PDF da edição 256

Hexa 2018 Multidão azul inunda o centro da capital na comemoração do sexto título cruzeirense ESPORTE 8

MG

Minas Gerais

Belo Horizonte, 19 a 25 outubro de 2018 • edição 256 • brasildefato.com.br • distribuição gratuita

É POSSÍVEL VENCER O ÓDIO

Mídia NINJA

Em defesa da democracia, grupos se unem para dialogar com população e esclarecer notícias falsas disseminadas pela campanha de Jair Bolsonaro (PSL). Povo também sairá às ruas no dia 20 para dizer não ao fascismo. Confira, em encarte especial, quais são os planos de governo do candidato do PSL e de Fernando Haddad (PT) para o futuro do país Fernando Frazão / Agencia Brasil

Lavazap Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, empresas financiaram ilegalmente mensagens pró-Bolsonaro BRASIL, 3

Privatizar aumenta tarifas Com Zema e Anastasia no páreo, temor é que Cemig e Copasa sejam vendidas MINAS, 4

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OPINIÃO

Belo Horizonte, 19 a 25 de outubro 2018

Editorial | Brasil

Nosso voto deve ser por direitos

ESPAÇO DOS LEITORES

“Atitude de um ditador de Whatsapp. No debate não pode ir, mas estava ao vivo no youtube com o outro lixo, Luciano Havan” Kika Zanon comenta a capa da edição 255, com a manchete “Muita fake pra pouca proposta” “Abandonei esse vício há seis anos” Lidyane Ponciano comenta a coluna de ciências “Por que é tão difícil largar o cigarro?”

“Que vergonha, prefeito. Respeite a população de rua” Dilke Fonseca escreve sobre a matéria “Pessoas em situação de rua exigem respeito e direitos” “Essa entrevista é foda! Esse cara não merecia mesmo estar na globosta...”

Naiara Assis comenta a declaração da semana, de Juninho Pernambucano

Escreva para a gente também: redacaomg@brasildefato.com.br ou em facebook.com/brasildefatomg

Nessa reta final do segundo turno, ainda existem pessoas indecisas ou mesmo confusas em relação a quem votar. Muitas não conhecem as propostas dos candidatos.

No cenário nacional há duas candidaturas com propostas muito diferentes. Uma parcela do povo brasileiro ainda não entendeu que o que está em jogo são os direitos da classe trabalhadora.

sível percebermos quem vai governar de fato: os grandes capitalistas.

Não se iluda!

Já a outra candidatura, de Fernando Haddad e Manuela D’Ávila, tem em seu plano de governo propostas de políticas públicas que irão beneficiar o povo brasileiro com melhorias na saúde, na educação, mais empregos, creches, em defesa do meio ambiente, geração de trabalho e renda para superação da crise.

Vote com a consciência e não com o ódio

Nossa tarefa O jogo ainda está sendo jogado.

Nesse segundo turno precisamos dialogar com todas as pessoas, sobretudo com os indecisos. O futuro do nosso país é responsabilidade de cada um. Nosso diálogo faz a diferença e ainda temos chance de virar essa partida.

As propostas de Bolsonaro são todas em benefício das empresas e do capital internacional. Todos os grandes empresários, os que vivem de especulação, as grandes mineradoras e a indústria armamentista, para ficar apenas com alguns, estão ao seu lado. Não é por acaso. Seu programa aprofunda as medidas tomadas por Temer e propõem entregar as nossas riquezas naturais.

A prática do ex-capitão pode ser avaliada quando olhamos para a sua atuação política nos últimos 30 anos. Ele, como deputado federal, sempre votou contra a classe trabalhadora. Votou pela reforma trabalhista que retirou direitos. Seu vice já falou que é preciso acabar com o 13º terceiro salário. Bolsonaro foi contra a aprovação dos direitos trabalhistas para as empregadas domésticas. Afirma que vai acabar com as reservas indígenas. Não por acaso sua campanha está sustentada no envio de milhares de notícias falsas nas redes sociais. É pos-

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente com edições regionais, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, no Paraná e em Pernambuco. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e no nosso estado.

Os mais ricos estão Bolsonaro, contra os direitos dos trabalhadores Não podemos votar com o discurso de ser contra o PT. Você não gosta do PT? Tudo bem. Mas pense no futuro e no povo brasileiro na hora do seu voto e escolha o projeto que vai beneficiar você, seus familiares, seus amigos. Escolha um governo com o qual pelo menos você vai poder manifestar a sua insatisfação. Bolsonaro já mostrou que vai “metralhar” todos que forem contra seu governo. Devemos votar com a consciência e não com o ódio. Vote pelos seus direitos.

REDE SOCIAL: facebook.com/brasildefatomg CORREIO: redacaomg@brasildefato.com.br PARA ANUNCIAR: publicidademg@brasildefato.com.br TELEFONES: (31) 3309 3314 / (31) 3213 3983

conselho editorial minas gerais: Aruanã Leonne, Beatriz Cerqueira, Bernadete Esperança, Bruno Abreu Gomes, Ênio Bohnenberger, Frederico Santana Rick, Helberth Ávila de Souza, Jairo Nogueira Filho, Joana Tavares, João Paulo Cunha, Joceli Andrioli, Jô Moraes, José Guilherme Castro, José Luiz Quadros, Juarez Guimarães, Marcelo Almeida, Makota Celinha , Maria Júlia Gomes de Andrade, Milton Bicalho, Neila Batista, Nilmário Miranda, Padre Henrique Moura, Padre João, Pereira da Viola, Renan Santos, Rogério Correia, Rosângela Gomes da Costa, Robson Sávio, Samuel da Silva, Talles Lopes, Titane, Valquíria Assis, Wagner Xavier.

Editora: Joana Tavares (Mtb 10140/MG). Redação: Amélia Gomes, Larissa Costa, Rafaella Dotta, Raíssa Lopes, Thainá Nogueira e Wallace Oliveira. Colaboradores: Anna Carolina Azevedo, André Fidusi, Bráulio Siffert, Bruno Mateus, Diego Silveira, Fabrício Farias, Felipe Marcelino, João Paulo Cunha, Jordânia, Souza, Léo Calixto, Luiz Fellippe Fagaráz, Pedro Rafael Vilela, Renan Santos, Rogério Hilário, Sofia Barbosa, Taciana Dutra.

Revisão: Luciana Santos Gonçalves. Distribuição: Felipe Marcelino. Diagramação: Tiago de Macedo Rodrigues. Tiragem: 40 mil exemplares.

Belo Horizonte, 19 a 25 de outubro 2018

“Disparo em massa” de mensagens contra PT é ilegal e pode impugnar Bolsonaro

BRASIL

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Fernando Frazão /Agencia Brasil

CAIXA 2 Contrato firmado com agências de estratégia digital chega a R$ 12 milhões Lu Sudré vendida por agências de estratégia digital. A lei só pereportagem publicada mite o uso de lista de apoiapela Folha de S. Paulo dores do próprio candidato, na quinta (18) denunciou com contatos disponibilizaque empresas estão com- dos de forma voluntária.

Para disparar centenas prando pacotes de disparos em massa de mensagens de milhões de mensagens, contra o Partido dos Traba- contratos firmados chelhadores no WhatsApp. Se- ga a R$ 12 milhões. Entre gundo a matéria, as empre- as compradoras do serviço, sas preparam uma grande está a Havan, cujo dono, Luoperação para a semana an- ciano Hang, tentou obrigar seus funcionários a votar terior ao segundo turno.

Apoiadoras de Jair Bolso- em Jair Bolsonaro. A prátinaro (PSL), as companhias ca é considerada ilegal, pois utilizam a base de contatos configura como doação de

R

Se for comprovado abuso de poder econômico, isso resulta em uma fraude que macula completamente o processo eleitoral”, diz pesquisador

campanha por empresas, caso comprovada a ligação direta entre as instituições e o candidato do PSL. João Meira, mestre em Direito Político, explica que os artigos 222 e 237 da legislação eleitoral falam sobre a anulação das eleições por métodos de campanha ilícita e por abuso de poder econômico.

“Se for comprovado que Bolsonaro e sua campanha estão vinculados às ações desses grupos de pessoas que realizaram atos ilícitos, mesmo que ele seja elei-

to, ele é cassado e decretado inelegível por oito anos”, ressalta Meira.

Entre as agências identificadas pela reportagem responsáveis pelo “disparo em massa” estão a Quickmobile, a Yacows, Croc Services e SMS Market.

No entanto, na prestação de contas de Bolsonaro consta apenas a empresa AM4 Brasil Inteligência Digital, que recebeu R$ 115 mil para mídias digitais.

A reportagem procurou a empresa Havan, mas não obteve retorno.

“Ele foge dos debates”, critica Haddad

F

ernando Haddad, principal alvo de fake news nessas eleições, afirmou que acionará a Justiça contra as empresas. Para ele, o episódio mostra, mais uma vez,

que Bolsonaro não res- diatamente presos para parar com essas mensagens do peita a democracia.

“Nós vamos pedir providências para a Justiça Eleitoral e para a Polícia Federal, para que esses empresários corruptos sejam ime-

WhatsApp. Já tem nome de empresário, nome de empresa, contrato, valor pago mediante caixa 2, o que é crime eleitoral. Ele, que foge

dos debates, não vai poder fugir da Justiça”, declarou o petista em vídeo.

Em nota, o PT afirma que fez um requerimento de investigação na Polícia Federal, para que seja feita uma “investigação das práticas criminosas de Bolsonaro”. “É uma ação coordenada para influir no processo eleitoral, que não pode ser ignorada pela Justiça Eleitoral nem ficar impune. Estamos tomando todas as medidas judiciais para que ele responda por seus cri-

mes, dentre eles o uso de caixa 2, pois os gastos milionários com a indústria de mentiras não são declarados por sua campanha”, diz o texto.

PT pediu que Polícia Federal investigue práticas criminosas de Bolsonaro

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MINAS

Belo Horizonte, 19 a 25 de outubro 2018

Privatizar estatais encarece contas, piora serviços e gera danos à população GOVERNO DE MINAS Candidaturas de Zema e Anastasia geram expectavia de venda da Cemig e Copasa Gil Leonardi / Imprensa MG

Wallace Oliveira

A

chegada de Romeu Zema (Novo) e Anastasia (PSDB) ao segundo turno causou euforia em investidores que querem a privatização da Copasa e Cemig. Um dia após a votação, as ações das duas empresas tiveram alta no mercado financeiro. É que os dois candidatos são identificados como representantes da pauta privatista. Seus governos poderiam entregar empresas estratégicas.

Trabalhadores criticam A entrega para o setor privado pode fazer com que

os serviços percam a qualidade e fiquem mais caros. É o que prevê o eletrici-

tário Jefferson Silva, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria

Energética de Minas Gerais (Sindieletro-MG). “O interesse da iniciativa privada nos ativos públicos é maximizar lucros para acumular mais riqueza. Isso se faz aumentando o valor das tarifas e reduzindo os custos de pessoal, o que torna mais precário o fornecimento”, adverte.

O sindicato que representa os trabalhadores da Copasa, o Sindágua-MG, elaborou uma carta aos dois candidatos, exigindo compromisso com a Copasa.

“Uma das nossas bandeiras é o empenho para que o saneamento alcance a universalização e cumpra a Agen-

da 2030 da Organização das Nações Unidas, ou seja, que todo cidadão tenha acesso à água potável e ao tratamento de esgotos sanitários e industriais, preservando os recursos hídricos de qualquer contaminação”, afirma o documento.

Constituição estadual protege estatais Em 2001, a Assembleia Legislativa aprovou uma emenda constitucional que protege as estatais mineiras. A PEC 50 previu que as elas só poderão ser vendidas com o voto de três quintos dos deputados e maioria da população em referendo.

Em BH, cinco jornalistas relatam ameaças de eleitores de Bolsonaro VIOLÊNCIA Sindicato relata um caso de agressão física e quatro casos de ataques virtuais Renato Moura

Rafaella Dotta

A

onda de violência da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), candidato à presidência da República, chegou até os profissionais da informação. Em coletiva de imprensa, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais descreveu cinco casos denunciados pelas próprias vítimas.

Segundo Alessandra Mello, presidenta do SJPMG, quatro jornalistas relataram terem sido alvo de eleitores de Jair Bolsonaro através de seu perfil no Facebook, no Instagram e pelo Whatsapp. Os internautas fazem comentários ameaçadores, de cunho pejorativo (“vadia”, “vagabunda”) e escrevem o nome do candidato. As vítimas pedi-

Sindicato tem recebido relatos de pressão para que jornalistas façam matérias favoráveis ao candidato do PSL

Caso mais grave foi o da agressão física sofrida por Gabi Coelho (foto acima), jornalista do Voz da Comunidade, no dia 10 de outubro

ram que não fossem identificadas.

O caso mais grave foi o da agressão física sofrida por Gabi Coelho, jornalista do Voz da Comunidade, no dia

10 de outubro. Em seu perfil do Facebook, Gabi relata que andava a pé por uma rua quando um homem a puxou, e começou a dar socos em suas costas ao mesmo tempo em que a

atacava com xingamentos racistas e políticos, como “macaca petista” e “preta suja”.

“Eu senti medo por estar sozinha, mas isso nunca vai me intimidar e nem mesmo fazer com que eu desista de tudo que acredito”, declarou Gabi em seu perfil pessoal.

Um levantamento, divulgado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo

(Abraji), mostra que em 2018 já são 137 casos de agressões a jornalistas no contexto político, partidário e eleitoral. Foram 75 ataques por meios digitais e 62 casos de agressão física.

A presidenta do sindicato afirma que a entidade começou a receber também depoimentos de pressão dentro das redações, para que jornalistas façam matérias favoráveis a Jair Bolsonaro e “escondam” as notícias negativas.

Notificação às autoridades O sindicato fará uma requisição de posicionamento aos órgãos municipais e estaduais, tais como Câmara de Vereadores, Prefeitura de Belo Horizonte, Governo Estadual, Polícia Civil, Polícia Militar e outros.

Belo Horizonte, 19 a 25 de outubro 2018

BAFAFÁ

HUM... AMOR E SEXO! Reprodução

5 VARIEDADES 13

Amiga da Saúde Sempre vejo orientações de beber 2 litros de água por dia, mas não sinto sede. O que fazer?

Renata Caetana, 39 anos, secretária.

Isso é comum, Renata. Seu corpo já se adaptou à pouca quantidade de água e por isso você não tem sede. Porém, pode haver prejuízos à sua saúde caso beba menos que o ideal. Nem todas as pessoas precisam de 2 litros de água por dia. Isso varia conforme o peso e o esforço físico realizado. Um bom indício se você consome a quantidade ideal é a cor da sua urina. Se ela estiver amarela bem clarinho ou transparente é porque a água ingerida foi suficiente. Se estiver amarela escuro ou alaranjada é porque falta água no seu organismo.

C

omandado pela apresentadora Fernanda Lima, o programa “Amor e Sexo” voltou com tudo para a telinha, nas noites de terça-feira. E tem dado - e ainda vai dar - muito o que falar. No último programa, por exemplo, foram discutidas as relações abertas e o poliamor, em que casais puderam contar mais sobre suas intimidades e formas “não convencionais” de se relacionar.

Já na sua 10 ª temporada, o que demonstra a aceitação e carinho do público, o programa apresenta uma combinação muiBons debates, to especial: fala de assuntos tabus ligados à sexualidade junto com entretenimento e sem caretice humor, com diversos quadros ousados, nos ou clichês quais se explora a sensualidade e a intimidade dos participantes da noite.

E há uma interessante novidade neste ano: a presença da filósofa e feminista Djamila Ribeiro na bancada de convidados. E, claro, a presença dela não é à toa. O programa vem apostando em debates mais politizados, com mais profundidade.

A apresentadora Fernanda Lima, que também é roteirista, aponta que esse é sinal de amadurecimento da atração e comenta a importância social de se apresentar essa discussão na TV: “A gente precisa colocar esses assuntos na televisão numa linguagem que as pessoas entendam, assimilem, e se divirtam”. E mesmo reconhecendo a existência de “discursos de ódio absolutamente retrógrados que vêm para se chocar com essa tentativa”, a apresentadora comemora: “quando vemos um programa como esse na TV, vemos que são tempos mais livres para falar sobre tudo isso. ” A palavra mais bradada por Fernanda Lima ao longo do programa funciona como um convite para os telespectadores: “desconstrua”.

Ou seja, é preciso rever conceitos e preconceitos, posturas e formas de lidar com o amor e principalmente com o sexo.

Bom demais e saudável ver uma atração dessas na TV, com boas discussões, sem caretices e clichês. Para você que ainda não assistiu, vale muito a pena ver o programa, se divertir, aprender e desconstruir muita coisa.

Felipe Marcelino é professor de filosofia.

Mande sua dúvida: amigadasaude@brasildefato.com.br Sofia Barbosa é enfermeira do Sistema Único de Saúde I Coren MG 159621-Enf.

Nossos direitos Alerta! Mudança BPC/LOAS O governo federal mudou a regra para comunicar irregularidades no recebimento do Benefício de Prestação Continuada, também conhecido como LOAS, que garante um salário mínimo para pessoas com deficiência ou pessoa idosa de baixa renda familiar, independente de contribuição.

Antes, o comunicado para solicitar atualização do cadastro era feito por meio de carta com aviso de recebimento. Agora, o comunicado pode ser feito por meio dos caixas eletrônicos das agências bancárias.

A dica é ficar atento aos informes da agência bancária. Caso você não atenda à solicitação, seu benefício poderá ficar bloqueado. Por isso, compareça à agência do INSS sempre que receber qualquer aviso. Mas se você não conseguir solucionar, procure, com urgência, o atendimento da Defensoria Pública da União – DPU. Em Belo Horizonte, fica na rua Pouso Alto, nº 15, bairro Serra. Também existe atendimento da DPU nas cidades de Uberlândia e Juiz de Fora.

Adília Sozzi é advogada da Rede Nacional de Advogados Populares – RENAP

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Belo Horizonte, 19 a 25 de outubro 2018

Festival Livre Canções de Agora

Samba no mercadinho

Caminhada fotográfica

Divulgação

Divulgação

Divulgação

O evento acontece na próxima quarta-feira (24), a partir das 18h, no Armazém do Campo (Av. Augusto de Lima, 2136, BH).

Se apresentam os artistas Sérgio Pererê, Titane, Pereira da Viola, Wilson Dias e Celso Moretti. A entrada é franca.

Vai ter show com a banda Conversamba e participação especial do grupo Zé da Guiomar com entrada gratuita. É no domingo (21), das 10h às 17h, no Centro Cultural Libertino Alves de Oliveira (av. Antônio Carlos, 821 - Mercado da Lagoinha, BH).

O “Fotografa BH” é um projeto que realiza caminhadas por bairros da capital para que os participantes possam fotografar a arquitetura.

Neste domingo (21), o trajeto será pelo bairro Floresta, de 9h30 às 12h.

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DIA DO PROFESSOR E DA PROFESSORA HORA DE DEFENDER A EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE 1. No dia quinze de outubro, comemo-

ramos mais um dia do professor, como fazemos todos os anos. Mas 2018 não é um ano como outro qualquer! Vivemos o agravamento de uma das maiores crises de nossa história.

Por isso, cabe perguntar: com tudo o que está acontecendo, no Brasil, nós professores temos motivos para celebrar? O que cabe a nós, neste momento?

2. Dois anos se passaram desde que a presidência do país mudou de mãos e de rumo.

Com a mudança, a garantia do direito à educação, que tínhamos esperança de ver avançar, passou a sofrer uma forte ameaça. O governo de Michel Temer propôs e conseguiu aprovar a Emenda Constitucional 95. Assim, desde 15/12/2016, convivemos com uma medida que jamais foi adotada em nenhum outro lugar do mundo: o congelamento de investimentos em saúde e educação por 20 anos!

3. Se nada for feito contra esse absurdo, viveremos, ano após ano, até o final de 2036, um sucateamento cada vez maior das escolas de Educação Básica. As universidades públicas também estarão condenadas e, sem elas, o país perderá sua principal fonte de produção de conhecimentos nas humanidades, de ino-

vação nas artes, de desenvolvimento da ciência e da tecnologia.

4. Com as políticas adotadas na última década conseguimos fazer das universidades um lugar mais plural, mais diverso e inclusivo. No caso da UFMG, por exemplo, mais da metade dos nossos estudantes estudaram durante toda a vida na escola pública. Esses estudantes constituem a primeira geração de suas famílias com acesso à universidade pública.

5. Você já parou para pensar de onde vem o dinheiro que permite ao Estado garantir os direitos da população? Pois saiba que esse dinheiro tem duas origens: vem do controle de empresas lucrativas como a Petrobrás ou de impostos. Então, se o Estado vender suas principais empresas ou se vender todas elas, como querem aqueles que estão, hoje, no poder, como é que o povo terá seus direitos garantidos?

6. Nós professores precisamos alertar a população de que a privatização não faz bem para o Brasil. Precisamos informar às trabalhadoras e aos trabalhadores que os muito ricos parecem não se importar em vender nosso país, desde que ganhem dinheiro na negociação.

7. Antes de terminar, um último alerta.

Usando o nome aparentemente bem intencionado de “Escola Sem Partido”, setores da sociedade que são contra a democracia escondem uma grande mentira. Se esse projeto for adiante, a liberdade de aprender e ensinar estará ameaçada. Qualquer pensamento ou manifestação artística poderá ser censurada, caso contrarie os interesses de quem está no poder.

Professores poderão perder seus empregos, apenas por oferecer aos estudantes a oportunidade de pensar de forma crítica, a chance de comparar diferentes pontos de vista. O projeto Escola Sem Partido quer implantar o medo dentro das escolas.

8. Por mais direitos, pelo fim dos cortes na educação e na pesquisa, por mais liberdade, por mais democracia: um viva aos professores e às professoras do Brasil.

Helder de Figueiredo e Paula, professor do Colégio Técnico da UFMG e diretor da Apubh, Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco

Belo Horizonte, 19 a 25 de outubro 2018

Iniciativas contra o fascismo se fortalecem em BH

MINAS

Curto e Grosso

15 7 Reprodução

RESISTÊNCIA Além de ato marcado para sábado (20), grupos desenvolvem ações nas periferias para conversar com a população Mídia NINJA

O poder político das torcidas organizadas Raíssa Lopes

B

elo Horizonte será palco de mais um ato político-cultural contra o fascismo. Desta vez, ainda com o protagonismo das mulheres, mas com a contribuição e participação de todos, a manifestação será realizada também para dizer sim à candidatura de Fernando Haddad (PT) e Manuela D’ávila (PCdoB). A concentração acontece no sábado (20), às 12h, na Praça Sete (Centro).

Mais de 20 blocos de carnaval já estão confirmados para a data. Às 13h13, os grupos se unem para, juntos, rufarem os tambores pela democracia e pela paz.

Além do carnaval fora de época, várias intervenções artísticas serão realizadas ao longo do dia.

“Esse segundo ato demonstra um posicionamento significativo de enfrentamento ao fascismo. E a gente precisa demarcar que a gente tem um candidato e uma candidata que po-

dem barrar toda essa onda de violência e de fake news que nos assola diariamente. Manu e Haddad sim para combater um projeto fascista”, declara uma das organizadoras do ato e integrante de blocos de BH, Lorena Lemos. Ela garante que o ato será diverso, colorido e alegre.

Povo unido até o último momento Essa é só uma das mobilizações que acontecem até o segundo turno das eleições, realizadas no domingo (28).

No dia 27, os mesmos blocos que participam do ato “Haddad e Manu Sim” irão se dividir pelas periferias de Belo Horizonte para descentralizar a arte e dialogar com a população.

Outra iniciativa que acontece nas comunidades da capital são as chamadas Bases Populares Contra o Fascismo, ação do Coletivo Alvorada em parceria com o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST). Elas

foram consolidadas no Alto Vera Cruz, Serra, Morro do Papagaio, Morro das Pedras, Cabana do Pai Tomás, Barreiro, Venda Nova, Barragem Santa Lúcia e bairro Goiânia.

O projeto consiste em dialogar com os moradores desses locais sobre os dois planos de governo que disputam a eleição presidencial.

Para isso, ativistas batem de porta em porta, como relata o membro do Alvorada Pedro Martins. “Percebemos que nas periferias, que foi onde o governo do PT mais atuou para a diminuição da desigualdade, existe muita desinformação. É muita notícia falsa que temos que esclarecer”, diz.

Ele afirma que os participantes conversam, ainda, a respeito das consequências de um possível governo de Jair Bolsonaro (PSL). “Seguimos alertando sobre o perigo de um mandato dele para essas regiões. O programa dele vem para acabar de massacrar essas comunidades, com os cortes de programas sociais e armas”.

Diego Silveira

R

ecentemente, as torcidas Gaviões da Fiel, do Corinthians, e Torcida Jovem, do Santos, manifestaram repúdio à candidatura de Jair Bolsonaro. Elas têm razão para temer um governo da extrema-direita?

Essas torcidas, em geral, têm numerosos trabalhadores, unidos pela paixão a um clube. Suas atividades, porém, vão além de portar faixas e bandeiras: organizam festividades, têm escolas de samba, promovem campanhas beneficentes, como doação de brinquedos e de sangue, etc.

Essas torcidas têm um potencial político enorme e são um verdadeiro estorvo para o poderosos.

Não por acaso, a imprensa burguesa, promotores de justiça e polícias militares acusam, perseguem e recriminam as organizadas.

Alguns fatos recentes: em 2015, oito corintianos

da Pavilhão 9 foram mortos em chacina feita por PMs; desde 2016, a torcida palmeirense está proibida de se concentrar nas ruas do estádio do clube antes dos jogos; em 2018, voltaram as restrições a faixas e bandeiras em estádios paulistas; em todo o Brasil, autoridades ameaçam organizadas de terem que fechar as portas; os preços extorsivos dos ingressos afastam o público pobre dos estádios. Mesmo assim, o povo continua a gostar de futebol e as organizadas sobrevivem.

Por tudo isso, a vitória de Bolsonaro, conjugada com o aumento de militares no Legislativo é motivo para preocupação. As organizadas, verdadeiras tropas populares, farão um grande serviço ao povo brasileiro se usarem politicamente seu potencial contra a direita. A Resistência Azul Popular e a Galo Marx parecem saber bem disso.

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ESPORTES

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Wallace Oliveira

Mar azul

COPA DO BRASIL Dezenas de milhares de pessoas cercaram o caminhão com o time cruzeirense Wallace Oliveira

“É

tanta gente que não ia caber no Mineirão”, exclamou, com espanto, um torcedor comprimido pela multidão. Dezenas de milhares de cruzeirenses ocuparam parte das avenidas Andradas, Amazonas, Santos Dumont e Afonso Pena, em BH, na tarde da quinta-feira (18). O time saiu do Aeroporto de Confins rumo ao Batalhão do Corpo de Bombeiros, na Avenida Antônio Carlos, bairro São Francisco. De lá, seguiu no trio elétrico para o Centro da capital, onde já era aguardado por uma enorme aglomeração de pessoas desde cedo, debaixo de chuva.

“Esse título é um marco na história do Cruzeiro. Afinal, somos o único hexacampeão da Copa do Brasil. Eu acho que as pessoas cada vez mais acreditam na história do Cruzeiro e estão saindo às ruas, tanto homens quanto mulheres”, comentou a

atendente Amanda Melo. Para ela, o histórico recente do Cruzeiro criou a expectativa de mais um título importante. Como, porém, a maioria não teria condições de ir aos jogos nos estádios, a festa nas ruas é uma oportunidade única.

Na Praça Sete, o zagueiro Dedé, considerado herói do hexacampeonato, agitava a multidão ao microfone. “Aqui agora não é mais Praça Sete, é Praça Seis”, provocava o jogador.

O desfile continuo rumo à sede administrativa do clube, no Barro Preto.

O Cruzeiro conquistou seu sexto título da Copa do Brasil na última quarta-feira (17), após derrotar o Corinthians por 2 a 1, no Itaquerão. O primeiro jogo das finais, no Mineirão, foi vencido pela equipe celeste. Com a conquista, a Raposa é isolada a equipe que mais vezes venceu a competição e a segunda maior ganhadora de títulos nacionais, contando o Brasileirão, com dez títulos. Fica atrás apenas do Palmeiras, que tem 12.

Decacampeão

DECLARAÇÃO DA SEMANA Reprodução de vídeo Sportv

“O futuro não tem a ver com violência, mas acreditar nas novas gerações. Para isso, você tem que dar livros, dar comida, ter um aspecto social muito importante para o futuro

É Galo doido

Sorín, ex-lateral e ídolo cruzeirense, em entrevista ao programa Bem Amigos.

La Bestia Negra

Bráulio Siffert

Rogério Hilário

Fabrício Farias

A atuação do América no empate sem gols contra o Atlético deu um alento à torcida. O time foi melhor em campo, buscou o ataque, criou diversas oportunidades de gol e poderia ter saído com a vitória, se tivesse caprichado nas finalizações. Além da atuaDecacampeão ção coletiva do time, vale parabenizar o zagueiro Messias pela marca de 100 jogos pelo Coelho. Com apenas 23 anos, Messias, que é cria da base do América, é titular incontestável da zaga americana desde a Série B do ano passado, atuando com cada vez mais firmeza e seriedade. Em 2018, só ficou de fora de uma partida, por suspensão. O tempo de bola, a capacidade de recuperação, a disputa pelo alto e a saída de bola são algumas de suas qualidades.

A diretoria do Atlético quase me derruba.

Muitos proclamam: eu sabia. O técnico Thiago Larghi perdeu o emprego e, mais uma vez, vem Levir Culpi. O elenco é um desafio para qualquer treinador. Os dirigentes fogem do fardo do fracasso e o transferem ao treinaÉ Galo doido! de Almeidor, à arbitragem, ao Sobrenatural da. Vi falhas no trabalho de Larghi, assim como avaliei, em alguns momentos, que a responsabilidade era de um jogador. Mas atleticano é momento. E, nesta hora, até o passado glorioso aponta o escolhido. Almejamos ao máximo a vaga na Libertadores, mas só nos divertimos com os fracassos dos adversários.

Um clube da grandeza do Galo merece mais.

Que isso nos encaminhe para situações melhores. Levir, seja bem-vindo.

Mais uma Copa do Brasil na nossa galeria!

Quem disse que 2018 não era o ano do Hexa? Somos os maiores campeões da competição e o primeiro clube bicampeão de forma consecutiva. Todo o elenco está de parabéns, mas destaco três jogadores. O La Bestia monstro Dedé, após doisNegra anos longe dos gramados, retornou como o melhor zagueiro do país. O Pirata Barcos foi decisivo contra o Palmeiras e na final, com jogada que possibilitou o gol de Robinho. Por fim, foi maravilhoso ver a arrancada de Arrascaeta começar no Japão, passar por Dubai, deixar a zaga corintiana na saudade e nos dar mais um caneco. 2018 termina com essa alegria. Vamos comemorar bastante e já pensar em 2019. Para nós, conquistas não são milagres, são tradição!