Edição 344 do Brasil de Fato MG

Rodolfo Vilela rededoesporte.gov.br

Jogos de Tóquio Acontece na sexta (23), com arquibancadas vazias e delegações reduzidas, a abertura oficial da primeira Olimpíadas após o início da covid. Brasil participa com 302 atletas, a 12ª maior delegação do evento ESPORTE 15 E 16

MG Minas Gerais Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021 • edição 344 • brasildefatomg.com.br • distribuição gratuita

“ELAS ESTÃO LÁ, ELAS NÃO SÃO ‘DESAPARECIDAS’” Dois anos e meio do crime da Vale em Brumadinho, dez vítimas ainda não foram encontradas. As famílias enfrentam um luto interminável e continuam fazendo pressão para que as buscas não cessem. Nesta edição, trazemos uma linha do tempo com a trajetória do crime, antes e depois do rompimento da barragem B1, na mina de Córrego do Feijão I MINAS 5 E 6

24 de julho é fora Bolsonaro

Acordar mais cedo é insônia?

Auxílio Belo Horizonte

Mais de 60 cidades em Minas Gerais agendam ato contra o governo e por vacina no sábado (24)

Hábitos simples, sobrecarga de tarefas e de obrigações podem causar dificuldade em dormir

Maíra Colares, secretária municipal da prefeitura, fala sobre políticas sociais do município

CIDADES 4

CIÊNCIAS 12

ENTREVISTA 11

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OPINIÃO

Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021

EDITORIAL

Atos pelo Fora Bolsonaro se multiplicam em Minas Gerais A Campanha Fora Bolsonaro segue expandindo e se fortalecendo em todo o país e o povo aumenta, cada vez mais, sua indignação e vontade de ocupar as ruas para impedir este governo genocida.

O avanço do programa neoliberal do governo Bolsonaro, comandado por Paulo Guedes, tem ampliado a desigualdade social. O povo está ficando mais pobre, a miséria e a fome cada vez mais comuns em todas as cidades do país.

ESPAÇO DOS LEITORES

“Deixo aqui meus sinceros votos de vida longa ao Brasil de Fato MG. Parabenizo todos os que lutam pela democratização da comunicação.

Grande abraço” Sanderson, da rádio comunitária Nova Lima FM -“Vai ser um festival de rachadinhas” Marcia Correia comenta o artigo “Reforma administrativa e a invasão dos indicados políticos no serviço público”, de Wagner Ferreira -“Parabéns ao Brasil de Fato MG por ser a nossa maior trincheira de lutas na disputa de narrativas na comunicação. Que tenhamos mais muitos ANOS de fortalecimento e ampliação do BdF em Minas e no Brasil Paulo Grossi -“Quero cumprimentar as bravas e bravos lutadores que fazem o Brasil de Fato MG acontecer. Com muita luta e garra, o jornal tem saído na marra.

Longa vida ao Brasil de Fato!”

Neila Batista

Escreva pra gente também: redacaomg@brasildefato.com.br ou em facebook.com/brasildefatomg

Próximo ato nacional contra o governo federal é neste sábado, dia 24 de julho A piora na condição de vida das pessoas e o boicote do governo federal à adoção de medidas para enfrentar a pandemia têm proporcionado um isolamento progressivo do presidente. A crise no governo tem contribuído para revelar o tamanho engodo que é a figura de Bolsonaro, que só foi eleito com a intensa disseminação de fake news durante toda a campanha eleitoral.

As pesquisas têm apontado uma queda crescente na popularidade do governo e pela primeira vez, a maioria da população é favorável ao impeachment. O desgaste de Bolsonaro tem posicionado mais setores da sociedade como oposição, além disso, a recuperação dos direitos políticos de Lula e a retomada dos atos de rua deflagram um cenário menos desfavorável às lutas populares.

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente com edições regionais, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, no Paraná e em Pernambuco. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e no nosso estado.

Minas Gerais tem feito bonito nas Últimas manifestações O estado foi o que teve o maior número de cidades com realização de atos no Brasil. BH foi uma das capitais com a maior participação de pessoas. Ainda assim, o povo mineiro tem potencial de ampliar em muito esse caldo pela derrubada do governo Bolsonaro.

Em Minas, o nosso desafio é ainda maior, pois enfrentamos um governo estadual que segue à risca o projeto de Bolsonaro. O governo Zema constrói uma agenda de ataque aos trabalhadores, cortando direitos dos servidores, tentando privatizar as empresas estatais, negando a pandemia, fragilizando as políticas sociais, precarizando os serviços públicos e entregando nossos bens naturais ao capital

Em Minas, devemos continuar a resistência ao programa de Romeu Zema estrangeiro, estimulando a mineração e o agronegócio.

O próximo ato nacional pelo Fora Bolsonaro é neste sábado, dia 24 de julho. É importante que Minas mantenha e aumente sua capacidade de incidir na política nacional e, somado a isso, devemos fazer nosso dever de casa e ampliar a resistência ao programa do governo Zema.

PÁGINA: www.brasildefatomg.com.br CORREIO: redacaomg@brasildefato.com.br PARA ANUNCIAR: publicidademg@brasildefato.com.br TELEFONES: 31 9 8468-4731 e 31 9 8888-1817

conselho editorial minas gerais: Aruanã Leonne, Beatriz Cerqueira, Bernadete Esperança, Bruno Abreu Gomes, Ênio Bohnenberger, Felipe Pinheiro, Frederico Santana Rick, Helberth Ávila de Souza, Jairo Nogueira Filho, Jefferson Leandro, Joana Tavares, João Paulo Cunha, Joceli Andrioli, Jô Moraes, José Guilherme Castro, José Luiz Quadros, Juarez Guimarães, Laísa Campos, Marcelo Almeida, Makota Celinha, Maria Júlia Gomes de Andrade, Milton Bicalho, Neila Batista, Nilmário Miranda, Padre Henrique Moura, Padre João, Pereira da Viola, Renan Santos, Robson Sávio, Rogério Correia, Samuel da Silva, Talles Lopes, Titane, Valquíria Assis, Wagner Xavier. Edição: Amélia Gomes, Elis Almeida, Frederico Santana, Larissa Costa, Rafaella Dotta e Wallace Oliveira Redação: Amélia Gomes, Bruna Bentes , Larissa Costa, Rafaella Dotta, e Wallace Oliveira. Colaboração: André Fidusi, Anna Carolina Azevedo, Débora Borba, Joana Tavares , Marcelo Gomes. Colunistas: Antônio de Paiva Moura, Beatriz Cerqueira, Bráulio Siffert, Macaé Evaristo, Eliara Santana, Fabrício Farias, Iza Lourença, João Paulo Cunha, Jonathan Hassen, José Prata Araújo, Makota Celinha, Moara Saboia, Portal do Bicentenário da Independência, Renan Santos, Rogério Hilário, Rubinho Giaquinto, Sofia Barbosa, Tarifa Zero Administração e distribuição: Paulo Antônio Romano de Mello e Vinícius Moreno Nolasco. Diagramação: Tiago de Macedo Rodrigues. Tiragem: 10 mil exemplares. Razão social: Associação Henfil Educação e Comunicação

Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021 Divulgação

Declaração da Semana

Silvero Pereira, ator, em entrevista ao Brasil de Fato.

O grande recado do filme Bacurau é a nossa força, é a nossa população.

A nossa força é fazer a diferença nas eleições”

GERAL

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Números da Semana 113 mil

crianças ficaram total ou parcialmente órfãs em consequência da covid-19 no Brasil, segundo estudo publicado na revista científica The Lancet. Os números consideram aquelas que perderam a mãe e/ ou pai, além de avós cuidadores.

Dia das mulheres negras

Instituído em 1992, em 25 de julho é celebrado o Dia das Mulheres Negras Latino-americanas e Caribenhas. A data marca a resistência feminina, a luta contra o racismo, a opressão e a exploração de gênero, além de reivindicar uma sociedade mais justa. No Brasil, homenageia a liderança quilombola Tereza de Benguela, símbolo da luta e resistência do povo negro. Em Belo Horizonte, 25 de julho também é o Dia Municipal Dona Valdete da Silva Cordeiro, liderança comunitária do bairro Alto Vera Cruz e ex-coordenadora do “Meninas de Sinhá”, importante grupo cultural que atua na defesa dos direitos e na luta pelo protagonismo das mulheres negras na cidade.

Quantas escritoras negras você conhece?

Para você que gosta de literatura, preparamos duas dicas de livros incríveis escritos por mulheres negras. “Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis”, de Jarid Arraes, traz histórias de mulheres que precisam ser conhecidas por todos, como Tia Ciata e Luisa Mahin. Outra obra prima, é “Olhos d’água”, de Conceição Evaristo. O livro apresenta contos sobre várias mulheres, mães, filhas, avós, amantes que compartilham as durezas da vida cotidiana, sem idealizações, mas com bastante firmeza.

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CIDADES

Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021

Copanor corta direitos dos trabalhadores que estão há quase 50 dias em greve RETALIAÇÃO Empresa extinguiu auxílios educação e funeral, além de cesta básica e lanche de funcionários Reprodução /Sindágua

Amélia Gomes

R

eajuste Reajuste salarial compatível com a inflação. Essa é a principal exigência dos funcionários da Copanor, Copasa Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais S/A. Desde o dia 8 de junho, os trabalhadores estão de braços cruzados em protesto pela aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho de 2021.

A reivindicação inclui também a garantia dos empregos da categoria.

Na avaliação de Eduardo Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e Purificação de Água e em Serviço de Esgoto de Minas Gerais (Sindágua-MG), as pautas são coerentes com o cenário

econômico atual do país, já que há inflação de 4,78% no custo de vida e o disparo no índice de desemprego, que bate recorde histórico e já alcança 14,7% da população brasileira. “Sem

nenhum avanço por parte da empresa, os trabalhadores se viram obrigados a fazer greve”, afirma.

Neste mês, a categoria se deparou com a notícia de

que a empresa, além de não reajustar os salários, retiraria benefícios dos trabalhadores. Em comunicado, a Copanor anunciou que a partir do dia 12 de julho seria extinto o lanche padrão diário da categoria, inclusive dos empregados que não aderiram à greve, além do auxílio educação, o auxílio

Os funcionários da empresa recebem, em média, um salário mínimo funeral, e a partir de primeiro de agosto, o fim da cesta básica e cesta de natal. Os funcionários recebem, em

média, um salário mínimo.

De acordo com o sindicalista, a alegação da diretoria da Copanor para não atender o reajuste salarial da categoria é que a empresa não tem recursos. No entanto, somente em 2020 a Copasa lucrou mais de R$ 840 milhões. Desse total, segundo informações do Sindágua, metade do valor foi para os cofres do governo, que é o principal acionista da empresa.

O que diz a Copanor?

A Copanor informa, em nota, que “a condição deficitária da Copanor dificulta o atendimento das reivindicações”, mas que mantém a sua proposta de reajuste no salário em 3,58% e nos benefícios de 5,5%, sem garantia do emprego.

Mais de 60 cidades mineiras agendam ato Fora Bolsonaro no sábado (24) REAÇÃO Em todo o país, acontecem ações em mais de 200 cidades por vacinação ampla, auxílio emergencial e impeachment do presidente Marcela Nicolas

políticas que são capazes de defender a vida do nosso povo”, explica Aureo Miguel Sigaud, um dos organizadores.

Em Belo Horizonte, capital do estado, coletivos

Redação Uma nova jornada de manifestações pelo impeachment de Jair Bolsonaro está marcada para o próximo sábado, 24 de julho. A data foi convocada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, com o objetivo de reivindicar vacinação ampla, auxílio emergencial em massa e a retirada do atual presidente da República.

Em Minas Gerais, protestos já estão marcados em mais de 60 cidades. Desta vez, organizadores apostam na realização de inter-

venções em homenagem às vítimas da covid-19.

Em São João del Rei acontece uma das homenagens.

O ato, marcado para sexta (23), às 17h, em frente à escadaria da Igreja das Mer-

cês, relembrará os 212 sanjoanenses que perderam a vida por conta da covid.

“O protesto é para fazer também uma denúncia do descaso do governo federal e do governo estadual com

Em alguns lugares, serão realizadas homenagens às vidas perdidas para a covid-19

apostam também na criação de “alas” na manifestação, como a de artistas e a ala LGBTI+. A concentração será na Praça da Liberdade, às 13h30.

Informações atualizadas sobre os protestos estão disponíveis em brasildefatomg.com.br.

Segurança sanitária Os organizadores ressaltam o uso obrigatório de máscara N95 ou Pff2, além do distanciamento social e a higienização constante das mãos com álcool em gel.

Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021

MINAS

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Linha do tempo

Antes e depois do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho HISTÓRIA Crime da Vale completa dois anos e meio no domingo (25) da Redação 06/05/1997 Como parte do programa de privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a Companhia Vale do Rio Doce foi vendida por R$ 3,3 bilhões.

Somente as reservas minerais sob poder da empresa eram avaliadas em mais de R$ 100 bilhões.

27/04/2001 Quatro anos após ser privatizada, a Vale S.A. comprou, por R$ 1,4 bilhão, a empresa Ferteco Mineração S.A. Com ela, foram adquiridas as reservas e minas de minério de ferro da Ferteco, entre as quais a mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho, e a barragem B1, construída em 1976.

09/2018 A consultora alemã TÜV Süd atestou a estabilidade da barragem B1. De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, a Vale e a Tüv Süd sabiam da situação crítica da barragem, mas não compartilharam informação com o poder público e a sociedade.

2015, 2016 e 2017 Em 2015, a Vale solicitou à Secretaria de Meio Ambiente o licenciamento de um projeto de ampliação das minas Córrego do Feijão e Jangada. Em 2016, no governo Pimentel (PT), a deliberação 856 do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) alterou a composição da Câmara de Atividades Minerárias, fortalecendo a representação das mineradoras. Em dezembro de 2017, a deliberação normativa 217 do Copam agilizou a concessão de licenças e permitiu reclassificar as minas da Vale com um risco menor, sem modificação real de suas características.

25/01/2019

18/12/2020

26/02/2021

Rompimento da barragem B1, no distrito de Córrego do Feijão, matou 272 pessoas, entre funcionários diretos e terceirizados, moradores da região e visitantes. Todos os funcionários que seguiram o plano de fuga orientado morreram. Foi o maior acidente de trabalho da história do Brasil, segundo o Ministério Público do Trabalho. Cerca de 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos foram lançados na bacia do Paraopeba, causando prejuízos econômicos a milhares de famílias, desde o município de Brumadinho, passando pela região da represa de Três Marias, até São Gonçalo do Abaeté, no Noroeste de Minas. De acordo com relatório da Fiocruz, no primeiro semestre de 2019, houve 39 tentativas de suicídio em Brumadinho (11 homens e 28 mulheres). O uso do medicamento risperidona, indicado no tratamento de transtornos mentais, saltou 143%.

Operador de retroescavadeira Júlio César de Oliveira Cordeiro, de 34 anos, morreu soterrado, após o desmoronamento de parte da encosta de um talude próximo à cava da mina do Córrego do Feijão. Júlio era funcionário de uma terceirizada da Vale e estava trabalhando.

Laudo da Polícia Federal (PF) aponta que a Vale começou a perfurar uma área crítica da barragem dias antes do rompimento, provocando liquefação e ruptura. Ainda segundo o laudo, em outubro de 2018, foi contratada uma empresa para averiguar as condições da barragem.

Porém, segundo o delegado Luiz Augusto Pessoa Nogueira, responsável pela investigação, a mineradora não aguardou os resultados da análise para iniciar as perfurações.

07, 09 e 11/2019

11/12/2018 Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) aprovou, por 8 votos a 1, a ampliação das atividades nas minas de Jangada e Córrego do Feijão, em Brumadinho, passando de 10 milhões de toneladas para 17 milhões de toneladas de minério a serem exploradas por ano. Somente a ambientalista Maria Teresa Corujo votou contra as autorizações.

Fotos : MÍDIA NINJA

Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) do Senado, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e da Câmara dos Deputados pediram, respectivamente, o indiciamento de 14, de 13 e de 22 pessoas, vinculadas à Vale S.A. e à Tüv Süd. Os relatórios citam crimes de homicídio doloso, lesão corporal e poluição ambiental, com sérios danos à saúde humana e ao meio ambiente, além de destruição de área florestal de preservação permanente, entre outros. Nenhum dos acusados foi julgado até hoje.

08/06/2021

04/02/2021 Governo Zema (Novo) e instituições de Justiça celebraram um acordo com a Vale, sem a participação dos atingidos, prevendo o pagamento de R$ 37,68 bilhões pela reparação do crime, o que levou à extinção de duas ações judiciais: uma que pedia dano moral coletivo aos atingidos, no valor de R$ 28 bilhões, e outra, pedindo indenização de R$ 26 bilhões em favor do Estado. No mesmo dia, as ações da empresa no mercado financeiro subiram 4,3%.

O valor final acordado é inferior ao lucro líquido da mineradora em um semestre. Apenas R$ 7,4 bilhões do acordo vão para os atingidos. O texto não aborda o problema da perda de água pelas comunidades. O acordo contabiliza R$ 1,7 bilhão, retroativo, já pago em ações emergenciais. Do total, R$ 15 bilhões serão administrados pela própria Vale.

Justiça do Trabalho condena a Vale S.A. a pagar R$ 1 milhão, por danos morais, a espólios/herdeiros de cada um dos 137 funcionários mortos no rompimento da barragem, em julgamento de ação coletiva movida pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Extração de Ferro e Metais Básicos de Brumadinho e Região. No dia 5 de julho, a mineradora recorreu da decisão, chamando de “absurdo” o valor total, que corresponde ao lucro líquido obtido em pouco mais de nove horas.

15/07/2021 Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei 2.508/2021, autorizando o governo de Minas a abrir um crédito suplementar de R$ 11 bilhões, retirados do acordo. Desse recurso, R$ 3,5 bilhões financiarão o rodoanel, com concessão à iniciativa privada e cobrança de pedágio. A obra deve ser concluída em 2027 e permitirá à Vale escoar o minério para os portos do Rio de Janeiro.

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MINAS

Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021

OPINIÃO

Antibolsonarismo como doença infantil do antipetismo João Paulo Cunha Para a burguesia brasileira, Bolsonaro não era a doença, era a cura. Sua eleição foi construída a partir do seguinte enredo: golpe jurídico-político-midiático para tirar Dilma do poder, prisão de Lula e inviabilização de sua candidatura, apoio ao candidato capaz de cumprir a missão de destruir o caminho que vinha sendo trilhado pelos governos populares.

O tempo se encarregou de revelar a tragédia anunciada. O país se afunda em crises. Com a emergência sanitária da pandemia da covid-19, a incompetên-

cia se tornou um atentado contra a vida, que já matou mais de 545 mil pessoas.

Grande parte em razão da inépcia, negacionismo e, ao que tudo indica, corrupção em larga escala que colonizou o Ministério da Saúde, recheado de militares em postos de decisão.

Para quem achava que era apenas ignorância, a realidade está fazendo questão de mostrar que era crime premeditado.

Quando a imprensa burguesa e parte dos arrependidos responsáveis por essa situação passaram a se alinhar ao afastamento do presidente, tudo pare-

Acreditar que qualquer um é melhor que Bolsonaro pode revelar apenas o apego aos bons modos cia retomar o rumo da racionalidade.

Quando a direita que gosta de ser chamada de liberal e a extrema direita que se autodefine como centro se deram conta, Lula estava de novo à frente das pesquisas, como o nome mais forte para derrotar Bolsonaro no ano que vem.

Foi o suficiente para que o antipetismo voltasse à cena. Esse é o enredo que explica hoje o antibolsonarismo de defensores do presidente até poucos meses atrás. A se manter a atual correlação de forças, Lula é a única possibilidade de retomar a democracia no país. Por isso é preciso mudar o cenário, o que significa tirar Bolsonaro do jogo, abrindo espaço para uma candidatura para disputar com Lula em 2022.

O antibolsonarismo, neste momento, é a antessala do antipetismo.

Só afastando o presidente é possível ensaiar a du-

pla vitória: retirar o encarregado que se mostrou imprestável e recolocar o país na esteira do projeto neoliberal. A jogada do nem-nem (nem Bolsonaro, nem Lula), já está em campo.

Não se trata de deixar as fileiras do Fora, Bolsonaro!

Cada dia a mais do genocida no poder é uma ameaça à democracia e à vida dos brasileiros e, por isso, é fundamental protagonizar as manifestações de rua, denunciar os crimes e participar de todos os atos contra o governo. Mas é preciso estar atento e forte. Acreditar que qualquer um é melhor que Bolsonaro pode revelar apenas o apego aos bons modos.

Familiares ainda procuram as dez joias não encontradas do crime de Brumadinho DOR “Só cessem as buscas quando encontrarem todas as joias. Elas estão lá, elas não são ‘desaparecidos’” Rafaella Dotta Nathália de Oliveira e Olímpio Gomes Pinto estejam se sentindo.

N

unca se pensou que a cidade de Brumadinho viveria um baque tão grande. A barragem de Córrego do Feijão, da mineradora Vale, rompeu e matou 270 pessoas, sendo duas mulheres grávidas. Até hoje dez ainda não foram encontradas, e são carinhosamente chamadas de “joias”.

Suas famílias, que não puderam enterrar os corpos, ainda hoje buscam encontrá-los e, por isso, o luto continua doloroso e inacabado. O enterro é uma das partes mais importantes do luto, como afirma a psicanalista Maria Rita Khel, em entrevista ao Brasil de Fato.

“Encerrar uma busca de alguém, como uma mãe procurar um filho, é como se você tivesse abandonando essa pessoa, desistido dela. Sobra um restinho de esperança. E se não era ele? E se ele está doente e eu não consigo socorrer porque não sei onde

ele está? É uma situação muito dolorosa”, explica a psicanalista.

E talvez seja assim que as famílias de Angelita Assis, Cristiane Campos, Juliana Resende, Lecilda Oliveira, Tiago Tadeu, Luís Felipe, Uberlandio Antônio, Maria de Lourdes,

Buscas De acordo com Josiana Resende, integrante da comissão dos não encontrados da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (Avabrum), as buscas continuam e contam com

No domingo (25), ato dos familiares das vítimas acontece a partir das 12h

um apoio do governo estadual no último período. Há dois meses, o corpo de mais uma vítima foi encontrado, do soldador Renato Eustáquio de Souza, de 34 anos.

“Reforçamos o nosso pedido de que só cessem as buscas quando encontrarem todas as joias. Elas estão lá, elas não são ‘desaparecidos’. Só precisa revirar o rejeito para que sejam encontradas”, suplica Josiana.

Ato de homenagem A Avabrum realiza, no dia 25 de cada mês, um ato em homenagem às 272 joias que perderam a vida no crime da Vale. No domingo, a transmissão do ato acontece a partir das 12h nas redes sociais da @avabrumjoias .

Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021

OPINIÃO

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Acervo da Prefeitura Municipal de Caxambu

Helaine Dalboni

Destinação da área do aeroporto deve ser pensada no contexto da cidade a longo prazo

Governo MG versus águas minerais de Caxambu A Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge Codemig), ingressou com ação na Justiça para questionar o registro municipal das práticas culturais de coleta de águas de Caxambu, cidade do Sul de Minas Gerais. O decreto municipal 2.866, de 23 de fevereiro de 2021, homologou a aprovação do registro da “Coleta de Águas Minerais no Parque das Águas Lysandro Carneiro Guimarães” como bem cultural imaterial.

O registro é inédito no Brasil e transformou o ato de coleta de água mineral na fonte, prática centenária nas estâncias hidrominerais da região, em patrimônio cultural e imate- Motivos da Coderial, reconhecendo e a relação dos povos das águas — mo- mig se fundam radores do Circuito das Águas da Mantiqueira — com suas apenas em valoáguas minerais. Segundo os saberes locais, as águas têm o res como “liberpoder de cura e traz bem-estar. dade econômica” Porém, a Condemge/Codemig é a detentora do direito de lavra das águas minerais dos parques e, no caso específico de Caxambu, a empresa tem o título minerário do Manifesto de Mina 1046, de 1942.

A polêmica do enquadramento das águas minerais como minério e não como água é antiga nas lutas políticas da região. Historicamente, enfrentaram-se batalhas contra as exploradoras de águas, inclusive contra a gigante Nestlé, em São Lourenço.

As alegações das estatais Codemge/Codemig se fundam apenas em valores como “liberdade econômica” e “direito à propriedade”, portanto, trata-se de empresa pública defendendo valores privados. É importante notar que se trata de bens ambientais que são de enorme interesse por parte de gigantes do ramo alimentício, como Nestlé, Ambev, Coca-Cola, entre outras.

Talvez a Codemg/Codemig tenha se esquecido de que se trata de empresa pública e que, portanto, o parque de Caxambu também é público.

Ana Paula Lemes de Souza é doutoranda em Direito na FND/UFRJ.

Leia os artigos completos no site brasildefatomg.com.br Estes são artigos de opinião. A visão dos autores não expressam necessariamente a linha editorial do jornal Brasil de Fato

Helaine Dalboni é engenheira Civil, Sanitarista e Ambiental. Texto publicado originalmente no Portal Comunidade em Movimento BH.

ACOMPANHANDO

Ana Paula Lemes de Souza

As aglomerações das construções verticais, na região do Belvedere, impedem que a nossa grande fonte de umidade do ar, proveniente da mata do Jambreiro em Nova Lima, atinja o platô de Belo Horizonte.

O nosso microclima está cada vez mais comprometido, sem a umidade necessária para o bem-estar, ocasionando sintomas como fadiga, olhos irritados, dores de cabeça e doenças de contágio por vias aéreas.

Precisamos tomar atitudes agora para conseguir- Solicitamos que a mos reverter o quadro desárea do favorável à qualidade de vida em Belo Horizonte. aeroporto Carlos Os grandes centros urba- Prates se transnos precisam de planeja- forme em reserva mento, medidas mitigado- ambiental ras, compensatórias, em relação aos danos e impactos ambientais causados com os grandes desmatamentos.

Precisamos inspirar atitudes que façam sentido para a melhoria da nossa qualidade de vida, como o reflorestamento, reduzindo as centenas de árvores cortadas e o bloqueio do nosso corredor natural de umidade, proveniente da mata do Jambreiro.

A falta de visão a longo prazo e de medidas compensatórias são uma falha no planejamento e na gestão pública. Sendo assim, esperamos que essa área do aeroporto Carlos Prates seja colocada a serviço da população, e se transforme em uma reserva ambiental, com viveiros das espécies nativas da nossa flora, impactando positivamente toda a região metropolitana de Belo Horizonte.

Na edição 342...

CPI dos fura-filas encerra atividade e pede indiciamento do ex-secretário de Saúde de Zema E agora...

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou na Justiça, na quinta (22), ação de improbidade administrativa contra Carlos Eduardo Amaral, ex-secretário de Saúde do governo de Romeu Zema, e contra outras 14 pessoas que integravam a pasta. Todos são suspeitos de envolvimento com irregularidades na vacinação de 1,8 mil servidores, em desacordo com o Plano Nacional de Imunização. De acordo com o MP, as vacinas foram desviadas para a Secretaria de Estado de Saúde no lugar de irem para os municípios.

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BRASIL

Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021

A mamata veste farda? Quem são os militares com familiares empregados no governo PRIVILÉGIOS Lista contém filho recém-formado que passou a ganhar R$11 mil e coronel pai de servidor que fez relatório falso Vinícius Segalla, de São Paulo

A

o menos cinco filhos, filhas, pai, irmãos e parentes de militares foram nomeados a cargos de confiança no primeiro escalão do governo federal, desde que Bolsonaro assumiu, em 2019.

Abaixo, uma breve lista de contratações que beneficiam ou beneficiaram parentes de militares.

especial da Presidência e recebe R$ 13,6 mil por mês, além da aposentadoria de general. Segundo o ministério, Adriana foi contratada por sua competência, e não por seu parentesco.

Filho e esposa de comandante em cargos de confiança O comandante da Marinha do Brasil, Almir Gar-

taria-Geral da Presidência, com salário bruto de R$ 29,5 mil.

Filho de general: de estagiário a cargo de R$ 11 mil O general de brigada Alcides Valeriano de Faria Junior foi indicado, no início do governo Bolsonaro, para o cargo de subcomandante de interoperabilidade no Coman-

Coronel é pai de servidor que fez relatório falso O pai do servidor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques – investigado no Tribunal de Contas da União por produzir um relatório falso sobre o número de mortes por Covid-19 – ganhou cargo na Petrobras durante o governo

Mourão, foi promovido a assessor especial do presidente do Banco do Brasil. Antes, o filho de Mourão era assessor de agronegócios do banco, com salário de R$ 12 mil. Com a mudança de cargo, sua remuneração saltou para R$ 36 mil. Ele trabalhava no banco havia 18 anos e jamais recebera uma promoção dessas.

Marcos Correa /PR

Filha de general na Saúde Em julho de 2020, Isabela Oassé de Moraes Ancora Braga Netto, filha do ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, foi indicada para a gerência de Análise Setorial e Contratualização com Prestadores, na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com salário bruto de R$ 13 mil. Ela se formou em design em 2016 e já havia tentado uma vaga no Exército antes, mas foi reprovada.

Outra filha de general é assessora de Damares e ganha R$ 10 mil Desde novembro de 2019, Adriana Haas Villas Bôas, filha do ex-comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, está lotada como assessora do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, comandado por Damares Alves.

Para o cargo, ela recebe R$ 10,4 mil por mês. O pai dela, embora afastado por uma doença que o mantém sem movimentos em cadeira de rodas, é assessor

Filha de Pazuello precisava de auxílio emergencial e foi contratada por Crivella No dia 23 de julho de 2020, Stephanie Santos Pazuello, filha do então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, foi nomeada para o cargo de supervisora da Diretoria de Gestão de Pessoas da Empresa Pública de Saúde do Rio de Janeiro S.A, com salário bruto de R$ 7.171. Uma semana depois, foi constatado que a mesma Stephanie tinha o nome numa lista do governo federal, como solicitante do auxílio emergencial de R$ 600.

nier Santos, tem um filho lotado na Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), uma estatal. O advogado Almir Garnier Santos Júnior recebe R$ 10,9 mil mensais pelo cargo. Já a esposa do almirante, Selma Foligne Crespio de Pinho, se aposentou na Marinha em abril de 2019 e, desde novembro daquele ano, trabalha como assessora na Secre-

do Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos. Menos de um ano depois, seu filho, o jornalista recém-formado Lucas Faria, passou de estagiário da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) para assessor da emissora, com salário de R$ 11 mil. De acordo com a tabela da empresa, um jornalista concursado entra recebendo R$ 7 mil a menos que o filho do general.

Bolsonaro. Seu nome é Ricardo Silva Marques, coronel do Exército Brasileiro.

Ele foi nomeado gerente-executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras em abril de .

Filho de Mourão teve o salário triplicado No dia 8 de janeiro de 2019, o filho do vice-presidente, general Hamilton

Outro lado O Brasil de Fato fez contato com o Exército e o Ministério da Defesa. A reportagem questionou se existe algum protocolo ou procedimento interno para preencher vagas de confiança no Poder Executivo com parentes militares do primeiro escalão. Questionou também se o Exército ou a Defesa teriam algo a comentar sobre as contratações citadas. Até o fechamento, o jornal ainda aguardava resposta.

Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021

Bolsonaro amplia espaço do Centrão para se blindar contra o impeachment Beto Barata /Agência Senado

Senador Ciro Nogueira (PP), principal articulador da cooptação do centrão pelo governo

Rede Brasil Atual

O

presidente Jair Bolsonaro anunciou na quarta (21) a realização de uma minirreforma ministerial. As mudanças, que devem ser oficializadas até a segunda (26), visam ampliar os espa-

ços ocupados pelo Centrão nos ministérios.

“Bolsonaro procura reforçar sua base aliada dentro do Congresso para evitar qualquer possibilidade de impeachment”, afirma Paulo Niccoli Ramirez, cientista político e professor da

vacina no braço

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp-SP).

Expoente do Centrão, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) será o novo comandante da Casa Civil. O ministério, atualmente comandado pelo general Luiz Eduardo Ramos, é responsável pela coordenação de todos os projetos do governo e pela relação do governo com o Congresso.

Ao desalojar Ramos da Casa Civil, essa reforma ministerial também impõe um recuo à presença dos militares. Mas esses ainda continuam ocupando postos chaves no ministério, além de cerca de outros 6 mil cargos na administração federal.

BRASIL

99

Nossos direitos EVENTOS OU VIAGENS CANCELADOS PELA PANDEMIA PODEM SER REMARCADOS ATÉ 2022 Foi sancionada a Lei 14.186/2021, que estende até o dia 31/12/2022 o prazo para reagendamento de atividades culturais e de turismo. Pela nova lei, ingressos de eventos, pacotes de viagem, entre outros, que foram adquiridos em 2020 e 2021 e foram cancelados em função da pandemia, podem ser remarcados até 31 de dezembro de 2022, sem a cobrança de tarifa adicional.

O prazo para que o reagendamento aconteça deve ser de até 120 dias após a comunicação do adiamento, ou 30 dias anteriores à realização do evento.

A nova lei desobriga a necessidade do reembolso imediato de valores que já foram pagos, como forma de auxiliar na sobrevivência de artistas e prestadores de serviço de setores como a cultura e turismo, bastante afetados pela pandemia. Mas também visa garantir o direito dos consumidores.

Caso não ocorra a remarcação do evento ou serviço, os valores devem ser devolvidos.

Jonathan Hassen é advogado popular

comida

no prato

ANÚNCIO

MUNDO

Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021

Argentina considera cuidado materno como “trabalho” e garante aposentadoria a 155 mil mulheres FEMINISMO Enquadram-se no programa mulheres com 60 anos de idade ou mais que não completaram os 30 anos de atuação no mercado Coletivo Wacha

Da Redação | OperaMundi

A

Administração Nacional de Seguridade Social (ANSES) da Argentina apresentou nesta semana o Programa Integral de Reconhecimento de Tempo de Serviço por Tarefas Assistenciais, que permitirá a aposentadoria de 155 mil mulheres que saíram do mercado de trabalho para se dedicarem ao cuidado dos filhos.

Enquadram-se no programa mulheres com 60 anos de idade ou mais que não completaram os 30 anos de atuação no mercado necessários para se aposentar. O programa admite somar um ano por

cada filho, como regra geral, variando em casos específicos.

O benefício mensal é destinado a mães, pais ou responsáveis que estejam desempregados ou tenham baixa renda. Também têm

direito as trabalhadoras com carteira assinada que recorreram à licença-maternidade. Elas poderão incorporar o período em que estiveram afastadas à contagem como tempo de serviço.

O que esperar da presidência do Brasil no Mercosul Governo Federal

O Brasil assumiu a presidência temporária do Mercosul, durante a cúpula de chefes de Estado.

Em seu discurso, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a gestão brasi-

leira irá modernizar a agenda econômica do bloco, que atualmente seria um sinônimo de “ineficiência” e “desperdício de oportunidades”.

Apesar das declarações de Bolsonaro, o Mercosul, que

engloba o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai como membros plenos e a Bolívia como membro associado, é considerado a 5ª economia global.

A expectativa é de que nos próximos seis meses o Brasil tenha uma postura pouco propositiva dentro do bloco. Para analistas, o período de presidência rotativa do Brasil deve aprofundar a proposta de que o bloco volte a ser apenas uma zona de livre comércio, deixando de construir um projeto que avance no sentido político, social e cultural entre os países.

ANÚNCIO

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UMA VITÓRIA

DE TODOS Assembleia Legislativa.

No dia 14 de julho, 75 dos 77 deputados deixaram as diferenças partidárias de lado e se uniram em torno de um objetivo comum: fazer com que TODOS os 853 municípios do estado fossem contemplados no acordo da Vale.

Um acordo histórico, que reduz a burocracia e faz o dinheiro chegar mais rápido às pessoas.

A Assembleia não vai deixar nenhuma cidade para trás.

Essa é uma vitória de TODOS os mineiros.

BENEFÍCIOS POR CIDADES CAPITAL E RMBH

Belo Horizonte Betim Contagem Ribeirão das Neves Santa Luzia De 50 mil a 100 mil habitantes De 25 mil a 50 mil habitantes De 15 mil a 25 mil habitantes De 5 mil a 15 mil habitantes Até 5 mil habitantes

R$ 50 milhões R$ 15 milhões R$ 30 milhões R$ 15 milhões R$ 15 milhões R$ 5 milhões R$ 2,5 milhões R$ 1,5 milhão R$ 1 milhão R$ 750 mil

Para a lista completa dos municípios acesse: almg.gov.br/emendamunicipios

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Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021

ENTREVISTA 11

“BH ainda não sinaliza para um auxílio permanente, mas esse debate é importante no contexto pós-covid ENTREVISTA Maíra Colares, secretária de Assistência Social de Belo Horizonte, fala sobre o Auxílio BH e avalia a política de assistência social do governo federal e estadual Amira Hissa

derando a instabilidade orçamentária. O recurso do Auxílio BH é 100% do município.

Mas esse debate é importante no contexto pós-covid. O município vai ter de fazê-lo, considerando também o pacto federativo, porque havia uma expectativa da ampliação do Bolsa Família, que não aconteceu.

Larissa Costa

F

rente ao empobrecimento da população, acentuado pela pandemia, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou na última semana o Auxílio Belo Horizonte. O benefício será concedido a famílias em situação de baixa renda e/ou que têm dependentes matriculados na rede municipal de educação.

O Brasil de Fato MG entrevistou a secretária municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Maíra Colares, sobre esse tema e outros pontos da política de assistência dos governos federal e estadual. Confira: Brasil de Fato MG – O auxílio, anunciado na semana passada, foi recebido como uma boa notícia. Mas relembramos que o prefeito Alexandre Kalil tinha chegado a dizer que não iria substituir uma função que seria do governo estadual ou do federal. O que mudou?

Maíra Colares – Belo Horizonte teve uma postura um pouco diferente de enfretamento à pandemia, porque nossas ações emergenciais começaram em março

O recurso do Auxílio Belo Horizonte é 100% do município

de 2020. A criação desse auxílio municipal não é uma ação isolada. E quando a gente começou, inclusive já atendendo um público que era o dobro do número de famílias beneficiárias do Bolsa Família em Belo Horizonte, com as cestas básicas e depois com os kits de higiene, havia uma indagação naquele momento se seria preciso isso tudo, inclusive quando o prefeito fechou a cidade.

Ou seja, a iniciativa de agora, o Auxílio BH, é uma consequência desse processo que começou em março do ano passado.

Neste momento, propomos o benefício entendendo que o governo federal tem a perspectiva de finalização do auxílio emergencial, que foi renovado, mas com um valor menor, e o do governo estadual, que seria pago em agosto. Além disso, a gente considera que, de fato, o município tem responsabilidade em relação ao contexto de empobrecimento.

O governo federal não criou uma estratégia de coordenação em relação aos estados e municípios Há a possibilidade de o Auxílio BH se tornar uma política permanente?

A criação do benefício, na perspectiva inicial, é de ser emergencial. BH criou, ao longo da última gestão, alguns benefícios, como o Benefício Eventual da Aassistência Social, o Avise, e o Programa Família Extensa Guardiã, que faz o repasse de um salário mínimo. São algumas estratégias de auxílios em pecúnia. Mas acredito que esse debate será necessário.

O município ainda não sinaliza nesse sentido, consi-

Estamos vivendo um momento de desmonte das políticas sociais, acentuado pelo governo federal.

Como a prefeitura tem avaliado a política de assistência social de Jair Bolsonaro?

O governo federal não apresentou nenhuma inovação. Pelo contrário, o que a gente tem visto é uma retração de investimento. O governo federal, de fato, não criou uma estratégia de coordenação em relação aos estados e municípios ou de investimento neste momento em que o país está. Pelo contrário, há uma desqualificação dessas políticas do ponto de vista de investimento e orçamento. Porque a melhor forma de verificar se uma política tem prioridade ou prestígio em um governo, é olhando para o orçamento. Há um desconhecimento do sistema e proteção social.

Setores políticos mais conservadores deixam as políticas de proteção social para o voluntariado

O município tem responsabilidade em relação ao contexto de empobrecimento Mas você acha que é desconhecimento? Porque em relação à atuação do governo federal durante a pandemia, parece haver um genocídio deliberado.

Tem uma estratégia que é política, não duvido. Inclusive com a ideia de que políticas públicas social é coisa de governo de esquerda, o que é muito equivocado, pois estamos falando de um sistema de proteção social garantido pela Constituição de 1988.

Obviamente, a gente teve a estruturação dessa política a partir dos anos 2000, nas gestões que priorizaram, que foram os governos Lula e Dilma.

Mas acredito também que há desconhecimento. Justamente por essa questão política, nem querem entender o que é um sistema de proteção social. Essa concepção existe em setores políticos mais conservadores, que acham que não é responsabilidade do Estado garantir política pública social. Daí deixam para o voluntariado, para a filantropia. A gente já superou isso há 30 anos no Brasil.

Leia entrevista completa no site brasildefatomg.com.br

14 12

VARIEDADES

Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021

CIÊNCIA, COISA BOA!

FIQUE

BEM

ACORDO MAIS CEDO DO QUE GOSTARIA E NÃO CONSIGO VOLTAR A DORMIR. É INSÔNIA?

Olá pessoal! Seguem as dicas da semana: FReepick

AR SECO

Em outra edição, falei como o ar, principalmente nesta época do ano, fica mais seco, afetando as mucosas, dificultando a respiração ou causando alergias e até crises de asma. Uma dica importante é tentar aumentar a umidade do ar da sua casa ou local de trabalho: deixe uma toalha molhada (mas não pingando) perto de você, pode pendurar ou deixar aberta sobre a mesa ou uma cadeira. Colocar perto de você uma bacia com água quente também ajuda muito.

VACINE-SE CONTRA A GRIPE Na última edição, falei um pouquinho sobre o sono. Vimos que o uso recorrente da função soneca do despertador pode trazer prejuízos à qualidade do sono de uma pessoa. Ao conversar com um amigo sobre o tema, ele relatou que há semanas tem acordado muito cedo, bem antes do horário que gostaria. E que em muitos dias não consegue voltar a dormir. Isso é insônia? O que pode ter ocasionado esse quadro?

Habituamo-nos à ideia de que insônia é a dificuldade para adormecer.

A maioria já deve ter passado pela terrível experiência de rolar horas na cama e não conseguir pegar no sono. Mas, quando acordamos mais cedo do que gostaríamos, isso também pode ser classificado como insônia.

A insônia é o mais prevalente distúrbio do sono. Estima-se que 30% dos brasileiros sofrem de insônia e mais da metade da população já apresentou algum episódio ao longo da vida. Ela pode ser classificada em três tipos: inicial (dificuldade para iniciar o sono), intermediária (despertares ao longo da noite), e terminal (acordar antes do necessário).

A insônia é um fenômeno multifatorial, originado pela combinação de diversas causas. Há um componente genético, que parece ter um peso pequeno e estar relacionado a casos mais graves. Há fatores ambientais, como a intensidade luminoHábitos de sa do cômodo. E, principalmente, fatores vida e rotina comportamentais, ligados ao estresse. Ou de trabalho es- seja, hábitos de vida e uma rotina de trabatressante são lho estressante são os principais elementos que levam à insônia. os principais Quando se tem uma noite mal dormida elementos que pela expectativa de um evento importante levam à insônia no dia seguinte, não há motivo para preocupação. É normal dormir mal pela ansiedade por algum acontecimento. Mas, quando os episódios se mantiverem por mais de três meses, é hora de se preocupar e procurar ajuda médica.

Alguns hábitos podem ser ajustados e, na maioria das vezes, resolverão o problema. Prática de atividade física (exceto algumas horas antes de dormir); eliminar luzes e ruídos do quarto; adotar uma rotina de horário para deitar e acordar; evitar cochilos ao longo do dia superiores a 45 minutos; evitar comidas pesadas e uso de álcool, cafeína e tabaco à noite; desligar-se do celular ao menos uma hora antes de se deitar.

Mas, principalmente, tente analisar a sua rotina. Você tem sofrido com sobrecarga de tarefas e obrigações? Sente-se angustiado e constantemente demandado? Ajustar esses fatores é passo fundamental para se livrar da insônia. E, para isso, o acompanhamento psicoterapêutico pode trazer bons resultados.

Um abraço e até a próxima!

Renan Santos é professor de biologia da rede estadual de Minas Gerais

E por falar em doenças comuns no inverno, a vacinação contra a gripe está disponível para toda a população. É só procurar o centro de saúde mais próximo da sua casa. Em Belo Horizonte, as vacinas também estão disponíveis em algumas drogarias. É só procurar em prefeitura.pbh.gov.br/vacinacao-influenza

IMUNIZAÇÃO SALVA VIDAS

Infelizmente, há uma onda de negação da eficácia das vacinas. Neste momento de pandemia, em que ainda milhares de pessoas morrem todos os dias, temos que ter cuidado com as informações que acessamos. A dica para ficarmos bem, é checar as informações que chegam no WhatsApp. Será que é tudo verdade? Provavelmente não. Olhe na internet, procure por sites jornalísticos e desconfie de mensagens sensacionalistas. Vacine-se também contra as fake news.

Um beijo da Jana!

Janaína Cristina escreve dicas de bem-estar e autocuidado

AMIGA DA SAÚDE Sofia Barbosa é enfermeira do Sistema Unico de Saúde I Coren MG 159621

Minha namorada toma rifampicina. Se ela tomar uma pílula do dia seguinte e ficar 48 horas sem tomar o antibiótico, o efeito da pílula é eficaz?

Vitor Hugo, 22 anos, auxiliar administrativo.

O uso de rifampicina é critério para contraindicação dos contraceptivos hormonais. Isso porque esse antibiótico acelera a eliminação do anticoncepcional, e reduz o efeito contraceptivo o que aumenta o risco de engravidar. Interromper a rifampicina por 48 horas pode prejudicar o tratamento em questão e não é garantia de sucesso da eficácia da pílula de emergência, pois pode haver um efeito já acumulado do antibiótico no corpo. O ideal para quem usa rifampicina são os métodos contraceptivos não hormonais, como o DIU e a camisinha. Em caso de emergência, deve-se procurar, imediatamente, orientação médica nos serviços de urgência, preferencialmente ginecológicos, para avaliar a fase do ciclo em que a mulher se encontra e definir a melhor conduta, considerando os riscos e benefícios para a mulher.

Um abraço e até a próxima.

Se você tem alguma dúvida sobre saúde e vida saudável, manda um zap para mim! O número é (31) 9 8468.4731.

Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021

15 VARIEDADES 13

www.malvados.com.br Separamos aqui uma combinação infalível para você conquistar o coração da sua parceira. Trata-se da junção entre limpeza e um bom jantar. Em outras palavras, a demonstração de

FALAFEL SEM GLÚTEN

afeto e cuidado. Pode ter certeza que é a melhor declaração!

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br Controle de (?), setor de fábricas

Série do canal CBS, inspirada em história real, criada por Nick Santora Letra criada de hieróglifo da cobra Mau cheiro; fetidez (bras.)

Maior hidrelétrica em produção do mundo

© Revistas COQUETEL Produzem espuma na na água do Magoou; banho Sepultar pesou

Animal Grito típico Proclamou sagrado dos cau- a Indebóis em pendência na Índia faroestes do Brasil

Radiano (símbolo) 101, em romanos

Reiniciar, em inglês Relativo a cacho Unidade de comprimento Aldo Rebelo, político Assim seja

(?) de Carvalho, atriz brasileira

Ingredientes • • • • • • • • • •

250g de grão de bico; uma cebola; dois dentes de alho; uma xícara de salsinha picada; 10 folhas de hortelã; cominho; sal; pimenta; bicarbonato de sódio; farinha de aveia (ou farinha de quinoa ou amido de milho);

Modo de preparo Acrescentar; somar Ilustríssima (abrev.)

"O (?) de Kaspar Hauser", filme alemão

(?) chi chuan, arte marcial chinesa Cirurgia para retirada de gordura localizada (red.)

(?) e PG: sequências numéricas (Mat.) Sons produzidos por lobos

Título de Ivan IV Música de Fábio Jr.

(?) & Oates, duo musical dos EUA "Eu sei de (?)", me recordo

Louca, em espanhol Boletim de Ocorrência Oposto do sustenido (Mús.)

Raul Lody, antropólogo brasileiro

4/hall — loca. 5/reset — sales. 8/angstrom — racêmico — scorpion.

6

Solução Q U S I N A A D E I T A L I P U

V A L I D C O R P A R E R A D C A R I C I O E N I L M A A I S C Z A P O L A B E I V O S

S A D E I O N S E T U E R A R M A E R M H C A O L R L

A N G S T R O M

BANCO

Superior Tribunal Militar (sigla)

Existir; estar Cidade paulista

1. Comece a receita um dia antes de servir. O grão-de-bico é preparado cru e precisa ficar 12 horas de molho, sendo hidratado. Deixe-o em um recipiente com “dois dedos” de água acima da porção.

2. Escorra a água do grão-de-bico e coloque-o para secar em um pano de prato ou numa folha de papel. Deixe secar bem. Enquanto isso, corte uma cebola, pode picar grande; 2 dentes de alho; uma xícara de salsinha picada, sem aquele talo grosso. Pique e coloque dez folhas de hortelã.

3. Coloque a metade do grão-de-bico no processador por mais ou menos três minutos. Depois coloque o restante do grão-de-bico e acrescente salsinha e hortelã. Continue batendo no processador. O preparo vai ficar com uma consistência de farofa, ao invés de um liga ou uma pasta.

Deixe o forno preaquecendo a 180º.

4. Depois de processar bem os ingredientes, coloque o preparo num refratário e acrescente o cominho; sal e pimenta a gosto; além de meia colher (de café) de bicarbonato de sódio, que vai ajudar o bolinho a ficar aerado.

5. Coloque também de três a quatro colheres de farinha de aveia, ou a farinha de quinoa ou amido de milho. A versão da receita é sem glúten e assada, então precisa dessa liga. Está pronta a massa. Mexa bem e prepare a forma. Para isso, unte com azeite e forme os bolinhos do seu jeito.

6. É recomendado deixar os bolinhos um pouquinho grossos, assim ficam mais macios por dentro. Além disso, depois de montar um bolinho, passe farinha de linhaça para deixá-los crocantes.

7. Coloque no forno pré-aquecido por 30 a 40 minutos e na metade desse tempo vire o bolinho para assar do outro lado.

14 CULTURA 14

Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021 Renato Santos

Festival de Inverno da UFMG será online e tem como tema central as “vozes dos Brasis” CURTINDO EM CASA 53ª edição do evento acontece até o dia 31 de julho com filmes, exposições, oficinas e apresentações Divulgação

Exposição Mulheres de Mar Redação

A

53ª edição do Festival de Inverno Universidade Federal de Minas Gerais já começou. O evento será aberto e gratuito e, pelo segundo ano, será online, por conta da pandemia. O festival será transmitido pelo canal do YouTube da Diretoria de Ação Cultural da UFMG (DAC).

O tema deste ano será Escutas e Vozes dos Brasis, e aborda os impasses do Brasil contemporâneo ao rever os 100 anos do modernismo, tendo em vista a proximidade do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.

Abertura

A Solenidade Oficial de Abertura começa às 18h30, na sexta-feira (23), com a presença da reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida. Em seguida, acontece a palestra Menino sem passado em pauta, ministrada pela professora de literatura Eneida Maria de Souza e pelo escritor Silviano Santiago.

Para as 20h15 está marcado o encontro poético entre o cantor Arnaldo Antunes e a escritora e

professora da UFMG Lucia Castello Branco.

Inspirada no livro de poemas Algo Antigo, lançado por Antunes em março deste ano, a conversa passará por cinco caminhos componentes da trajetória do artista: o modernismo, o concretismo, o tropicalismo, Titãs e Tribalistas.

“O propósito é recuperar os trabalhos poéticos de Arnaldo e mostrar como as suas intervenções no campo das artes plásticas, na dança, suas performances e seus poemas visuais se relacionam com as ‘Escutas e Vozes dos Brasis’, tema do Festival de Inverno da UFMG deste ano”, afirma Lucia.

O evento Filmes, exposições, playlists musicais e oficinas também fazem parte da grade do evento, que reúne artistas e pensadores indígenas, negras, negros, dos saberes tradicionais e de diferentes áreas do conhecimento.

A programação completa está disponível em www. ufmg.br/festivaldeinverno.

Acompanhe o Festival de Inverno da UFMG No Instagram: @festival_ufmg No Facebook: festivalufmg No Twitter: @festivalufmg

Uma pesquisa com mulheres do Vale do Jequitinhonha e Recôncavo Baiano vai virar exposição. O projeto “Mulheres de Mar” realizou uma série de registros em fotos e vídeos de mulheres mestras de suas comunidades, com o intuito de aprofundar a pesquisa em dança.

Realizada por Regina Perocini (artista/pesquisadora), Emanuel Kaaura (documentarista e videomaker) e Renato Santos (fotógrafo), a coleta de dados aborda a força e o saber dessas mulheres, como também as diversas linguagens e manifestações culturais. O congado, o samba de

roda e o matriarcado no candomblé representam parte dessas manifestações.

O projeto é inspirado no livro escrito por Jorge Amado em 1936, Mar Morto, que apresenta personagens femininos de caráter transgressor.

O livro, em seu tempo, atribui voz à figura da mulher e essa é uma das mensagens que o projeto Mulheres de Mar quer repercutir ao seu público.

O documentário e um curta-metragem estão disponíveis no canal do Youtube Regina Perocini.

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Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021

Imagem da semana Gaspar Nóbrega / `COB

Na foto, a atleta mais jovem da delegação brasileira nos Jogos de Tóquio, a skatista Rayssa Oliveira, de 13 anos. Na terça (20), ele treinou no Ariake Sports Park Skateboarding, palco oficial da competição. Com as modalidades park e street, o skate faz sua estreia nas Olimpíadas.

Os favoritos são o Japão, os EUA e o Brasil. Destaque, na modalidade street, para Pâmela Rosa, campeã mundial de 2019, Letí-

cia Bufoni, uma das melhores da história, e a própria Rayssa Leal, prata no Mundial de 2019 e bronze no Mundial de 2021.

De acordo com o Instituto DataFolha, em 2015, 11% dos domicílios brasileiros possuíam pelo menos um skatista. O número total de praticantes no país saltou de 4 milhões, em 2009, para 8,5 milhões, seis anos depois.

MINEIRA DEBINHA BRILHA NA ESTREIA DA SELEÇÃO

Sam Robles CBF

Reprodução

ESPORTE

RICHARLYSON FAZ HAT-TRICK E BRASIL ATROPELA A ALEMANHA

Na manhã da quinta-feira (22), no Estádio de Yokohama, as seleções olímpicas de Brasil e Alemanha se reencontraram, cinco anos após a final do inédito título brasileiro nas Olimpíadas. Na partida, que marcou a estreia das duas equipes nos Jogos de Tóquio, o Brasil atropelou a Alemanha, fechando o primeiro tempo em 3 a 0, com hat-trick do atacante Richarlyson, ex-América, aos 06’, 21’ e 29’.

No fim da primeira etapa, o atacante Matheus Cunha ainda perdeu um pênalti, defendido pelo goleiro Müller.

No segundo tempo, o Brasil continuou melhor no jogo, mas a

15 15

Lucas Figueiredo CBF

Alemanha conseguiu encostar no placar, com o meia Amiri, aos 11’, e o atacante Ache, aos 38’ e assustar o torcedor brasileiro. Porém, já nos acréscimos, aos 48’, o atacante Paulinho acertou uma pedrada na gaveta do goleiro alemão, após arrancar do campo de defesa e driblar o adversário. O próximo desafio é contra a Costa do Marfim, domingo (25), às 5h30 (horário de Brasília). A equipe africana bateu a Arábia Saudita por 2 a 1.

O Brasil faz parte do grupo D. Somente duas seleções de cada grupo se classificam para as quartas de final.

OLIMPÍADAS

CERIMÔNIA DE ABERTURA ACONTECE COM NÚMERO REDUZIDO DE PARTICIPANTES Divulgação /COB

Foi de Debinha, mineira de Brasópolis, o segundo gol da vitória do Brasil por 5 a 0 sobre a China. Na quarta (21), a Seleção estreou em alto estilo nos Jogos de Tóquio. A atacante participou da jogada que originou o primeiro gol, marcado por Marta (9’). Depois, a própria Debinha ampliou o marcador (21’). Por fim, deu assistência para Bia Zaneratto fazer o quinto gol (43’).

“Estou feliz com o desempenho de Debinha. Nós a experimentamos mais à frente, aberta na ponta; no clube, ela joga no meio, mas provou que consegue desempenhar as duas funções. Ela e Bia foram fantásticas hoje. Elas jogaram muito bem juntas”, avalia a treinadora. O próximo desafio é contra a vice-campeã do mundo, Holanda, sábado (24), às 8h (horário de Brasília).

Acontece, nesta sexta-feira (23), no estádio Olímpico, a cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio 2020. Devido aos protocolos da pandemia de Covid-19, não haverá público torcedor. Desde o dia 1º até o momento, pelo menos 90 pessoas credenciadas para o evento testaram positivo

para covid-19. A delegação brasileira será representada por apenas dois atletas, que serão porta-bandeiras: Bruninho, do vôlei, e Ketleyn Quadros, do judô. Como de praxe, algumas modalidades já iniciaram a competição. É o caso do futebol masculino e feminino.

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Belo Horizonte, 23 a 29 de julho de 2021

Prefeitura de Belo Horizonte vai liberar público nos estádios KenjiGosku

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, anunciou que vai se reunir com representantes dos clubes da capital na próxima terça (27), a fim de discutir a retomada

do público nos jogos em BH. Segundo Kalil, em entrevista à rádio Super, protocolos rígidos serão adotados para a liberação de torcedores. O anúncio acontece no mes-

ESPORTES

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DECLARAÇÃO DA SEMANA Sam Robles /CBF

mo dia em que a Federação Mineira de Futebol e a Secretaria de Saúde de Minas Gerais apresentaram um protocolo para a reabertura dos estádios. Segundo o protocolo, não será permitida a presença de gestantes e menores de 18 anos. Apenas cidades enquadradas nas ondas verde e amarela do programa Minas Consciente poderão e reabrir e, ainda assim, com o aval da Prefeitura.

Eu tiro coroa pra jogar, pra não pesar muito.

A gente sentia esse peso porque a cultura do Brasil colocava esse peso nas nossas costas.

O peso não tem que estar nas nossas costas, tem que estar sobre as pessoas que sempre ignoraram a modalidade” Marta, seis vezes melhor do mundo, após a goleada sobre a China, comentando as cobranças pela medalha de ouro brasileira.

Gol contra O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, disse que os Jogos Olímpicos não são lugar para a expressão de “opiniões políticas” dos atletas. Não obstante, esta semana, o COI afrouxou a Regra 50 e liberou atos políticos, menos em cerimônias e pódios.

Gol de placa Os atletas não devem obedecer à proibição. As jogadoras de futebol da Inglaterra já disseram que vão se ajoelhar em campo, uma forma de protesto contra o racismo. Outros participantes devem se manifestar ao longo das competições, rompendo a censura do COI.

Ciência do acaso ou grito de alerta

Derrotas de seis pontos

A diretoria não quer

Bráulio Siffert

Rogério Hilário

Fabrício Farias

Para a única ambição do América no restante da temporada, que é permanecer na Série A, é até aceitável perder jogos para os melhores times do campeonato, mas não, e muito menos em casa, para os reais concorrentes na luta contra o rebaixamento, como Cuiabá, JuDecacampeão ventude, Chapecoense e Sport, e para times grandes em má fase, como Grêmio, São Paulo, Inter e Corinthians. Por isso, o time não pode ser apático, inofensivo e desatento,pf4t como foi na derrota no Independência para o Sport.

Nesses jogos, os times se igualam na baixa qualidade técnica, sobressaindo-se o que tiver mais gana de vencer, mais concentração para manter a organização e mais capricho nas poucas oportunidades que aparecem.

E eu busquei a palavra mais certa. Vê se entende o meu grito de alerta. O Atlético segue em frente, aos trancos e barrancos. A definição do esquema, planejamento, estratégia ou coisa que o valha continua indefinível. Mas a classificação sobre os marrentos É Galo doido!argentinos e o desempenho no Brasileiro já acenderam o sinal de amor e perigo. O clamor ou fulgor dos torcedores, em vez de intimidar o adversário, adormeceu o Alvinegro, que pouco fez na partida. Sobrou a emoção nas penalidades e a redenção do goleiro. E apelação e o vandalismo dos portenhos. Sejamos realistas: numa competição desse quilate, superioridade técnica e estratégia, às vezes, valem pouco. Nos apeguemos à ciência do acaso.

Salve, nação! A entrada na zona de rebaixamento preocupa. A recuperação parece não ser o objetivo da diretoria do Cruzeiro. A saída, segundo dizem, seria tornar-se clube empresa. Para isso, quanto menor for o valor do clube, mais para os privatisLainteressante Bestia Negra tas. Em campo, um time de pelada. As derrotas para o Avaí e o Remo são o perfeito exemplo. Contra os paraenses, terminamos o jogo com quatro atacantes soltos em campo, sem a mínima estrutura tática. Já se vislumbra o possível retorno de Luxemburgo. O enredo é o mesmo: contrata-se um figurão para servir de escudo à diretoria. Não adianta querer ver o clube de volta à primeira divisão, se esse não é o desejo dos dirigentes. Saudações celestes!

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