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A Queda de um Muro
A Queda de um Muro
Durante 28 anos (1961-1989), o Muro de Berlim não só dividiu uma cidade no coração da Europa, mas foi um dos símbolos mais dramáticos da Guerra Fria, o conflito não armado entre dois blocos – a ex-União Soviética e os Estados Unidos da América – que lutavam pela supremacia mundial a nível político, militar, tecnológico, económico, social e ideológico. Foi mandado construir para impedir a saída de cidadãos da República Democrática Alemã (ex-RDA) para o Ocidente, que ficaram, assim, prisioneiros no seu próprio país. Centenas de pessoas morreram e milhares foram feitas prisioneiras por tentarem ultrapassar o Muro. Há precisamente 30 anos, a 9 de novembro de 1989, o Muro de Berlim foi finalmente derrubado. A comemoração da Queda do Muro tem, no entanto, um sabor amargo: é que, não só muitos outros muros continuam em pé, bem como novas barreiras foram entretanto erguidas, nomeadamente na Europa. E à pergunta inquietante “Porque é que os seres humanos constroem muros entre si?”, respondo com uma citação (não menos inquietante) de
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José Jorge Letria «os muros são tão frágeis e contraditórios como os próprios seres humanos» (in Muros – Os Muros que nos Dividem, Guerra&Paz, 2016).
Professora Maria da Conceição Martins (330/340)