ComuCult - Priscila Amigo

RAL • C O TU M UL U C

Inserção e qualificação de cultura na comunidade Nova Heliópolis, em São Paulo, que ajudará no desenvolvimento da população, principalmente de crianças e adolescentes.

Autora: Priscila Amigo de Carvalho da Costa Orientadora: Viviane de Andrade Sá

COMUNID A D E

E CULTURA L AD • ID N

L• A R U

IDADE C UN UL M T O C

UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ANCHIETA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

Priscila Amigo de Carvalho da Costa Orientadora: Viviane Andrade de Sá SÃO PAULO 2020

Trabalho final de graduação, apresentado à Universidade Paulista Anchieta, como pré-requisito para obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação da profª Me. Viviane de Andrade Sá.

São Paulo, 11 de dezembro de 2020

BANCA EXAMINADORA

________________________________________ Ma. Viviane de Andrade Sá

________________________________________ Ma. Larissa Francez Zaperlon

________________________________________ Dra. Kelly Yumi Yamashita

A favela, nunca foi reduto de marginal Ela só tem gente humilde Marginalizada e essa verdade não sai no jornal A favela é, um problema social Sim mas eu sou favela Posso falar de cadeira Minha gente é trabalhadeira Nunca teve assistência social Ela só vive lá Porque para o pobre, não tem outro jeito Apenas só tem o direito A um salário de fome e uma vida normal.

A favela é, um problema social

-Canção de Bezerra da Silva

Agradecimentos Agradeço minha orientadora Viviane, por conduzir meu trabalho, deixar as manhãs mais leves, pelos puxões de orelha cheios de razão e por humanizar todo esse processo, mostrando que somos capazes de tudo se nos esforçarmos.

Sou grata à minha mãe, Daniela, pelo apoio, amor e carinho que sempre recebi, e por ser a grande inspiração da minha vida.

Aos meus colegas de turma, Fernanda, Alexandre, Grazielle e Tamara, por todas as conversas, apoio e estarem comigo durante todo esse longo processo.

E por último, mas não menos importante, meu melhor amigo, meu amor e meu companheiro, Gabriel, que sempre esteve me incentivando, me apoiando durantes as crises madrugada afora, pois sem ele esse trabalho não teria sido possível, obrigada por tudo.

Resumo

Abstract

Este trabalho apresenta a inserção de um centro cultural, o ComuCult, na favela do Heliópolis, para melhorar o acesso da população à cultura, leitura e atividades sociais, visto a dificuldade existente por ser uma área de grande vulnerabilidade e carente de equipamentos urbanos.

This work presents the insertion of a cultural center, ComuCult, in the slum of Heliopolis, to improve the population’s access to culture, reading and social activities given the difficulty that exists because it is an area of great vulnerability and lacking in urban equipment.

O projeto foi realizado para abrigar atividades que já existem no local, como o Cine Favela e a Biblioteca Comunitária. Os mesmos não possuem infraestrutura para atender a necessidade exigida do local, então o programa atenderá as demandas existentes e terá atividades novas para complementar esse conjunto existente

The project was carried out to house activities that already

Para abrigar o programa foi realizada uma edificação com espaços educacionais, culturais e de lazer, mas principalmente espaços abertos para a apropriação da população, incluindo uma horta comunitária para utilização dos moradores.

A implantação deste edifício trará mais movimentação para o local. Além de ajudar os moradores com um espaço de pesquisa e lazer, terão espaço de leitura e artes corporais onde se terão atividades voltadas para todos os públicos, principalmente o desenvolvimento do público infantojuvenil. Esses programas são de grande importância para o acesso à cultura das minorias, pois atualmente a população com pouca escolaridade, mulheres e pretos, são os que menos possuem acesso a equipamentos culturais e a inserção de equipamentos como este, próximos à moradia, podem representar possibilidades de transformações sociais para sua comunidade.

exist on site, such as Cine Favela and the Community Library.

It does not have the infrastructure to meet the required need of the site, then the program will meet existing demands and have new activities to complement this existing set.

To house the program, a building was carried out with educational spaces, cultural and leisure spaces, but mainly open spaces for the appropriation of the population, including a community garden for the use of residents.

The implementation of this building will bring more movement to the site. In addition to helping residents with a research and leisure space, there will be reading space and body arts where activities will be aimed at all audiences, especially the development of the children’s and youth public. These programs are of great importance for access to minority culture, as currently population little schooling, women and black people are the ones who have less access to cultural equipment and the insertion of equipment like this, close to housing, may represent possibilities of social transformations for your community.

Análise Urbana

01

Introdução

[14]

Linhas do tempo

[16]

Mapas urbanos

[22]

Proposta Urbana

02

Diagnóstico

[38]

Diretrizes gerais

[40]

Diretrizes do Heliópolis

[44]

Fundamentação do tema

03

Origem

[50]

Frequência

[54]

Escolha

[56]

Estudo de caso

04

Centro Cultural Les Quinconces

[62]

Centro Cultural São Paulo

[70]

Biblioteca Pública de Seattle

[76]

Estudo de viabilidade

05

Localização

[94]

Entorno

[98]

Inserção

[102]

Projeto Arquitetônico

06

Introdução

[114]

Desenhos técnicos

[118]

Humanização

[141]

O perímetro de intervenção está localizado na cidade de São Paulo, na Macro Região Sul 1, que possui três subprefeituras: Vila Mariana, Jabaquara e Ipiranga. A cidade de São Paulo possui 12.252.023 habitantes e as três subprefeituras abrigam, juntamente, 10% deste número (1.032.216 habitantes) ocupando 5% do território.

A área de intervenção possui 3 distritos: Ipiranga, Cursino e Sacomã. O local possui um fluxo Leste/Oeste mediano e o fluxo Norte/Sul é muito funcional e bem distribuído, sendo que os principais acessos à área se dão pelas estações de metrô Sacomã e Alto do Ipiranga e do terminal de ônibus Sacomã. Já como as principais vias de acesso temos a Rodovia Anchieta, a Av. Presidente Tancredo Neves, a Av. do Cursino e a Av. Almirante Delamare. Para o trânsito não motorizado há ciclovias entre a Rod. Anchieta e a Av. Presidente Tancredo Neves. O local possui predominância residencial de baixa densidade com focos em serviços, comércios e abundância de instituições de ensino. Na área há duas favelas, a do Heliópolis e do Boqueirão.

01 - Lote de intervenção;

A partir das análises urbanas foi realizado um projeto de Centro Cultural no Heliópolis, melhorando assim a falta de cultura no local e integrando equipamentos existentes e frequentados pelos moradores.

03 - Brasil com São Paulo em

04 - São Paulo com a cidade de São

05 - São Paulo com a região

06 - Região Sul 1 com área de

07 - Área de estudo com lote

destaque;

Paulo em destaque;

Sul 1 em destaque;

estudo em destaque;

em destaque;

08 - Lote de intervenção em destaque;

02 - Lote de intervenção;

O distrito do Ipiranga foi descoberto pelo português João Ramalho e era um antigo território dos índios Guaianazes. Atualmente, o mesmo está passando por um intenso desenvolvimento e uma grande especulação imobiliária. Os bairros que o compõe são: Alto do Ipiranga, Dom Pedro I, Ipiranga, Vila Carioca, Vila Eulália, Vila Independência, Vila Monumento e Vila São José.

- Densidade demográfica: 10.178 Hab./km²; - Renda média: R$1.200,00; - IDH: 0,906 - elevado (27° posição).

1822 - Proclamação

- Área territorial: 10,50 km²; - População (2010): 106.865 habitantes; - Expectativa de Vida: 73,24;

Descoberto pelo português João Ramalho, antigo território dos índios Guaianazes, a região atualmente conhecida como Ipiranga se caracterizava por uma passagem obrigatória para os portugueses que entravam no Brasil pelo Porto de Santos com destino à capital devido a sua topografia e localização.

Por volta de 1580 a região já estava consolidada com cerca de 1.500 habitantes e era reconhecida como um ponto favorável para passagens e instalações de comércios.

09- Mapa do Ipiranga no ano 1930;

16

11 - Estrada de ferro;

1867 - Industrialização

Ipiranga

1510 - Planalto Do Piratininga

LINHA DO TEMPO Com a inauguração da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, em 1867, foi permitida que a região se integrasse definitivamente à malha da cidade. Também por causa da ferrovia, o Ipiranga começou a ser caracterizado como um bairro industrial, já que muitas fábricas aproveitavam as facilidades proporcionadas pela proximidade com os trilhos que ligavam a cidade tanto com o litoral quanto com o interior para se estabelecerem na região.

Trens, ônibus e bondes transportavam os operários para as fábricas e os trens também faziam circular a produção.

10 - Proclamação da Independência;

O bairro do Ipiranga sendo o principal trajeto da baixada Santista até a capital entrou para a história do Brasil ao se tornar cenário do evento em que Dom Pedro I, vindo de uma de suas andanças pela cidade de Santos, decidiu proclamar a independência do Brasil em uma de suas paradas às margens do riacho do Ipiranga. O episódio ficou registrado no famoso quadro de Pedro Américo e na letra do Hino Nacional Brasileiro.

O Museu Paulista da USP foi inaugurado em 7 de setembro de 1895 como museu de História Natural e marco representativo da Independência, da História do Brasil e Paulista. Seu primeiro núcleo de acervo foi a coleção do Coronel Joaquim Sertório, que constituía um museu particular em São Paulo.

1970 - Alteração

15 - Av. Dom Pedro I;

16- Av. Dom Pedro I;

Em menos de dois anos toda a avenida deixou de ser residencial. Os casarões sofreram reformas sensíveis, por vezes restando pouco do original, para abrigar laboratórios de análises, clínicas, prontos-socorros e consultórios médicos em especialidades que às vezes são interrompidos por uma revendedora autorizada de automóveis.

14 - Casarão na Av. Paulista;

Houveram tentativas, de 1940 a 1960, nos terrenos da Av. Nazaré de reeditar-se uma nova Av. Paulista da era dos 20. O plano dos jesuítas falhou, resultando em grandes barracões que seriam usados depois para os revendedores de carros.

Em 1968 justificando plenamente o tumulto nas diretrizes da Prefeitura, ocorreu a proibição de arranha-céus.

2020 - Atualmente

Em 1947, a inauguração da Rodovia Anchieta só viria reforçar essa vocação, trazendo uma nova leva de indústrias para a região.

Paralelamente, a Rua Bom Pastor e a Avenida Dom Pedro I ficaram caracterizadas por casarões de famílias abastadas e pela classe média que trabalhava nas fábricas ou em outros bairros de São Paulo. Enquanto isso, na Avenida Nazaré, que corria ao longo do topo da colina do Ipiranga, instituições de ensino ou caridade ligadas à Igreja Católica despontavam, ocupando parte do espaço.

1960 - Tentativas e Erros

12 - Museu do Ipiranga;

1950 - Polarização

Em 1905 já existiam 19 fábricas empregando quase 7 mil operários.

Em 1907 chegou a Linhas Correntes, mesmo ano em que foi inaugurado o bonde elétrico na capital.

Neste período foram construídos alguns ícones, como: Jardins do museu (1909), a fábrica dos Jafet (1907) e algumas ruas “sem calçamento e iluminadas a gás”. Em 1916, entre os preparativos para a festa da Independência que ocorreria seis anos depois (no Ipiranga), a rua que em linha reta vai dar no museu recebeu o nome de D. Pedro I.

1947 - Via Anchieta

1895 - Museu Do Ipiranga

1905 - Consolidação

13 - Residência dos Jafet;

Em 1950, o então chamado “Bairro Operário” desponta como um dos mais industrializados da cidade. A partir desta década, instalam-se as primeiras grandes montadoras, tais como a Ford, a Volkswagen e a Vemag, entre a Rua do Manifesto e a estação ferroviária.

A partir dos anos 1970, por motivos principalmente econômicos, o Ipiranga começou a perder essas indústrias para outras regiões e cidades. Os espaços vazios passaram a ser gradualmente ocupados por comércio, serviços e, mais recentemente, por grandes empreendimentos residenciais.

17 - Expresso Tiradentes;

Atualmente o distrito está passando por um intenso desenvolvimento, com a construção das estações Alto do Ipiranga (2007), a chegada do Expresso Tiradentes (2007) sobre a Avenida do Estado e uma grande especulação imobiliária, com a construção de diversos edifícios, na maioria deles, residenciais. A verticalização fez com que as poucas casas do bairro se tornassem objeto de desejo e de especulação imobiliária, e como consequência, ficassem altamente valorizadas. A região continua marcada pelo alto número de clínicas e serviços de saúde.

17

- Área territorial: 12,8 km²; - População (2010): 109.088 habitantes; - Expectativa de Vida: 72,73;

18 - Mapa do Cursino no ano 1930;

18

- Densidade demográfica: 8.523 Hab./km²; - Renda média: R$ 1.818,50; - IDH: 0,885 - elevado (33° posição).

22 - Garagem dos bondes; 19 - Documento do Cap. André;

A atual região do Cursino, em São Paulo, surgiu no final do século XVIII devido a junção da grande fazenda do Capitão André Cursino de Mattos, capitão da infantaria, que nasceu na Vila de Cascais em Portugal no ano de 1688.

1860 - Rua Vergueiro

O distrito do Cursino surgiu no final do século XVIII devido a junção da grande fazenda do Capitão André Cursino de Mattos, capitão da infantaria. Devido à proximidade com o velho Ipiranga, a região cresceu com a vinda de operários que trabalhavam nas fábricas do entorno. Atualmente é conhecido pela quantidade de arborização e áreas de preservação da mata atlântica. Os bairros que o compõe são: Água Funda, Bosque da Saúde, Cursino, Jardim da Saúde, Jardim Previdência, São Salvador, Vila Água Funda, Vila Brasilina, Vila Brasílio Machado, Vila Gumercindo, Vila Moraes, Vila Nair e Vila Santo Estéfano.

Meados de 1820 - Industrialização

Cursino

Fim do Século XVIII - Formação

LINHA DO TEMPO

20 - Av. do Cursino;

Em aproximadamente 1860 foi construída a Estrada do Vergueiro, que ligava a cidade até o alto da Serra do Mar. Na década de 50, essa estrada foi dividida e sofreu alteração de nome. Atualmente, a Rua Vergueiro possui 9 km de extensão e é uma das maiores ruas de São Paulo. Seu percurso vai do bairro da liberdade até o distrito do Sacomã, passando também pelo distrito do Cursino.

21 - Av. do Cursino;

Devido à proximidade com o velho Ipiranga, a região recémformada cresceu com a vinda de operários que trabalhavam nas fábricas que se instalavam no entorno nos anos de 1820, ainda com o contexto da primeira revolução industrial.

23 - Jd. Botânico;

O Jardim Botânico de São Paulo, criado em 1928 no bairro da Água Funda, com participação do naturalista brasileiro Frederico Hoehne, tem mais de 360.000 m² de área, com várias espécies vegetais e uma grande quantidade de mata atlântica, além de pau-brasil. No conjunto arquitetônico local, encontra-se um museu, duas estufas, o Jardim de Lineu, o portão histórico de 1894 e o marco das nascentes do Riacho Ipiranga.

1966 - Biblioteca Amadeu Amaral

24 - Parque Água Funda;

2020 - Atualmente

26 - Zoológico;

Em 1958 foi inaugurado o Parque Zoológico de São Paulo, por instrução do Governador Jânio Quadros. Com 824.529 m² de mata atlântica, é hoje o maior do Brasil e considerado o melhor da América Latina. O zoológico foi reconhecido recentemente como instituição científica e tecnológica, abriga mais de 3.200 mil animais e virou referência em preservação da fauna nativa.

1928 - Jardim Botânico

1958 - Zoológico de São Paulo

25 - Zoológico;

30 - Av. Tancredo Neves;

31 - Av. do Cursino;

32 - Favela do Boqueirão;

Atualmente o Distrito do Cursino é conhecido pela quantidade de arborização e áreas de preservação da mata atlântica. O distrito também possui características distintas entre um bairro e outro, com bairros considerados de médio e alto padrão e onze áreas irregulares (favelas). Segundo moradores, a falta de serviços e iluminação pública afasta as pessoas das praças e parques, tornando a região mais perigosa.

76 - Biblioteca Amadeu Amaral;

28 - Biblioteca Amadeu Amaral;

29 - Biblioteca Amadeu Amaral;

A Biblioteca Amadeu Amaral foi inaugurada em outubro de 1966, localizada na Avenida do Cursino. A biblioteca possui características marcantes da arquitetura modernista e está na área de tombamento do Jardim Saúde pelo Conpresp desde 2002. Atualmente, possui mais de 28.000 mil exemplares, dentre livros, revistas, jornais e outros. É um dos poucos equipamentos culturais da região.

19

LINHA DO TEMPO

O distrito surgiu com a fábrica de telhas Cerâmica Saccoman Frères e abriga a histórica Árvore das Lágrimas, que marcava o limite da cidade com a estrada que levava ao litoral.

Atualmente o mesmo se desenvolveu e há vários equipamentos apesar da predominância residencial. Do ponto de vista cultural e tradicional, o distrito do Sacomã é ligado ao distrito do Ipiranga. A região tradicionalmente chamada de Sacomã corresponde à área comercial localizada nas últimas quadras da Rua Silva Bueno, Rua Greenfield, Rua Agostinho Gomes e Rua Bom Pastor, onde se encontra o terminal de ônibus Sacomã (Ipiranga).

- Densidade demográfica: 17.454 Hab./km²; - Renda média: R$4.000,00; - IDH: 0,839 - elevado (55° posição).

34 - Ocupação no Heliópolis;

1980 - Início do bairro

- Área territorial: 14,2 km²; - População (2010): 247.851 habitantes; - Expectativa de Vida: 67,72;

1942 - Início Heliópolis

Sacomã

33 - Mapa do Sacomã no ano 1930;

20

A área de Heliópolis foi adquirida em 1942 pelo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários – IAPI, do Conde Sílvio Álvares Penteado e outros.

Em 1966, com a unificação dos diversos Institutos do INPS – Instituto Nacional de Previdência Social, a terra passou para o IAPAS – Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social. Em 1969 o IAPAS construiu o Hospital Heliópolis e o Posto de Assistência Médica – PAM. Outra parte do terreno original foi desapropriada pelo estado para uso da SABESP e outra foi negociada com a Petrobras.

O Heliópolis possui aproximadamente 1 milhão de metros quadrados e se localiza na região sudeste da cidade de São Paulo, a 8 km do centro. Em sua área, hoje vivem cerca de 200 mil habitantes, o que faz do Heliópolis a maior favela de São Paulo.

Os barracos deram origem as construções de alvenaria.

35 - Árvore das Lágrimas;

O distrito do Sacomã, localizado na zona sul de São Paulo, está ligada aos irmãos Antonie, Ernest e Henry Saccoman, que vieram de Marselha e se estabeleceram na região em 1890 com a fábrica de telhas cerâmicas Saccoman Frères. O mesmo abriga a histórica Árvore das Lágrimas. No século 19, essa figueira marcava o limite da cidade com a estrada do Caminho do Mar que levava ao litoral. Era naquele ponto que famílias se despediam chorosas de seus entes que iam viajar. A árvore também foi marco de até onde os familiares poderiam acompanhar os “voluntários da pátria” rumo à Guerra do Paraguai.

2020 - Atualmente

A mobilidade é destaque no bairro. Em 2007, a região recebeu o Terminal de ônibus com arquitetura de Ruy Ohtake que conta com ônibus para diversas regiões da cidade. O terminal oferece linhas intermunicipais com destino a Santo André, Mauá, São Bernardo, Diadema e São Caetano além da grande variedade de linhas municipais de São Paulo.

40 - Favela e Hospital do Heliópolis;

41 - Shopping Heliópolis;

O bairro atualmente se desenvolveu e possui escolas de todos os níveis de ensino, tanto públicas quanto particulares. Além disso, há o Complexo Hospitalar do Heliópolis, diversas AMA’s e UBS’s e também comércios e serviços apesar da predominância residencial. Na estrada das Lágrimas há o Shopping Heliópolis com vários espaços para lazer e diversão.

2010 - Estação Sacomã

2007 - Terminal Sacomã

36 - Terminal Sacomã;

37 - Entrada do metrô Sacomã;

38 - Plataforma do metrô Sacomã;

39 - Metrô Vila Prudente;

A Estação Sacomã é uma das estações da Linha 2 – Verde do Metrô de São Paulo e foi inaugurada em operação assistida em 10 de janeiro de 2010. Foi a estação terminal de sua linha até a inauguração da Estação Vila Prudente em agosto de 2010. Atualmente a linha verde faz conexão com as linhas azul, lilás, amarela, prata e turquesa.

21

Mapa de Uso e Ocupação do Solo

As análises da área urbana mostram a predominância residencial do perímetro de estudo, esta grande maioria com baixo gabarito. Os principais eixos viários possuem aglomerações lineares de serviços e comércios, como por exemplo na Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas e Avenida Presidente Tancredo Neves, onde passam diversos ônibus devido à proximidade ao Metrô e Terminal Sacomã e o grande fluxo de pessoas nessas áreas.

As ocupações irregulares também ocupam uma parcela significativa do solo da área, onde estão localizadas as favelas do Heliópolis e do Boqueirão, sendo esta segunda uma pequena área próxima à Av. Tancredo Neves e ao Heliópolis ocupando quase todo o percurso da Estrada das Lágrimas.

42 - Ocupação irregular no Heliópolis;

Lote de Intervenção

Comercial e Residencial

Institucional

Área Verde

Residencial

Comercial e Serviço

Ocupação Irregular

Indústria e Armazém 43 - Área comercial na Rod. Anchieta;

22

Mapa de Zoneamento

Mapa de Gabarito de Altura

Lote de Intervenção

Lote de Intervenção

ZC

ZEUP

ZEIS 1

ZM

ZEIS 2

ZER 1

ZEIS 3

Praças

5 a 10 pavimentos

ZEIS 5

ZCOR 2

11 a 15 pavimentos

ZEM

ZPI 1

mais de 16 pavimentos

ZEU

ZOE

Edificios altos na quadra

Lotes Vazios 1 a 4 pavimentos

Praças/ Canteiros

As ocupações irregulares também ocupam uma parcela significativa do solo da área, onde estão localizadas as favelas do Heliópolis e do Boqueirão, sendo esta segunda uma pequena área próxima à Av. Tancredo Neves e ao Heliópolis ocupando quase todo o percurso da Estrada das Lágrimas.

A predominância da área de intervenção são as Zonas Mistas (ZM), na qual a principal característica é viabilizar a diversidade de usos mantendo um gabarito baixo e preservando a morfologia urbana existente, promovendo a acomodação de novos usos à grandes transformações. No entorno da área escolhida para a implantação do projeto há uma predominância de Zeis 1, a qual envolvem favelas e loteamentos irregulares, principalmente no Heliópolis.

Como citado anteriormente, a maior parte da área é de baixo gabarito, possuindo até 4 pavimentos. A verticalização está presente apenas em alguns pontos espalhados, como próximo ao terminal Sacomã e ao lado do Complexo Hospitalar Heliópolis, a grande maioria deles usufruindo do Outorga Onerosa, que permite que o proprietário de um imóvel edifique acima do limite estabelecido pelo coeficiente de aproveitamento básico, mediante investimento financeiro.

De acordo com o PDE – Lei 16.050/14 a região faz parte da Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana que é dividida em 3 macroáreas: a Macroárea de Estruturação Metropolitana que é caracterizada pela existência de vias estruturais, sistema ferroviário e rodovias que articulam diferentes municípios e polos de empregos da RMSP; a Macroárea de Qualificação da Urbanização que é caracterizada pela existência de usos residenciais e não residenciais instalados em edificações horizontais e verticais, com um padrão médio de urbanização, oferta de serviços e equipamentos; E por fim, a Macroárea de Urbanização Consolidada que é caracterizada por um padrão elevado de urbanização, forte saturação viária e elevada concentração de empregos e serviços.

45 - R. Dom Macário com alto gabarito;

44 - R. Dom Macário com baixos gabaritos;

46 - HIS no Heliópolis;

47 - Entrada da favela do Heliópolis;

23

Mapa de Ocupações Irregulares

Lote de Intervenção

24

Na área há duas concentrações de loteamentos irregulares e favelas que fazem parte do Habitasampa, que é um sistema criado pela Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB) promovendo melhoria no processo de trabalho, atendimento e nas políticas públicas habitacionais de forma que cria uma interação entre o cidadão e o poder público.

A concentração maior está localizada no Heliópolis, uma das maiores favelas de São Paulo, que surgiu na década de 1970 devido a criação de vias pela Prefeitura de São Paulo, o que fez surgir a necessidade de realocar moradores das favelas de Vila Prudente e Vergueiro, os levando temporariamente para um terreno percentence a IAPAS (Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social). Entretanto, não foi apenas temporário e assim foi iniciado o processo de construção da comunidade.

Loteamento Irregular

48 - Almirante Delamare;

49 - Vista da Alm. Delamare;

50 - Viela no Heliópolis;

51 - Entrada do Heliópolis;

Favela/ Habitasampa

Mapa de População por Quadra Lote de Intervenção 55 hab/ha 150 hab/ha 300 hab/ha

Mapa de IPVS Lote de Intervenção Vulnerabilidade Social Sem Classificação Baixíssima Muito Baixa

605 hab/ha

Baixa Média Alta Muito Alta

As aglomerações de população ocorrem principalmente nestes pontos, devido ao grande número de loteamentos irregulares e favelas, tanto no Heliópolis que fica ao decorrer da Estrada das Lágrimas, quanto na favela do Boqueirão, próximo a Av. Tancredo Neves, ocorrendo também em locais próximos ao terminal Sacomã, onde há muita movimentação e é o centro da mobilidade. A maioria dos locais não ultrapassam 150hab/ha, são poucos os pontos, além destes citados, que possuem entre 300 e 605 hab/ha.

O Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS), é um indicador criado pela Fundação Seade, que permite visão detalhada das condições de vida nos municípios do Estado, com a identificação e localização espacial dos setores censitários de acordo com a vulnerabilidade de suas populações à pobreza. Analisando estes dados, a área de estudo de forma geral, tem uma predominância muito baixa, porém nas áreas de ocupação irregular e no entorno do Terminal Sacomã, variam de muito alta a baixa, sendo um valor alto em comparação ao resto do perímetro.

Esta classificação se deve a existência das favelas nestes locais, onde a criminalidade é maior e não há vias movimentadas devido a largura das mesmas, havendo dificuldade da passagem de veículos.

Nos últimos 15 anos, houve uma diminuição significativa da criminalidade dentro da comunidade e isso se deve a atuação de organizações de incentivo presente dentro dela, mostrando que o crime não é a única opção para os jovens, que eles podem escolher e vão encontrar o apoio dentro da própria comunidade.

A principal instituição é a UNAS (União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região), que opera sem fins lucrativos e possui mais de 50 projetos sociais de apoio aos moradores. O Instituto Bacarelli também é uma organização sem fins lucrativos que atende os jovens através de programas socioculturais.

52 - Perspectiva de satélite mostrando a diferença entre a densidade de uma favela (Heliópolis a direita) e uma área urbanizada (Sacomã a esquerda);

25

Mapa de Hipsometria e Hidrografia

26

Charquinho 53 - Córregos do entorno;

Menino

Sacomã

s

Mo inh oV elh o

800

795

790

785

780

775

770

765

760

755

750

745

740

735

Ipir ang

a

Analisando a hipsometria, se percebem dois grandes vales na área, um no Córrego do Ipiranga, que fica localizado na área da Avenida Tancredo Neves e outro no Córrego Sacomã, que se localiza entre a Rodovia Anchieta e a Estrada das Lágrimas. Estes vales são os pontos de menor altitude que se iniciam em 725 metros acima do nível do mar.

Há três pontos mais altos entre os vales, à oeste na região do Cursino e um pouco do Ipiranga. Há diversos pontos altos, com uma subida dividida e inconstante que chega até 800 metros de altitude. Ao Leste, já sendo área do Sacomã, existe uma única subida a Sul, que chega à 785 metros. Ao Leste fica a região do Heliópolis, em um local intermediário com altitude máxima de 765 metros.

A hidrografia do local, devido ao histórico da cidade de São Paulo de canalizar seus rios, é toda canalizada subterraneamente com pequenas exceções. Em alguns pequenos pontos há canais a céu aberto, sem nenhum tipo de saneamento básico.

Existem apenas três córregos, alguns deles com vertentes, como o Córrego do Moinho Velho que deságua no rio Tamanduateí, localizado próximo a área de estudo e o Córrego Charquinho, que sai diretamente do Moinho Velho seguindo a Sul. O Córrego Sacomã passa pelo vale entre o Sacomã e o Heliópolis, cortando toda a área.

Outros dois córregos importantes que correm um além da área é o córrego Ipiranga, também denominado de Riacho do Ipiranga, um dos principais afluentes do Rio Tamanduateí e o Córrego dos Meninos, que fica mais próximo a São Caetano do Sul.

Mapa de Riscos Geológicos

Mapa de Áreas Contaminadas

Lote de Intervenção

Lote de Intervenção

Restrição de uso da água subterrânea

Áreas de Favelas

ACRi - Contaminadas com risco confirmado ACRu – Contaminadas em processo de reutilização

Risco de Deslizamento

ACI – Contaminadas sob investigação

Risco de Alagamento

AME – Em Processo de monitoramento para encerramento ACRc – Em processo de remediação

Canal Subterrâneo

AR – Reabilitada para o uso declarado

Canal a Céu Aberto

Os riscos geológicos existentes são os de deslizamentos, alagamentos e enchentes, principalmente onde há canais à céu aberto e em alguns pontos dos vales criados pelos córregos Moinho Velho e Sacomã.

Existem problemas com a infraestrutura de drenagem das águas pluviais, ocasionando alagamentos e enchentes, sendo que estas ocorrem mais facilmente nas proximidades de canais a céu aberto e isso traz riscos para os moradores das ocupações irregulares na várzea desses canais.

Os deslizamentos não ocorrem com grande frequência, os riscos estão presentes principalmente nas áreas de ocupações irregulares e entre os vales existentes.

54 - Córrego aberto na favela do Heliópolis;

55 - Córrego aberto na favela do Heliópolis;

Os pontos de contaminação são poucos de acordo com o perímetro total, a maioria deles estão em processo de monitoramento para encerramento, que é uma área na qual não foi constatado risco ou as metas de remediação foram atingidas após implantação das medidas necessárias. Outra predominância são os pontos já reabilitados para o uso, outros pontos relevantes de contaminação são o Complexo Hospitalar Heliópolis que está sob investigação e três postos de gasolina localizados na Av. do Cursino, Rodovia Anchieta e na Rua Vergueiro. As restrições de uso das águas subterrâneas segundo a CETESB estão concentradas na Rodovia Anchieta.

56 - Córrego aberto na favela do Boqueirão;

57 - Hospital Heliópolis;

27

Mapa de Áreas Verdes e Barreiras

As áreas verdes são escassas e dispersas, não possuem nenhum tipo de continuidade, algumas sendo até mesmo muradas. A área de intervenção possui 5 pontos de preservação com massas arbóreas, os maiores estão localizados no lote do Hospital Heliópolis e no terreno ao lado.

58 - Área preservada na rua Dom Márcario;

59 - Área preservada na rua Dom Márcario;

28

Áreas Verdes

Remanescentes da Mata Atlântica

Áreas Subutilizadas

Barreiras Físicas e Visuais

Áreas Verdes Vazias

Áreas Verdes / Praças

Áreas Vazias

Lote Murado / Interditado

Áreas Verdes Subutilizadas

Áreas Verdes Sem Uso

Barreiras Visuais

60 - Área de preservação no Hospital Heliópolis;

Mapa de Arborização Urbana

Loteamento com área verde morado, criando a barreira visual e restringindo o acesso. O local poderia se tornar uma praça para os moradores.

Massa Alta Massa Média

61 - Área Verde murada na Rua Vergueiro;

O canteiro central da Av. Presidente Tancredo Neves é uma grande barreira física para os pedestres, um ambiente hostil para caminhar devido a prioridade dos veículos motorizados.

62 - Canteiro central da Av. Tancredo Neves;

As principais barreiras do local são as pontes e travessias ao redor do terminal Sacomã, pois as mesmas são grandes e acabam escondendo a visão da cidade, além de alguns pontos se tornarem uma barreira física pois a circulação se restringe as pontes, não podendo atravessar ruas.

A Avenida Presidente Tancredo Neves e a Rodovia Anchieta são tanto físicas quanto visuais, pois a prioridade de ambas são os veículos motorizados, o que torna um ambiente hostil aos pedestres que circulam por ali. Algumas das áreas verdes também são um tipo de barreira por serem muradas e não ter acesso para a população, o que deixa o local sem pontos de encontro e lazer para a população e gera mais espaços intransitáveis.

Apesar de poucos espaços com áreas verdes, a arborização urbana é bem espalhada com alguns focos de massas arbóreas, não possuindo a quantidade de vegetação ideal para as vias mas são em quantidades significativas.

A grande área de preservação é vista através da gleba do Hospital Heliópolis, que é totalmente murado, esta região é localizada na esquina do lote de intervenção.

63 - Área verde murada no Hospital Heliópolis;

O ninho viário presente no Sacomã é uma barreira física pois é intransponível por pedestres e visual por ser muito grande e bloquear todas as vistas.

64 - Nó viário do Sacomã;

29

Mapa de Infraestrutura Urbana

Mapa de Fluxo do Trânsito

Lote de Intervenção

Via Arterial

Rodovia

Via Coletora

O local de estudo tem uma ótima infraestrutura viária, possuindo uma rodovia que é a Anchieta, 5 vias arteriais sendo elas: Rua Vergueiro, Avenida do Cursino, Avenida Presidente Tancredo neves, Estrada das Lágrimas e a Avenida Almirante Delamare. Há um grande número de vias coletoras no local, devido ao grande fluxo de transportes públicos e por ser uma área com eixos comerciais.

O problema principal destas vias, é a falta de manutenção, possuindo muitos buracos, que quando consertados, são apenas remendos que provocam outros buracos na via. A região do Heliópolis tem um grande problema de infraestrutura devido ao crescimento irregular e desenfreado, que ocasionou vias estreitas que não comportam a passagem de veículos largos, como caminhões, ônibus e ambulâncias.

30

Fluxo Alto

Fluxo Médio

Fluxo Baixo

O fluxo de veículos no local foi estudado através do aplicativo Google Mapas, que acompanha o fluxo por horários e dias da semana. O estudo mostrado foi feito de acordo com as informações de uma sexta feira às 18 horas, considerado horário de pico na cidade. Em outros dias e horários, há um fluxo menor nas principais vias.

O fluxo é alto em locais como a Rodovia Anchieta e a Avenida Presidente Tancredo Neves, assim como algumas ruas do Heliópolis, apesar do fluxo ser unicamente para veiculos de passeio, a Rua Vergueiro e a Avenida do Cursino apresentam pequenos trechos de fluxo alto, não sendo muito afetadas. As vias arteriais e algumas das coletoras tem como maioria o fluxo médio, sendo o restante considerado fluxo baixo, assim como todas as ruas locais.

Mapa de Mobilidade Urbana Estação

Sacomã

Estação

Alto do Ipiranga Terminal

Sacomã Av. Almirante Delamare Passam

12 Linhas

65 - Terminal Sacomã;

Rua Vergueiro Passam

Rod. Anchieta Passam

16 Linhas

19 Linhas

Estr. das Lágrimas Passam

Av. Cursino Passam

26 Linhas

16 Linhas

Av. Pres. Tancredo Neves Passam

66 - Metrô Sacomã;

6 Linhas

Rua Alencar Araripe Passam

3 Linhas

Lote de Intervenção

Terminal de Ônibus

Linha do Metrô

Estação de Metrô

Linhas de Ônibus

Ciclovia

Faixa Exclusiva

A mobilidade pública do local não é boa, necessita de melhoras pois atende prioritariamente as vias principais, onde em algumas há faixas exclusivas. A área possui o terminal Sacomã em que passam cerca de 58 linhas de ônibus, tanto municipais de São Paulo quanto intermunicipais, além da estação de metrô do Sacomã que recebe em média 28.458 mil passageiros por dia, a estação Alto do Ipiranga também está dentro do perímetro. O local mais afetado pela falta do transporte público é a região do Heliópolis.

Essa precariedade do transporte público acaba fazendo as pessoas optarem pelo transporte privado, causando intenso fluxo de veículos e poluição e apesar do transporte público deixar a desejar, os moradores tem uma maior preferência por ele.

A área é pobre de ciclovias, estas começam em lugares sem interesses e terminam da mesma forma, além de não estarem localizadas em pontos estratégicos, então a prioridade do local com certeza são os transportes motorizados.

67 - Metrô Alto do Ipiranga;

68 - Plataformas Terminal Sacomã;

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Mapa de Equipamentos Gerais

Mapa de Equipamentos Educacionais

MÚSICA

FEIRA LIVRE

CLUBE DE ESPORTES

HOSPITAL PÚBLICO

ENSINO INFANTIL - EMEI/CEI

FUNDAMENTAL E/OU MÉDIO - PRIVADO

FUNDAMENTAL E/OU MÉDIO - PÚBLICO

BIBLIOTECA

CORREIOS

HOSPITAL PARTICULAR

CLÍNICA PARTICULAR

ENSINO TÉCNICO

INFANTIL - PRIVADO

CEU

ESPAÇO CULTURAL

ASSISTÊNCIA SOCIAL

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

CENTRO DE ESPECIALIZAÇÕES

Não existe uma grande diversidade de equipamentos, mais de 60 dos existentes são escolas que abrangem desde o berçário ao ensino técnico. As feiras livres são bastante presentes no local, possuindo 14 pontos. Entretanto, os equipamentos de cultura estão precários, possuindo somente 7, que são biblioteca, espaço cultural, museu, teatro e clubes de esporte, porém alguns deles estão desativados no momento.

Os pontos de cultura em uma cidade são importantes pois não possuem apenas o objetivo de lazer, mas também de socialização e educação, ajudando nas relações sociais e sendo muito importantes principalmente em áreas precárias como favelas.

É possível analisar que os equipamentos têm uma aglomeração na região da Estrada das Lágrimas e da Rodovia Anchieta, nos demais locais eles são dispersos. Um pouco fora do perímetro há uma Sabesp, que ocupa um grande terreno que inclusive está com pequeno foco de contaminação das águas subterrâneas.

32

69 - Cine Favela;

70 - Biblioteca Comunitária;

71 - CEU Heliópolis;

Mapa de Bens Tombados

72 - Capela Cristo Operário;

Monumentos Área Envoltória CONPRESP

73 - Figueira das Lágrimas;

Capela Cristo Operário – CONPRESP e CONDEPHAAT 2004 / Importância histórica e arquitetônica Igepac Ipiranga – CONPRESP 2018 / Importância histórica, arquitetônica e paisagística Conjunto Habitacional dos bancários CONPRESP 2016 / Importância histórica e arquitetônica Clínica Infantil Ipiranga – CONPRESP 2007 Importância histórica e arquitetônica E. E. Princesa Isabel, projeto de José Maria da Silva Neves – CONPRESP 2018 Importância cultural, histórica e arquitetônica Área Jardim da Saúde – CONPRESP 2002 / Importância urbanística, histórica ambiental e paisagística Árvore das Lágrimas – CONPRESP 2016 Importância histórica

74 - Clínica Infantil ipiranga;

75 - Bosque da Saúde;

Há 7 bens tombados na região, sendo que somente 4 estão dentro da nossa área principal de estudo. O maior deles é a área do Jardim Saúde, que foi tombada pela sua importância urbanística, histórica, ambiental e paisagística, tem como principal conceito o de cidade jardim e é o único projeto do engenheiro urbanista Jorge de Macedo Vieira que é tombado pelo CONPRESP.

No local há também a Árvore das Lágrimas, a figueira que ficou conhecida por ser o local onde as mães se despediam de seus filhos que iam rumo à Guerra do Paraguai, no ano de 1864. No ano de 2016, após várias sugestões e hipóteses de derrubá-la, foi tombada pelo CONPRESP com importância histórica.

Nem todos os edifícios tombados da área contam com uma área envoltória do CONPRESP, apenas na Capela Cristo Operário, na Clínica Infantil Ipiranga e no Igepac Ipiranga. Além dos tombamentos existem 5 monumentos espalhados pela área.

33

Mapa de Média de Aluguel

A média de aluguel diferentemente da salarial varia de acordo por bairro sendo que o aluguel mais baixo entre os 3 distritos é o do Sacomã, iniciando com valor de R$ 800,00 e apesar deste inicial baixo, o distrito possui a maior média salarial, sendo R$ 2.453.

Os distritos do Ipiranga e Cursino possuem valores médios de aluguéis que quase ultrapassam o valor salarial da população, exigindo um custo mensal alto para se viver.

A média salarial do Heliópolis é a mais baixa por ser uma área de comunidade, o valor é aproximado devido pesquisas internas, pois não há pesquisas de órgãos oficiais sobre esta média que apesar o salário baixo, o valor do aluguel o acompanha, possuindo uma média de R$ 1.000.

Média Salarial

34

Bairro

Aluguel

Compra/m²

Bairro

Aluguel

Compra/m²

Vila Dom Pedro I

R$2.000

R$6.350

Vila Marte

R$1.200

R$5.640

Vila Brasílio Machado Jardim da Saúde Vila Brasilina

R$1.500 R$2.000 R$1.500

R$7.770 R$7.790 R$7.020

Sacomã R$1.300 Cidade Nova Heliópolis R$1.000 Vila Conde do Pinhal R$800,00

R$5.230 R$2.230 R$3.600

Vila Moraes Jardim da Previdência

R$1.300 R$2.200

R$5.520 R$4.590

São João Clímaco Ipiranga

R$1.200 R$2.000

R$5.020 R$7.800

Vila Nair Vila Moinho Velho

R$2.200 R$1.800

R$7.810 R$6.400

Vila Gumercindo Bosque da Saúde

R$2.500 R$1.900

R$7.290 R$7.030

Vila Vera Vila Vermelha

R$2.000 R$1.800

R$7.280 R$6.400

Vila Natalia

R$1.200

R$5.800

Sacomã

R$ 2.453,00

Ipiranga

R$ 2.327,00

Cursino

R$ 2.197,00

Heliópolis

R$ 1.904,00

Os índices de violência foram baseados nos relatórios anuais do Departamento Policial de cada local, os crimes incluídos para estudo foram os mais comuns e de periculosidade elevada, como homicídios, estupros e roubos.

O distrito do Ipiranga fica com o menor número de estupros relatados, tendo uma média de 11 nos últimos 4 anos e possui o maior número de furtos, com uma média de 2.512 por ano. Porém nos roubos tem números próximos ao Heliópolis, este lidera o total de estupros com uma média de 28 por ano, no ano de 2018 houve 43 estupros registrados na delegacia.

A Cursino possui o maior número de lesões corporais registradas, tendo uma média de 334 ao ano. O Sacomã tem números medianos, tendo destaque apenas na questão nos homicídios relatados, possuindo um máximo de 2 por ano, enquanto os outros distritos possuem até 9.

Ipiranga - 017 DP Ipiranga - 017 DP

Heliópolis - 095 DP 2016

2017

2018

2019

Homicídio Doloso

9

5

5

1

Tentativa de Homicídio

2016 8

2017 3

2018 3

Homicídio Doloso Lesão Corporal Dolosa

9 206

5 187

Tentativa de Homicídio Total de Estupros

8 14

Lesão Corporal Dolosa Total de Roubos

Heliópolis - 095 DP

2016

2017

2018

2019

Homicídio Doloso

9

2

7

6

2019 4

Tentativa de Homicídio

2016 6

2017 4

2018 2

2019 4

5 189

1 266

Homicídio Doloso Lesão Corporal Dolosa

9 371

2 246

7 254

6 362

3 11

3 8

4 11

Tentativa de Homicídio Total de Estupros

6 23

4 23

2 43

4 22

206 1.872

187 4.066

189 2.914

266 2.668

Lesão Corporal Dolosa Total de Roubos

371 2.877

246 3.007

254 2.423

362 2.279

Total de Estupros Total de Furtos

14 2.365

11 2.587

8 2.436

11 2.662

Total de Estupros Total de Furtos

23 1.101

23 1.161

43 1.253

22 1.166

Total de Roubos

1.872

4.066

2.914

2.668

Total de Roubos

2.877

3.007

2.423

2.279

Total de Furtos

2.365

2.587

2.436

2.662

Total de Furtos

1.101

1.161

1.253

1.166

2016

2017

2018

2019

Cursino - 083 DP Cursino - 083 DP

Sacomã - 026 DP Sacomã - 026 DP

2016

2017

2018

2019

Homicídio Doloso

5

2

4

8

Homicídio Doloso

2

2

2

1

Tentativa de Homicídio

2016 3

2017 9

2018 4

2019 3

Tentativa de Homicídio

2016 4

2017 3

2018 3

2019 0

Homicídio Doloso Lesão Corporal Dolosa

5 340

2 284

4 339

8 373

Homicídio Doloso Lesão Corporal Dolosa

2 180

2 199

2 255

1 272

Tentativa de Homicídio Total de Estupros

3 16

9 17

4 26

3 23

Tentativa de Homicídio Total de Estupros

4 9

3 15

3 15

0 5

Lesão Corporal Dolosa Total de Roubos

340 1.250

284 1.347

339 931

373 870

Lesão Corporal Dolosa Total de Roubos

180 1.408

199 2.363

255 1.910

272 1.761

Total de Estupros Total de Furtos

16 539

17 580

26 608

23 675

Total de Estupros Total de Furtos

9 730

15 766

15 827

5 663

Total de Roubos

1.250

1.347

931

870

Total de Roubos

1.408

2.363

1.910

1.761

Total de Furtos

539

580

608

675

Total de Furtos

730

766

827

663

35

2

Topografia

725

Uso do Solo

795

O perímetro possui uma variante de altura que vai da cota 725 à 795. O local possui dois grandes vales, um deles na Av. Tancredo Neves e outro na rua Alencar de Araripe, ambas estão sob córregos canalizados, devido sua localização nas cotas mais baixas. Essa mudança de altura cria diversos desníveis e ruas com altas inclinações em alguns trechos.

76 - Corte representativo;

38

Zoneamento

Favelas

Residencial

Institucional

ZM

ZEIS

Boqueirão

Misto

Favela

ZC

ZER

Heliópolis

Comercial

Áreas verdes

ZEUP

ZEM

É perceptível a grande predominância das áreas residênciais, mas nos grandes eixos viários como a Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas e Av. Pres. Tancredo Neves existe um comércio linear que gera fluxo e uma fachada ativa nesses locais. Vários moradores integram sua residência ao comércio, criando um uso misto no local.

A predominância existente é de Zona Mista (ZM), que se localiza principalmente nos miolos dos bairros pois viabiliza a diversidade do uso mas mantém o gabarito baixo e evita grandes mudanças. Já na área do Heliópolis a predominância é da Zona Especial 1 (ZEIS) que é destinado a áreas de favela para incentivar uma reestruturação.

Na área há duas favelas, a principal é a do Heliópolis que por seu tamanho e história, é considerada uma cidade, possui programas sociais dentro dela que ajudam a comunidade, alguns com ajuda do governo e outros sem. Já a favela do Boqueirão é mais recente e menor, por isso a não tem a mesma influência que o Heliópolis.

77 - Eixo comercial na Estrada das Lágrimas;

78 - Comparação ZM (esquerda) e ZEIS (direita);

79 - Entrada da favela Boqueirão;

Verdes e Vazios

Mobilidade

Viários

Equipamentos

Áreas Verdes

Av. Tancredo Neves

Ciclofaixa

Rodovia Anchieta

Cultura

Áreas Subutilizadas

Estrada das Lágrimas

Terminal Sacomã

Vias Arteriais

Saúde

Áreas Vazias

Faixa Exclusiva

Metrô Sacomã

Vias Coletoras

Esportes

As áreas verdes são poucas e dispersas, não tendo uma continuidade e a maior parte é murada e sendo assim quase não existe áreas para o público. Os lotes vazios e subutilizados são grandes locais em pontos importantes, que se houvesse um uso interessante traria mais movimento e qualidade para a cidade.

Apesar de grandes equipamentos como as estações de metrô e ônibus do Sacomã, o transporte público é precário, não existindo faixas exclusivas de ônibus em grandes vias como a Av. Pres. Tancredo Neves e a Estrada das Lágrimas, que recebem mais de 20 linhas de ônibus. A ciclofaixa foi iniciada, porém o projeto não foi concluído, deixando um trajeto que começa em uma Avenida e termina nela mesma, transitando apenas dentro do bairro.

O local possui uma rodovia, cinco vias arteriais e diversas coletoras. Todas criam um grande fluxo de veículos motorizados que ligam os eixos Norte / Sul por dentro dos bairros existentes dentro da área, porém existe ainda dificuldade de travessia pelo eixo Leste / Oeste, sendo que para isso existe apenas a Rua Vergueiro que cria uma ligação na transversal.

A falta de equipamentos culturais é preocupante, pois ajudam o desenvolvimento do cidadão. Além disso, a área não possui diversidade de equipamentos no geral, pois 60 deles são apenas de educação e 14 são de feiras livres que ocorrem durante a semana.

Os mais precários sem dúvidas são os de saúde, contando com apenas 6, a cultura conta com apenas 4, sendo um deles desativado e para os esportes existem apenas dois clubes.

80 - Área verde vazia;

81 - Metrô e Terminal do Sacomã;

82 - Nó viário do Sacomã;

83 - Complexo Hospitalar Heliópolis;

39

Mapa de Eixo Projetual

Mapa de Diretrizes Gerais

Projetos Propostos Projetos Complementares Revitalização de área verde Projetos Propostos Projetos Complementares Revitalização de área verde

Eixo Cursino

Eixo Anchieta

01 Escola Técnica - Vitória Lira

11 Centro de Terapia Sensorial - Vitória Osipow

02 Centro Geriátrico - Isabella Canuto

12 Edifício Multifuncional - Rafaela Neri

03 HIS com Fachada Ativa - Noura Osman

13 Edifício Multifuncional - Jefferson Oliveira

04 Centro de Reinserção - Guilherme Mattiazzo

14 Centro Sociocultural - Tamires Fernandes

Eixo Tancredo Neves

Eixo Heliópolis

05 AUDI-Iniciativa Urbana Futura - Arthur Vieira

15 Centro Cultural - Priscila Amigo

06 Estação de Coworking - Júlia Vieira

16 Escola de Cinema - Tamara Martines

07 Midiateca - Marinete Torres

17 UPA - Alexandre Cremonezi

08 Edifício Multifuncional - Luiz Fernando

18 Núcleo Educativo - Grazielle Custódio

09 Centro Tecnológico - Caio Boaventura 10 Estação de Estudantes - Fernanda Rebono

As propostas de projetos pontuais criadas pela turma criam uma ligação entre si que tem o intuito de intensificar as diretrizes urbanas propostas e colaboram para aumentar a eficácia dos resultados obtidos, dando assim, um melhor bem-estar e infraestrutura para a população da região estudada.

40

Travessia Elevada Pontos de Bicicletário Vias Compartilhadas Reestruturação de via

Projetos Propostos

Travessia Elevada

Projetos Complementares

Pontos de Bicicletário

Ciclovias

Revitalização de área verde

Vias Compartilhadas

Horta comunitária

Travessia Elevada

Criação de via subterrânea

Reestruturação de via Criação de via subterrânea

A área intervenção possui ausência de equipamentos de cultura e lazer, poucas Pontosde de Bicicletário Ciclovias Horta comunitáriae poucas ciclovias.

Vias Compartilhadas áreas verdes, prioridade de veículos motorizados Reestruturação de via As principais propostas giram em torno das reestruturações de vias e de projetos Criação de via subterrânea auxiliares da diretriz proposta. As Avenidas Cursino, Tancredo Neves e Almirante Ciclovias Delamare serão reestruturadas de forma semelhante, com canteiro central arborizado, Horta comunitária ciclofaixas, faixa exclusiva de ônibus e prioridade do pedestre. Já na Rodovia Anchieta no trecho urbano, serão adicionadas duas vias subterrâneas para tráfego de veículos pesados, assim diminuindo a poluição da cidade.

Para o transporte não motorizado foram criadas ciclovias pela área e inseridos diversos pontos de bicicletários. Para os pedestres, serão implantadas faixas de travessia elevada, além da criação de vias compartilhadas que melhoram o trânsito pela cidade e ocasionalmente podem haver veículos no local, porém não são a prioridade.

Os projetos propostos auxiliam a cidade a ter equipamentos de lazer, cultura, serviços e edifícios residenciais para soluções de ocupações irregulares.

Mapa de Diretrizes Pontuais e Eixo Cursino Parque Escalonado Com a realocação das familias da comunidade será criada a praça escalonada nas margens do córrego aberto que será revitalizado, permitindo a utilização do mesmo pela população com o sistema de limpeza de descontaminação feito por filtros. Pelos desníveis, a inserção de escadas é inevitável e elas servem como espaços de estadia para os pedestres além de como travessia.

84 - Corte da praça proposta;

85 - Referência para a praça;

Reestruturação das Avenidas Atualmente as avenidas são ambientes “hostis” aos pedestres, as calçadas são estreitas e não há ciclovias. A proposta é criar uma faixa exclusiva para os ônibus, alargar as calçadas para poder ter cliclofaixas, áreas de descanso e o passeio sendo que essas áreas de descanso serão providas de bancos e equipamentos urbanos para pedestres e ocasionalmente paraciclos. Há também a proposta de um canteiro central com arborização, para diminuir a temperatura das vias e passeios, provendo também sombra para o local.

Propostas Projetuais

Propostas Gerais

01 Escola Técnica - Vitória Lira

Revitalização do Praça Existente

02 Centro Geriátrico - Isabella Canuto

Criação de Praça Escalonada

03 HIS com Fachada Ativa - Noura Osman

Realocação das famílias para HIS proposta

Propostas Complementares 01 Centro Esportivo

Inserção de bicicletário Reestruturação da Av. Cursino e Tancredo Neves Criação de Vias Compartilhadas (Woonerf’s) Inserção de ciclovias Proposta de travessia por Faixa Elevada

86 - Referência para a Av Cursino;

41

Mapa de Diretrizes Pontuais Eixo Tancredo / Anchieta Eixo Tancredo Neves Atualmente a Av. Pres. Tancredo Neves necessita de espaços públicos de qualidade para o uso da população, pois a mesma é uma barreira visual e física já que é difícil poder atravessar de um lado para o outro devido a falta de acessos e declividade da via. Para isso, têm-se a proposta de uma reestruturação, adicionando uma ciclovia, duas faixas para automóveis e uma faixa exclusiva de ônibus para melhorar o transporte público, visto que existe a ligação direta com o terminal Sacomã.

Além disso, será criado um canteiro central permeável com arborização e pontos de ônibus. Os passeios laterais contarão com descansos para os pedestres e arborização.

O local, por não dispor de equipamentos de lazer, serãp implantados edifícios para tal, além da revitalização de áreas verdes que contarão com academias ao ar livre e equipamentos para estadia de crianças e idosos nos locais. Nestas áreas comuns serão inseridos bicicletários para facilidade de ciclistas que se locomovem com este meio de transporte.

Outra proposta é promover a criação de uma horta comunitária sob a linha de alta tensão na Rua Dona Maria Quitéria, pois é um uso permitido nesta área, inclusive existe o Programa Cultivar Energia, em que as empresas de energia cedem os espaços para cultivo dos moradores.

Eixo Anchieta Propostas Projetuais

As diretrizes propostas solucionam o principal problema da rodovia Anchieta: ser uma cicatriz que divide a cidade. Com essa mudança o local se transformaria em uma nova centralidade que uniria a região. Atualmente o trecho urbano possui passeio largo, porém é um ambiente hostil e poluído devido aos caminhões que passam pelo local e as indústrias. A proposta seria criar um segundo nível de vias no subsolo para o trânsito de veículos pesados, diminuindo portanto, a poluição aérea e sonora. Nos passeios mais largos é proposto uma faixa verde com parklets e pisos permeáveis e como há falta de arborização, serão implantadas árvores nos passeios e no canteiro central da rodovia.

Centro de Reinserção

02

AUDI-Iniciativa Urbana Futura

03

Estação de Coworking

04

Midiateca

05

Edifício Multifuncional

06

Centro Tecnológico

07

Estação de Estudantes

08

Centro de Terapia Sensorial

09

Edifício Multifuncional

10

Edifício Multifuncional

11

Centro Sociocultural

Propostas Complementares

88 - Rodovia Anchieta atualmente;

89 - Rodovia Anchieta após proposta;

05

Centro Comercial

06

Poupatempo

07

Albergue

08

Centro Comercial

Propostas Gerais Revitalização das áreas verdes existentes Reestruturação da Av. Tancredo Neves e Cursino Criação de vias subterrâneas na Rod. Anchieta Criação de Vias Compartilhadas (Woonerf’s) Inserção/ revitalização de ciclovias Inserção de bicicletário Horta Comunitária sob as linhas de alta tensão Proposta de travessia por Faixa Elevada 90 - Referência em parklet em madeira em Porto Alegre;

87 - Proposta da Av. Pres. Tancredo Neves;

42

01

91 - Referência de faixa elevada;

92 - Proposta de revitalização das praças no nó viário do Sacomã;

43

Mapa de Diretrizes Pontuais Eixo Heliópolis (Macro) Unindo os Eixos A conclusão que temos ao estudar a área é que o local é desvalorizado, com muitas indústrias, vias precárias e diversas rupturas dentro da favela além de que do lado de fora não existem ligações com outros eixos da cidade.

Com base na análise da área iniciamos com a proposta de criar uma via estruturante entre a Vila Carioca e a Comunidade do Heliópolis, o que faria uma sutura do local, criando fluxos de pessoas e assim aumentando os equipamentos e usos da região.

A parte da Vila Carioca é prioritariamente um bairro industrial antigo, muitos dos galpões e indústrias do local estão abandonadas e subutilizados.

A área é afetada pela imponência de veículos da Av. Almirante Delamare e não há prioridade nem qualidade para os pedestres, então a reestruturação da mesma é de extrema importância, pois iria interligar os edifícios propostos pelos alunos, além de melhorar o local para os pedestres, dando mais espaço e segurança ao andar ou simplesmente aguardar um ônibus. A via que será aberta é uma barreira visual e física pois abriga uma linha de alta tensão, que seria enterrada e então aberta a via para o melhor fluxo do local. Os projetos complementare que estarão ao redor terão o térreo livre, permitindo um fluxo livre pela cidade, costurando assim, os eixos e bairros que antes eram “separados”.

Propostas Lotes ocupados por propostas individuais

A

•Proposta de reestruturar o espaço com projetos de edifícios multifuncionais residenciais com fachada ativa, assim melhorando a qualidade de vida dos moradores e trazendo novas moradias e empregos

Lotes e quadras com propostas pontuais Vias existentes afetadas pela proposta Abertura de via estruturante que criará as seguintes conexões: Vila Carioca - Heliópolis e Sacomã - São Caetano do Sul Fluxos locais criados devido a proposta

93 - A via que será aberta na linha de alta tensão deverá conter duas vias, uma em casa sentido e também uma ciclovia. As calçadas serão largas e com canteiros permeáveis com arborização.

44

Lotes atualmente com ocupações subutilizadas ou comunidades

B

Lotes atualmente com ocupações subutilizadas com empresas e industrias •Proposta de reestruturar o espaço com projetos de edifícios multifuncionais de empreendedorismo, comercio e indústrias, promovendo oportunidades de emprego e qualificando o uso do solo da região

Mapa de Diretrizes Pontuais Eixo Heliópolis

94 - Local de criação da via onde existem linhas de alta tensão;

95 - As calçadas são precárias e possuem largura para inserção de ciclofaixa;

Propostas Projetuais

Propostas Complementares

Propostas de Vias e Travessias

01 Centro Cultural - Priscila Amigo

05 Galeria Comercial focada em alimentação

Abertura de muros onde existem Áreas Preservadas

02 Escola de Cinema - Tamara Martines

06 Centro Esportivo Heliópolis

Reestruturação da Av. Almirante Delamare

03 UPA - Alexandre Cremonezi

07 HIS com Fachada Ativa

04 Núcleo Educativo - Grazielle Custódio

Transformar quadras industriais em ocupações 08 de uso misto (promover ligação entre os polos) Lotes afetados pela proposta

Abertura de nova Via Estrutural Criação de Vias Compartilhadas (Woonerf’s) Intervenção nos passeios para alargamentos de passagem e/ou inserção de ciclovias Proposta de travessia por Passarela

96 - A via é mais larga que o necessário e não possui corredor de ônibus;

Proposta de travessia por Faixa Elevada Inserção de semáforo Inserção de ponto de ônibus Fluxos gerados pelas propostas

45

Diretrizes Pontuais - Heliópolis (Vias Compartilhadas) 01 Ruas de aproximadamente

03

6m com carros estacionados e

Ruptura

Sutura

As vias da comunidade do Heliópolis atualmente passam por uma fragmentação, onde é difícil se identificar continuidades e ligações, mas possui dentes e interrupções constantes.

A proposta das vias compartilhadas é destacar ligações de eixo viários com uma mesma linguagem, onde sua estrutura seria replanejada para novas estratégias de usos.

!

passagem estreita;

Descontinuidades

02 Calçadas de aproximadamente 1m impossibilitam a transição de pedestres;

03 Fiação feita sem planejamento,

01

02

desregularizada que oferece perigo.

97 - Vias do Heliópolis Atualmente;

04

01

Designação com a materialidade

para as passagens eventuais de veículos;

02 Espaço designado para a apropriação do pedestre com materialidade diversa;

03

01

Enterramento das fiações e

proposta de novo projeto de iluminação

02

03

pública;

04 Possibilidade de implantação

98 - Proposta de Via Compartilhada;

de pequenas áreas permeáveis nas fachadas.

102 - Rua do Heliópolis;

103 - Acesso à Emergência;

100 - Acesso a Lixeiro;

Problemas de Desenvolvimento

99 - Acesso a Carros;

46 101 - Acesso à Emergência;

A comunidade do Heliópolis teve um desenvolvimento imobiliário irregular e descontrolado, criando assim vias irregulares e desordenadas.

A proposta prevê solucionar isso com o conceito de Vias Compartilhadas. As mesmas criariam eixos principais para desenvolver uma hierarquia e ordenamento no sistema viário, possibilitando entrada de veículos maiores como ambulâncias e coletor de lixo.

Diretrizes Pontuais Eixo Heliópolis

Problemas e Propostas para a Av. Almirante Delamare Problemas Atuais

Gleba murada do Hospital Heliópolis

01

As laterais da Avenida são muradas, o que prejudica a interação das pessoas;

02

As calçadas são largas, porém de terra e sem planejamento;

03

04

104 - Área preservada atualmente;

Atualmente a gleba do Hospital Heliópolis é totalmente murada, o que cria um espaço subutilizado e com uma grande área verde desvalorizada. O local tem um potencial alto de usabilidade que é anulado pelos muros.

A proposta é abrir o local retirando todos os muros para o trânsito de pessoas, implantar pisos drenantes amadeirados que criarão os caminhos e não irão alterar a permeabilidade do solo e ao longo desses pisos serão inseridos bancos lineares para o estar e lazer coletivo, assim como a apreciação do local, pois se trata de uma preservada.

Parque Linear

As faixas para veículos são mais largas do que o necessário; O canteiro central da Avenida é estreito e não possui acessos.

Atualmente

01

01

02

03

04

03 01

106 - Av. Almirante Delamare atualmente;

Propostas de melhoramento 01

Retirar os muros para promover interação e amplitude visual;

02

Inserção de uma nova rede cicloviária para incentivar o transporte não motorizado;

03

04

Estreitar a via, inserindo um corredor de ônibus e implantação de faixas elevadas; Criação de um canteiro central arborizado com novos pontos de ônibus.

Proposta

04 01

02

03

02

01

03

107 - Av. Almirante Delamare proposta;

Propostas de melhoramento 01

Travessia

Passarelas com acessos internos para interligar novos usos laterais; 02

02

03

02

Inserção de um mirante no centro da passarela para visão da cidade; 04

03

105 - Proposta para área preservada;

04

Acesso à gleba do Hospital Heliópolis com passeios pelo parque preservado; Acesso à gleba do projeto de Parque Regional (projeto de TC).

01

47 108 - Av. Almirante Delamare proposta;

A origem dos centros culturais

O tema trabalhado é o centro cultural e até os dias de hoje gera dúvida nas pessoas do que realmente é e o que proporciona. Isso gera um impacto direto no número de pessoas que frequentam estes espaços.

Os centros culturais têm como objetivo produzir, elaborar e disseminar a cultura por meio arte, informações, músicas, leitura e vários outros modos. Não há um padrão a ser seguido, o mesmo pode ter um programa adaptado às necessidades do local onde será implantado, produzindo e gerando assim mais cultura de acordo com a demanda local.

Este modelo de edifício surgiu oficialmente em 1971 em Paris, na França, com o Centro Cultural Georges Pompidou que teve o projeto escolhido com base em um concurso, ao qual Renzo Piano e Richard Rogers foram os vencedores e tiveram seu trabalho construído. O edifício criou um grande impacto pois era um modelo industrial com toda a estrutura externa, a vista e de alta tecnologia, coisas que não eram comuns na época.

109 - Centro Cultural Georges Pompidou;

Com seis pavimentos de 7.500m² e 7 metros de pé direito, a edificação ocupa pouco menos da metade do lote, permitindo a criação de uma grande praça seca onde se podem ter exposições abertas e é um grande local de circulação e estadia.

O programa é diverso, há locais de exposição permanente, biblioteca, instituição de pesquisa e ateliês artísticos e musicais.

Hoje em dia o mesmo abriga a maior biblioteca pública da Europa, com estimativa de 4 mil visitantes por dia.

110 - Rampa externa do Centro Cultural;

50

111- Estrutura e instalações do Centro Cultural;

Os centros culturais no Brasil Antes deles haviam apenas locais como centros de artes e bibliotecas, mas não eram um centro de cultura. Após a inauguração do Centro Pompidou em 1977, ja tinham nascido inúmeros centros culturais pelo mundo baseados neste modelo.

O Brasil se interessou por essa tipologia cultural em meados dos anos 80 e então criou o Centro Cultural do Jabaquara e o Centro Cultural São Paulo, conhecido também como Centro Cultural Vergueiro.

112 - Centro Cultural Jabaquara;

113 - Centro Cultural Jabaquara;

114 - Centro Cultural São Paulo;

115 - Centro Cultural São Paulo;

O Centro Cultural do Jabaquara foi um projeto de revitalização da Casa do Sítio da Ressaca, um patrimônio histórico de São Paulo e juntamente com esse projeto foi criado um edifício auxiliar que abriga as atividades do centro.

O mesmo foi projetado em concreto e tem destaque para a topografia acidentada e o uso do concreto, que é interrompido somente pelos vidros das esquadrias.

O Centro Cultural São Paulo foi um projeto que previa melhorar a urbanização do local, pois ali haveriam grandes desapropriações devido a construção do metrô. O projeto inicial era de um complexo com escritórios, hotéis, shopping e uma biblioteca, mas posteriormente foi alterado para o centro cultural, adaptando o programa dele. O destaque deste projeto é ser adaptado a topografia, a grande área verde ao entorno e a via interna que ele possui.

51

Tipologias de ambientes culturais Espaço Cultural

Casa de Cultura

116 - Mirante 9 de Julho;

Centro Cultural

São mantidos pela iniciativa privada, possuem poucas atividades e quase nenhum acervo, são comuns e é possível inserir em vários locais.

117 - Casa de Cultura São Mateus;

São geralmente localizadas dentro ou próximo de favelas, normalmente possuem uma atividade específica, como música, poesia, teatro, dança etc.

118 - Centro Cultural Porto Seguro;

Normalmente são mantidos pelo poder público, são de grande escala e abrigam diversas atividades permanentes.

52

Equipamentos culturais em São Paulo A cidade de São Paulo possui diversos equipamentos culturais, o problema deles é a centralidade. Todos se agrupam nos centros da cidade, onde existem maior transporte e mais facilidade da acesso, os mesmos são próximos entre si e em maior quantidade. Quanto mais afastado do centro, menor fica a quantidade e maior a distância entre eles.

Deviam haver mais equipamentos culturais para moradores de comunidades, que são locais onde isso é essencial para o desenvolvimento.

Número de distritos sem equipamentos Museus

60

Cinemas

54

Centros Culturais

53

Sala de show

52

Teatros

42

Biblioteca adulta

37

Equipamento público

23

Biblioteca Infantil

36

119 - Mapa com os pontos culturais da cidade de São Paulo;

53

A frequência nos equipamentos culturais

Frequência de atividades Cinema

55%

Festas de rua O programa de um centro cultural deve pensar principalmente nas necessidades das pessoas.

Como o programa é flexível, deve-se construir uma programação junto à elas que supra isso, integrando a arquitetura com a sociedade.

Um dos problemas desses locais são as localizações. Os centros culturais se concentram em localidades já estruturadas, com equipamentos de cultura já existentes, como museus, bibliotecas e teatros.

Entretanto, deveria se pensar em se inserir centros culturais em áreas menos favorecidas como as favelas, as áreas carentes, onde a cultura é fundamental para as pessoas que não tem acesso fácil, o que possibilitaria um maior conhecimento, um local de estudo, de convivência além de um espaço para as pessoas se sentirem acolhidas e que consigam ir até lá sem dificuldades para poderem usufruir destes equipamentos, já que existe uma grande dificuldade desse público se locomover até centro da cidade.

54

Shows Feira de artesanato Não frequenta

Centros culturais

27%

Biblioteca

34%

20%

Teatros

30%

Outros

29%

19% 7%

28%

Frequentaria mais se houvesse...

Preço mais acessível

42%

Proximidade dos locais

25%

Facilidade de acesso e locomoção

12%

42% Frequêntou até

3 Atividades

Maior diversidade de programação

7%

Flexibilidade de horário

6%

Aproximadamente 4,1 Milhões de Paulistanos

28% Não frequêntou nenhuma atividade Aproximadamente 2,7 Milhões de Paulistanos

Renda familiar até 2 S.M.

Pretos e pardos

Moradores da Zona Leste

Aqui é possível observar que dentre as pessoas que não frequentaram nenhuma atividade cultural existem os pretos e pardos, mulheres, baixa renda e moradores da zona leste, ou seja, as minorias que são desfavorecidas socialmente, através de pesquisa é possível ver que os equipamentos culturais frequentados pelos brancos são mais sofisticados, como teatros, museus, exposições, estes tendo uma frequência baixa de pretos e pardos, já em saraus, shows e festas populares a frequência de brancos é menor, isso acontece devido a esses eventos serem mais acessíveis e por que são locais em que os pretos participam não somente na plateia, mas ativamente no palco, pois são os locais que eles tem condições de frequentar devido a proximidade e valores, em que muitos destes são de entrada gratuita ou valores baixos.

Mulheres

Menos escolarizados

55 anos ou mais

120 - Sarau “Café com pretos”

Visto a desigualdade cultural entre brancos com renda maior que 2,5 salários mínimos e dos pretos e pardos com renda inferior a 2,5 salários mínimos, percebe-se a importância de equipamentos culturais acessíveis, pois se não há acesso, facilidade e inclusão, o ciclo de desigualdade se manterá, a cultura é um direito de todos, ela deve ser presente no dia a dia das pessoas, independente do sexo, cor, classe social e escolaridade.

121 - Exposição “Cavaletes de Cristal” no MASP

55

A escolha do tema

O tema foi escolhido para ressaltar a importância dos equipamentos de cultura nesta área e na cidade como um todo foi um Centro Cultural, o ComuCult, que visa abrigar e melhorar os equipamentos presentes na favela do Heliópolis: o Cine Favela e a Biblioteca Comunitária. No local também existe o Instituto Baccarelli, porém este já possui renome e infraestrutura boa.

A inserção deste edifício será muito importante para a cidade do Heliópolis pois os equipamentos existentes já afetam positivamente a vida de diversos moradores da comunidade, e com um local maior dando apoio e abrigando essas atividades, centralizando em um único local, com certeza afetará ainda mais moradores, os que não conhecem os locais existentes irão visitar o ComuCult e poderão participar dos programas.

Cine Favela

Casa de Cultura Sacomã

Associação cultural sem fins lucrativos, que funciona desde 2003 usando o cinema como papel principal nas atividades socioculturais.

Tem como objetivo desenvolver e trabalhar novos talentos, dando o suporte necessário para que nossos atores obtenham sucesso em sua carreira.

Atualmente está desativada.

123 - Casa da Cultura Sacomã;

122 - Cine Favela;

Biblioteca Comunitária H eliópolis:

Instituto Baccarelli

Um espaço de resistência cultural periférica e efetivação de educação e lazer eliópolis. a comunidade de H

124 - Biblioteca Comunitária de Heliópolis;

56

Uma das principais organizações sem fins lucrativos e não governamentais do Brasil, dedicada às áreas cultural, social e educacional.

125 - Instituto Baccarelli;

UNAS - A entidade sem fins lucrativos

Educação Nessa área atua com a mediação com os CEI’s para integração de todas as crianças e com o movimento de alfabetização de jovens adultos.

127 - CEI;

Assistência Social Existem diversos projetos para assistência social, dentre eles assistência juríca, proteção a crianças e adolescentes vitimas de abuso, apoio psicológico, inclusão de idosos e etc.

128 - Serviço de Assistência Social a Família; 126 - Logotipo da UNAS;

Cultura Os projetos são a Biblioteca Comunitária, a Rádio Comunitárias e um Telecentro que oferece acesso a internet e atividades para inclusão e ensino de informática.

“Nossa missão é contribuir para transformar Heliópolis e Região num bairro educador, promovendo a cidadania e o desenvolvimento integral da comunidade.”

UNAS - União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região

129 - Biblioteca Comunitária Heliópolis;

A UNAS é uma entidade sem fins lucrativos que opera em Heliópolis e Região, ela possui 52 projetos que afetam cerca de 10 mil pessoas por mês. Esta ONG foi reconhecida como uma das 100 melhores ONG’s do Brasil, ela busca entender o dia a dia dos moradores da favela e com os programas, impacta diretamente de forma benéfica para diversas pessoas, ela entende essas necessidades por que quando ela surgiu em 1978 era apenas uma comissão de moradores que lutavam pelo direito de moradia, aos poucos ela foi crescendo e continuou sabendo as necessidades pontuais dos moradores locais.

Empreendedorismo Com foco em obtenção de renda há projetos como a Cooperação Solidária, o Projeto Costurando com arte e o Coletivo que promove cursos profissionalizantes para jovens e adolescentes.

130 - Projeto Costurando com Arte;

Para realizar todos os projetos existentes, são feitas diversas parcerias, as principais procuradas são com o Poder Público, iniciativas privadas e organizações sociais, pois esses três tipos ajudam de diversas maneiras, como investimentos financeiros para melhoramento de infraestruturas, ou até mesmo oferecendo cursos gratuitos para empreendedores e apoio em movimentos sociais que são de extrema importância para o apoio de minorias.

Movimentos de base Consiste em lutas por causas sociais importantes, como mulheres, LGBTQI+, sem tetos, negros, pela paz e também envolve debates políticos e de fé.

57 131 - Movimento LGBTQI+;

CineFavela

O Cine Favela foi criado em 2003 por um grupo de moradores do Heliópolis.

O intuito era promover a inclusão cultural dos jovens carentes através das artes cênicas e cinematográficas. Neste mesmo ano produziram a média metragem “Gota de Sangue” que estreou no SESC Ipiranga.

Em 2004 fundaram a Associação Cultural Artística Cine Favela, com isso abriram a primeira sede dentro da favela, o primeiro cineteatro dentro de uma comunidade no mundo, dando nome a esse Projeto Sociocultural.

Em 2010 ele se transformou em um Ponto de Cultura do Estado de São Paulo por uma iniciativa do Governo do Estado juntamente com o ministério da Cultura e isso ajudou no desenvolvimento das atividades, podendo dar mais assistência e infraestrutura a elas, mas hoje em dia ainda é bem precária.

132 - 10º Festival CineFavela de Cinema;

133 - Aula de informática com idosos;

Apesar de ter o apoio do governos e de empresas privadas, o Cine Favela não recebe apoio financeiro, então possui um local precário funcionando na garagem de uma casa que antes era um bar. A cada vez que irá ser realizada uma atividade, deve-se alterar o layout do local, por exemplo, nas aulas de caratê deve-se tirar as poltronas as empilhando no canto e montar os tatames, já para aulas de informática, deve-se tirar as poltronas e puxar mesas móveis para poder ter acesso aos computadores.

Essa inciativa já teve a participação de centenas de pessoas. De crianças até idosos, foram produzidos curtas, medias e longas-metragens somente com moradores da comunidade.

134 - Aula de Capoeira;

135 - Fachada do CineFavela;

Em conversa com um dos fundadores do Cine Favela no dia 21/02/2020, foi dito que os dias que há reprodução de filmes a sala fica lotada, faltando lugares para as pessoas e são exibidos de 2 a 4 filmes por sessão, sendo 1 ou 2 para adultos, que normalmente escolhem títulos de terror ou suspense e 1 ou 2 títulos para crianças, que são exibidos animações ou filmes infanto-juvenis.

Além das sessões cinematográficas, existem aulas de inglês e informática para idosos, caratê e capoeira para as crianças e adolescentes e além dessas aulas há organização de excursões para terceira idade que vão conhecer outras cidades, praias, visitar eventos, exposições e outras atividades.

136 - Sessão de filme infantil;

58

137 - Passeio ao Parque Botânico;

Biblioteca Comunitária do Heliópolis

A Biblioteca Comunitária do Heliópolis surgiu com o projeto Identidade Cultural do Heliópolis, idealizado pelo arquiteto Ruy Ohtake, quando este visitou a comunidade e fez uma reunião com o presidente da UNAS (União de Núcleos, Associações e Sociedades de São João Clímaco e Heliópolis).

Nesta reunião foi decidido a pintura das fachadas das ruas principais, indo da rua da Mina até a rua Paraíba além da criação de uma biblioteca, pois a necessidade dela era muito grande sendo que a mais próxima ficava a 7km.

138 - Comemoração de 11 anos da biblioteca;

139 - Oficina de HQ

140 - Aula de Ballet;

141 - Fachada da Biblioteca

142 - Contação de histórias;

143 - Roda de Conversa

Devido a necessidade foi realizada uma parceria com a Suvinil e o Banco Panamerico para a pintura das fachadas e em setembro de 2005 foi inaugurada a biblioteca comunitária com o apoio de Ruy Ohtake que doou a maior parte do acervo dela que hoje conta com 12 mil livros.

Atualmente além da funcionalidade da biblioteca, são realizadas atividades de mediação de leitura e contação de histórias, sarais poéticos, aulas de dança e acesso gratuito à internet. O impacto desse projeto na favela é fundamental, ele virou uma referência de ajuda, de desenvolvimento na comunidade, como a coordenadora do local Ângela Aparecida diz em entrevista, antes de criar um leitor, deve-se trabalhar as artes, introduzir a leitura aos poucos para se criar um hábito e gosto por ela. Pode-se iniciar pegando um livro e o transformando em uma peça de teatro, uma dança clássica, uma música, um poema, isso vai incentivar o interesse das crianças em ler , porque a mesma já vai ter tido um contato com isso, lendo vai se estimular a imaginação.

Hoje em dia o local tem parceria com a Cushman & Wakefield - por meio da lei de incentivo PROMAC, com uso livre para toda a comunidade e recebe cerca de 750 visitantes mensalmente.

59

Centro Cultural Les Quinconces

- Endereço: Le Mans - França; - Autores: Éric Babin e Jean François Renaud; - Data do projeto: 2002; - Data da inauguração: 2014; - Área do terreno: 15.565 m²; - Área Construída: 28.198 m²; - Nº de pavimentos: 4 pavimentos.

O projeto do Centro Cultural Levs Quinconces foi escolhido a partir de um concurso, vencido pelos arquitetos Eric Babin e JeanFrançois Renaud em 2002, vindo a ser inaugurado somente em 2014 devido a dezoito ações judiciais realizadas por moradores da cidade, que estavam preocupados com a chegada de um edifico cultural no centro da cidade. Entretanto, tudo foi resolvido e o edifício foi construído sendo que hoje em dia supera as expectativas da população e complementa o local.

A localização do centro da cidade proporciona uma proximidade de vários pontos turísticos - arquitetônicos importantes e por isso autores escolheram projetar um bloco monolítico que não fosse monumental nem verticalizado, ficando assim um projeto simples, mas que agrega aos patrimônios arquitetônicos ja existentes ao redor.

Ele possui grandes espaços públicos ao ar livre, tanto em sua frente como entre os dois blocos, possuindo uma praça seca e mobiliário urbano. No último pavimento existe um espaço com um deck estendido de madeira que fica um pouco abaixo do nível de copa das árvoes e é possível ter uma visão ampla do Place des Jacobins e da Catedral.

62 144

Implantação e entorno: O local possui proximidade com grandes patrimônios arquitetônicos, como a Cathédrale Saint-Julien (uma catedral românica gótica), o conjunto de edifícios institucionais e residenciais da década de 80, o Palácio “Comtes du Maine” que é utilizado como câmara municipal, a “Esplanade des Quinconces” que é um espaço de eventos e o “Place des Jacobins”, que abriga a estrutura do mercado ao ar livre que ocorre três vezes por semana.

A implantação foi feita em um terreno que possui um desnível imperceptível. O edifício foi inserido em dois blocos ligados por uma fina placa metálica no último pavimento criando uma cobertura no convívio público. O passeio é largo e entre os blocos existe uma área de convivência aberta com mobiliários.

145

Iluminação: Existe grande aproveitamento da iluminação natural, pois há grandes aberturas de vidro transparente, promovendo um ambiente iluminado e com vista ao exterior, principalmente na área de salas de cinema multiuso. A grande utilização da madeira na estrutura ajuda no conforto térmico do local.

146

Geometria: Simples, mas de estética agradável, se adequa ao entorno e permite uma visão de todos os pontos arquitetônicos ao redor, possui dois blocos que se ligam por um fino telhado de metal. O bloco da direita abriga o Teatro Municipal e possui fachadas de cortinas verticais de vidro e o bloco da esquerda abriga os cinemas multiplex e possui fachadas revestidas em pedra branca. Existe um terceiro bloco que funciona como uma arquibancada ao ar livre, mas este é pequeno e nao possui atividades fixas, somente um espaço de lazer e apreciação, funcionando como um mirante.

63

Estrutura: É feita principalmente de elementos como vidro e placas de metal, mas possui também pedras brancas na fachada e madeira internamente. Para formular os grandes vãos foi utilizada estrutura em laje pré-moldada e metálica. No bloco de teatro existem elementos de madeira revestindo interna e externamente.

147

Acessos e estacionamento: O edifício possui de modo geral dois acessos para veículos, que levam ao estacionamento abrigado em dois subsolos, três acessos principais e dez acessos secundários que em sua maioria estão localizados no corredor público entre os blocos. O estacionamento possui dois subsolos e também um menor externo atrás do edifício, que nao funciona todos os dias.

149

148

64

Planta Térreo

Planta 1˚ Pavimento

Sem escala

Sem escala

65

66

Planta Subsolo 2

Planta Subsolo 1

Sem escala

Sem escala

Corte AA Sem escala

Corte BB Sem escala

67

68

151 152

153

Terraço

Área de Convívio

Teatro

150 154

155

Pátio Central

Foyer

Vista externa

157 158

159

Acesso ao estacionamento

Vista da Catedral

Pátio Central

159 160

161

69

Detalhe da Fachada

Circulação interna

Área de Convívio

Centro Cultural São Paulo - Endereço: Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso, São Paulo; - Autores: Eurico Prado Lopes e Luiz Telles; - Data do projeto: 1977; - Data da inauguração: 13 de maio de 1982; - Área do terreno: ≈ 28.000m² ; - Área Construída: 46.500 m²; - Nº de pavimentos: 5 pavimentos.

O edifício deveria ser simples e integrado com a paisagem e para isso foi pensado com a preocupação de não se impor à paisagem urbana sendo projetado baixo, leve e convidativo se adaptando, portanto, com o terreno com declive de 10 m entre a Rua Vergueiro e a Av. 23 de Maio. No meio do terreno existiam grande árvores que foram mantidas do projeto do metrô e que foram mantidas no projeto do CCSP. O primeiro anteprojeto entregue em 1977 foi recusado pelo prefeito, pois possuía uma monumentalidade que não correspondia a proposta de inserção e integração com a cidade e então foi iniciado um segundo estudo para o local.

Em 1978 o novo anteprojeto foi apresentado e aprovado e tinha o conceito de criar uma rua intermediária que começaria no viaduto João Julião e terminaria no Centro de Controle e Operação do Metrô, passando por toda a extensão do edifício. Entretanto, o novo prefeito em 1980, durante a construção, solicitou que o local fosse um Centro Cultural e não somente a biblioteca. No entanto, a forma permaneceu a mesma e as dimensões ajudaram na ampliação do programa.

O principal partido é a integração do pedestre, a via intermediária do lote, que atravessa o projeto e facilita este fluxo, os ambientes feitos com divisórias de vidro permitindo que o interior e o exterior se misturem e faça com o público se sinta confortável além da transição pelos pavimentos que também ocorre de forma confortável com as rampas, sendo possível ver os pavimentos enquanto caminha entre eles.

70

162

Acesso: A acessibilidade do terreno é uma forte característica, pois conecta a Estação Vergueiro do metrô ao edifício. Por estar próxima da Av. Paulista, conta com um alto fluxo de pedestres e portanto existem quatro entradas de pedestres através da Rua Vergueiro, uma delas ligando a saída do metrô diretamente para dentro do edifício, adentrando no mesmo pela rua interna.

163

Implantação: O centro cultural foi adequado em um terreno com declive de 10 metros e então foi “enterrado”.

O lado da rua Vergueiro não possui acessos por ser a parte que ficou abaixo do solo, porém o lado da rua 23 de maio possui diversos acessos. Apesar dos quatro pavimentos que foram feitos depois da retirada de terra, a volumetria vista através da Rua Vergueiro é baixa e discreta, mostrando apenas a cobertura principal que paira sobre a calçada em alguns pontos.

Rua interna e integração: O edifício possui uma “rua interna” com 300 metros de comprimento, que tem como função distribuir e organizar os fluxos e circulações, em alguns trechos sendo utilizada como local para danças e outras atividades estipuladas pelos usuários. Os ambientes são fechados com divisórias de vidro transparente, o que proporciona visão total integrando os ambientes internos com os externos, eliminando a sensação de exclusão das pessoas, pois todos podem ver o local como um todo sem obstáculos.

Áreas verdes e entorno: O projeto possui grandes áreas verdes no entorno e a maioria foi mantida do lote original, principalmente algumas arvores de grande porte. Fora isso, há um grande pátio aberto no centro do edifício com pequenas vegetações e uma laje jardim que proporciona um local natural em meio à paisagem urbana cheia de prédios, possuindo espreguiçadeiras e uma horta comunitária.

Aspectos Construtivos: A estrutura é feita de concreto e aço, os pilares centrais são pintados de azul e ao encontrar com as vigas se abrem em quatro. Já as vigas são feitas de concreto que ficam maiores próximos aos pilares e se tornam mais estreitos no meio dos vãos que podem ter até 37 metros livres. A cobertura principal é feita com panos translúcidos que permitem uma iluminação natural. As separações de ambientes e as fachadas internas são feitas com aço e vidros transparentes que permitem a visão total e uma entrada de raios de sol maior que o vidro translúcido utilizado na cobertura.

164

165

166

71 167

168

Planta nível 796 Sem escala

Planta nível 801 Sem escala

72

Planta nível 806 Sem escala

Planta nível 810 Sem escala

73

Corte AA Sem escala

É possível observar pelos cortes que a tipologia segue o terreno e um baixo gabarito, mantendo a edificação discreta, não monumental, tornando assim possível uma integração natural entre o local e o pedestre, pois acolhe os usuarios, não os intimidando como acontece com os edificios monumentais.

A setorização também é feita pensando nessa ligação edificação - usuário, possuindo conceito aberto, rampas integrando espaços e pavimentos e os ambientes por nao possuírem fechamentos, tornam o espaço fluído para existir várias atividades livres além das que ocorrem no local, como exposições. Um exemplo disso é a rua interna que faz a ligação do metrô ao edifício e decorre o todo. Existe um corredor amplo em que é possivel ver diversos grupos de dança, canto e artes corporais praticando as atividades sem atrapalhar a circulação do local.

Corte BB Sem escala 74

170 172

Divisão em vidro do convívio

Rampa com convívio

Auditório

Vista do pátio pelo jardim suspenso

Rua interna

Pátio Central

169 171 173

174

75

Biblioteca de Seattle

- Endereço: Seattle - EUA; - Autores: Rem Koolhaas e Joshua Prince-Ramus; - Data do projeto: 1999; - Data da inauguração: 23 de maio 2004; - Área Construída: 38.300 m²; - Nº de pavimentos: 11 pavimentos.

O edifício foi planejado de forma que inovasse o modelo tradicional de biblioteca, deixando assim de lado o pensamento de que bibliotecas possuem só livros e implantar o que pode haver de espaços com usos de outros tipos de mídia, como audiovisual, internet e convívio.

O projeto possui 11 pavimentos e um subsolo de estacionamento, ocupando uma quadra completa e se ajusta ao desnível de 10 metros existente, assim ficando duas faces com acessos de pedestre.

A face oeste possui acesso pela 4ª Avenida no pavimento 1 e a face oposta, ao leste o acesso ocorre pela 5ª avenida no terceiro pavimento. A face norte tem a entrada de veículos para o subsolo e um acesso de funcionários ao pavimento 2 e a face sul possui somente uma entrada para mercadorias que dá também ao pavimento 2.

A característica mais marcante externamente, é o formato irregular e monumental do edifício, que possui uma “pele de vidro e aço” proporcionando uma transparência que permite uma pequena visualização do interior. Do lado interno essa “pele” proporciona iluminação natural e sombras onde necessário. Como principal característica interna, temos o acervo da biblioteca, que é feito em rampas do pavimento 6 ao 8, não possuindo uma quebra de pavimentos, pois há um fluxo contínuo entre os andares, fazendo com que não seja necessário utilizar escadas e elevadores para transitar entre eles. É possível iniciar no acervo do pavimento 6 e apenas sendo guiado pelas estantes de livros chegar ao pavimento 9.

76 175

Geometria: A forma incomum do edifício se torna um destaque no meio da paisagem urbana consolidada com prédios altos e imponentes, se tornando um ponto de referência. O formato foi desenvolvido de acordo com os pavimentos, pois eles são irregulares, as fachadas os acompanham com uma “pele de vidro”, criando um jogo de luz e sombras tanto externa quanto internamente.

Cada fachada possui seu próprio formato que acompanha o fluxo interno de pavimentos planos ou em rampas formando quatro andares consecutivos em rampas levemente inclinadas ou senão andares mais largos ou mais estreitos.

Implantação: o local é uma quadra completa perto de grandes avenidas e um centro urbano já consolidado, o passeio público conta pequenas áreas verdes distribuídas e uma larga calçada para o fluxo de pedestres, o diferencial é método utilizado para vencer o desnível de 10 metros do terreno, cada rua da acesso a um pavimento, sendo: • Acesso público: 4th Avenue - 1º pavimento; 5th Avenue - 3º pavimento; • Acesso de veículos: Spring Street - subsolo; • Funcionários: Spring Street - 2º pavimento; • Mercadorias: Madison Street - 2º pavimento.

176

Iluminação: o formato do edifício cria no interior dele uma grande incidência de luz natural, principalmente no 10º pavimento, onde está a área de leitura, isso gera mais conforto ao usuário com os raios de sol, criando um ambiente iluminado, aberto e com uma vista do exterior.

Espaços de natureza instável e espaços estáticos: O programa de necessidades foi dividido em dois tipos de espaços criando uma lógica própria de distribuição. Os espaços de natureza instável que possuem atividades operacionais, de interação da plataforma com o usuário são: espaços kids, salas de estar, salas de pesquisa e salas de leitura. Os espaços estáticos possuem atividades específicas que não possuem essa interação frequente, estes são: estacionamento, administração, serviços, acervo e salas de reunião.

Circulação: O local possui diversas maneiras de circular pelos pavimentos e as circulações possuem uma lógica própria. Os espaços instáveis possuem ligação entre si por escadas rolantes em amarelo neon e a biblioteca do espaço estável, chamada de espiral de livros, é a própria circulação, pois o pavimento em rampa cria esse movimento. Para ligar estes dois espaços são utilizadas escadas abertas em tom de vermelho, que estão presentes em todos os pavimentos porém nem sempre na mesma localização, pois acompanham o fluxo de atividades.

Ligando todos os pavimentos existem os elevadores e escadas de emergência, criando um núcleo rígido.

177

178

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180

181

77

Corte 1

Corte 2

Sem escala

Sem escala O projeto teve início a partir do corte, então é possível analisar melhor o observando, mostrando aqui a circulação vertical que liga todos os pavimentos e também as escadas rolante espalhadas pelo edifício, as salas de leitura no topo, depois da biblioteca e a sala de pesquisa antes para facilitar a procura por livros e informações.

78

O átrio possibilita uma visão dos pavimentos de modo interno e neste corte é possível ver a fachada inclinada na sala de leitura, gerando uma grande incidência de luz natural, melhorando assim, a estadia.

O auditório possui um destaque, pois fica localizado em dois pavimentos inteiros e é possível acessá-lo por três.

Planta Pavimento 1

Planta Pavimento 2

Sem escala

Sem escala

79

182

183

Planta Pavimento 3 Sem escala

80 184

Planta Pavimento 4

Planta Pavimento 5

Sem escala

Sem escala

81

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Planta Pavimento 6 e 7

Planta Pavimento 8 e 9

Sem escala

Sem escala

Planta Pavimento 10

Planta Pavimento 11

Sem escala

Sem escala

83

O sistema utilizado na Biblioteca de Seattle é único e segue sua própria lógica. Através de estudos foi identificado que o sistema tradicional possui bibliotecários espalhados pelo ambiente e o usuário precisava ir em cada um para tirar suas dúvidas, demorando cerca de 16 minutos para conseguir a informação necessária. Com o sistema novo, foi criada uma sala de pesquisas antes da biblioteca e nela ficam vários bibliotecários de prontidão e computadores para pesquisa no acervo. Sendo assim, quando o usuário chega é possível sanar as dúvidas e rapidamente, conseguir a informação e ir direto onde deseja, diminuindo assim o tempo de busca para 7 minutos.

Sistema bibliotecário tradicional

Sistema bibliotecário de Seattle

SALA DE PESQUISA

ESPIRAL DE LIVROS BIBLIOTECÁRIO CONHECIMENTO SALA DE PESQUISA

TEMPO DE PROCURA: 16 MINUTOS

ESPIRAL DE LIVROS BIBLIOTECÁRIO USUÁRIO

84

BIBLIOTECÁRIO CONHECIMENTO

TEMPO DE PROCURA: 7 MINUTOS

BIBLIOTECÁRIO USUÁRIO

O arquiteto Rem Koolhaas costuma usar diagramas como exercício projetual. Aqui temos quatro diagramas em setorização, o primeira mostra o programa original sem alterações, possuindo muitos setores ilegíveis por não ter grande relevância e o segundo mostra a quantidade de livros em relação a edificação, ou seja, o quanto dela haveriam livros. Os outros dois diagramas apresentam um programa consolidado, reduzido e repensado, após isso o mesmo separa este programa nos espaços instáveis e estáveis.

O diagrama tridimensional é bem utilizado para melhor entendimento do edifício, por ele possuir diversos pavimentos com formatos diferentes e circulações verticais diferenciais, esta é uma ótima forma de estudo, assim como os cortes que foram utilizados como início projetual.

185 - Diagrama Setorial;

85

Rem Koolhaas trabalha com diversos tipos de diagramas e além de utilizar gráficos em barras na setorização, ele também utiliza diagramas visuais para entendimento de projeto, como por exemplo estes acima, que funcionam mostrando a setorização geral ou de parte que interessam a ele, como os espaços estáveis e instáveis.

Outro tipo que pode ser feito é o diagrama a esquerda, em que é desenhado um corte simples do edifício e dentro de cada local possui a escrita de todas as atividades que podem e são realizadas ali, permitindo uma visualização esteticamente agradável e de todas as atividades locais.

86

187

Espaço Kids

189

Auditório

188

Acesso no 3º pavimento

Sala de estar

Hall Vermelho

186

191

Auditório

190

87

88

193

Sala de pesquisa

195

Vista do átrio

194

Sala de leitura

Espiral de livros

Escadas Rolantes

192

197

Vista do átrio

196

199 201

Acesso ao 10º pavimento

Espiral de livros

200

3º pavimento

Vista da estrutura

Vista da Espiral de livros

198

203

3º pavimento

202

89

TABELA COMPARATIVA

Centro Cultural Les Quinconces

204

Aulas / Cursos

Comércio

Centro Cultural São Paulo

205

Espaços multiuso que podem ser utilizados para estudos, filmes e ensaios de teatro.

Possui um restaurante bar interno dentro do bloco de Teatro.

Não há espaço específico para estes usos, porém as áreas de convívio podem ser utilizadas dessa forma pelas pessoas, já que o uso é livre.

As cafeterias e lanchonetes ficam localizadas no entorno dos pátios centrais e possuem mesas para consumo.

Convívio

Há um grande pátio aberto entre os blocos com mobiliários e um terraço no topo da edificação.

Há grandes áreas livres onde ocorrem a maioria das atividades, como grupos de dança e afins e existe também o mirante verde, que pode haver diversas atividades.

Circulação

As escadas são o principal meio de circulação vertical, estando espalhadas pelos pavimentos. Os elevadores existem, mas apenas em pontos específicos.

É principalmente feita pela grande rampa em Y, devido a horizontalidade possui circulação por rua interna.

Características Principais

O formato e a sua materialidade são um grande destaque, pois traz muita iluminação através do vidro e conforto na madeira. A localização também é interessante pois fica entre diversos pontos turísticos.

O uso da topografia original e a horizontalidade são a grande característica, isso o faz não ser monumental, mas relevante. O mirante verde também é um grande atrativo.

90

Biblioteca Pública de Seattle

206

ComuCult

207

Existe espaços destinados a oficinas circulantes, permitindo assim a oferta ocasional de cursos.

Abriga salas de aula com computadores, espaços para artes marciais e corporais e uma sala multiuso que ocorrem cursos com diversos temas.

Aulas / Cursos

Nas entradas do edifício, internamente, há diversos quiosques de vendas que oferecem alimentação e souvenires.

O comércio funciona no pavimento térreo com o acolhimento dos ambulantes presentes no local devido ao Hospital Heliópolis.

Comércio

O próprio ambiente é uma grande área de convívio, não possuindo distinção de áreas, é uma mesclagem de uso e convivência.

O foco principal do local é o convívio, ele está presente desde o subsolo até o último pavimento, com áreas abertas para uso livre e áreas mobiliadas para estadia.

Convívio

As circulações possuem uma lógica própria, cada área possui um tipo de circulação como escadas rolantes e escadas comuns, mas o principal é a espiral de livros, que o pavimento se tornou uma grande rampa.

O principal meio são as rampas e escadas externas, que funcionam não somente como meio de circulação mas como local de eventos, onde as pessoas podem utilizar de diversas formas.

Circulação

A espiral de livros é uma característica única, o pavimento flui como uma rampa com acervo e o edifício é feito com uma sobreposição de pavimentos que cria uma forma irregular e permite grande iluminação interna.

A principal característica é o formato desordenado dos pavimentos e também a circulação externa com a cor azul. O projeto tem um conceito livre onde as pessoas que criam os espaços de convivio e estadia.

Características Principais 91

Escolha do lote para inserção

O lote escolhido está localizado na gleba do Hospital Heliópolis em uma parte onde há um campo de futebol subutilizado. Implantar um equipamento de cultura em uma zona carente é um grande estímulo para um melhor desenvolvimento social. Isso já ocorre com a Biblioteca Comunitária e o Cine Favela, então o intuito é realocar e aprimorar estes dois projetos sociais.

A proposta urbana trará ainda mais acesso ao local, com vias compartilhadas implantadas, caminhos por dentro da grande vegetação preservada e também com os novos pontos de ônibus na Av. Almirante Delamare. Além destes pontos haverá a implantação de passarelas de um lado a outro da Avenida, que facilitará a mobilidade do pedestre e ele terá além de espaços para caminhar, locais para estadia e descanso.

O local para inserção foi baseado principalmente pela proximidade do Cine Favela, mas também por ficar próximo da centralidade de transporte existente no Sacomã, onde há terminal de ônibus e estação de metrô. Além disso, há pontos de ônibus e grande movimentação deles na área devido ao Hospital, deixando acessos fáceis para todos, seja a pé, de bicicleta ou de transporte público.

Os equipamentos de cultura foram de grande importância para a escolha do tema e lote, pois são os únicos ambientes de cultura da área e não tem infraestrutura para a demanda que possuem. A implantação de um centro cultural abrigaria todas essas atividades, além de outras e a população teria um acesso mais qualificado as atividades de cultura e lazer.

Parque linear proposto por Tamara UPA proposta por Alexandre

Bosque heterogêneo com Complexo Hospitalar Heliópolis

caminhos abertos Lote de inserção do ComuCult

EMEF Luiz Gonzaga do Nascimento Jr.

94

AME Casa do Adoscente

Dados legislativos do loteamento

Lote de intervenção

Cine Favela

Biblioteca Comunitária

Instituto Baccarelli CEU Heliópolis

Macrozona

Estruturação e Qualificação Urbana

Macroárea

Estruturação Metropolitana

Zona de uso

Zona Mista

Qualificação ambiental

Proteção Ambiental 1

Área total do lote

9.298 m²

Gabarito máximo

28 m

Taxa de Ocupação máxima

0,70

Área de Projeção máxima

6.508 m²

Coeficiente de Aproveitamento mínimo

0,3

Área construída mínima

2.737 m²

Coeficiente de Aproveitamento máximo

2

Área construída máxima

18.246 m²

Taxa de permeabilidade mínima

25%

Área permeável mínima

2.324 m²

95

Vista do muro lateral onde ficam

01

ficam a maior parte das barracas

208

01

04

158

100 m

02

m

Vista aérea da lateral do

05

02

45 m

lote mostrando a quadra

130 m

03

06 209

Vista da esquina do lote, onde

03

há muro e lixos acumulados

96

210

Vista do lote de dentro do

04

Hospital Heliópolis

211

Vista aérea mostrando a

05

inserção urbana do lote

O lote fica localizado na gleba no Hospital Heliópolis, em um local onde atualmente se situa uma quadra de terra onde acontecem bailes funks da população.

O motivo da escolha foi a localização, por ser próximo a pontos de ônibus e também pode ser facilmente acessado por pedestres de todos os locais da cidade.

O outro motivo foi devido a nível de ruído que esses bailes e os jogos de futebol produzem, causando um alto nível de poluição sonora no Hospital, prejudicando o tratamento dos pacientes e o trabalhos dos funcionários. É possível ver nas imagens as grandes massas árboreas presentes no entorno do loteamento, próximo a avenida e no limite da Rua Cristo Redentor, há preservação de bosques homogêneos, as arborizações e vegetação rasteira de dentro do lote não são preservadas, porém serão mantidas.

212

Vista do lote mostrando a

06

extensão murada

213

97

Transporte e mobilidade

O entorno do lote terá uma prioridade alta para pedestres e usuários de transportes não motorizados, com a implantação das ciclovias nas principais avenidas e a adequação para as vias compartilhadas na cidade trazendo muito mais conforto e segurança para este meio de acesso. Os bicicletários também trarão comodidade para guardar o equipamento de transporte.

Bicicletários; Ciclovias; Vias compartilhadas.

98

O transporte coletivo possui vários pontos no entorno devido a ser um ponto de interesse, com o Hospital Heliópolis e os diversos comércios ao redor.

Alguns novos serão implantados na Avenida Almirante Delamare e os existentes serão reestruturados para maior conforto.

Pontos de ônibus.

Para os usuários de veículos motorizados particulares existem várias formas de acesso ao lote, porém por ser uma área que prioriza o pedestre, não há um grande número de estacionamentos, possuindo apenas o do Hospital, dois de postos de gasolina, um comercial da população e o novo que será implementado no ComuCult.

Estacionamento; Vias de acesso ao lote.

Usos do solo e topografia

A topografia do local é acidentada no entorno, mas o lote em si possui apenas um pequeno desnível na área da esquina e o resto do terreno possui uma inclinação imperceptível.

A arborização urbana é abundante na gleba utilizada, porém quanto mais dentro da cidade do Heliópolis menos árvores se tem, possuindo apenas algumas esporádicas.

O uso do solo do entorno possui uma abrangência de uso misto com comércios e serviços no térreo a residencial no pavimento superior, pois nestes locais de baixa vulnerabilidade é comum as famílias investirem em um comércio para complementar a renda, normalmente utilizando a garagem da residência construída.

As massas arbóreas são abundantes neste local, predominando a vegetação média e alta, principalmente na gleba do Hospital e no loteamento do outro lado da Avenida Almirante Delamare, onde há uma grande área subutilizada.

Alguns pontos da vegetação da gleba do lote de inserção, possuem uma preservação de bosque heterogêneo que é um remanescente do bioma da Mata Atlântica.

Vegetação rasteira;

Árborização viária;

Comércio ambulante;

Curvas de nível.

Lote de intervenção;

Institucional;

Arborização baixa e média;

Residencial/ Comercial;

Residencial;

Arborização média e alta.

Comercial;

Área verdes;

99

Insolação

A insolação foi estudada a partir do programa Analysis Sol-Ar, em que é possivel identificar a incidência solar em cada fachada do local.

A fachada Norte possui maior incidência durante o inverno, recebendo sol até meados do meio-dia e a fachada Leste também possui a maior incidência no inverno, porém após o meio-dia.

As fachadas Sul e Oeste recebem mais insolação durante o verão, sendo a Oeste até o meio-dia e a sul após o meio-dia.

214 - Insolação da fachada leste;

215 - Insolação da fachada Norte;

216 - Insolação da fachada Oeste;

217 - Insolação da fachada Sul;

100

As fachadas Norte, Leste e Oeste são as que mais receberão sombras devido ao grande gabarito do Hospital e a abundancia de vegetação de grande porte e a fachada Sul possuirá sombras por vegetação, mas não com tanto volume quanto as outras.

218 - Insolação no lote durante o inverno;

Ventos dominantes

A ventilação foi estudada a partir do programa Analysis Sol-Ar, em que é possível ver a incidência e velocidade dos ventos de acordo com a localização do lote. A fachada Oeste é a que menos recebe ventos, tendo menos de 10% de ocorrência geral e a velocidade não ultrapassa 4 m/s.

A fachada Sul possui a maior frequência e velocidade de ventos, chegando a 30% de frequência durante a primavera e com velocidade de 6 m/s durante a primavera e outono.

As fachadas Norte e Leste possuem frequências medianas, ao Norte com maior frequência durante o verão e inverno e ao Leste durante a primavera e o outono. A velocidade de ambas atingem no máximo 3 m/s.

220 - Velocidade dos ventos predominantes por direção;

219 -Ventos predominantes;

221 - Frequência dos ventos por direção;

101

Estudo de inserção 01 O primeiro estudo foi realizado de forma livre e sem especificações de ambientes, apenas de programas por pavimento. A intenção inicial era fazer a construção apenas acima do solo e manter o térreo totalmente livre, reservando o último pavimento apenas para horta comunitária e área de convivio e o penúltimo teria um pequeno mirante aberto. Após analise do estudo, foi identificado que o mesmo não era viável pelo fato de ocupar uma área muito grande o lote e não seguir as intenções iniciais de ser um espaço aberto e convidativo a população.

Formato do edifício A intenção na criação da volumetria foi manter o gabarito baixo e o formato horizontal, não construindo algo que ficaria deslocado na cidade, mas sim o oposto, que seja acolhedor e proporcionasse uma estadia agradável. A forma com o térreo livre irá acolher as pessoas com os mobiliários, pequenos comércios e as áreas verdes. Além disso, o edifício irá conter partes da fachada em vidro e a área aberta chama a atenção, assim como o mirante e a horta, se assemelhando ao Centro Cultural São Paulo, com o espaço de horta com grama baixa para a circulação das pessoas e mobiliários para a estadia.

Programa de necessidades Foi feito uma análise inicial de um programa que abrange as atividades do Cine Favela e da Biblioteca Comunitária e no térreo foi criada uma área livre para fluxo e estadia de pessoas além de um espaço para pequenos comércios, para abrigar as barracas irregulares que existem nas calçadas atualmente.

O primeiro pavimento abriga a biblioteca e as aulas que não envolvem atividades físicas, portanto são mais tranquilas, como informática e inglês, não fazendo muito barulho para atrapalhar as leituras. No segundo pavimento vão ficar o cinema e o auditório, equipamentos pequenos e simples, para as sessões de filmes do Cine Favela e as apresentações e palestras da Biblioteca Comunitária. O terceiro pavimento contém as aulas que envolvem atividades físicas e este pavimento se abre em uma área descoberta com uma cafeteria. Já o quarto e último pavimento é recortado de acordo com essa área aberta, funcionando a Horta Comunitária e um mirante para passeio e estadia das pessoas.

102

Térreo livre; Biblioteca e salas de aula; Cinema e auditório; Área aberta com cafeteira; Salas de arte corporal; Horta comunitária.

103

Estudo de inserção 02

Este estudo ainda não atinge todos os objetivos e intenções, mas aos poucos vai sendo moldado o formato do edifício. No presente estudo, se inseriu as salas de cinema em um piso do subsolo que abriga uma área de convivência e um auditório e este último será aberto no térreo, como referência ao da biblioteca de Seattle. O térreo agora possui quiosques móveis que futuramente serão projetados para os ambulantes utilizarem e os armazenarem no próprio local, já que isto é um problema que os mesmos possuem. Além dos quiosques há o auditório aberto e uma grande área de convívio.

O edifício foi feito com uma intenção de criar um tipo de escada com os pavimentos, que poderão ser acessados por dentro deles ou pelos pequenos mirantes existentes em cada pavimento e neste existirá uma pequena horta comunitária contínua.

Formato do edifício Mantendo a decisão de uma volumetria horizontalizada, foi realizado um núcleo na parte Leste do lote e uma lâmina ao Norte sendo que esta estará abrigando os mirante e as rampas de fluxo entre coberturas.

O subsolo será visto devido o auditório aberto e o térreo possuirá um fluxo livre de pessoas com quiosques de comércio que podem mudar de localização todos os dias, gerando assim uma mudança no fluxo e maior comodidade para quem passa ou prefere apenas uma estadia na área de convivência livre que existe ali na maior parte, onde também serão inseridos mobiliários e áreas verdes.

Programa de necessidades Após as análises no programa e setorização anterior foram feitas alterações, apesar de ainda não cumprirem o intuito final , está se aproximando e no caso a principal alteração foi o formato de edifício. Isso permitiu a criação de pequenos mirantes na cobertura de cada pavimento seguindo uma continuidade com rampas dando acesso externo aos mesmos e a horta comunitária se seguirá nestes mirantes.

As salas de cinema e o auditório foram inseridos no subsolo que serão acessados por elevadores e escadas mas com o diferencial do auditório ser aberto ao pavimento térreo. No caso ele não possuiria um teto, mas sim uma arquibancada que vai do térreo ao subsolo, possuindo acesso por ambos os pavimentos.

No pavimento térreo foi pensada a questão dos ambulantes que existem ao redor do lote devido ao Hospital, sendo implementados pequenos quiosques portáteis para a venda de alimentos e outras categorias de mercadoria, futuramente podendo ser inserido no projeto um local para o armazenamento temporário dos mesmos, já que este é um problema para os ambulantes.

104

Quiosques; Circulação; Convivência; Cafeteria; Acervo; Espaço de leitura; Salas de aula; Salas de arte corporal.

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Estudo de inserção 03 Este estudo de viabilidade foi pensado inicialmente pela implantação, visando preservar as massas arbóreas, apenas moldando-as e implementando caminhos, uma vez que estas são árvores de médio e grande porte, sem grandes vegetações rasteiras.

O foco é a rampa helicoidal, que será vista de dentro do Hospital e da altura do observador e será de aço e vidro com um núcleo de escada e elevadores, este pintado com grafite de artistas da região.

A edificação terá fachada de vidro para maior entrada de luz solar e também para proporcionar visão do interior do edifício.

Formato do edifício Foi planejado um formato retangular com foco na ventilação e iluminação natural.

Os dois primeiros pavimentos são feitos em formato total, o terceiro possui um recuo para criação de um terraço e o último pavimento é exclusivo para a horta comunitária e convívio público.

Horta comunitária; Convívio externo; Cafeteria;

Programa de necessidades Devido à proximidade do hospital, a prioridade será diminuir os ruídos e a solução encontrada foi levar as salas de cinema e o auditório para o subsolo suprimindo os ruídos.

Além desses ambientes foi criado um foyer com espaço de convivência para as pessoas aguardarem as sessões ou mesmo socializarem após as mesmas.

Foi implantado um estacionamento em um segundo subsolo pois os arredores não possuem vagas. O térreo será mantido como áreas de convivência e espaço livre para quisosques de venda. O primeiro pavimento abrigará a biblioteca, espaços de leitura e devido a ser um ambiente mais calmo também será inserido o setor administrativo.

O segundo pavimento será o setor educacional com salas de aula, espaços de arte corporal e marcial, assim como espaço de convívio. O terceiro pavimento terá uma área aberta como mirante, uma sala multiuso que oferecerá cursos e oficinas e a cafeteria será integrada a esta sala. O último pavimento possuirá uma horta comunitária e espaços de convívio.

106

Sala Multiuso; Salas de arte marcial; Sala de arte corporal; Sala de aula; Convívio; Espaço de leitura; Núcleo administrativo; Acervo; Sanitário; Depósito; Auditório; Camarim; Salas de cinema; Estacionamento.

Terreno

O terreno não possui grandes desníveis, apenas na esquina em local pontual.

Circulações verticais

As circulações foram feitas com rampas, uma é helicoidal, ao redor no núleo rígido.

Vegetação

Escavação

Lajes e acessos

As massas árboreas presentes no local foram o ponto de partida.

As escavações para criação do subsolo respeitaram o limite da mata preservada.

Os acessos foram feitos de acordo com fluxos e mantiveram grandes áreas verdes.

Formato cru

Abertura de átrio

Criação de terraços

O edifício possui um formato mais retangular com uma parte recortada.

Para melhor ventilação e insolação, foi aberto um átrio na área das rampas.

Para os terraços, o terceiro pavimento foi recuado e dará acesso ao outro telhado.

107

Massa arbórea O intuito é de preservar as áreas verdes e as manchas representam a localização geral das árvores. O lote não possui vegetação rasteira, mas sim árvores de grande e médio porte, permitindo portanto, a criação de caminhos entre elas para o fluxo de pessoas entre a vegetação, trazendo um maior contato com a natureza.

Fluxos Após as análises urbanas e a criação de diretrizes projetuais, as áreas de preservação ambiental serão abertas e isso permitirá um maior fluxo de pessoas entre as árvores e também proporcionará mais acessos ao lote de intervenção.

Os principais fluxos virão da Av. Almirante Delamare e do Hospital Heliópolis, pois o projeto terá quiosques de alimentação que são muito procurados pelas pessoas que frequentam o Hospital criando assim um fluxo que atravessa o terreno.

Implantação Analisando o fluxo de pessoas e as massas arbóreas, a implantação foi feita pensando nesses dois itens juntos. Para circulação vertical existem duas rampas, uma helicoidal do lado Oeste, que no centro da mesma terá o nucleo rígido de escada e elevadores, e outra rampa com leve inclinação que dará acesso pelo lado Leste. A topografia será preservada, pois apresenta desníveis não significativos ao longo do loteamento.-

108

222

223

Perspectiva frontal

224

Vista do acesso da esquina

Perspectiva dos fundos

A edificação possui uma implantação mantendo a vegetação existente e prevê o acesso principal por rampas, uma retilínea e uma helicoidal com nucleo rígido central. O local é totalmente acessível e possui fachadas em pele de vidro para proporcionar a visão interno-externo para quem usa dentro e para quem vê de fora, trazendo um conforto e permitindo um entendimento de que é possivel transitar por todos os locais.

Vista do acesso lateral

Perspectiva lateral

Vista do acesso lateral

109 225

226

227

E

UNIDADE C U OM L C

RAL • CO LTU M CU

•

E CULTU RA AD ID L N U

OM U N L•C ID A RA D U T

6

Audiovisual

Essencial

Ambientes

Área (m2)

Quantidade

Sala de cinema

148,54

3

Auditório

468.48

1

Camarim

45.52

1

Hall interno

30.08

1

Ambientes

Área (m2)

Quantidade

Circulação Vertical

766.78

-

Circulação Horizontal

169.04

-

Ambientes

Área (m2)

Quantidade

Sanitários

77.06

14

Guarda volume

30.12

1

Estacionamento

2289.53

1

Biblioteca

1642.16

1

Vestiário

61,7

2

Depósito

113.62

1

Ambientes

Área (m2)

Quantidade

Externo

3339.04

-

Circulação Externa

Literatura

Convívio

Ambientes

Área (m2)

Quantidade

Interno

1093.16

-

Rampas

755.11

2

Terraço

917.86

1

Escadas

249.92

2

Horta Comunitária

365.03

1

Educação

Administração

Ambientes

Área (m2)

Quantidade

Ambientes

Área (m2)

Quantidade

Sala de aula

74,56

2

Copa

224.3

1

Sala de informática

74,56

2

Área de Descanso

259.35

1

Sala de arte corporal

161.3

1

Administração Geral

477.8

1

sala de arte marcial

161.3

1

Sala de Reunião

68.27

1

Colagem de programas O programa de necessidade foi criado baseado em locais existentes, como o CineFavela, a Biblioteca Comunitária do Heliópolis e a própria comunidade do local, para isso foram estudados os programas existentes, suas funcionalidades, suas fraquezas e como eles poderiam ser melhorados, baseado nisso foram feitos recortes de programas existentes para criar o plano de necessidades da Comunidade Cultural.

Cine Favela O programa atual é feito em um único ambiente, onde não é possível a realização de atividades simultâneas, além de ser um local com pouca capacidade de pessoas.

As aulas de Capoeira originaram uma sala de artes marciais, as aulas sobre horta e meio ambiente para idosos incentivaram a criação da horta comunitária, as sessões de filme foram levadas em forma de salas de cinema e os diversos tipos de aula terão salas de aula com e sem computadores.

Biblioteca Comunitária do Heliópolis O local possui um único ambiente onde fica o acervo de livros e o espaço livre existente é utilizado para outras atividades, porém não é possivel ter programas simultâneos.

O acervo de livros foi levado ao projeto como uma grande biblioteca integrada a espaços de leitura, as aulas de ballet originaram a sala de artes corporais para danças, as diversas oficinas oferecidas incentivaram a implementação de uma sala multiuso para diversos programas.

Diagrama de setor

Diagrama de programas

Título do Gráfico 100%

18,32% Circulação 90%

80%

70%

60%

14,71% Convívio50%

40%

30%

20%

Cidade Nova Heliópolis A favela possuiu um crescimento desenfreado que criou uma caracteristica de ruas estreitas e não planejadas que promovem um espaço livre para as pessoas realizarem diversas atividades.

As vias da cidade entraram como as circulações externas que possuem rampas e escadas com diferentes largura que servem tanto para circulação como local de estadia e ocorrencia de eventos assim como os locais de convívio e o terraço. O depósito é um programa inspirado na cidade devido aos ambulantes, pois eles podem trabalhar livremente com os quiosques no térreo do edificio e ao final dia guardar os quiosque nesse depósito para facilitar o transporte dos trabalhadores ambulantes.

15,78% Literatura

10%

0%

45,29% Audiovisual

5,88% Educação

766,78

Circulação Horizontal Sanitários Estacionamento Vestiário Depósito Rampas Escadas Sala de aula Sala de informática Sala de arte corporal sala de arte marcial Sala de cinema Auditório Camarim Hall interno Guarda volume biblioteca Externo Interno Terraço Horta Comunitária Copa Área de Descanso Administração Geral Sala de Reunião

113

Entorno e legislação

O entorno possui avenidas principais, terminal de ônibus, estação de metrô e eixos comerciais, devido a essa proximidade o local do projeto se torna um ponto de interesse e de fácil acesso, tanto pelos moradores da comunidade quanto para os que vem de fora.

A lesgislação dos lotes vizinhos são majoritariamente ZEIS, mas o lote de intervenção é uma Zona Mista que incentiva construção de uso não residencial.

O coeficiente de aproveitamento foi utilizado acima da média e a Taxa de Ocupação também, já a Taxa de Permeabilidade teve uma utilização de quase o dobro do valor mínimo, devido a preservação das áreas verde já existentes e implementação de novas.

Projeto

Área do lote

9.298 m²

9.298 m²

Gabarito

28 m

28 m

Taxa de Ocupação

0,70

0,39

Área de Projeção

6.508 m²

3.643 m²

Coeficiente de Aproveitamento

2

1,23

Área Construída

18.246 m²

11.422 m²

Taxa de Permeabilidade

25%

43%

Taxa de Permeabilidade

2.324 m²

4.010 m²

ia An

Legislação

Rodov

Dados

chieta

Dados Legislativos

114 228

inserção com google earth

foto de cobertura com entorno de foto Av .A

lm

ir an

te

D

el

am

ar

e

da

tra

Es as

rim

ág

sL

da 115

Conceito projetual

Após diversos estudos de inserção, houve um retorno ao início para entender melhor o local e com essa reflexão foi iniciado um pensando voltado a “como a favela do Heliópolis cresceu?”, assim a história do surgimento foi relida e entendida mais profundamente, o inicio foi um crescimento desgovernado de moradias sem a preocupação de vias, quadras e recuos, casas sobrepostas com pavimentos diferentes uns dos outros.

O formato inicial partiu daí e foi sendo adaptado as necessidades, mas mantendo a essência deste crescimento desenfreado, criando circulações externas com espaços para convívio além do uso tradicional de fluxo sem pausas. Os pavimentos que não seguem os mesmos tamanhos e alinhamentos permitindo uma criação de cheios e vazios, áreas de convívio e espaços abertos e de uso livre.

230 - Formato não planejado de casas;

Existem também outros conceitos principais, que são em relação as áreas verdes e aos programas. Existem grandes massas arbóreas, algumas preservadas outras não e isso impactou diretamente na decisão projetual referente a implantação, pois todas as áreas verdes são mantidas, algumas partes alteradas para criação de passagem para pessoas e outras partes adicionadas áreas verdes.

Em relação ao programa foi feita uma reciclagem de todas as atividades culturais existentes na favela e assim implementadas no edifico, dando uma estrutura melhor para as pessoas que frequentam essas atividades.

116

229 - Massas árboreas de grande porte;

Moodboard

237

fil

Per

lico

tá me

231 - Cimento queimado

238 -

Laje

Alve

olar

239 - Espelho d’água

233 - Horta Comunitária

234 - Madeira de mobiliários

a es

2 23

na

ex

r te

-M

236 - Vidro

235 - Perfil de guarda corpo

240 - Quiosques

117

tor

to Reden

Rua Cris

Rua Kiwi

a2 Ru

118

8d em ar ço

Rua Cristo Redentor

O parque linear foi proposto para abrir o local de área verde preservada que se encontrava murado e sem acessos, com a proposta

242

os caminhos se interligam com o projeto criando um fluxo de pessoas e um espaço livre para caminhadas, atividades e contemplação.

243

Os ambulantes são um foco no local devido ao Hospital Heliópolis, a presença deles tem uma importante função pois quem esta de acompanhante ou frequentando o Hospital faz pausas para tomar um ar ou se alimentar, e para isso vai para o lado de fora, onde ficam os ambulantes vendendo todos os tipos de coisas, para as pessoas somente de passagem ou mesmo moradores tem relevância devido a facilidade de aquisição que eles oferecem.

Planta do Entorno

244

Avenida Almirante Delamare

241

A Avenida Almirante Delamare proporciona uma facilidade de acesso ao projeto por ser uma via arterial que liga São Caetano do Sul a São Paulo, com a reestruturação dela haverá espaços mais largos e confortáveis para os pedestres, via para os ciclistas e diversos pontos de ônibus.

119

tor

to Reden

Rua Cris

Rua Cristo Redentor

120

Planta de Cobertura

5º Pavimento: o terraço e a horta comunitária, um espaço de convívio e contemplação que as pessoas podem relaxar, conversar e cuidar da horta, que traz diversas sensações de cheiros e tatos.

4º Pavimento: a área administrativa, um local de acesso restrito em que os funcionários tem seu próprio espaço de higiene, alimentação, descanso e trabalho, com todo o equipamento necessário.

3º Pavimento: a biblioteca, o espaço que fica o acervo de livros que é totalmente integrado com espaços de leitura e conta com uma área de convívio externa.

2º Pavimento: a área de educação, as salas de aula e de artes corporais ficam localizadas aqui, a sala multiuso também, além de áreas de convívio internas e externas.

1º Pavimento: audiovisual, o local onde estão localizadas as salas de cinema que possuem capacidade para 150 pessoas cada uma e o auditório com capacidade de 344 pessoas, além disso há áreas de convivio internas e externas

Térreo: o local não possui edificação além do núcleo rígido, mas é um espaço importante, onde existem áreas de estadia para a população estar e espaços livre que são convidativos para os ambulantes existentes se instalarem.

Subsolo: a área abriga todo o estacionamento, existem 4 vagas PNE, 57 vagas para carros e 5 para motocicletas, não há um grande número de vagas pois veículos motorizados não são uma prioridade para o local, além disso existe o depósito que tem como função um local para os ambulantes guardarem seus quiosques de forma segura.

121

01

02

i=15%

725 -5,00

i=15%

725 -5,00

122

Planta Subsolo

245 246

Existem poucas vagas pois a prioridade não são os automóveis, o estacionamento foi criado como uma facilidade principalmente para pessoas com necessidades especiais e para funcionários que os utilizam no dia a dia, fora isso a prioridade são as locomoções a pé, com bicicletas e de transporte público, visto que há estação de ônibus e metrô no entorno.

1- Depósito; 2- Estacionamento.

247

O depósito é um item essencial e pensado exclusivamente no conforto e facilidade dos ambulantes locais, pois existe a dificuldade de locomoção com os quiosques de venda, as vezes são deixados na rua mesmo por que não tem como leva-lo para outro lugar, pensando nisso a solução foi a implementação de um depósito onde eles podem armazenar seus equipamentos com segurança e sem preocupações.

123

772 -2,00

tor

to Reden

Rua Cris 773 0,00

i=15%

i=15%

775 2,00

124

Planta Térreo

774 1,00

248

O espaço foi feito para ser receptivo aos ambulantes, permitindo que eles usufruam do espaço para ficar com seus quiosques em segurança e tenham uma estrutura de apoio no local, com sanitários e sombra durante seu trabalho.

O local possui abundantes áreas verdes e com a criação do parque linear se tornou um local chamativo para as pessoas frequentarem, no projeto as áreas verdes ocupam 46% do ambiente, entre

249

vegetações rasteiras e de grande porte.

250

Em uma das entradas tem bicicletários de uso livre, é um meio eficiente de deslocamento pela cidade e o melhoramento e extensão das ciclovias possibilitou a melhor utilização nas ruas.

251

O térreo possui grandes áreas de convívio secas, onde os ambulantes podem circular e estacionar livremente seus quiosques e os mobiliários de mesas e bancos possibilitando o consumo de alimentos, assim como organização de feiras gastronômicas, artesanais dentre outras nas áreas livres.

125

19,00

19,75

19,80

12,52

10,18

9,69

6,43

9,57

01

10,22

05

01

02

03

04

10,19

06

01 779 6,00

776,9 3,90

126

Planta 1º Pavimento

i=5%

i=5%

i=5%

i=5%

779 6,00

775,1 2,10

i=5%

i=5%

773 0,00

252

A área de convívio deste pavimento serve também como um foyer para as sessões de filmes e apresentações do auditório, é um ambiente aberto com átrios de observação para o térreo.

As salas de cinema possuem capacidade para 150 pessoas cada, somando 450 pessoas que podem usufruir do espaço simultaneamente, o local possui poltronas em desnível para melhor visualização

253

da tela, o sistema de som é embutido e existe um projeto para reprodução de filmes.

254

O auditório tem capacidade para 344 pessoas, ele foi projetado com palco central, possuindo poltronas de ambos os lados, cada lado com 172 lugares. O local foi projetado para receber apresentações de danças, artes marciais e um lugar para debates e reuniões públicas.

1- Sala de Cinema; 2- Área de Convívio; 3- Auditório; 4- Hall; 5- Vestiário; 6- Camarim.

255

Para suporte as pessoas que se apresentarão no local, foi feito um hall de entrada que dá acesso a vestiários e um camarim coletivo para preparativos.

127

19,00

19,75

19,80

12,52

9,69

6,43

9,57

02

02

03

03

10,18

01

783 10,00

06

10,19

10,22

04

07

783 10,00

i=5%

779 6,00

i=6%

i=5%

i=6%

780,5 7,50

i=5%

128

05

Planta 2º Pavimento

256

A sala multiuso tem como função receber diversas oficinas e aulas diferentes, as mesas não são fixas, podendo ser movidas quando necessárias devido a demanda da aula que estiver tendo, existem pias para o caso de oficinas que utilizam água.

As salas de aula foram feitas para integrar as aulas de idiomas e reforço escolar, oferendo um apoio

257

e um estudo a mais para os frequentadores.

258

As salas de informática são voltadas para aulas com o uso dos computadores, como por exemplo as aulas de informática para idosos que há no Cine Favela.

1- Sala Multiuso; 2- Salas de aula; 3- Salas de Informáricas; 4- Sala de Arte Marcial 5- Sala de Arte Corporal; 6- Convívio Interno; 7- Convívio Externo.

259

As salas de artes corporais e marciais abrigam as aulas de dança e lutas, são feitas com vidro e painéis espelhados, o corredor possui bancos para as pessoas poderem assistir as aulas.

129

19,00

19,75

19,80

12,52

9,69

6,43

9,57

10,18

02

10,22

01

787 14,00

10,19

03

01

787,8 12,80

130

Planta 3º Pavimento

260

A biblioteca é o ambiente principal do edifico, ela ocupa todo o pavimento e as estantes de livro são projetadas de forma a ter tamanhos diferentes.

Os espaços de leitura são integrados ao acervo, então espalhados pelo ambiente há pufes para acomodação e uma área com mesas para caso a pessoa queira ler com amigos ou apenas um ambiente

1- Biblioteca integra a espaços de leitura; 2- Guarda-volumes; 3- Convívio Externo.

263 - Corte 264 - Perspectiva

As estantes dos livros foram projetadas com inspiração no edifício e no conceito que ele trás então os nichos desalinhadas com diferentes alturas permite não somente uma boa visualização interna como também espaços que podem ser utilizados para objetos decorativos ou como local de apoio para livros que estão sendo escolhidos. O nicho mais próximo ao chão possui uma altura maior que os demais pois é o local de acesso fácil a crianças, e os livros infantis tendem a ser mais altos, por isso a escolha no nicho mais baixo com uma altura maior.

262 - Vista Frontal

261

calmo de estudos.

131

9,57

19,00

19,75

19,80

12,52

6,43

07 06 01

9,69

05

i=5%

791 18,00

10,18

02 04

10,19

10,22

03

132

Planta 4º Pavimento

265

A administração é um ambiente geral de trabalho, as mesas em duplas e com proximidade entre elas permite um ambiente de trabalho mais leve, ao invés de criar diversas salas onde trabalharão apenas 2 ou no máximo 4 pessoas, há um único ambiente integrado.

A área de descanso dos funcionários tem diversos sofás e pufes trazendo conforto para uma hora relaxante, ou até mesmo uma pausa no trabalho, pois é essencial o ambiente de trabalho ser acolhedor,

266

isso melhora a produtividade e o conforto dos funcionários.

267

A copa ossui mesas coletivas para refeições e uma grande ilha com geladeiras, pias e cooktops para o preparo ou armazenamento de comida.

1- Sala de reuniões; 2- Administração; 3- Área de Descanso; 4- Copa; 5- Armários; 6- Vestiários; 7- Chuveiros.

268

Os vestiários são divididos em duas seções com 3 ambientes, as seções femininas e masculinas e os ambientes são: chuveiros onde os funcionários podem tomar banho, vestiário onde as pessoas podem se arrumar ou trocar de roupa e a área de armários que é o primeiro ambientes, lá existem diversos locais para armazenamento de bens dos funcionários.

133

19,00

19,75

19,80

12,52

6,43

9,57

9,69

02

10,18

01

10,22

768 22,00

10,19

789,7 16,70

134

Planta 5º Pavimento

269

A vista que este último pavimento proporciona é longínqua, é possível ver a cidade e as grande massas arbóreas, pois o gabarito do entorno é baixo, ao contrário da edificação, entao a paisagem do local é enriquecedora.

As mesas do local permitem uma estadia para uma leitura, uma conversa, assim como os bancos do

270

local, são espaços para estadia e contemplação.

271

Os espelhos d’agua permitem aumentar a umidade do local e proporciona sensações de calma e relaxamento nas pessoas, é um elemento contemplativo.

1- Terraço; 2- Horta Comunitária.

272

A horta comunitária foi inserida pelo contexto social e pela sensação que ela traz, ela produz cheiros de temperos e plantas e também é um local em que as pessoas podem plantar e colher para levar um alimento extra para sua casa, o Cine Favela possui aulas sobre hortas e meio ambiente para idosos, com a horta esse ensinamento pode ser aplicado a mais pessoas e em um ambiente maior.

135

da es t Detalh e

ra tu u r

19,00

19,75

19,80

12,52

Detalhe d og

ua r

9,57

Ático 26,00 m

5º Pavimento 22,00 m

4º Pavimento 18,00 m

3º Pavimento 14,00 m

2º Pavimento 10,00 m

1º Pavimento 6,00 m

Térreo 0,00 m

Subsolo -4,00 m

136

Corte AA

d

o rp o c a-

6,43

9,69

10,18

10,22

10,19

Ático 26,00 m

5º Pavimento 22,00 m

4º Pavimento 18,00 m

3º Pavimento 14,00 m

2º Pavimento 10,00 m

1º Pavimento 6,00 m

Térreo 0,00 m

Subsolo -4,00 m

Corte BB

137

138

Fachada Norte

Fachada Sul

139

140

Fachada Leste

Fachada Oeste

141

142

143

144

145

146

147

148

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150

151

152

153

154

155

•

E AD ID N

COMUNID A D E

CULTUR A L

L• A R U

IDADE C UN UL M T O C

RAL • CO TU M UL U C

LISTA DE FIGURAS Figura 1: https://www.google.com.br/maps/@-23.6100121,-46.5913885,352m/ data=!3m1!1e3 Figura 2: https://www.google.com.br/maps/@-23.6094177,-46.5922267,345m/ data=!3m1!1e3 Figura 3: https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/fundo Figura 4: http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/temas/sao-paulo/sao-pauloaspectos-territoriais.php 15/07/2020 Figura 5: http://www.sp-turismo.com/bairros-sp.htm Figura 6: http://www.sp-turismo.com/bairros-sp.htm Figura 7: http://www.sp-turismo.com/bairros-sp.htm Figura 8: h t t p s : / / w w w . g o o g l e . c o m . b r / m a p s / @ - 2 3 . 6 1 2 2 2 9 1 , 46.593293,360a,35y,39.16t/data=!3m1!1e3 Figura 9: https://www.google.com.br/maps/@-23.6098703,-46.5946301,834m/ data=!3m1!1e3 Figura 10: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx# Figura 11: h ttps://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b7/ Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_by_Benedito_Calixto_1893. jpg/1200px-Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_by_Benedito_ Calixto_1893.jpg Figura 12: https://diariodotransporte.com.br/wp-content/uploads/2017/02/z35.jpg Figura 13: h ttps://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4a/

158

Webysther_20190304150324_-_Parque_da_Independ%C3%AAncia.jpg/300pxWebysther_20190304150324_-_Parque_da_Independ%C3%AAncia.jpg Figura 14: h ttps://lh3.googleusercontent.com/proxy/oq4gUaORBqLAqkqKoJ2DV 7b4lJWkDgWrdXnhlkLmGr9rW4NBkXQOHPDEUYvvGsIjDf8H2ice93ygNy1XDThhmDigjgK_T5MJkxTyyUowxP9EZV5z_Zw4npna4KJOpuEGHzP_gk Figura 15: h ttps://www.saopauloantiga.com.br/wp-content/uploads/2015/08/ casaraodapaulista03x.jpg Figura 16: h ttp://www.acervosdacidade.prefeitura.sp.gov.br/PORTALACERVOS/ ResultadosBusca.aspx?ts=s&q=av+dom+pedro Figura 17: https://diariodotransporte.com.br/wp-content/uploads/2017/03/expressotiradentes-ana-neri.png Figura 18: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx# Figura 19: h t t p s : / / w w w . g e n e a r c . n e t / i n d e x . php?op=ZGV0YWxoZVBlc3NvYS5waHA=&id=NzI2NA== Figura 20: h ttp://www.acervosdacidade.prefeitura.sp.gov.br/PORTALACERVOS/

ExibirItemAcervo.aspx?id=607061 Figura 21: h ttp://www.acervosdacidade.prefeitura.sp.gov.br/PORTALACERVOS/ ExibirItemAcervo.aspx?id=761949 Figura 22: h t t p s : / / i . p i n i m g . c o m / originals/24/4f/9e/244f9eded2e7ae6590969de6dc80ef01.jpg Figura 23: h ttp://www.acervosdacidade.prefeitura.sp.gov.br/PORTALACERVOS/ ExibirItemAcervo.aspx?id=461591 Figura 24: h ttp://www.acervosdacidade.prefeitura.sp.gov.br/PORTALACERVOS/ ExibirItemAcervo.aspx?id=439898 Figura 25: h ttp://www.acervosdacidade.prefeitura.sp.gov.br/PORTALACERVOS/ ExibirItemAcervo.aspx?id=456321 Figura 26: h ttp://www.acervosdacidade.prefeitura.sp.gov.br/PORTALACERVOS/ ExibirItemAcervo.aspx?id=455552 Figura 27: h ttp://www.acervosdacidade.prefeitura.sp.gov.br/PORTALACERVOS/ ExibirItemAcervo.aspx?id=449929 Figura 28: h ttp://www.acervosdacidade.prefeitura.sp.gov.br/PORTALACERVOS/ ExibirItemAcervo.aspx?id=449940 Figura 29: h ttp://www.acervosdacidade.prefeitura.sp.gov.br/PORTALACERVOS/ ExibirItemAcervo.aspx?id=449921 Figura 30: h t t p s : / / w w w . g o o g l e . c o m . b r / m a p s / @ 2 3 . 6 1 0 7 5 8 2 , - 4 6 . 6 0 6 9 6 1 , 3 a , 6 0 y, 1 9 4 . 1 1 h , 7 8 . 7 4 t / data=!3m6!1e1!3m4!1snjOfsyavFY3n3ZFa0XHczA!2e0!7i16384!8i8192 Figura 31: https://www.facebook.com/189552174985915/photos/a.189552201652579/ 189564984984634/?type=1&theater Figura 32: h ttp://imagens.globoradio.globo.com/cbn/fotos/uploads2015/89723/ fullsizerender-(15)jpg_610x340.jpg Figura 33: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx# Figura 34: h ttp://redeglobo.globo.com/acao/noticia/2013/07/uma-das-maioresfavelas-de-sao-paulo-heliopolis-comecou-com-153-familias.html Figura 35: https://www.saopauloantiga.com.br/o-choro-silencioso-da-figueira-daslagrimas/ Figura 36: https://www.cittamobi.com.br/home/terminal-sacoma-onibus/ Figura 37: https://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Sacom%C3%A3 Figura 38: https://i2.wp.com/mobilidadesampa.com.br/wp-content/uploads/2018/08/ Esta%C3%A7%C3%A3o-Sacom%C3%A3-do-Metr%C3%B4.jpg?resize=696%2C522&ssl=1

Figura 39: h ttps://viatrolebus.com.br/2011/03/metro-amplia-horario-de-operacao-notrecho-sacomavila-prudente/ Figura 40: h ttps://apublica.org/2019/12/heliopolis-quer-ser-tratada-como-bairro-naosomos-gueto-diz-lider-comunitaria/ Figura 41: h ttps://www.google.com.br/maps/place/Casa+do+Alum%C3%ADnio/@23.6193231,-46.5922367,359a,35y,221.2h/data=!3m1!1e3!4m12!1m6!3m5!1s0x94ce5c82 b34c8079:0xb359cfe4558a3d21!2sShopping+Heli%C3%B3polis!8m2!3d-23.6191042!4d46.5927184!3m4!1s0x94ce5c82bd149bbb:0x59317f9d992a927b!8m2!3d-23.618312!4d46.592655?hl=pt-BR Figura 42: h ttps://apublica.org/2019/12/heliopolis-quer-ser-tratada-como-bairro-naosomos-gueto-diz-lider-comunitaria/ Figura 43: Imagem retirada do Google Earth Figura 44: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 45: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 46: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 47: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 48: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 49: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 50: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 51: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 52: https://www.google.com.br/maps/@-23.6248581,-46.5932257,1025a,35y,359.21h ,48.73t/data=!3m1!1e3 Figura 53: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx# Figura 54: https://www.google.com.br/maps/@-23.6056329,-46.598057,118a,35y,359.21h,4 8.99t/data=!3m1!1e3 Figura 55: h t t p s : / / w w w . g o o g l e . c o m . b r / m a p s / @ - 2 3 . 6 0 3 4 7 7 7 , 4 6 . 5 9 8 4 8 0 1 , 3 a , 7 5 y, 1 9 9 . 7 h , 8 5 . 4 6 t / d a t a = ! 3 m 6 ! 1 e 1 ! 3 m 4 ! 1 s _ oaYg4VEfbVW4kksZ93wYA!2e0!7i13312!8i6656 Figura 56: https://www.google.com.br/maps/@-23.6205281,-46.6150617,3a,75y,248.83h,79.

07t/data=!3m6!1e1!3m4!1sowjSxUqy9tfkCNon4zGdFQ!2e0!7i16384!8i8192 Figura 57: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Heliopolis.jpg Figura 58: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 59: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 60: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 61: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 62: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 63: https://www.google.com.br/maps/@-23.610524,-46.5929605,3a,82.9y,357.76h,91 .67t/data=!3m6!1e1!3m4!1ss8wHThMXngoCTrsW2E_UeA!2e0!7i16384!8i8192 Figura 64: h ttps://www.google.com.br/maps/search/rua+michel/@-23.6077888,46.6014091,535a,35y,359.24h,44.9t/data=!3m1!1e3 Figura 65: https://www.cittamobi.com.br/home/terminal-sacoma-onibus/ Figura 66: https://www.ademilar.com.br/blog/onde-morar/conheca-bairro-sacoma-saopaulo/

Figura 67: https://www.encontraipiranga.com.br/ipiranga/estacao-alto-do-ipiranga.shtml Figura 68: https://www.cittamobi.com.br/home/terminal-sacoma-onibus/ Figura 69: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 70: h t t p s : / / w w w . f a c e b o o k . c o m / b i b l i o . u n a s h e l i o p o l i s / photos/a.434660163290546/434661176623778 Figura 71: https://www.baressp.com.br/fornecedores/fornecedores/ceu-heliopolis-profarlete-persoli Figura 72: http://www.ipatrimonio.org/capela-cristo-operario/ Figura 73: h ttps://www.saopauloantiga.com.br/o-choro-silencioso-da-figueira-daslagrimas/ Figura 74: https://www.descubrasampa.com.br/2018/09/hospital-dom-antonio-alvarengaclinica-infantil-do-ipiranga.html Figura 75: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jardim_da_Sa%C3%BAde Figura 76: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 77: https://www.google.com.br/maps/@-23.6188993,-46.592555,3a,39.1y,176.23h,92 .15t/data=!3m6!1e1!3m4!1sRa1JBGmBPsoRzdH5K_zK7A!2e0!7i16384!8i8192 Figura 78: https://www.google.com.br/maps/@-23.6248581,-46.5932257,1025a,35y,359.21h ,48.73t/data=!3m1!1e3 Figura 79: https://www.google.com.br/maps/@-23.6181208,-46.6115551,3a,60y,206.82h,90.

47t/data=!3m6!1e1!3m4!1s66wlzVtXlxaIyfKIOIFMvw!2e0!7i16384!8i8192 Figura 80: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 81: https://www.google.com.br/maps/@-23.6016161,-46.6035123,3a,75y,138.49h,77.9t/ data=!3m6!1e1!3m4!1sp6vChGtDsjURmooEH9VPTA!2e0!7i16384!8i8192 Figura 82: h ttps://www.google.com.br/maps/search/rua+michel/@-23.6077888,46.6014091,535a,35y,359.24h,44.9t/data=!3m1!1e3 Figura 83: http://wikimapia.org/4581669/pt/Hospital-Heli%C3%B3polis Figura 84: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 85: http://gemaarquitetura.com/praca-do-rosario/ Figura 86: https://nacto.org/publication/urban-street-design-guide/streets/boulevard/ Figura 87: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 88: Desenho autoral por Jefferson Augusto Figura 89: Desenho autoral por Jefferson Augusto Figura 90: https://www2.portoalegre.rs.gov.br/eptc/default.php?p_secao=1813 Figura 91: https://urbantoronto.ca/forum/threads/roads-traffic-signals.23916/page-12 Figura 92: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 93: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 94: https://www.google.com.br/maps/@-23.6043233,-46.5913753,90a,35y,322.53h,6 3.1t/data=!3m1!1e3 Figura 95: https://www.google.com.br/maps/@-23.6083554,46.5912108,3a,75y,27.84h,89.23t/data=!3m7!1e1!3m5!1s8hWISNngGu_ cHV4gQCSQlA!2e0!6s%2F%2Fgeo1.ggpht.com%2Fcbk%3Fpanoid%3D8hWISNngGu_ cHV4gQCSQlA%26output%3Dthumbnail%26cb_client%3Dmaps_sv.tactile.

159

Figura 96: https://www.google.com.br/maps/@-23.6083353,-46.5914649,3a,75y,324.37h,92.

65t/data=!3m6!1e1!3m4!1sQGDdH1KNxRz4hsAi45jEQA!2e0!7i16384!8i8192 Figura 97: Desenho autoral por Alexandre Cremonezi Figura 98: Desenho autoral por Alexandre Cremonezi Figura 99: Desenho autoral por Alexandre Cremonezi Figura 100: Desenho autoral por Alexandre Cremonezi Figura 101: Desenho autoral por Alexandre Cremonezi Figura 102: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 103: https://www.nytimes.com/2013/04/28/automobiles/where-share-theroad-is-taken-literally.html Figura 104: Desenho autoral por Alexandre Cremonezi Figura 105: Desenho autoral por Alexandre Cremonezi Figura 106: Desenho autoral por Alexandre Cremonezi Figura 107: Desenho autoral por Alexandre Cremonezi Figura 108: Desenho autoral por Alexandre Cremonezi Figura 109: https://laparola.com.br/wp-content/uploads/2012/09/Jean-PierreDalb%C3%A9ra-681x513.jpg Figura 110: https://laparola.com.br/wp-content/uploads/2012/09/Phillip-Capper640x425.jpg Figura 111: https://laparola.com.br/wp-content/uploads/2012/09/Jean-PierreDalb%C3%A9ra2.jpg Figura 112: https://images.adsttc.com/media/images/5907/3648/e58e/ce23/ d200/0238/large_jpg/shieh_centroculturaljabaquara_014_IMG_6599_(1280x853). jpg?1493644869 Figura 113: https://3.bp.blogspot.com/-5hYVpGl_r7I/VByB5WXZZII/AAAAAAAABLU/ L-9sjLckOkA/s1600/011.jpg Figura 114: h t t p s : / / i . p i n i m g . c o m / o r i g i n a l s / a 0 / 1 0 / b c / a010bc4bdc55d39573a70466402be463.jpg Figura 115: https://jornalggn.com.br/sites/default/files/u16-2016/centro_cultural_ sp.jpg https://partiumundo.com/wp-content/uploads/2018/03/Mirante-NoveFigura 116: de-Julho-4.jpg https://twitter.com/PerifaCon/status/1232832817379319810/photo/3 Figura 117: https://images.adsttc.com/media/images/571f/8bf2/e58e/ce10/2b00/0026/ Figura 118: slideshow/featured_image.jpg?1461685222 https://teoriaedebate.org.br/multimidia/espacializacao-dos-eventosFigura 119:

160

Figura 123: https://catracalivre.com.br/nextel/ipiranga-tem-lugares-e-sabores-forados-padroes/ Figura 124: https://dicadadiversao.com.br/wp-content/uploads/COMUNITARIAA.jpg Figura 125: https://f001.backblazeb2.com/file/heloisatolipan/imagens/2015/12/ Instituto-Baccarelli-Fachada-Foto-Divulga%C3%A7%C3%A3o.jpg Figura 126: https://www.unas.org.br/ Figura 127: https://www.unas.org.br/educacao Figura 128: https://www.unas.org.br/assistencia-social Figura 129: https://www.unas.org.br/cultura Figura 130: https://www.unas.org.br/emprendedorismo Figura 131: https://www.unas.org.br/movimentos-de-base Figura 132: https://cinefavela.org.br/ Figura 133: https://cinefavela.org.br/galeria Figura 134: https://cinefavela.org.br/galeria Figura 135: https://cinefavela.org.br/galeria Figura 136: https://cinefavela.org.br/galeria Figura 137: https://cinefavela.org.br/galeria Figura 138: https://www.facebook.com/biblio.unasheliopolis/photos/ Figura 139: https://www.facebook.com/biblio.unasheliopolis/photos/ Figura 140: https://www.facebook.com/biblio.unasheliopolis/photos/ Figura 141: https://www.facebook.com/biblio.unasheliopolis/photos/ Figura 142: https://www.facebook.com/biblio.unasheliopolis/photos/ Figura 143: https://www.facebook.com/biblio.unasheliopolis/photos/ Figura 144: https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-lesquinconces-babin-plus-renaud Figura 145: https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-les-quinconcesbabin-plus-renaud Figura 146: https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-les-quinconcesbabin-plus-renaud Figura 147: https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-les-quinconcesbabin-plus-renaud https://www.cenoviapark.fr/parkings/6-les-quinconces-p2.html Figura 148: https://www.cenoviapark.fr/parkings/6-les-quinconces-p2.html Figura 149: https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-les-quinconcesFigura 150:

culturais-na-cidade-de-sao-paulo/ com adaptação por Priscila Amigo https://salto.sp.gov.br/wp-content/uploads/2019/07/001-26.jpg Figura 120:

babin-plus-renaud https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-les-quinconcesFigura 151: babin-plus-renaud https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-les-quinconcesFigura 152:

Figura 121: https://www.archdaily.com.br/br/892838/masp-coloca-a-venda-edicaolimitada-de-cem-cavaletes-de-cristal-de-lina-bo-bardi Figura 122: https://dicadadiversao.com.br/wp-content/uploads/cinefavelaa.jpg

babin-plus-renaud Figura 153: https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-les-quinconcesbabin-plus-renaud

Figura 154: https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-lesquinconces-babin-plus-renaud Figura 155: https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-les-quinconcesbabin-plus-renaud Figura 156: https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-les-quinconcesbabin-plus-renaud Figura 157: https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-les-quinconcesbabin-plus-renaud Figura 158: https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-les-quinconcesbabin-plus-renaud Figura 159: https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-les-quinconcesbabin-plus-renaud Figura 160: https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-les-quinconcesbabin-plus-renaud Figura 161: https://www.cenoviapark.fr/parkings/6-les-quinconces-p2.html Figura 162: h t t p s : / / i . p i n i m g . c o m / o r i g i n a l s / a 0 / 1 0 / b c / a010bc4bdc55d39573a70466402be463.jpg Figura 163: https://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Cultural_S%C3%A3o_Paulo Figura 164: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/09/mesmo-com-menosverba-centro-cultural-sao-paulo-se-mantem-plural.shtml Figura 165: https://www.relatosdeumgarotodeoutroplaneta.com/2019/06/centrocultural-vergueiro.html Figura 166: h t t p s : / / w w w. g o o g l e . c o m . b r / m a p s / @ - 2 3 . 5 7 1 9 2 1 3 , 4 6 . 6 4 0 7 4 , 3 a , 9 0 y, 7 6 . 7 9 h , 1 0 7 . 2 3 t / d a t a = ! 3 m 6 ! 1 e 1 ! 3 m 4 ! 1 s C s x y l t Z Q o H 3 a LjUFLQ9bw!2e0!7i16384!8i8192 Figura 167: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 168: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 169: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 170: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 171: Foto autoral por Priscila Amigo Foto autoral por Priscila Amigo Figura 172: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 173: Foto autoral por Priscila Amigo Figura 174: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-deFigura 175: seattle-oma-lmn Figura 176: seattle-oma-lmn Figura 177: seattle-oma-lmn Figura 178: seattle-oma-lmn

Figura 179: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-deseattle-oma-lmn Figura 180: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-deseattle-oma-lmn Figura 181: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-deseattle-oma-lmn Figura 182: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-deseattle-oma-lmn Figura 183: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-deseattle-oma-lmn Figura 184: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-deseattle-oma-lmn Figura 185: http://portfolios.uniandes.edu.co/gallery/57551799/CCANALISIS-UIFORMABiblioteca-de-Seattle-2016-2 Figura 186: http://portfolios.uniandes.edu.co/gallery/57551799/CCANALISIS-UIFORMABiblioteca-de-Seattle-2016-2 Figura 187: http://portfolios.uniandes.edu.co/gallery/57551799/CCANALISIS-UIFORMABiblioteca-de-Seattle-2016-2 Figura 188: http://portfolios.uniandes.edu.co/gallery/57551799/CCANALISIS-UIFORMABiblioteca-de-Seattle-2016-2 Figura 189: http://portfolios.uniandes.edu.co/gallery/57551799/CCANALISIS-UIFORMABiblioteca-de-Seattle-2016-2 Figura 190: http://portfolios.uniandes.edu.co/gallery/57551799/CCANALISIS-UIFORMABiblioteca-de-Seattle-2016-2 Figura 191: http://portfolios.uniandes.edu.co/gallery/57551799/CCANALISIS-UIFORMABiblioteca-de-Seattle-2016-2 Figura 192: http://portfolios.uniandes.edu.co/gallery/57551799/CCANALISIS-UIFORMABiblioteca-de-Seattle-2016-2 Figura 193: http://portfolios.uniandes.edu.co/gallery/57551799/CCANALISIS-UIFORMABiblioteca-de-Seattle-2016-2 https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-deFigura 194: seattle-oma-lmn http://portfolios.uniandes.edu.co/gallery/57551799/CCANALISIS-UIFigura 195: FORMABiblioteca-de-Seattle-2016-2 http://portfolios.uniandes.edu.co/gallery/57551799/CCANALISIS-UIFigura 196:

https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-de-

FORMABiblioteca-de-Seattle-2016-2 http://portfolios.uniandes.edu.co/gallery/57551799/CCANALISIS-UIFigura 197:

https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-de-

FORMABiblioteca-de-Seattle-2016-2 Figura 198: http://portfolios.uniandes.edu.co/gallery/57551799/CCANALISIS-UIFORMABiblioteca-de-Seattle-2016-2

https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-de-

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Figura 199: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-deseattle-oma-lmn Figura 200: http://portfolios.uniandes.edu.co/gallery/57551799/CCANALISIS-UIFORMABiblioteca-de-Seattle-2016-2 Figura 201: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-deseattle-oma-lmn Figura 202: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-deseattle-oma-lmn Figura 203: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-deseattle-oma-lmn Figura 204: https://www.archdaily.com.br/br/760866/centro-cultural-les-quinconcesbabin-plus-renaud Figura 205: h t t p s : / / i . p i n i m g . c o m / o r i g i n a l s / a 0 / 1 0 / b c / a010bc4bdc55d39573a70466402be463.jpg Figura 206: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/623933/biblioteca-central-deseattle-oma-lmn Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 207: Imagem retirada do aplicativo Google Earth Figura 208: Imagem retirada do aplicativo Google Earth Figura 209: Imagem retirada do aplicativo Google Earth Figura 210: Foto autoral por Fernanda Rebono Figura 211: Imagem retirada do aplicativo Google Earth Figura 212: Imagem retirada do aplicativo Google Earth Figura 213: Diagrama realizado por Priscila Amigo no programa Analysis Sol-Ar Figura 214: Diagrama realizado por Priscila Amigo no programa Analysis Sol-Ar Figura 215: Diagrama realizado por Priscila Amigo no programa Analysis Sol-Ar Figura 216: Diagrama realizado por Priscila Amigo no programa Analysis Sol-Ar Figura 217: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 218: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 219: Diagrama realizado por Priscila Amigo no programa Analysis Sol-Ar Figura 220: Diagrama realizado por Priscila Amigo no programa Analysis Sol-Ar Figura 221: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 222: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 223: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 224: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 225: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 226: Figura 227: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 228: Imagem retirada do aplicativo Google Earth e editada por Priscila Amigo Figura 229: Imagem retirada do aplicativo Google Earth

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Figura 230: http://redeglobo.globo.com/acao/noticia/2013/07/uma-das-maioresfavelas-de-sao-paulo-heliopolis-comecou-com-153-familias.html Figura 231: https://br.pinterest.com/pin/527343437591211438/ Figura 232: https://www.archiexpo.de/prod/free-kids-sc/product-147496-2109893. html Figura 233: https://www.pngwing.com/pt/free-png-bybqu Figura 234: https://www.pngwing.com/pt/free-png-ztohr Figura 235: https://www.wrglass.com.br/produto/perfil-wr-de-sobrepor-aluminioanodizado-fosco-vidros-de-12-e-16-mm-barra-de-3000-mm-com-borracha/codigo/03.26.558 Figura 236: https://br.freepik.com/vetores-gratis/conjunto-realista-de-placasde-vidro-transparente-em-branco-brilhando-quadros-isolados-no-fundo_3519664. htm#page=1&query=glass&position=0 Figura 237: https://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/construcao/aco-facil/ produtos/construcao/viga-i Figura 238: http://www.concrelaje.com.br/lajes-de-concreto/ https://br.pinterest.com/pin/498351514995386706/ editada por Priscila Figura 239: Amigo https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTM_ Figura 240: SPehwZtKKinut_7qv_NmoEz1nCitn38-A&usqp=CAU Desenho autoral por Alexandre Cremonezi Figura 241: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 242: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 243: Imagem retirada do aplicativo Google Earth Figura 244: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 245: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 246: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 247: Imagem retirada do aplicativo Google Earth Figura 248: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 249: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 250: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 251: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 252: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 253: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 254: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 255: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 256: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 257: Figura 258: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 259: Desenho autoral por Priscila Amigo Figura 260: Desenho autoral por Priscila Amigo

Figura 261: Figura 262: Figura 263: Figura 264: Figura 265: Figura 266: Figura 267: Figura 268: Figura 269: Figura 270: Figura 271: Figura 272:

Desenho autoral por Priscila Amigo Desenho autoral por Priscila Amigo Desenho autoral por Priscila Amigo Desenho autoral por Priscila Amigo Desenho autoral por Priscila Amigo Desenho autoral por Priscila Amigo Desenho autoral por Priscila Amigo Desenho autoral por Priscila Amigo Desenho autoral por Priscila Amigo Desenho autoral por Priscila Amigo Desenho autoral por Priscila Amigo Desenho autoral por Priscila Amigo

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