Folk Magazine nº 09

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Ano 1 Edição 09 – R$ 5,90

GRAFFITI

A arte marginalizada

Coração

Os cuidados para seu coração não sofrer mais do que deveria

Halloween

Soltaram as bruxas, mas por que mesmo?

50 TONS DE CINZA

Um imenso degradê de sentimentos

ANOS INCRÍVEIS

trinta e um meu, mãe cola e o melhor da escola

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editoria

TRINTA E UM MEU! São incríveis as coisas que fazemos quando somos crianças. A falta de medo, as aspirações, os ídolos, as vontades, as crenças. Um que demora a cair por terra é a Fada do Dente, por exemplo. Ali entrava o destemido, quando todos nós tirávamos força e coragem, ninguém sabe de onde, para ultrapassar a barreira do medo e da dor para poder dormir com a esperança de ganhar o valor merecido por aquele dente que estava ‘mole’. E a recompensa vinha normalmente na economia que nunca desvaloriza: em doces, o combustível da hiperatividade infantil e o mesmo utilizado como moeda de troca por momentos mais calmos. Nossos pais são muito ingênuos! Com o passar dos anos, nossos ídolos caem, nossos medos aumentam, nossas aspirações são colocadas em cheque pela dura realidade da vida, que não incentiva o aumento do número de astronautas, bombeiros, guitarristas, princesas, mas mostra que o mundo precisa de mais concreto e menos abstrato. E desse concreto saem as profissões, que são apresentadas aos pequenos que, a partir dali, deixam de ser crianças para viver um mundo que não é tão colorido como deveria ser. E dizem que aos 20 e poucos anos chegamos à flor da idade, mas eu discordo. Ou até concordo.

O importante mesmo é salientar que nessa época, em que somos um pequeno broto sem frutos, é que floresce o sorriso mais sincero de nossas vidas. É ali que caem as lágrimas mais cheias de sentimento e quando aprendemos a nos espelhar no que vemos. Acabamos crescendo sem ser o que queríamos, mas nos adaptamos para ser o melhor possível dentro do que nos é apresentado. Que as futuras gerações aprendam que a expressão “tirar doce de uma criança” não é algo que deva ser fácil porque o mundo visto pelos olhos delas é muito mais bonito, puro e amável para se viver. Na edição desse mês teremos outra grande festa, não tão brasileira quanto o carnaval, mas que está ganhando espaço: o halloween. Temos também música, filmes e gastronomia com um dos melhores restaurantes da capital. Outubro vai deixar saudade com sua delicadeza e seu ativismo, além de arte e tudo o que você espera de uma boa edição da FOLK. [E que você sempre encontra!] Boa leitura e um ótimo mês para todos. André Fiorani Eterna criança, sem o mesmo pique.

Expediente

Contato para assinaturas, aquisição de exemplares avulsos e anúncios: andre@folkmagazine.com.br www.folkmagazine.com.br (41) 9644 9677

Fotógrafa: Gráfica:

Mensal São José dos Pinhais e Curitiba André Fiorani André Fiorani Amanda Malucelli (Viajão), Carla Franco, Julia Alcântara, Felipe Belão (Fala Mestre), Naiana Silva, Ligia Fiorani, Naiara Fachini, Vitor Malmann, Camila Collita, Andreia Pisco, Flávia Cruz, Camila Carbornar Nina Vilas Boas Phalcom

* Todos os direitos do material impresso são reservados. O uso parcial ou integral do material publicado somente será permitido com a autorização prévia da FOLK magazine.

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Periodicidade: Circulação: Editor-chefe: Diagramação: Colaboradores:

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Ano I, Edição n.º 09, Outubro 2012

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sumário

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2012 OUTUBRO tecnologia

8 GEAR UP! 9 GEAR UP! men

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cases de sucesso

12 música 14 gastronomia

16 para ouvir, comer e ver 18 esporte 19 gestão

20 viagem: nova york 22 saúde

24 cultura 25

calendário cultural

26 arte

28 mundo

30 CAPA 36 estilos 37 tendências

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40 sociedade

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42 colunas

44 cidade

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tecnologia

Famoso nas redes sociais por sua aparência física, o rapaz fotografado enrolado em um cobertor é muito mais que um rosto bonito

Sim, ele tem nome, sobrenome, família e já foi modelo fotográfico. Estamos falando daquele que, inicialmente, foi chamado de “O mendigo Bonito de Curitiba”. Rafael Nunes, 30 anos, foi protagonista de mais uma “febre” de compartilhamentos nas redes sociais e virou notícia em jornais, programas de televisão e sites de todo o país. Todo mundo quis saber quem era o rapaz bonito, de olhar penetrante e traços finos, fotografado enrolado em um cobertor. Para deleite geral, a história dele foi contada, porém, não rendeu tantos “curtir” quanto à imagem, quase artística, que uma turista em visita à capital paranaense tirou dele e postou no Facebook. Após 50 mil pessoas terem tido conhecimento da existência de Nunes pela internet, sua “fama” também trouxe à tona uma triste realidade. Até então, a exposição de Rafael na foto emblemática tinha rendido apenas comentários acerca de sua beleza ariana e pelo fato de ser morador de rua, nada mais. Só então a família dele se pronunciou para explicar a situação miserável em que Rafael se encontra. Vagando pelas ruas da cidade, ele é vítima de um problema social gravíssimo: o vício no crack. Usuário de drogas desde a adolescência, há um ano virou mendigo e (sobre)vive em um dos pontos turísticos de Curitiba. A mãe, em entrevista para um programa de televisão, diz que já tentou de tudo para ajudar o filho, sem sucesso. O pai, deficiente visual, tinha medo de sair de casa e não estar para receber o filho caso ele resolvesse voltar. Sua irmã conta que ele abriu mão de muitas coisas por causa da dependência química. Hoje, um conformismo intragável parece ter tomado conta dos familiares. Na casa onde vivem a única coisa que restou de Rafael são as lembranças. Rafael já teve uma chance, mas a utilizou de maneira negativa. Há 10 anos, a esperança de recuperação veio com o trabalho, quando foi contratado por uma agência para ser modelo. A beleza, que tanto chamou a atenção das pessoas nas últimas semanas, já estampou anúncios e catálogos. Só que Rafael fez uma escolha e usou o dinheiro que ganhou para comprar mais drogas. Resultado: 18 clínicas, nenhuma melhora. Sem conseguir elaborar mais de duas frases coerentes, a televisão mostrou o que a rede social não conseguiu. Entrevistado, falou de forma desconexa assuntos embaralhados. Em um milésimo de lucidez, disse que a família lhe deu uma boa

educação, mas não se lembrou de comentar que já havia tentado matar seus pais. No Facebook, virou piada assim como a música do Michel Teló, o vômito do Justin Bieber e tantos outros temas irrelevantes que vemos sendo compartilhados diariamente. Com venda nos olhos, o riso foi inevitável diante da pergunta: como ele pode ser um mendigo se tem olhos azuis? Incrivelmente, temos a capacidade de achar que o belo está imune às agruras da vida e muitos duvidaram que o mendigo em questão fosse realmente um mendigo. Internado em uma clínica no interior de São Paulo, hoje é Rafael quem deve estar se perguntando o que será dele neste mundo estranho. Eu apostaria que curado ele perderá a fama, mas certamente será mais feliz.

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por Patricia Pavloski Perez, em especial para a Folk Magazine

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beleza

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Uma dica aos que buscam coleções inspiradas e com uma boa dose de ousadia são os sapatos e as bolsas (novidade!) da marca gaúcha Louloux – “sapatos colecionáveis”. Criativos e com detalhes que fazem toda a diferença, a marca traz modelos para todos os gostos e já conquistou clientes nas principais capitais do Brasil e do exterior, como Paris, Nova Iorque e Milão – mas não se assuste, os preços são bem honestos.

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acessórios, gadgets e o que cabe na bolsa

Em Curitiba, a Louloux volta e meia aparece em lojas temporárias em Curitiba. Mas se você não quer esperar, a dica é a loja virtual: louloux.com.br

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A MAC, mais uma vez, traz um mimo ao seu público. Chega no mês de novembro deste ano a coleção “Guilty Passions”, que traz mini kits para olhos e boca, caprichando não apenas nas cores e pigmentos metálicos, mas também na embalagem. São seis opções, três para os olhos (Brilliantly Cool, Tenderly Warm e Sweetly Smoky) e três para boca (Lavish Rose, Cocktail Coral e Nicely Nude). Uma ótima dica para presente!

Para quem quer das um “up” no visual, tanto de festa como no dia a dia, invista nos cintos metalizados. Trazendo brilho ao look, o cinto traz feminilidade e glamour à composição. Aposte no dourado!

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beleza

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O futebol e o sonho da criança de ser jogador andam juntos desde Charles Miller. Todavia, o sonho de ser jogador sentado no sofá é mais recente. Para acabar essa vontade de criança de ter os atributos de um mix de Neymar, Messi, Pelé e Cristiano Ronaldo, saíram do forno dois games que são as melhores versões de suas edições. Tanto FIFA 13 quanto PES 13 exploram a realidade e estratégias da paixão nacional. O primeiro, particularmente preferido para quem tem gosto pela proximidade com a detalhes e visual, é o atual líder de vendas. O segundo, por sua vez, é para quem procura uma versão mais dinâmica do nosso querido futebol. A briga por qual é melhor existe há muitos anos. Mas a verdade é que um não anula o outro e ambos são ótimas pedidas para sanar a vontade de um bom jogo.

Falando em jogo, parece que a criatividade do ser humano nunca será saciada. Que bom. Uma prova disso é o novo gadget que pode ser acoplado ao iPad e transforma seu tablet em uma mesa de pinball portátil. O acessório está fazendo muito sucesso no exterior e pode ser encontrado no site: duo-games.com/products/duo-pinball e custa 60 dólares. Prato cheio para os saudosistas dos tempos de arcade.

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o espaço do homem no guarda-roupa

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Gear Up!

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Bebete é a marca da designer de acessórios curitibana Renata Accioly. Recentemente, Renata resolveu abrir uma loja virtual, sempre pensando na exclusividade de suas peças (ela produz no máximo 5 peças de cada e grande parte delas são peças únicas!). O maxi colar (da foto), que mistura o colorido, o rosa neon, a sobreposição de correntes e o dourado é a cara do verão, seguindo as tendências da estação, mas não se limitando a elas. De acordo com a designer, “é importante ficar atenta às tendências, pesquisar. Mas imprescindível mesmo é colocar a sua identidade na peça, é algo que vem lá do fundo, não tem nada a ver com estudo, é quase instintivo.” Para encontrar as peças: www.bebeteshop.com.br Valor dessa peça: R$ 229,00

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cases de sucesso: vidofer

Muito mais do que apenas coletar sucatas, o grupo Vidofer preocupa-se constantemente em pesquisar, desenvolver e adquirir tecnologias de ponta em coleta, armazenagem e transporte, a fim de propiciar parcerias de qualidade e garantir a excelência em seus serviços.

Nossa empresa presta serviços de Gestão de Resíduos com padrão de Qualidade na forma competitiva, em conformidade com as melhores tecnologias e de acordo com as legislações pertinentes.

Empresa com grande no hall em serviços ambientais para clientes privados e públicos, a Vidofer disponibiliza de corpo técnico habilitado a atender de maneira segura e com a mesma credibilidade mantida a 38 anos de experiência.

Buscamos atender as necessidades e expectativas de nossos clientes, através do aprimoramento contínuo dos seus processos, com o objetivo de atingir os resultados almejados com ética e respeitando às questões de saúde, segurança e meio ambiente.

Todo esse conhecimento e dedicação ao cliente levam a Vidofer a ser a pioneira em logística de compra e venda de sucatas metálicas e outros materiais ferrosos e não ferrosos.

A Vidofer tem como objetivo difundir e consolidar o gerenciamento de resíduos, dando sua parcela de colaboração ao Meio Ambiente e à sociedade. Seriedade, esforço e organização tem sido nossa base para obtermos êxito e consolidação nesse mercado. SOLICITE-NOS UMA VISITA E CONHEÇA MAIS UM POUCO SOBRE O GRUPO VIDOFER.

A empresa presta serviços indispensáveis para a conservação do meio ambiente, por meio da implantação e execução de serviços, criando, sugerindo e adaptando métodos e procedimentos, desenvolvendo equipamentos voltados para coleta, transporte e armazenagem segura.

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O grupo Vidofer está sempre na vanguarda do seu segmento.

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música

por: Andreia Pisco

“Não é que apenas achamos que somos a maior banda do mundo. Mais que isso, achamos que estamos muito, mas muito a frente do segundo colocado”. A afirmação é do vocalista do Led Zeppelin, banda lendária que revolucionou perspectivas do rock e explorou de forma inesperada os ouvidos de seus aficionados ao apresentar ao mundo um vocalista que explodia nos palcos e no imaginário dos anos 70.

Robert Plant lota estádios e casas de shows muito mais pela indiscutível representatividade de sua voz na história do rock do que pelos seus novos trabalhos. Desde que o lendário Led Zeppelin terminou em 1980, Plant fez vários trabalhos solos, mas são poucos aqueles que compram seus ingressos sem esperar ouvir “Black Dog”, “Rock and Roll” ou “Whole lotta love”. Os sucessos do Zeppelin são inesquecíveis e a mísera oportunidade de ver ao vivo parte daquela magia já emociona os fãs. Antes da morte do baterista John Bonham, asfixiado com o próprio vômito, a banda era louvada em todos os cantos do mundo. Led Zeppelin recebeu diversas categorizações entre

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folk music e heavy metal, tem cinco discos na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame e quase todo mundo conhece algum sucesso seu, nem que seja o batido e inexplicável Stairaway to Heaven. Acontece que Plant envelheceu e fez o inacreditável, aprimorou sua musicalidade e enriqueceu seu rock com instrumentos inusitados, sem deixar ninguém esquecer porque é considerado um dos maiores vocalistas da história. Muito mais contido do que nos anos de Zeppelin, não deixa dúvidas de que os anos lhe fizeram um bem incontestável. Os fãs do furacão Zeppelin, que combinava Plant com John Bonham, considerado por muitos o maior baterista da história e Jimmy Page, um monstro da guitarra, podem não ter a mesma paixão pelo novo atual trabalho do vocal, mas devem reconhecer que há maturidade nele. O disco Band of Joy é uma justificativa sonora para as rugas de Plant e uma versão madura do rock ‘n’ roll. Assim como Joe Cocker, Robert Plant amadureceu magnificamente e mostrou tanta categoria e beleza ao evoluir em suas composições que nos leva a acreditar que sua arrogante frase, verbalizada em tempos de Zeppelin, apenas ilustrava seu longevo brilhantismo. Que Plant demore para encontrar as portas da escadaria para o paraíso. Amém.

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música música Eles chegaram para colocar Curitiba no mapa da música. Até que enfim. por: Flávia Cruz

Os quatro integrantes da banda Subburbia são muito amigos e não separam o trabalho da diversão, coisa que, para eles, andam juntos. Costumam encontrar-se para conversar sobre diferentes assuntos: de cultura pop atual a ícones consagrados. Andam juntos e veem-se todos os dias. O sebo de Emil é um dos pontos de encontro, e foi lá, no sótão da loja, que começaram as festas e bagunças. Eles buscam levar aos shows o mesmo clima de amigos e diversão e, com isso, realizam apresentações sempre muito intensas, conquistando a plateia. A FOLK conversou com Marina Penny, vocalista e guitarrista da banda: FOLK: Como se chamam os integrantes da banda e qual instrumento cada um toca? Marina: Eu no vocal e guitarra, Emil no vocal e baixo, Vir na bateria e Ernani nos synths. FOLK: Por que “Subburbia”? Tem algum significado especial? Marina: “Suburbia” é uma música do Pet Shop Boys. O Emil, que deu o nome à banda, ADORA o Pet Shop Boys! FOLK: Quando e onde vocês começaram a banda? Marina: O Emil começou a banda em 2008. O Ernani entrou em 2010 e a Vir e eu em 2011. Desde então a gente não parou de produzir! FOLK: Qual foi o primeiro single de sucesso? Marina: “You’re Not Getting Younger”. FOLK: Todas as músicas são de autoria própria? Quem são os compositores da banda? Marina: Sim, todas as músicas são compostas por mim e pelo Emil.

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FOLK: Recentemente a Subburbia conquistou espaço na MTV, certo? Como vocês conseguiram chegar até lá? Marina: Sempre vi a MTV dar espaço para bandas independentes. Não existe uma fórmula para que seu vídeo passe lá. Você manda o vídeo e se eles curtirem acaba passando. FOLK:Vocês tem previsão para novos lançamentos? Marina: Estamos produzindo algumas músicas com participações nacionais e internacionais, que provavelmente serão lançadas em setembro. Estamos também, nos últimos meses, negociando um tour internacional pra 2012/2013! FOLK: Algum recado para os antigos e novos fãs? Marina: Obrigada por entenderem! Tem gente que nos acha uma banda difícil, eu acho tão pop! (risos). Somos de verdade e todo o sentimento nas músicas e vídeos vem inteiramente de nós. Acredito que os fãs saquem isso e preferem nos ouvir a ouvir qualquer outra banda do mainstream. Isso deve querer dizer alguma coisa: talvez, que as pessoas estejam à procura de algo realmente interessante e verdadeiro ou, simplesmente, estão ficando mais inteligentes!

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gastronomia

Restaurante Manu: a magia dos sabores Apostando em uma gastronomia inovadora e extremamente saborosa, que mescla conceitos modernos da culinária mundial com sabores tipicamente brasileiros, a jovem chef curitibana Manu Buffara, conquistou rapidamente os amantes da boa culinária na capital paranaense e despertou a curiosidade, também, nos turistas que desembarcam em Curitiba. “O projeto do Restaurante Manu foi inspirado em alguns dos principais restaurantes do mundo, entre eles o dinamarquês Noma e o restaurante Le Chateubriand, de Paris. Esses empreendimentos tratam a gastronomia como arte, transformando as refeições em uma experiência exclusiva e repleta de sensações. Tendo estas características como ponto de partida, conseguimos fidelizar o nosso público, pessoas que vão para um restaurante em busca de muito mais do que uma simples refeição”, conta Manu Buffara. Em janeiro do ano passado, Manu reuniu toda a experiência adquirida após atuar em alguns dos principais empreendimentos gastronômicos do mundo e inaugurou o seu primeiro restaurante na cidade de Curitiba: o Manu. Com pouco mais de um ano de história, o restaurante já acumula vários prêmios e rendeu para Manu Buffara o título de Chef

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por: Nai Fachini

Revelação do Ano, segundo eleição do Guia Quatro Rodas Brasil 2012. Entre os destaques do Restaurante Manu está o menu degustação, uma sequência de pratos servidos em porções menores, prática muito comum em restaurantes da Europa. “O menu degustação, que conta com opções de quatro, seis, oito, doze e quatorze preparos, permite que o cliente conheça o restaurante profundamente, saboreando um número maior de pratos. Além disso, esta característica faz com que os clientes permaneçam mais tempo dentro do restaurante, aproveitando o ambiente e saboreando a refeição com tranquilidade”, detalha a chef. E para aqueles que acham que as inovações do Restaurante Manu já se esgotaram, Manu Buffara conta que os próximos anos serão repletos de novos sabores e sensações. “A equipe do Restaurante Manu vive em um constante processo de estudo, buscando técnicas e preparos que possam trazer muitas inspirações para o nosso cardápio. Neste segundo ano da nossa casa, continuamos apostando nos conceitos e nas práticas que deram certo durante 2011 e que nos fizeram ganhar o respeito e a admiração dos amantes da gastronomia. Tenho certeza que esta é a nossa fórmula para o sucesso”, completa a chef Manu.

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gastronomia Formada em Chef de Cuisine - Restaurateur e Administração Hoteleira pelo Centro Europeu e pelo Corso Professionale de Cucina – ICIF, em Costiglioli D´Asti (Itália), Manu Buffara trabalhou em alguns dos principais restaurantes da Itália, entre eles o Ristorante Gualtiero Marchesi, o Ristorante da Vittorio e o Ristorante Guido. Manu ainda conta com passagens por restaurantes norte-americanos, entre eles o famoso Alinea, do chef Grant Achatz, em Chicago; atuou como Chef Corporativa da Rede de Hotéis Deville durante três anos; e foi eleita, em 2007, chef revelação do ano pela Revista Gula. Atualmente, além de comandar o Restaurante Manu, Manu Buffara leciona nos cursos de gastronomia do Centro Europeu, uma das principais escolas de profissões da América Latina.

Prêmios * Chef Revelação do Ano– Revista Gula (2007) * Cozinha Contemporânea (Restaurante Manu) - Veja Curitiba Comer & Beber (2011) * Chef 5 Estrelas – Prêmio Bom Gourmet (2011) * Chef Revelação do Ano – Guia Quatro Rodas Brasil (2011)

Alameda Dom Pedro II – 317 – Bairro Batel www.restaurantemanu.com.br

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entretenimento

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PARA OUVIR

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COMER

Tudo Tanto

Up the Bracket

Subway

Um dos principais nomes da chamada “Nova MPB”, Tulipa ganhou notoriedade no disco “Efêmera”, um dos melhores de álbuns de 2010, e que tem canções belas como “Pedrinho”, “Ás Vezes”. Em “Tudo Tanto” Tulipa Ruiz manteve as principais características de seu disco antecessor, o que é o grande trunfo, e ainda trouxe algumas novas influências em arranjos e até em como ela interpreta as canções. O destaque fica com a faixa que abre o disco “É”, mas Ruiz traz ainda belas parcerias, como “Dois Cafés” com ninguém menos do que Lulu Santos, além de outras três faixas em parceria com o coletivo carioca Chocotones. Quem assina a produção é Guilherme Ruiz, irmão da cantora, que ainda tem na sua banda o seu pai. Musica boa parece ser o negocio da família Ruiz, e para nossa sorte, eles tem investido pesado. Devido ao seu sucesso, Tulipa Ruiz está ganhando cada vez mais espaço no cenário mainstream da música nacional, todavia, com a decadência do mercado fonográfico, pode ser difícil encontrar material dela por aí. Por isso, a melhor forma de conhecer a cantora é baixando esse disco, de graça, em seu endereço tuliparuiz.com.

Calma, eu sei que o álbum não é um lançamento. Na verdade, no mês de outubro “Up The Bracked” completaou uma década de existência, e esse é o motivo dele estar aqui. Considerado pela imprensa inglesa um dos mais importantes álbuns da década passada, o debut do Libertines deu uma chacoalhada no cenário britânico, que aquela altura era dominado por Strokes e White Stripes, e fez com que a Inglaterra ressurgisse com um bom representante na cena, que era a maior novidade da década. A referência direta ao escutar as musicas de “Up The Bracked” é sem dúvida o The Clash, conterrâneo da banda. As faixas são rápidas, diretas, com guitarras quase mal tocadas, mas com uma melodia tipicamente britânica que você não vê mais hoje em dia. No embalo dessa comemoração, uma revista inglesa fez o cd inteiro com covers, naquele esquema em que cada um escolhe uma faixa e grava. Para quem comprar a revista no Brasil ela vem com o cd na capa, ou então você pode encontrar o cd completo na internet, buscando por links da revista NME.

Sanduba. Não tem muito que inventar. Subway vende sanduba e pronto. Mas quem disse que isso é algo ruim? Muito pelo contrário. A marca norte-americana está presente em mais de 100 países e atende diariamente, em média, mais de seis milhões de clientes. Podendo ser considerado um restaurante pela variedade [matemática] de possibilidades de comer um sanduíche, a marca entrou nos últimos anos numa briga ferrenha com outros estabelecimentos de fast food por uma fatia do mercado que está disposta a gastar menos pelo lanche rápido. Com isso, vieram as opções “Baratíssimo do Subway”, que, ao preço de R$ 5,95, alterna sabores e atualmente está com recheio de peito de frango, e o “Subway do Dia”, a R$ 7,95 com um recheio diferente para cada dia da semana. Para quem não conhece, o sistema é simples: você escolhe o tamanho, o pão, o recheio, os extras [caso queira], as saladas, molhos e temperos e os denominados “artistas do sanduíche” o montam. Com inovações nos sabores, a marca tenta emplacar novos permanentes em seu cardápio, como é o caso do “Sabor Churrasco”, que entrou para ficar. Esse é o Subway. Sanduíche para todos os gostos. De agridoces a salgados, inclusive no preço.

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recomendado

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entretenimento

& VER Hanna

Título Original: The Amazing Spider-Man Ano: 2012 Direção: Marc Webb Com Andrew Garfield, Emma Stone e Rhys Ifans Sinopse: Peter Parker (Andrew Garfield) é um rapaz tímido e estudioso, que inicou há pouco tempo um namoro com a bela Gwen Stacy (Emma Stone), sua colega de colégio. Ele vive com os tios, May (Sally Field) e Ben (Martin Sheen), desde que foi deixado pelos pais, Richard (Campbell Scott) e Mary (Embeth Davidtz). Certo dia, o jovem encontra uma misteriosa maleta que pertenceu a seu pai. O artefato faz com que visite o laboratório do dr. Curt Connors (Rhys Ifans) na Oscorp. Parker está em busca de respostas sobre o que aconteceu com os pais, só que acaba entrando em rota de colisão com o perigoso alter-ego de Connors, o vilão Lagarto. Opinião: Peter, na nova franquia, é um adolescente, interpretado de forma divertida por Andrew Garfield, que leva todos os méritos pela parte cômica desse Peter mais cool. O roteiro em si gira em torno da transformação de Peter Parker, que dessa vez é picado pela tal aranha, quando entra em uma das salas da Osbourne, curioso por um símbolo visto em umas pastas de seu pai. O início justiceiro é parecido com os filmes anteriores, mas com algumas boas novidades, como Curt Connors, que nessa versão era amigo do pai de Peter, e que tenta desesperadamente encontrar uma forma de regenerar membros. No caso, seu braço. A formula para que isso fosse possível foi entregue a ele pelo próprio Parker, e ai entra mais um drama que se resolverá lá no fim. nessa versão temos ainda Gwen Stacy, que é muito bem interpretada por Emma Stone, que dá o balanço entre o humor e o drama.

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Dark Shadows

Título Original: Dark Shadows Ano: 2012 Direção: Tim Burton Com Johnny Depp, Michelle Pfeiffer e Eva Green Sinopse: O filme conta a história de uma família ameaçada por uma terrível maldição. Ainda em 1752, o casal Joshua e Naomi Collins e o jovem filho Barnabas (Johnny Depp), partem de Liverpool, na Inglaterra, para começar uma nova vida na América o que a princípio parece dar muito certo. Barnabas se torna um homem rico, poderoso e muito popular. Sua vida vai muito bem até que ele comete o grave erro de partir o coração da bela Angelique Bouchard (Eva Green). A jovem é na verdade uma bruxa que como vingança, transforma o playboy em um vampiro e permite que ele seja enterrado vivo. Opinião: Uma da parcerias mais conhecidas do cinema na atualidade, a dobradinha Burton/ Depp parece ter se desgastado um pouco em Sombras da Noite, bem como o tipo feito por Johnny Depp. Aqui Depp é Barnabás, transformado em vampiro depois de se envolver com a bruxa Angelique Bouchard (Eva Green). Vivendo em um mundo desconhecido, Barnabás se apaixona, mas vive refém do amor da bruxa que o amaldiçoou no passado, e desses encontros e desencontros com personagens fantásticos muito bem colocados por Burton, temos na verdade uma historia de amor não correspondido, por mais ou menos 300 anos. O roteiro apresenta alguns furos, é verdade, mas as reclamações por parte dos críticos são quanto aos trejeitos de vampiro. O filme cumpre o papel de divertir com o terror-comico que a dobradinha já citada consegue fazer como ninguém. E só.

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Homem-Aranha

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O Espetacular Água Para Elefantes

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esporte

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por Patricia Pavloski Perez

Talvez a primeira referência do sumô para a maioria dos leitores é Edmond Honda, da série de games e desenho animado Street Fighter, iniciada na primeira metade dos anos 90.

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esporte

Karina Reis é membro da Sociedade Brasileira de Coaching, licenciada pela Behavioral Coaching Institute (BCI) e diretora executiva da Cannoh Coach, empresa especializada e referência no processo de coaching. Karina também é especialista em desenvolvimento humano e graduada em administração de empresas.

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Todo líder, pessoa que está no papel de liderar equipe ou uma corporação, possui duas principais funções: gerar resultados e otimizar recursos. Isso é alcançado por meio de visão estratégica e tomadas de decisões, ambas baseadas no pleno conhecimento do negócio que se tem em mãos. Entretanto, para realizar todas as tarefas relacionadas ao cargo que se ocupa, é necessário ter algumas características fundamentais, porém não mais importantes que a saúde física e mental do indivíduo. Na opinião da coach Karina Reis, todo líder precisa ter uma boa saúde cognitiva, ou seja, a saúde de pensar. “Quanto mais saudável e otimizado estiver o cérebro, maior será a capacidade de tomar decisões com facilidade”, comenta a profissional. Segundo ela, a maior parte das pessoas está no piloto automático, cuja consequência é o envelhecimento precoce da mente e diminuição da saúde cognitiva. Para desenvolver a saúde da mente e poder usufruir com mais qualidade da criatividade, criar soluções dinâmicas, manter-se leve em um dia turbulento, e encarar conflitos com mais imparcialidade, é extremamente importante ter momentos de diversão no dia a dia. É isso mesmo! “A saúde cognitiva depende da produção de novos neurônios e ela pode ocorrer de forma bastante simples: brincando! A fonte da juventude está nas brincadeiras de criança, ou seja, o profissional deve se desafiar constantemente, aprender coisas novas, praticar um novo esporte, conhecer uma nova língua, dar mais risada, trabalhar o equilíbrio, enfim, se divertir!”, explica Karina Reis. Depois dos 20 anos de idade, as pessoas deixam de fazer esse tipo de atividade por acreditarem que o tempo dessas “brincadeiras” já passou. É aí que elas se enganam, pois a diversão deve estar presente em todas as fases da vida. “No trabalho de coaching desenvolvo junto com os líderes a quebra de crenças que os impedem de buscar atividades em que possam obter melhor saúde cognitiva. Entender a importância de dar risada e se divertirem”, lembra a coach Karina Reis. O desempenho nos negócios está diretamente ligado com a condição psicológica da pessoa, por isso momentos de descontração são extremamente importantes. Grandes ideias e soluções criativas geralmente têm raízes, mesmo que invisíveis, nestes momentos de lazer e novas descobertas.

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por: Nai Fachini

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viagem

Y NY

TODOS

por: Amanda Malucelli

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Digo, repito e só confirmo – a segunda vez numa grande cidade é sempre melhor! Sem a ansiedade de conhecer todos os pontos turísticos, a gente se permite conhecer aquilo que nunca está no top five, mas que acaba virando o cinco estrelas das nossas recomendações. Comece sempre por aquilo que ficou faltando na primeira vez. No meu caso, Brooklyn! Nova York não seria Nova York sem o Brooklyn, e a vida além de Manhattan se mostrou tão ou mais interessante. Williansburg é o bairro do momento, cultura jovem, descolada, ilustres desconhecidos, artistas e intelectuais, um prato cheio! Equivalente pra mim ao bairro do Marais de Paris, e pode apostar que estava tão faceira quanto. A atração por lá nos fins de semana é o Artists and Fleas - uma feira/ bazar de artistas locais, com direito a gravuras, roupas vintage e objetos de valor incalculáveis! Não é muito extensa e vale cada minuto perdido. Importante reservar um tempo para apreciar os tipos que passam por lá, estilo e figurino é o que na verdade faz a atração principal! Ande não mais que uma ou duas quadras – com vista para a ilha e destaque para o Empire State – e chegue ao Flea Market, uma feira de produtos locais e orgânicos, de dar água na boca desde as criancinhas até os junk food addicts. Mais uma vez o estilo dos transeuntes é o que dá todo sabor á coisa. Pausa para fotos com vista pra ilha. Vale voltar pelo um pouco e se perder a vontade nas ruas Bedford e também 6a e 7a.

Entre lojinhas, bazares de rua, cafés e estúdios particulares. Destaque para a Shoe Market e a DNA Footwear – Paraíso de sapastos originais e de boa qualidade, desde os confortáveis moccasins slippers até os mais Lady Gaga imagináveis. Apesar do investimento não ser dos mais baixos, pelo menos você garante que não está pagando em dólar por uma mal paga mão de obra da China. Só cuidado pra não escolher um modelo brasileiro, porque ai tambem… viajar pra que né?

Um caso a parte são as livrarias! Uma delas é a Spoonbill and Sugartown Booksellers, famosa pelos livros de arte, design, em meio a literatura, moleskines e edições especiais como o livro “Paris versus New York” do artista Vahram Muratyan – talvez o livro que mais me crie questionamentos na vida, e isso só pelo título! Por ali ainda, na 213 N 8th St; a Brooklyn Winery permite conhecer a produção local de uma charmosinha vinícula urbana. Mas Williansbourg fica do outro lado do Brooklyn que estamos acostumados a ver, além da Ponte de Willianbourg. Vale a pena um passeio a parte, quando for para atravessar a Ponte do Brooklyn. A travessia deve ser feita a pé e curtida passo a passo no pôr-do-sol! Nem que seja preciso descer do metrô uma estação antes, na Brooklyn Bridge - City Hall, ou (como a minha família que estava cansada demais para andar até lá) - pedir que o táxi o deixe em frente a ponte. A visão é incrível nessa ponte gigantesca, recortada e extensa, em que a cada passo e ângulo a vista muda, mas cuidado! O trânsito na ponte é um tanto quanto tumultuado. É mão-dupla de pedestres de um lado e mão-dupla de ciclistas de outro, então pense que pra tirar uma foto bem no meio é preciso cuidar com

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saúde Depois da travessia sentido Manhattan Brooklyn você encontra o Brooklyn Heights, região onde estão a Dumbo Art Center, sorveterias, lojas de chocolate e restaurantes no Brooklyn Bridge Park, depois a região do Fort Greene, Downtown Brooklyn e mais adiante o Prospect Park, região da Atlantic Avenue, boa de passear, do Jardim Botânico, Zoológico e Museu do Brooklyn. Estavam todos na minha lista, mas como tem sempre que deixar algum motivo pra voltar, confesso que passei batida por estes pontos - depois de muito fazer a família andar - enquanto me perdia numa típica região negra-latina-brooklyniana, com direito a ônibbus escolares amarelos, cheios de criança, em uma típica cena do seriado“Todo mundo odeia o Chris”! Foi divertido também!

as bikes e quem sabe segurar alguns pedestres atrás das câmeras. Se duvidar ainda passa um senhor estilo Woody Allen – no quesito mau-humor – e te empurra pra cima de uma bike propositalmente, só pra te mostrar que você está atrapalhando! Mas não se acanhe! É um ótimo cenário para tirar fotos pulando e enviar para a coluna Vamos Pular do viajão (souviajao@gmail.com).

Amanda Malucelli é publicitária, aprendiz de cinema, filha de agentes de viagem e não perde uma chance de colocar o pé na estrada! Atualmente escreve no Blog Viajão (www.viajao.com), onde conta estas e muitas outras histórias de viagem pelo mundo!

Destino: NOVA YORK 6 dias / 5 noites

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Ah... o coração! Ele é dono de muitas poesias, músicas e desenhos por ser o símbolo do amor. O coração ganhou esse posto por acelerar seus batimentos quando se está próximo de uma pessoa que nos provoca aquele certo nervosismo desconcertante que todo mundo gosta. Se bem que, na verdade, o verdadeiro responsável pelo comando de nossas vontades e sentimentos é o cérebro... mas essa é outra história. Para o coração continuar acelerando por causa de algum nervosismo bom, ele tem que estar saudável. A obviedade dessa afirmação entra em contraste com os dados de óbito no Brasil e no mundo – doenças cardiovasculares correspondem à primeira causa de morte da população em geral. A doença arterial coronariana, caracterizada pela obstrução total ou parcial das artérias coronarias, as quais são responsáveis por levar o sangue para o próprio músculo cardíaco, é a principal causa de morte cardíaca. Dificuldade em respirar, angina de peito (dor, peso, queimação ou aperto no peito), alterações do ritmo cardíaco e palpitações (batimentos cardíacos irregulares e/ou rápidos demais) podem indicar algum problema cardíaco. A função do coração, que é bombear o sangue para todo o corpo, é comprometida principalmente pela hipertensão, que é a pressão arterial elevada. Além da hipertensão, outros fatores de risco mutáveis para doenças cardiovasculares são o fumo, a alta ingestão de álcool, de sal, de açúcar, de carne, de gordura trans e de gordura saturada, o sedentarismo, a obesidade, o colesterol elevado e o diabetes. Os fatores imutáveis dizem respeito à hereditariedade, à idade e ao sexo. Filhos de pessoas que apresentam doenças cardiovasculares são mais propensos a desenvolver a mesma doença, doenças do coração são mais comuns em pessoas com mais de 65 anos e ainda os homens

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por: Camila Carbornar

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são mais propensos a sofrer um ataque cardíaco prematuro do que as mulheres apesar deste quadro estar mudando nos últimos anos. Exposição ao sol, vinho tinto e chocolate amargo, todos de forma moderada, podem ser recomendados. Dormir de seis a oito horas por dia também faz bem. Enfim, não há desculpas para não prevenir doenças cardíacas haja vista que sua prevenção é como o amor visto pelos olhos de uma criança – é simples !

Escute seu coração. Felicidade e saúde andam juntos.

Manter uma dieta saudável, evitando comidas calóricas, principalmente gorduras e frituras. Ingestão de 2 litros de água por dia e a prática regular de atividade física (e não apenas nos finais de semana), como caminhadas e corridas são as recomendações do especialista. “Se as pessoas soubessem a importância dos exercícios físicos, não deixariam de fazê-los nunca mais”, disse o doutor Luciano Reges, cardiologista.

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Mr. Grey, o homem que as mulheres inventaram

por: Nai Fachini

Pelo mundo afora, foram mais de 40 milhões de exemplares comercializados. Só aqui no Brasil, já somam 300 mil. Desbancou, em junho, o pop Harry Potter, quando ganhou o título de impresso mais rapidamente vendido em todo o planeta. É disparado o maior best-seller dos últimos tempos. Estamos falando de “Cinquenta tons de cinza”, da britânica Erika Mitchell (ou simplesmente E L James). O livro, que promete mudar sua vida sexual, conta a relação de uma jovem com um misterioso multibilionário. É um romance apimentado entre uma mulher inocente, porém sarcástica, e um homem bonito, inteligente e atraente que tem uma visão diferente diante dos relacionamentos convencionais. É um Romeu e Julieta proibido para menores, com narração em primeira pessoa e muita fluidez textual. A jornalista Ângela Domingues está na lista dos apreciadores da boa leitura. Logo que o livro chegou ao Brasil, tratou de comprá-lo. “Comprei o primeiro livro porque adoro romances e porque ele estava na lista dos mais vendidos. Achei a história clichê, mas nem por isso menos interessante, afinal romances sempre são clichês. Mas conversando com as minhas amigas (90% delas leram o livro), percebi que ele nos faz pensar sobre os relacionamentos de hoje. Nós passamos a vida alegando independência, vivendo nossa vida de um jeito individualista até, mas no fundo buscamos alguém que cuide da gente. Além disso, tem a questão das fantasias sexuais, das

preferências: Muitas mulheres identificam-se com a personagem principal, que não conhecia nada e de repente se vê diante de um mundo sensual que ela nem sabia que existia e acaba gostando de verdade. Nós não podemos nem admitir nossas preferências em voz alta, afinal ainda vivemos em uma sociedade que recrimina esse tipo de comportamento. Mas a verdade é que cada uma de nós se apaixonou por um pedacinho do Mr. Grey.” A consultora de marketing, Maria Eduarda Bossini, também leu “Cinquenta tons de cinza” e garante que é leitura obrigatória para mulheres e homens contemporâneos. “Eu adorei. Realmente é uma narrativa envolvente e com uma fluidez textual incrível. Quando a gente percebe, já leu todo o livro”. Ficou com aquele gostinho de quero mais? Corra para a livraria mais próxima!

A Corrente Cultural é o resultado do diálogo entre agentes culturais e instituições públicas, iniciado em 2008, com o objetivo de valorizar e promover a diversidade cultural em Curitiba e dar visibilidade aos espaços culturais da cidade. Segundo a ONU, a diversidade cultural é uma das bases da cultura da paz. Com início no dia 5 de novembro, a Corrente Cultural comemora o Dia Nacional da Cultura, unindo participação, lazer, discussões e estímulo ao desenvolvimento artístico de cada um – porque ninguém nasce artista, mas todo mundo tem um pouco de artista. Com uma programação que contempla tanto atrações, como locais dos mais variados, o objetivo é alcançado de forma mais satisfatória a cada ano. Cada vez mais pessoas participam do evento e são atingidas positivamente pela arte, ainda mais pelo incentivo de as atrações serem, quando não gratuitas, de baixo custo.

A Virada da Corrente é o ápice Corrente Cultural. São 24 horas de programação artística no centro da cidade. É mesmo de virar o dia embalado pela arte! No ano passado tocaram em palcos montados no centro da cidade, entre outras bandas, A Banda Mais Bonita da Cidade (PR), Marcelo Jeneci (SP), O Teatro Mágico (SP), e, para encerrar em grande estilo, Ultraje a Rigor (SP). Esse ano a Virada vai acontecer nos dias 10 e 11 de novembro, encerrando o festival que, reforçando, tem início no dia 5. É só ficar atento para saber quais serão as atrações musicais dessa edição da Virada. Com a Corrente Cultural, os espaços culturais da cidade, que no evento são integrados, ganham destaque com as diversas espécies artísticas. Dá para perceber melhor a dimensão cultural que a cidade aqui do lado tem. Além disso, a Corrente Cultural acaba sendo a catalisadora de programas que podem ser feitos também fora de temporada – Curitiba tem arte o ano inteiro!

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cultura

A trilogia do ano pode ser encontrada em português e em inglês nas livrarias da cidade.

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calendário cultural Mulheres de Almodóvar Vermelho Onde: Teatro Positivo Preço: inferior R$ 125 (R$ 65 meia) superior R$ 105 (R$ 55 meia) Quando: 10/11 às 21h15

Em Vermelho, cuja direção é de Jorge Takla, Antonio Fagundes contracena com o seu filho, Bruno Fagundes. A peça é sobre o artista russo Mark Rothko, e sobre a convivência e a troca de experiências entre mestres consagrados com artistas jovens, parte significativa da realidade da Nova Iorque dos anos 50, década em que a peça se passa. Um dos pontos do texto é a universalidade do dilema entre o artístico e o comercial.

Onde: Espaço Cia do Palhaços Preço: R$ 20 (R$ 10 meia); 1kg de alimento na sessão das 18h de sábado Quando: 02/11/2012, às 21h 03/11/2012, às 18h 03/11/2012, às 21h 04/11/2012, às 20h Uma comédia sobe as mulheres, inspiradas nas personagens femininas encantadoras e fortes do diretor espanhol Pedro Almodóvar. Os principais filme usados na base do roteiro foram “A Pele que Habito”, “Volver”, “Tudo Sobre Minha Mãe” e “Mulheres A Beira de um Ataque de Nervos”. A peça trata com bom humor a complexidade do gênero, as crises e neuroses do cotidiano, e satiriza com a simplicidade da vida ou a complexidade que dela fazemos. A representação de mães, filhas, santas, levianas, profanas, apaixonadas, sórdidas, guerreiras, fazem toda mulher se identificar com as mulheres de Almodóvar.

Circular

Com prêmios de melhor ator, melhor roteiro, melhor montagem e melhor fotografia, e estrelando Leticia Sabatella, Cesar Troncoso, Santos Chagas, Marcel Szymanski, Debora Vecchi, Luiz Bertazzo, Bruno Ranzani e Gustavo Pinheiro, o filme Circular chega aos cinemas de Curitiba. O filme mostra maneiras distintas sobre o que fazer nos dias que passam, e tempos distintos nos quais um dia pode durar. No filme, 5 personagens de realidades distintas se cruzam em um ônibus, que pode mudar as suas vidas para sempre.

+ O Teatro Mágico (Curitiba Master Hall, 10/11 – abertura da casa às 21h) + Flogging Molly (Curitiba Master Hall, 11/11 – abertura da casa às 19h) + Spetacolo (Guairinha, 16/11 – às 20h30) Folk09.indd 25

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A exposição coletiva reúne 10 artistas que desenvolvem propostas conjuntas desde 2010. A exposição sugere uma nova forma de relação com as edificações urbanas, através de obras que representam um combate ao excesso de imagens atual e apresentam referências à cultura popular com convite a reflexões sobre o fazer artesanal. As propostas, tensas ou apaziguadoras, e desenvolvidas em pinturas, remetem aos monstros que cada um alimenta dentro de si e os monstros que rodeiam a cidade. Onde: Museu Municipal de Arte de Curitiba - MuMA Preço: entrada franca Quando: até 13/01/13, de terça-feira a domingo, das 10h às 19h

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Monstros

Onde: UCI - Shopping Estação Espaço Itaú - Shopping Crystal CinePlus - Jd. das Américas Preços e horários: a verificar nos cinemas Quando: já em cartaz

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arte

por: Nai Fachini

foto por Fernando Cersar

“Através do Graffiti eu compartilho parte de quem eu sou. Me entregar e ocupar um espaço, deixar meu sentimento, minha história, minhas marcas.

Um estudante de teologia que passou pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. A primeira inspiração surgiu dos gibis, com a simples ampliação das imagens. Aos poucos, Cleverson Paes Pacheco, também conhecido como Café, foi criando a própria arte. Com o estilo graffiti, hoje sua arte encontra-se estampada Brasil afora. Café é o responsável por painéis em diversos eventos e empreendimentos, entre eles o Festival de Dança de Joinville (em 2009), o maior festival de dança do Brasil. O artista, que virou o queridinho de Curitiba, constantemente participa de eventos, e o melhor, sempre a convite. As gigantes Red Bull, Marlboro, Sprite e Ford também convidaram o artista para colorir, com sua arte particular, painéis, fachadas em lojas fixas ou eventos especiais. Mas a arte de Café também é itinerante. A ALL (America Latina Logística) convidou o artista para a pintura coletiva de dois vagões. “O estilo de cada grafiteiro está entrando em lugares até então inacessíveis para esse segmento”, afirma Café. Outro projeto de destaque é o “Arte na Faixa”, realizado em Curitiba, com diversos artistas. Na oportunidade, Café ilustrou a faixa de pedestre na esquina da movimentada rua XV de Novembro com a Conselheiro Laurindo. Mas o hall das artes de Café é muito mais extenso do que se imagina: ele vai do autódromo ao skate park, da galeria de arte à virada cultural de Curitiba, da Mostra Morar Mais de Arquitetura à feira de construção. E assim é o trabalho de Café: dinâmico, contemporâneo e extremamente marcante!

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O Graffiti é a minha vida.” - Cleverson Paes Pacheco (Café)

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mundo

ou por: Camila Carbornar

E por que responder “gostosuras”? No século IX as pessoas preparavam o chamado “bolo das almas” para dar às crianças nesse dia. Em troca de cada pedaço, os pequenos comprometiamse a rezar pela alma de um parente daquele que lhe ofereceu o agrado. Hoje em dia, os doces são simplesmente doces, sem toda a carga simbólica, mas não custa fazer a alegria de uma criança – ou das pessoas com coração de criança chegadas num doce.

Há resistência em relação à comemoração dessa data no que tange à cultura do próprio Brasil. O argumento é que a cultura brasileira é bastante rica e o mais adequado seria vivenciar e celebrar os folclores do país, e não a tradição distante e importada. Mas, como a própria cultura está em constante movimento, o que não seria adequado mesmo é frear a absorção natural de outras culturas e tradições, até porque ignorá-las seria uma escolha unicamente excludente. Do dia do índio ao Halloween, quanto mais comemorações melhor!

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Abóboras, velas, vassouras, morcegos, bruxas. A campainha toca e a dica é responder à pergunta das crianças, fantasiadas, com doces nas mãos. É 31 de outubro, Halloween! A comemoração dessa data, bastante difundida em países de língua anglo-saxônica, é recente em nosso país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza. Mesmo assim tem ganhado força devido à influência da cultura norte-americana, que acabou difundindo a tradição nascida na Irlanda. Dia 1º de novembro é o dia de todos os santos, um dia de valor sagrado, extremamente positivo, cheio de luz e de força. Por esse motivo, seitas acreditavam que o mundo seria ameaçado na véspera do evento por demônios e fantasmas. De tradição pagã, o Halloween nasce com o simbolismo de afastar, com figuras bizarras, os maus espíritos que ameaçariam a colheita. Só num segundo momento, e por ter essa relação com o mundo dos espíritos, é que o Halloween foi associado a bruxas e feitiçarias. No Brasil, a data ganhou o nome de “Dia das Bruxas” e a crença de que almas saem do túmulo para amedrontar. As abóboras fazem referência ao desalmado irlandês Stingy Jack, que pregou uma peça no diabo. O desfecho dessa história resultou no pacto de que Jack não mais seria incomodado pelo “lá de baixo”. Por isso, quando morreu, Jack não foi aceito no inferno e tampouco no céu, já que fizera um acordo com o diabo. Sua alma ganhou um nabo com carvão, que lhe serviria de lanterna. Ao chegar à América do Norte, o formato da lanterna foi transformado em uma de abóbora com coesões humanas.

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OUTUBRO DA BOA CAUSA por: Camila Carbornar

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realizar a mamografia anual aos 35 anos, cinco anos mais cedo do que as mulheres que não se encaixam nesse perfil, e que devem realizar o exame clínico das mamas a partir dos 40 anos. Quanto mais cedo o câncer de mama for diagnosticado, maior a chance de o tratamento ser bem-sucedido, motivo pelo qual o autoexame de mama e as idas ao médico são tão importantes. Mas diagnóstico precoce não é prevenção. Prevenção é a mudança dos fatores de risco modificáveis, que são: peso corpóreo elevado, consumo excessivo de gordura e de álcool, sedentarismo, ter o hábito de fumar, fazer uso corrente de contraceptivos orais e reposição hormonal por mais de 10 anos. Como o cuidado deve ser constante, esse ano a campanha, no Paraná, adaptou o símbolo do laço para o símbolo do infinito – a cor rosa de outubro deve ser estendida a todos os meses.

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Nesse mês, o rosa está não só nas ruas, mas também no Jardim Botânico! Em outubros passados, o Cristo Redentor, a Torre de Pisa, o Arco do Triunfo e até as Pirâmides do Egito já foram iluminadas de rosa! É que outubro é o mês da realização da campanha mundial “Outubro Rosa”, que tem como objetivo a conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico rápido do câncer de mama, segundo tipo de câncer mais freqüente no mundo (atrás do câncer de pulmão) e o mais comum entre as mulheres. No Brasil, o câncer de mama é o tumor que mais mata as mulheres. E é nesse ponto que a campanha exerce um trabalho fundamental – a taxa de mortalidade ainda é elevada justamente pelo diagnóstico tardio da doença. Outubro Rosa é uma campanha mundial que teve início na década de 90, nos Estados Unidos, e é realizada pelo terceiro ano no Brasil. O nome remete à cor do laço rosa, símbolo mundial da luta contra o câncer de mama. No Paraná, estão sendo realizadas palestras sobre prevenção da doença nas escolas de Ensino Médio, caminhadas com as mulheres que já tiveram câncer, distribuição de fitas rosa, conscientização sobre a importância do autoexame, além da iluminação em cor-de-rosa de alguns locais. Especificamente em São José dos Pinhais, que tem a taxa de mortalidade em função do câncer de mama abaixo da média nacional, as unidades de saúde orientam sobre a doença e realizam mamografias. Mulheres acima dos 50 anos e com histórico de câncer de mama na família são as mais propensas a desenvolver a doença. Além disso, a questão da fase reprodutiva também influencia – longo tempo de sucessivos ciclos menstruais aumenta o risco de desenvolver a patologia. Por isso que menstruar pela primeira vez antes dos 11 anos, parar depois dos 50 e ter a primeira gravidez depois dos 40 são fatores que, no mínimo, duplicam o risco. Mulheres que se enquadram nesse perfil devem começar a

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Fotografia: Nina Vilas Boas Produção: Allan Ponciano Assistência de produção: Nicolas Kinoshita Modelos: Pedro Henrique Juk Chagas, Ana Laura Martins, Gabriela Monterosso, Moises Pinho (Staff Models) Vestem: Joy e Fábula (loja Anatê Moda Infantil) (41) 3044-4237 Apoio e locação: Restaurante Aldeia do Beto - Alto da XV (41) 3262-0840

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Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz. Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.

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Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.

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Ás vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.

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E eu me sinto completamente feliz. Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

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NADA DE GEOMETRIA, A NOVA MODA É GEOGRAFIA.

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A moda, por vezes, renova-se e é futurista; por outras, volta no tempo. A moda é uma bagunça ordenada por tendências que vêm a cada estação e vão com a mesma velocidade, tentando mostrar não somente como as pessoas devem se vestir, mas possibilidades que as pessoas não viam antes. Possibilidades estas a serem adaptadas para a vida real das pessoas. A moda está em todo canto, em todo lugar, em todos os países, até quando parece não existir. Não existe lugar no mapa que não tenha moda. E agora, graças à estilista britânica Elisabeth Lecourt, parece que até os próprios mapas viraram inspiração para fazer moda. A coleção de Lecourt, toda inspirada nesses instrumentos, traz vestidos e robes com o intuito de fazer o que a moda faz de melhor: causar estranheza ao mesmo tempo em que inova seu conceito. Tá aí uma boa pedida de presente para aquela professora de geografia que você gostava tanto quando era criança. O Google Maps agradece.

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TUDO AZUL Estampada nas páginas de revista, como a Vogue, e peça coringa no armário das fashionistas, a camisa de algodão no tom azul celeste é a nova queridinha da estação. Antes símbolo dos trabalhadores, a versão atual ganhou ares aristocráticos. A peça, que não é nenhuma novidade aos homens, migrou muito bem ao público feminino. Por ser uma peça básica, aposte em acessórios para que a composição não fique com cara de uniforme.

E pra embrulhar, vai o quê? Skinny com camisa azul é a combinação mais pedida. Mas você pode inovar. As calças coloridas ou o simples jeans podem ser acompanhantes inseparáveis da peça, podendo ser usada por dentro ou fora da calça. Bolsas? Vai também. Com calça branca, tente uma bolsa marrom. Faça o melhor uso da sua camisa que ficará tudo azul.

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E para acompanhar a tendência, aqui estão várias opções, algumas Hollywoodianas, inclusive.

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A HORA É AGORA

por: Nai Fachini

Quem esperava uma oportunidade para comprar móveis novos ou redecorar a casa deve aproveitar: agora é a hora. A compra de mobiliário novo é favorecida pela isenção do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado), para móveis, prorrogada de 30 de setembro para o dia 31 de dezembro. A alíquota, que era de 5% até março deste ano, hoje está em zero e os preços baixos fazem com que esse seja o momento ideal para realizar reformas de ambientes, sejam eles escritórios, home theaters, quartos ou cozinhas. Segundo Liskelli Oliveira, proprietária da Top Design, empresa com cinco anos de mercado e com quatro sedes em Curitiba, a extensão do prazo proporciona uma nova chance para aqueles que desejam trocar os móveis, mas ainda não tinham aproveitado a redução. Para aproveitar esse benefício de maneira inteligente, otimizando o espaço, a dica é optar pelos móveis planejados. “Com a isenção do IPI, todas as lojas de móveis reduzem os preços, porém o que pouca gente sabe é que os móveis planejados também oferecem ótimos descontos”, afirma Liskelli. A vantagem dos móveis planejados, quando comparados com os de catálogo, é a personalização conforme o gosto e necessidade do cliente. Além disso, ajudam na praticidade do ambiente e ainda podem ser uma opção barata, basta procurar o local certo. Liskelli explica que os móveis planejados estão super acessíveis atualmente, pois como são encomendados conforme as medidas do espaço não há desperdício de material. Tudo é fabricado a partir das especificações do projeto. “Não existe perda de espaço ou o risco de um móvel não encaixar perfeitamente, ou seja, os móveis planejados ganham em qualidade e custo-benefício”, garante a sócia-proprietária da Top Design. O processo para reformar ou comprar móveis planejados é bem simples e rápido. Começa por meio de uma conversa com os projetistas da loja que irão apresentar as possibilidades e novas tendências para cada cômodo. Depois, é agendada uma visita à residência do cliente para o cálculo das medidas e desenho do mobiliário. Em alguns dias o projeto é desenvolvido e encaminhado junto com o orçamento para a aprovação do cliente. Uma vez aprovado, o projeto segue para a fábrica e os móveis são entregues e instalados entre 15 e 20 dias úteis. “Quem pretende reformular a casa ou o ambiente de trabalho, mas está sem ideias, a dica é visitar nossas lojas e conhecer os showrooms. Temos uma série de espaços com as últimas tendências lançadas no mercado moveleiro. É a hora de começar a idealizar mudanças”, finaliza Liskelli.

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Redução de impostos sobre móveis possibilita reformular ambientes da casa por preços mais acessíveis

Para manter a beleza Entre os cuidados de limpeza, o mais comum é a retirada do pó dos móveis. Naqueles constituídos de madeira, o mais indicado é a utilização de um pano macio seco ou levemente umedecido com água. “Para a retirada de manchas pode-se usar pano umedecido com água e sabão neutro”, indica Liskelli. Conforme a quantidade de pó depositada sob o móvel, é importante fazer movimentos suaves para que os grãos de poeira não risquem a superfície. Para aqueles que gostam de dar um brilho a mais nos móveis de madeira, vale lembrar que óleos como o de carnaúba não funcionam em móveis pintados, uma vez que a tinta impossibilita a absorção da cera”, complementa.

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Os três ambientes têm algo em comum.

Começaram assim:

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COLUNA SOCIAL Naiana Silva

Fotos da exposição Ser criança é...

com Rosane Gondro, Shopping São José e Loja Toni Toys

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ição

...

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Escrever, ensinar e amar

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Coisas que passam pela minha mente na madrugada da semana de lançar mais um livro: entregar uma obra para o mundo é compartilhar um pouco de todo amor que tenho para oferecer. Cada convidado, cada pessoa que chamei conta com meu carinho, de um jeito ou de outro. É um imenso presente do tempo poder compartilhar tudo isso. É um tipo de doce razão de viver. E, assim como em minha missão de professor, acredito no poder transformador desse amor por compartilhar. Pois pode chover “granito” lá fora, pode haver desencontros no mundo, pessoas sem senso de humor e um universo de todos nós mal-compreendidos, pode haver tudo isso que as letras estão lá em sua missão sagrada de próspera eternidade. Sim! Há um quê de eternidade em quem escreve, nas palavras que ficam. Pois em um parágrafo alguém pode se encontrar e perceber que ninguém está sozinho em sua intensidade. Minha passagem por esse mundo é desse tipo: feita de ser intensamente, fazer acontecer e, mais importante de tudo, compartilhar nesse caminho todo o que aprendi e senti. Meu olhar jamais acabará ou fenecerá enquanto outros olhos se encantarem em meus personagens. Sem medo de ser o que decidi, sem pedir passagem e sempre me apaixonando em cada esquina das curvas de minha vida cheia de guinadas. Sou um tipo não-sério e nada cauteloso que só sofre se não sentir nada. Mas como de nada coisa alguma é feita. Há uma porção de coisas para ser e muito ainda que escrever nessa fantástica viagem de dividir meu amor com você.

Felipe Belão é professor e escritor do livro MONÓLOGOS DE MENINO Você encontra o livro Vitrine de Sonhos na FNAC do Shopping Barigui, Rede Saint Germain, Banca do Batel, Leia Bem do Shopping Mueller, Banca Bom Jesus e outras livrarias.

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por: Marianna Greca

Quando eu era criança, brincando de fazer bolinhas de sabão na casa da minha avó, fiz uma pequena descoberta que mudou minha visão sobre o mundo. Eu observei que, todas as bolinhas eram, independente do formato, beleza e tempo de duração, finitas. Alguns anos atrás, essa constatação adquiriu um novo sentido. Uma professora da faculdade propôs o seguinte exercício: Ao encontrar um problema ou frustração, a pergunta que deve ser feita é: “sinceramente, o que é que está me incomodando?”.

E o que eu mais gostava na brincadeira das bolhas de sabão era que o formato da próxima sempre me surpreendia. Eu tinha em mãos infinitas possibilidades. E elas continuarão sendo assim, enquanto houver ação minha. Isso sim tem a ver comigo. E aí? O que, de fato, está te incomodando?

E quer saber a minha resposta?

Como diria Charles Chaplin: “cante, chore, dance, ria, viva a vida intensamente antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.A vida é uma peça que não permite ensaios. Não espere. O presente de hoje, muito em breve, também será apenas uma lembrança. O tempo é tão curto quanto a existência de uma bolha de sabão. “

Tudo é efêmero demais para o meu gosto. Aquela sensação de “acabou”, sabe? O presente já é passado.

O ar, o sabão, e as formas estão aí. E o que você está esperando para preencher a sua vida com felicidade?

E eu, com seis anos de idade, amava cada bolhinha de sabão como se fosse a última. E meu esforço para sua preservação era sincero, desesperado.

(esse texto foi escrito e lido na homenagem aos ausentes, na formatura de Publicidade e Propaganda PUCPR, em 2011).

E frustrado. E mais difícil que preservar a bolhinha de sabão, era me conformar que essa conquista nunca se concretizaria.

E como ensina a história da caixa de pandora da mitologia grega, quando todos os males escapam do nosso controle, a esperança sempre permanece no fundo da caixa.

Marianna Greca é publicitária e nerd assumida. Social Media, webwriter, tradutora , desenhista compulsiva e escreve para o site Vila Mulher, do Terra. Tão louca por Internet quanto pela Ilíada. Acredita que assumir a maternidade do mundo é o melhor caminho para a felicidade.

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O problema é que toda ausência é, inexoravelmente, irreparável. Mas, ao mesmo tempo, seria injusto não mencionar a quantidade de bolhas de sabão que infestavam a casa da minha avó naquela brincadeira. Na dor da ausência, às vezes não percebemos a riqueza.

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Não importava o meu merecimento, dor e ânsia. Porque a ausência daquela bolinha de sabão, nada tem a ver comigo. Ela acabou, porque, assim como tudo na vida, é finita.

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Festival Literário movimenta a XV

Festival Literário de São José dos Pinhais

Em São José dos Pinhais, os preparativos para a 2ª edição do Flijo, o Festival Literário de São José dos Pinhais estão a todo vapor. Marcado para acontecer entre os dias 5 e 10 de novembro, o festival terá como principais atrativos a presença de nomes nacionais da literatura infanto-juvenil como o escritor Pedro Bandeira, que retorna ao festival, Flávio de Souza, criador de séries de TV como “Castelo Rátim-bum” e “Mundo da Lua”, Paula Pimenta, uma revelação nacional, entre outros. Além da entrada gratuita e presença dos autores em palestras, o Flijo trará, assim como na primeira edição, um atrativo para os visitantes que é a venda de livros a partir de R$1, em uma ação de incentivo à leitura para todas as idades. Christian Bundt, secretário municipal de Cultura, cuja pasta é responsável pela organização do evento, explica a importância da programação popular e de livros com preços acessíveis. “Queremos popularizar o livro e formar novos leitores, além de inserir São José dos Pinhais no cenário nacional de lançamentos editoriais”, completa. Márcia Kupstas, uma das autoras convidadas para o evento, mostra-se bastante animada. “Eu gosto muito desse contato com o público. Completando quase 30 anos de carreira, acho que o resultado desses festivais é fantástico, principalmente quando o escritor chega para completar um trabalho já feito. Tenho certeza de que o Flijo será um trabalho sério e quero muito matar a curiosidade da molecada”, comenta. Márcia é uma autora de reconhecido talento

na área da literatura juvenil, com mais de 80 títulos publicados entre eles O Primeiro Beijo; Eu Te Gosto, Você Me Gosta; Madra Madrinha; Sapo de Estimação. Uma das novidades na edição de 2012 do Flijo é que os alunos de escolas públicas cuja visita for agendada para o festival serão presenteados com um vale-livro, um incentivo para que as crianças voltem para casa levando algo do evento. “Nós já distribuímos 4 mil vales para os alunos e os professores também devem receber cerca de 500 vales”, afirma a bibliotecária Monique Martins, uma das responsáveis pela organização do Flijo. A distribuição do vale foi proporcionada pelo Instituto Renault, patrocinador do evento.

Edição do Flijo de 2011 trouxe diversos autores para o contato com o público (Foto: João Fernandes)

A Prefeitura de São José dos Pinhais, por meio da Secretaria de Cultura, estimula as práticas musicais nas suas diferentes formas. Dentre as quais podemos destacar a Banda Marcial, que completou 21 anos de atividades; o SanjoMusic, festival de rock e sertanejo que ocorre anualmente; futuramente a OSJP, Orquestra de São José dos Pinhais, e o Coral Melodia, apoiado pela Secretaria de Cultura. O Coral Melodia promove este evento anualmente que agora chega à sua 7ª edição, com a participação de, ao menos, 5 corais. A música brasileira é um misto de diferentes raças, ritimos, culturas e crenças. Prova disso é o repertório escolhido pelos corais para este 7º encontro, que contém gêneros musicais que vão desde o popular ao gospel. Muito se fala sobre a

pouca valorização da boa música no Brasil, mas os grupos que fazem parte deste evento são a prova de que existem pessoas comprometidas em cultivar a alta cultura musical brasileira. A data do Festival é 25 de bovembro de 2012 e você pode encontrar mais informações no site da prefeitura em www.sjp.pr.gov.br.

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8º encontro de corais coloca música na cidade

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Em 2011 o Festival foi um sucesso. (Foto: PMSJP)

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Grafite: um grito de comunicação A origem do grafite para alguns estudiosos do tema data da época da Arte Rupestre, onde aqueles desenhos feitos nas cavernas são considerados os primeiros grafites que se tem notícia. O nome grafite inclusive, deriva do italiano sgrafitto, que significa rabisco, ranhura. Para outros entendidos do assunto, a gênese do grafite está na periferia de Nova Iorque e da Filadélfia e tem início na década de 60, quando jovens negros e latinos sofreram um boicote da grande mídia estadunidense ao deixar de veicular nas rádios o rap, estilo musical ligado a essas culturas. Foi nesse momento que esse jovens resolveram fazer-se ver e ouvir grifando seus nomes e apelidos pelos muros. Os rabiscos com suas alcunhas e os números de suas casas eram um grito para a sociedade, tentando mostrar a todos que eles existiam, ainda que a grande mídia os esquecesse. Foi nesse momento que esses jovens passaram a pintar os vagões dos trens, essa forma de manifestação acabou invadindo toda a cidade já que os trens circulavam por todos os lados e os garotos passaram a ser conhecidos por suas pinturas.

Aliás, o Brasil é o primeiro País no mundo a ter uma lei que descriminaliza a prática do grafite por entender que essa manifestação é uma forma de comunicação e arte. A descriminalização, inclusive, foi amplamente noticiada e debatida chegando a repercutir em revistas especializadas como a Graffitiart, publicação franco inglesa do ramo, que em sua edição comemorativa de três anos estampou em sua capa a obra dos paulistas Os Gêmeos, ícones do grafite nacional. Atualmente o grafite teve uma mudança em seu status e de uma condição marginalizada passou a ser reconhecido como mais uma das tantas formas de comunicação existentes, bom pra sociedade, que pode ter acesso à grandes obras de arte e comunicação visual sem precisar pagar ingresso.

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Nos anos 80, algumas das grandes marcas esportivas como Adidas e Nike, acabaram se interessando por esse espírito urbano que o grafite representava e muitos de seus produtos passaram a ser direcionados para o público das periferias negras e latinas.

Foi nesse momento, que houve o boom do grafite no mundo e aquele caráter marginal que o movimento tinha foi transformando-se em comunicação visual e arte. Além das empresas esportivas, outras tantas marcas acabaram se interessando pelo grafite como forma de chamar atenção do público e nessa onda entraram os setores esportivos, automobilísticos, de telenovelas, cinematográfico e até mesmo o poder público.

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