Com os patins nos pés e a minha música favorita a tocar, estou pronto para começar mais um dia. Tento não me distrair. Afinal, cair não está nos meus planos para hoje! Mas, apesar de toda a concentração, há algo que acaba por despertar a minha atenção…
— Quero ver se te consegues levantar agora. — Ria um rapaz.
— De certeza que não se vai conseguir levantar. É muito gordo! — Gargalhava muito alto um outro, que o acompanhava.
Deslizei com os meus patins o mais depressa que consegui. Gritei enquanto me aproximava para que parassem. Caído no chão, estava um rapaz que tinha sido empurrado. Ao me aproximar, os dois rufias acabaram por fugir.
— Estás bem? Estás a sangrar do joelho. Eu ajudo-te, tenho um lenço no meu bolso. — Tentei acudi-lo, mas esqueci-me de algo muito importante…
Ao pôr a mão no bolso, toquei na medalha mágica que anda sempre comigo e… lá fui eu viajar no tempo!
Éramos muitos! Não ia ser fácil ganhar aquela corrida. O Vítor também fazia parte do meu grupo.
— Estou tão nervoso, Nelson! Isto não vai correr nada bem… Não estou preparado. — Eu também estava preocupado com o Vítor e não sabia como o podia ajudar.
— Atenção! Todos nos seus lugares! — A corrida ia começar. O meu coração começou a acelerar. — Aos seus lugares…
Corri, corri, corri! Não olhei para lado nenhum, apenas para a partida que ficava cada vez mais próxima. Ouvia as pessoas das bancadas a dar-nos apoio, mas sabia que não me podia distrair. De repente…
Eu queria mudar aquele momento. Queria que o Vítor ganhasse a corrida. Não aguentava ver o meu amigo assim. Meti a mão no bolso, toquei na medalha mágica e… Regressei ao momento em que o Vítor tinha caído, logo depois de ter sido dada a partida. Voltei rapidamente a tocar na medalha, mas não conseguia sair daquele momento. Toquei nela sem parar, esfreguei e nada. Estaria a medalha mágica avariada?!
Corre, anda e salta todos os dias!
O exercício físico é muito importante para a nossa saúde. A Organização Mundial da Saúde aconselha-te a praticares pelo menos 60 minutos de atividade física por dia. Podes correr, saltar, nadar, andar de bicicleta, jogar à bola… há tantas opções que será impossível ficares parado/a.
E tu? Quantos minutos de exercício físico fazes por dia?
— Meninos, a competição entre escolas vai voltar! Entusiasmados? — Sem o Vítor na escola, já nem a competição me parecia animar.
— Nelson, tens de correr, tens de te animar. — A Patrícia continuava ao meu lado, apesar de também estar muito triste com o que tinha acontecido ao Vítor.
O dia da competição chegou e a surpresa das surpresas aconteceu.
— Olá, Nelson. Parece que hoje tens um adversário à altura. — Era o Vítor! O Vítor estava ao meu lado na partida, em representação da sua nova escola.
— Aos seus lugares…
Ao recebê-la, rodei, rodei, rodei às voltas no portal do tempo e voltei ao presente. Ao momento em que estava de patins e que ajudava o tal rapaz que tinha sido empurrado pelos dois rufias. Parecia que aquele momento se repetia. Que voltava a assistir à violência causada pelo aspeto físico de alguém. Aquilo tinha de acabar! Não podia deixar que mais ninguém sofresse o mesmo que o Vítor sofreu.
Sorri para ele.
— Como te chamas? Eu vou ajudar-te. Aliás, tenho mais dois amigos que também te podem ajudar!
Éramos o grupo perfeito para resolver aquela situação! Além disso, tínhamos a ajuda da medalha mágica…
Faz parte deste grupo!
Imagina que fazes parte desta história. Escreve uma carta ao Vítor ou a outra pessoa que esteja a sofrer de maus-tratos por parte dos colegas. O que dirias para se sentir melhor? O que farias para a ajudar? Quais seriam as tuas palavras de encorajamento para que essa pessoa superasse a situação?
Já é hora do intervalo
Ouço o toque e dou um salto
O meu estômago já dá conselhos do que quer lanchar
Abro rápido a lancheira
Mas sinto que é má ideia
Uma maçã, um pacote de leite, não estava a contar
Queria um sumo com gás,
Bolo de chocolate,
Como o Vítor traz!
Em casa vou vingar,
Vou abrir o armário,
Comer tudo o que há!
Acho que eu exagerei nos doces
Não pensei e agora
Peço a alguém que me venha ajudar
Oh, mamã, não volto a trocar
O teu lanche, só para comer doces!
Sinto a barriga a apertar
Nem tenho forças para brincar
Aprendi que não devo abusar
Hoje eu trato da lancheira
Tive uma grande ideia
Escondo três pacotes de bolachas para eu lanchar
Já é hora do intervalo
Mas nem consigo dar um salto
O meu estômago não estava à espera
deste meu manjar!
Bebi sumos com gás,
Comi tanto chocolate
Eu nem quis partilhar!
Mas está-me a incomodar
Esta dor, será por eu
Ter feito sem pensar?
Acho que eu exagerei nos doces
Não pensei e agora
Peço a alguém que me venha ajudar
Oh, mamã, não volto a trocar
O teu lanche, só para comer doces!
Sinto a barriga a apertar
Nem tenho forças para brincar
Aprendi que não devo abusar
Há tantas formas de crescer
É fácil se souber escolher
Nos meus pais, eu confio
E na Roda que me vai dar
Alimentos sempre saudáveis
Acho que eu exagerei nos doces
Não pensei e agora
Peço a alguém que me venha ajudar
Oh, mamã, não volto a trocar
O teu lanche, só para comer doces!
Sinto a barriga a apertar
Nem tenho forças para brincar
Aprendi que não devo abusar
O Nelson é um rapaz comum, mas com um segredo extraordinário: tem uma medalha mágica que o transporta no tempo. Nas suas aventuras, ele enfrenta desafios que vão desde a importância de uma alimentação saudável até à prática de exercício físico e a luta contra o bullying.
No primeiro capítulo, o Nelson aprende uma valiosa lição sobre alimentação equilibrada após uma dolorosa experiência com guloseimas. No segundo capítulo, descobre a importância do exercício físico e da perseverança ao participar numa corrida escolar, na qual o seu amigo Vítor enfrenta dificuldades. No terceiro e último capítulo, ele e a sua amiga Patrícia unem forças para ajudar o Vítor a superar o bullying, mostrando que a amizade e o apoio mútuo podem fazer a diferença.
Uma medalha mágica é uma história encantadora que aborda temas relevantes como: a saúde, a amizade e a superação. Tudo com um toque de magia!
Acompanha o Nelson nas suas viagens pelo tempo e descobre como pequenas ações podem ter um grande impacto na vida de todos ao teu redor.
