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Pescaria de chalana
Pescaria de chalana
de chalana, tudo começa mais ou menos dois ou três dias antes do dia verdadeiro da pesca, pois tem que se saber onde serão compradas as melhores iscas, as varinhas devem estar prontas, barcos e motores precisam estar em pleno funcionamento. Essa minha pescaria foi assim e um pouco ainda pior.
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Eu, meu pai, meu cunhado, além de meus tios, primos e amigos do meu pai, paulistas, iríamos pegar a chalana viais até a Barra, encontro dos rios Aquidauana e Miranda. Depois de tudo arrumado, partimos em direção à aventura. Ao chegarmos próximo ao embarque, passamos toda a carga para a chalana e, com todos a bordo, o dono da embarcação, Amigão, começou a subir o rio, mas, como estava tarde, não saímos para pescar e fomos dormir.
Quando acordei, lá pelas cinco horas da manhã, levantei, troquei-me e fui para o espaço da refeição. Como outros já estavam acordados, tomamos café e saímos para pescar, em pequenos barcos, divididos em grupos de cinco. Eu estava com meu pai e meu irmão. nossa última parada parecia promissora e, para minha sur pensém, assim como a maioria dos outros pescadores. Na diversão, o barco do meu cunhado foi batizado de “os tra-
uma vela nele e soltaram no escuro da noite, mostrando que, apesar de nada terem pescado, muito se divertiram.
No meio da noite, meu primo começou a gritar “socorro! socorro!”. Acordei assustado pensando que ele poderia estar se afogando, mas era apenas uma crise de sonambulismo, fato que fez todo mundo dar muitas risadas, menos ele, que permaneceu adormecido.
Ao acordarmos pela manhã, fomos pescar e conheci o Touro Morto: o primeiro lugar em que vi ser possível pegar piauvuçu em uma margem e juripoca na outra. Incrível! No e um pintado.
No terceiro dia, voltamos a descer o rio, pegamos mais peixes e, então, chegou a pior parte: a despedida daquele lugar incrível, apenas na certeza de que tudo tinha sido muito bom... para trás. Quando chegamos a Aquidauana, nos dirigimos para a lavração do meu pai e os carros (lotados de traias) para casa doze pessoas, todas fedidas, sujas de terra, cheirando a caranguejo e cocô de minhoca, exaustos, mas felizes, muito felizes. Passamos o caminho inteiro dizendo que segurança... Graças a Deus, tudo correu bem e a chegada foi tranquila.
Nessa viagem, vi paisagens maravilhosas, animais fantásticos, como jacarés, tuiuiús, peixes, garças, tucanos, lindas aves, capivaras, antas, emas e até a majestosa onça
pintada. Tudo isso que passou por meus olhos me deixou muito feliz, mas profundamente preocupado com o que estamos fazendo com a natureza por meio da caça ilegal, que mata milhares de animais todos os anos, criaturas lindas que são mortas em nome de modismo. Sem contar com a poluição e a ausência de cuidados simples, como por exemplo, cuidados para que se evitem atropelamentos de bichos nas estradas.
Isso me fez pensar por que não fazemos nada contra isso.
1º Lugar Ensino Fundamental II – Conto/2017 Aluna Luiza Ribeiro Romero Insfran Ocampos – 7º ano Instituto Educacional Falcão
Se o Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo e nós sul-mato-grossenses vivemos no pantanal, apreciado por estrangeiros do planeta inteiro, temos o dever de proteger e cuidar do que é nosso.
Percebi que moro em Aquidauana, a cidade do rio mais de bala que se joga no chão, no centro da cidade, acaba indo para o esgoto e, consequentemente, desemboca nas águas meus passeios futuros depende da maneira como me comporto em atitudes simples, como descartar adequadamente o lixo que produzo. Isso me pôs grilos na cabeça, mas um sorriso de esperança para o futuro.
1º Lugar Ensino Fundamental – Conto/2017 Aluna: Luiza Ribeiro Romero Insfran Ocampos – 7º Ano Instituto Educacional Falcão
Desenho (página 46) 2º Lugar - Desenho, Categoria Livre/2019 Autor: Keisi Sasahara Arimura
da manhã e Aquidauana já despertou. É primavera e nossas ruas estão todas decoradas com pétalas de todas as cores, é a melhor época do ano. Mesmo que seja tão cedo, o sol já nos acorda para apreciarmos tudo de bom que a estação oferece.
Após o almoço, decido que faz tempo desde que parei um pouco minha vida apenas para curtir a tranquilidade deste lugar maravilhoso, então vou para onde tudo é mais colorido: a praça da cidade. Lá encontro uma senhora de cabelos grisalhos e várias rugas em seu rosto que marcam sua longa vida passada. Ela já me deixa claro que não é daqui, usa uma camiseta dizendo o seguinte: Prazer, venho de São Paulo. Então, logo me sento em um banco ao lado. - Olá, menina, você é daqui? – Pergunta-me a senhorinha, com roupas de marca que nunca vi vender em cidades de interior como essa. - Sou, sim, senhora. – Respondo com gentileza, já como propósito de mostrar a fraternidade da cidade. Continuo: - Este é o Portal do Pantanal, onde há araras e onças, de todos que moram em cidades grandes como a sua podem ter descanso, que acredito que seja seu propósito ao vir para cá. - Não é ruim morar no meio do mato? Com todos esses animais e insetos e plantas venenosas? – Disse a senhora franzindo o cenho.
- Acho mais perigosas as cidades grandes, onde os determinados seres venenosos são as próprias pessoas, com suas conveniências cheias todos os dias até tarde, com gente que dirigirá em seu retorno para casa. Então, sim, eu pre dão uma beleza a cidade a qual não encontrei em nenhuma outra. - Eu lhe disse com orgulho desta cidadezinha na qual fui criada. - Olhe, minha criança, depois de tantas décadas que vivi, estas minuciosidades vão deixando de importar a cada dia. Tantos anos na multidão, que nem cogitei que poderia achar esta cidadezinha imensamente extasiante. Obrigada, pequena menina, por me lembrar de que as melhores coisas da vida estão onde menos esperamos. Que você nunca perca este brilho, que agora, graças a você, também brilha em mim. – Disse a senhora com sorriso nos olhos e gratidão em seu sorriso. Depois continuou: - Com certeza, querida, por menor que a cidade seja em comparação ao mundo, é como a vida, as pequenas coisas são as melhores. Você me ensinou a apreciar as belas péta
2º Lugar Ensino Fundamental – Conto/2017 Aluna: Gabriela Prado Cirqueira Leitão – 9º Ano Instituto Educacional Falcão
3º Lugar Ensino Fundamental – Desenho/2018 Aluna: Sandely Souza Plácido - 7º Ano Escola Municipal Ada Moreira Barros - Cipolândia Professora: Jacira da Cruz Silvério

O reencontro
ia perfeita, mas algo faltava e Elíase sabia disso. Não que a festa estivesse chata, mas algo estava diferente, então resolveu sair do salão e ir até o jardim, onde as estrelas pareciam dançar. Neste exato momento ela pensou: “E se alguém em outro lugar também observava o céu”.
Urálu também observava o céu, mas estava muito longe lho do braço direito do cacique, então já estava prometido a mal, mas não gostava da Iara. Ela era bonita, mas algo faltava nela – talvez algo que lhe encantasse. Tinha medo de contar a seu pai e sofrer com a fúria da Rainha das Águas.
Quando chegou à casa, Elíase levou uma enorme bronca Elíase teve uma ideia assustadora: fugir de casa e apreciar a vista do nascer do sol no horizonte do Rio Aquidauana.
Urálu andava calmamente nas margens do Rio Aquidauana, quando se deparou com a sombra de uma linda jovem de cabelos longos, que parecia estar chorando e perdida em pensamentos obscuros. Urálu pensou em se aproximar, mas tinha medo de aquilo fosse algum monstro invocado pela Rainha das Águas. Elíase percebeu que alguém a observava, mas tinha medo de encarar o breu em
que aquela noite havia se transformado.
De repente Elíase sentiu algo encostar-se em seu ombro. Então olhou para cima e viu que olhos cor de mel a encaravam. Urálu se encantou no olhar da jovem desconhecida e se perdeu em pensamento profundos, até perceber que ainda a encarava e a soltou.
Elíase não teve medo do olhar do jovem, pois sentiu como se já tivesse visto aquele olhar antes. Urálu perguntava-se mentalmente “quem era aquela moça?, De onde vinha? E por que estava sozinha às margens do rio chorando”, quando ouviu uma voz doce perguntando-lhe o seu nome. Elíase achou que o jovem não havia escutado a pergunta e, quando se preparava para perguntar novamente, só que mais alto, o jovem do olhar melado lhe respondeu que seu nome era Urálu.
Dessa vez foi Urálu que perguntou o nome da jovem moça, de olhar da cor da esmeralda e os lábios como rubis. A jovem de cabelos negros como a noite e o sorriso reluzente como estrelas lhe respondeu que seu nome era Elíase. Eles conversaram durante muito tempo, ela contou o porquê de estar ali, onde morava, entre outras coisas, enquanto o jovem índio apenas a ouvia e concordava.
Ao raiar do primeiro Sol no horizonte, a jovem adormeceu. Seu dia havia sido muito cansativo e passar a madrugada conversando com um estranho não havia ajuda e lisos e resolveu levá-la para onde disse que morava. Ao chegar ao lugar onde havia falado na noite passada, Urálu pulou o muro e a deixou na varanda, sobre uma coberta que havia pegado no varal.
Quando chegou à aldeia, Urálu percebera que algo estava errado, pois os índios guerrilheiros estavam armados, parecia atordoado. Entrou correndo na oca, onde se encontrava sua mãe e sua irmã e ambas estavam muito assustadas, então perguntou o que havia acontecido, sua mãe morresse, sua tribo teria que se dividir.
Elíase não aprovou a ideia de sua mãe acordá-la com gritos, avisando que elas teriam que ir à prefeitura para uma reunião de urgência. Como normalmente, sentou na cadeira de espera, próxima ao escritório de sua mãe, mas de repente ela notou que alguém a observava. Urálu não notara, mas estava encarando Elíase e só percebeu quando a garota se virou para ele, brava. A partir da encarada que estava com dor da perda de Iara, mas algo na aparência de Elíase o tranquilizava. Para não deixar passar em branco a imagem da garota de olhos de esmeralda e lábios rubi, Urálu lembrou-se da pulseira que Iara havia lhe dado na noite em que conhecera Elíase, e resolveu dar à garota dos cabelos negros, como o breu de uma noite, a pulseira para que sempre pudesse saber que aquela era Elíase.
Após a saída de Urálu, a mãe de Elíase foi conversar com ela e falou que a reunião se tratava sobre o brutal as escondido por sua mãe porque tinha medo que atrapalhasse.
virtude desse assunto, mas teve que recorrer a ela quando soube que teria que se casar com um índio da tribo de seu pai para salvar as pessoas que ali viviam.
Ela odiou a ideia, mas não podia deixar todas aquelas pessoas sofrendo. Para seguir o ritual, Elíase teve que se vestir com roupas típicas e esperar o seu noivo às margens do rio. A noite estava como no dia que conheceu Urálu e que os olhos da cor de mel a encararam e, na hora, ela se lembrou a quem pertenciam aqueles olhos: eram de Urálu. Neste momento, a lua apareceu vermelha como sangue e a cada sete anos eles voltam às margens do rio e refazem seus votos matrimoniais, evocando deferências à sorte de cada um e à honra de Iara.
3º Lugar Ensino Fundamental – Conto/2017 Aluna: Elisabeth D’ Ávila Alcântara de Oliveira – 9º Ano Instituto Educacional Falcão
Desenho (página 55) 3º Lugar – Desenho, Categoria Livre/2019
Maicon Gonçalves Soares

Onde passei a maior parte de minha vida
Ainda criança vim morar com meus pais em Piraputanga. Quando chegamos, não havia muitas coisas neste lugar, as ruas não eram asfaltadas, comércios eram poucos, tinha apenas um mercado e uma padaria.
Minha avó, que já morava há muito tempo nesse povoado, contava várias histórias interessantes sobre esse lugar. Disse que antigamente esse local era uma grande fazenda que recebeu vários garimpeiros em busca de diamantes, pois essa região tinha muitas pedras preciosas.
Nesse local, além das pedras preciosas, o que chamava atenção era a paisagem maravilhosa que se via, pois era cercada por serras e morros e um grande rio com muitos peixes. Devido à grande quantidade de um tipo de peixe chamado Piraputanga, deu-se o nome do lugar. Hoje, o lugar virou um ponto turístico pela beleza que ainda se preserva. Piraputanga evolui bastante, com várias casas de alvenaria, comércios, escolas, asfalto e uma grande praça no centro, onde os jovens se reúnem para conversar. Um dos lugares mais visitado é a chácara dos Mirantes que possui uma beleza espetacular e incrível.
Tenho orgulho de morar aqui, orgulho desse lindo lugar, orgulho de ser Piraputanguense.
1º Lugar Ensino Fundamental – Conto/2017 Aluna: Carla Taís Lopes Gomes – 7º Ano Escola Municipal Antônio Santos Ribeiro – Piraputanga
Aluno: Rilder dos Santos Barbosa - 9º Ano Escola Municipal Franklin Cassiano - Camisão Professora: Maria Bibiana Nunes Quevedo
