Bem-vindos à quarta edição do Panorama 2025 e Tendências 2026, da Avantia Este relatório traz um overview das iniciativas, visão e projeções de empresas dos mais diversos segmentos sobre a segurança eletrônica e as soluções que permitem a proteção de patrimônios e pessoas
O ano de 2025 consolidou a transformação digital como realidade estratégica para organizações de todos os portes e segmentos A integração entre segurança física e digital não é mais uma tendência distante, mas uma necessidade presente nas operações empresariais Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), automação e análise preditiva tornaram-se pilares fundamentais para a gestão moderna de segurança
Corroborando com o cenário de crescimento acelerado, a pesquisa da Avantia traz como destaque a consolidação da Inteligência Artificial como principal vetor de transformação do setor, com 100% dos participantes classificando a IA como relevante para suas operações Também evidencia a crescente preocupação com a cibersegurança e a necessidade urgente de integração entre sistemas físicos e digitais, reflexo de um mercado cada vez mais conectado e exposto a riscos híbridos
Os detalhes desses e de muitos outros insights podem ser explorados no decorrer deste material, que traz uma análise atual do mercado de segurança eletrônica no Brasil e as perspectivas para 2026
Boa leitura!
UNIVERSO DA PESQUISA
Os resultados foram obtidos com base nas respostas de 105 organizações no período de 13 de outubro a 10 de novembro de 2025.
Segmentos das empresas participantes
Tecnologia, Indústria, Setor Público, Serviços, Logística e Transporte, Energia, Portos e Terminais, Prestadora de serviços de segurança, Construção, Agronegócio e outros.
Nacionalidade das empresas
Maioria brasileira, com participação de multinacionais dos setores de tecnologia, indústria e serviços
Quantidade de colaboradores
Localização
Sudeste: maior concentração
Nordeste: forte representatividade
Sul: participação significativa
Centro-oeste e Norte: menor representação
Cargos dos participantes
CEO, COO, CIO, CTO, Gerente de segurança, Gestor de compras e facilities, Especialista ou analista, Consultor, entre outros
1. PANORAMA DO MERCADO DE SEGURANÇA
ELETRÔNICA
O setor de segurança eletrônica no Brasil viveu um ano de forte expansão em 2024, atingindo um faturamento médio de R$ 14 bilhões De acordo com o Panorama ABESE 2024/2025, realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança, esse número representa um crescimento de 16,1% em relação ao ano anterior, superando as projeções de R$ 14,2 bilhões que haviam sido estimadas
Setor de segurança eletrônica no Brasil
Faturamento 2024
R$ 14 bilhões
(Fonte: Relatório ABESE 2024/2025)
A demanda por segurança eletrônica, especialmente por sistemas baseados em automação e inteligência artificial, continua impulsionando o mercado para 2025 e 2026
Previsão de crescimento da indústria 2025
(Fonte: Relatório ABESE 2024/2025)
Mercado global de segurança eletrônica
O mercado global deve continuar em expansão, impulsionado pela digitalização, crescimento de cidades inteligentes e demanda por soluções integradas de segurança física e digital
Geração de empregos no Brasil (2024)
1,5 milhão de empregos diretos
3,5 milhões de empregos indiretos
Total: 5 milhões de empregos
(Fonte: Relatório ABESE 2024/2025)
1. 1. O que está impulsionando o mercado
A inteligência artificial consolidou-se como o principal motor de transformação do setor de segurança eletrônica em 2025 A pesquisa da Avantia revelou que 100% dos participantes consideram a IA relevante para suas operações, com a maioria classificando-a como de altíssima relevância (nota 5)
Produtos com IA no Brasil
64% dos produtos fabricados no setor de segurança eletrônica já contam com recursos de Inteligência Artificial embarcada, segundo o Panorama ABESE 2024/2025
Esse dado evidencia que os projetos devem fomentar cada vez mais o uso de recursos com aplicações de IA, desde analíticos de vídeo até sistemas preditivos de gestão de riscos
Entre os setores que mais cresceram em 2024, destaque para:
Portaria remota terceirizada: crescimento de 24%
Desenvolvimento de softwares: alta de 22%
Distribuição e indústria: crescimento de 20,3% cada
1. 2. Tendências
O protagonismo de segmentos ligados à digitalização e ao controle remoto evidencia o avanço da integração entre segurança física e digital, tendência que deve se consolidar ainda mais em 2026.
Um fator adicional que está contribuindo com a aceleração da ampliação de ofertas tecnológicas é a expansão contínua das redes 5G no Brasil A tecnologia permite maior conectividade, velocidade e confiabilidade para dispositivos IoT, sistemas de videomonitoramento em alta resolução e soluções em nuvem, facilitando o desenvolvimento de redes móveis privadas essenciais para aplicações avançadas de IA, Machine Learning e Internet das Coisas
Para 2026, o setor de segurança eletrônica deve ser impulsionado pela consolidação de tecnologias que já começaram a ganhar espaço em 2025 As principais tendências identificadas pela pesquisa da Avantia e por análises de mercado são:
Internet das Coisas, IA e 5G integrados
A convergência dessas tecnologias será cada vez mais utilizada para monitorar serviços essenciais de forma integrada A evolução tem facilitado o desenvolvimento e manutenção de infraestruturas urbanas, industriais e ambientais, contribuindo para a melhoria da qualidade e eficiência operacional
Dispositivos IoT mais inteligentes, conectados e seguros devem se tornar padrão, com protocolos específicos para identificar e isolar rapidamente dispositivos comprometidos
Inteligência Artificial e Automação
A IA deve continuar avançando, com capacidade analítica cada vez maior e funcionalidades expandidas A expectativa é de sistemas mais autônomos, capazes de predições assertivas e resposta rápida a incidentes sem intervenção humana Ganhos em governança e ética também serão percebidos, fundamentais para aumentar a confiança e adesão às tecnologias
Video Analytics e Reconhecimento Inteligente
ganham protagonismo, sendo citados por grande parte dos entrevistados como tecnologias com maior impacto esperado para 2026.
Integração Físico-Digital
A convergência entre segurança física e cibersegurança será uma das principais prioridades para 2026 Ambientes corporativos exigem uma abordagem unificada que proteja tanto ativos físicos quanto digitais, especialmente diante de ameaças híbridas que exploram vulnerabilidades em ambos os domínios
Plataformas unificadas que centralizam o monitoramento de câmeras, sensores, controle de acesso e redes digitais tornam-se indispensáveis.
Cibersegurança e Proteção de Dados
Com o aumento exponencial de ataques cibernéticos sofisticados, incluindo o uso de IA por criminosos para criar deepfakes, malwares adaptativos e campanhas de phishing personalizadas, a cibersegurança será prioridade máxima
A criptografia pós-quântica ganha relevância como resposta à evolução da computação quântica, que pode tornar obsoletos os algoritmos de segurança atuais.
ESG e Sustentabilidade
Critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) ganham espaço nas estratégias de segurança, com empresas buscando soluções que combinem proteção com responsabilidade corporativa e conformidade regulatória
Robótica e Sistemas Autônomos
Drones e robôs equipados com IA, câmeras de alta resolução e sensores térmicos para patrulhas autônomas devem se expandir, especialmente em áreas industriais, grandes perímetros e eventos de grande porte
2. RESULTADOS DA PESQUISA
2.1 Gestão de segurança
A gestão de segurança evoluiu significativamente nos últimos anos, deixando de ser uma função reativa para se tornar um pilar estratégico nas organizações Esse rol de ações integradas tem como objetivo uma atuação preventiva para mitigar possibilidades de acidentes, prejuízos financeiros e danos à imagem corporativa
Para garantir que medidas assertivas sejam adotadas, é necessário identificar e analisar os riscos associados a cada atividade do negócio, desenvolver procedimentos e políticas de segurança, implementar medidas preventivas e adotar as ferramentas tecnológicas adequadas
2.1.1 Áreas estruturadas
A pesquisa da Avantia identificou que as empresas brasileiras mantêm estruturas de segurança diversificadas, com destaque para:
As áreas mais estruturadas de segurança nas organizações são:
Segurança da Informação / Cibersegurança
Segurança Eletrônica
Gestão de Riscos / Compliance
Segurança do Trabalho
Meio Ambiente / Sustentabilidade (ESG)
Evolução em relação a 2024:
A Segurança da Informação/Cibersegurança mantém-se como área mais estruturada, refletindo a crescente preocupação com ataques digitais e vazamento de dados
A Gestão de Riscos/Compliance também apresenta crescimento, evidenciando maior maturidade organizacional no gerenciamento integrado de ameaças
Observação: Os dados de 2024 contemplavam categorias diferentes (Prevenção de Perdas aparecia separada), o que torna a comparação direta parcial
2.1.2 Maiores desafios enfrentados em 2025
As organizações participantes da pesquisa relataram diversos desafios em segurança ao longo de 2025
Os temas mais recorrentes foram:
Principais desafios citados:
1.Cibersegurança
Mencionado de forma massiva, incluindo:
2.Modernização e adequação
tecnológica
3.Gestão de pessoas
4.Segurança física e patrimonial
Combate a ataques de ransomware
Proteção contra phishing e malware
Garantia de segurança em plataformas de nuvem
Controle sobre práticas de segurança de subcontratados
Vazamento e proteção de dados sensíveis
Infraestrutura obsoleta
Necessidade de atualização de equipamentos
Integração de novas tecnologias
Atração e retenção de profissionais especializados
Mão de obra qualificada insuficiente
Treinamento e capacitação de equipes
Furtos e vandalismo
Invasões e controle de perímetro
Videomonitoramento e controle de acesso
5.Orçamento e investimentos
Cortes orçamentários inesperados
Dificuldade em justificar investimentos
Redução de custos vs necessidade de inovação
6.Conformidade regulatória
Adequação à LGPD
Atendimento a novas regulamentações
Gestão de riscos e compliance
2.1.3 Relevância dos temas estratégicos para 2025
A pesquisa solicitou que os participantes classificassem a relevância de seis temas estratégicos para suas empresas em 2025, em uma escala de 1 a 5 (sendo 5 = altíssima relevância)
Os resultados demonstram uma visão clara das prioridades organizacionais:
CIBERSEGURANÇA
Nota média: 4,7
84,8% dos respondentes atribuíram nota máxima (5)
Tema de maior relevância absoluta
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Nota média: 4,7
82,9% dos respondentes atribuíram nota máxima (5)
Empate técnico com Cibersegurança
INTEGRAÇÃO FÍSICO-DIGITAL
Nota média: 4,5
71,4% dos respondentes atribuíram nota máxima (5)
Empate técnico com Cibersegurança
CONFORMIDADE REGULATÓRIA
Nota média: 4,4
67,6% dos respondentes atribuíram nota máxima (5)
SEGURANÇA PATRIMONIAL
Nota média: 4,3
62,9% dos respondentes atribuíram nota máxima (5)
ESG/SUSTENTABILIDADE
Nota média: 4,1
57,1% dos respondentes atribuíram nota máxima (5)
Cibersegurança e Inovação Tecnológica lideram as prioridades
Os resultados evidenciam que as organizações brasileiras reconhecem a urgência de proteger seus ativos digitais enquanto investem em inovação para se manterem competitivas A alta pontuação da Integração Físico-Digital reforça a tendência de convergência entre segurança física e cibernética Mesmo ESG/Sustentabilidade, com a menor média (4,1), ainda apresenta relevância elevada, indicando que o tema ganhou espaço estratégico nas agendas corporativas
2.2 Tecnologias com maior impacto em 2026
Quando questionadas sobre quais tecnologias ou práticas terão maior impacto em 2026, as organizações foram unânimes em colocar a Inteligência Artificial no topo da lista
As tecnologias mais citadas como impactantes para 2026:
95,2% - Inteligência Artificial aplicada à segurança
44,8% - Integração de sistemas críticos
41,9% - Video analytics e reconhecimento inteligente
40% - Automação e IoT
31,4% - Gestão integrada de riscos
21% - ESG e sustentabilidade
Inteligência Artificial: unanimidade no mercado
A presença massiva da IA (95,2% dos respondentes) confirma que essa tecnologia deixou de ser promessa para se tornar realidade estratégica Organizações enxergam na IA a possibilidade de:
Automatizar processos de segurança
Realizar análise preditiva de ameaças
Otimizar resposta a incidentes
Reduzir custos operacionais
Melhorar precisão na detecção de anomalias
COMPARATIVO COM 2024
Em 2024, a pesquisa revelou que 32,8% das empresas investiram em recursos com inteligência artificial, como analíticos de vídeo. Em 2025, quando questionadas sobre o futuro, 95,2% consideram a IA como tecnologia de maior impacto para 2026 - um crescimento exponencial na percepção de valor e necessidade dessa tecnologia
2.3 Maiores riscos para 2026
A pesquisa também explorou a percepção das organizações sobre os maiores riscos que empresas como as suas enfrentarão em 2026 As respostas revelam um cenário de preocupações diversas, com destaque para:
Principais riscos identificados:
1. Cibersegurança e ataques digitais
2. Riscos tecnológicos e operacionais
3. Fatores externos e macroeconômicos
4. Riscos humanos e organizacionais
5. Sustentabilidade e meio ambiente
6. Segurança física
Ataques cibernéticos cada vez mais sofisticados
Ransomware
Uso malicioso de IA (deepfakes para fraudes)
Vazamento de informações de negócio
Invasões de dados
Ataques a dispositivos IoT
Obsolescência tecnológica
Falta de infraestrutura adequada
Integração de sistemas legados
Dados incompletos e desatualizados (silos de dados)
Instabilidade política e econômica
Campanhas políticas (ano eleitoral em alguns cenários)
Mudanças tributárias (Reforma Tributária)
Insegurança jurídica/normativa
Crise internacional (ex: guerra comercial EUA x China)
Falta de mão de obra qualificada
Resistência à mudança (cultura organizacional)
Baixa conscientização dos colaboradores
Modernização na gestão
Impactos ambientais
Desastres naturais
Conformidade ESG
Criminalidade e violência urbana
Roubo de cargas
Vandalismo e furtos
O risco cibernético domina as preocupações
Fica evidente que a cibersegurança não é apenas uma prioridade operacional, mas uma preocupação estratégica de longo prazo A menção frequente ao "uso malicioso de IA" demonstra que as organizações estão cientes dos novos vetores de ataque que surgem com tecnologias emergentes
A preocupação com fatores macroeconômicos e políticos também chama atenção, indicando que gestores de segurança precisam considerar cenários amplos de risco, que vão além do controle direto da organização
2.4 O papel das soluções de Áudio & Vídeo
A pesquisa explorou como as organizações enxergam o papel das soluções de Áudio & Vídeo nos próximos anos, revelando uma visão estratégica e diversificada dessas tecnologias
Como as organizações enxergam as soluções de Áudio & Vídeo:
42,9% - Ferramenta de monitoramento e segurança
34,3% - Apoio à comunicação interna e treinamentos
30,5% - Suporte à colaboração remota e híbrida
28,6% - Redução de custos operacionais e aumento de eficiência
25,7% - Diferencial estratégico para inovação e experiência do cliente
12,4% - Outros
7,6% - Não planejamos investimentos relevantes em Áudio & Vídeo
Áudio & Vídeo como soluções inovadoras
Os resultados mostram que as organizações já percebem que soluções de Áudio & Vídeo vão muito além do tradicional O destaque para comunicação interna (34,3%), colaboração remota (30,5%) e redução de custos (28,6%) evidencia uma visão moderna e integrada dessas tecnologias
Apenas 7,6% não planejam investimentos, o que indica um mercado aquecido e receptivo para inovações nesta área.
2.5 Barreiras para adoção de soluções
Maiores barreiras para adoção de soluções de Áudio & Vídeo e tecnologia:
52,4% - Orçamento / custos de investimento
24,8% - Resistência cultural / falta de capacitação
22,9% - Complexidade técnica de integração
19% - Regulações ou compliance
21% - Não identificamos barreiras significativas
Apesar do reconhecimento da importância das tecnologias de segurança, as organizações enfrentam diversos obstáculos para adotá-las A pesquisa identificou as principais barreiras:
Para soluções de segurança e tecnologia em geral:
61% - Alto custo
35,2% - Integração com sistemas existentes
26,7% - Dificuldade em encontrar produtos confiáveis
23,8% - Complexidade de instalação
24,8% - Falta de suporte técnico e pós-venda
22,9% - Falta de empresas especializadas ou especialistas na área
O custo segue como principal barreira
Em 2024, o custo elevado já era citado por 62,7% dos respondentes como principal desafio Em 2025, esse percentual praticamente se manteve (61%), evidenciando que a questão orçamentária continua sendo o maior obstáculo para a modernização da segurança nas empresas
A integração cresce em preocupação
A dificuldade de integração com sistemas existentes foi citada por 52,2% em 2024, e se mantém como desafio relevante em 2025 (35,2%), especialmente considerando a diversidade de tecnologias legadas presentes nas organizações.
2.6 Desafios operacionais e estratégicos
A pesquisa mapeou os principais desafios que as organizações enfrentaram na área de segurança em 2025 e as prioridades estratégicas para 2026
Principais desafios na área de segurança em 2025
31,4% - Infraestrutura de segurança física obsoleta/desatualizada
29,5% - Treinamento e qualificação de pessoal
28,6% - Atrair/contratar profissionais na área
24,8% - Dificuldade na implantação (integração) de novas tecnologias
22,9% - Gerenciar a segurança dos colaboradores/visitantes nas instalações
21,9% - Planejamento de continuidade de negócios
21% - Cortes orçamentários inesperados
20% - Gerenciamento remoto e segurança de prédios/instalações
11,4% - Atraso ou carga excessiva de projetos
Desafios
recorrentes: infraestrutura e pessoas
A infraestrutura obsoleta lidera os desafios (31,4%), confirmando a dificuldade das organizações em acompanhar o ritmo acelerado da evolução tecnológica
Os desafios relacionados a pessoas (treinamento 29,5% e contratação 28,6%) evidenciam o gap de talentos no mercado de segurança A escassez de profissionais qualificados é uma barreira tanto para implementação quanto para operação de sistemas modernos
A dificuldade de integração (24,8%) segue sendo um problema estrutural, especialmente em organizações com múltiplos sistemas legados
Prioridades estratégicas de segurança para 2026
Quando questionadas sobre as prioridades estratégicas para 2026, as organizações destacaram:
62,9% - Proteção de dados e cibersegurança
50,5% - Redução de riscos operacionais
44,8% - Inovação tecnológica
42,9% - Eficiência e redução de custos
26,7% - Sustentabilidade e conformidade ESG
Cibersegurança: prioridade nº 1 para 2026
Com 62,9% das menções, a proteção de dados e cibersegurança se consolida como a prioridade absoluta das organizações para o próximo ano Esse dado está alinhado com a altíssima relevância atribuída ao tema na seção 2 1 3 (nota média 4,7)
A redução de riscos operacionais (50,5%) e inovação tecnológica (44,8%) também aparecem com força, indicando que as organizações buscam simultaneamente proteção e evolução
Interessante notar que eficiência e redução de custos (42,9%) mantêm-se como prioridade mesmo em um contexto de forte investimento em tecnologia, demonstrando a busca por equilíbrio entre inovação e sustentabilidade financeira
2.7 Prevenção
contra danos físicos
A pesquisa investigou quais medidas as organizações adotam para se prevenir contra danos físicos, revelando um cenário misto de maturidade
Como as empresas previnem danos físicos:
52,4% - Faz uso de CFTV e age reativamente, após ocorrências
21,9% - Faz uso de sistemas robustos com IA para agir preventivamente
20% - Possuímos poucos recursos, mas temos planos de investimentos para os próximos 12 meses
5,7% - Outras respostas menores - Incluem empresas com recursos específicos (data center Tier 3, equipes de planejamento, policiais de plantão em órgãos públicos, terceirização de estoque, etc )
A ação reativa ainda domina
Em 2024, 62,7% das empresas faziam uso de CFTV e agiam reativamente, após as ocorrências Em 2025, esse percentual caiu para 52,4%, uma redução de 10,3 pontos percentuais
Crescimento da prevenção com IA
Apenas 16,4% adotavam sistemas robustos de IA para agir preventivamente em 2024 Em 2025, esse número subiu para 21,9%, um crescimento de 5,5 pontos percentuais. Embora o avanço seja positivo, a maioria das organizações ainda opera em modo reativo, evidenciando uma oportunidade significativa de evolução para sistemas preditivos e preventivos.
2.8 Além da proteção
A evolução tecnológica conferiu aos sistemas de segurança eletrônica capacidades que vão além do monitoramento tradicional Recursos como analíticos de vídeo, análise de áudio e inteligência artificial contribuem para diversas finalidades estratégicas:
Prevenção de perdas
Colaboração em estratégias de vendas
Fornecimento de dados e informações para tomada de decisão
Otimização no layout de lojas e fábricas
Melhoria na eficiência operacional
Gestão de pessoas e produtividade
A pesquisa questionou se os sistemas de segurança eletrônica, além de proteção e prevenção, colaboram com o negócio das empresas
Os sistemas de segurança colaboram com o negócio?
47,6% - Sim, colaboram pois evitam perdas e prejuízos financeiros
17,1% - Colaboram com o negócio, mas não são valorizados entre outros departamentos
15,2% - Poderiam colaborar mais, se tivesse maior apoio de outras áreas da empresa
11,4% - Não colaboram, servindo apenas para prevenção e proteção básica
Outras respostas - Casos específicos (empresas fornecedoras, respostas não aplicáveis)
Reconhecimento crescente do valor estratégico
Quase metade das organizações (47,6%) reconhece que os sistemas de segurança evitam perdas e prejuízos financeiros, indo além da função básica de proteção
No entanto, 32,3% apontam que os sistemas poderiam colaborar mais, seja por falta de valorização interna (17,1%) ou por necessidade de maior apoio de outras áreas (15,2%) Isso indica uma oportunidade de melhor integração entre segurança e demais departamentos
Apenas 11,4% afirmam que seus sistemas servem apenas para prevenção básica, um indicador positivo de que a maioria já extraiu ou enxerga valor adicional nas soluções de segurança
Perdas no varejo brasileiro
Segundo relatório recente da ABRAPPE (Associação Brasileira de Prevenção de Perdas), as perdas no varejo brasileiro continuam representando percentual significativo do faturamento líquido do setor, reforçando a importância de sistemas de monitoramento inteligentes
O uso de sistemas com inteligência artificial para análise de comportamento, detecção de padrões anormais e gestão proativa de riscos tem se mostrado cada vez mais eficaz na redução dessas perdas
A videotelemetria é outra aplicação que vem crescendo no Brasil, especialmente em frotas de veículos comerciais Por meio da combinação de IA, IoT e ciência de dados, é possível identificar comportamentos de risco de motoristas, reduzir custos com combustível e manutenção, otimizar rotas e melhorar a produtividade operacional
2.9 Investimentos
Um dos principais indicadores da saúde e perspectivas do setor de segurança eletrônica é a intenção de investimento das organizações A pesquisa da Avantia revelou um cenário otimista para 2026
Previsão de investimentos para os próximos 12 meses
Os investimentos destinados à segurança nos próximos 12 meses:
53,3% - Devem aumentar
39% - Devem permanecer os mesmos
7,6% - Devem diminuir
Crescimento na intenção de investimento
2024: 61,2% pretendiam aumentar investimentos
2025: 53,3% pretendem aumentar investimentos
Embora tenha havido uma redução de 7,9 pontos percentuais em relação a 2024, ainda assim mais da metade das organizações planeja ampliar seus investimentos em segurança nos próximos 12 meses
A redução pode ser explicada pelo contexto macroeconômico de 2025, com incertezas políticas e econômicas citadas por diversos respondentes como riscos para 2026
Positivamente, as empresas que planejam diminuir investimentos caiu de 10,4% (2024) para 7,6% (2025), indicando maior resiliência do setor
Faixas de investimento previstas
Qual a previsão de investimento nos próximos 12 meses em processos de segurança eletrônica?
23,8% - Até R$ 100 mil
14,3% - De R$ 100 mil a R$ 500 mil
11,4% - De R$ 500 mil a R$ 1 milhão
9,5% - De R$ 1 milhão a R$ 3 milhões
9,5% - Acima de R$ 3 milhões
31,4% - Não temos previsão de investimento em processos de segurança eletrônica
Faixa de Investimento
Análise da distribuição:
Houve uma concentração maior em investimentos de médio e alto porte As faixas acima de R$ 500 mil cresceram, enquanto as faixas menores (até R$ 500 mil) reduziram Isso pode indicar que empresas estão optando por projetos mais robustos e estruturais ao invés de investimentos pontuais, ou que organizações menores estão postergando investimentos devido ao cenário econômico.
O aumento de empresas sem previsão (de 26,7% para 31,4%) também reflete maior cautela em um contexto de incertezas.
Onde serão direcionados os investimentos
A pesquisa não perguntou diretamente sobre recursos e ferramentas específicos em 2025, mas as respostas sobre tecnologias de maior impacto para 2026 (seção 2 2) indicam onde os investimentos devem se concentrar:
Áreas prioritárias para investimento (baseado em tecnologias de maior impacto):
1 Inteligência Artificial aplicada à segurança (95,2%)
2 Integração de sistemas críticos (44,8%)
3 Video analytics e reconhecimento inteligente (41,9%)
4 Automação e IoT (40%)
5 Gestão integrada de riscos (31,4%)
6 ESG e sustentabilidade (21%)
Adicionalmente, considerando as prioridades estratégicas para 2026, espera-se forte investimento em:
Soluções de cibersegurança (proteção de redes, monitoramento de dados, detecção de fraudes)
Integração físico-digital (convergência de sistemas)
Plataformas unificadas de gestão (centralização de monitoramento)
Soluções em nuvem (cloud computing)
Mudanças nas prioridades de investimento
Em 2024, as organizações destacaram como prioridades:
62,7% - Aproveitar a IA para agilizar processos
47,8% - Melhorar visibilidade de dados e relatórios para decisão
43,3% - Integração de infraestrutura de TI com segurança
As principais áreas de investimento mencionadas em 2024 foram:
43,3% - Integração de TI com processos de segurança e controle de acesso
38,8% - IA para automatização de processos
35,8% - Modernização de equipamentos de controle de acesso
32,8% - IA em videomonitoramento
Em 2025, essas tendências se consolidaram, com a IA se tornando quase unanimidade (95,2%) e a integração de sistemas mantendo-se como prioridade (44,8%).
Segurança eletrônica no futuro
Os avanços tecnológicos estão tornando as soluções de segurança eletrônica cada vez mais inovadoras, inteligentes e integradas O ano de 2025 marcou um ponto de inflexão: a Inteligência Artificial deixou de ser uma promessa do futuro para se tornar uma realidade presente e indispensável para organizações de todos os portes
A pesquisa revelou que 100% dos participantes consideram a IA relevante, com 95,2% apontando-a como a tecnologia de maior impacto para 2026 Esse dado não é apenas uma estatística; é um reflexo da transformação profunda que o setor está vivendo
Ao mesmo tempo, a cibersegurança emergiu como a prioridade estratégica número 1, com 62,9% das organizações priorizando a proteção de dados para 2026 Em um mundo cada vez mais conectado, a convergência entre segurança física e digital não é mais opcional – é essencial
Os desafios persistem: infraestrutura obsoleta, escassez de talentos qualificados, dificuldades de integração e restrições orçamentárias continuam sendo barreiras significativas No entanto, o otimismo prevalece Mais da metade das organizações (53,3%) planeja aumentar investimentos em segurança nos próximos 12 meses, e há um movimento claro em direção a projetos mais robustos e estruturais
O futuro da segurança eletrônica será definido por organizações que conseguirem equilibrar inovação tecnológica com sustentabilidade financeira, integrando sistemas físicos e digitais em plataformas unificadas, capacitando equipes para lidar com tecnologias emergentes e adotando uma postura proativa, não reativa, diante das ameaças
A Avantia acredita no poder da inovação e tem se transformado ano após ano para ser uma empresa referência em seu segmento de atuação
Nossas lideranças acompanham constantemente as tendências do mercado com o objetivo de entregar serviços de excelência, confiabilidade, alta qualidade e tecnologia
A Avantia é uma integradora de soluções de tecnologia para a área de segurança eletrônica, análise inteligente de vídeo e infraestrutura de TI, com mais de 27 anos de história Realiza projetos personalizados, dimensionando cada solução conforme a necessidade do cliente
A integração tem o papel de unificar e simplificar a gestão dos sistemas e otimizar custos, independentemente da quantidade de soluções de proteção implementadas A integração de sistemas é uma solução estratégica, uma vez que permite personalização, flexibilidade e escalabilidade Clientes que optam pela integração param de gastar energia gerindo diversos sistemas de proteção e conseguem direcionar seus esforços ao core business do negócio, ressalta Silvio Aragão, CEO da Avantia.
Silvio Aragão CEO da Avantia
Sobre a Avantia
A Avantia é uma empresa brasileira com mais de 27 anos de atuação e figura entre as líderes em integração de soluções de tecnologia para a área de segurança eletrônica, análise inteligente de vídeo e infraestrutura de TI
Com soluções próprias desenvolvidas por sua unidade digital independente WeSafer, a empresa atende clientes do setor público e dos mais diversos segmentos do setor privado, como indústria, varejo, saúde, construção civil, energia, logística, educação, financeiro e agronegócio
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