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A Unicamp vai transicionar

No slam o papel das mediadoras é central e cria essa experiência participativa. Se coloca desde o começo que não se aceita espectadores passivos, nós votamos, nós participamos com nosso envolvimento físico e sonoro de reação aos poemas que afetam, que gritam e rasgam a divisória imaginária de nossa visão condicionada onde a arte é um bem de consumo, que se vê através de uma tela, distante, seja a da televisão, a de tecido ou ainda as peles de papel como diria Kopenawa.

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As tecnologias da performance transgressora SLAMBALL

Aplaudimos e nos unimos gritando bordões de poemas ou do evento,

Respondemos

As tecnologias da performance transgressora

Ia, , respondemos de volta bellaAparecida

“a unicamp não vai mais ser esse lugar de exotização”, se depender de todos aqueles lá presentes que tem sua existência para além da norma branca cisheteronormativa e reivindicam a partir de sua arte, sua cultura, sua ciência, sua luta, isso não seria mais norma. “Esse espaço que é nosso por direito, direito que a gente não vai discutir mais, eu não quero ser burocrática, eu não quero mais 5 minutos ou 15 de falas, eu quero muito mais!

Eu quero escrever a história de mais outras irmãs que vão ocupar esse espaço”.

Eéissoqueacontece,oBall faz um marco e escreve o início de uma história da Unicamppossível.

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A euforia da plateia que grita e canta o que chanters pedem, que olham aquelas pessoas com um olhar e sentimento real de compreensão após as falas e admiração após a apresentação de suas potências. Esse é o processo educativo que falta na Unicamp, o ensino do afeto que afeta, aquele que ensina a TRANSgredir o que lhe é imposto e implica essa leitura e constante reescrita dos caminhos possíveis.

L o g o n o c o m e ç o d o B a l l e x i s t e t o d a u m a p a r t e d e d i c a d a a a l g o q u e e s t a b e l e c e : a q u i T R A N S g r e d i m o s a e x p e r i ê n c i a i m p o s t a , n ó s é q u e c o n t a m o s n o s s a h i s t ó r i a . C o m a a p r e s e n t a ç ã o d e h o u s e s e p e s s o a s d a c e n a , a q u e l e é u m e s p a ç o o n d e t o d o s p o d e m s e t o r n a r l e g e n d a r y ( l e n d á r i a s ) , u l t r a p a s s a r a p a r t i r d a p e r f o r m a n c e , d a e x p r e s s ã o , d a a r t e o e s p a ç o p e q u e n o q u e l h e é d a d o e n ã o a c o l h e p o t ê n c i a s t ã o g r a n d e s . 3 4

A Unicamp vai transicionar

O evento, desta forma, demonstra como as cotas trans e a luta pelo acesso à educação é uma luta também pela validade e valorização dessas experiências,

SLAMBALL As tecnologias da performance transgressora pela necessidade de ter um espaço público e institucionalizado de liberdade e criação conjunta de um conhecimento capazdehackearas estruturasexistentes.

A Unicamp vai transicionar

A luta, a articulação não para por aí. O evento é uma das várias articulações crescentes e constantes do Núcleo de consciência Trans (@nct_unicamp) pelas cotas trans, por esse projeto de uma faculdade mais diversa e portanto melhor, verdadeiramente pública e caminhando em direção à uma educação transgressora. É importante, a assinatura da carta ao reitor disponível na bio do NCT no instagram e, para aqueles que puderem, a doação para o pix (nucleodeconscienciatrans@gmail.com).

É preciso que a gente faça parte da mudança, que não se conforme com as realidades excludentes e esteja junto do Núcleo de consciência Trans e seus participantes nos movimentos e articulações propostas, somente com a experiênciaconjuntadelutaeacolhimento compartilhada por uma comunidade grande e vocal é que podemos promover uma transição tão grande e significativa. Considerefazerpartedessealgomaior.

Participem pix, carta ao reitor e eventos de articulação or fim, obrigado à quem leu e engajou com aquilo , seu papel no texto é tão grande ou ainda maior e por isso não sei o quanto agradecer, espero de também se possibilite esperançar e transgredir de experiências como essa, que mudam nosso m o mundo e encantam ao nos lembrar que os mais do que é dado. O mundo é nosso, basta nossa maneira é a da educação transformadora aliza e conversa com aqueles antes excluídos.

No decorrer de fazer esse texto percebi como ele é para mim e aqueles que se tocam por essas experiências e possibilidades. Este não é um projeto deslocado e sua posição me emociona, poder fazer parte de tudo isso é se ver permitir esperançar, questionar quem sou e quem somos como estudantes, professores e sociedade.

Agradeço ao N.C.T. por proporcionar esses espaços e com tanto esforço levantar pautas tão essenciais. Agradeço também às incríveis fotografias concedidas por Julia (@jumoretzfoto), Isabella (@cidocafotograf) e Cíntia (@cintia.rizoli), a imagem é mais uma das tecnologias aqui que pretendem criar essa sensação de inclusão do leitor ativo na descrição do evento e as fotos sensacionais ajudam demais essa minha tarefa.

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