Revista Abayomi

Dezembro 2019 | Edição 00

Revista

Abayomi

SCANEIE E ACESSE

LAÇOS AFETIVOS As relações de afetividade entre pessoas negras p.03

AUTOIMAGEM Autoimagem: uma via para a autoestima p.04

ACESSÓRIOS Adornos para complementar o look p.12

Abayomi Abayomi são bonecas que eram feitas a mão durante terrível tráfego no trasnporte de escravos entre África e Brasil e eram usadas para acalentar as crianças, tornando-se um símbolo de resistência. Em Iorubá o termo significa "Encontro preciso" e casa com a proposta da revista, de estabelecer vínculo de resistência e afeto com xs pretxs. Esse é um trabalho experimental para a disciplina de Editoração e Processos Gráficos, contendo editorias de moda, afetividade, entre outras. Um espaço que tem o objetivo de viabilizar de forma positiva os corpos pretos, buscando desmistificar algumas ideias sobre essas pessoas e trazer abordagens baseadas em vivências pessoais, para melhor compreensão.

Descontentes com a repressão e a marginalização as quais esses corpos costumam ser relacionados, esta revista trás perspectivas que humaniza e mostra a realidade de muitas pessoas negras, pensando em um fazer jornalístico que trate de forma respeitosa e plural esses indivíduos.

A escolha das cores dialogam com as imagens escolhidas para compor o processo gráfico e a descontração nos textos não desqualifica a demanda de informações importantes e sim trás um aspecto leve para a revista buscando aproximar os diversos tipos de público das mais variadas idades, principalmente pretxs, para se sentirem representadas e perceberem os seus por uma outra ótica, anti-racista.

Editorial: Ficha técnica Orientador: Juliano Mascarenhas Editora Chefe: Beatriz Victoria

Redação: Beatriz Victoria Denilson Cerqueira Tallita Lopes Fotografia: Anna Verena Denilson Cerqueira Tallita Lopes

Design, Projeto Gráfico e identidade visual: Denilson Cerqueira Tallita Lopes

SUMÁRIO 4 6 8 10 12 13 14

Afetividade As relaçoes afetivas entre pessoas negras

Autoimagem Autoimagem:uma via para a autoestima

Moda O uso limitante das cores na moda, para pessoas negras

Cabelo De volta as raizes

Acessórios Adornos para complementar o look

Dicas Dicas de base, livros, filmes e séries

Transgre

Transgreção

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Uma produção negra

AFETIVIDADE

Por Tallita Lopes

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urante o processo de escravização foi negado a homens e mulheres negras o direito ao amor, as relações familiares e a criação de laços afetivos. Esses resquícios, advindos da colonização, refletem até os dias atuais nas relações afetivas de negros e negras transformando o amor em algo distante, cercado por processos violentos e cheios de dor.

A família, instituição na qual desde pequenos aprendemos a compartilhar, a cuidar e a socializar, foi retirada do povo negro. Os filhos eram arrancados dos braços de suas mães para serem vendidos e escravizados, os homens e as mulheres negras viviam paixões que poderiam durar apenas uma noite.

Como criar laços afetivos em meio ao processo cruel da escravidão? Como demonstrar carinho a crianças que a qualquer momento poderiam ser arrancadas dos seios de suas mães?

A repressão ao afeto foi usada como estratégia para a sobrevivência durante a escravidão e até hoje o povo preto carrega essa marca.

O corpo negro é atravessado por diferentes opressões que refletem no modo como as relações afetivas são construídas. Segundo a escritora bell hooks, em Vivendo de Amor, “a escravidão condicionou os negros a conter e reprimir muitos de seus sentimentos”. Expressões de amor, cuidado, carinho e afeto não são vivenciadas em muitas famílias negras. Em algumas famílias o “eu te amo” é dito de modo silencioso ou a partir de outras linguagens, o abraço, raramente ofertado, dá lugar ao prato de comida, ao esforço coletivo para criar os fi4

Foto: Anna Verena

Laços Afetivos

lhos, netos, sobrinhos. Os gestos de amor se configuram a partir de outros formatos. Não ouvimos o “eu te amo”, mas sabemos que podemos contar uns com os outros.

As relações afetivas vivenciadas por homens e mulheres negras são reflexos do racismo estrutural que construiu o estereótipo de que mulheres negras são fortes ou guerreiras e de que homens não cansam ou que são resistentes, logo não precisam ser amados/ as. O amor entre negros e negras é revolucionário, pois rompe com o ciclo vicioso do racismo e opera mudanças reais na vida.

Sabemos que é difícil quebrar esse ciclo e construir as relações negras a partir do afeto, mas sabemos também da nossa capacidade de amar, de perceber e reconhecer que nossa afetividade é importante. Reconhecer que o amor é possível e existe para o povo preto é lindo, precisamos de alguém que nos ame, nos cuide, e que almeje permanecer juntos/as, precisamos construir redes de apoio para externalizar nossos sentimentos e nos fortalecer.

“A escravidão condicionou os negros a conter e reprimir muitos de seus sentimentos.”

Foto: Denilson Cerqueira

AUTOIMAGEM

ULTIMAMENTE TENHO ENTENDIDO A AUTOIMAGEM COMO UMA VIA DA AUTOESTIMA.

Foto: Denilson Cerqueira

Au toi m ag em: uma v ia p a ra a autoestima

Por Tallita Lopes

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uitas pessoas acreditam que o cuidado com a imagem está relacionado com estética, o consumismo, dentre outras futilidades, mas é através da imagem que nós nos conhecemos e reconhecemos e a partir do que vemos temos nossa primeira expressão.

Tendo em vista a valorização da autoimagem Anna Verena, graduanda do curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), realizou uma exposição com produções artísticas, referente ao seu trabalho de conclusão de curso. Anna buscou retratar imagens da vegetação para fazer semelhança com os corpos com marcas fazendo reflexão sobre o processo de aceitação da autoimagem. A graduanda buscou junto com a professora Valécia Araújo e seu colega Yuri Falcão, a reflexão da autoimagem, da imperfeição na pele e que existe outras possibilidades de aceitação.

Para Anna, autoestima não é só algo físico que se resolve com amor próprio, a valorização física, amorosa e financeira também são aspectos para fazer leituras positivas e negativas sobre nossa imagem. A estudante relata que o que mais alterou a sua autoestima foi quando ela começou a usar a internet e quando estagiava em uma empresa. A mesma teve uma vivencia tranquila durante o período escolar e não sofreu com o preconceito de uma forma direta, apesar desta ser a fase em que os comentários perversos costumam ser frequentes.

Em entrevista ela respondeu algumas perguntas sobre autoestima, que nos leva a pensar sobre amor próprio e representatividade.

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Foto: Denilson Cerqueira

O que é autoimagem para você?

Ultimamente tenho entendido a autoimagem como uma via da autoestima.

Diferente de alguns conceitos filosóficos, que aproximam a autoimagem com o autoconhecimento, eu trabalho esse conceito para definir a forma que nos enxergamos fisicamente.

Como foi seu processo de aceitação?

E o que te ajudou nesse processo?

Diferente de muitas meninas negras e gordas não precisei (re) construir uma autoestima. Minha relação familiar e escolar (grupos que em sua maioria são mais nocivos para pessoas fora do padrão) foi cercada por pessoas que sempre comentavam sobre minha beleza e inteligência. Acredito que crescer num lar com mulheres que não criticavam seus corpos diariamente me ajudou a naturalizar marcas como estrias, celulites, cicatrizes, etc.

Você já sofreu preconceito por ter um corpo que muitos ainda consideram fora do padrão?

Atualmente, o vitiligo é o que mais atrai comentários desnecessários a respeito da minha aparência. Já apareceram inúmeras senhoras me recomendando plantas e outras receitas caseiras para me curar, seja na espera de atendimento médico ou quando estava andando tranquilamente na rua. Uma tatuadora também já me parou no meio de uma festa de rua pra oferecer seus serviços de pigmentação para pessoas com vitiligo. O engraçado é que em todas essas abordagens o assunto surgiu do nada e de uma forma que dava a entender que eu estaria super interessada em uma solução para algo que bem vejo como um problema.

Você acha que esses estereótipos têm diminuído? Essa cobrança pelo corpo perfeito?

Não acho que esses estereótipos tenham diminuído e nem a cobrança do corpo perfeito. O que ocorreu é que o sistema entendeu que as pessoas estão ávidas por representatividade e que essas pessoas são público pagante, logo, irão gerar lucro.

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Foto: Denilson Cerqueira

MODA

O uso limitante das cores na moda, para pessoas negras Por: Beatriz Victoria

O

mundo da moda está sempre mudando e criando padrões que são reformulados de tempos em tempos.

A pele negra é passível de diversas possibilidades na moda, principalmente nas combinações de cores que se sobressaem nesta pele. Todas as cores caem bem às pessoas negras das mais variada tonalidades existente. Há quem limite o uso das cores a essas pessoas, com a ideia de que as frias e neutras são as que menos combinam, o que é um equívoco, já que elas podem ser usadas de forma que valorizem a estética negra e além disso está em contraposição com outros tons como os quentes, dependendo do que se quer evidenciar.

As cores quentes vêm sendo cada vez mais adotadas, principalmente pelo aspecto chamativo que remete algo alegre,

portanto estas tonalidades não são descartáveis e podem ser usadas se assim forem preferidas.

Antes este era um fator que interferia bastante nas escolhas, atualmente isso vem sendo quebrado e cada vez mais as pessoas têm adotado as cores frias e neutras em suas paletas, ratificando quão belas estas podem ser. É importante salientar há diversas tonalidades dentre as pessoas negras e cada uma dessas peles têm um subtom e particularidades diferentes. Hoje em dia há profissionais em análise cromática, cuja função é fazer uma análise de qual seria a cartela de cor “ideal” para cada indivíduo, depois de descoberta estas paletas cabem a cada um usar da maneira que melhor lhe convém e há versatilidades também nesse aspecto. O uso de outras cores não 8

Foto: Denilson Cerqueira Foto: Denilson Cerqueira

fica restrito, essa é apenas mais uma forma de brincar com as cores, e ressaltar ainda mais aspectos positivos e disfarçar aquela espinha no boca que antes perto do tom vermelho do batom ganhava destaque.

Este ainda é um campo que poucos conhecem, ou ainda, conhecem, mas não conseguem custear um profissional, já que a população negra brasileira é majoritariamente pobre e que segundo dados do IBGE em 2014 esse percentual era de 74%. Visto isso, esse grupo costuma op-

tar pelo método tradicional que é estar se sentindo bem, independente de saber a sua paleta de cores “ideal”.

Estabelecer regras de qual cor esse grupo deve usar é mais um dos estereótipos que a sociedade constrói, e um exemplo do racismo velado e da ideia de que “todo preto é igual” que vigora até hoje no Brasil. Disseminar essa visão, ainda que de modo inconsciente, é reproduzir mais um ato preconceituoso às pessoas negras e lhes impor mais um padrão para tornar o corpo preto aceitável e tido como belo. O uso das cores, sejam elas dos mais variados tons, frio, quente ou neutro, são escolhas particulares.

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Foto: Denilson Cerqueira

CABELO

De volta as raízes Por: Denilson Cerqueira

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esde a infância muitas mulheres negras foram e algumas continuam sendo refém do relaxamento, indo ao salão semanalmente para alisar seus cabelos, um processo dolorido e massivo. Em muitos casos elas passam por essa situação até a vida adulta devido ao racismo e a pressão estética para serem socialmente aceitas e consideradas como bonitas, além dos diversos tipos de repressão sofridos desde a escola até o mercado de trabalho que a todo tempo nos deslegitima e repreende nossa estética.

A publicitária Sophia Costa, mostra como é esse processo e a importância da aceitação.

“A relação da mulher negra com o cabelo é extremamente complexa desde a infância, é dolorosa e deixa marcas. É incrível como, quando essas mulheres fazem o caminho inverso e tentam resgatar suas raízes por meio de seus cabelos, elas passam a, não só se aceitar, como a se empoderar”, esclarece Sophia.

Atualmente esse cenário de negação vem mudando, e cada vez mais as mulheres têm assumido seus cabelos naturais e aprendido a lidar com a beleza deles, resistindo e passando por cima do racismo estruturado no Brasil.

A indústria tem se dedicado a fabricar mais produtos voltados para cabelos crespos e cacheados, o que antes era algo atípico, o que tem

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facilitado a transição capilar, além dos diversos conteúdos referentes a esses tipos de cabelos, produzido por blogueiras e digitais influencers através das redes sociais.

As tranças são ótimas aliadas para quem está na transição, pois ajuda no crescimento do cabelo, além de existir várias cores, texturas, tamanhos e penteados, como as box braids, como ela há também os dreadlocks e twist. É importante entender que apesar das diversas possibilidades de usar o cabelo em conjunto com os acessórios, a autoaceitação é sobretudo um desafio para reconhecer o quão belo ele é e destruir as amarras da estética europeia que nos foram impostas.

O cabelo que tudo pode.

Foto: Denilson Cerqueira

ACESSÓRIOS

Foto: Denilson Cerqueira

ADORNOS PARA COMPLEMENTAR O LOOK

Por: Denilson Cerqueira

Foto Tallita Lopes

Existe vários de acessórios que podem complementar a composição de um look, como brincos, colares, tecidos, entre outros. Um exemplo está no emprego dos búzios como enfeite de colares, pulseiras, cabelo e roupas, objeto este que é tradicionalmente usado nas religiões de matriz africana.

As pequenas conchas são utilizadas pelos médiuns para identificar os orixás que norteiam cada pessoa, além disso servem como amuleto de proteção quando benzidas em alguns rituais da religião. Esses acessórios que contém o búzio se tornaram populares e é uma peça que passou a ser agregada nas composições de looks, deixando de ser algo usado apenas nos espaços de cultos das religiões de matriz africanas.

Além do uso dos búzios para estilizar as peças, outro adorno que ganha destaque e é adotado, é o turbante que com suas diversas possibilidades de amarrações, carrega consigo a força da sua ancestralidade para a

cultura africana e diz muito sobre o processo de formação da nossa própria cultura.

Conhecer as origens culturais do turbante através do tempo e discutir a apropriação cultural deste elemento tão rico é também uma forma de reconhecer e valorizar a nossa identidade afro-brasileira.

Outro adereço da cultura africana é o pente garfo, usados por pessoas com cabelos cacheados ou crespos com objetivo de deixar o cabelo volumoso criando um visual marcante, cheio de personalidade e poder. Há muitos tipos de pente garfo: o de madeira, o de plástico e de metal, para fazer o uso desse objeto é necessário identificar o modelo ideal para cada resultado esperado.

O brinco de argola também não fica para trás com o significado de poder, riqueza e luxo. Ele se encaixa em tudo desde de eventos mais chique ou até mesmo para ir na padaria comprar um pão, sua versatilidade é enorme, podendo combinar com várias peças de seu cotidiano.

Outro elemento que volta com tudo na contemporaneidade é a choker, um acessório que fez sucesso nos anos de 1990, e retorna tendo variações de diversos materiais, incluindo o búzio. A choker é aquele detalhe discreto que faz toda diferença, além de dá um up no look.

Dicas Maquiagem

Base Dalla Makeup

Base Begra Rosa

Base Dailus

Base Rube Rose

Livros

bell hoks olhares negros , raça e representação

Lugar de fala

Insubmissas lagrimas de mulheres

Olhos d´água

Filmes e séries

Cara gente branca

Bacurau

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Pantera Negra

WW

TRANSGRESSÃO: UMA PRODUÇÃO NEGRA

Por: Beatriz Victoria

No Brasil produção audio visual desenvolvida por negros é pouco visibilizada e é mais um reflexo do racismo estruturado no país. Sobretudo quando as narrativas são sobre as vivências desse grupo social e de assuntos que mantêm um diálogo com estes.

As referências que se têm de outros cineastas negros brasileiros são quase que inexistentes, também consequência dessa pouca repercussão das produções realizadas, e para além disso, efeito da dificuldade de pessoas pretas ingressarem neste curso e isso atrelado a sobrevivência e não poder se darem ao luxo de arriscar em algo que demorará a ter um retorno financeiro.

As dificuldades de acesso e permanência de pessoas negras no cinema são diversas. O desafio pode atingir escala maiores, como sendo negro e nordestino, dois aspectos que no Brasil se tornam obstáculos para quem quer ingressar ou já atua neste campo.

Estudantes vêm lutando para serem referências e desde a graduação realizam produções que afirmam essa resistência. Ser preto e falar sobre pessoas pretas em uma estrutura social branca é um ato potente e é desde a formação enquanto discente que esse diálogo com outros corpos pretos se inicia e geram possibilidades de referências. Portanto, visibilizar essas produções são estímulos à perma-

nência e não evasão de pessoas negras no cinema e audiovisual.

Roberto Saturnino é graduando do 5° semestre do curso de Cinema e Audiovisual, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), no Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) e no 4° semestre produziu vídeo arte para a disciplina de Direção de Arte. Em entrevista ele explica obre o vídeo que é intitulado Transgressão e como foi o processo de desenvolvimento do mesmo e nele vão conter aspectos do mundo da moda e como as pessoas negras estão inseridas neste ambiente.

Porque escolheu destacar as mulheres negras?

Eu faço um recorte porque a personagem principal do vídeo arte é uma mulher negra, e mostrar como a negra não está inclusa e quando está, ela é a negra que tem os traços finos e um cabelo liso. A gente pode perceber nos desfiles que mesmo tendo mulheres negras elas são carecas.

Elas são aceitas, mas sofrem restrições, elas têm que cortar o cabelo porque o black não é aceito e as negras que têm o cabelo liso são admitidas, mas mesmo assim elas ainda sofrem racismo e outras questões.

Qual o material utilizado para fa zer o vestido?

Ele é feito de bexigas Você se inspirou em alguém para executar o trabalho?

De concepção de vestido me inspirei em vários editoriais, mas ele foi inspirado na marca da Balman e a maquiagem tinha um conceito que destoava do elegante e do tradicional, era uma maquiagem toda borrada, que contrastava com o vestido que era algo mais sofisticado.

E de concepção de vídeo, tiveram algumas imagens que eu me inspirei pra alguns planos, mas de resto eu mesmo quem criei a concepção do vídeo.

Como foi todo o processo de elaboração?

Foi massa porque como é algo que eu gosto, foi gostoso de fazer.

Roberto Saturnino, estudante de Cinema e Audio Visual.

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

6 em cada 10 mulheres assassinadas são negras

3,2 mortes a cada 100 mil mulheres,

Feminicídio A cada 2h 1 mulher é morta no Brasil

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mulheres negras

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