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Aprender do coração de Jesus
No mês em que a Igreja celebra o Coração de Jesus e o Coração de Maria nos leva a refletir sobre o nosso modo de ser e de agir como batizados. Pessoas que tem uma vida ancorada em Deus, normalmente são bondosas, éticas, misericordiosas e conseguem criar a harmonia, mesmo em ambientes conflituosos. Dizendo de outra forma, são pessoas de bom coração. O tema do Ano Vocacional tem como lema: “Corações ardentes, pés a caminho”. As pessoas que se deixam tocar pelo amor de Deus, desenvolvem uma capacidade extraordinária de “sentir com”, e seus corações ardem de amor como aconteceu com discípulos de Emaús (cf. Lc 24,32).
Corações tocados pela graça provocam deslocamento solidário, põem-se a caminho servindo, amando, consolando e, como discípulos são capazes de recriar a prática missionária de Jesus.
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Amar como Jesus amouEssa música católica popular gravada há mais de quatro décadas pelo Pe. Zezinho, marcou gerações. Sua linguagem simples e profunda remete para uma prática de vida: Amar como Jesus amou/ Sonhar como Jesus sonhou/ Pensar como Jesus pensou/ Viver como Jesus viveu. Sentir o que Jesus sentia/ Sorrir como Jesus sorria/ E ao chegar ao fim do dia/ Eu sei que dormiria muito mais feliz. Nos evangelhos, cada verbo referido na música ilustra uma experiência. Jesus mesmo diz: “Aprendei de mim porque sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29). A mansidão não é apatia, mas é uma condição para que nossas ações sejam cada vez mais agregadoras, fazendo-nos sonhar com um mundo menos violento e indiferente ao sofrimento dos pobres. Jesus chama os que estão cansados e sobrecarregados física e emocionalmente e, diz: “pois meu jugo é suave e meu
Ir. Élida Debastiani, ICM
peso é leve” (Mt 11,30). Jesus não está alheio à realidade da humanidade, pois Ele mesmo “Trabalhou com mãos humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós…” (cf. Gaudium et Spes, n. 22).
Cuidar como Jesus cuidou - Durante seu ministério, Jesus cuidou da formação de seus discípulos em vista da evangelização. Apresentou-se a eles como único Mestre e, ao mesmo tempo, como amigo paciente e fiel. Ele ensinou a verdade ao longo de toda sua vida. Ele os interpelou com perguntas (Mc 8,14-21.27).
Explicou-lhes, de modo mais detalhado, o que Ele proclamava para as multidões, como por exemplo a parábola do semeador (Mc 4,1-20). Introduziu-os na oração, ensinando-lhes o PaiNosso (Lc 11,1-2). Enviou-os em missão de dois a dois para que não desanimassem diante das dificuldades. Prometeu-lhes o Espírito Santo que os conduziria à verdade plena (Jo 16,13), revelando as coisas futuras (Cf. Diretório para a Catequese, n. 160).
As atitudes de Jesus nos interpelam a cuidar da vida e da evangelização das novas gerações que nos são confiadas neste tempo a fim de que o dom da salvação chegue a todos.