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Movimento Contra Enchentes cria bacia de contenção em comunidade

Redação Ao avaliar a situação, o movimento, em conjunto com técnicos da área, identificou uma solução imediata. Uma área, previamente destinada a um campo de futebol, seria adaptada para atuar também como uma bacia de contenção durante períodos de chuvas intensas.

Em resposta às crescentes preocupações com enchentes urbanas, o recém-formado “Movimento Urgente Contra Enchentes” tem se destacado pelas ações práticas para combater esse problema, ao lado das comunidades atingidas por enchentes e cheias. Conta com apoio de organizações como a Casa da Resistência, União de Moradores/as e Trabalhadores/as (UMT) e MTD.

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Em menos de um mês de atividades, o movimento reuniu ativistas e técnicos, em conjunto com a ocupação Britanite, localizada no bairro Tatuquara, e iniciou um projeto considerado de impacto. Conversas da comunidade com a Promotoria das Comunidades do Ministério Público, na figura do promotor Régis Vicente Sartori e equipe, já haviam identificado o problema das cheias em um dos setores da área de ocupação.

Há apenas três semanas, o “Movimento Urgente Contra Enchentes” foi lançado com o objetivo de enfrentar os desafios crescentes desse problema urbano. “Rapidamente, a comunidade Britanite se envolveu com o movimento, destacando um problema crítico que enfrentavam durante as grandes chuvas que colocavam toda a comunidade em risco”, afirma o empreendedor João Paulo Mehl, idealizador da ação.

Mutirão No Primeiro de Maio, os ativistas organizaram um mutirão que deu início à construção da bacia de contenção. De acordo com os organizadores, a ação envolveu a participação da comunidade, demonstrando um senso de união e propósito compartilhado para enfrentar o problema das enchentes.

Em 9 de maio de 2023, graças aos esforços contínuos e à colaboração da comunidade, o Movimento Urgente Contra Enchentes conseguiu uma retroescavadeira para ampliar a escavação e acelerar a construção da bacia de contenção e do campo de futebol. Este projeto não só melhorará a infraestrutura de drenagem da comunidade, mas também proporcionará um espaço de lazer para as famílias.

Situa O Urgente

Os integrantes da iniciativa enfatizam que, embora reconheçam que a responsabilidade principal de gerir essas situações seja do poder público, situações de urgência exigem ação. Por isso, eles se mobilizaram para trazer uma solução imediata e efetiva ao problema das enchentes na comunidade.

Outras comunidades, em anos recentes, têm vivido o problema das cheias, caso do Parolin, Vila Harmonia (CIC – Barigui), Vila Maria e Uberlândia (Novo Mundo) entre outras. A ideia é que as iniciativas populares possam se unificar para evitar um problema sobre o qual a Prefeitu- ra de Curitiba tem ciência, ocorre todo ano e, mesmo assim, não apresenta ainda solução.

“Essa iniciativa exemplifica como ações comunitárias, com o apoio de profissionais técnicos e políticos, podem promover mudanças significativas na gestão das enchentes urbanas e melhorar a qualidade de vida das pessoas. A história da comunidade Britanite é um lembrete poderoso de que, trabalhando juntos, podemos construir cidades mais seguras, resilientes e sustentáveis”, reforça Mehl.

Jardins de chuva e iniciativa Mehl tem traba- lhado com alternativas para enchentes a partir de soluções urbanas e nas comunidades. Um exemplo disso são os jardins de chuva.

“Os jardins de chuva são pequenos jardins construídos em áreas propensas a inundações, que ajudam a absorver e filtrar a água da chuva, evitando enchentes e minimizando os impactos negativos da impermeabilização da cidade. Esses jardins são projetados para serem funcionais e estéticos, tornando-se uma adição verde e atraente à paisagem urbana”, de acordo com o site https:// urgentecontraenchentes. terracoverde.eco.br/.