Edição 55 do Brasil de Fato MG

10 BRASIL

Reprodução

4 CIDADES

Valdecir Galor/SMCS

Banco Central em disputa

2a fase da vacina contra HPV

Proposta de Marina Silva é alvo de críticas de economistas e políticos.

“Vai entregar aos bancos o poder de dizer quanto querem ganhar”, afirma Cid Gomes.

Ministério da Saúde inicia a segunda fase da vacinação para as 480 mil meninas que tomaram a primeira dose. Vacina pode evitar câncer

Minas Gerais

11 a 17 de setembro de 2014 • edição 55 • brasildefato.com.br/mg • distribuição gratuita

3 CIDADES Rogerio Sarmento/Ag Eficaz

7 MINAS

O que será dos 80 mil professores da Lei 100?

Edna Iévenes

Meio passe estudantil Estudantes de BH têm até 31 de outubro para fazer o pedido.

Benefício atende 14% de alunos do ensino médio

9 ENTREVISTA

Reprodução

Segurança atual não funciona Lei que efetivou professores estaduais em 2007 foi rejeitada pelo STF. A decisão implica na demissão de 80 mil profissionais, que, entre inúmeros problemas, não receberão direitos trabalhistas

Especialista fala sobre a piora do índice de criminalidade no estado, do perfil dos presos e da necessidade de nova política de segurança

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OPINIÃO

Belo Horizonte, 11 a 17 de setembro de 2014

editorial | Minas Gerais

sociais driblou a proposital omissão da grande mídia, que limitouse a coberturas locais e artigos críticos. O elemento mais original foi a enorme quantidade de urnas em fábricas e empresas. Centenas de escolas e universidades realizaram debates e o tema da Constituinte ganhou força na juventude.

A conquista de uma Constituinte não será tarefa fácil. Será necessário conquistar um plebiscito oficial, com valor legal, com a mesma pergunta: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?” E o Congresso Nacional detém a prerrogativa de convocar um plebiscito legal.

Estamos assistindo a uma ofensiva política conservadora, que aposta todas as fichas em derrotar as conquistas obtidas nas últimas décadas. Assistimos a isso no formato diretamente golpista

Decifrando as eleições Na corrida eleitoral há uma “candidata” que ganharia as eleições em primeiro turno: a reforma política. O tema que ganhou destaque na opinião pública após junho de 2013 pode ser um elemento decisivo no desfecho dessas eleições. A reforma política canaliza a atenção de impressionantes 74% de brasileiros que expressam desejo de mudança. E se, além de canalizar a atenção, o tema canalizar também os votos, daria vitória em primeiro turno para qualquer candidatura.

Há dados curiosos a respeito da insatisfação que o povo vem demonstrando com o sistema político. Um deles é o índice de rejeição altíssimo em todas as candidaturas, mesmo entre as menores. Se pegarmos dois extremos, pela pesquisa Datafolha do último dia 29, esse cenário fica nítido.

Pela extrema esquerda, Zé Maria, do PSTU, ainda não atingiu 1% das intenções de voto, mas já acumula 17% de rejeição. Pela extrema direita, Pastor Everaldo, com 2% de intenções de voto, soma 23% de rejeição.

Com a surpresa ameaçadora de Marina e com o mineiro Aécio Neves fora do páreo nacional, Dilma precisará deslocar o centro de sua política da continuidade para saídas efetivas como sinais de mudança Já na ponta da tabela, a inesperada expressão eleitoral de Marina Silva é uma boa chave para entender a difusa ânsia por mudanças.

Engana-se quem pensa que Marina é fruto de uma comoção nacional com a morte de Eduardo Campos. Sua viabilidade eleitoral expressa muito mais um sentimento difuso de insatisfação com o quadro político atual. A “candi-

data surpresa” rompeu a mesmice em que caminhavam as principais candidaturas ante as epressas pressões populares por mudanças.

Com a surpresa ameaçadora de Marina e com o mineiro Aécio Neves fora do páreo nacional, Dilma precisará deslocar o centro de sua política da continuidade de Lula e apresentar saídas efetivas como sinais de mudança. A melhor saída para a candidata é retomar a defesa da reforma política. O tema que ocupou lugar de destaque entre os cinco pactos firmados pela presidenta, em junho de 2013, é um grande organizador do anseio por mudanças, principalmente entre os jovens.

Nessas eleições, mudar é a palavra chave. Mas quem fará as mudanças? De um lado está Marina, que, ao defender anistia aos torturadores e retroceder na defesa de direitos humanos, sinaliza uma mudança conservadora, com base na alta classe média. Do outro lado, Dilma, que, para expressar mudança alternativa à proposta por Marina, e conquistar o eleitorado insatisfeito com o sistema político, terá a saída de propor mudanças progressistas, de base popular. O Brasil vai mudar. Mas, para onde? Isso está em jogo nessas eleições.

editorial | Brasil

O vitorioso Plebiscito Popular da Constituinte As urnas estão sendo apuradas e ainda não é possível saber o total de votos obtidos. De qualquer forma, os percentuais já apurados permitem afirmar a estrondosa vitória dos que defendem a constituinte exclusiva. A mobilização surpreendeu até os mais otimistas.

O Plebiscito Popular da Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político produziu uma unidade entre as forças sociais e populares que não se via desde a campanha contra a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).

Foram mais de 100 mil militantes e ativistas voluntários em todo o país, a imensa maioria de jovens, dedicando-se de forma incansável em instalar urnas em toda a parte. O primeiro Plebiscito Popular da era das redes sociais produziu uma infinidade de imagens, envolvendo artistas, intelectuais e lideranças populares.

Mais uma vez, a força das redes

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora também com edições regionais, em SP, no Rio e em MG. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e no nosso estado.

Sem muita pressão social, uma vitória que incomoda tanto os interesses da classe dominante é impossível em Honduras e no Paraguai e em candidaturas patrocinadas nos vários países do continente. Seria muita ingenuidade imaginar que não aproveitariam a conjunção de uma quadro recessivo com as eleições brasileiras.

Sabemos que, sem muita pressão social, uma vitória que incomoda tanto os interesses da classe dominante é impossível. Recordemos que mesmo a campanha das “Diretas Já”, nossa maior mobilização social, não conseguiu aprovar a Emenda Dante de Oliveira, que restabelecia eleições presidenciais diretas.

Isso somente será possível se os mais de 1.800 comitês populares que se conformaram ao longo da preparação do Plebiscito Popular forem capazes de se manter atuantes. Todos os que trabalharam incansavelmente nesta campanha levarão para o resto da vida o orgulho de terem deflagrado o movimento que mudará o curso de nossa história.

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conselho editorial minas gerais: Adília Sozzi, Adriano Pereira Santos, Beatriz Cerqueira, Bernadete Esperança, Bruno Abreu Gomes, Carlos Dayrel, Cida Falabella, Cristina Bezerra, Deliane Lemos de Oliveira, Durval Ângelo Andrade, Eliane Novato, Ênio Bohnenberger, Frederico Santana Rick, Frei Gilvander, Gilson Reis, Gustavo Bones, Jairo Nogueira Filho, Joana Tavares, João Paulo Cunha, Joceli Andrioli, José Guilherme Castro, Juarez Guimarães, Laísa Silva, Luís Carlos da Silva, Marcelo Oliveira Almeida, Michelly Montero, Milton Bicalho, Neemias Souza Rodrigues, Nilmário Miranda, Padre Henrique Moura, Padre João, Pereira da Viola, Renan Santos, Rilke Novato Públio, Rogério Correia, Samuel da Silva, Sérgio Miranda (in memoriam), Temístocles Marcelos, Wagner Xavier. Administração: Vinicius Moreno. Distribuição: Larissa Costa. Diagramação: Luiz Lagares. Revisão: Wallace Oliveira. Editora regional: Joana Tavares (Mtb 10140/MG).

Repórteres: Maíra Gomes e Rafaella Dotta. Fotógrafa: Marina Lana/AgEficaz. Estagiária: Raíssa Lopes. Endereço: Rua da Bahia, 573 – sala 306 – Centro – Belo Horizonte – MG. CEP: 30160-010.

Belo Horizonte, 11 a 17 de setembro de 2014

CIDADES

Prorrogada inscrição para meio passe estudantil A Prefeitura de Belo Horizonte está com edital aberto para requisição de meio passe para estudantes do ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O prazo vai até 31 de outubro. Neste segundo semestre serão distribuídos 4 mil cartões, sendo que 10 mil foram entregues no início do ano. Apesar do avanço conquistado, jovens da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da Grande BH (AMES) querem a sua ampliação.

Belo Horizonte possui cerca de 100 mil estudantes de nível médio, de acordo com dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2012. Em contraste, este ano a Prefeitura Municipal distribuirá 14 mil cartões de meio passe estudantil, equivalendo a 14% dos alunos.

Marcio Leite, estudante do Instituto de Arte e Projeto (INAP) e integrante da AMES, acredita que a conquista do meio passe foi importante, mas é preciso ampliar e consolidar o Programa. “A quantidade de burocracia e o pequeno número de estudantes beneficiados cria uma exclusividade, um nível de acesso muito restrito”, afirma. Para o estudante, a falta de divulgação é o segundo grande problema.

Rogerio Sarmento/Ag Eficaz

Inscrição para desconto pode ser feita até dia 31 de outubro

TRANSPORTE Benefício atende apenas 14% dos alunos de ensino médio Rafaella Dotta

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Como requisitar o meio passe O Programa Meio Passe Estudantil, de responsabilidade do poder municipal, concede a estudantes o pagamento de metade da passagem de ônibus em dias escolares. O benefício é válido para alunos do ensino médio e do EJA que moram a mais de um quilômetro da escola.

A inscrição deve ser feita até 31 de outubro através do site (meiopasse.pbh.gov.br) e o acompanhamento do resultado é de responsabilidade do estudante, que precisa acessar seu e-mail periodicamente. Para mais informações, é preciso ligar para o 156.

Implosão do Viaduto Guararapes é adiada novamente A história do viaduto que caiu no dia 3 de julho em Belo Horizonte, matando duas pessoas e ferindo 23, ainda não apresenta desfecho. A empresa Cowan, responsável pela construção das duas alças do viaduto, afirmou ser necessário implodir a alça norte, pois ela pode também desabar. A Avenida Pedro I está interditada desde o acontecimento, há 68 dias.

A empresa contratada para a implosão é a Fábio Bruno Construções Ltda, que realizaria o trabalho no domingo (14), às 9h. Porém, a ação foi embargada na sexta-feira (5) pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais, por conta de risco grave e iminente de acidente de trabalho.

De acordo com projeto apresentado para a implosão, haveria a retirada do escoramento do viaduto antes de serem colocados os explosivos, o que a Superintendência acredita que poderia ferir os funcionários. A Cowan afirmou que irá detalhar melhor o plano, mas não informou prazos. (Da redação)

PERGUNTA DA SEMANA No dia 5 de outubro os brasileiros vão às urnas para escolher seus representantes na Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados, Senado, governo estadual e presidência pelos próximos quatro anos. E para escolher seu voto, é preciso também consciência. Por isso, o Brasil de Fato MG pergunta:

Quais critérios você usa para escolher o seu candidato?

Luís Henrique Shikasho

Começou na segunda-feira (8) a contagem de votos do Plebiscito que pede a reforma do sistema político brasileiro. A ação aconteceu de 1º a 7 de setembro e contou com 40 mil urnas. Os organizadores consultaram a população sobre mudanças no sistema político do país, pedindo uma Assembleia Constituinte que mude as leis do setor.

Os critérios são os mesmos que todo mundo usa, mas principalmente o investimento que a pessoa vai fazer em educação. Vejo que eles dizem sobre abaixar a idade penal pra 16 anos, mas o problema da segurança só melhora com educação.

João Cardoso, Corretor

O principal é ter responsabilidade, porque muitos ficam na conversa e não fazem nada. Na política, todo mundo fala que faz isso e aquilo, mas não faz nada. Precisa saber se o que a pessoa fala é possível mesmo.

Andrea Ramos, Cuidadora de idosos

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CIDADES

Belo Horizonte, 11 a 17 de setembro de 2014

Vacinação contra HPV vai até 30 de setembro SAÚDE Meninas de 11 a 13 anos são vacinadas em postos de saúde e escolas do estado Manuella Brandolff /Palácio Piratini

Desde 1º de setembro, a 2ª dose da vacina contra o HPV (papiloma vírus humano) está sendo aplicada em meninas de 11 a 13 anos em Minas Gerais. A vacinação é destinada especialmente às garotas que receberam a 1ª dose, em março de 2014, e ocorre até o dia 30 deste mês nas unidades básicas de saúde (UBS) e também em escolas do estado.

Na primeira fase de vacinação contra a doença, 480.947 meninas foram imunizadas. Segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o número corresponde a 89,08% da população mineira feminina entre 11 e 13 anos. A meta inicial era al-

Três mortes em Itabirito

Na primeira fase de vacinação contra a doença, 480.947 meninas foram imunizadas, 89,08% da população mineira feminina entre 11 e 13 anos ocorrer somente em março de 2019. Ainda segundo a Secretaria de Saúde, completar as três partes do processo vacinatório é passo fundamental para garantir

Vacina é destinada principalmente para quem recebeu a primeira dose

a completa imunização das adolescentes.

Vacina pode evitar câncer A vacina protege contra 4 subtipos de HPV: 6, 11, 16 e 18. Os subtipos 16 e 18 são

responsáveis por 70% de casos de câncer de colo do útero, enquanto os subtipos 6 e 11 correspondem a 90% das verrugas anogenitais.

Em comunicado, o Ministério da Saúde informou

Democratização da mídia na pauta das eleições Joana Tavares “Democratizar a comunicação implica promover a liberdade de expressão para todos e todas. É liberdade de ter acesso às informações qualificadas e também falar e ser ouvido”, defende Sâmia Bechelane, do Fórum das Juventudes, uma das organizações que compõem o comitê mineiro do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). A entida-

de promoveu, na segundafeira (8), a entrega de uma “plataforma estadual para uma comunicação democrática”.

Foram convidados candidatos de todos os cargos e partidos. Fidélis Alcântara, candidato a governador pelo PSOL, Jô Moraes, a deputada federal pelo PCdoB, Nimário Miranda e Adelmo Leão, do PT, a deputado federal, além de representantes de outros candidatos, receberam um documento Rogério Sarmento/Ag.Eficaz

Projeto de lei Na plataforma nacional, foram reunidos 20 pontos de reivindicações dos movimentos de comunicação.

Eles deram origem a um projeto de lei de iniciativa popular, que precisa de 1,5 milhões de assinaturas para dar entrada no Congresso.

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Tô com Padre

para continuar avançando nas ações

Acesso à terra, à água, fortalecimento da Agricultura Familiar Camponesa e Desenvolvimento Sustentável.

Direito à Habitação Urbana e Rural Educação e Cultura Gênero-Mulher Igualdade Racial Juventude

CONTRATANTE: 205768400001-04 PADRE JOÃO VALOR: R$ 600,00

Movimentos entregaram plataforma a candidatos

com reivindicações nacionais e também 15 propostas de âmbito estadual. Entre elas está o fortalecimento da comunicação pública, incluindo rádios comunitárias, e expansão do sinal de telefonia celular para todas cidades do estado.

“Queremos entregar para todos os candidatos, não só do Executivo, mas também do Legislativo. E queremos envolver a sociedade nessa discussão, mesmo depois das eleições”, diz Aloísio Lopes, do FNDC. Ele defende que a regulação democrática da mídia é uma vontade da população, que quer ser representada e também produzir conteúdo.

que, a partir de 2015, irá expandir a vacina contra HPV também para meninas entre 9 e 11 anos. A data ainda será definida.

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Um deslizamento de terra aconteceu na manhã desta quarta-feira (10), em uma mina da empresa Herculano, em Itabirito, Região Central de Minas Gerais. Até o fechamento desta edição, as mortes de três operários foram confirmadas, e quatro haviam sido retirados com vida. Segundo o Corpo de Bombeiros, a causa do acidente foi o rompimento de uma barragem desativada, que continha o resto da lavagem do minério. Funcionários realizavam a manutenção do açude quando grande quantidade de lama e terra desceu, atingindo os operários. A busca pelos trabalhadores soterrados continua, e pode durar dias.

O corpo de Adilson Aparecido Batista (44), operador de uma retroescavadeira totalmente encoberta pelos dejetos, ainda não foi encontrado.

cançar 80% das meninas.

A expectativa é que a segunda fase da vacinação também seja bem sucedida e atinja todas as meninas que receberam a 1ª dose. A terceira etapa deverá

COLIGAÇÃO MINAS PRA VOCÊ PT, PCdoB, PMDB, PRB e Pros

Raíssa Lopes

DEPUTADO FEDERAL

1315

Padre João Este nos representa!

MINAS

Belo Horizonte, 11 a 17 de setembro de 2014

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Fatos em Foco

GUIA DO ELEITOR CIDADÃO

Seis meses de licença maternidade em Contagem

Nesta edição, o leitor do Brasil de Fato MG vai entender melhor como funciona a Justiça Eleitoral, esfera responsável por todas as eleições do país.

Reprodução

Justiça Eleitoral fiscaliza as eleições A Justiça Eleitoral do Brasil é a esfera responsável por todos os processos eleitorais do país.

Além das eleições regulares, caso venha a ser realizado um Plebiscito ou Referendo, eles também estarão sob responsabilidade da Justiça Eleitoral.

Sua atuação se dá em três esferas: jurisdicional,

ou seja, aquela que lhe dá competência para julgar questões eleitorais; administrativa, que a responsabiliza pela organização e realização de eleições, referendos e plebiscitos; e regulamentar, ligada às normas referentes ao processo eleitoral.

A Justiça Eleitoral é representada nacionalmen-

te pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em cada estado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER), que cuida dos processos das eleições e faz o acompanhamento.

Ela organiza o alistamento eleitoral, faz o registro de candidatos, o julgamento dos crimes eleitorais, a cassação daqueles

que não cumprem as regras do jogo, a fiscalização da propaganda eleitoral, a determinação de datas de eleições, a apuração dos votos e a diplomação dos eleitos. Também é a Justiça Eleitoral a responsável por cadastrar os eleitores, emitir títulos eleitorais, criar zonas eleitorais e definir a localidade dos eleitores.

Sistema Eletrônico de votação As eleições no Brasil são consideradas uma das mais modernas do mundo. O modelo eletrônico de votação, usado desde 1996, é considerado por muitos países como um dos mais avançados do mundo.

A urna eletrônica é um microcomputador de uso específico para eleições. Dois terminais compõem a urna: o ter-

minal do mesário, onde o eleitor é identificado e autorizado a votar, e o terminal do eleitor, onde é registrado numericamente o voto.

Após o fim das votações, a urna emite um boletim em papel, as informações são gravadas e é realizada a apuração. Este sistema permite agilidade na contagem e divulgação dos resultados da eleição.

Para fiscalizar O TSE disponibiliza um número para denúncias sobre irregularidades no período eleitoral e esclarecimento de dúvidas sobre as eleições. Disque-Eleitor: 148.

Aécio Neves processa rede social e pede liberação de dados de 66 usuários Reprodução

Raul Gondim O candidato à presidência pelo PSDB Aécio Neves entrou com uma ação judicial contra a rede social Twitter, no valor de R$ 10,7 mil, para que a empresa revele dados cadastrais e registros eletrônicos de 66 usuários do serviço de microblog. Os perfis são acusados pelo atual senador de formar uma rede virtual de calúnia e difamação contra ele. Esta é a quarta ação que Aécio move contra redes sociais da internet.

A “lista dos 66”, como ficou conhecida a relação de perfis objeto da ação de Aécio, inclui usuários como o crítico de cinema

Pablo Villaça, o jornalista Altamiro Borges, a professora da UFJF Regina Salomão, o escritor Antônio Mello e o perfil do site de notícias Diário do Centro do Mundo. De acordo com a peça preparada pelos advogados de Aécio, tais perfis seriam acusados de “propagar conteúdos que insinuam envolvimento em crimes, como enriquecimento ilícito, apropriação de recursos da Saúde em MG, agressão à namorada, crime de evasão de divisas, uso e transporte ilegal de drogas; (...) e condutas moralmente inaceitáveis”.

Os advogados de Aécio têm agora até o dia 17 de setembro para apresen-

tar à Justiça quais foram as mentiras veiculadas no Twitter pelos 66 usuários citados. Um pedido para

que a ação corresse em sigilo, sem que os usuários fossem notificados, foi negado.

Foi aprovado um projeto de lei que estende para seis meses a licença -maternidade das Agentes de Combate às Endemias (ACE) e das Agentes Comunitárias de Saúde (ACS). O projeto agora precisa ser sancionado pela Prefeitura para que as servidoras tenham acesso ao benefício. O requerimento precisa ser feito até o final do primeiro mês pós -parto.

IF Sudeste abre inscrições para cursos gratuitos Instituto Federal Sudeste começa a receber inscrições a partir de segunda-feira (15) para as quase 3 mil vagas abertas. A lista de cursos para 2015 foi publicada na quarta-feira (3) e pode ser vista no site ifsudestemg. edu.br. São cursos técnicos, de graduação, pósgraduação e especialização que variam entre as modalidades presencial e à distância. As aulas presenciais podem ser feitas nos campus de Bom Sucesso, Barbacena, Juiz de Fora, Muriaé, Rio Pomba, Santos Dumont e São João del-Rei, a depender do curso escolhido. As taxas de inscrição variam de R$ 25 a R$ 60 e podem ser feitas até 16 outubro através do site do instituto.

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MINAS

Belo Horizonte, 11 a 17 de setembro de 2014

Mandado de segurança contra Leonardo Quintão será julgado por STF PÚBLICO X PRIVADO Movimentos pedem retirada do deputado da relatoria do Código da Mineração Reprodução

Joana Tavares Desde junho do ano passado, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de novo marco regulatório para a mineração no país. São sete projetos de lei, que precisam ser apreciados pelos deputados, reunidos em uma comissão especial, e ir a votação. O relator de todos esses projetos é o deputado federal pelo PMDB de Minas Gerais Leonardo Quintão. Como relator, ele precisa mediar os debates, propor mudanças nos artigos polêmicos e buscar defender o interesse público na questão.

No entanto, entidades ambientais e de atingidos por mineradoras alertam há meses que o deputado não teria condições de cumprir esse papel, visto que um quinto dos gastos de sua campanha de 2010 veio de empresas do setor. Em maio deste ano, os movimentos já haviam pedido o afastamento do deputado da relatoria, mas o pedido foi negado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, do mesmo partido de Quintão.

Nesta semana, essas entida-

des entraram com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando o afastamento do deputado da relatoria dos projetos.

O argumento do processo é a quebra de decoro parlamentar, visto que o Código de Ética da Câmara determina que configura quebra de decoro “relatar matéria submetida à apreciação da Câmara dos Deputados, de interesse específico de pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para o financiamento de sua campanha eleitoral”. “É a primeira vez que ajuizamos uma ação desse sentido. Não é só o Código de Ética da Câmara que impede, é a Constituição Federal, que estabelece o princípio da igualdade política”, defende o advogado do Instituto Socioambiental (ISA) Maurício Guetta. “Ele [Leonardo Quintão] se mostrou com uma atuação muito próxima daquilo que poderia ser interesse das empresas”, explica.

O mandado foi protocolado na segunda-feira (8). O relator do processo será o ministro Luiz Fux, que vai decidir se concede ou não a liminar que

pede o afastamento imediato de Quintão da relatoria do código. Em um segundo momento, a matéria será julgada no plenário do STF.

Configura quebra de decoro “relatar matéria de interesse específico de pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para o financiamento de sua campanha eleitoral” Reeleição Leonardo Quintão concorre novamente a uma cadeira na Câmara dos Deputados. Em sua 2ª prestação de contas da campanha de 2014, apresentada no começo do mês, ele declara ter recebido R$ 2,4 milhões. Desse montante, pelo menos 40% veio de empresas de mineração, metalurgia e siderurgia. O gabinete do deputado foi procurado, mas não comentou o caso.

Mineradoras financiaram 20% da campanha de Quintão em 2010 e 40% em 2014

EDUCAÇÃO SERVIÇOS PÚBLICOS

Novo código deve ser votado só em Reprodução

Novo código da mineração vai definir todos os aspectos da prática no país

ção do código está parada porque ainda não foi feita a leitura do substitutivo elaborado pelo relator Leonardo Quintão. “O deputado conseguiu pegar um projeto ruim e piorar. Do jeito que ele propõe, todas as terras

indígenas, assentamentos de reforma agrária e áreas de preservação ambiental, por exemplo, estarão subordinas ao interesse do minério”, diz.

O mandado de segurança contra Quintão relaciona o fi-

nanciamento de campanha com os interesses posteriormente defendidos. Na semana passada, cerca de 450 entidades realizaram um plebiscito popular sobre a reforma política. Há também um projeto de lei de iniciativa popular sobre o tema. Nos dois casos, um dos pontos centrais é o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais.

Maurício Guetta acredita que essa mobilização pode influenciar na decisão do STF. “A sociedade clama essa atuação em relação aos interesses públicos”, afirma.

AGRICULTURA FAMILIAR MOVIMENTOS SOCIAIS

Coligação Minas Para Todos (PT, Pros, PMDB e PRB) CNPJ: 20.576.597/0001-24

O novo código da mineração era uma pressão tanto do setor empresarial como das organizações sociais, pois o código que ainda rege a área é de fevereiro de 1967. O advogado Maurício Guetta explica que o novo marco “vai definir todos os aspectos legais da mineração no país, desde questões envolvendo a segurança dos trabalhadores, o meio ambiente, a exploração de terras indígenas e impostos”.

A votação do código chegou a ser colocada em caráter de urgência no ano passado, mas houve pressão da sociedade civil para que houvesse mais tempo de diálogo e ele voltou à tramitação regular. Maria Júlia Gomes de Andrade, do Movimento Nacional pela Soberania Popular frente à Mineração (MAM), explica que a vota-

MINAS

Belo Horizonte, 11 a 17 de setembro de 2014

80 mil professores sem direitos trabalhistas

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Fatos em Foco Mais mulheres eleitoras nas eleições de 2014 Reprodução

LEI 100 Professores de escolas estaduais serão dispensados de forma precária Rafaella Dotta Implantada pelo governo estadual em 2007, a Lei 100 efetivou sem concurso mais de 100 mil professores de escolas estaduais. A lei significou um “atalho” no caminho estipulado na Constituição Federal, em que os servidores públicos precisam ser aprovados, necessariamente, por concurso público.

Na época, a oposição denunciou que a lei tinha caráter eleitoral e não se sustentava na legislação.Dada a contradição, sete anos depois, a Lei 100 cai e coloca no prejuízo os professores e a educação do estado.

A decisão de derrubar a Lei 100 foi do Supremo Tribunal Federal (STF), em 1º de julho deste ano, quando foi julgada uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, ajuizada pelo Ministério Público Federal. A ação sugeria que a Lei 100 não poderia continuar em vigor, pois burlava os artigos 19 e 37 da Constituição Federal, sendo considerada, por isso, inconstitucional.

Esta decisão trouxe à tona uma série de problemas, que se agravam com a falta de soluções por parte do governo estadual. Em entrevista ao jornal Estado de Mi-

nas em fevereiro deste ano, a Secretária de Educação de Minas Gerais, Ana Lúcia Gazzola, afirmou que o governo não tinha um “plano B” para o caso de a lei cair.

“Não, nem parei para pensar nisso. Para quê? Fizemos uma boa defesa no Supremo, que é um guardião de direitos”, afirmou.

Sem FGTS, com acúmulo de problemas Dos 100 mil afetados, cerca de 20 mil já estão afastados das atividades, na maioria dos casos, por aposentadoria. Segundo Beatriz Cerqueira, presidenta do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), os 80 mil professores ainda na ativa não terão direito ao seguro desemprego e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), quando demitidos. Estão também prejudicadas as licenças médicas, o ajustamento de função e a aposentadoria desses profissionais.

Sebastião Magalhães Rosa, professor de química há 13 anos em Brasópolis, Sul de Minas, relata que as superintendências de educação não fornecem informações suficientes, jogando o servidor de um órgão a outro em busca soluções.

Lidyane Ponciano

Professores realizaram diversas audiências na Assembleia para debater situação dos afetados pela Lei 100

Ele conta que, recentemente, colegas de trabalho procuraram assistência médica no IPSEMG, do governo estadual, e foram orientados a procurar do INSS, de responsabilidade do governo federal. Chegando ao INSS, tiveram a consulta médica novamente recusada.

“O Estado não discute os problemas de quem adoeceu, não faz um processo sério de previdência e não tem aposentado os profissionais que adoecem. Quando requeremos reunião e acor-

dos, recebemos apenas negativas”, avalia Beatriz Cerqueira.

Procurado com insistência, o governo estadual não respondeu às questões da reportagem.

Possibilidade de investigação leva Marina a corrigir patrimônio

Nova “Lei 100” é apresentada na Parlamentares propõem PEC com o mesmo conteúdo da lei derrubada pelo STF Segundo admite a Secretária de Educação do estado, Ana Lúcia Gazzola, em entrevista ao Estado de Minas, existe uma dívida do governo estadual com o INSS carregada por vários anos e que totalizava R$ 10 bilhões em 2007. Isso aconteceu porque o governo estadual não repassava ao INSS o dinheiro recolhido para a aposentadoria dos seus 100 mil professores contratados temporariamente. Para receber verba da União é preciso estar em dia

com o INSS. Beatriz Cerqueira destaca que a Lei 100 foi aprovada para efetivar os designados como servidores estaduais e, assim, passar ao Estado (IPSEMG), a responsabilidade sobre a aposentadoria desses professores.

De acordo com Carlos Eduardo Araújo Morato, assessor do bloco parlamentar Minas Sem Cesura, alguns deputados mineiros querem “reeditar” a Lei 100 e propuseram uma PEC com o mesmo conteúdo. “Isso

é uma afronta ao STF e uma enganação ao cidadão mineiro e ao servidor. Já houve uma de-

Dívida do governo estadual com INSS ultrapassa R$ 10 bilhões cisão judicial contra a Lei 100 e agora é preciso cumprir a sentença”, defende.

As eleitoras superam os votantes homens em 6 milhões de pessoas, número recorde na história do Brasil. População negra e parda também é a maioria do eleitorado. Desde 2000, as mulheres já são maioria, mas em 2014 esse número é recorde. Negros e pardos representam 55% do eleitorado brasileiro. Entre eleitores negros ou pardos, Dilma tem 35% das intenções de voto, Marina (25%) e Aécio (8%). Segundo sociólogos, o maior peso do eleitorado negro demonstra que a população cada vez mais se reconhece na sua identidade racial.

De acordo com a decisão do STF, o governo estadual precisa realizar concurso para as vagas ociosas e substituir os professores da Lei 100 pelos profissionais já aprovados em 2011.

O Estado tem até 30 de abril de 2015 para cumprir a sentença.

Marina Silva (PSB), candidata à Presidência, alterou sua declaração de patrimônio acrescentando R$ 45,6 mil. A modificação foi solicitada à Justiça após a campanha de Dilma Rousseff (PT) declarar que iria pedir ao Ministério Público que investigasse possível omissão de seus ganhos com palestras. Poucos dias antes, a Folha de S. Paulo havia revelado que empresa de Marina obteve faturamento com palestras de R$ 1,6 milhão entre março de 2011 e maio de 2014. Omissão de patrimônio é crime grave e a justificativa de esquecimento pode não convencer a Justiça e aos eleitores.

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OPINIÃO

Belo Horizonte, 11 a 17 de setembro de 2014

Foto da semana

PARTICIPE Viu alguma coisa legal? Algum absurdo? Quer divulgar?

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Acompanhando Rogerio Sarmento/Ag Eficaz

Na edição 43...

“Manifesto contra Joaquim Barbosa” ...E agora

O Itaú Unibanco teve lucro de R$ 15,6 bilhões em 2013, valor 15% superior ao de 2012. Do outro lado, 18.671 trabalhadores dos bancos foram afastados por doenças, só em 2013, metade por depressão, em função do cumprimento de prazos, metas, assédio moral e baixo salários. O lucro dos bancos demonstram a força do sistema financeiro. A campanha de Marina Silva é coordenada por Neca Setúbal, herdeira do banco Itaú, e propõe a autonomia do Banco Central.

Frei Betto

Beatriz Cerqueira

13 razões para reeleger Dilma

Novos coronéis querem calar os educadores mineiros

1.Apesar das mazelas e contradições do PT e do atual governo, votarei em Dilma para que se aprimorem as políticas sociais que tiraram da miséria 36 milhões de brasileiros.

2. Votarei para que o Brasil prossiga independente e soberano, livre das ingerências do FMI e do Banco Mundial, distante dos ditames da União Europeia e crítico às ações imperialistas dos EUA 3. Votarei pela integração latino-americana e caribenha; pelo solidário apoio aos governos de Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador e Uruguai; pela autonomia da CELAC e do Mercosul.

4. Votarei pelo respeito ao direito de greves e manifestações, sem criminalização dos movimentos e de seus líderes.

5. Votarei pela Política Nacional de Participação Social; pela manutenção de cotas em universidades; pelo Enem, o Pronatec e o ProUni; e pelo aumento do percentual do PIB aplicado em educação.

6. Votarei a favor do Programa Mais Médicos, que, graças à sua ação preventiva, fez decrescer a mortalidade.

7. Votarei pelo crédito facilitado e o reajuste anual do salário mínimo, de modo a ampliar o poder aquisitivo das famílias.

8. Votarei para que o trabalho escravo em fazendas do agronegócio seja severamente punido.

9. Votarei para que a Polícia Federal prossiga apartidária, efetuando prisões até mesmo de membros do governo.

10. Votarei para que a inflação continue controlada e o crescimento do IDH seja mais importante que o do PIB. 11. Votarei para que a nossa diplomacia permaneça independente, aliada às causas justas, sem tirar os sapatos nas alfândegas dos Estados Unidos.

12. Votarei pela preservação do Marco Civil da internet, sem ingerência das gigantes de telecomunicações, interessadas em mercantilizar as redes sociais.

13. Votarei, enfim, por um Brasil melhor, mesmo sabendo que o atual governo é contraditório e incapaz de promover reformas estruturais. Não troco o conhecido pelo desconhecido.

Minas é um estado de exceções. Por aqui, os poderes da República, que deveriam zelar pelos interesses públicos, zelam pelos interesses do grupo político que comanda o Estado.

São poucos os promotores de justiça que atuam com autonomia. O Tribunal de Contas do Estado firmou acordo para que o Governo tivesse um “prazo” para cumprir a Constituição Federal e investir o mínimo de 25% de impostos em educação. A Constituição é de 1988 e o acordo foi firmado só em 2012.

O grande investimento de recursos públicos em campanhas publicitárias e uma mão de ferro que acompanha o cotidiano das redações impedem que a imprensa mineira divulgue os problemas do Estado. O aeroporto em Cláudio existe há muito tempo, mas somente em 2014 a situação se tornou pública.

Há anos, o Sind-UTE/MG, Sindicato que representa os trabalhadores em educação da rede estadual, utiliza mídia paga para dialogar com a comunidade escolar.

E, a exemplo do que fizemos todos os anos desde 2009, elaboramos, este ano, peças para fazer este diálogo. O Governo do Estado e seu candidato à sucessão, nos acusam de propaganda eleitoral negativa. Até o início de setembro, foram 9 representações contra a entidade. E, para a vergonha dos mineiros, o Tribunal Regional Eleitoral concordou com a tentativa de calar a categoria durante as eleições.

Como é possível que, no período eleitoral, não se possa questionar, criticar, dizer sobre as condições da escola pública? Querem nos colocar num lugar de invisibilidade. Como fica o debate democrático, se a população é impedida de conhecer a realidade?

Como um candidato que não consegue lidar com o pensamento divergente quer ser governador? Não podemos permitir o surgimento de novos tiranos!

Frei Betto é escritor, autor de “O que a vida me ensinou” (Saraiva), entre outros livros.

Beatriz da Silva Cerqueira é professora e coordenadora-geral do Sind-UTE/MG.

Em junho, intelectuais, artistas e juristas lançaram manifesto contra decisões arbitrárias de Joaquim Barbosa no exercício do mandato de presidente do Supremo Tribunal Federal. Na posse do novo presidente, Ricardo Lewandowski, o ministro Marco Aurélio Mello disse à Rádio Estadão que espera que a gestão de Lewandowski seja “uma época de diálogo maior”. “Diálogo que não tivemos na gestão imediatamente anterior ante os inúmeros atritos surgidos com segmentos da magistratura, Ministério Público, Defensoria e os demais poderes”.

Falou ainda que “as sessões ficaram um pouco mais demoradas pelos incidentes verificados e as discussões por vezes descambaram para um campo que não é o do Supremo”.

Na edição 40...

“Quem paga a banda escolhe a música” ...E agora Julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal contra financiamento de campanhas já tem parecer favorável da maioria dos ministros.

Nas eleições de 2014, os gastos previstos chegam a R$ 4 bilhões, 98% do recurso vindo de empresas.

De acordo com a segunda prestação parcial de conta dos candidatos três empresas, a Construtora OAS, o frigorífico JBS e a construtora Andrade Gutierrez doaram até agora sozinhas, 39% dos recursos arrecadados, R$ 64 milhões.

ENTREVISTA

Belo Horizonte, 11 a 17 de setembro de 2014

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“Piores indicadores de criminalidade da região sudeste são de Minas Gerais” BALANÇO Especialista comenta o quadro atual da segurança pública no estado Reprodução

Rafaella Dotta A criminalidade em Minas Gerais apresenta, hoje, os piores índices do Sudeste. A entrevista desta semana traz uma análise da segurança pública no estado, passando pelo aprisionamento, a prevenção e as polícias. Robson Sávio Reis Souza, associado do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e professor da PUC Minas, fala sobre as principais políticas divulgadas pelo governo estadual nos últimos 12 anos. Esta é a segunda entrevista de uma série que avalia a gestão de áreas estratégicas para o nosso estado: educação, saúde, cultura, economia e segurança pública.

Brasil de Fato: Como está a segurança pública em Minas Gerais?

Robson Sávio: Temos que analisar dois momentos. A partir de 2003, foram feitas algumas reformas que melhoraram o setor, como a integração das atividades policiais, alguns ensaios de programas de prevenção à criminalidade e a reestruturação do sistema prisional. Houve também o investimento maior na política de segurança pública, até 2008, que surtiu bons efeitos. Depois disso, o Estado não conseguiu mais investir os 10% ao ano e, principalmente, teve uma administração política e não técnica no governo Anastasia. A partir de 2010, observamos o aumento dos indicadores de crimes. Houve uma interiorização muito grande dos crimes e, paralelo a isso, a incapacidade do Estado em responder a essa realidade. Hoje, os piores indicadores da região Sudeste são de Minas Gerais.

De acordo com dados do governo estadual, o número de presos aumentou nos últimos 12 anos. Isso significa mais segurança?

Não necessariamente.

Em Minas Gerais, quando Aécio assumiu, havia cerca de 22 mil presos e hoje há 60 mil. Mas, se a estratégia de aprisionamento é errada, não adianta achar que construir mais prisões vai resolver o problema da segurança, haja vista que, ho-

“Em Minas Gerais, quando Aécio assumiu, havia cerca de 22 mil presos e hoje há 60 mil. Mas, se a estratégia de aprisionamento é errada, não adianta achar que construir mais prisões vai resolver o problema” je, as prisões viraram centros de difusão da criminalidade. O modelo tradicional de prisões, que é enjaular as pessoas e controlá-las através da violência, cria facções para contrapor o sistema violento. E esses grupos passam a negociar com as direções do presídio formas de não serem vítimas dessa violência. Esta lógica está totalmente falida, pois produz novos criminosos para a sociedade, com taxas de reincidência no crime que giram em torno de 80%.

Na política de contenção de crimes, os governos do PSDB divulgam como inovação as penitenciárias operadas por Parceiras Público Privadas (PPPs).

Elas contribuem para mais segurança?

Existem outras penitenciárias PPPs pelo Brasil. A inovação de Minas é que temos a primeira construída e administrada pelo setor privado. Eu acho que não contribui em absolutamente nada. Para a sociedade, as penitenciárias existem

Robson Sávio: “Temos um sistema de segurança pública que existe para não funcionar”

para recuperar alguém que cometeu um crime, mas para a empresa significa lucro. É um empreendimento ótimo para a iniciativa privada, mas péssimo pra sociedade, porque não oferece nenhuma perspectiva de mudança. E se os defensores desse modelo sempre miram nos Estados Unidos, é bom lembrar que eles são o país com o maior número de presos do mundo, com 2 milhões e 700 mil presos.

Agora, quem são os presos?

São os pobres, os negros, os moradores de rua, os usuários de drogas que não têm bons advogados.

Outra forma de pensar a segurança pública é através da prevenção, como o “Fica Vivo”. Qual sua opinião sobre esse programa?

Fiz um estudo em 2011 e percebi que somente 1% do orçamento estadual da segurança pública é voltado para as ações de prevenção.

E o programa de prevenção que existe é o Fica Vivo, que é objeto de muita publicidade, mas carrega sérias

“Somente 1% do orçamento estadual para a segurança pública é voltado para as ações de prevenção” contradições. Ele começou com um viés muito repressor, voltado mais para identificar e criminalizar usuários de drogas de regiões pobres do que ser um programa que oferece saídas.

O Fica Vivo foi melhorando ao longo do tempo pela nova visão que a equipe técnica, que é terceirizada, deu a ele. O PSDB manteve o programa, não porque ele mudou a sua forma de atuação, mas porque dá um bom marketing ao governo.

Para se ter uma ideia, quando Anastasia assumiu, existiam 32 núcleos do programa, ele falou que ia aumentar para 100 e hoje são 38.

As polícias militar e civil também apresentam problemas. Existem propostas para melhorar o tra-

balho policial? A desmilitarização é uma opção?

Nós temos um sistema de segurança pública que existe para não funcionar. Porque há duas polícias que deveriam atuar de forma cooperativa e que funcionam de forma competitiva, disputando espaços de poder. Hoje os especialistas e alguns policiais conseguem visualizar que não dá para remendar mais. É preciso um novo sistema, que traga em si um novo modelo policial, que seja desmilitarizada. Ela poderia atuar de forma territorial ou por setor criminalístico, mas uniforme, na medida do possível. O problema é que os governos brasileiros nunca quiseram enfrentar o problema da reforma profunda da segurança pública. Apesar desse modelo ser péssimo, os governos preferem não mexer em polícia, porque acham muito perigoso e preferem se omitir. Então, uma reforma policial só sairá à medida que a sociedade perceber que segurança pública é importante.

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BRASIL

Belo Horizonte, 11 a 17 de setembro de 2014

Programa de Marina favorece os bancos ECONOMIA Candidata quer independência do Banco Central. Medida pode gerar aumento de juros e prejudicar o crédito Pedro Rafael Vilela, de Brasília (DF)

As candidatas à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) estão travando o duelo mais direto quando o assunto é economia, o principal tema da agenda eleitoral. Nesta semana, as duas se acusaram de defenderem os interesses dos banqueiros. Marina tem sido bombardeada pela proposta de dar “independência” ao Banco Central. A medida pode dar ainda mais poder aos bancos privados na definição da política de câmbio e de juros.

“Fala-se que essa é uma questão técnica, mas o Banco Central é o órgão mais político de todos. É a instituição que define taxa de juros e política de crédito. Quanto mais juros altos,

mais desemprego, menos crescimento. São questões que vão ter impacto na vida da classe trabalhadora”, afirma Miguel Pereira, secretário da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf ).

Miguel explica que, a cada 0,5% a mais de aumento na taxa básica de juros (Selic), mais de R$ 3 bilhões arrecadados em impostos vão para o bolso do mercado financeiro, controlado pelos bancos, na forma de juros da dívida pública.

O governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), que foi filiado ao PSB, partido de Marina, também condenou a proposta de independência. “Sabe o que significa?

Entregar aos bancos o poder de arbitrar os juros. Dizer quanto o capital financeiro quer ganhar”, criticou.

Reprodução

Especulação sem limites

Apesar de defender uma proposta favorável ao setor bancário, foi Marina Silva que acusou Dilma de ter criado a “bolsa-banqueiro” e a “bolsa juros altos”, referindo-se ao aumento da taxa de juros e aos lucros obtidos pelos bancos nos últimos anos. A presidenta reagiu: “não tem banqueiro me sustentando”. Foi uma referência ao fato de Marina Silva ter a herdeira do banco Itaú, Maria Alice (Neca) Setúbal, como sua coordenadora de campanha. Na semana passada, o próprio presidente do Itaú, Roberto Setúbal, afirmou, em evento de comemoração dos 90 anos do banco, que Marina Silva, na sua visão, representaria “um avanço”.

“Se o BC passa a ter independência, haverá uma po-

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Uma das coordenadoras da campanha de Marina é Maria Alice Setúbal, herdeira do banco Itaú

lítica especulativa sem controle. Numa situação de valorização do dólar frente ao real, o governo não terá como controlar a sanha do mercado e nossa indústria, que já está fragilizada, se-

rá completamente destruída”, analisa o professor de Economia Internacional da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), José Carlos de Assis.

Oligopólio e falta de crédito

Sem o trabalho do promotor público, não existiria combate à corrupção.

Sem o trabalho do Auditor Fiscal, também não.

O Auditor Fiscal da Receita Estadual faz a fiscalização de tributos, combatendo a sonegação fiscal e outros crimes relacionados a ela, como a corrupção.

Você, que paga impostos e taxas, deve exigir que o Estado invista no combate à sonegação e à corrupção, em benefício de todos os cidadãos.

Fisco em prol sociedade: Fisco emdaprol da sociedade: cada um fazum a sua cada faz aparte. sua parte.

Mesmo tendo mais de 150 bancos em operação, o Brasil vive sob um oligopólio dominado por seis empresas, quatro delas privadas: Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e HSBC. A esse grupo se somam os públicos Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O setor privado tem muita simpatia pelas ideias de Marina Silva e Aécio Neves (PSDB) porque, mesmo tendo lucrado muito nos últimos três anos, com faturamento de mais de R$ 179 bilhões, a política de aumento de juros enriquece muito mais as instituições financeiras.

Além disso, Dilma Rousseff utilizou os bancos públicos para baratear o custo do crédito, o que obrigou os bancos privados a diminuir a margem de lucro nessas operações. Por causa disso, apenas o Banco do Brasil é responsável, sozinho, por mais de 25%

do crédito produtivo no país, que é o dinheiro aplicado no desenvolvimento real da economia, como construção civil, compra de maquinários e abertura de novos negócios. Os bancos privados, apesar dos incentivos governamentais, preferiram apostar na compra de títulos da dívida pública, que variam conforme a taxa Selic, e no empréstimo para consumo, como financiamento de automóveis, que ter maior lucro e menos risco.

“A proposta da Marina também fala em acabar com o crédito direcionado, que foram dados para a compra da casa própria, a agricultura familiar e o financiamento estudantil. Isso vai diminuir o papel dos bancos públicos na economia, que têm garantido ao país um processo de estabilidade e geração de emprego”, acrescenta Miguel Pereira, da Contraf.

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MUNDO

Belo Horizonte, 11 a 17 de setembro de 2014

Participação dos salários no PIB da América Latina é puxada por Brasil e Argentina ESTUDO Segundo a Cepal, quanto maior a participação dos salários, menor a desigualdade Estudo publicado pela Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) analisa a participação dos salários no PIB em 15 países da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela) de 1950 a 2010. Essa é uma forma de medir a distribuição da renda no país: quanto maior a participação dos salários, menor seria a desigualdade.

Segundo o estudo, na Argentina, Brasil, Chile, México, Panamá, Uruguai e Venezuela se observam dois ciclos completos da relação salários/PIB, enquanto nos outros países há somente um ci-

clo completo ou uma situação menos definida.

O estudo evidencia uma participação salarial de em média 38,8%, com um valor máximo em 1967 (41,7%) e mínimo em 2004 (33,7%).

Ainda se defende que, a partir da segunda metade dos anos 2000, há tendência crescente da participação dos salários no PIB da América Latina como um todo, com maior contribuição a esse fenômeno sendo da Argentina e do Brasil. No longo prazo, segundo o estudo, as economias que contribuem para que a participação salarial da América Latina seja mais elevada também são Argentina e Brasil e na média se destaca o Chile, enquanto Colômbia, México, Panamá e Peru ten-

Reprodução

Estudo da Cepal compara evolução do PIB em 15 países da América Latina

mostra que as mais altas participações dos salários sobre Caso brasileiro o PIB ocorrem na virada dos Para o Brasil, o estudo anos 1950-60, época marcadem a diminuí-la.

da por maior poder reivindicativo dos trabalhadores, que termina com o golpe de 1964.

O Brasil (e Argentina) apresenta expressivo refluxo da participação dos salários em dois intervalos de tempo: durante a ditadura civil-militar (1964-1985) e com o neoliberalismo, na década de 1990 e início dos anos 2000. A partir de meados da década de 2000, a participação salarial sobre a riqueza bruta tendeu a crescer no Brasil. O México, por outro lado, envolvido em acordos de livre comércio com EUA e Canadá e sob influência neoliberal desde os anos 1980, demonstra números continuamente decrescentes para os salários em relação ao PIB. (FPA De Fato) Publicidade

Você sabia que o Governo de Minas deixou de investir mais de R$ 8 bilhões em educação?

www.sindutemg.org.br

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CULTURA

Belo Horizonte, 11 a 17 de setembro de 2014

AGENDA DO FIM DE SEMANA GOVERNADOR VALADARES

Final da 3ª Copa Valadarense de Futebol Soçaite. Domingo (14), às 9h, na área da antiga Feira da Paz (Centro).

JUIZ DE FORA

UBERABA

A Festa Alemã, promovida pela Associação Cultural e Recreativa Brasil Alemanha, apresenta música, danças e comidas típicas do país. Quinta (11) a domingo (14), no bairro Borboleta (ruas Tenente Paulo Maria Delage, Braz Xavier Bastos Júnior e Madre Adelina).

Banda TEU Jazz convida Kleiton França Trio. Quinta (11), às 21h, no Teatro Augusto César Vanucci - TEU (Rua Padre Zeferino, 998).

SÃO TIAGO

Segunda a quinta-feira URBERLÂNDIA

XVI Festa do Café-comBiscoto apresenta shows musicais, folia de reis, congado e diversas outras atrações. O evento conta com a presença das tradicionais fábricas de biscoitos e artesãos da região. Sexta (12), sábado (13), domingo (14), na Praça da República.

A boa da semana

Sarau lítero musical. Segunda (15), às 19h, no Mercado Municipal (Rua Olegário Maciel, nº 255, esquina com Avenida Getúlio Vargas).

BELO HORIZONTE

TIRADENTES

Mostra de cinema exibe sete clássicos do diretor inglês David Lean. Entre os destaques estão os filmes “Doutor Jivago”, e “A ponte do rio Kwait”. De 11/09 a 18/07, no Cine Humberto Mauro (Avenida Afonso Pena, 1537, Centro).

Festival Internacional de Artes de Tiradentes apresenta espetáculos de dança, música, teatro, mostras de cinema e exposições de artes plásticas. De 12/09 a 21/09. Maiores informações pelo site artesvertentes.com.

Natura Festival traz shows de Ney Matogrosso, Arnaldo Antunes e Nação Zumbi a BH No domingo (14), a 4ª edição do Natura Festival chega à capital mineira. Com programações que promovem a cultura nacional, este ano o festival terá apresentações do músico Ney Matrogrosso, da banda pernambucana Nação Zumbi e um show conjunto de Arnaldo Antunes e Marisa Monte.

Ao todo, serão três palcos distribuídos pelas praças JK, Liberdade e Estação e mais de 20 artistas participantes.

Na Praça da Liberdade, um espaço dedicado exclusivamente ao público infantil receberá o Grupo Giramundo e a mineira Érika Machado.

A expectativa de público para o evento é de 50 mil pessoas. A entrada é franca, com retirada de ingressos na Praça da Estação e pela internet.

Para visualizar a programação completa de cada praça e outras informações, acesse o site: naturamusical.com.br.

CULTURA

Belo Horizonte, 11 a 17 de setembro de 2014

Mostra exibe ilustrações do cartunista André Fidusi

#ficaadica 85 anos do Mercado Central

Reprodução

ARTE Conhecido pelo trabalho sobre futebol, desenhista revela outras facetas em exposição Raíssa Lopes Acontece, a partir de sábado (13), a exposição “Caricatura, Cartuns e Afins”, do artista mineiro André Fidusi. A mostra vai até quarta-feira (24), no Allbargue, bar albergue localizado no bairro Sion, em Belo Horizonte.

O lugar escolhido não poderia ser melhor, já que o estabelecimento hospedou torcedores estrangeiros durante a Copa do Mundo de 2014, e parte significativa do trabalho de Fidusi retrata o futebol.

“Muita coisa do que eu faço é direcionada a esse esporte porque é um assunto que eu gosto muito,

Mostra Teatros na América Latina chega a BH

e domino. Mas a exposição traz outras nuances do que produzo, alguns cartuns e caricaturas atemporais”, declara o cartunista.

André conta que o desenho sempre esteve presente em sua vida, mas só a partir de 2006 decidiu encarar a atividade profissionalmente. Entre os trabalhos de destaque do artista estão “A História Minimalista das Copas do Mundo”, série que retrata em pequenos desenhos os mundiais realizados entre os anos de 1930 e 2010, e o projeto “Futbox”, site conhecido pelo conteúdo ilustrativo e audiovisual sobre futebol. Fugindo à regra, o desenhista reali-

za também críticas sociais e sátiras bem-humoradas sobre assuntos do cotidiano.

A exposição será aberta às 15h e o Allbargue fica

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na rua Passatempo, número 158, bairro Sion.

Para conhecer melhor o trabalho de Fidusi, acesse o site andrefidusi.com.

A Polícia Protege a População

Está em exibição no Mercado Central de Belo Horizonte a mostra “História e Memórias do Mercado Central”, em comemoração aos 85 anos do mercado mais tradicional da capital.

A exposição traz uma série de fotografias, objetos e produtos que retratam a história do Mercado Municipal desde sua inauguração, em 1900.

A mostra é de curadoria do historiador Osias Ribeiro e realizada pela Fundação Municipal de Cultura, por meio do Arquivo Municipal da Cidade. O evento marca o início das comemorações do aniversário do Mercado Central.

SERVIÇO Até 06/10, de segunda a sábado, das 9h às 17h, no Mercado Central de Belo Horizonte (Rua Padre Belchior, 744, Centro).

Divulgação

Redação De 13 a 21 de setembro, Belo Horizonte recebe pela primeira vez a Mostra Artística CIT Ecum - Teatros na América Latina. Durante a semana, os teatros Marília, Francisco Nunes, Espanca! e Funarte MG abrigarão uma programação com cinco espetáculos relevantes para as artes cênicas brasileiras.

Dentre os destaques da mostra estão o espetáculo Recusa, da Cia de Teatro Balagan (SP). A peça foi criada a partir de uma notícia de jornal sobre o aparecimento de dois sobreviventes da tribo Piripkura, etnia considerada extinta há mais de 20 anos. Na história, os índios foram encontrados a partir do som de suas risadas, que ecoaram pela mata e atraíram curiosos.

A Mostra Artística CIT-Ecum 2014 conta ainda com três mesas de debate, que abordam temas como “Arte e Cosmopolítica” e a “Escola em crise”.

Acesse a programação completa: citecum.com.br.

Pimentel sabe que todos os dias o policial mineiro enfrenta o crime e coloca em risco sua própria vida para cumprir com o seu dever. Pimentel ouviu a categoria e seu plano de governo prevê investimento em tecnologia, treinamento, requalificação e valorização do policial mineiro. Com Pimentel governador, os mineiros terão mais segurança e os policiais ganharão o respeito que merecem.

Como chegar

Você pode pegar as linhas 9202, 4111, SC04B e 9101.

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Belo Horizonte, de 11 a 17 de setembro de 2014

Duas paixões nacionais disputam o horário nobre

O movimento se chama “Bom senso futebol clube” e coloca em debate algumas questões polêmicas sobre a forma como a indústria futebolística vem se desenvolvendo no país. Exemplos: ao contrário do que podemos ingenuamente pensar, dos 20 mil atletas profissionais, 82% recebem até dois salários mínimos mensais e 3% ficam desempregados pelo menos seis meses por ano. Além de problemas de endividamento dos clubes com o governo e das agendas e estádios vazios. O Bom Sen-

Amiga da Saúde Meu pai tem pressão alta e vai sempre ao médico. Observo que ele toma os remédios direitinho, mas está sempre com a pressão descontrolada. Toda vez que mede, está alta. O que fazemos?

so F.C. propõe a assinatura de uma petição para fortalecer as propostas.

Uma das propostas do movimento é mudar o calendário dos jogos, o que pode impactar ainda mais a programação das novelas. O capítulo de quarta-feira, o leitor sabe, já é enxuto por causa das partidas.

Basta saber quem vai ganhar essa parada, fora e dentro de casa. A satisfação dos apaixonados pelo futebol pode gerar a insatisfação dos amantes da teledramaturgia, reposicionando as relações domésticas,

www.coquetel.com.br

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Mande sua dúvida: amigadasaude@brasildefato.com.br Aqui você pode perguntar o que quiser para a nossa Amiga da Saúde

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Juanilza, 19 anos, estudante.

centros públicos de cuidados aos idosos, que fazem uma avaliação completa e propõem um plano de cuidados adequado para as necessidades de cada pessoa.

Para acessar esse serviço, é preciso ser encaminhado pelo Centro de Saúde.

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dices da pressão arterial. Veja se não é o caso dele e procure ajudá-lo a cultivar hábitos de vida saudáveis, isso beneficiará seu controle da pressão.

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Querida amida da saúde, estou preocupada com minha avó. Ela tem 75 anos e anda meio esquecida, outro dia não me reconheceu. Isso é normal nos idosos?

Cara Juanilza, é comum os idosos apresentarem algum déficit de memória, como, por exemplo, esquecerem onde guardaram alguma coisa ou contar a mesma estória várias vezes. Entretanto, existem algumas doenças que podem piorar essa situação. Nesses casos, é muito importante ter um diagnóstico do problema e fazer um tratamento que possa retardar os efeitos da doença. Leve sua avó ao centro de saúde mais próximo da sua casa e peça uma avaliação. Hoje, em Minas Gerais, existem

Joaquim Vela quimvela@brasildefato.com.br

© Revistas COQUETEL

Maria Clara, 29 anos, esteticista.

Maria, a pressão alta (hipertensão arterial) é uma doença que pode sofrer influência de vários fatores. Um dos mais importantes é a alimentação. Muitos produtos industrializados contêm sal ou derivados. É importante verificar sempre no rótulo, pois tudo o que tem sódio aumenta a pressão. Os temperos industrializados (tipo sazon, caldo knorr, molhos prontos, etc) são os piores, pois podem conter uma substância chamada glutamato monossódico, que é pior que o sal. Estes devem ser cortados da alimentação. Outros fatores, como o excesso de peso, sedentarismo e o estresse podem piorar os ín-

por um lado. Por outro, os patrocinadores que se vinculam a um dos dois produtos da cultura de massa também devem disputar o lobby do melhor horário para anúncios publicitários. É esperar pra ver! Enquanto isso, fica a pergunta: quem vem ganhando o lugar no sofá na sua casa? Cá pra nós, espero que sejam os amantes das novelas...

Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9.

Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e horizontais, nem nos quadrados menores (3x3).

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Novela e futebol são grandes paixões nacionais. Sabemos que os horários e os compromissos dos brasileiros são definidos, muitas vezes, pela programação das partidas de futebol e dos capítulos das no-

velas. “Te ligo depois da novela”. “Tomamos uma na hora do jogo” são típicas frases que ouvimos e dizemos por aí. Fico só imaginando a disputa por um lugar no sofá da sala quando a hora da novela coincide com a hora do futebol.

Desconheço reclamações sobre o horário da programação de teledramaturgia na TV. Mas parece que os apaixonados pelo futebol se organizaram para problematizar o horário em que as partidas vão ao ar na telinha. E aí, a coisa pode se chocar com a novelas.

Novela

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14 VARIEDADES

Belo Horizonte, 11 a 17 de setembro de 2014

na geral Copa de 2022 Blatter vitalício

A Copa do Mundo do Catar não deve mais acontecer durante o verão do país árabe, entre junho e julho. São duas as datas prováveis para a realização do evento: janeiro-fevereiro ou novembro-dezembro de 2022, quando é inverno no hemisfério norte. A provável mudança se deve às críticas dirigidas à FIFA por parte de atletas e da imprensa, que reclamam das fortes temperaturas médias (em torno de 37°C) do verão no país. A prática do esporte nessas condições afetaria a qualidade do espetáculo e, principalmente, colocaria em risco a saúde dos “pés-de-obra”. A nova data do torneio provocará uma grande alteração do calendário mundial do futebol e deve ser decidida até fevereiro de 2015.

O suíço Joseph Blatter está no comando da Federação Internacional de Futebol (FIFA) há mais de 15 anos. Em meio a escândalos de corrupção na entidade, ele havia prometido, antes de sua reeleição em 2011, que seu atual mandato seria o último. Porém, Blatter tem declarado que vai se candidatar ao quinto mandato como presidente, em eleição prevista para maio de 2015.

A revanche

Futsal

ESPORTE

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Você Sabia Em amistoso realizado na última semana, Alemanha e Argentina reeditaram a final da Copa 2014.

Desta vez, os hermanos levaram a melhor e golearam a atual campeã por 4 a 2. Na ausência de Messi, Di Maria foi a estrela do jogo. O meia completou o placar com o quarto gol e deu assistência para Aguero, Lamela e Federico Fernández marcarem.

Schurrle e Gotze diminuíram para a Alemanha.

No último domingo (7), as seleções de futsal do Brasil e da Argentina se enfrentaram pelo torneio “Desafio Internacional - o Retorno das Estrelas”. Pela primeira vez na história, o jogo ocorreu numa quadra adaptada sobre o gramado do Estádio de Futebol Mané Garrincha e contou com um público de mais de 50 mil pessoas.

A partida terminou em 4 a 1 para o Brasil.

O futebol de salão surgiu no Uruguai, na década de 30. O termo “futsal” foi adotado pela Federação Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA), já que a FIFA havia proibido outras entidades esportivas de empregarem a palavra “futebol”. Grandes craques do futebol de campo começaram no futsal, como Tostão, Ronaldo Nazário, Ronaldinho Gaúcho e Alex de Souza.

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reforma política Participação efetiva da população na vida política do país, com maior presença da mulher, dos jovens e dos negros no Parlamento.

Financiamento público para inibir o poder econômico no Parlamento.

Data: 18 de setembro Horário: 20h-22h Local: viaduto ao lado do Via Shopping, próximo à Estação Barreiro Informações:mtbbarreiro. com.br Contato: contato@mtbbarreiro.com.br O grupo MTB Barreiro organiza o “Pedal Urbano”, treinamento por corredores de Belo Horizonte, contando com ciclistas de todas as idades. O grupo também participa de competições e passeios fora da cidade e realiza fóruns de discussão sobre ciclismo.

Coligação PT/Minas pra Você Contratante: CNPJ 20.576.392/0001-49 Valor: Nilmário Miranda / R$ 750,00

Coligação MINAS PRA VOCÊ

Coligação COM A FORÇA DO POVO

Coligação COM A FORÇA DO POVO

Data: 19 de setembro Horário: 20h Local: Praça da Liberdade Informações:http://migre. me/lxF7C Contato: blocodabicicletinha@gmail.com O Bloco da Bicicletinha une a crescente cultura do ciclismo com o carnaval popular de rua, fazendo um grande rolé festivo por Belo Horizonte. No próximo encontro, a galera vai homenagear o continente africano.

Endereço: Av. Rui Barbosa, 530. B. Santa Terezinha, Juiz de Fora.

Informações:http://migre. me/lxF6R Contato: (32) 3690-7853 O programa JF Paralímpico atende gratuitamente a pessoas com necessidades especiais. São desenvolvidas atividades de goalball, atletismo, bocha, futebol de sete, natação e tênis de mesa. Interessados devem comparecer à Secretaria de Esportes e Lazer com documento de identidade.

O jornal Brasil de Fato não se responsabiliza por eventuais mudanças na programação.

Recomendamos aos interessados que entrem em contato com os organizadores das atividades para confirmar data, horário e local.

16 ESPORTES

Belo Horizonte, 11 a 17 de setembro de 2014

OPINIÃO Atlético

Sonhar não custa nada Bruno Cantini

Rogério Hilário Mesmo com o sétimo lugar no encerramento do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Atlético pode manter as esperanças. Sonhar não custa nada.

Embora em oito edições da competição o título tenha ficado com o campeão da primeira fase, em pelo menos uma, quem terminou em sétimo conquistou o título: justamente o Flamengo, em 2009. E lembram-se onde começou a reação do rubro-negro? Numa vitória sobre o Galo em pleno Mineirão, quando ultrapassou a equipe mineira e chegou ao quarto lugar, na 24ª rodada.

Sejamos realistas, no entanto. O Galo precisa melhorar, e muito, o aproveitamento fora de casa. Neste ano, venceu apenas duas partidas (2 a 1 sobre o Sport e 3 a 2 em cima do Vi-

tória). Perdeu quatro e empatou três. O último triunfo na competição longe da torcida aconteceu no dia 22 de maio e, seguidamente, arrancou a igualdade na base do sufoco. Conquistou apenas nove pontos em 27 possíveis, desempenho de apenas 33,33%. É muito pouco, embora em casa tenha vencido seis, empatado três e perdido apenas um jogo.

Com o segundo turno todo pela frente, cabe ao Atlé-

tico recuperar jogadores contundidos e a capacidade dos atacantes, há muito tempo sem balançar as redes. Estão fora de combate Pierre, Pedro Botelho, Rafael Carioca, Josué, Dátolo, Marion e Maicosuel. O preparador físico Carlinhos Neves reformulou o treinamento para evitar outras baixas. Mandingas e orações são bem-vindas, pois contratações são improváveis.

OPINIÃO América

Ranço de Série B América Futebol Clube

OPINIÃO Cruzeiro

A história se repete Marcelo Régua

Leonardo Calixto Aprender com os erros para que eles não se repitam no futuro. Quem nunca ouviu essa frase da mãe, do pai ou de qualquer parente mais velho? Pois parece que, ao menos na última rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o técnico Marcelo Oliveira se esqueceu da lição aprendida na Copa do Brasil de 2013.

Em 2013, contra o Flamengo, Marcelo recuou o time celeste, de uma maneira que a equipe não estava acostumada a jogar, e acabou eliminado da competição. Em 2014, contra o Fluminense, no mesmo Maracanã, a história se repetiu. Jogando um futebol digno de líder - principalmente no segundo tempo, quando dominou completamente a partida - o Cruzeiro se contentou apenas com contra-ataques, após Marcelo Oliveira se equivocar nas mudanças. An-

Bráulio Siffert

tes dos trinta e cinco minutos, chamou o Fluminense para cima e acabou tomando o gol de empate no fim da partida. Assim, terminou o primeiro turno do Brasileirão com um empate amargo, mas sete pontos de diferença para o segundo colocado, o São Paulo.

No segundo turno, o fu-

tebol ofensivo demonstrado na primeira metade do campeonato deve permanecer e prevalecer contra adversários que estarão mais espertos. Jogando de maneira ofensiva, dentro e fora de casa, como o povo gosta, não restam dúvidas de que a história final de 2013 se repetirá e alcançaremos o tetracampeonato.

Em 2014, novamente o América parece estar seguindo o mesmo caminho dos dois anos passados: em várias rodadas, ameaça subir para a Série A, mas as limitações ressurgem e o time acaba por se distanciar dos quatro primeiros. Neste ano, há um agravante extra-campo, que é a possibilidade de perder 21 pontos por escalação irregular de atleta. O julgamento pelo STJD está marcado para segundafeira (15), mas, mesmo antes, já se percebe que o ti-

me sofreu um baque.

Contra o Vasco, o gol logo no início, ao invés de animar a equipe, mostrou que o América tem mesmo esse ranço de Série B: recuou para segurar o resultado e acabou derrotado.

Contra o Ceará, a ótima reação ao empatar, depois de começar perdendo de 2 a 0, também não foi suficiente para empolgar os jogadores a partirem para a vitória. Acabamos goleados por 5 a 2. Tem que pensar e jogar como time grande o tempo todo, se não vamos ficar para sempre na Série B.