IRitadejane who prtsided:' ing a period that "-V-Inwil5ligatv4 the. Iv* goes from June t.

1990 to June of this year. the Lucia Regina not Campista, a lawyer with the Defense sf 1 tra. thd Center for Children and Adolescent 1,--vor‘tody has no doubts that the police are - woe behind the extermination of minors.

Says she: "These murders are the work of death squads and police officers, and they continue because of the impunity of the killers."

The Collor administration denies that the statistics about this generalized infanticide are correct. They allege there is as exaggeration on the numbers created by people interested in making Brazil look bad. The Brazilian authorities also contend that filgE the number of killings has been de6)-r,‘ cr(*.iftWi creasing since last year.

According to the minister of child affairs, Alceni Guerra, 7 million school age children in Brazil are not attending classes, while 7 million more have only two hours of schooling a day. Guerra is promising a giant campaign to build more schools.

Education, he says, will help reduce the killings.

But even the minister has no illu-

Page 2 NW$ from BRAZIL 66 December i6 31,1991 -

Eduardo Monteiro

o Mortunbi, maior estadio privado de Cultura Artistica,naNestorPestana.Voce para brazucada que thou o time do futebol do mundo, 6 a minha casa nos bem sabe que Milton nao 6 la o meu filtimos dias. Fui la dia 8 para ver o favorito, mas ate que esse show foi primeiro jogo da final do campeonato bonitinho. A partidpacao do Nivaldo paulista entre Sao Paulo e Corinthians Onielas efundamentalmentebonita.Mas (vitOriado meu quetidissimo Sao Paulo), al eu °LK° esse papo dos americanos depoisvolteinodiallparaveroLuciano quereremcomprarfigados debrasileiros Pavarotti, que cantou pela primeira vez emeperguntolevantandoasaiaescocesa: no Brasil, e devo voltar dia 15 para ver o QUAL 6 MEU? A gente nao estA com segundojogoentrealvinegrosetrico1on2s. a bunda exposta na janela pra passar a Mas sabe o que ficou mais em minha maonela,nao!Vaicantarnouirafreguesia! cabeca durante todo esse tempo em que Tern neguinho adoidado pedindo visto estive nas arqtultancadas e no gramado pra ir al se ajeitar sob as asas do seu Bush, do estadio? 0 Freddie Mercury, cantor e °consul fica de punho cansado de tanto do Queens. Pobre Freddie morreu de escrever NAO, NAO, NAO! Alas caras complicacaes causadas pela AIDS, aos querem o figado da gente? Sal pra Li, 45 anos. Eu o conheci em 1976, quandoo urubu. Gente inteira nao pode, mas Queen cantou no mesmo Monunbi. Era pedaco da gente pode? Os caras querem figado, rim, coracao. Mas tudo empacotadinho na fonna de um homem-gabiru, negativo. Esta 6 tuna gestalt ao contidario - a soma das panes é menor que o todo.

Eunaoagilento.Masporfalaremhomem gabiru (voce sabe, o representante tipico daquela gente do nordeste que esta diminuindo de tamanho por falta de alimentacao adequada), a televisao ja o transformou em estrela. Entrevistas, exposicOes, etcetera e tal, e o baixinho a primeira vez que tungrupo de sucesso virou beta Ser magi° já é moda faz internacional visitava o Brasil enquanto tempo; agora o lance 6 ser babdnho. estava fazendosucesso.Eu, repOrtersem Desnutricao completa, por encomenda. qualquer tarimba (condicao em que Ou como é que voce pensa que a Xwca pennaneco ate hoje, valha-me!), tremi construiu oseu imperio de 19 milhOes de quando o meu chefe na Jovem Pan, o &Mares por ano? Endeusando as baixinTutinha, me encarregou de conseguir hos, nao foi? Bem, daqui a pouco a gente uma entrevista exdusiva corn alguem nao tern que se preocupar mais com isso, do grupo. 0 catch era simples: o Queen porque se o Ricardo Kotscho estiver naodava entrevistas exdusivas. Mas eu, certo, o brasileiro logo Ora de procriar. ajudado pelaminha inocencia, (estasim, Segundo o Kotscho, nos as machos da perdida ha muito!), peguei o enorme America do Sul, estamos ficando impoNagra e me enfiei no recem-inaugurado tentes. E olha que o moco se baseou em Maksoud . De repente eu estava frente-a- estudos serios para falar o que falou: frentecom Freddie Mercury, s6 nos dois "Apos sete anos de pescp tisas, corn mais conversando como velhos amigos. Ele de 4.500 casos estudados, psiquiatras e era urn cam legal. Que esteja ntuna boa psicologos do Institut° H. Fl I is chegaram agora. Fui ver tambem o Milton Nas- adrarnaticaconstatactiodequeobrasileiro cimento, que fez urn show para gravar esta ficando impotente." Estou mandanseu novo disco acOstico la no Teatro de do oartigoparavocepublicarna intregra

campo antes do relogio baterseis e meia.

Foi talvez pensando nisso mesmo que uma tchurmaresolveucomersaraimportar vitaminas americanas. Tem uma importadora aqui em Sao Paulo que so vende aquelas vitaminas en000rmes, que doi a garganta pra engolir e que custam uma fortuna. Mas 6 coisa americana, coisa boa. Talvez tomando umas duas por dia a gente escapa da previsao do Kotscho.

Bern, Ia em cima eu disse que a gente nao esti corn a bunda exposta na janela... quern sabe? Veja se estamos ou nao: na UniversalFederaldo Amazonas,existem 90 vagas para letras, e apenas 10 para engenharia florestal.Comopode?Neguinhovive na floresta e vai aprender a falar alemao ao inves de aprender o lance da floresta mesmo? A tat "universidade" tern um curso de literatura francesa em plena selva, mas nao forma medicos suficientes para a regiao. E, acho que a gente esti corn ela exposta sim. Pode passar a mao. Andaram comentando por aqui que o Brasil quis vender uma usina nuclear para o Iran. Aquela tat de Angra dos Reis, que nunca funcionou direito. Quer, dizer, a gente comprou um abacaxi, gastou uma nota preta para comprar o tat buraco negro, e agora a gente quer fazer os probres iranianos de bobos. E o pior 6 que os gringos ai do Tio Sam insistem em que a gente tido pode passar o abacaxi pra frente. Isso e o que eu chamo de crise da braba, aquela que quando 6 dia de sopa, a gente esti de garfo. Sei que voce esta de viagem marcada, que vem aqui para dar tuna forca pragente. Estareiesperandomuito ansioso por sua chegada em Guarulhos.

Nos pn5ximos nfuneros, esta carta tern que ir para o Rodney Mello. Sera que ele aceita que eu escreva palavroes e bobagens? Sem palavrOes e bobagens, essa vida 6 tuna merda. Aceita, Rodney, aceita.

Abracao.

Oda Aloorteiiv

NAo E 0 Fim Do MUNDO Luis Nassif, Sao Paulo Economistas e analistas econ8micos em geral tern enfrentado um problema cronico de comunicacao: a dificuldade emestabelecergradacOes mais nitidas para suas previsOes e de relativizar suas °pinkies.

Afirmam que a situacao pode piorar, o pablico interpreta que o fim do mundo esta pr6ximo. Dizem que a recessao pode se aprofundar; entende-se que todos os negOcios

epoca. Mas no proximo mes chega", sustentavam os urubus.

Nao se trata de um fen8meno exclusivamente brasileiro. Outro dia o minis fro Marcflio Marques Moreira apresentava como prova insofismavel de vit6ria o fato de a inflacao, que estava em 15%, ha urn 'nes em 23%, este mes nao ultrapassaros 30%. Oba! Por outro lado, urn economista amigo lembrava que no final da Segunda Guerra, corn os alemaes sendo derrotados em todas as frentes,

ficarao paralisados. Julgam que a hiperinflacao comendo solta, o au mentara o risco de quebradeira; le- mercado continuava funcionando, os se que nao ficara empresa em pe. No produtos fluindo, o abastecimento, final do processo, como o mundo nao ainda que precariamente, sendo se acabou, as previsoes estavam garantido. E opals desmilinguia-se a olhos vis to. furadas.

Esta tern sido uma constante Ha que se ter olhos para ler as dentro do process° hiperinflacionario noticias econ8micas. que ha anos assola a economia 0 quadro economic° que se tern brasileira. Quando a inflacao beirava hoje é complexo. Nao ha sinais os 80% ao mes, o jogo de brag° dos positivos na inflacao, no cambio, ou otimistas /pessimistas dava-se em na politica fiscal. Mas esta-se longe tomb deste nivel. "Ao contrario dos do fim do mundo.

Em relacao aos precos, a estabique diziam os pessimistas, a inflacao deste mes nao superou os 80%." lidade atual é ilus6ria. Houve o proclamavam as autoridades da repique inflacionario deflagrado PAP

pelos movimentos na politica d e juros e de ouro, que elevou o patamar da inflacao para o nivel dos 25%. Esta inflacao foi basicamente alimentada pelos produtos de consumo.

Num certo momento, este processo de aitaé abortado pela queda do consumo, e pela atitude do ministro da Economia, convencendo o mercado de que urn novo pacote rid° iminente. Mas, a exemplo de uma pedra atirada em urn lago, nos momentos seguintes, ha a formacao de ondas concentricas.

0 aumento dos precos foi localizado, em cima de bens de consumo. Ficaram para tras salarios, tarifas publicas, contratos emgeral. Nasegunda rodada, havera uma recomposicao desses precos. 0 safari°, corn o valor recomposto, abre espaco para a terceira rodada de aumentos, novamente no setor de consumo. E assim por diante.

No lado do cambio, ate agora nao ha nenhuma indicacao maior que o Banco Central tenha recompostos suas reservas cambiais. Pode haver alguma folga se o FMI liberar recursos, dentro do acordo "stand-by" em negociacao. Mas é s6.

No piano fiscal, uma leitura minuciosa do projeto de lei remetido ao Congresso mostra que haveria ganhos apenas na antecipacao do pagamento de Impost° de Rend a das Pessoas Juridicas - mas nem o pessoal da Receita esti convencido de que o Congresso aprovara a medida.

Tudo isso significa, de urn lado, que a calma atual é aparente; a crise permanece, e deve se aprofundar.

Mas o Brasil nao vai acabar.

PRIVATIZANDO A exemplo dos Estados Unidos, o governo do estado de Sao Paulo esti pensando seriamente em abrir suas prisoes a iniciativa privada. Segundo o secretario estadual da Seguranca, Antonio Filardi, a medida devera ajudar a red uzir consideravelmente os altos custos de manutencao dos 38 estabelecimentos de detencao do estado, que estao em torno de US$10 milhoes por Ines.

De acordo corn a receita paulista, o govern° estadual continuaria sendo proprietario do predio da cadeia e nao abandonaria alguns dos servicosadministrativos. As empresas privadas ficariam encarregadas do policiamento, da manutencao das instalacties e eventualmente da exploracao do trabalho dos prisioneiros.

Se tudo seguir segundo os pianos, diz Filardi, já em fevereiro o sistema comecara a ser implantado. A ideia

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As CADEIAS

atraiu o interesse de uma empresa sistema de cadeias privadas funciona responsavel pela seguranca de nove ha 40 anos. prisiies nos Estados Unidos, onde o •

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MERCOSUL, A LITTLE CLOSER To REALITY Many people said the idea would never work, that the weight of the Latin-American bureaucracy would choke the fledgling South American common market. Bad news for the no believers. The Common Market of the South Cone (Mercosul) is alive and working since the last week of November when, with a tariff cut of 47%, for the commerce among Brazil, Argentina, Paraguay and Uruguay.

The stakes are big. Mercosul serves a population of 200 million people and represents 60% of the commerce in South America. On the other side, the four countries integrating the market, have together a debt of almost US$200 millions, half the amount of the whole Latin America debt.

Fernando Collor de Mello, the Brazilian president, will be receiving his colleagues Carlos Menem from Argentina, Andres Rodriguez from Paraguay and Luis A. Lacalle from Uruguay in Brazilia, December 17th.

They will be making a preliminary analysis of the success of the idea, less than three weeks after the beginning of the program.

It was in March, that the four presidents signed the "Act of Assuncion", agreeing to adhere to a program of gradual lifting of tariffs and to create macroeconomic measures.. This process, according to the plans should be finalized at the last day of 1994 when all protectionism would be banned, allowing the free flow of goods among the four countries.

The seeds for the development of the program were planted by two

former presidents, the Brazilian Jose Sarney and Raul Alfonsin, from Argentina. It was in 1985 that the two countries decided to abandon the politics of isolationism and jealousy that had marked the relationship for decades between both nations. Uruguay and Paraguay, sandwiched between the two giants were invited to join in the effort to integrate the economy of the region and they accepted willingly the invitation.

When totally implemented Mercosul should guarantee a common external tariff in a way that the same product would always pay the same fee wherever it crosses the frontier.

The new common market also intends to create a common policy of all member to deal with third parties or other common markets. And naturally, the pact would establish a free circulation of goods and services, including the circulation of workers among the four countries. All participating nations are committed to change their legislation accordingly to satisfy the needs of Mercosul.

Behind all the rhetoric, however, there is a lot of problems to be dealt with, mainly because of the chaotic situation of the Brazilian economy.

The reality is this common market is not a partnership of equals. The weight of Brazil is disproportionately big, representing 78% of the population of the Mercosul, 72% of the area and 78% of its gross product.

The initial euphoria has given place to second thoughts and some pessimism. The hints coming from Brazil are that the crisis could last till 1993. And the numbers are bleak.

Inflation is back. Strikes are generalized. The repercussions of this situation are being felt also in Argentina and Uruguay.

Fearful that Mercosul will not be a reality as fast as they hope, private and state companies are lowering their expectations and putting their energy in endeavors with closer and faster results. In this new waiting game, there is the risk of just nice talk and very little action. •

Dedewitliir

CHEWING THE FAT WITHOUT EATING THE FOOD An interview with Moacyr Scliar in McDonald's limes Square, New York Bondo Wyszpolski Moacyr Scliar is among Brazil's most translated writers. His novels and short story collections total nine volumes in English and include last year's Max and the Cats, The Centaur in the Garden, and The Strange Nation of Rafael Mendes. His best work stands alongside the finest I've ever read - whether from Brazil or anywhere else.

Mr. Scliar lives in Porto Alegre, in the southern state of Rio Grande do Sul, and so I did not expect to meet him in New York. Indeed it was as if his literary agent, Thomas Colchie, simply pulled him out of a hat when he said over brunch, "In a few minutes one of the authors you've been writing about...rand, sure enough, we were soon joined by Mr. Scliar.

There's a quality about his man that seems at once refined and delicate, even though Mr. Scliar himself is of moderate build. Maybe it's the small gestures, polite and firm at the same time? Now in his early 50s, Mr. Scliar wears a neatly trimmed beard and a moustache that he pushes and probes while writing and thinking.

His appearance is both mature and youthful, one might say 'wellgroomed', but his eyes suggest a daily schedule that begins early - and doesn't end until late.

The following interview was held later that same afternoon in a busy ,..kiMmy.kefatowe.0#0400t,..

McDonald's restaurant, one of two places in Times Square that Mr. Scliar knew how to find - the other place, not too surprisingly, being the Barnes & Noble bookstore. What was highly impressive about Mr. Scliar was his ability to focus both quickly and

totally absorbed in this thoughts, and on putting these thoughts down on paper.

Bondo Wyszpolski: "Your most recent novel to be published in the U.S. is Max and the Cats, and you have a story in the new anthology, A Hammock Beneath the Mangoes, but will we soon see another novel of yours in translation?"

Moacyr Scliar: "Probably Cenas da Vida Mintiscula (Scenes of a Minuscule Life), a novel about small creatures living in the forests of the Amazon."

B.W.: "What have you most recently published in Brazil, and what are you working on now?"

M.S.: "The novel (I just mentioned) is my most recent book.

Bondo Wyszpolski with Moacyr I'm working on a novel about Oswald Scliar, in New York Cruz, a public health doctor that in deeply upon the questions I'd writ- the '10s had a huge amount of power ten out, which might suggest that in Brazilian government. At that time the key to discipline, and thus to Brazil had a large external debt and actual accomplishment, lies in how couldn't pay, because ships could well one can block out all distraction not come to the ports to pick coffee, and get straight to the heart of the the main export product. So Cruz matter. If McDonald's doesn't test had to manage this situation - which this theory, what d oes? Sitting across he did manu militari, provoking a from him, I could have been draw- revolt known as the 'vaccination reing stick figures of Mr. Scliar and volt." he'd never have noticed. He seemed • -•• •••,••,•

B.W.: "To my knowledge you've continued with your medical practice. Does the discipline this requires extend to -rather than detract from your writing?"

M.S.: "I'm a very disciplined man.

Till now I could manage to work both as a public health doctor and a writer.

Last year I retired from public health,

ning of this century. And, last but not least, it's a charming city, shy but very cozy."

B.W.: "It seems rather difficult to publish Brazilian non-fiction in this country, but have you been able through your novels - to convey ideas about Brazil that you think non-Brazilians should see?"

M.S.: "Yes. One idea that I think is important is that Brazil is not only the exotic place that many people imagine, but a country trying very hard to find its place in the modern world. A country of many faces and many voices... the Indians, the immigrants, the blacks, etc."

B.W.: "You write for television and newspapers. How does this writing, or your approach to it, differ from your approach to your short stories and novels?"

M.S.: "When I write for TV Some of Sdiaz's books already or newspapers, I'm thinking of direct translated into English. communication with the public. My but I still work as a consultant, be- subject is more directly connected cause I think this work is very imporwith immediate reality. Writing fictant in a country like Brazil that has tion, I'm more concerned with the so many problems in this area." craft of literature."

B.W.: "Porto Alegre certainly B.W.: "Is your writing interpreted seems to be the city in your life and differently in countries outside of often figures in your work as well. Do Brazil?" you consider it a unique city, with M.S. : "As far as I can (tell), my inspiration you'd find nowhere else fiction conveys to foreign readers an in Brazil?" image that they generally don't get M.S.: "Porto Alegre has, apparthrough TV, newspapers or even ently, nothing special. Both then I other works of fiction. I could sumdiscover there secrets that only people marize this in the formula: the magic who live in that city can find. It's a realism of Latin American writers city that tells me many thing about plus the Jewish humor of my ancesthe 'gauchos', and the immigrants tors. This is a combination that suits that came to the South at the begin-

very well my approach to Brazilian reality."

B.W.: "Have any of your books been filmed? Would you have an interest in writing the film scripts?"

M.S.: "Some of my short stories (for instance, from The Ballad of the False Messiah) were adapted to the movies - short films - or TV. Some of my novels are being adapted also. I didn't write the scripts; I'm not familiar with this kind of work. But I always help the people that do this."

B.W.: "What inspires you? What keeps you going when thing around you don't?"

M.S. : "What inspires me? What doesn't? History, news, dreams, stories that I hear... You name it. What keeps me going? Fantasy. Without fantasy life would be impossible for people in general, for Brazilians, and for writers especially." ***

I was introduced to Mrs. Scliar when she came in to find her husband. Mrs. Scliar is an attractive lady, elegant and radiant, who seems to possess both an inner calm and an inner fortitude. I though to myself: No wonder Moacyr Scliar is such a productive writer!

Mr. Scliar's parting words were that when we met gain, perhaps we'd go to a McDonald's in Brazil. The next day, having conveyed this remark to the person I was with, my friend pointed to yet one more pair of those ubiquitous golden arches and said, "Look, another great place for an interview!"

Well, maybe yes. As long as it's in Porto Alegre. •

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A FACE ATRAS DE CARLOS ZEFIRO 0 desenhista dos civadrinhos POrno2ráficos pUD11C0 Ap6s mais de 40 anos de total clandestinidade, em que enriqueceu os sonhos er6ticos de Arias geracOes, o mais famoso dos autores de hist6rias de quadrinhos pornograficos, Carlos Zkfiro, assumiu finalmente sua identidade.

Aposentado do Ministerio do Trabalho, 70 anos, o hoje pacato bisav6 Alcides Caminha confessou ser o misterioso Miro e que "muitas" de suas picantes historias foram inspiradas nas proprias aventuras que viveu corn as mulheres.

A apresentacao do desenhista foi promovida na Fundacao Progresso, no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, pelos organizadores da P Bienal de Quad rinhos do Rio de Janeiro e pelo diretor editorialda revista "Playboy", Juca Kfouri.

0 grande misterio em tomb do legendario Carlos Miro comecou a ser desfeito por um trabalho conjunto de investigacao realizado por Kfouri e pelo especialista em historias em quadrinhos Moacy Cirne, professor da Universidade Federal Fluminense.

Desde que comecou a desenhar suas historias, no final da decada de 40, Alci es Caminha fez voar alto a imaginacao sexual de muitos homens e mulheres. Principalmente, na decada de 60,0 auge do sucesso d as revistinhas assi nadas por Carlos Zkfiro, as publicacOes em preto e branco eram compradas clandestinamente emjor-

amm a.

naleiros e disputad as a tapa por muitos adolescentes.

Ao notar, em determinad a epoca, que seus originais estavam sumindo "urn por um", Caminha descobriu que alguns de seus proprios cinco filhos andavam vendendo seus quadrinhos "no ginasio".

Sua mulher, segundo ele, nunca se importou corn seu trabalho paralelo. Morando no subtirbio de Anchieta, desde 1927, Caminha disse que comecou a desenhar suas historias para engrossar o orcamento familiar. Ele acabou conseguindo comprar sua casa corn o dinheiro levantado.

Parceiro de algumas musicas de Nelson Cavaquinho, como Pecado e Capital do Samba, Caminha diz que ad otou onome Zkfiro inspirado pelas

histOrias gregas que costumava ler.

Ele observa que sua identidade foi sempre conhecida pelos amigos, mas que sempre se escondeu do pfiblico corn medo da lei que rege o funcionalismo, e que preve a suspensao do pagamento da aposentadoria de quern for objeto de escandalo.

Descoberto por Kfouri, resolveu revelar sua identidade porque já tern 70 anos e "isso ia estourar de qualquer maneira". Aos que perguntam se considera seu trabalho pornografico responde: "Nao, porque nao fui eu o pioneiro. Já encontrei pronto".

Ele diz que "consertou" muitas hist6rias de amigos desenhistas que buscavam seu conselho. Como um que queria desenhar as aventuras amorosas da "rainha da Inglaterra".

"Eu disse entao a ele que era melhor acharmos uma rainha de um pals imaginario", lembra, garantindo ser uma pessoa religiosa ("a meu modo") e nunca ter usado "nome de santo", em seus quadrinhos.

Caminha afirma que desenhou ate agora mais de 860 revistinhas parando no ano passado por causa de uma catarata nos olhos. Corn °brag° esquerdo paralisado devido a uma trombose, diz que voltara ao velho trabalho, depois de uma operacao nos olhos e se esta for urn Odto.

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Alcides Caminha, urn pai de familia, éø rd do quadrinho pornognifico, no Brasil.

Artigo publicado anterionnente na Folha de So Paulo.

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HARMONIA EM GOTAS s Alice Perry, Sao Paulo

0 brasileiro sempre foi chegado a uma medicacao por contra propria; ha quern diga que nos somos uma nacao de hipocond riacos. De fato, de quando em quando, uma nova moda de Hiratamentos" atinge opals e toma os ares de verdade dogmatica. E o que acontece agora corn os chamados Florais de Bach, ou vibraceres das essencias das flores.

Nao sao gotas milagrosas, mas muitos medicos homeopatas e psicOlogos as utilizam e os pacientes confirmam os resultados. Os Florais de Bach tratam das emocties em desequilibrio das pessoas.

Sem efeitos colaterais, esse medicamento pod e ser encontradoem farmacias homeopaticas eutilizado por qualquer pessoa, facilitando a vida dos que gostam de tomar um remedinho de vez em quando - mas, como no caso de qualquer outro medicamento, o acompanhamento medico 6 aconselhavel.

Apesar de ter sido desenvolvida entre 1929 e 1936 pelo patologista Edward Bach, na Gra Bretanha, a moda sr!, chegou ha poucos anos ao Brasil. E já virou mania nacional.

A filosofia d e Bach 6 tratar odoente, e nao a doenca, descobrindo as causas emocionais que levam o paciente a apresentar um determinado problema fisico. Ele considera que os medos, ansiedades e insegurancas abrem caminho para gastrites, filceras, dores de cabeca e varias outras doencas.

Para combater esses males, Bach pesquisou os efeitos das essencias de 38 flores silvestres cultivadas ao redor de sua rasa, em Mount Vernon, no Pais de Gales. E naquela cidade que, ainda hoje, odste o Centro Edward Bach, que produz e distribui os florais para o mundo inteiro. Foi a partir das descobertas originals de Bach que se NOMMINEMINSti

Os Florais de Bach Viram Mania no Brasil desenvolveram as muitas essAnciasque medicinais, mas ajudam nos tratamenexistem hoje e que, teoricamente, tos medicos e psicolOgicos." Ela poderiam curar quase todo tipo de justifica: "Nã° se trata de misticismo, doenca. mas de ciencia."

0 processo de prod Ka° dos florais Depois de passar por um seri° 6 simples. As flores sao retiradas do problema, Tania Pella, de 34 anos, ficou seu meio natural sem serem tocadas, muitodeprimida e insegura, a talponto colocadas em vidros, e cobertas corn que nao conseguia mais entrar num agua nascente; sao entao expostas ao carro.Procurou um psiquiatra, mas os sol, e pulverizadas corn alcool de uva remedios antidepressivos receitados para evitar fungos. 0 produto final 6 lhe faziam mal. Ao buscar nova solucao, ingerido em gotinhas diarias. conheceu os florais e ha um ano os 0 presidente da Associacao utiliza. "Meu fisico reagiu e acabei corn Brasileira das Essencias Florais, o negativismo. Agora estou em harmonia novamente," diz ela, sem desconsiderar a alopatia.

Outra que diz ter se beneficiados dos florais 6 Gisele Alves Pereira, de 19 anos. Ela atribui sua recuperacao de um problema hormonal ao tratamento corn as essencias de Bach. "A alopatia Wagner Belucco, diz que "o tratamento me trouxe serios problemas de de Bach combina muito bem corn a tromboso venosa, " diz Gisele. psicologia do brasileiro." Be mesmo, A psicOloga Gisela de Cassia um experiente homeopata, descobriu Barretti diz que receita os florais para as essencias em 1989, e desde entao "se seus pacientes e tern obtido Mims casou" corn a terapia. resultados, principalmente em crianComo muitos outros homeopatas, gas que sentem medo.

Uma outra psiBelucco as vezes recomenda combinacOloga, Maria Gerbeli pondera que a coes de florais corn pflulas homeoenergia esti dentro de cada um e paticas. "Mas em muitos casos," diz ele, "as essencias podem resolver o quando a pessoa acredita nisto o positivism° ajuda a curar qualquer problema sozinhas." doenia.

"E como uma oracao," diz A base da terapia de Bach 6 tratar Maria.

"SO ajuda quando a pessoa tern um problema de cada vez, atacando fe." primeiro os mais graves. Como o ifs ico No momento critic° por que passa e o emocional estao sempre juntos, a sociedade brasileira, as essencias Belucco diz que tido é possivel tratar florais e outros tratamentos alternaum lado sem cuidar do outro. Porem, tivos para problemas de safide fisica e alerta que durante a terapia alguns mental tern se populatizado.

Quanto sintomas podem se acentuar, mas isso, mais profundos sao os problemas segundo ele, 6 normal. Por isso mesmo o acompanhamento medico seria sociais, maior 6 a tendencia da populacao em buscar respaldo em essencial. caminhos nao ortodoxos.

Ha quem considere as essencias Foio caso dos cristais, quechegaram florais "um remedio para a alma", como se expressou Maria Grillo, uma ao apogeu no ano passado, ou as homeopata que recentemente partici- piramides, que foram sucesso ate pou do Congress° Internacional de alguns anos atria, ou a Chama Violeta, Florais, no Canada. Para ela, as essen- que ainda tern muitos adeptos, e agora cias nao substituem outras terapias os Florais de Bach.

A filos=de Bach

é tratar o doente e nao a doenca.

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Brasil e Colombia estao de maos dadas para tentarrestabeleceralguma ordem no mercado mundial do café.

Os dois maiores produtores do grao dedidiram que a (mica maneira de sobrevivere trabalhando em conjunto e eles estao tambem convidando os paises constunidores para que entrem em conversacoes para o restabelecimento de urn acordo mundial do café, "corn um espirito aberto e consirutivo".

Em uma declaracao breve de apenas uma pagina, os presidentes Fernando Collor de Mello e Cesar Gaviria declararam que estao dispostos a estabelecer urn programa que sirva para controlar os excedentes de café agora em maos dos paises cons umidores, que foram acumulados durante urn periodo em que o preco do produto caiu sensivelmente.

Durante o encontro de cupula da Organizacao Internacional do Café, em setembro, os paises consumidores nao aceitaram uma proposta conhecida como retencao cafeeira. 0 Brasil e a Colombia estao dizendo que qualquer que seja a nova f6rmula adotada esta devera assegurar que a reducao da exportacao do café implique em uma pressao efetiva para garantir o aumento dos precos do produto, no mercado mundial.

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FiGADOS PARA EXPORTA00 MADE IN BRAZIL Os Estados Unidos estao su erinteressados aceitar a proposta. diretamente no assunto, dizendo que da mensagem, a diretoria da ABTO gostariam de "considerar metodos considerou o assunto no dia IQ de para iniciar urn intercambio novembro e tomou uma posicao: embora esteja correta do ponto de internacional de orgaos."

Segundo uma reportagem A tramitacao da proposta come- vista medico e etico, a proposta é publicada pela Folha de Sao Paulo cou no dia 24 de outubro passado, inviavel do ponto de vista pratico. dia 1Q de dezembro, a Universidade Segundo Chapchap, "nao atraves de urn contato telefonico entre de Pittsburgh prop& a Associacao John Fung, chefe da Divisao de podemos incentivaroenvio de 6rgaos Brasileira de Transplantes de Orgaos porque isso teria urn efeito devasuma barganha no minimo controver- Transplantes da Universidade de tador no sentido de inibir futuras sa: eles querem trocar figados de doacoes no Brasil." Alem disso, em brasileiros por treinamento de declaracOes posteriores, Chapchap medicos. insinua que os americanos acabariam Ao que parece, a proposta surgiu por criar uma "via de mao (mica" porque medicos americanos se onde o Brasil doaria ergaos mas os sentem pressionados pela falta de americanos nao contribuiriam corn Orgaos para transplantes; o tecnologia avancada. intercambio corn hospitais do Brasil Quanto a possibilidade de haver traria urn beneficio mutuo, já que, na urn verdadeiro intercambio de troca, medicos brasileiros poderiam 6rgaos, ninguem corn algum conhese submeter a treinamento em centros cimento dos numeros poderia levar mais avancados. a seri°. Nos Estados Unidos, se reali0 documento que expressa a zam cerca de 2.500 transplantes de proposta da Universidade de Pittsfigado por ano - quase oito por dia burgh, assinado por Thomas Starzl, enquanto que no Brasil, desde 1985 diretor do Instituto de Transplantes somente 60 transplantes foram daquela universidade nao faz mencao completados. Nunca sobram Orgaos de quais orgaos especificos seriam nos Estados Unidos. alvo do intercambio. Mas Starzl, que Silvano Raia, presidenteda ABTO, é considerado a maior autoridade do e pioneiro em transplantes de figados mundo em transplantes de figados, no Brasil, diz desconhecer os detalhes confirmou que sao estes, de fato, o da proposta feita pelos americanos, principal alvo do acordo. mas de qualquer forma a considera 0 texto da proposta nao vai d ire to "quimerica, inexequivel". 0 Brasil, Pittsburgh, e Paulo Chapchap, ao assunto. 0 evidente atropelo da tanto quanto os Estados Unidos, tametica medica talvez tenha impedido secretario da Associacao Brasileira bern tern dificuldades para conseguir seus autores de serem mais explicitos. de Transplantes de Orgaos (ABTO). figados para transplantes.

Ainda assim, o tema fica bastante Chapchap fora estudante bolsista e 0 presidente da Associacao claro. Inicialmente, os americanos professor assistente naquela univer- Medica Brasileira, Mario Cardoso sidade entre 1986 e 1987. oferecem a transferencia de tecnoDurante o telefonema, Chapchap pe- Filho, disse que se sentia "muito logia state-of-the-art, depois se referem preocupado corn a proposta ao desenvolvimento de um registro diu a Fung que formalizasse sua pro- apresentada pela Universidade de posta por escrito.Uma primeira carta de doad ores, e somente no final tocam chegou já no dia seguinte. De posse Pittsburgh. Para ele, "o Brasil tern Ricardo Pessoa, Los Angeles (*)

que tomar muito cuidado para nao ass mar um convenio em que venha a se tornar urn mero fornecedor de orgaos."

Embora ninguem mencione abertamente, existe sempre o perigo de contaminacao de um acordo desse tipo pela corrupcao subjacente a burocracia brasileira; nesse caso, o acordo poderia mesmo se desenvolver numa relacao neo-imperialista, corn um pals de Terceiro Mundo mandando 6rgaos para um pals do Primeiro Mundo, engrossando as contas bancarias de alguns funcionarios corruptos, e sem qualquer beneficio para a populacao do pals doador.

Ale m disso, um acordo desse tipo prejudicaria o desenvolvimento da area de transplantes no Brasil.

Segundo Eduardo Carone, um cirurgiao queja realizou transplantes

de figados, no Brasil, urn acordo como esse "diminuiria o potencial que a gente tern, tanto de doadores como de receptores; o fato de podermos ser

Acordo poderia acabar engrossando as contas bancarias de alguns burocratas corruptos, sem qualquer beneficio para a populacao do pals doador. vistos como comerciantes de orgaos pode atrasar o programa de transplantes em dez anos."

Ha, no entanto, quem sustente que o acordo, se fosse assinado,

poderia ter sido benefico para o Brasil.

Esta 6 a opiniao do medico brasileiro Roland Costa, que atualmente bolsista na mesma Universidade de Pittsburgh. Eta acha que os americanos "sao sinceros na sua proposicao, e os brasileiros sairiam ganhando tambem." Costa explica que no Brasil existe um excesso de Orgaos, que poderia beneficiar gente de todo o mundo que vem fazer transplante nos Estados Unidos.

Embora decepcionados pelas negativas iniciais, os americanos nao desistem facilmente. No dia 15 de dezembro, uma comissao da Universidade de Pittsburgh deve chegar a Brasilia, onde vai apresentar seu piano diretamente ao Ministerio da Satide. (*) Baseado em reportagem escrita por Alvaro Pereira Junior, editor-chefe da Notfcias Populares, e Rodolfo Lucena, editor-assistente da Folha de Sao Paulo.

COM BRINQUEDOS E DOLARES MAS SEM UM RIM Ha poucos meses, uma hist6ria escabrosa deixou muita gente no Brasil preocupada corn seus filhos brincando nas ruas. Um menino de 12 anos desapareceu de casa em Brasilia, sem quesua familia soubesse de seu paradeiro. A policia foi notificada mas nao conseguiu encontrar o garoto. 0 caso foi classificado como mais um "seqiiestro".

Ao cabo de duas semanas, o menino voltou pra casa, trazendo urn monte de brinquedos eletrOnicos, roupas novas, e ate mesmo dinheiro - dolares - no bolso. Sua mae ficou feliz de ver o filho de volta, mas logo notou uma cicatriz enorrne na parte lateral esquerda das costas do garoto.

Perguntado sobre a cicatriz, o menino respondeu que fora levado a um hospital, onde ficara "uns dez dias".

Exames comprovaram que os "sequestradors" haviam retirado urn rim do menino.

Casos como esse sao raros. Mas a venda de rins para contrabando se tornou bastante comum no Brasil, especialmente nos altimos anos. A policia brasileira jĂĄ conseguiu interceptar varias tentativas de transporte de rins para o Uruguai, de onde os orgaos sao levados para a Europa e Estados Unidos.

A coisa funciona mais ou menos assim. 0 sujeito interessado em comprar o orgao se aproxima do

possivel "doador" - normalmente alguem de baixa escolaridade, pobre, e, se possivel desempregado - e propOe o neg6cio. Feito o acordo, o "doador" 6 levado a um hospital, onde ĂŠ registrado corn algum problema renal, e seu orgao 6 retirado. For cerca de 41`,1 mil d Mares, o comprador acaba conseguindo urn rim que pode valer ate 200 mil no mercado internacional.

0 trafico de orgaos vitais jĂĄ teria movimentado mais de US$14 milhOes somente atraves da fronteira corn o Uruguai. 0 desespero em que muitos brasileiros se encontram por causa da crise economica sem precedentes facilita o trabalho dos traficantes.

For many years, while I was living in the US$5 million he invested to make Brazil, I dreamed with the day when the movie. In the Brazilian market I could travel abroad and use my alone, that would be impossible. credit card to pay for my hotel and other expenses. Now I see that Bra- In time: although Waltinho's father is zilians can do that, thanks to presi- a very rich man, owner of banks and dent Collor. Nobody can say that we industries, he did not involve family are not closer to the First World, at money in Exposure. He found independent producers who believed in least in the plastic avenue. his talent.

My dear friend Ricardo Lemmers has just opened a music store in Hol- As for Babenco, he needs to recover lywood, where he promises to sell from his last American movie, Ironbrazilian music instruments, and weed, which flunked at the box office. sponsor workshops in Brazilian mu- It was hard to explain how a movie sic. Ricardo's store is at 6226 Santa that had the two best American acMonica Boulevard. His phone num- tors - Jack Nicholson and Meryl Streep - could not be a hit. On his ber is (213) 467-5715. second (and perhaps last) chance, he Two movies directed by Brazilians had to accept something smaller in are being shown in theatres around the figure of Tom Berenger. town. One is Exposure, directed by Walter Salles, Jr.; the other is Playing Last November I travelled to Brazil in the Fields of the Lord, directed by and for the first time I used VASP. It was perhaps the most pleasant flight Hector Babenco.

to Brazil I ever had in the nine years I've been living in the US. First because it was a non-stop Los AngelesSao Paulo (the stop in Rio just kills me). Second because the service was superb. And third because the time was extremely convenient, leaving L.A. in the middle of the afternoon, and leaving Sao Paulo at 2:00 a.m.

Now I am ready to go to Brazil once again; this time I will travel on VARIG - which is still my favorite. But is good to know that finally we do have a choice to go to Brazil. The fact that PAN AM has closed does not mean much, since that company could never really challenge VARIG orJAL. During the next three issues of this magazine I will be writing from somewhere in Brazil. I wish all of you a wonderful Christmas and a NewYear with plenty of happiness.

I know, I know. Babenco was born in Argentina, but he has adopted Brazil as his motherland. Besides, it was only when he started working in Brazil that he reached international acclaim. Pixote was his first hit, and Kiss of the Spider Woman brought him to Hollywood.

Walter Salles, Jr., a guy trained mainly in advertisement, has made a good thriller. The funny thing is that his movie was originally made in Brazil, with an American actor - Peter Coyote - on the lead role, and a few Brazilian actors in supporting roles, but the whole thing was in English. In Brazil, the name of the picture was A GrandeArte (The High Art). I think Waltinho, as he is known among his friends, wanted to recover some of ................ .

(PA6vi opiS

1)

Sow imir

MUNDIAL 94: POUCAS MUDAKAS A VISTA A FIFA acabou voltando atras Vale ainda ressaltar a terceira mudannas promessas de mudancas das leis ca, de carater puramente disciplinar do futebol já para o Mundial de 1994, mas que interfere no andamento do a ser disputado aqui nos Estados jogo: a falta por detras passa a ser Unidos. Algumas dessas mudancas punida mandatoriamente corn carhaviam sido propostas como tao amarelo e, na reincidencia, corn consequencia do baixo rend imento cartao vermelho. Corn isso, atacantes de gols no ultimo campeonato mais habilidosos conseguirao chegar mundial, realizado na Italia em 1990. mais vezes ao gol adversario.

As Unicas mudancas importantes que a FIFA pretende introduzir sao aquelas que já estao em vigor nos campeonatos regionais brasileiros.

Assim, a lei do impedimento so passa a valer para o atacante que estiver avancado em relacAo ao Ultimo zagueiro da equipe contraria e /la° mais para o atacante que estiver na mesma linha do zagueiro. Esta mudanca aparentemente pequena, caureceuement sou uma verdadeira revolucao na fase final do campeonato paulista :4060 corn urn festival de gols que ja nao se via ha muito.

Outra mudanca que permanece 6 a "••••••,.: proibicao do atraso de bola ao goleiro.

Na ve rd ad e, o regulamento nao prof-

Muitos juizes mais velhos tendem a diminuir o ritmo do jogo para recuperar o folego.

Dal a FIFA querer reduzir sua idade.

. Vtiaitigittit#640.4MON.046; ••MT .' .4.

Existe ainda uma outra mudanca em estudos, sempre corn o objetivo de dinamizar mais o jogo de futebol.

A FIFA considera reduzir a idadelimite para os jufzes. Atualmente, este limite 6 de 47 anos, mas a FIFA quer que ele seja diminuido para 45, e numa segunda etapa, para 42 anos.

A entidade considera que muitos jufzes de mais idade tendem a red uzir o ritmo do jogo para que eles mes mos possam "recuperar o folego".

De um modo geral, as mudancas implementadas pela FIFA buscam dar novo dinamismo, sem alterar a natureza essencial do esporte mais popular do mundo. Na opiniao de Joseph Blatter, secretario geral da FIFA, "o que necessitamos 6 uma melhor aplicacao das regras do jogo, sO isso." NA° se pode, ainda segundo Blatter, "desvirtuar as caracteristicas basicas do futebol".

Muitos dirigentes, principalmente aqueles que querem introduzir o futebol aqui nos Estados Unidos, achamqueseria necessario introduzir alteracties radicais para chamar a

As alteracoes buscam urn novo dinamismo para o futebol sem alterar sua natureza. =Mail

pains.

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atencao do public°. Os esportes populares nos Estados Unidos futebolamericano,basquete,beisebol e hockey - costumam ter marcadores iaem"'''il altos, e para o futebol competir, de acordo corn estes dirigentes, teria que tambem promover marcadores altos. Mas a ideia de mudancas rad icais nAo é simpatica fora do circulo norte-americano.

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be que se atrase a bola para o goleiro • mas sim que o goleiro tome uma bola atrasada nas maos. Para todos os ;.P1t1.:ffrg4:: efeitos praticos, se urn zagueiro devolve a bola ao seu arqueiro, este ra • arqueiro sera considerado pelo juiz urn como um jogador de linha - se tocar a bola corn as maos sera penalizado.

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