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Governo estadual e federal travam queda de braço por pedágio no Paraná

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Disputas na Alep e fortes declarações de políticos esquentam o debate

Gabriel Carriconde da proposta, com fortes reações na bancada governista e no governo paranaense. Parlamentares da oposição defendem que a licitação seja feita pela menor tarifa, sem limite de desconto ou cobrança de aporte, e que não haja a abertura de novas praças de cobrança.

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Assinado no ano passado, entre Ratinho Jr e o governo Bolsonaro, o acordo para um novo modelo de pedágio nas rodovias estaduais está provocando debates acalorados na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e fortes disputas entre lideranças ligadas ao governo paranaense e o governo federal. O acordo de 2021 previa a concessão de mais de 3 mil quilômetros de rodovias paranaenses, a criação de 15 novas praças de pedágio, obras de duplicação, viadutos e contornos, além da divisão dos contratos em seis lotes.

Após a eleição de Lula, parlamentares do PT na Alep, críticos ao acordo, vêm tentando mediar junto ao governo federal a revisão

Frente parlamentar

Criada em 2019 para fiscalizar e promover debates sobre o antigo contrato de pedágio, a Frente Parlamentar do Pedágio na Alep (dominada pela oposição) foi encerrada na última terça (7) pelo presidente da casa, Ademar Traiano, alegando que numa nova legislatura a frente teria que ser extinta por conta do regimento da casa.

Presidente do PT no Paraná, e até então presidente da frente, o deputado Aril-

Deputados petistas se reúnem com ministro Rui Costa, em Brasília son Chiorato criticou a decisão, chamando de aberração o que foi feito. “..Esse atropelo do regimento feito nesse parecer conduzido pela Mesa na figura de vossa excelência. No início, ela [frente] tratava sobre os contratos que iam terminar. Foi alterado para a Frente Parlamentar sobre os pedágios, inclusive com a incorporação dos novos modelos de pedágio”, disse. Traiano se defendeu dizendo que estaria cumprindo o regimento. “Aqui não há manobra, eu estou cumprindo o que determina o regimento interno desta Casa, que é a Bíblia do Poder Legislativo”, afirmou. Dois deputados já protocolaram a criação de uma nova frente, além de Chiorato, o deputado da base do governo Delegado Jacovós (PSD).

O encerramento da frente é visto como uma possível resposta ao encontro entre Chiorato com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, em Brasília, que também teve participação do deputado estadual Luis Claudio Romanelli e da presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann. “O ministro foi muito receptivo e ficou sensibilizado pelos apontamentos técnicos que reforçam a necessidade de revisão do modelo defendido pelo governador Ratinho Jr., que prevê 15 novas praças, 35 anos de contrato e tarifas mais caras que antes”, afirmou o deputado petista.

Em contrapartida, na segunda-feira (5), o líder do governo Ratinho Jr na Alep, deputado Hussein Bakri (PSD), disse que o governo do estado esperará só até o final de março para uma definição federal. Caso o governo Lula não concorde com o atual modelo, o Paraná não cederia as rodovias. “A decisão cabe agora, única e exclusivamente, ao governo federal. Ele vai decidir se é contra o a favor desse modelo que foi colocado. Se for a favor, vem e toca com os ajustes que o ministro fez. Se for contra, o governo federal fica com as suas rodovias e o Paraná fica com as suas rodovias. O que ninguém quer”, afirmou Hussein.

A declaração jogou mais lenha na fogueira e provocou a reação da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann. Em suas redes sociais, a deputada afirmou que Ratinho Jr. faz ameaças. “Para iludir o povo e tentar emplacar um modelo de pedágio que criou junto com Bolsonaro e que é extremamente prejudicial aos usuários e ao desenvolvimento do estado. Pode tirar o cavalo da chuva, governador! Não vamos permitir!’’, escreveu.

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