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Redescobrir a família é o maior desafio da quarentena

Quem aí pediu, antes do brinde do final do ano, para ter mais tempo com a família em 2020? Nem nos nossos mais delirantes sonhos – ou pesadelos – poderíamos imaginar que esse desejo se tornaria realidade de forma tão inesperada. Desde que este antipático sujeito chamado Sars-Cov-2 chegou ao Brasil, o pedido de tempo para estar com quem mais amamos se concretizou da pior maneira possível. Com pais e mães trabalhando em home office e os filhos sem aulas presenciais, a rotina da casa virou de cabeça para baixo. Agora, todos estão finalmente juntos. Diferentemente daquela nossa expectativa na noite de Reveillón, contudo, isso nem sempre é bom.

EM ALGUNS CASOS, O ESPAÇO DO HOME OFFICE FOI DIVIDIDO PARA CUMPRIR AS TAREFAS DO FILHO

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As buscas no Google podem ser um indicador do quanto a imposição desta convivência pode abalar os relacionamentos. Segundo dados divulgados pelo site de busca, a procura por “divórcio online gratuito” aumentou impressionantes 9.900% somente no mês de abril (é isso mesmo, não tem erro de digitação – é preciso considerar, claro, que parte desse percentual se deve ao fato de o serviço ser novo). “Como dar entrada em um divórcio” também foi frase popular na busca do Google, com um aumento de 82% no período. Outras buscas que ganharam destaque foram os tutoriais com objetivos variados: como fazer bolo, como entreter crianças pequenas, como fazer reparos domésticos, como resolver uma equação para o tema da escola.

Não foi exatamente como pedimos, mas o fato é que a vida mudou. E existe um lado bom nisso. Apesar de todo o estresse que envolve uma mudança brusca na rotina, as famílias têm a oportunidade de se reconectar, descobrindo afinidades e inventando novas maneiras de conviver. Dentro dos limites seguros do Terra Ville, muitas famílias estão vivendo essa experiência. Nesta reportagem, conferimos – respeitando as regras de distanciamento, é claro – como está a rotina de três famílias que enfrentam aqui essa nova experiência.

REENCONTRO DEPOIS DE TRÊS DÉCADAS DE CASAMENTO

Parceria e companheirismo sempre foram marcas do relacionamento da artista plástica Cristina Petek com Plínio, o marido. A convivência, porém, sempre foi escassa – nos últimos anos especialmente, quando o engenheiro passava a semana no Rio de Janeiro trabalhando, enquanto ela atuava em seu ateliê, em casa. A pandemia deu aos dois algo que não tinham há tempos: proximidade física constante. “Em 34 anos de casamento, nunca passamos tanto tempo juntos. E isso foi muito bom”, afirma Cris.

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