1 minute read

3.2 Objetivos

Next Article
REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

ficava lotado! Era muita gente pelo parque! Isso aí já não era mais Unidade Experimental. Era outra situação. A Unidade Experimental simplesmente parou. Ela parou de existir diante dessa coisa que tomou um vulto tão maior. (GOGAN e MORAIS, 2017, p. 229).

Luiz Alphonsus afirma com isto que a Unidade Experimental se tornou uma coisa orgânica, criou vida própria. Ninguém mandava mais naquilo. Ninguém comandava mais, ninguém. (GOGAN e MORAIS, 2017, p. 227).

Advertisement

Na mesma linha, Thiago Fernandes (2018, p.166) ressalta o depoimento do artista a Jessica Gogan, Alphonsus relata que a Unidade Experimental cresceu de tal maneira que não cabia mais na Sala 12 do Bloco Escola e, portanto, começou se expandir para fora do museu, desdobrando-se em manifestações artísticas participativas como os Domingos da Criação, uma série de manifestações criativas organizadas por Frederico Morais na área externa do museu e, também em outros eventos.

3.2 Objetivos

A UE pretendeu explorar ao máximo a capacidade lúdica do ser humano. (GOGAN e MORAIS, 2017, p.237). Segundo Frederico Morais (1995, p.310), a Unidade Experimental foi criada com os objetivos de:

[...] realizar experiências em todos os níveis culturais, inclusive científicos, sem distinção de categorias ou modos de expressão, com a intenção de buscar uma linguagem totalizadora; centralizar experiências concernentes à decodificação e codificação de linguagens; reunir todos aqueles que possam contribuir com sua experiência e trabalhos anteriores para a programação estabelecida e colaborar com outros setores do museu[...]. (MORAIS, 1955, p. 310).

Frederico Morais, também em publicação em sua coluna no jornal O Globo na época, afirma que:

A Unidade Experimental não fará nenhum tabu em torno de materiais novos, tecnológicos e coisas mais. A matéria-prima com a qual seus participantes trabalharão será o cérebro, se possível apenas o corpo será usado. Importará não os materiais ou instrumentos empregados, mas o pensamento, a proposta. Tudo poderá ser integrado nas experiências, mas nada será excluído a priori. Objetivo de todas as atividades: abrir e aguçar a percepção, propor novas formas de percepção. (MORAIS, 1969).

This article is from: