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A INFLUÊNCIA DA ARTE MODERNA

O trabalho de Vincent tornou-se cada vez mais brilhante em Paris, sob a influência da arte moderna. Ele usou cores mais vivas e desenvolveu um estilo próprio de pintura, com pinceladas curtas. Os temas que pintou também mudaram, com trabalhadores rurais dando lugar a cafés e avenidas, o campo ao longo do Sena e naturezas-mortas florais. Ele também experimentou assuntos mais “comerciais”, como retratos. Enquanto isso, ele descobriu uma nova fonte de inspiração nas xilogravuras japonesas, que vendiam em grande quantidade em Paris. Vincent e Theo começaram a recolhê-los. A influência dos contornos arrojados, recortes e contrastes de cores nessas estampas transpareceu imediatamente no seu próprio trabalho. Depois de dois anos, Vincent começou a cansar-se da vida frenética da cidade de Paris. Ansiava pela paz do campo, pelo sol, pela luz e pela cor das paisagens ‘japonesas’, que esperava encontrar na Provença, no Sul de França. Após uma viagem de comboio que durou um dia e uma noite, ele chegou a 20 de fevereiro de 1888 a Arles, uma pequena cidade às margens do rio Ródano. Vincent ficou encantado com a luz brilhante e as cores em Arles e começou a trabalhar com entusiasmo, a pintar pomares em flor e trabalhadores a fazer a colheita. Ele também fez uma viagem ao litoral, onde pintou os barcos. O seu estilo tornou-se mais solto e expressivo. Vincent falou com Theo sobre seu plano de montar um ‘Estúdio do Sul’ em Arles para um grupo de artistas cujo trabalho Theo poderia vender em Paris. Com esta ‘colônia de artistas’ em mente, Vincent alugou quatro quartos na ‘Casa Amarela’ na Place Lamartine. Paul Gauguin foi o primeiro – e, como se viu, o último –artista a morar com ele. Gauguin chegou no final de outubro de 1888, mas só depois de muita persuasão. Theo teve que bancar as suas despesas de viagem, por exemplo, mas ficou feliz em fazê-lo pelo bem de Vincent.

Vista do mar em Camargue, 1888

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