Primeiro Toque #2018 (2) - Separata 100 anos ESG

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ESG: 100 anos de futuro

Lília

Silva

Diretora

O decreto nº 2609-E, de setembro de 1916, do Ministério da Educação Pública, dotou o concelho de Gondomar de uma Escola de Desenho Industrial, cuja abertura efetiva ocorreu em dezembro de 1917, em Valbom, no lugar de Lamas, sendo, então, lecionado o curso de Desenho Industrial. No dia 12 de novembro de 1917, matricularam-se os seus três primeiros alunos: António Soares dos Santos Júnior, aluno nº1; Joaquim Soares, aluno nº2 e Bernardino Alves, aluno nº3. O livro com as primeiras 50 matrículas está disponível para consulta na biblioteca-museu da Escola Secundária de Gondomar.

Em dezembro de 1918, esta escola recebe a designação de Escola de Artes e Ofícios e, em março do ano seguinte, passa a denominar-se Escola de Ourivesaria de Gondomar. Do seu quadro de pessoal faziam parte um professor de Desenho e um mestre de ourivesaria. Recebe nova designação em dezembro de 1921 – Escola Industrial de Gondomar – e orienta-se para a formação de ourives e marceneiros, que seriam os trabalhadores especializados dos setores industriais característicos de Gondomar. Incluía no seu quadro onze elementos, entre os quais oito docentes.

Em julho de 1930, passou a chamar-se Escola Industrial Marques Leitão e contava então com sete docentes. Devido à degradação do edifício de Valbom e porque a maior parte dos alunos pertencia a São Cosme, em 23 de dezembro de 1945, o estabelecimento foi instalado nesta freguesia, na Quinta da Igreja, alugada para o efeito.

Em 1948, a escola foi submetida a grande renovação, com novo nome – Escola Industrial e Comercial de Gondomar – e novos cursos – de Comércio e Costura -, além dos tradicionais cursos de Marcenaria e de Ourivesaria.

Na década de 50, sentiu-se um certo definhamento desta escola: as instalações mantinham-se deficitárias, os cursos eram insuficientes e a frequência reduzida. Curiosamente, só em novembro de 1963 é que a escola se mudou para o edifício com a atual localização, construído de raiz e constituído por um edifício central e um bloco oficinal.

Em 1968, funcionavam, nesta escola, os cursos gerais de Comércio e de Formação Feminina, diurnos e noturnos, e o curso de Carpinteiro-Marceneiro. Em 1969, o Conselho Escolar aprovou o pedido de criação do curso de Serralheiro. No ano letivo de 1971/72, foi introduzido o 6.º ano em regime de aperfeiçoamento, para além do 1.º e 2.º anos preparatórios e do 3.º, 4.º e 5.º anos do Curso Geral.

No ano letivo de 1974/75, foram criados os Cursos Complementares e, em 1975/76, teve início o Curso Unificado, tendo sido nesta altura que as artes e ofícios característicos de Gondomar – ourivesaria e marcenaria – foram afastados dos planos curriculares desta escola. Em abril de 1978, recebe o seu nome atual – Escola Secundária de Gondomar – e, no ano letivo de 1978/ 79, entraram em vigor os novos Cursos Complementares do Ensino Secundário, organizados por áreas de estudo, abrangendo um ciclo de dois anos (10.º e 11.º) e um ano terminal (12.º ano). À escola foram atribuídas todas as áreas, lamentavelmente, com a exceção de Introdução às Artes Visuais.

No ano letivo de 1992/93, foi introduzida a nova estrutura curricular, que consagra a escolaridade obrigatória de nove anos e o ensino secundário de três anos e, em 1996, foram feitas obras que permitiram a remoção das 13 salas que existiam em pavilhões préfabricados, edificados para dar resposta à democratização da escolaridade.

Nos anos letivos de 2009/10 a 2011/12, a Escola Secundária de Gondomar foi intervencionada pela empresa Parque Escolar, o que permitiu a remodelação dos blocos já edificados, bem como

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a construção de mais um bloco, o B (onde ficaram instalados novos laboratórios de Física, de Química e de Biologia/Geologia, bem como o Centro de Recursos e um novo refeitório/bar), de um campo de jogos coberto e de um novo e moderno parque oficinal. A obra não ficou completa: previa no projeto a montagem de uma grande bancada retrátil, no ginásio, que permitiria dotar a escola de um auditório com capacidade para cerca de 300 pessoas.

Aos quatro dias do mês de julho de 2012, foi criado o atual Agrupamento de Escolas n.º 1 de Gondomar com a agregação do Agrupamento Vertical de Jovim e Foz do Sousa à Escola Secundária de Gondomar, escola sede deste agrupamento.

Apresentámos uma breve resenha da evolução que esta escola tem tido ao longo de um século de existência. Pela sua importância, esta escola tem marcado gerações de gondomarenses que a ela continuam ligados, seja diretamente, seja através de uma participação muito ativa em qualquer uma das duas associações de antigos alunos que, com muita regularidade, se juntam e recordam a importância desta escola nos respetivos percursos de vida.

Ao longo destes 100 anos, esta escola teve 18 diretores / presidentes do conselho diretivo / executivo. É da mais elementar justiça aproveitar esta oportunidade para recordar todos os colegas que me antecederam neste cargo: 1917 - 1919 – Pedro Figueiredo Ferreira 1919 - 1922 – João Gomes Correia de Faria 1922 - 1930 – João António dos Santos Afaro 1930 - 1946 – José Emílio da Silva Moreira

Uma escola de projeto,

1946 - 1964 – José Maria Pinto de Vasconcelos

com projetos

1964 - 1974 – Miguel Jorge Sottomayor de Almeida C. Lobo de Ávila

e para projetos

1974 – 1977 – António de Sousa 1977 – 1980 – José Manuel Diogo Leite da Mota 1980 – 1981 – António Juliano Freitas Barbosa 1981 – 1982 – Maria Fernanda Pinto Leão 1982 – 1983 – Maria Lucinda Oliveira 1983 – 1985 – José J. F. Matias Alves 1985 – 1987 – Maria da Luz Rosmaninho 1987 – 1991 – Maria Dolores Garrido 1991 – 1993 – Olga Magalhães 1993 – 1995 – Maria Júlia Figueiredo 1995 – 2015 – Joaquim Costa 2015 -

- Lília Silva

As comemorações dos 100 anos de existência desta escola têm-se estendido ao longo de dois anos letivos, culminando, agora, com a edição de um número especial do jornal 1º Toque.

A primeira marca destas comemorações decorreu de janeiro a setembro de 2016. Ao longo deste tempo, cada departamento curricular responsabilizou-se pela dinamização de algumas iniciativas, de acordo com o cronograma seguinte: Janeiro

Departamento das Ciências Sociais e Humanas

Fevereiro

Departamento da Língua Materna

Março

Departamento das Expressões

Abril

Departamento das Línguas Estrangeiras

Maio

Departamento da Matemática

Junho

Departamento das Ciências Experimentais

Julho

Departamento das Engenharias

Setembro

Departamento da Educação Pré-Escolar e do 1º ciclo

Os momentos mais marcantes dessas iniciativas estão bem ilustradas nesta edição do 1º Toque.

Já no ano seguinte, continuámos com as comemorações do centenário da ESG, desta feita, selecionando um Valor que seria trabalhado, ao longo do respetivo mês, em diversas áreas, a saber:

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janeiro

solidariedade

fevereiro

igualdade

março

sustentabilidade

abril

liberdade

maio

justiça

junho

segurança

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Nos três últimos anos, muitos e novos ventos têm soprado sobre as escolas. A alternativa é meter mãos à obra e não desistir de aceitar os desafios, tendo consciência, todavia, que, desde tempos imemoriais, a forma de organização escolar tem permanecido, na sua essência, inalterada.

Assim, apesar de sabermos que falta eficácia à tradicional ação educativa, devemos ter consciência que a introdução de qualquer mudança que, implicando a saída da zona de conforto, vai sofrer, compreensivelmente, profundas resistências. Por isso, acreditamos que a mudança só é possível se introduzida de forma gradativa e paulatina e sempre muito sustentada em processos de autoavaliação e, acima de tudo, procurando garantir que as pessoas se sintam envolvidas com a mudança.

Nestes últimos anos, temos procurado levar à prática um slogan: “Uma escola de projeto, com projetos e para projetos”. Este slogan encerra uma visão desta escola e deste agrupamento: temos uma cultura bem definida e, por isso, sabemos bem o caminho que queremos seguir, acreditamos que, do envolvimento, da colaboração e da cooperação entre todos surgirá uma Escola mais forte, mais viva e melhor.

Numa linha contínua, temos apostado na participação em projetos que concorrem a concursos externos, procurando, por um lado, dar visibilidade ao excecional trabalho que muitos professores e alunos desenvolvem, por outro, promover a inovação, a criatividade, a integração de saberes, bem como o enraizamento de hábitos de trabalho em equipa.

No âmbito da Ciência, destacamos a participação no concurso da Fundação Ilídio Pinho - Ciência na Escola, em que, pelo terceiro ano consecutivo, apresentámos a concurso diversos projetos.

Destacamos aqui os que foram premiados: em 2015-2016, “Maria Pigmento Saúda a Ciência” e “Aquaponia para a Sustentabilidade”; em 2016-2017, “Energia Verde para um mundo melhor” e Estudos para o desenvolvimento de um protótipo-de-panela de maior eficiência energética; em 2017-2018, “Contador parcial de água para consumo doméstico, “Pulseira localizadora para utilização em parques aquáticos” e “Cozedura inteligente de alimentos, com alta eficiência energética”.

O trabalho dos nossos alunos também se destacou noutras áreas: em 2016-2017, os Animah, alunos do Curso Vocacional de Animação Sociocultural, ganharam o 1º prémio do Concurso Nacional Sintoniza-te, promovido pela ANQEP e a canção, cujo poema e música criaram, tornou-se o hino nacional dos cursos profissionais; em 2017-2018, o projeto GondoFin ganhou o 1º lugar nacional do concurso nacional Todos Contam, promovido pelo Banco de Portugal e pela CMVM, com o objetivo de desenvolver a literacia financeira. Os nossos alunos têm tido brilhantes prestações em domínios bem diversos, sempre apoiados por excelentes equipas de professores: desde o Prémio Traduzir, da Universidade Católica, à participação dos alunos do Curso Profissional de Instalações Elétricas e do Curso Profissional de Informática no Campeonato Nacional das Profissões - Skills Portugal, ao Parlamento dos Jovens, ao Concurso TECLA, da Universidade de Aveiro, ou à participação, no âmbito da Junior Achievement, com o projeto Fast Parking.

Pelo caminho, em junho de 2016, realizámos as 1as Jornadas Pedagógicas do AEG1. Sob o tema ”Caminhos para o Sucesso Escolar: oportunidades e desafios”, ao longo desse dia foram produzidas variadas e ricas reflexões e sugestões que nos levaram à introdução de algumas mudanças organizativas: tempos comuns para promoção do trabalho colaborativo entre equipas de docentes e tempos comuns entre os alunos e os respetivos diretores de turma no ensino secundário, entre outros.

Já, em julho de 2017, nas 2as Jornadas Pedagógicas, "Educar em tempos de Mudança", os docentes participaram em diversos workshops, todos voltados para a reflexão sobre as práticas docentes, desde práticas de avaliação dos alunos a práticas de desenvolvimento de soft skills, entre outros. Desta forma, fomos sedimentando a importância do trabalho em cooperação e em equipa, do trabalho de articulação curricular, no seio de equipas pedagógicas alargadas. O corolário deste trabalho vai-se espelhando na disseminação e na variedade de projetos em que os nossos alunos têm participado com grande mérito.

Desde a sua criação, esta escola tem apostado na educação e formação de adultos. Por isso, não foi de estranhar que, em setembro de 2006, estivéssemos na linha da frente nesta área com a criação do Centro RVCC (reconhecimento, validação e certificação de competências). Entre 2007 e agosto de 2012, funcionámos com a designação Centro Novas Oportunidades, tendo, em 2008, incentivado a assinatura de uma rede constituída pelos oito CNO sediados em Gondomar.

Em 2014, vimos a nossa candidatura renovada e, até dezembro de 2016, passou a funcionar uma estrutura idêntica, sob a designação de Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP), passando, a partir de 2017, a designar-se Centro Qualifica (CQ) .

Depois de mais de duas décadas, o Centro de Formação, agora denominado Centro de Formação Júlio Resende, em fevereiro de 2016, voltou a ter a sua sede na Escola Secundária de Gondomar.

Assumimos essa responsabilidade com muito carinho e com brio, estando sempre disponíveis para contribuir para o amplo sucesso da formação em Gondomar.

Reiteramos, assim, o profundo compromisso da ESG e do Agrupamento de Escolas nº1 de Gondomar com as pessoas, com a valorização do conhecimento, da excelência e de uma cidadania ativa e responsável.

Estamos orgulhosos pelo caminho que temos percorrido, mas ainda descontentes, porque sabemos que mais e melhor poderemos fazer. Acreditarmos no nosso trabalho e no das pessoas que trabalham connosco faz-nos saber que podemos continuar a ser ambiciosos e, por isso, é legítimo termos expectativas bem altas em relação ao futuro desta Escola e deste Agrupamento.

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OS 100 ANOS DA ESG E O DLM

Dep. Língua Materna

Maria José PPeixoto eixoto Coordenadora

No âmbito das comemorações do centenário da ESG e respondendo ao desafio lançado pela direção da escola a cada departamento, o de Língua Materna, DLM, começou por criar uma comissão organizadora (constituída pelos professores Ana Catarino, João Carlos Brito, Maria José Peixoto e Olga Magalhães) que, depois do primeiro encontro, ocorrido no início de janeiro, decidiu, no imediato, por: - criar uma página de facebook - Escola Secundária de Gondomar 100 anos - para convidar ex-alunos, professores e funcionários a pertenceram ao grupo criado e a inscreverem-se nas atividades finais. Seguidamente, delinearam-se as seguintes iniciativas: - organizar um lanche/convívio de antigos alunos, professores, funcionários e amigos da Escola Secundária de Gondomar, no dia 27 de fevereiro, a partir das 15h; - estabelecer contactos com ex-alunos e alunos atuais para animarem a festa; - solicitar a inscrição dos participantes junto dos elementos do grupo de trabalho e convidá-los a trazer "multas" para o lanche; - fazer t-shirts e pins alusivos à efeméride com vista à angariação de fundos para a bancada móvel do ginásio; - construir a Arca do Tempo (onde os ex-alunos deixariam uma mensagem, um pequeno objeto, uma fotografia,…) que seria aberta daqui a 25 anos; - preparar uma tela, intitulada “Deixa a tua marca”, onde os ex-alunos, professores e funcionários deixariam a sua impressão digital, o seu nome, os anos em que frequentaram a escola…

Depois do intenso trabalho e das diligências levadas a cabo pelos organizadores, conseguiu-se finalmente obter, até ao dia 27 de fevereiro, o registo de 1836 membros na página criada e que ainda hoje continua a ser alvo de solicitação de autorizações para fazerem parte do grupo.

Para além do sucesso desta iniciativa, a tarde do dia 27 de fevereiro teve um programa recheado de surpresas, nomeadamente: - karaoke (promovido por antiga aluna); - visita(s) guiada(s) à Escola; - desfile de moda e penteados (promovido por antigos alunos mas cujos modelos foram os alunos atuais); - aula de Pilates (dinamizada por antiga aluna); - música (a cargo dos alunos atuais); - apresentação da Arca do Tempo (onde os ex-alunos deixaram uma mensagem, um pequeno objeto, uma fotografia,…) e que será aberta daqui a 25 anos; - “painel” em tela : “Deixa a tua marca” – ex-alunos, professores e funcionários deixaram a sua impressão digital, o seu nome, os anos em que frequentaram a escola, …

- venda de t-shirts e pins, disponibilizados inicialmente na sala dos professores, a partir do dia 11/02, e depois vendidos no dia do convívio geral, cujo “lucro” reverteu para a bancada do ginásio.

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Dep. Língua Materna

Assim, gostaríamos de convidar toda a gente a visitar a página do Facebook onde poderão encontrar os registos fotográficos da iniciativa e bem reveladores do empenho e dedicação que o DLM colocou neste evento. Entretanto, e enquanto não derem uma espreitadela na página, deixamos aqui alguns dos momentos captados:

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100 ANOS DE LAÇOS E AFETOS

Dep. Línguas Estrangeiras

Ana Maria Coelho Coordenadora

«Festejar um aniversário é olhar para trás com gratidão e para a frente com esperança e fé!», dizia um depoimento enviado por uma exaluna, como testemunho e contributo para celebrar os 100 anos da Escola Secundária de Gondomar.

Curiosamente, numa coincidência feliz e auspiciosa, o Departamento de Línguas Estrangeiras decidira organizar a sua participação sob o lema «ESG: 100 anos de laços e afetos».

De facto, ao longo da preparação da nossa participação, tornou-se por demais evidente a ligação afetiva de todos os intervenientes ao espaço onde todos convivíamos e às pessoas com quem trabalhávamos.

Por isso, sem descurar a especificidade do departamento, procurámos, ao longo do mês de abril, reforçar esses laços salientando, ao mesmo tempo, o impacto das línguas estrangeiras e dos seus docentes no percurso dos que pela ESG passaram.

Assim, fomos em busca dos ex-alunos da ESG espalhados pelo mundo e dos assistentes Comenius e Erasmus+ que nos têm ajudado a abrir os horizontes de várias gerações e pedimos-lhes memórias e testemunhos que foram chegando de várias partes do mundo, fazendo eco dos sentimentos que os continu(av)am a unir a esta escola.

Mas nem só de memórias do passado se construiu esta comemoração!

Com o intuito de consciencializar os nossos discentes da importância do diálogo intercultural e promover o espírito de cidadania europeia, realizaram-se, em abril de 2016, duas conferências. A primeira, destinada aos 10ºs anos e subordinada ao tema “O Mundo vai para onde o levarmos”, trouxe-nos a apresentação do projeto “Utopia” patrocinado pela FLUP, enquanto a segunda, a palestra sobre a União Europeia do centro de informação Europe Direct, foi dirigida aos 11ºs e 12ºs anos. Temas diversos, mas o mesmo apontar ao futuro.

Para fechar a nossa participação em festa, porque de festa se tratava, também se decidiu realizar um sarau cultural com momentos de teatro, música e dança, envolvendo os quatro universos linguísticos que fazem parte do departamento.

Contou-se com a participação de muitos alunos, professores, funcionários e amigos que deram vida a um roteiro de atuações construído a muitas mãos (pés…e demais partes) e que incluiu peças musicais, representações teatrais, canto lírico, atuações de flamenco com muito salero, dança jazz, um can-can revigorante e uma valsa vienense cheia de encanto.

Sérios ou cómicos, ligeiros ou profundos, os números sucederam-se numa noite mágica para todos os envolvidos, terminando-se com os parabéns cantados em uníssono à ESG e simultaneamente ao nosso aluno e maestro do grupo coral Animah, Diogo Alves, que ao celebrar com toda comunidade educativa o seu aniversário, encarnou simbolicamente os laços que a todos nos une.

Assim, terminamos como começámos, com as palavras de uma ex-aluna: “Parabéns à ESG e aos 100 anos de memórias construídas pela devoção e sonhos de muitas gerações que fazem parte da sua história.”

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Dep. Línguas Estrangeiras

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Dep. Ciências Experimentais

O ENCANTO DAS CIÊNCIAS Nascimento Miranda Coordenadora

O “problema do erro” surge com a necessidade do homem questionar as condições do seu próprio pensamento, tentando que este corresponda efetivamente à realidade. E, para tal, o físico, o químico, o matemático, o pintor ou o poeta são criadores de modelos. Os modelos físicos e matemáticos, como os de qualquer artista, pintor ou poeta, devem ser belos.

Neste sentido, o Departamento de Ciências Experimentais (DCE) tentou orientar a sua participação nas comemorações dos 100 anos da Escola Secundária de Gondomar, indo de uma sessão de poesia, na reunião geral de professores no início do ano letivo, a uma exposição de material antigo usado pelos Químicos e Físicos da Nossa Escola, durante esse período.

O DCE preparou, também, uma receção animada com experiências científicas de cariz lúdico para os alunos e Encarregados de Educação.

Durante todo o mês que o DCE dedicou às atividades comemorativas, decorreu uma exposição de revistas sobre arte, literatura, astronomia, biologia, física e química, não faltando os divertidos jogos de tabuleiro, no Centro de Recursos.

Dia das Ciências

A finalizar, no dia 28 de setembro, o DCE convidou a comunidade escolar para um lanche convívio, com um pingo de ciência à mistura! Um biológico lanche, com partilha de receitas saudáveis acompanhado de “mágicas” demonstrações experimentais de Física e de Química.

Todos os Dias Nasce um Poeta Paulo

Morgado

Num Campo de Concentração nazi foi encontrada a seguinte carta: «Prezado Professor, sou sobrevivente de um campo de concentração. Meus olhos viram o que nenhum homem deveria ver. Câmaras de gás construídas por engenheiros formados. Crianças envenenadas por médicos diplomados. Recém-nascidos mortos por enfermeiras treinadas. Mulheres e bebés fuzilados e queimados por graduados de colégios e universidades. Assim tenho minhas suspeitas sobre a Educação. Meu pedido é: ajude os seus alunos a tornarem-se humanos. Seus esforços nunca deverão produzir monstros treinados ou psicopatas hábeis. Ler, escrever e saber aritmética só são importantes se fizerem nossas crianças mais humanas.»

A análise dos programas mostra-nos que se orientam quase exclusivamente para o conhecimento dos factos e das leis. Os conhecimentos são apresentados de forma desumanizada: aprendem-se as leis, as fórmulas que as traduzem e o seu manuseamento. Tudo isto com vista a aplicá-las mais tarde no exercício desta ou daquela profissão. Não se valoriza o trabalho criativo do ser humano nem as suas hesitações, as suas esperanças, os seus receios, mas o resultado obtido como se esse fosse obtido quase sem esforço surgindo quase espontaneamente como resultado de um raciocínio completamente lógico.

Um ensino humanista só é possível numa escola onde contributo cultural seja tão importante como a preparação académica. Para o físico Paul Langevin, “a cultura geral é o que permite ao indivíduo sentir a solidariedade com os outros homens no espaço e no tempo, tanto da sua geração como das gerações que o precederam e das que virão depois. Ser culto é, portanto, ter recebido e desenvolver constantemente uma iniciação nas diferentes formas da atividade humana, independentemente das que correspondem à profissão.” E assim estaremos mais próximos de Álvaro de Campos quando nos diz que O binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo e havendo cada vez mais gente para dar por isso e seremos capazes de ver que Todos os dias nasce um Poeta.

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Dep. Ciências Sociais e Humanas

“Viagem no tempo”

Registos que marcaram as comemorações dos 100 anos da ESG Albertina

Ribeiro

ESG recebeu antigos alunos!

Testemunhos de ex-alunos.

Para prestar homenagem e enaltecer a comemoração do centenário da ESG, antigos alunos, reconhecidos como excelentes profissionais, como a Diana Basto (cantora), Hugo Gilberto (jornalista), Ricardo Pereira (investigador na FCT) e Maria de Sousa (enfermeira aposentada), estiveram presentes na sessão intitulada “A importância da ESG na minha vida”. Aí, relembraram tempos vividos e conhecimentos adquiridos que marcaram suas vidas e lhes permitiram ter sucesso.

As ideias partilhadas, por todos, foram bastante similares: a ESG foi uma segunda casa onde todos eram uma família, foi uma escola de vida, para além de uma instituição de ensino onde os ensinamentos foram importantes para a abertura ao mundo.

Isabel Santos, Deputada do Partido Socialista, ex-aluna, que não pôde estar presente, enviou o seu depoimento, sentindo-se orgulhosa por ter sido aluna da ESG. “Não posso deixar passar a comemoração do centenário da Escola Secundária de Gondomar, da minha escola, sem prestar tributo àquela instituição que, a par da minha família, constituiu um pilar estruturante na formação da minha personalidade e no meu despertar para a intervenção cívica e política.

Guardo, para sempre, a memória: - de uma escola que não se deixou reduzir à mera transmissão de conhecimento e também soube ser casa; - dos amigos, dos funcionários e dos professores, que foram verdadeiros companheiros, num tempo de descoberta.

A todos aqueles que me proporcionaram esse espaço de construção coletiva e pessoal e a todos aqueles que continuam a contribuir para que a Escola Secundária de Gondomar seja uma âncora na vida da nossa comunidade, manifesto o meu profundo reconhecimento”.

“Aqueles que passam por nós, Não vão sós, não nos deixam sós.

Deixam um pouco de si, Levam um pouco de nós”.

Lista com os nomes dos ex-alunos que estiveram presentes no evento “A importância da ESG na minha vida”, realizada no dia 22 de janeiro de 2016, promovida pelo DCSH. Diana Bastos - cantora Hugo Gilberto - jornalista Maria Correia - enfermeira Ricardo Pereira - investigador Breve resenha do depoimento do ex. aluno Ricardo Pereira «Frequentei a Escola Secundária de Gondomar entre os anos letivos de 1992/1993 e 1997/1998. Os anos preparatórios (do 7.º ao 9.º anos) foram na área tecnológica (com componentes de eletricidade, mecânica e têxteis) e os do secundário na área de humanidades (com escolhas de Inglês, Alemão e Psicologia, assim como com exame de 12.º ano em Francês). Fui regular participante nas atividades do Geoclube ao longo destes anos.

Sou gestor de ciência na Fundação para a Ciência e a Tecnologia, tutelada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, desde fevereiro de 2013, participando em programas internacionais de apoio à investigação científica na área das principais epidemias na África Subsariana; doenças neurodegenerativas (doença de Alzheimer, por exemplo); políticas de saúde; redes inteligentes; cooperação com países da bacia do Mediterrâneo, entre outros. De 2007 a 2011 fui bolseiro de doutoramento em Relações Internacionais, na Universidade de Coimbra e, parcialmente, na Universidade de Bradford, no Reino Unido, tendo despendido cerca de 15 meses a conhecer programas na área do VIH/Sida no Botsuana, Etiópia e África do Sul. De 2005 a 2007 trabalhei na organização humanitária Médicos do Mundo.»

(Antoine de Saint-Exupéry)

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