Ano 7. nº 1348 Outubro/2013
Criação animal diversificada, uma estratégia de convivência no Semiárido Os irmãos Juranildo Oliveira e Julineide Viana moram na comunidade Alagamar, no município de Nova Palmeira-PB. A propriedade de 120 hectares foi sendo repassada pela família de geração a geração. ‘Nosso sítio foi fundado por meus bisavós, em 1912, ano em que foi construída a primeira casa e depois um barreiro que foi ampliado pelo meu avô, em seguida meu pai construiu mais dois barreiros e uma cisterna’, diz Juranildo. A família sempre viveu da agricultura, destacando a criação de animais, sempre de forma conjunta desenvolve o trabalho no campo, levando em consideração quais espécies de animais melhor se adaptam a região. Com o tempo, a família foi aperfeiçoando suas práticas na criação animal. Ouve um tempo em que a família chegou a manter 43 cabeças de gado e aproximadamente 100 caprinos e ovinos. Mas com os constantes períodos de estiagem, que só se estendiam, utilizaram a estratégia de vender parte dos animais, sendo assim mais fácil e econômico o manejo da criação. Consequentemente o gasto com água e comida seria bem menor. Mas antes de chegar a essa conclusão, foi necessário que a família tivesse prejuízo com a perda de alguns animais que não resistiam a escassez de água e pasto. A família deixou de visar a quantidade, e passaram a se preocupar com a qualidade na criação dos animais. A agricultora experimentadora Julineide Viana, irmã de Juranildo, dedica parte de seu tempo aos cuidados com os animais. Faz a limpeza dos chiqueiros, cuida da alimentação e dar de beber aos bichos. Toda família sabe da impontância de não criar de qualquer jeito, mas criar bem os animais, com chiqueiro, alimentação, higiene e cuidados adequados para cada espécie que mantém no sítio.