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QUÍMICA

Produção e demanda de químicos de uso industrial crescem em 2020

A essencialidade dos produtos químicos e a recomposição de estoques geram resultados positivos ao setor, mas importados já representam quase metade do consumo nacional.

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©BDYCZEWSKI/FREEPIK

Os principais índices que medem o desempenho da indústria química cresceram em 2020 na comparação com o ano anterior. A produção teve elevação de 0,12%, as vendas internas subiram 1,71% e a demanda, medida pelo consumo aparente nacional (CAN), resultado da soma da produção mais importação excetuandose as exportações, cresceu 10,9%, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim. Já a u� lização da capacidade instalada fi cou em 72%, dois pontos acima do patamar do ano anterior, mas ainda revelando uma ociosidade elevada, de 28%. No entanto, preocupa o setor o crescimento das importações, que em volume cresceram 17,9%, na comparação com 2019, e os produtos importados passaram a ocupar 46% da demanda interna. Em 2006, as importações � nham peso de 21% sobre o volume de demanda interna e, no início da série, em 1990, de apenas 7%. Já o volume de exportações recuou 15,8% em 2020, “isso evidencia a prioridade que foi dada ao atendimento do mercado interno durante o período de turbulência por conta da pandemia”, explica a diretora de Economia e Esta� s� ca da Abiquim, Fá� ma Giovanna Coviello Ferreira.

Segundo a diretora da Abiquim, apesar de um segundo trimestre conturbado e cheio de incertezas, a essencialidade dos produtos químicos na prevenção e no combate à Covid-19, possibilitou uma rápida retomada das a� vidades, com destaque para os produtos u� lizados para tratamento de água, produtos de limpeza, sani� zantes, gases medicinais, descartáveis hospitalares, embalagens de alimentos, detergentes, desinfetantes, medicamentos, entre tantos outros. No segundo semestre, o destaque foi o crescimento da demanda que ocorre tradicionalmente para os químicos de uso industrial, presentes na base de diversas cadeias industriais, entre os meses de julho a outubro, em razão das encomendas de Natal e do período de verão, que eleva a procura por descartáveis e outros itens, além do impacto de recomposição geral de estoques em diversas cadeias. Como resultado, no quarto trimestre de 2020 a produção subiu 11,01% na comparação com mesmo período de 2019. Em igual período de comparação, as vendas internas cresceram 16%, enquanto o CAN teve alta de 10,6%. “A con� nuidade desse movimento de melhoria no curto prazo dependerá do impacto da segunda onda da Covid-19, que já afeta todo o mundo, e da velocidade da vacinação para a população”, avalia Fá� ma.

Em relação aos preços, o índice fechou o ano com alta nominal de 40,37%. Descontados os efeitos da infl ação, os preços médios reais do segmento de produtos químicos de uso industrial subiram 18% em 2020, recuperando as perdas de 18,1% do ano anterior. Se for u� lizado o dólar como defl ator, os preços reais subiram 4,7% em 2020, mas sem recuperar o que havia sido perdido no ano anterior, ocasião em que houve queda de 17%.

“Os preços no mercado interno acompanham as oscilações e fl utuações ocorridas no mercado internacional, especialmente pela caracterís� ca do Brasil não ser ‘formador de preços’, mas ‘tomador’. O mercado domés� co de produtos químicos possui relação estreita e é fortemente impactado pelo comportamento da cotação do barril de petróleo e do gás natural e, consequentemente, da na� a petroquímica e outras matérias-primas básicas do setor, o que jus� fi ca a fl utuação recente. Em abril do ano passado, a na� a petroquímica estava custando US$ 136 a tonelada na Europa, chegando a US$ 428 a tonelada em dezembro”, explica a diretora da Abiquim. 

Polímero para revestimento da Evonik é anuído pela ANVISA

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O EUDRAGUARD® protect, um copolímero básico de metacrilato, foi apresentado há alguns anos pela Evonik, que sempre manteve forte parceria com a indústria farmacêu� ca e nutracêu� ca. Desde então, foram iniciados os trabalhos regulatórios para comprovar a segurança do seu uso em suplementos alimentares junto à ANVISA.

Após grandes esforços, o EUDRAGUARD® protect recebeu o parecer posi� vo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (processo 25351.650145/2019-15). A anuição do polímero pela ANVISA e sua inclusão na Lista de Adi� vos Autorizados para Uso em Suplementos Alimentares Sólidos, ainda pendente de publicação, entrega ao mercado nutracêu� co uma nova solução para contornar os desafi os das formulações de suplementos sólidos.

O copolímero básico de metacrilato (INS 1206), ob� do a par� r de polimerização, teve solicitação de inclusão na lista de adi� vos como glaceante para uso em suplementos alimentares sólidos com um limite máximo de 10%, o mesmo defi nido pelo Joint FAO/WHO Expert Commi� ee on Food Addi� ves (JECFA). O reves� mento fi nal possui brilho caracterís� co dos polímeros acrílicos, alta capacidade de carreamento de pigmentos e confere, ainda, super� cie lisa, que diminui atrito com a mucosa e facilita a deglu� ção dos comprimidos.

Muitos nutrientes apresentam odor desagradável e são, portanto, frequentemente recusados como suplementação regular. Nesses casos, a aplicação de um reves� mento funcional, sem retardar a liberação dos ingredientes, é a solução ideal. Com liberação imediata no estômago, o EUDRAGUARD® protect pode ser usado em formulações de suplementos alimentares sólidos de vitaminas, minerais, aminoácidos e outros.

“A lista de adi� vos autorizados para uso em suplementos alimentares restringe as possíveis estratégias para o desenvolvimento de nutracêu� cos. A anuição do EUDRAGUARD® protect pela ANVISA vem em um momento adequado, onde a crescente consciência de saúde pessoal e do consumo de nutracêu� cos exigem soluções inovadoras para melhorar aparência, estabilidade e aceitação do produto fi nal. A Evonik tem muito a colaborar nesse sen� do”, destaca Lucas Cusin, Coordenador de Serviços de Formulação e Aplicação da área de Health Care da Evonik para a América La� na. 

Artecola e Simalfa anunciam adesivos aquosos para espumas e têxteis

A Artecola Química anuncia parceria com a Simalfa, companhia suíço-americana que se apresenta, acima de tudo, como uma empresa ambiental, com amplo domínio da tecnologia de produção de adesivos à base d´água. A parceria terá início com atuação no Brasil e na Argen� na.

Pioneira e referência mundial em adesivos aquosos aplicados por spray com aderência instantânea, a Simalfa se diferencia no mercado por duas caracterís� cas muito iden� fi cadas com a Artecola: a Inovação e o atendimento técnico. “Temos um perfi l muito parecido, porque desenvolvemos Sustentabilidade através da Inovação e oferecemos não apenas produtos, mas todo um acompanhamento técnico ao cliente para que os resultados sejam sempre os mais produ� vos. Agora estaremos ainda mais alinhados, atuando de maneira conjunta”, declara o Presidente Execu� vo da Artecola, Eduardo Kunst.

Com esta aliança, a Artecola passa a contar um uma linha completa de adesivos spray para as indústrias de colchões, móveis, têxteis, calçados e automo� vo, desde os tradicionais adesivos à base de solventes até os inovadores aquosos e hot melt (100% sólidos). A parceria também irá garan� r o fornecimento de produtos Simalfa a clientes globais, que hoje compram produtos da marca em suas unidades na Europa, América do Norte e Ásia, mas ainda não encontravam os produtos e o atendimento localmente. “Trabalharemos dentro do mesmo compromisso de oferecer pronta-entrega e consultoria técnica a todos os clientes, tudo isso com produtos sustentáveis e de alta performance”, enfa� za o Presidente da Artecola.

Mais informações podem ser ob� das em www.artecolaquimica.com.br. 

Dé cit em produtos químicos soma US$ 30,4 bilhões em 2020

OBrasil importou US$ 41,4 bilhões em produtos químicos em 2020, valor total pago pela aquisição das mais de 51,5 milhões de toneladas, recorde em volume importado pelo País ao longo de toda a série histórica de acompanhamento da balança comercial setorial pela Abiquim (desde 1989). Na comparação com os resultados de 2019, foi registrada uma redução de 6,3% no valor monetário das importações, mas uma signifi ca� va elevação de 8,2% nas quan� dades � sicas adquiridas, em especial tendo em vista as graves conjunturas econômicas global e nacional decorrentes da pandemia de Covid-19.

Quando comparadas com as 37,5 milhões de toneladas de 2013, ano em que foi registrado o maior défi cit no histórico da balança comercial de produtos químicos, de US$ 32 bilhões, observa-se um aumento de 37,5%, sobretudo em produtos químicos orgânicos e para o agronegócio, para os quais o Brasil tem domínio técnico e exper� se empresarial de produção e poderiam ser fabricados no País, diminuindo a dependência externa em cadeias estratégicas, caso as condições de compe� � vidade em fatores de produção como energia, gás natural e logís� ca, fossem favoráveis para a atração de inves� mentos. Entre os grupos acompanhados, os intermediários para fer� lizantes foram percep� velmente o principal item da pauta de importação do setor com compras de pra� camente US$ 7,2 bilhões em 2020, equivalentes a 61,7% (31,8 milhões de toneladas) das 51,5 milhões de toneladas em compras externas de produtos químicos.

As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, de US$ 10,9 bilhões, em 2020, � veram uma sensível redução de 13,6% na comparação com o ano anterior, considerando uma movimentação de 14,7 milhões de toneladas para os mercados de des� no, com reduções consideráveis nas quan� dades exportadas de gases industriais (37,1%), de produtos orgânicos (8%), de resinas e elastômeros (13,3%) e de químicos diversos (2,2%), todos esses grupos de mercadorias centrais no enfrentamento da pandemia, refl e� ndo e comprovando o fi rme compromisso da indústria química brasileira em priorizar a manutenção de suprimento no mercado interno tanto nos momentos mais crí� cos da Covid-19 quanto também agora no movimento de retomada da economia.

O défi cit na balança comercial de produtos químicos totalizou US$ 30,4 bilhões em 2020 – superando recentes es� ma� vas da própria Abiquim – fazendo com que pela quarta vez em toda a história da balança setorial em produtos químicos tal indicador superasse a marca dos U$ 30 bilhões (anteriormente foram os anos de 2013, US$ 32 bilhões, de 2014, US$ 31,2 bilhões, e de 2019, US$ 31,6 bilhões). Par� cularmente preocupante, em 2020, foi o agravamento do resultado desfavorável com países asiá� cos (par� cularmente China e Índia), que, somados, passaram da representação de 20% (1/5) do total do défi cit, em 2013, para pra� camente 35% (1/3) do total, no ano passado. Avaliando-se as trocas comerciais com os principais blocos econômicos regionais, em 2020, o Brasil foi superavitário apenas em relação aos países vizinhos e históricos parceiros comerciais, do Mercosul e da Aladi (Associação La� no-Americana de Integração), respec� vamente saldos comerciais de US$ 1 bilhão e de US$ 276 milhões. Entretanto, foram novamente registrados resultados estruturais nega� vos expressivos em relação à União Europeia e ao Na� a (América do Norte), que somados ultrapassaram um défi cit agregado de US$ 14,8 bilhões, além do mencionado crescente desbalanceamento com a Ásia (défi cit com essa região se amplia de US$ 4,3 bilhões, em 2010, para US$ 10 bilhões, em 2020).

Para o presidente-execu� vo da Abiquim, Ciro Marino, o ano de 2020 será lembrado com um momento em que todos, em especial a indústria química, concentraram seus esforços no enfrentamento dos desafi os sanitários, econômicos e sociais impostos pela pandemia, garan� ndo pleno abastecimento para as diversas cadeias de valor e evitando o caos na vida diária das pessoas. “Toda a indústria, par� cularmente a de transformação, teve, tem e con� nuará tendo papel decisivo no enfrentamento da pandemia e na transformação do movimento de retomada econômica em um sustentável ciclo de recuperação e crescimento, salvando vidas, trazendo ainda mais inovação e soluções baseadas em ciência e gerando empregos e renda. É exatamente por isso tudo que a indústria brasileira, sobretudo a química, é um a� vo estratégico para o Brasil e deve ser amparada por polí� cas públicas consistentes, perenes e de Estado, especialmente em matérias econômicas e comerciais, elaboradas a par� r de uma visão que garanta segurança jurídica capaz de assegurar um ambiente de negócios que lhe dê condições de demonstrar toda a sua já comprovada compe� � vidade da porta para dentro. É mister resolver as limitações que o Custo Brasil apresenta para o exercício pleno de seu potencial produ� vo”, destaca Marino. 

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Lanxess desenvolve pré-polímeros de elastômero para rolos e rodas

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Ademanda por elastômeros de extrema capacidade de carga para rodas e rolos está crescendo em todo o mundo. Os materiais são usados, por exemplo, nas rodas de empilhadeiras, em rolosguia de prédios e elevadores industriais, e em rolos para máquinas agrícolas e montanhas-russas de alto desempenho. A LANXESS, empresa de especialidades químicas, respondeu a essa tendência desenvolvendo sistemas personalizados de pré-polímero de elastômero termofi xo e endurecedores relacionados. Além disso, a empresa de especialidades químicas oferece suporte aos clientes com amplos serviços para o� mizar os componentes feitos com esses materiais.

Por exemplo, o pré-polímero Adiprene PP1095H foi desenvolvido para rodas e rolos mecanicamente bastante tensionados e de alto desempenho de funcionamento rápido. “Isso resulta em elastômeros com um nível extremamente alto de propriedades dinâmicas em comparação com os materiais industriais padrão para essas aplicações e são extremamente resistentes à fadiga”, explica Ian Laskowitz, gerente de desenvolvimento de aplicações da unidade de negócios Urethane Systems.

“Graças a um modelo matemá� co proprietário, também somos capazes de o� mizar o uso das vantagens do material dos elastômeros no que diz respeito às especifi cações de projeto do cliente e prever com precisão o desempenho das rodas e rolos”.

Quase nenhum calor acumulado com deformação periódica – Adiprene PP1095H é um pré-polímero à base de poliéster terminado com diisocianato de p-fenileno (pPDI). Com o endurecedor Vibracure A250, produz elastômeros com dureza 95 Shore A. Estes mantêm suas excelentes propriedades dinâmicas em uma ampla faixa de temperatura. Isso ocorre porque o fator de dissipação tan d, que descreve a conversão de energia em calor sob uma carga pulsante, é menor que em materiais-padrão industriais comparáveis. “Nossos elastômeros geram menos calor quando sujeitos a deformações frequentes e rápidas. Portanto, eles não sobreaquecem em uso con� nuo, permi� ndo o aumento da capacidade em comparação com outros materiais”, diz Laskowitz. Este comportamento de histerese favorável também reduz a resistência ao rolamento, o que, por sua vez, leva à economia de energia quando, por exemplo, operar empilhadeiras. Graças a essas caracterís� cas, velocidades de operação mais altas e maior capacidade de carga podem ser alcançadas com essas rodas e rolos. Os respec� vos veículos, sistemas de transporte ou elevadores podem, portanto, ser operados de forma mais rápida e efi ciente. Alta precisão de previsão – O modelo matemá� co proprietário da LANXESS para prever o desempenho das rodas e rolos leva em consideração as propriedades do elastômero, a geometria das rodas e rolos e as condições operacionais. Em primeiro lugar, os parâmetros do material, como as propriedades de amortecimento do material (tan d), são determinados para o sistema de elastômero selecionado em uma análise dinâmico-mecânica. As especifi cações do cliente são então levadas em consideração – como a geometria da roda, ciclo de trabalho e temperatura de operação. A ferramenta então calcula as cargas e as velocidades de operação nas quais o material falha devido à histerese, bem como prevê suas outras falhas relacionadas a tensões, como fadiga e falhas de adesão. “Nossa ferramenta oferece uma precisão de predição muito alta em muitos setores diferentes. Temos conseguido ajudar inúmeros clientes a o� mizar suas rodas e rolos para atender às demandas exigidas da aplicação”, resume Laskowitz. “Isso se aplica não apenas ao Adiprene PP1095H, mas também a todos os nossos produtos de uretano fundido que a LANXESS desenvolveu para este segmento de aplicação. Isso inclui muitos sistemas de pré-polímero à base de éster, éter e policaprolacton produzidos com uma variedade de isocianatos”. 

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