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COMADRE FULOZINHA

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ONÇA DA MÃO TORA

ONÇA DA MÃO TORA

Texto e gravura por r a F aela r i B eiro D os s antos

Em suma, há muitas variações para a lenda da Comadre Fulozinha, mas a mais comum delas a descreve como uma mulher jovem e cabocla (fruto de miscigenação entre o homem branco e a mulher indígena ou sertaneja) com longos cabelos lisos e negros que cobrem seu corpo todo. Muito ágil, ela vive em meio a matas e florestas.

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Uma das lendas descreve a Comadre Fulozinha como uma protetora da natureza e dos animais, uma criatura que usa seus longos cabelos como arma para proteger o meio ambiente. Aos caçadores que a agradam com mel, fumo, confeitos e papa de aveia, ela retribui facilitando a caça.

Apesar disso, a lenda conta que, mesmo quando recebe agrado, Comadre Fulozinha tem uma personalidade zombeteira e costuma fazer muitas peripécias para irritar aqueles que se embrenham na floresta. Para assustar e se divertir ainda mais, ela costuma gargalhar no escuro da floresta.

Na literatura de cordel, gênero literário surgido no Nordeste e bastante popular naquela região, a Comadre Fulozinha aparece bastante não só como vilã e monstro aterrorizante, mas também como heroína e protetora das matas contra aqueles que tentam promover destruição.

Texto e gravura por

JURUPARI s ara D onato v elho

A primeira versão da lenda de Jurupari, começa com sua mãe, Ceuci, comendo um fruto que era proibido para moças em período fértil, o mapati. O suco da fruta escorreu sobre o corpo da índia e alcançou suas partes íntimas, assim fecundado a moça. Ceuci foi exilada por seu povo, pelo pecado de comer a fruta proibida. A criança na verdade era enviada pelo deus Sol Guaraci, para cuidar e reformar os costumes do povo. Com 7 dias de vida, já parecia ter 10 anos e por sua sabedoria e pelos ensinamentos do deus Sol, passou a ser um tipo de “legislador”, alterando leis dos povos e ensinados novos costumes.

Uma segunda versão, contada pelos jesuítas, retratava Jurupari como deus da escuridão que visitava os índios nos sonhos e os assustava com pesadelos e presságios de horror. Impedia que os índios gritassem e às vezes os causava.

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