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SUSPEITO DA MORTE DE IDOSA EM COPACABANA É PRESO

Crime foi cometido em abril e chocou a cidade

Robson foi preso durante abordagem a um ônibus no Centro do Rio

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Um dos suspeitos de envolvimento na morte da idosa Alair Barbosa Meireles, de 72 anos, na Praia de Copacabana, foi preso na noite de domingo (7). Robson Almeida Santos Junior, de 22 anos, foi preso, segundo a Polícia Militar, durante uma abordagem realizada por agentes em um ônibus da linha 474 (Jacaré x Copacabana), na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio.

Contra Robson havia um mandado de prisão temporária em aberto por homicídio, além de já possuir seis antecedentes criminais por crimes de roubo. Ele foi encaminhado à sede da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), responsável pelas investigações do crime e está à disposição da Justiça. Quando menor de idade, Robson foi apreendido 11 vezes entre 2014 e 2018. No último dia 19, um adolescente de 17 anos foi apreendido pela

Polícia Civil na Pavuna, Zona Norte do Rio, também por envolvimento no crime. Em depoimento, ele disse que Robson teria sido o responsável por empurrar a idosa.

O corpo da enfermeira aposentada foi enterrado no Cemitério São

João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio, no dia 19 de abril. A filha da vítima, Isabella Barbosa, cobrou que o responsável pela morte seja punido e afirmou que ainda não sente revolta, mas "muita tristeza".

Isabella Barbosa Meirelles, de 49 anos, acrescentou que pretende honrar o nome da mãe e disse que gostaria que fosse rediscutida a diminuição da maioridade penal.

O CRIME

A enfermeira aposentada estava passeando com duas amigas no calçadão no fim da tarde do Domingo de Páscoa quando foi atacada na al-

ALAIR BARBOSA MEIRELES, de 72 anos, foi brutalmente assassinada em Copacabana tura do Posto 3 de Copacabana. Segundo testemunhas, um assaltante puxou o cordão de Dona Alair com tanta força que acabou a derrubando no chão. A enfermeira aposentada bateu a cabeça e não resistiu.

CHEGANDO à cena do crime, o perito monta o equipamento, acessa o tablet e faz o rastreamento da área com uma câmera que gira 360 graus

O Pior De Tudo Ao Alcance De Todos

Quase que diariamente lemos que as polícias de todo o mundo bloqueiam e prendem bandidos de alta periculosidade que traficam de todo na chamada “dark web”, a web do terror. Infelizmente ela não para de crescer.

Nascida dos movimentos libertários, manipulando a liberdade de expressão, esta rede paralela tem o anonimato como principal objetivo. Seus sites não são registrados por mecanismos de busca, como Google e Bing.

Para acessá-la, o navegador TOR permite, desde 2004, consultar uma página, desde que saiba o endereço em 48 caracteres. Na dark web não há motores de busca públicos. Não é possível escrever uma palavra aleatoriamente para encontrar um nome.

A estrutura tem 110.000 portais ativos, um número que se multiplicou nos últimos cinco anos. A internet aberta, “clear web”, registra 1,6 bilhão de sites.

“Assistimos, no entanto, a uma grande massificação, uma vez que, há cinco anos, havia apenas 10.000 sites ativos”, explicou a Isto É Nicolas Hernández, chefe da Aleph Networks, empresa francesa que desenvolveu um dos únicos motores de busca do mundo que funcionam na dark web.

M Fia Cibern Tica

A dark web hospeda um ambiente estruturado de organizações de criminosos cibernéticos. Os sites que vendem dados básicos que permitem criar e-mails de “phishing” (fraude eletrônica) são oferecidos a usuários, que os compram para hackear um sistema.

Também há programas de pirataria prontos para uso, que são vendidos ou entregues em troca de uma porcentagem sobre os lucros.

Nesta rede, há ofertas de trabalho que recrutam hackers “autônomos” e plataformas que publicam os pedidos de resga- te após roubos de dados, divulgando parte da informação a título de “prova”. Se a vítima não realizar o pagamento, os dados são colocados à venda. As transações são pagas em criptomoedas ou usando contas do Paypal roubadas.

ENXUGANDO GELO Após prisões e diminuição de atividades Hernández dique “em quatro meses, as plataformas se reconstroem. A dark web foi criada para o anonimato. Se não cometerem erros, será muito difícil identificá-los. É necessário que os Estados estejam conscientes do que se encontra na dark web e se ocupem disto, porque esta zona se torna perigosa”, afirmou o executivo. A dark web, no entanto, também é um espaço de liberdade. Denunciantes, dissidentes, jornalistas e todos aqueles que fogem da repressão de certos Estados se encontram ali, protegidos pelo anonimato.

AUGE DA PORNOGRAFIA

INFANTIL

A expansão da dark web deve-se, principalmente, à pornografia infantil, que representa entre 30% e 70% dos sites, estimou Hernández. “Há, também, muitos sites de comércio de drogas, que são bastante ativos. Para as vendas de armas, contavam com dez sites há três anos. Hoje, são mais de 200”, detalhou. Os dados roubados também configuram um importante mercado. A Aleph Networks registra atualmente mais de 1,4 milhão de números de cartões de crédito ativos à venda, bilhões de e-mails com suas senhas e 12 milhões de carteiras de Bitcoin roubadas. Podem-se encontrar, também, acessos a contas do Facebook e Twitter e programas para hackear uma conta do Gmail.