Edição 195 - Março de 2019

Desde 2006 - Número 195 - Sexta, 1 de Março de 2019 - Barroso/MG - Distribuição Gratuita Foto: Prefeitura Municipal de Barroso

COMEÇOU A FESTA!

Março

barrosoemdia.com.br

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Editorial

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Bota o samba do crioulo doido aí!

O nome dela é Elaine. Ele a encontrou nas redes sociais... Ela não foi morta, mas por pouco poderia ter sido... A história dela não virou hit de carnaval e, daqui a pouco, assim como outras centenas delas, será esquecida. Será apenas mais uma constatação para engrossar a conta e elevar o Brasil ainda mais no ranking do feminicídio. Artigos como este talvez sirvam para que muitas mulheres, homens e homossexuais possam entender de vez que as tais redes sociais são de uma abissal antissociabilidade. O celular, o gatilho das redes, é hoje uma arma, carregada até a alma, pronta para disparar. Clique em enviar, aceito, compartilhar e pronto, ponto. Está feita a desgraça! Elaine Caparroz, de 55 anos, que por muita falta de sorte não é nenhuma Jenifer, recebeu alta após ficar sete dias internada em um hospital no Rio de Janeiro. Para os vidrados e desavisados, ela foi espancada por cerca de quatro horas em um fim de semana, no apartamento onde mora, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O autor das agressões, o estudante de Direito Vinícius Batista Serra, de 27 anos, foi preso. Os dois se conheciam há oito meses, mas tiveram seu primeiro encontro naquela trágica sextafeira. Quando deixou o hospital, Elaine fez questão de reforçar que apanhou muito, que lutou muito, que quase morreu, mas que, porém, é muito forte, assim como a luta das mulheres contra este tipo de violência que cresce cada vez mais. Que todas as mulheres que passarão o carnaval degustando a canção Jenifer possam entender que Elaine e Jenifer são pessoas comuns como nós e que tiveram apenas desfechos diferentes, mas são “vítimas” das redes sociais que colaboram para que este tipo de crime ocorra. Mulheres, cuidado, não exponham demais suas vidas nas redes, preservem dados, desconfiem sempre, quase nunca acreditem e jamais abram a porta e o coração para o ódio, enrustido e escondido atrás de um rostinho bonito e um corpo sarado. O mundo está mal, coberto dele, de seres que não são humanos e ostentam e destilam violência gratuita. Dancem, se divirtam, ouçam Jenifer, mas não tapem os ouvidos para as Elaines e a mensagem de que é preciso combater, todos os dias, o mal enraizado nos faces, instas e tinders da vida. Cuidado!

Sessão Flash

Até porque, né, nada mais sem sentido que este governo aí...

O Rei sempre foi um bom treinador de futebol, mas escalou o time dele mal demais... Vai perder de goleada com essa defesa e esse ataque pífios...

Este jogo não vai dar pra ganhar. Com este time aí, Rei, não dá não!

E a Ponte não vai sair! É mentira... Né, nada! É verdade, não vai sair mesmo não. E não tem Avenida também não. Na verdade: Avenida interditada. Como diria minha vó: Santa Maria! Sobrou para os bloquinhos! E o raio do Carnaval continua na Praça. Teimosinho da Estrela este prefeito! O ano passado alagou tudo e ele não aprendeu! Tô avisando: se chover forte, a Rua Pantaleão vira um mar. Foliões, preparem suas canoas. São Pedro já mandou a letra ano passado: Pra quem sabe ler, um pingo é chuva!

E por falar em Avenida, como diria minha sobrinha: tá osso aqueles caminhões parados lá. É perigoso, é feio, é errado, é tudo. Alô, Rei, vamos agir professor! Ou vai esperar acontecer outra tragédia! Avenida escura, cheia de carretas, buracos... Só Gambá não vê!

Por falar em buraco e mato: mamãe eu quero mamar! Dá chupeta!

Eu sabia que Tatu gostava de buraco. Agora Gambá... eu não tinha nem ideia.

E está estipulado aqui o prêmio Chupeta de Banana do mês! Chupeta de Banana para a fábrica de cimento. Nem a Praça deles eles tão dando conta de arrumar lá na Praia!

Tá surfando na maionese aí, ô gerente?! Investimento em Barbacena tá cheio, né?! Já passou da hora do povo acordar e dar o grito: Fora LavageHolcim!

Questão de Opinião Paulo Terra

Incertezas da nossa História

A Cruz na Torre de TV Na tarde do sábado (23), o grupo Amigos da Torre de TV, que atua de forma voluntária na restauração do espaço onde historicamente ficam algumas das torres de celulares, internet e televisões da cidade, concluíram mais um importante passo em seu trabalho com afixação de uma grande Cruz branca que, segundo o grupo, além de realçar a beleza da localidade, é também um símbolo de agradecimento a Deus. Parabéns, galera do bem!

Política e Cidadania Luizinho Moreira

luizinhomoreirablog.com Não é que o Mourão está surpreendendo!

Apesar de alguns probleminhas, o vice-presidente de República, General Hamilton Mourão, tem surpreendido muita gente com sua firmeza, equilíbrio e sensatez nos seus pronunciamentos e atitudes. Em uma das entrevistas afirmou que “por não ser político, tem dificuldades em camuflar o que pensa”. Se o presidente da república, Jair Bolsonaro, passar a se espelhar um pouco mais nele, com certeza teremos um governo cada vez melhor.

Continua faltando Iluminação Pública em vários locais da cidade Após uma série de reclamações, a empresa Vagalume Instalação e Manutenção Elétrica Ltda. iniciou os trabalhos de troca de lâmpadas em algumas localidades. O que não pode haver é interferência de políticos para atendimentos particulares, o que causaria uma espécie de deseducação quanto ao caminho correto de reivindicações e atendimentos coletivos. A demanda é coletiva, não individual. Portanto, ligue grátis para 0800 0900 300.

Minas não quebrou, quebram Minas É verdade que Pimentel assumiu o estado já em péssima situação financeira, deixado pelo governo do PSDB. Mas, não podemos esquecer que ele se comprometeu a reequilibrar as contas, e fez justamente o oposto, gastou-se mais e de forma desordenada, praticando a irresponsabilidade fiscal. Agora, o atual governo recorre ao governo federal em busca de um refinanciamento da dívida. Apesar de ser uma necessidade importante, se concedido, não deixa de ser um incentivo para o estímulo ao mau gestor e ao mau comportamento fiscal.

Câmara e Prefeitura prestaram contas de 2018 Na Câmara, as contas foram bastante confortáveis. O legislativo devolveu aos cofres do município cerca de R$350mil. O maior gasto, na Casa, foi com pessoal e encargos com 1,3 milhões. Em seguida, as famosas diárias de viagens com R$47 mil. Na prefeitura, os dados não são nada animadores. Enquanto a receita diminui, o percentual de gastos com a folha de pagamento aumenta, e a dívida cresce assustadoramente. A Prefeitura tem até agosto para reduzir o percentual da folha de 58,58% para menos de 54%. Uma missão nada fácil. O governo de Minas deve mais de R$8 milhões, e sem previsão de repasses, segundo afirmou o prefeito. Impossível manter o equilíbrio fiscal.

O livro “BARROSO - Subsídios para a História do Município”, de autoria de Geraldo Napoleão de Souza e publicado em 1979 com patrocínio do ex-prefeito José Bernardo Meneghin, tanto quanto é do meu conhecimento, talvez seja o único compêndio que contém dados confiáveis da História de Barroso, desde Antônio da Costa Nogueira até 1979. Na página 9 da obra citada há o seguinte parágrafo: “Deduz-se que o alferes Joaquim Barroso tenha vivido nestas paragens por volta do século XVII ou até princípio do século XVIII...”

Em afirmações históricas não são aceitáveis afirmações com base apenas em deduções, sem comprovação em documentos. A afirmação acima não nos dá certeza se o cidadão existiu realmente ou não. O historiador barrosense Wellington Tibério, em recente pesquisa acadêmica, confirmou a inexistência de documentação confiável comprovando a presença de um alferes Joaquim Barroso aqui residente e suposto fundador do então povoado de nome Barroso, numa época que dispõe de farta documentação do período colonial da descoberta e da exploração do ouro em Minas Gerais, e de documentos referentes à Inconfidência Mineira com o autêntico alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

Já a existência do português Antônio da Costa Nogueira aqui no seu sítio do Barroso na primeira metade do século XVIII está bem documentada. Ele construiu com recursos próprios a primeira igrejinha de Sant´Ana. De acordo com informação do livro de Geraldo Napoleão Souza, página 41, existem dois documentos registrados em cartórios, referentes à constituição do patrimônio paroquial da referida igrejinha: o primeiro, datado de 5 de março de 1729, na Vila de São José do Rio das Mortes, é a “escritura de dote e hipoteca por Antônio da Costa Nogueira da capela por ele construída no seu cítio (sic) chamado Barroso, com invocação de Senhora Sant’Ana”.

O dote era de “seis mil réis de renda cada um ano”, que “Deduz-se que ele, doador, se obrigava a pagar. E mais: para melhor segurança da dita renda hipotecava a ela seu cítio chamado o alferes Barroso.

Joaquim O segundo documento, assinado por Francisco Antônio Pires, sem data, se inicia com os seguintes termos: Barroso tenha “Eu abaixo assinado, sou senhor e possuidor de uma sorte de terras, que são sitas no lugar denominado Barroso, e da vivido nestas freguesia de Barbacena, em roda da capela de Sant’Ana, paragens por padroeira do dito lugar... dou esse terreno para Patrimônio da Capela de Sant’Ana do Barroso, filial da Matriz de Barvolta do século bacena, cujas divisas são as seguintes: ... (segue descrição XVII” das divisas do terreno”. É evidente que entre a data da escritura de 1729, assinada e a segunda por Antônio da Costa Nogueira dotando a capela com uma renda anual e a segunda escritura fazendo doação do terreno em roda da Capela de Sant’ Ana decorreram algumas dezenas de anos, pois em novembro de 1861, conforme registro na página 42 do livro de Geraldo Napoleão de Souza, a propriedade do terreno consta como sendo de José Francisco Pires. A meu ver, cabe às autoridades municipais de hoje esclarecer quais foram os proprietários do terreno onde está Barroso após a morte de Antônio da Costa Nogueira até o antecessor de José Francisco Pires. Em algum cartório tem que existir a(s) escritura(s) de compra e venda do chão em que pisamos hoje. Até porque, após a transcrição da escritura de Francisco Antônio Pires, escrita pelo Cônego João Gonçalves de Oliveira Ribeiro e pelo doador Francisco Antônio Pires e por três testemunhas, não há citação do local e data em que foi lavrado ou registrado o documento. Gerado Napoleão escreveu (página 42 do livro): “Ao que parece, mais tarde o sítio foi vendido, pois numa comunicação do Juiz de Paz de Barroso ao Governador da Província datada de 4 de novembro de 1831; a propriedade é citada como sendo de José Francisco Pires”.

Senhor Prefeito e Senhores Vereadores, depois de trezentos anos as nossas autoridades já poderiam ter preenchido a lacuna de quais cidadãos foram proprietários do território de Barroso depois de Antônio da Costa Nogueira e antes de José Francisco Pires.

EXPEDIENTE www.barrosoemdia.com.br Rua Maria José Melo, 13 - Centro - Barroso/MG Telefone: (32) 9.9199-1575 - WhatsApp

Co-fundador: Antônio Marcos Pinto (in memoriam) Editor Chefe/Jornalista responsável: Bruno Ferreira - 11.558/MG CNPJ: 12.772.555/0001-30 (E.I.) - Tiragem: 1.500 exemplares Repórter - Douglas Gonçalves - (UFSJ) / Colaboradores: Paulo Terra / Luiz Moreira E-mails: barrosoemdia@yahoo.com.br facebook.com/barrosoemdia twitter/@barrosoemdia Instagram: @jornalbarrosoemdia

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Pouco recurso e muita alegria!

Apesar da falta de verbas, Carnaval 2019 acontece em Barroso

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carnaval Barroso 2019, que começou no último dia 28 de fevereiro e segue até o dia 5 de março, neste ano, assim como em várias cidades da região, conta com o apoio de parceiros e do comércio local, além dos blocos carnavalescos que comandam boa parte da programação da festa.

Na última quintafeira (28), a abertura da folia ficou por conta do tradicional Bloco do Boi Mamado e a participação dos blocos Arrepio e Virgens.

Já a Caminhada Alcoológica,TDB Folia, shows e sonorização na Praça também estão na agenda deste ano. Para conferir a programação completa, com os dias e horários de cada atração, clique no código QR a seguir:

Custos A crise financeira e o atraso dos repasses do governo do estado para os municípios afetou o carnaval em Minas Gerais neste ano.

De acordo com a Prefeitura de Barroso, a ideia foi a venda do espaço, que vai garantir o custeio de parte das despesas da festividade, que acontece mais uma vez no Centro da cidade, na Praça Salvador da Silva e Rua Daniel Pantaleão.

O local da festa, que inclui o carnaval e outros eventos, já foi motivo de contestação por parte da população barrosense, em especial de moradores do centro e donos de estabelecimentos comerciais, que reclamam da sujeira deixada nas ruas e de brigas durante as festividades.

No carnaval 2018, uma forte chuva caiu na noite do sábado (10) e causou danos na Praça Salvador da Silva. O transtorno levou ao cancelamento do desfile da escola de samba Unidos da Ponte. Na ocasião, par-

Foto: Prefeitura Municipal de Barroso

te da rua foi isolada pelas autoridades. A Rua Daniel Pantaleão é constantemente afetada durante e após fortes temporais, apresentando um histórico de enchentes ao longo dos anos.

Apesar disso, quanto à violência, segundo dados da Polícia Militar, em 2018 o clima de descontração prevaleceu nos dias do evento. Foram apenas 14 boletins de ocorrência, dos quais apenas cinco registros foram no local do carnaval, incluindo uma ameaça, uma lesão corporal e três agressões.

ENQUETE O jornal Barroso EM DIA promoveu, entre os dias 22 e 27 de fevereiro, uma enquete em sua página oficial no Facebook com a seguinte pergunta: “Você vai passar o carnaval em Barroso?”. Dentre os votantes, 143 no total, a maioria escolheu a opção “SIM”, com 104 votos, já o “NÃO” recebeu apenas 39 votos. Ou seja, 73% da população disse que ficaria em Barroso e apenas 27% disse que viajaria no Carnaval deste ano.

Veja no quadro abaixo o resultado da Enquete realizada no Barroso EM DIA.

ESCOLAS Com relação às Escolas de Samba, a Prefeitura confirmou que não haverá desfiles este ano. A Unidos da Ponte comunicou por meio de uma nota aberta ao público e à imprensa, que não desfilará por questões financeiras, fora o repasse da subvenção por parte da Secretaria de Cultura que não foi viabilizado.

“Após 7 anos, a Escola de Samba Unidos da Ponte não irá desfilar, o que nos deixa muito tristes, pois trabalhamos o ano todo para dar alegria aos foliões de Barroso e região, sempre com muita simplicidade e humildade, tentando fazer o mais bonito possível dentro das nossas limitações financeiras. […] Enfim, que 2019 seja um ano melhor que 2018, para que em 2020 consigamos estar na passarela, trazendo o que é mais importante para nós, a alegria dos foliões,” disse o presidente financeiro da GRESUP, Luciel Morais, em parte do comunicado.

Em 2018, a Ponte foi a única a desfilar no Carnaval de Barroso e com isso, Santa Maria e Unidos da Avenida seguem há dois anos sem participar da folia no município.

Um dos principais blocos da cidade, a Caminhada Alcoológica, vai inundar as ruas, de novo

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Fechou o tempo!

Vereadores sobem o tom contra a LafargeHolcim Edis fizeram duras críticas à cimenteira multinacional

O

s vereadores da Câmara Municipal de Barroso subiram o tom contra a cimenteira multinacional LafargeHolcim, que tem unidade na cidade. As críticas foram feitas na Reunião Ordinária do Legislativo que aconteceu na noite da quinta-feira (21). Os vereadores censuraram a empresa que, segundo eles, não está dando atenção devida ao município, de onde ela explora calcário há anos.

As críticas tiveram início quando o vereador Állan Campos (PSDB) afirmou que a empresa não estaria apoiando, de forma precisa, o projeto de restauração que está sendo realizado na praça Gisela Coutinho, no bairro Praia.

Tão logo a presidente da Associação da Praia, Elza Gonçalves, usou da Palavra do Cidadão para falar do projeto de recuperação da praça e pedir ajuda listando os materiais, o vereador Állan parabenizou a atitude, mas reforçou que a praça é de responsabilidade da LafargeHolcim. “Vamos ter que arrumar a praça da LafargeHolcim? Será que nem uma praça eles podem arrumar para Barroso?”, ironizou o vereador que cobrou da empresa um olhar mais atencioso para Barroso.

Neste embalo, outros vereadores também fizeram duros comentários e ainda lembraram que a cimenteira está investindo cerca de R$600 mil no terminal em Barbacena. “É assim que eles tratam as pessoas que os questionam ou incomodam”, disse Anderson

O FEDOR INVADIU O MEU QUARTO E INTERROMPEU O MEU SONO!

População e vereadores se voltam contra a LafargeHolcim

de Paula (PP), que relatou a respeito da perseguição por parte da empresa ainda quando ele tinha um estabelecimento no bairro Rosário.

“Eu tinha um bar que era da minha família e depois que junto a outros moradores fiz uma denúncia sobre uma carga tóxica que vazou de um caminhão na época, eles proibiram os funcionários de entrarem no bar”, conta o

vereador. Leone Nascimento (PP) também foi enfático e disse que em breve, depois que acabar a extração de calcário na cidade, vai sobrar uma banana para os barrosenses. “Eles vão deixar aqui buraco e uma banana bem grande para os barrosenses”, disse. Já o Presidente Eduardo Pinto (PV) também ressaltou, que na conversa que teve com o gerente de

fábrica Juliano Menezes, no mês passado, deixou claro que a Câmara cobrará da empresa sempre que entender que suas atividades estejam afetando a população e ressaltou que sua presidência já tem tomado medidas de fiscalização na área ambiental, tributária e social. A Reunião Ordinária da Casa durou cerca de duas horas e foi transmitida em caráter

experimental pelo Facebook.

Na fanpage os internautas ressaltaram a atitude dos vereadores e os parabenizaram pelas palavras. É louvável ver que os nobres vereadores barrosenses estão em uníssono contra este abuso do poder econômico da LafargeHolcim”, disse um dos internautas que acompanhava a reunião ordinária via Facebook.

Posicionamento LafargeHolcim

“Quando chegam estes convites da fábrica no meu gabinete já mando logo jogar fora. Não resolve nada mesmo ir lá” Vereador Állan Campos (PSDB)

Állan Campos

“A LafargeHolcim orienta sua operação pelo absoluto respeito à legislação municipal, estadual e federal, ao meio ambiente e a saúde e segurança das pessoas. Esse conjunto de valores orientam os nossos comportamentos, atitudes e decisões. A fábrica de Barroso é considerada estratégica para o grupo e, por isso, é foco de investimentos constantes. Como impacto imediato, a empresa gera aproximadamente 450 empregos diretos e indiretos na cidade. Na condição de membro da comunidade, a LafargeHolcim mantém diálogo aberto e busca parcerias locais em projetos sociais, ambientais e culturais. Esses investimentos são geridos pelo Instituto LafargeHolcim e visam a desenvolver ações e projetos de geração de renda, cultura, esporte, lazer, cidadania e meio ambiente. Para 2019, alinhada a sua política de responsabilidade social, a LafargeHolcim está apoiando a Associação de Moradores do Bairro Praia em uma ação de voluntariado na praça Gisela Coutinho, que visa a estimular na comunidade o senso de propriedade do espaço público e, como consequência, a sua melhor conservação. A empresa esclarece também que em junho de 2010, cedeu, em comodato, o imóvel existente na Praça Gisela Coutinho à Associação e que permanece vigente até a presente data.

Em 2012, a LafargeHolcim firmou com a Prefeitura, um outro acordo de comodato, com prazo de 20 anos, pelo terreno da praça que engloba: ciclovia, campo de futebol e quiosque. Em ambos os acordos, tanto Prefeitura quanto Associação são responsáveis por zelar cuidadosamente e pelo perfeito estado de conservação dos espaços.

A LafargeHolcim colabora periodicamente na manutenção do espaço com o corte da grama.”

Sem pedir licença, uma fedentina, similar a enxofre, entrou pela janela do meu quarto e obstruiu o meu precioso sono, após um dia desgastante e cansativo. Tenho ouvido relatos de diversas pessoas que sentem o mesmo fedor, principalmente nas madrugas, em Barroso.

Porém, como eu mesmo não havia sentido, até então, preferi não comentar a situação publicamente. Até que na madrugada de hoje (terça-feira, 26 de fevereiro), fui despertado por esse forte mau cheiro.

A cidade inteira sabe que a Fábrica de Cimento Barroso está praticando, em fase de pré-teste, a queima de resíduos sólidos.

Por isso, é impossível imaginar que a fedentina não esteja partindo daquela localidade.

Se, de acordo com os relatórios, os níveis de monitoramento de partículas em suspensão e inaláveis estão abaixo dos padrões estabelecidos pelo CONAMA, conforme demonstra a empresa, fico imaginando: o que acontecerá se esses índices aumentarem? Enquanto isso, será que só nos resta fazer, paralelamente, um pré-teste com a nossa saúde? É isso? Até quanto?

O artigo acima foi publciado pelo colunista do Barroso EM DIA, Luizinho Moreira, e está sendo compartilhado por seguidores nas redes sociais.

Luizinho, faz parte da Organização de Desenvolvimento Sustentável e Comunitário, a Odesc, como é conhecida a organização que luta, há anos, contra a poluição em Barroso. “Além de todos os malefícios que abordamos, a LafargeHolcim também tem que nos dar explicações sobre os tributos que estão ou devem ser pagos ao município”, disse Luiz Moreira em Reunião de Audiência Pública.

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Estádio São José está abandonado, de novo Mais uma vez, o lendário campo do São José foi jogado para escanteio

C

om um atraso considerável, a administração da ex-prefeita de Barroso, Eika Oka de Melo (PP), “desenrolou” a grama, deu um “tapa” nos vestiários e reinaugurou o charmoso e místico estádio São José, no bairro de mesmo nome. Mas de pouco, ou pouco tempo, adiantou. Anos depois, o estádio que ficou fechado e jogado às traças por anos, voltou à mesma situação, ou seja, de deplorável abandono.

A reportagem do Barroso EM DIA não precisou de muito tempo para, em uma simples visita, poder constatar o que está visível aos olhos de quem passa e facilmente adentra o campo, já que não existe mais parte dos muros que cercam o estádio. São vestiários abandonados, alambrados e muros destruídos, arquibancadas e dependências que acabam servindo de palco para relações sexuais e espaço para uso de drogas. Enfim, uma lástima para qualquer amante do futebol que resolva visitar, mesmo sem autorização, o São José, palco de jogos memoráveis, que por muitos anos atraía torcedores de Barroso e região.

“É uma vergonha!

Abandono total. Nosso campo está acabado”, diz um morador do bairro que prefere não se identificar, temendo represálias. “Entendemos que o momento não é bom, que existem outras coisas para resolverem, mas não podemos nos calar diante do descaso, mais uma vez, com o campo”, relata a fonte que frequentava o estádio, como também era chamado, nos tempos de Havaí, Montanhês e grandes clássicos.

“Acabava o jogo aquela multidão descia a rua principal cantando e comemorando. O estádio ficava sempre cheio e os domingos eram de alegria no bairro que, por causa destes problemas, está um pouco triste”, relembra o ex-jogador que cobra do prefeito uma posição. “O prefeito sempre foi ligado ao esporte. Ele mesmo jogou aqui por muitos anos. Não é possível que não possa fazer nada por nós”, desaba o exjogador que relembra que justamente os dois prefeitos que tinham mais ligação com o esporte foram justamente os que menos fizeram para tal, se referindo também ao saudoso Arnô Napoleão, que foi prefeito de Barroso entre os anos de 2005 e 2008, e que de fato, muito pouco ou quase nada fez para o cam-

NERCY LUCAS

Impossível praticar futebol no estádio São José

po do São José. A reportagem também ouviu o atual presidente da Associação do Bairro São José, Claudinei, conhecido como Dedei. “Eu sei que limparam lá do lado de fora, mas a situação é crítica”, diz o presidente que informou que outros membros, cidadãos da comunidade, desistiram de ajudar perante o descaso.

O Barroso EM DIA também fez contato com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura que se manifestou dizendo que haverá melho-

rias no estádio em breve.

”Só não podemos precisar datas, uma vez que o município não dispõe de recursos financeiros para tais benfeitorias, no momento”, diz parte do e-mail enviado à redação. A Prefeitura, através da Assessoria, também declarou que está buscando apoio de parlamentares por emendas e que recentemente enviaram ofício à LafargeHolcim, solicitando apoio da empresa nas reformas do estádio, mas, até o momento não receberam nenhuma

resposta. “Também estamos buscando alternativas para conseguir efetuar alguma melhoria com recursos próprios”, traz a nota que também fala sobre o vandalismo e drogas no local. “Acreditamos que não é nenhuma novidade a ocorrência de vandalismo nas instalações do estádio e em outras propriedades públicas, como o que aconteceu com os muros. Infelizmente, existem pessoas que não colaboram para a preservação do patrimônio, que é de toda a população.

Preferem a destruição à conservação”, ressalta. Fato é que o povo do bairro, apaixonado por futebol, e saudosista quando o assunto é o estádio, quer uma resposta das autoridades e esperam ver o campo funcionando em plenas condições novamente. “Não queremos mais desculpas, queremos, como foi prometido em campanha, nosso estádio funcionando, como acontece em outros campos aqui da cidade”, diz o entrevistado.

JOÃO VIGIA E

Se por um lado os moradores do São José amargam as tristes cenas cotidianas de abandono, por outro, o estádio João Vigia, no bairro Cohab, que há anos é gerido pela Associação do bairro, através do desportista Gilson Boneco e companhia, está um brinco, como dizem na linguagem dos boleiros.

Além da escolinha do Bandeirantes, que funciona no local e atrai centenas de crianças duas ou três vezes por semana, todos os campeonatos da cidade acontecem no estádio que tem, como sempre teve, um gramado impecável, e um cuidado peculiar dos profissionais voluntários nas suas dependências.

Talvez não à altura do João Vigia, mas com um cuidado visivelmente maior do que o do São José, aparece o Nercy Lucas, no bairro Jardim Europa. Os vestiários e as dependências ainda precisam de muito mais cuidado, mas o gramado tem sido bem tratado pelo poder público e pelo menos a poda tem sido frequente no Nercy, um estádio com o nome do ex-jogador dos tempos de Montanhês e Barroso que se estivesse aqui entre os mortais também estaria cobrando das autoridades um olhar mais sério e contundente para o esporte, em especial o futebol.

Ou seja, dos três campos públicos hoje existentes na cidade, apenas o São José passa por um descaso abissal. “Estes outros dois campos, Nercy e João Vigia, têm figuras públicas que jogam neles ou realizam competições até hoje. Será que por isso recebem um o lhar diferente?”, questiona o morador do São José que vê privilégios e atenção das autoridades para os dois campos porque, segundo ele, pessoas de renome brincam por lá aos finais de semana.

Sem muros, o estádio se transformou em local proprício para a prática de sexo e uso de drogas

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CARA DE BARROSO

ANDREIA DAMASCENO

Em 2018 a Greve dos Caminhoneiros, considerada a maior da história do Brasil, trouxe à tona a realidade e os problemas de motoristas que dia e noite viajam pelas estradas do país.

Ficou evidente, para quem ainda não enxergava, que seu trabalho, ou melhor, sua missão, vai muito além do simple transporte de mercadorias. Caminhoneiros são guerreiros que ajudam a manter diversos setores que constituem uma sociedade em funcionamento. Isso ficou muito claro!

E dentre esses milhares de profissionais, guerreiros, está a barrosense Andréia Damasceno Moreira.

Caminhoneira há cinco anos, Andréia, hoje aos 34, desde menina sonhava em ter a sua “casa móvel”, com a qual poderia percorrer distâncias e chamar cada pedaço desta nação de lar. E a barrosense, que já viajou por diversas rodovias de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, enfrenta, todos os dias, todo tipo de dificuldades como encarar as estradas durante a noite ou cumprir horários para entrega de cargas. Mas dentre eles, o desafio maior está justamente no simples fato de ser mulher. Única filha de três irmãos, a jovem decidiu seguir os passos de seu pai, o Senhor Iris de Souza, e encarar uma profissão considerada por muitos como “coisa de homem”. Constantemente, Andréia precisa quebrar o retrógrado tabu de sexo frágil e mostrar que tanto ela, como suas demais companheiras de trabalho, são capazes de estar atrás de um volante.

Apesar disso, ela conta que tem o apoio da família, dos amigos e de pessoas que veem o valor do seu ofício e reconhecem sua coragem.

As estradas escodem perigos que muitos temem, como más condições do asfaltamento, riscos de acidentes e até a ação de bandidos nas madrugadas.

Mas nada disso impede Andréia de seguir em frente e manter o seu sonho vivo e em movimento.

São nessas viagens por esse imenso Brasil, que a cada volta a Barroso, ela traz consigo novas histórias, novas conquistas, e novas oportunidades de mostrar a importância e a diferença que seu trabalho exerce na vida de todos.

Andréia Damasceno Moreira: barrosense, mulher e Caminhoneira. Sim, Caminhoneira!