Edição 190 do Brasil de Fato MG

CULTURA

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VARIEDADES

Artistas de rua querem regulamentação

Divulgação

Mulher maravilha na telona Super-heroína leva representatividade para o cinema, mostrando uma personagem com autonomia e coragem para lutar

Trabalhadores reivindicam lei específica para categoria que sofre com burocracia e repressão

Minas Gerais

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Belo Horizonte, 23 a 28 de junho de 2017 • edição 190 • brasildefato.com.br • distribuição gratuita • facebook.com/brasildefatomg Rafaella Dotta / Brasil de Fato MG

Camelôs reagem: “não queremos shopping popular”

Prefeitura elabora plano para retirar milhares de ambulantes do centro de Belo Horizonte, seguindo o projeto de Revitalização do Hipercentro. A proposta é enviá-los para shoppings populares e feiras livres. Camelôs afirmam que proposta irá inviabilizar seus trabalhos e o sustento de suas famílias I CIDADES

Brasil

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BRASIL

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CIDADES

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Greve para barrar reformas

Histórico de denúncias contra Aécio

Reforma da PBH centraliza poder

Reforma trabalhista sofre primeira derrota no Senado e acende sinal verde para greve geral. Objetivo é derrotar o programa do golpe e conquistar eleições diretas para presidente

STF adia julgamento da prisão de Aécio Neves.

O Brasil de Fato relembra as cinco principais acusações contra o senador afastado

Projeto de Lei aprovado na Câmara mexe na estrutura da gestão municipal. Vereadores indicam avanços, mas criticam teor geral da proposta

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OPINIÃO

Belo Horizonte, 23 a 28 de junho de 2017

Editorial | Brasil

Greve geral contra o desemprego e o fim da Previdência

ESPAÇO dos Leitores

“Tínhamos Constituição até o Temer dar o golpe na galera e fazer os decretos e reformas...”

Cleiton Henriques sobre a matéria de capa da última edição “Mega Show por eleições diretas Já em BH” “Quando não se tem mais pra onde ir , só podemos ir pra cima do inimigo, unidos” João Claudio Fontes sobre o artigo “A unidade necessária para derrotar o golpe” “Lamentável. Um projeto tão precioso como este sendo desprezado. Estatisticamente já apontou grandes resultados na prevenção à criminalidade.”

Bia Cunha França sobre a matéria “Quase mil trabalhadores do Fica Vivo com salários atrasados”

Michel Temer e seus aliados to- Exigir a renúncia de maram o poder em nosso país com Temer e novas eleições a promessa de recuperar a econoE a corrupção, apontada como mia e trazer estabilidade política. motivo para o impedimento da No entanto, passados mais de um presidenta Dilma, piorou ainda ano do golpe, a crise política e ecomais com Temer. A aliança formanômica se aprofunda.

O desemprego aumentou e ago- da por Temer e seus comparsas do ra atinge 14 milhões de pessoas - PMDB, a Globo, o PSDB de Aécio 13,7% da população economica- Neves e Geraldo Alkmim e granmente ativa. O crescimento econômico não foi retomado e não há perspectivas de que seja. E a baixa inflação – que o Governo Fede- Empresários pagam ral comemora como um resultado para retirada de positivo – é um reflexo da baixíssi- direitos ma atividade econômica. des empresários da FIESP (Federação da Indústria do Estado de São Paulo) se mostra escandalosamente suja. Milhões de reais em male30/6: dia de cruzar tas circulam por hotéis luxuosos e os braços restaurantes requintados para garantir que empresários e políticos As medidas econômicas do gocorruptos passem as reformas que verno federal de Michel Temer e retiram direitos do povo brasileiro.

Henrique Meireles levam a essa O povo brasileiro, os que vivem situação, pois, em nome de “agradar” os investidores externos, estão do trabalho, tem uma missão: sair jogando nossa economia na reces- às ruas. A greve geral do dia 30 de são: retiram recursos da economia junho é a próxima oportunidade. real - dos salários dos trabalhado- Mas precisamos ir além. Exigir a res brasileiros, dos programas so- renúncia de Temer e a volta da deciais e das atividades produtivas – e mocracia por meio de eleições digarantem condições mais adequa- retas para a presidência do Brasil. das para os especuladores do mer- Essa é a única alternativa para que cado financeiro. E, se continuarem possamos construir um projeto no poder, a reforma Trabalhista e a popular para o Brasil, a fim de rereforma da Previdência vão agra- cuperar os empregos dos trabalhavar ainda mais a situação econô- dores e construir um novo sistema político democrático. mica e social no Brasil.

Escreva para nós: redacaomg@brasildefato.com.br O jornal Brasil de Fato circula semanalmente com edições regionais, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, no Paraná e em Pernambuco. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e no nosso estado.

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conselho editorial minas gerais: Adília Sozzi, Adriano Pereira Santos, Adriano Ventura, Beatriz Cerqueira, Bernadete Esperança, Bruno Abreu Gomes, Cida Falabella, Durval Ângelo Andrade, Ênio Bohnenberger, Frederico Santana Rick, Gilson Reis, Gustavo Bones, Jairo Nogueira Filho, Joana Tavares, João Paulo Cunha, Joceli Andrioli, José Guilherme Castro, Juarez Guimarães, Marcelo Oliveira Almeida, Maria Júlia Gomes de Andrade, Milton Bicalho, Neila Batista, Nilmário Miranda, Padre Henrique Moura, Padre João, Pereira da Viola, Renan Santos, Rogério Correia, Rosângela Gomes da Costa, Samuel da Silva, Talles Lopes, Temístocles Marcelos, Titane, Wagner Xavier. Editora: Joana Tavares (Mtb 10140/MG). Redação: Amélia Gomes, Larissa Costa, Rafaella Dotta, Raíssa Lopes e Wallace Oliveira. Colaboradores: Alan Tygel, Anna Carolina Azevedo, André Fidusi, Bráulio Siffert, Diego Silveira, Fernanda Costa, João Paulo Cunha, Léo Calixto, Luiz Fellippe Fagaráz, Marcelo Pereira, Nadia Daian, Pedro Rafael Vilela, Rogério Hilário, Sofia Barbosa. Revisão: Cristiane Verediano. Administração: Vinicius Nolasco. Distribuição: Felipe Marcelino. Diagramação: Tiago de Macedo Rodrigues. Tiragem: 40 mil exemplares.

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Belo Horizonte, 23 a 28 de junho de 2017

Andreia Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves, deixou na madrugada de terça (22) o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte, e seguiu para prisão domiciliar. A decisão foi tomada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O Brasil de Fato MG saiu às ruas e perguntou:

Eu achei uma pouca vergonha, porque se fosse eu, ficaria lá na Estevão Pinto, não é? Então ela tem que ficar é lá. Ficar de domiciliar não! Isso é jeito que eles arrumam para tapear os ‘bestas’. Ela tem que ficar é presa e tem que pôr o Aécio lá também.

Complicado! Eu acho que tem que ir todo mundo é para cadeia. O lugar do ladrão não é na cadeia? Então ela tem que ficar na cadeia! Ela é um braço direito do Aécio Neves, só que ela ainda é mais inteligente que o Aécio.

Ivone Soares da Silva, Cambista de Loteria

Pascoal Sancho Neto, Auxiliar de Prótese

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Declaração da Semana

PERGUNTA DA SEMANA

O que você acha dessa decisão do STF?

GERAL

Divulgação

“Hoje é dia de amor, de orgulho, de representatividade e de liberdade! Viva o amor, de todas as cores!”

Disse a cantora Fafá de Belém em homenagem à Parada do Orgulho LGBT, realizada no último domingo (18), em São Paulo

Reprodução de vídeo

Quem arrasou essa semana foi a apresentadora mirim Maísa Silva, do SBT. No domingo (18), no programa de Silvio Santos, ela se posicionou contra indiretas do patrão para que ela arrumasse um namorado. Maísa, que tem 15 anos, foi alvo de brincadeiras, durante toda a gravação e instigada a se relacionar com Dudu Camargo, um jovem de 19 anos que também trabalha na emissora. Dizendo “não” várias vezes, a adolescente foi criticada por algumas pessoas nas redes sociais, mas não deixou por menos. “Quando uma menina de 15 anos não aceita qualquer brincadeira ou comentário e se posiciona, causa espanto”, escreveu em seu Twitter na terça (20). E continuou: “Com certeza, uma parcela dos telespectadores gostaria que eu aceitasse tudo o que aconteceu no programa, como dançar com um rapaz mais velho (mesmo eu não querendo), ou beijálo. Não é não”. Maravilhosa, né?

Reprodução

Parque das Mangabeiras está de volta O Parque das Mangabeiras, que permanecia fechado há quase quatro meses por risco de contaminação de febre amarela, foi reaberto na terça-feira (20).

A área ainda não está totalmente liberada, algumas trilhas seguem suspensas até que o diagnóstico seja finalizado. O Mirante, que é um dos pontos turísticos mais famosos de Belo Horizonte, já está apto para receber o público. Para saber mais sobre os horários de visitação e quais portarias estão funcionando, acesse: www.pbh.gov.br/parques.

Especial: Tropicália completa cinquenta anos de resistência

Um dos movimentos culturais mais importantes do Brasil faz meio século em 2017.

No portal do Brasil de Fato, já é possível conferir textos e matérias de rádio que narram um pouco da importância da manifestação, que foi um marco para a Música Popular Brasileira e para a luta contra a ditadura militar. Não perca: www.brasildefato.com.br.

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CIDADES

Belo Horizonte, 23 a 28 de junho de 2017

Camelôs não querem shopping popular REMOÇÃO Prefeitura planeja retirar ambulantes das ruas de BH até 27 de junho Amira Hissa

os seis com a mãe. Em 2004 a família passou pela reorganização de ambulantes do prefeito Fernando Pimentel e “ganhou” um box no shopping popular Oiapoque. “No primeiro mês nós pagamos R$ 100, depois o aluguel aumentou para mil. Eu e meu ir-

Rafaella Dotta

C

om a crise econômica, o número de ambulantes explodiu no último ano, e a prefeitura de Belo Horizonte lança novamente a “tolerância zero” e garante que até o final de junho as calçadas estarão praticamente vazias.

Mas o que acontecerá com as famílias dos milhares de trabalhadores que dividem calçadas do centro com transeuntes?

O decreto assinado em 19 de junho pelo prefeito Alexandre Kalil - Plano de Revitalização do Hipercentro - prevê que a prefeitura realize três etapas na retirada dos camelôs. A etapa um é informar aos ambulantes que a fiscalização irá se intensificar, junto a chamamentos públicos para 55 vagas no shopping Caetés e cerca de 100 vagas em feiras de alimentos. A segunda é o cadastro individual de todos os camelôs. A terceira é a “fiscalização e apreensão

Kalil assinou o decreto que prevê a revitalização do Hipercentro da capital

intensiva” de mercadorias.

Em paralelo, a prefeitura anuncia uma parceria com shoppings privados, em que o ambulante pagaria 5% do aluguel, e o resto seria pago pela prefeitura. Essa proporção seria invertida ao longo de 5 anos, até que o camelô chegue a pagar 100%. Anunciam também a realização de cursos profissionalizantes e a criação de 727 vagas em feiras livres.

A secretária municipal de Serviços Urbanos, Maria Cal-

das, afirma que o plano não é uma “expulsão de camelôs”, mas sim uma “reinserção produtiva”. De acordo com análise da prefeitura realizada à partir de entrevistas com 800 ambulantes, 65% afirmam que o desemprego os levou às ruas, 75% já tiveram carteira assinada e 85% trocariam a atividade por um em prego regular.

Depoimentos Viviane Cristina tem 31 anos e trabalha na rua desde

Concorrência é desigual nos shoppings populares mão tivemos que ir para a rua vender bala para ajudar a pagar o box”, conta.

Hoje, os dois filhos de Viviane, uma de 10 e um de 4 anos, a acompanham no tabuleiro na parte da manhã, porque ela não tem quem olhe as crianças. Por mês ela tira R$ 800. Seu aluguel, em Ribeirão das Neves, é R$ 420.

“Como eu vou pagar o aluguel do shopping?”, pergunta indignada.

Ambulantes têm direito de ocupar calçadas, diz pesquisadora A

doutoranda Mara Nogueira, da Escola de Economia de Londres, analisa que a atitude da prefeitura é ineficaz e incompatível com o atual nível de desemprego do país (14 milhões de pessoas desempregadas em maio, segundo Ministério do Trabalho). “Se não existe trabalho, você cria um”, diz, “o que eles precisam é somente de um espaço”.

Ela critica ainda o plano de a prefeitura dar “nova vida” ao hipercentro. “A revitalização aqui é subs-

Rafaella Dotta / Brasil de Fato / MG

Viviane Cristina tem 31 anos e trabalha na rua desde os seis com a mãe

tituir uma população pobre por uma população de classe média. Eles querem limpar o centro da pobreza. Há vida no centro, só que não é a vida que o Estado valoriza”, desaprova.

Situação vem de 2004 As medidas tomadas contra o trabalho de rua são baseadas no Código de Posturas criado na gestão do ex-prefeito Fernando Pimentel. Em 2004, Pimentel remanejou cerca de dois mil ambulantes das ruas da capital para shoppings populares.

Charles Antônio Miranda, 48 anos de idade e 42 anos de ambulante, acha que a concorrência pode ser uma das piores coisas nos shoppings populares. “A gente não tem condições de concorrer com os chineses. É uma covardia, uma concorrência desigual. Fora alguns lojistas empresários que tem loja lá dentro e já estão estruturados. Fomos para lá e saímos porque não aguentamos”, testemunha Charles.

Os alugueis dos shoppings populares são variáveis. O Shopping Caetés, que é coordenado pela prefeitura, estabeleceu valor de R$ 388 para 49 vagas em sua última licitação. O shopping Xavantes tem o valor de 1.600, em um box de 4 metros quadrados.

O Oiapoque e o Tupinambás não têm boxes disponíveis no momento.

A proposta das feiras é mais aceita pelos ambulantes, mas mostram-se preocupados, já que as vagas nas feiras ainda não existem.

Diferentes trabalhadores de rua Os trabalhadores de rua não são todos iguais. Os camelôs, mais conhecidos, estão nas ruas todos os dias e têm até público fixo. Os caixeiros andam por aí com uma caixa, geralmente isopor, com água ou refrigerante. Os toreros são os que, mesmo com fiscalização pesada, vendem “na tora”, em cima de caixas de papelão. E os barraqueiros são os que montam barracas em eventos de rua. Por causa das diferenças, os ambulantes reivindicam também soluções diferentes.

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MINAS

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Opinião

Para seu próprio bem João Paulo Cunha Não existe argumento mais mentiroso do que aquele que diz que tudo que é feito contra nós, no fundo, é para nosso bem. Ou, no mínimo, para o bem de nossos netos. A base das reformas trabalhista e da previdência se escora nessa falácia: retirar direitos é um ato retificador, que atualiza as possibilidades econômicas com as necessidades humanas.

O mais curioso é a forma como até mesmo os valores liberais se tornaram condenáveis.

Vejamos a perda de consistência dos partidos que se dizem herdeiros do liberalismo. O caso mais visível é o do PSDB. Os tucanos já abandonaram há muito o ninho da social democracia, deixando de ter visão social e jogando contra a democracia no patrocínio do golpe. Hoje, quando barganham sua permanência no condomínio do poder, jogam no lixo o que um dia emitiu traços de coerência ideológica. Mas os bicudos voaram ainda mais lon-

Esquerdizar para o bem dos trabalhadores ge de suas origens. Sustentam um papel de biombo para interesses de classe, que passam longe dos trabalhadores, tornando-se o mais explícito caso de desfaçatez da atual crise brasileira.

Outra maneira de entender a transformação do liberalismo emancipatório de ontem no conservadorismo tacanho de hoje se dá no dia a dia das relações humanas. Há, no mundo atual, uma desvalorização do trabalho pessoal. Trabalhador é hoje um substantivo sem nobreza, submetido ao voraz apetite do empreendedor. Empreender é um sucedâneo da exploração capitalista. O empreendedor é um capitalista mirim, com senso moral mirim, que torce para o fracasso do outro

como forma de alavancar seu negócio. A uberização do mundo é um retrato do nosso tempo. Não se vende mais a força de trabalho, aluga-se a preço ainda mais baixo e com menos garantias.

Uma terceira leitura de nossa história é aquela que obriga a esquerda a retomar suas origens. Partidos e sindicatos têm tarefas importantes pela frente, a começar pelo combate às reformas, à refundação de suas identidades, aprofundamento de seus projetos e construção de sua comunicação independente e popular. Além da urgente tarefa de preparar as greves, ocupações e atos de desobediência civil.

No entanto, é na ligação popular que os verdadeiros sentimentos de transformação podem novamente ganhar a proa das discussões políticas. As teses de outrora precisam ser aquecidas com a energia das ruas. Assim como a direita se endireitou, a esquerda precisa se esquerdizar. Para seu próprio bem e dos trabalhadores.

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As pessoas idosas são a memória viva das famílias mineiras e, por isso, merecem respeito e dignidade. Qualquer tipo de violência contra essas pessoas deve ser denunciada e combatida.

O Governo de Minas investe em ações que as protegem e apoia iniciativas que promovem o empoderamento dessa população.

15 de junho - Dia Mundial de Combate à Violência Contra Pessoas Idosas.

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MINAS

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Reforma administrativa incorpora avanços, mas centraliza poder no Executivo BELO HORIZONTE Projeto aguarda sanção do Prefeito Kalil Abrahão Bruck / CMBH

Wallace Oliveira

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ereadores de BH aprovaram em segundo turno a reforma administrativa proposta pela gestão de Alexandre Kalil (PHS). Após um mês de discussão do Projeto de Lei (PL) 238/2017 no Legislativo, o resultado final é controverso. Por um lado, acolhe reivindicações de movimentos. Por outro, concentra poderes no Executivo e reduz participação popular.

Avanços O prefeito Alexandre Kalil (PHS) tem prazo de 30 dias para sancionar ou vetar o texto final que inclui subemendas votadas pelos vereadores no dia 14 de junho.

Entre as mudanças, consta a recriação da Secretaria Municipal de Cultura, uma demanda de movimentos da área. “Fizemos um amplo movimento para transformar a secretaria, que estava frágil

Diversos movimentos estiveram presentes no dia da votação

no desenho original, numa secretaria robusta, com condições de crescer, colocar o orçamento forte, qualificada em suas funções mais complexas”, avalia Cida Falabella (PSOL).

Outras emendas preveem a inclusão das ocupações urbanas e da população em situação de rua em políticas públicas e a criação da Mesa Municipal de Diálogo e Negociação Permanente com as

Ocupações Urbanas. “A aprovação dessas emendas é fundamental para avançarmos na luta pelo despejo zero e a construção de um ambiente de democracia e diálogo com as ocupações na cidade”, afirma nota publicada pelas vereadoras Cida e Áurea Carolina (PSOL).

Concentração de poderes Um ponto controverso foi a subordinação das regionais diretamente ao gabinete do

prefeito, com atribuições que deverão ser determinadas por decreto do Executivo. “O secretário passa a ser um coordenador regional. Isso nos preocupa, pois está na contramão de uma gestão descentralizada, mais perto do cida-

“Acredito que vamos ter que ficar de olho, fazer uma forte fiscalização. Votamos uma reforma que autoriza a PBH a mexer nas subsecretarias como quiser. Eu não sei, por exemplo, quantas subsecretarias vai ter a secretaria de políticas sociais. Foi aprova-

Vereadores rejeitaram criação do Conselho LGBT

do um cheque em branco para a Prefeitura”, conclui Patrus.

dão. Isso burocratiza. O poder foi todo posto no gabinete do prefeito”, afirma o vereador Pedro Patrus (PT).

Ele também critica a possibilidade, facultada pela reforma, de que o prefeito crie subsecretarias por decreto, sem passar pela Câmara, mediante projeto de lei. Os parlamentares chegaram a apresentar uma subemenda para alterar essa definição, mas foram derrotados.

Conselho LGBT Dezenas de pessoas compareceram ao plenário da Câmara para apoiar uma emenda que previa a criação do Conselho Municipal dos Direitos das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros (LGBT). A partir de uma mobilização de vereadores ligados a grupos religiosos, a proposta foi rejeitada pela maioria.

Sociedade é contra privatização de usinas CEMIG Leilão encarecerá conta de energia dos usuários Divulgação / Cemig

Wallace Oliveira

governo de Temer O (PMDB) autorizou a Agência Nacional de

Energia Elétrica (ANEEL) a leiloar quatro usinas hidrelétricas operadas pela Cemig: São Simão, Jaguará, Miranda e Volta Grande. Juntas, elas respondem por metade da energia que a empresa gera.

A proposta foi rejeitada pela empresa, deputados, trabalhadores e usuários em audiência pública da Assembleia Legislativa (ALMG).

Os deputados aprovaram, por unanimidade, requerimento a ser encaminhado à Câmara dos Deputados, à ANEEL, à Advocacia Geral do Estado e à Presidência da Repúbli-

blicas do setor só seja feita com referendo popular. O leilão promovido pelo governo federal desrespeita o contrato firmado em 1997 entre empresa e governo que prevê a renovação automática da concessão das usinas por 20 anos. A Lei Federal 13.360/2016 define que o leilão só poderia ocorrer com autorização ca, além de uma visita a da Cemig.

Brasília.

“Entregar as usinas fará Ilegalidades

Rogério Correia (PT) lembrou que a constituição estadual determina que a venda de empresas pú-

Leilão das usinas é ilegal

com que o Estado perca capacidade de investimento”, afirma Jefferson Silva, coordenador do Sindieletro-MG. Entretanto, o governo pretende privatizar as usinas para obter R$ 12 bilhões. “A iniciativa se submete à lógica de curto prazo, em detrimento dos interesses de longo prazo da sociedade”, afirma economista do DIEESE. O presidente da Cemig, Bernardo Salomão, afirma que os custos do arremate, que podem chegar a R$ 55 bilhões, devem ser repassados nas contas de energia.

Acompanhando

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Foto da semana

OPINIÃO

PARTICIPE Viu alguma coisa legal? Algum absurdo? Quer divulgar?

Mande sua foto para redacaomg@brasildefato.com.br.

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Oberdan Rafael

Na edição 173...

População se mobiliza contra privatização das águas minerais ...E agora Com privatização em andamento, movimentos intensificam mobilizações O governo do estado, por meio da Codemig, continua com o objetivo de estabelecer uma parceria público-privada (PPP) para a exploração das águas minerais das cidades de Caxambu, Cambuquira e Lambari, no Sul de Minas.

No dia 13 deste mês, ocorreu assembleia com a presença de ONGs, deputados, ambientalistas, economistas e órgãos de defesa do meio ambiente, tendo a maioria se posicionado contra a PPP. Pressionada, a Codemig decidiu adiar por 90 dias a privatização do Parque das Águas de Cambuquira, que aconteceria no dia 1º de julho. Movimentos prometem paralisações e uma ação judicial contra a medida.

Na edição 189...

Quase mil trabalhadores do “Fica Vivo!” com salários atrasados ...E agora Após ameaça de greve, trabalhadores recebem pagamento Os trabalhadores da Política Estadual de Prevenção à Criminalidade, que engloba o Programa “Fica Vivo!”, haviam decidido por greve por tempo indeterminado. Com a pressão, o governo do estado liberou, na quarta (21), o pagamento de maio, que estava atrasado, e também realizou a remuneração de junho e julho, últimos meses do contrato dos funcionários.

Cacique Poty Guarani (estandarte acima) foi uma índia lutadora do Movimento dos Indígenas Não Aldeados (Mina) da região do Triângulo Mineiro, falecida no dia 17 de maio de 2017. Poty Guarani foi o nome escolhido para o viveiro de mudas inaugurado, em junho, em Uberlândia, pelo programa ambiental Recuperando Áreas Degradadas em Assentamentos de Reforma Agrária (Radar), desenvolvido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em parceria com a Codemig, com objetivo de difundir agroflorestas e recuperar áreas degradadas.

Padre João

O alto preço do golpe Nunca atravessamos uma crise tão séria e aguda como esta.

Crise política, econômica e social. Fica cada vez mais evidente a luta de classes, o confronto entre projetos de concepção de Estado. De um lado, o estado neoliberal, mínimo, rentista e capitalista que foi derrotado nas urnas nas últimas quatro eleições. No meio do caminho, o golpe.

Primeiro foi a tentativa de destruir o Partido dos Trabalhadores, suas lideranças e todo o conjunto de políticas de inclusão social. Tarefa exercida pela guerrilha midiática, com apoio e vazamentos de setores do Ministério Público Federal, Polícia Federal e do Judiciário. Com a derrota nas eleições de 2014, Aécio Neves, PSDB, PMDB e a elite protagonizam essa tarefa, amparados pelos mesmos atores.

Golpe consumado, democracia destruída, Constituição Federal violada. Não deu certo. O golpe está em ruínas e leva o país ao abismo. Desemprego em alta, violência sem controle, caos na saúde, aumento do nível de pobreza, privatização e terceirização desenfreadas. O preço do golpe está sendo colocado nas costas do trabalhador e dos aposentados.

E agora? Só nos resta uma saída. Ocupar as ruas, reconstruir a democracia, respeitar a soberania do voto popular. Impedir os retrocessos e estancar a perda de direitos, sobretuO povo unido tem poder do a reforma da Previdência e a trabalhista. A reforma política é a mãe de todas as reformas. O financiamento público de campanha é a garantia de equilíbrio na disputa e uma das maneiras de fechar as portas para a corrupção.

Mesmo diante de um Congresso refém do poder econômico, promíscuo, vendido, em que os mandatos se transformaram em balcões de negócio, ainda é possível mudar e fazer alguma coisa. O povo unido tem poder. Diretas já!

Padre João é deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores PT/MG.

Aristóteles Cardona Júnior

Fim das Farmácias Populares é mais um duro ataque Michel Temer, o homem que ocupa o cargo de Presidente sem ter sido eleito, finge governar o Brasil. Temos visto a classe exploradora atacar os direitos do povo de forma muito rápida.

E o ataque aos direitos são em várias frentes: tentativa de pôr fim à aposentadoria e às garantias trabalhistas, fim do financiamento de habitação, entre outras. Na saúde, infelizmente, não é diferente. Desde que Temer assumiu, nosso SUS não tem tido um dia de descanso.

A bomba do momento é o anúncio de que as unidades próprias da Farmácia Popular serão todas fechadas até o mês de agosto! Esse é mais um duro ataque à nossa saúde. O Programa Farmácia Popular, criado ainda no início do primeiro mandato do Presidente Lula, é responsável por fornecer uma série de medicamentos de forma gratuita ou com até 90% de desconto para milhões de brasileiros e brasileiras que precisam ter acesso a estes medicamentos para ter uma Pessoas com menor renda vida melhor. serão afetadas O Ministério da Saúde argumenta que serão fechadas as unidades da rede própria, mas será mantida a parceria com as farmácias privadas. Fingem, dessa maneira, não saber que o leque de medicamentos fornecidos pela rede própria é muito maior que os vendidos pela rede privada. Fingem também não saber que a distribuição geográfica das mais de 500 unidades da rede própria da Farmácia Popular atendeu também a critério de menor renda média familiar, levando apoio a quem mais precisava.

Ao anunciar o fim da rede própria da Farmácia Popular, serão milhões de pessoas gastando mais dinheiro com medicamentos e, consequentemente, deixando de gastar com alimentação e com outros itens de necessidade básica.

Aristóteles Cardona Júnior participa da Rede de Médicos Populares.

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BRASIL

Belo Horizonte, 23 a 28 de junho de 2017

Julgamento de Aécio é adiado e irmã passa a usar tornozeleira eletrônica STF Andrea Neves e Frederico Pacheco, assessores de Aécio, passam à prisão domiciliar. Senador está afastado e ainda não tem data para julgamento Valter Campanato / Agência Brasil

divulgado, em fazer delações premiadas. A proteção a Aécio é a proteção que uma parte do judiciário vem fazendo ao PSDB”, defende.

Rafaella Dotta

A

defesa de Aécio Neves apresentou ao Supremo Tribunal Federal um pedido para que o julgamento do senador fosse feito pelo plenário da casa, composto por todos os 11 ministros. Atualmente o caso está nas mãos da 1ª turma, composta por apenas cinco ministros. O relator, ministro Marco Aurélio, adiou o julgamento por prazo indeterminado para decidir sobre o recurso. A defesa de Aécio pede também que ele seja autorizado a voltar às atividades de senador.

No mesmo dia, a 1ª turma do Supremo deliberou outras ações favoráveis aos réus. As prisões de Andrea Neves, irmã e assessora de Aécio, Frederico Pacheco, assessor de Aécio, e Men-

dherson Souza Lima, ex-assessor de Zezé Perrella, foram convertidas em prisão domiciliar com uso de tornozeleiras eletrônicas. Eles são denunciados por corrupção, organização criminosa e por dificultar as investigações. Os três estavam presos desde 18 de maio.

Situação estranha Para o deputado mineiro Rogério Correa (PT), que já fez inúmeras denúncias contra Aécio, a situação é “no mínimo estranha”. “Ele foi pego em flagrante, recebendo uma quantia de 2 milhões”, indigna-se, “foram vários crimes contidos em

apenas uma gravação: recebimento de propina, ameaça de morte e obstrução da Justiça”.

O deputado critica também a decisão pela prisão domiciliar de Andreia e Frederico.

“Ainda fizeram questão de liberar a irmã e o primo que, certamente estavam pensando, como a imprensa já tinha

Acusações O senador afastado Aécio Neves (PSDB) é acusado de, junto com o presidente não eleito Michel Temer, dificultar as investigações da Lava Jato. Foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, da empresa JBS, e filmagens mostram seu assessor recebendo a quantia.

Veja abaixo uma lista organizada pela página VIOMUNDO com as cinco principais denúncias contra Aécio Neves, desde 2002, quando se elegeu governador de Minas Gerais.

Lista de denúncias contra Aécio Neves 2010-2017 2005

2005

Mensalão tucano

Lista de Furnas

O nome de Aécio consta na lista de Cláudio Mourão, como recebedor de R$ 110 mil de propina no esquema de campanha de Eduardo Azeredo. Rodrigo Janot abriu investigação contra Azeredo, mas não vinculou o nome de outros envolvidos.

A campanha de Aécio para o governo de Minas Gerais, em 2002, teria recebido R$ 5,5 milhões de empresas ligadas à usina de Furnas. Há inquérito aberto no MPMG e, na esfera federal, um pedido de depoimento feito por Rodrigo Janot.

2009 Aeroportos de Cláudio e Montezuma Aécio teria criado dois aeroportos em fazendas do tio (cidade de Cláudio) e do pai (cidade de Montezuma), para uso particular. A denúncia segue em investigação no MPMG.

“Parceira” com Andrade Gutierrez A empresa, e hoje grande acionista da Cemig, teria sido favorecida inúmeras vezes por Aécio Neves, com repasse de lucro da Cemig e obras. Em compensação, teria sido uma das maiores financiadoras de campanha de Aécio. Dois inquéritos abertos no MPMG e julgamento federal no âmbito da operação Lava-Jato.

2010 e 2017 Uso de aviões por Aécio e amigos Denúncia de que Aécio teria usado aeronaves oficiais para 124 viagens ao Rio de Janeiro e outras seis vezes quando já tinha deixado o governo. Inquérito instaurado no MPMG.

BRASIL

Belo Horizonte, 23 a 28 de junho de 2017

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Reforma trabalhista sofre primeira derrota e centrais vão às ruas GREVE GERAL Resultado na Comissão de Assuntos Sociais acende sinal verde para mobilizações Lula Marques / AGPT

Da redação

À

s vésperas da próxima greve geral, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deve votar a proposta de reforma trabalhista (PLC 38/2017) do governo não eleito de Temer (PMDB). O projeto, que havia sido aprovado na Câmara, foi rejeitado pela maioria dos senadores na Comissão de Assuntos Sociais. O resultado indica que o governo está perdendo força para aprovar reformas. Em resposta, centrais sindicais intensificam mobilização para o dia 30 de junho.

Primeira derrota Na terça-feira (20), a Comissão de Assuntos Sociais rejeitou, por dez votos a nove, o relatório do senador Ricardo

Ferraço (PSDB-ES), que defendia a aprovação do texto principal. A reforma propõe acabar com direitos reconhecidos na Constituição e na Consolidação das Leis do

Trabalho (CLT), como férias, décimo terceiro, licença maternidade e livre organização dos trabalhadores, entre outros. A oposição festejou o resultado.

“Esse projeto é inaceitável, chega a ser ridículo. Eu acredito que vamos ampliar a diferença na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma vez que esse governo está acabado. O presidente está sendo intimado pela Polícia Federal”, disse o senador Paulo Paim (PT-RS) à TV Senado. A reforma agora é discutida na CCJ e deve ser votada na quarta-feira (28), antes de ir a plenário.

Constituição e Justiça Na Comissão de Constituição e Justiça, um ex-aliado de Temer, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), apresentou seu voto em separado (relatório alternativo) contra a reforma trabalhista, na quinta (22). Ele declarou que a reforma fere a Constituição, a legislação trabalhis-

ta e o Regimento Interno do Senado.

“O que se tem verificado é a completa submissão do trabalhador aos interesses do empresariado. Em que pesem as inúmeras sugestões enviadas pelas diversas representações dos trabalhadores e da sociedade civil, não houve qualquer alteração do conteúdo do projeto de lei em exame, como se ele refletisse os anseios de patrões e empregados”, disse o senador.

Esse governo está acabado, intimado pela Polícia Federal”

Nova greve geral quer parar o Brasil dia 30 CENTRAIS Última greve gerou forte impacto e enfraqueceu governo

C

entrais sindicais avaliam que o momento é de aumentar a pressão contra o governo, a fim de derrubar as reformas de Temer. Elas divulgaram, um dia após a primeira derrota da reforma trabalhista, uma nota parabenizando os senadores contrários ao projeto e reafirmando a importância da mobilização social.

“Embora a tramitação prossiga e os trabalhadores ainda estejam ameaçados, a derrota política sofrida pelo governo, que já dava como certa a aprovação da proposta em todas as instâncias, fortalece a nossa luta e alerta a sociedade para o que está em

Mídia NIINJA

Greve de 28 de abril enfraqueceu governo e reformas ca de 40 milhões de trabalhadores pararam em todo o país. Só no comércio, patrões deixaram de faturar mais de R$ 5 bilhões, de acordo com a Federação do Comércio de São Paulo. Outros seto“É hora de fortalecer o dia 30, chamando toda a classe trabalhadora para a paralisação” afirma Beatriz Cerqueira res também sentiram o imjogo com as reformas tra- mais de cem anos, é a nos- trabalhadora para a parali- pacto da greve. Desde então, balhista e previdenciária”, sa Previdência, é o nosso di- sação”, proclamou a presi- o governo Temer tem se enafirma a nota. reito de trabalhar, são 15 mi- denta da Central Única dos fraquecido no Congresso e “Nós não podemos ter lhões de desempregados. É Trabalhadores de Minas Ge- já mostra dificuldades para manter a maioria em torno dúvidas neste momento. É hora de fortalecer o dia 30, rais, Beatriz Cerqueira. a retirada de direitos histo- fazendo assembleias de base Na última greve geral, rea- da reforma da Previdência, ricamente conquistados por e chamando toda a classe lizada no dia 28 de abril, cer- entre outras.

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MUNDO

Belo Horizonte, 23 a 28 de junho de 2017

Cuba convoca Corte Europeia de Direitos Humanos decide que lei russa é eleições gerais homofóbica Clarice Castro

A

pesar de a homossexualidade não ser mais considerada crime na Rússia desde 1993, há uma lei em vigor desde 2013 que multa e leva à prisão quem fizer “propaganda” de homoafetividade diante de menores de 18 anos. Tanto pessoas quanto empresas podem sofrer ação da lei, que dá margem para condenar qualquer atitude que indique apoio a questão LGBT. Três ativistas, Nikolay Bayev, Aleksey Kiselev e Nikolay Alekseyev haviam sido condenados por protestarem em frente a uma escola em favor da causa LGBT. Após terem todos

os recursos negados, eles recorreram à Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH) e obtiveram decisão favorável. A CEDH alega que a condenação dos rapazes viola artigos da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, como a liberdade de expressão, e incentiva a homofobia. Além disso, condena o país a pagar uma indenização de até 43 mil euros.

A Rússia está na lista dos 72 países onde a homossexualidade ainda é, de algum modo, criminalizada, de acordo com relatório da Associação Internacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais.

O Conselho de Estado de Cuba convocou eleições gerais para escolher os delegados das Assembleias Municipais, das Assembleias Provinciais e os deputados da Assembleia Nacional do Poder Popular.

As eleições para eleger os delegados das Assembleias Municipais do Poder Popular, cujo mandato é de dois anos e meio, acontecerão no fim de outubro de 2017, sendo o primeiro turno no dia 22. Nas circunscrições eleitorais em que nenhum dos candidatos tenha obtido mais de 50% dos votos válidos, o segundo turno será realizado no dia 29 de outubro.

As eleições para eleger os delegados das Assembleias Provinciais e os deputados da Assembleia Popular, com mandato de cinco anos, ainda não têm data definida. Para saber como funciona o sistema eleitoral cubano, acesse brasildefato.com.br

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Belo Horizonte, 23 a 28 de junho de 2017

ENTREVISTA

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As jornadas de junho, quatro anos depois...

BALANÇO Pesquisadores de cinco universidades se juntam para investigar as transformações da militância política no país desde junho de 2013 Mídia NINJA

momento foi uma decantação desses grupos e dessas práticas políticas heterogêneas, que passaram, aí sim, a disputar os espaços políticos, convocar manifestações em espaços separados, disputar pautas distintas. E isso vai levando a um posicionamento desses atores emergentes. Grupos de direita como o MBL e o Vem pra Rua só surgem nesse momento posterior, em 2014, como resultado das forças sociais de direita que foram às ruas em junho.

Pedro Rafael Vilela, de Brasília (DF)

H

á exatos quatro anos, o Brasil vivia uma jornada de mobilizações de rua sem precedentes. Indivíduos, grupos políticos e coletivos de distintas conotações ideológicas, à esquerda e à direita, explodiram contra o establishment político. O estopim para o início da tomada das ruas por milhares de pessoas em centenas de cidades se deu a partir do dia 13, quando uma violenta repressão policial ao protesto contra o aumento de 20 centavos na tarifa do transporte causou a revolta e instou a mobilização das pessoas, a partir da convocação virtual de protestos, por meios das redes sociais.

Inicialmente contrários às mobilizações, os grandes meios privados de comunicação logo perceberam que poderiam se aproveitar da revolta para estimular protestos direcionados ao governo federal, comandado pela petista Dilma Rousseff.

De lá pra cá, o Brasil não foi mais o mesmo. A rotina de protestos de rua se tornou comum nas principais capitais do país, com pautas as mais diversas, desde as lutas por direitos sociais até mesmo pedidos absurdos de intervenção militar, propagados por grupos neofascistas. A emergência de grupos de direita na

O pós junho é diferente em cada lugar do Brasil”

Manifestação em Belo Horizonte, em junho de 2013, chegou a ter uma participação de 100 mil pessoas

Breno

Junho de 2013 ainda é um grande enigma” sociedade polarizou ainda mais o ambiente político e acabou precipitando o golpe parlamentar de 2016, que afastou Dilma da Presidência da República.

Analisar as transformações da militância política no país a partir de junho de 2013 é o objetivo de pesquisadores de cinco universidades brasileiras (UERJ, UFMG, UFES, UFG e UFPel). Liderados pelo professor e pesquisador Breno Bringel, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da UERJ, eles farão uma análise comparada dos protestos em cinco capitais. Em entrevista ao Brasil de Fato, Breno Bringel problematiza essa polarização. Confira a seguir os principais trechos dessa entrevista: Existem interpretações polarizadas sobre junho de 2013. Quais as limitações dessas avaliações?

Bringel – Entender junho para além dessa polaridade, significa pensar esse processo histórico em suas contradições também. Junho de 2013 ainda é um grande enigma, tan-

Estopim foi repressão a luta contra aumento de R$ 0,20” to para a esquerda, quanto para a sociedade brasileira em geral, que, em parte, enxerga as jornadas de junho como o grande fantasma de todos os nossos males de hoje, como se tudo nascesse nesse momento, ou que percebem esse momento como uma grande esperança de uma revitalização da esquerda e das lutas sociais, o que não foi bem assim. Essas interpretações são insuficientes porque junho de 2013 foi tudo isso e muito mais. Representou uma coexistência física, nos mesmos es-

paços, de sujeitos heterogêneos, mas que estavam ali por motivos muito diferentes. Havia um antipetismo à direita do PT, protagonizado por setores conservadores, liberais, inclusive fascistas, e um antipetismo à esquerda, profundamente radical. Essa coexistência densa do momento inicial de junho foi um momento de catarse geral, de descarga emocional de indignação mesmo, uma tendência de maior individualização do ativismo, no qual muitas pessoas saíram às ruas sem partido, sem uma organização por trás, como se o protesto em si fosse mais importante que a lógica do movimento.

Desde o começo conviviam diferentes setores da esquerda, como os autonomistas, os mais radicais e o campo popular-democrático, formado pelos movimentos e partidos mais tradicionais, e também por uma direita de diferentes características, com segmentos conservadores, liberais e nacionalistas. O que nós tivemos após esse

Na pesquisa que você está coordenando há uma tentativa de se afastar de uma visão “paulistocêntrica” sobre junho de 2013

Existem elementos que diferenciam o junho e o pós-junho em diferentes lugares do Brasil. Se a gente olhar, Belo Horizonte, por exemplo, teve uma dinâmica muito vinculada à cultura política local, que tinha a ver com a retroalimentação de espaços culturais, de ocupações, uma militância artística, criativa, e que, em alguma medida, foi se fundindo com esse ativismo mais emergente de 2013.

Por outro lado, em outros lugares do país a repressão policial durante as jornadas de junho foi tão forte que quase acabou com coletivos e grupos, que sofrem as consequências da perseguição até hoje. Em alguns casos, a direita cresceu mais, mas em outros, menos. O campo democrático -popular, embora em crise, manteve-se forte em algumas regiões, como no Nordeste, mas se enfraqueceu bastante em outras.

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Belo Horizonte, 23 a 28 de junho de 2017

Nossos direitos

A Mulher Maravilha é feminista?

50% de desconto no registro do 1º imóvel

Larissa Costa

D

esde a estreia do filme Mulher Maravilha, no início deste mês, os apreciadores de super-heróis e histórias em quadrinhos estão ouriçados. Uns amaram, outros saíram frustrados das salas de cinema.

Nas redes sociais, a polêmica foi lançada: esse blockbuster é ou não feminista?

A Mulher Maravilha apareceu pela primeira vez nos quadrinhos em 1941. Criada pelo psicólogo estadunidense William Moulton Marston, a personagem tinha justamente a intenção de ser uma “propaganda para o novo tipo de mulher que deverá governar o mundo”, segundo o próprio autor. Motivado pelas sufragistas – o movimento de mulheres que tomou o mundo pelo direito ao voto feminino no final do século XIX e início do século XX – Marston criou uma super-heroína que virou símbolo do feminismo para muitas mulheres de diferentes gerações.

Filme destaca Ao longo dos seus 75 anos, Diana Prince agora ganha um filme só dela. E ainda, disuper-heroína rigido por uma mulher, Patty Jenkins, algo com autonomia inédito na história dos filmes de super-hee coragem róis. É um filme feminista? Pode não ser, quando se entende o feminismo como um projeto de sociedade igualitária que depende fundamentalmente da luta das mulheres contra o patriarcado, o capitalismo e o racismo. E a personagem tem sim contradições. Às vezes parece ingênua demais e até chega a usar argumentos que podem naturalizar a ideia de que as mulheres são aquelas únicas responsáveis por cuidar do mundo.

No entanto, a maior parte do filme mostra uma Diana segura do que quer, uma mulher independente e ousada, que ultrapassa os limites impostos a ela pela sociedade conservadora no auge da 2ª Guerra Mundial.

Diversas cenas, de ação ou não, protagonizadas pelas amazonas e pela própria Mulher Maravilha já fazem valer a pena assistir ao filme. Alguns dos diálogos entre a protagonista (Gal Gadot) e o coadjuvante Steve Trevor (Chris Pine) são bem interessantes por sinal, talvez uma reflexão feminista a conta-gotas.

O que importa na produção, portanto, é a representatividade. Ainda que faltem super-heróis negros e mulheres negras protagonistas no cinema, Mulher Maravilha coloca no centro das atenções uma super-heroína com autonomia e coragem. E isso sim é um avanço, embora insuficiente, na construção de uma sociedade em que seja plena a igualdade entre homens e mulheres.

Larissa Costa é comunicadora popular e feminista.

O sonho da casa própria pode ganhar um benefício na hora do registro em cartório. Segundo a Lei de Registros Públicos, a pessoa que financia a compra de uma residência pela primeira vez pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) tem o direito a um desconto de 50% no valor das taxas de registro e escritura do imóvel.

As condições para ter garantido o direito é a comprovação de que a pessoa não possui nenhum outro imóvel (pode ser comprovado com

certidão negativa do cartório de sua localidade) e o valor do imóvel não ultrapassar os R$ 500 mil.

Se você registrou seu imóvel nessas condições e não recebeu o desconto, poderá ser reembolsado. O primeiro passo é se dirigir ao cartório onde o registro do imóvel foi realizado e solicitar o reembolso. No caso de uma resposta negativa, o segundo passo é procurar o PROCON para um acordo. Lá o consumidor terá o seu caso analisado e receberá orientação adequada sobre os procedimentos que deverão ser tomados.

Adília Sozzi é advogada da Rede Nacional de Advogados Populares – RENAP.

Amiga da Saúde Amiga da Saúde, o mioma pode virar câncer? Quem tem esse problema no útero pode engravidar?

Tita Vieira, 28 anos, recepcionista Cara Tita, os miomas são tumores uterinos benignos. Eles não se transformam em câncer. Sua incidência é bem alta entre as mulheres, mas grande parte delas nem sabe que têm, pois são assintomáticas.

A presença ou não de sintomas varia de acordo com a localização do mioma e seu tamanho. Os sinais mais comuns são aumento do fluxo menstrual, dor pélvica, infertilidade e aumento do volume abdominal. As mulheres que têm

miomas pequenos e localizados no corpo uterino podem engravidar normalmente, não há tratamento recomendado para este caso, exceto observação. Já os casos de miomas grandes ou localizados próximo ao colo uterino podem sim impedir a gestação ou complicar uma gestação em curso. De qualquer forma, caso a mulher tenha mioma ou os sintomas acima, deve procurar um médico para avaliação clínica e outros exames, se necessário.

Sofia Barbosa I Coren MG 159621-Enf. Aqui você pode perguntar o que quiser para a nossa Amiga da Saúde Mande sua dúvida: amigadasaude@brasildefato.com.br

Belo Horizonte, 23 a 28 de junho de 2017

13 VARIEDADES 13

www.malvados.com.br

Dicas Mastigadas

por Alan Tygel*

Carne do sol com pirão de leite PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

© Revistas COQUETEL

O mais importante do séc. XX foi o de Nuremberg, Prisão na Alema- para feras nha, que condenou algozes nazistas

Os móveis indicados para casas de campo (?) natural, combustível do carro triflex

Marsupial Aquilo que foge dos padrões também Escola, em convencionais (pop.) chamado Pessoa sem "mucura" francês préstimo (bras.)

Cena comum em filmes de ação

No de 2013 Bento XVI renunciou

Porém; entretanto

Ingredientes

Estado natal dos potiguares (sigla)

Amontoar

• • • •

Capital da Irlanda do Norte

1 kg e 1/2 de carne do sol (contrafilé, filé mignon ou alcatra) 3 cebolas cortadas em rodelas Óleo para fritar a carne Manteiga de garrafa (opcional)

Para o Pirão Salgadinho muito vendido em praias

(?) de direção, ajuste feito por mecânicos Latido Refrear; (bras. S.) acomodar Que não (p. ext.) têm limites

Pedido de dinheiro emprestado (gíria)

"(?) e Abusada", sucesso de Anitta Doce feito do fruto de palmeira tropical

Anselmo Duarte, cineasta brasileiro

Primeira palavra dita ao telefone

Mata do (?), atração de Uberaba (MG)

Ferramenta do coveiro (?) com luva de pelica: revide elegante a uma ofensa

Noite, em francês

1. Corte a carne do sol em cubos não muito pequenos e deixe de molho na água. Se a carne estiver muito salgada, deixe de molho à noite e só use a carne de manhã (troque a água algumas vezes). Se a carne não for muito salgada, lave bem em água corrente para retirar o excesso do sal e deixe de molho em água limpa por pelo menos 1 hora.

Boba; ingênua

Alimenta (o bebê) ao seio

Objeto de estudo de oceanógrafos

Invento que enriqueceu Nobel

• 1 litro de leite • 1 xícara (de chá) de farinha de mandioca crua • 1 colher (de sobremesa) de sal

Emerson Fittipaldi, Apêndice ex-piloto de roteadores de Wi-Fi (Inform.)

Letra que precede o apóstrofo

2. Coloque um pouco de óleo em uma frigideira e frite as rodelas de cebola.

Quando estiverem douradas, polvilhe um pouco de sal e retire do fogo. Reserve.

Papel de atores de meiaidade

3. Na frigideira que você fritou a cebola, coloque porções da carne bem escorrida e deixe fritar. Primeiro, ela vai juntar água, mas depois ela vai secar e começa a dourar. O segredo aqui é não fritar muito, senão ela fica dura. Frite toda a carne e reserve.

Pedaço de madeira Medida agrária

1. Coloque o leite frio, a farinha de mandioca e o sal em uma panela e leve ao fogo mexendo sempre. Ele vai engrossar e ferver. Deixe ferver por uns 5 minutos e desprender do fundo, até a farinha perder o gosto de crua. Não deixe de mexer.

Gênero musical da cultura hip-hop

(?) elétrico: anima micaretas

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Solução

J A L U A L A

R G U L G A M S SA M T A B E I N H A M C O O P O ME I S C I P L O A H A C A D A D A M A R D A N A M I T NE L A U I R T P T R A T A

G A I N T E I N P A E A A R G E

P E N T O CO R N L F AS T E N T O E F O A R OL A D H A C PA U I R V M A

BANCO

Dígrafo de "urro"

D I N F V I N D I T O E S

Manobra militar para iludir o inimigo

Para fazer o pirão de leite:

Big (?), modalidade do skate

Em + ela

3/air — ipê. 4/acoo — nuit. 5/école. 6/facada. 7/belfast. 16/ponto fora da curva.

Segunda pessoa do discurso (Gram.)

Para finalizar, coloque o pirão em uma travessa, arrume a carne por cima e espalhe as rodelas de cebola frita por cima de tudo. Regue com manteiga de garrafa se você tiver (ou use uma boa manteiga, se você não tiver). Sirva bem quentinho.

Comida de Botequim

Nada melhor para acompanhar a conversa no bar do que uma boa e verdadeira comida de botequim. Afinal, ninguém aguenta ficar só bebendo, não é? Esse tipo de receita, em geral, é feita para se comer em grupo e precisa de bastante consistência para manter o estômago forrado, sem encher muito. Apesar de haver nos últimos anos um movimento de “gourmetização” das comidas de botequim, a carne de sol com pirão de leite é um clássico nordestino imperdível. * Alan Tygel é da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida

Participe enviando sugestões para receita@brasildefato.com.br.

14 CULTURA 14

Belo Horizonte, 23 a 28 de junho de 2017

Artistas de rua querem regulamentação do trabalho DIREITO Grupos querem lei para liberação de pequenos equipamentos e menos burocracia para alvará Raíssa Lopes

M

úsicos que não podem tocar em locais públicos, atores de teatro impedidos de transportar pequenos cenários, malabaristas, mímicos e palhaços perseguidos pela fiscalização: a realidade da arte de rua em Belo Horizonte não é fácil. Há anos artistas lutam pela regulamentação da profissão.

Desde 2011, por causa de um decreto do ex-prefeito Com valorização da arte de rua, BH pode vir a se tornar um polo cultural e turístico Marcio Lacerda (PSB), os artistas sofrem com normas re- artistas e praças da cidade. A so a meios para regularizar a pressivas. A partir da mudan- proposta também prevê me- sua apresentação, limitando ça da administração munici- nos burocracia para alvarás seu potencial”, declara Thais pal, eles passaram a organizar ou a extinção deles para apre- Oliveira, do Movimento Arreuniões constantes para ex- sentações de porte reduzido. tes nas Ruas BH. Ela também “O decreto do Lacerda res- chama a atenção para a punipor as reivindicações à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) palda à fiscalização e cria em- ção, que pode fazer com que pecilhos que são o oposto do os trabalhadores tenham seus e criar uma lei específica.

Entre as solicitações, está que quer a arte de rua, que é equipamentos de sustento rea ideia de liberar o transpor- leve, itinerante. Ali, um artis- colhidos.

Para Diego Gamarra, do te de pequenos cenários para ta não precisa de grande púMovimento Mineiro de Cirartistas de teatro e caixas de blico, não tem galpão, faz o som, com níveis baixos de po- seu trabalho e passa o cha- co, as regras não podem ser tência, para músicos, além de péu para receber por ele. as mesmas de grandes evenrealizar um mapeamento dos Muitas vezes, não tem aces- tos. “Nós pedimos para usar caixas de som que não possam incomodar a vizinhança. É uma injustiça ver um artista tendo que pagar para expressar uma arte feita de forma voluntária, sem nada de

Ação Cultural em Uberlândia

No dia 02 de julho, domingo, acontecerá na praça Clarimundo Carneiro, das 15 às 21 horas, ação cultural pelas Diretas Já! A ação conta com a apresentação de ações teatrais e bandas de samba, MPB e rock. A entrada é livre.

Chegou a hora da Mostra de Cinema de Ouro Preto

patrocínio”, afirma ele, que trabalha como palhaço. Diego acredita, ainda, que com a valorização da arte de rua, BH pode vir a se tornar um polo cultural e turístico.

O que a cidade tem pra dizer Na visão de Thais, as políticas culturais da capital mineira são concentradas no interior de espaços físicos. “A cidade tem becos, ruas, lugares longe do Centro que são descuidados. E é por aí que o artista de rua ultrapassa barreiras e proporciona um momento de transformação, sem catraca, sem seguranças, independente de idade, religião”, ressalta.

Uma primeira proposta da Lei do Artista de Rua foi vetada pelo prefeito Alexandre Kalil (PHS) que orientou reformulação. No momento, o documento já alterado está em análise da PBH. Se aprovado, ele começa a tramitar na Câmara dos Vereadores. A próxima reunião dos artistas de rua será realizada na primeira semana de julho. As informações serão divulgadas na página facebook.com/ movimentoartesnasruasbh

Até segunda-feira (26), acontece a 12ª edição da Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP).

O evento agita a cidade histórica com uma programação que vai muito além do cinema: são debates, oficinas, apresentações musicais, dança, cultura popular, performances, exposições e muito mais. No sábado (24), por exemplo, vai rolar um cortejo com a presença de diversos grupos musicais, que seguirão em marcha da Praça Tiradentes até o Cine Vila Rica. Para visualizar todas as atrações e se programar, acesse: www.cineop.com.br.

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Belo Horizonte, 23 a 28 de junho de 2017

ESPORTE

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Isabelle Neris, primeira transexual registrada em time feminino no país DIREITOS Decisão inédita da CBV foi tomada em março Daniel Giovanaz

car informações sobre a possibilidade de inscrevê-la em uma partida oficial.

Marilu Cabañas (Rádio Brasil Atual) / Daniel Giovanaz (Brasil de Fato)

I

sabelle Neris treina há dois anos no time Voleiras, de Curitiba. Até março, ela nunca havia disputado um jogo oficial. No início do mês, ela conseguiu uma autorização da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e se tornou a primeira transexual a integrar uma equipe feminina no Brasil.

Isabelle nasceu em corpo de menino, mas “sempre soube que era homossexual”, afirma. Aos 17 anos, começou um tratamento hormonal para reduzir os níveis de testosterona no organismo. No ano seguinte, fez a primeira cirurgia plástica, com apoio dos familiares.

O vôlei é o esporte preferido desde a infância. “Na adolescência, eu vi que não me enquadrava nos padrões mascu-

linos. Os meus níveis de testosterona sempre foram mais baixos, mesmo antes do tratamento hormonal”.

Como “não fazia sentido” jogar entre os homens e a documentação dela não permitia integrar um time femini-

Time de Uberlândia vai disputar Brasileiro

Comuncação / Futel

A

equipe uberlandense de Goalball feminino da Faculdade Shalon de Ensino Superior venceu o Campeonato Regional Sudeste I realizado em Vila Velha, no Espírito Santo. Derrotaram a equipe de Urece por 11 a 1 e conquistaram a vaga para a Copa Loterias Caixa de Goalball, que ocorrerá em Brasília, no mês de novembro.

O goalball é um esporte cujo objetivo é arremessar uma bola com as mãos no gol do adversário. Ele é praticado por atletas que possuem deficiência visual, sendo cada time com 3 jogadores.

no, o vôlei virou apenas um hobby. Isabelle Neris estudou, tornou-se técnica em radiologia e hoje trabalha em um salão de beleza.

Em 2015, foi chamada a integrar o time Voleiras, que disputa torneios locais e regionais. “Deixei bem claro para a comissão técnica e as outras meninas que eu só poderia participar de treinos”, lembra.

No mesmo ano, ela entrou com recurso para alterar seus documentos. A comissão técnica da equipe passou a bus-

Inspiração “Eu nunca tive notícia de transexual, homem ou mulher, participando de competições esportivas oficiais”, conta Isabelle. “Foi aí que eu conheci a história da Tiffany, uma brasileira que joga em alto rendimento na Itália”.

Tiffany Abreu jogava em uma equipe masculina no Brasil “como se fosse um homem”. Ao chegar à Itália, alterou os documentos e conseguiu uma liberação da Federação Internacional de Voleibol para competir entre as mulheres. “Foi a minha inspiração”, lembra a curitibana.

Em uma decisão inédita, há duas semanas, a Confede-

Na adolescência, eu vi que não me enquadrava nos padrões masculinos

ração Brasileira de Voleibol (CBV) autorizou que Isabelle fosse registrada como atleta da equipe feminina. Ao contrário de Tiffany, ela não precisou apresentar a comprovação dos níveis de testosterona, pois vai disputar apenas torneios amadores.

Preconceito “Quando entro em quadra, noto os olhares, as risadinhas, os xingamentos. É muito explícito, muito ofensivo, direcionado, mas eu tento ignorar. Ninguém é obrigado a gostar de nada, mas tem que respeitar”, comenta Isabelle.

O sonho de ser jogadora profissional ficou para trás, mas ela está tranquila em relação ao futuro no esporte.

“Eu já tenho 25 anos e, geralmente, as atletas de alto nível começam mais cedo. Mas quero continuar jogando em competições regionais, locais, e ser cada vez mais respeitada”, conclui. No país que mais mata transexuais do mundo, ela sabe que estar em quadra já é uma vitória.

Diana Taurasi: maior pontuadora da história da WNBA Aos 35 anos de idade, a jogadora Diana Taurasi atingiu a marca dos 7496 pontos, tornando-se a maior pontuadora da WNBA, liga profissional feminina de basquetebol dos Estados Unidos. O feito foi alcançado na última segunda-feira (19), durante derrota por 90 a 54 para a equipe LA Sparks. Quando Diana Taurasi quebrou o recorde, o jogo parou e ela foi reverenciada por lendas vivas do masculino, como Kobe Bryant, LeBron James e Kevin Durant. “É especial conseguir esse registo perante a minha família, no Dia do Pai, em Los Angeles. Joguei descontraída e tentei não pensar nisso. Queria o recorde e consegui. Então, pensei em todas as grandes jogadores com quem joguei, em todos os jogos”, disse a cestinha, emocionada.

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Belo Horizonte, 23 a 28 de junho de 2017

Emily convoca para jogo contra Alemanha

ESPORTES

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DECLARAÇÃO DA SEMANA Jesus Vicente / EC São Bento

Rafael Ribeiro / CBF

A

técnica da Seleção Brasileira feminina de futebol, Emily Lima, convocou 20 jogadoras para amistoso contra a Alemanha. A partida será disputada no dia 4 de julho, às 12h45 (hora de Brasília) no Stadion am Hardtwald, na Alemanha. Na lista, aparecem três estreantes da seleção principal: a meia Luana, da equipe norueguesa Avaldsnes Idrettslag, e as atacantes Ludmila, do São José, e Kamila, do Iranduba. Após o

amistoso, o Brasil participará do Torneio das Nações, no qual enfrentará equipes de peso do futebol mundial: Estados Unidos, Japão e Austrália.

“Naquela época, se o Romário fizesse mais de um gol por jogo, o elenco inteiro ganhava o ‘bicho’ da vitória dobrado. Meu salário era curto. Então, o que eu metia de bola pra ele não estava no gibi!”

Até o fechamento desta edição, ainda não havia terminado o jogo entre Ponte Preta e Cruzeiro, pelo Brasileirão.

Manoel Morais, jogador do Botafogo-SP, sobre o período em que atuou no Vasco com o “Baixinho”.

Gol de placa Não é mais que sua obrigação, mas o Palmeiras ressarcirá torcedores do Galo que não conseguiram assistir à partida entre os times no Allianz Parque, devido ao reflexo do sol numa placa de acrílico.

Que o exemplo prospere.

Gol contra A CBF proibiu o Santa Cruz de cobrar R$ 5,00 nos ingressos para a partida do time contra o Figueirense. Segundo a confederação, o preço mínimo para jogos da série B é R$ 20,00. No sábado (17), porém, o Santa Cruz, com ingresso promocional, havia posto mais de 25 mil torcedores no Arruda, contra o Inter. A elitização da arquibancada mata o futebol.

Decacampeão

É Galo doido

La Bestia Negra

Bráulio Siffert

Rogério Hilário

Leo Calixto

A vitória magra diante do Santa Cruz e a proximidade do G-4 não podem iludir o América: o time continua mal organizado, com dificuldades na transição da defesa para o ataque, armadores que não buscam o jogo e um ataque ineficiente, que Decacampeão não consegue aproveitar as chances. Luan e Bill jogam apenas com o peso do nome e da trajetória que possuem, mas não estão correspondendo, com muitos erros de passes e falta de capricho nas finalizações.

Se o ataque com dois alas abertos e um centroavante centralizado não está funcionando, é preciso voltar a atuar na melhor formação que o time apresentou no ano: três volantes, preferencialmente Zé Ricardo, Christian e Gustavo Blanco.

Atleticano suporta a agonia no Brasileirão, enquanto aguarda as próximas fases da Copa do Brasil e Libertadores. Nem bem o time sente o gosto do primeiro triunfo fora de BH e lá vem outra equipe desesperada para nos impor a realidade no IndepenÉ Galo doido! dência. E como dói! Em nove partidas, duas vitórias, quatro empates e três derrotas.

Na constelação contratada pela diretoria, só Cazares brilha. Os outros se movem atabalhoadamente pelo campo. Não sabem o que fazer ou não entendem as orientações do técnico, cuja situação está ficando insustentável. Esperemos alguma evolução na partida de domingo (25), contra a Chapecoense, em Santa Catarina. A distância do Horto pode até ser benéfica.

Anúncio 1997: todo clube tem referência em um ano marcante de sua história. Alguns somam mais anos dourados do que outros. É isso que os tornam grandes, gigantes no futebol mundial. Assim é a história do maior clube de Minas, o Cruzeiro, que há Lauma Bestia Negra 20 anos teve temporada inesquecível. Nesta semana, na última quinta-feira (22), fez exatos 20 anos da final do Mineiro contra o Villa Nova. Eram 132.834 pessoas dentro do Mineirão, digo, Toca III, para festejar o título em um grande jogo. Nesse mesmo ano, a Raposa também levou a Copa Libertadores da América, disputando a final do Mundial de Clubes. Esta coluna foi feita em homenagem à única razão para um clube existir: sua torcida