AEA SINOS EM REVISTA

Ciclones extratropicais colocam manutenção dos diques em alerta

Arquiteto Cyro Bonetto, uma história ligada a São Leopoldo e à região

em revista

ANO 2023

DR

NES

uma (r)evolução na construção civil

BEM-VINDOS

ESTUDANTES FORMANDOS Associe-se! Aqui, você só tem benefícios, adquire conhecimento e interage com profissionais da área!

ESTUDANTES DAS ENGENHARIAS E ARQUITETURA TÊM ANUIDADE ZERO

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ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS E ARQUITETOS DO VALE DO SINOS

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3 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

ÍNDICE

EXPEDIENTE

CYRO BONETTO TEM A SUA MARCA NA HISTÓRIA DA REGIÃO

NANCI WALTER É RECONDUZIDA AO COMANDO DO CREA-RS

Com um portfólio admirável, o arquiteto Cyro Carlos Bonetto Silva – 2º presidente da AEA Sinos (1987/1988) –, tem mais de 60 prédios construídos entre Novo Hamburgo e São Leopoldo.

Reeleita para a gestão 2024/2026, a engenheira ambiental quer ampliar ainda mais os horizontes do CREA gaúcho com novos projetos de valorização profissional, ferramentas digitais e incrementar os vínculos com as universidades.

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TIAGO HOLZMANN É REELEITO PARA O 3º MANDATO NO CAU/RS O arquiteto e urbanista Tiago Holzmann da Silva assume pela 3ª vez consecutiva a presidência do CAU/RS. Em entrevista, fala sobre realizações e expectativas para o próximo mandato.

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DIQUES: NO CURSO DO RIO HÁ PONTOS QUE PRECISAM CORREÇÃO

DRONES: PRECISÃO DENTRO E FORA DO CANTEIRO DE OBRAS

O ano de 2023 foi marcado por ciclones e enchentes. O complexo sistema de contenção de cheias – construído entre 1975 e 1990 – tem pontos de atenção que precisam entrar em curso para manter a estrutura intacta.

A utilização das Aeronaves Remotamente Pilotadas cresceu de forma exponencial na construção civil. Os drones garantem eficiência, segurança e precisão dentro e fora do canteiro de obras.

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Seções 5 - Palavra do Presidente 6 - Feedback 2023 10 - Artigo: Universalização do

32 - Artigo: Impermeabilização na construção civil

25 - Artigo: Vasta aplicabilidade e

34 - Inspetoria faz fiscalizações em São Leopoldo e Portão

26 - Condomínios têm regras de manutenção e reformas

36 - Artigo: Veículos elétricos e os desafios para condomínios: estações de recarga

Saneamento Básico: Metas e Desafios capacidade para integrar projetos BIM

33 - Programa de modernização das redes de água está em curso

28 - EIV prevê quais os impactos causados por novas construções

38 - Artigo: O trânsito e as feridas narcísicas

31 - Artigo: Arquitetura ao longo do (meu) tempo!

39 - Arte e arquitetura em perfeita conexão e mais realística

Presidente Eng. Civil Carlos Germano Weinmann Vice-presidente Arquiteto e Urbanista Miguel Longhi 1º Tesoureiro (Licenciado) Engenheiro Civil José Luiz Garcias 2º Tesoureiro Eng, Civil Ari Borges dos Santos 1º Secretário Arquiteto e Urbanista Edson da Costa Plümer 2ª Secretária Arquiteta e Urbanista Maria de Fátima Doederlein Ramos Diretoria de Marketing e Relacionamento Eng. Eletricista Jéferson Matheus de Oliveira Diretoria de Patrimônio Eng. Civil Marcelo Grub Conselho Fiscal Eng. Civil Ubiratan Leite de Oliveira Eng. Eletricista Cassio Tagliari Eng Civil José Roberto de Mello Manssur Eng. Civil Patrícia Guidali (1ª suplente) Arq. Gabriela Corbellini Rubert Arq. Gerson Luiz Kauer Arq. Rosangela Coutinho Conselho Consultivo Eng. Civil Ivan Oscar Klafke Eng. Civil Jorge Luiz Köche Arq. Alexandre Gomes de Figueiredo Arq. Gerson Luiz Kauer Arq. Rosangela Coutinho Jornalista Responsável Marcia Greiner - 8507 DRT/RS Telefone: (51) 99960-6865 Foto Capa: Aurélio Muniz Tiragem: 1000 exemplares Distribuição: Gratuita Impressão: Gráfica Portão

A gente faz muito, porque faz junto.

Conheça algumas ações e realizações do CREA-RS.

Gestão colaborativa e transparente

Inovação para o profissional com carteira digital

Luta em defesa da profissão

Serviços mais ágeis e inteligentes

Fiscalização atuante

Capacitação dos nossos funcionários e parceiros

Acompanhe-nos nas redes sociais: @ crea.gaucho

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www.crea-rs.org.br

5 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

Juntos, vamos mais longe!

A AEA Sinos – Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos nasceu com o intuito de atuar ativamente no desenvolvimento das engenharias e da arquitetura, valorizando os associados por meio da troca de experiências, qualificação e aperfeiçoamento profissional.

Da mesma forma, busca soluções para o desenvolvimento da cidade e qualidade de vida da sociedade.

Nesses 44 anos de AEA Sinos, tivemos 17 presidentes e uma história marcada pela defesa profissional, do mercado, assim como uma infinidade de eventos, que ampliam nossa credibilidade e comprometimento com o dinamismo dos novos tempos.

Sem fronteiras geográficas, promovemos debates, palestras, cursos e seminários sobre áreas estratégicas como energia, mobilidade, logística, infraestrutura, tecnologia e outros assuntos de interesse – assistidos presencialmente ou online por associados e não associados. Além dos investimentos na educação continuada, promovemos networking entre os profissionais do setor.

Com o objetivo de atualização e valorização dos profissionais, a AEA SINOS EM REVISTA vem com uma abordagem especial sobre a utilização de drones na construção civil, algo impensável anos atrás. Os equipamentos ganham mais

espaço no setor, permitindo maior eficácia nas auditorias e inspeções de obras. Aliás, a utilização das aeronaves não tripuladas foi um dos temas do Seminário Nacional de Inspeção Predial, promovido pela Associação em agosto de 2023.

Outra temática da publicação é o sistema de contenção de cheias de São Leopoldo.

O assunto ganhou ainda mais relevância diante dos inúmeros ciclones extratropicais que provocaram enchentes em todo o Rio Grande do Sul. A AEA SINOS EM REVISTA contempla, ainda, entrevista com o arquiteto Cyro Bonetto, uma personalidade em nosso setor que tem sua história ligada à Associação, São Leopoldo e região.

45 ANOS E o ano de 2024 está quase aí! O próximo ano será de dupla comemoração para a AEA Sinos: vamos completar 45 anos e festejar os 200 anos da Imigração Alemã. Já estamos planejando o calendário de ações e projetos para o próximo ano, sempre com o objetivo de valorizar nossos profissionais e exaltar a força do setor.

Já o Bicentenário da Imigração Alemã também terá uma grande atenção da AEA Sinos. Afinal, há décadas, nosso setor é essencial para o desenvolvimento de São Leopoldo. Profissionais das engenharias e arquitetura são responsáveis pela construção dos pilares básicos que sustentam a vitalidade econômica e urbana da cidade, sempre prezando pela sustentabilidade ambiental

Que venha 2024!

E o ano de 2024 está quase aí! O próximo ano será de dupla comemoração para a AEA Sinos: vamos completar 45 anos e festejar os 200 anos da Imigração Alemã. Já estamos planejando o calendário de ações e projetos para o próximo ano, sempre com o objetivo de valorizar nossos profissionais e exaltar a força do setor.

Engenheiro Civil Carlos Germano Weinmann | Presidente da AEA Sinos

6 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

Feedback 2023 Empossada em janeiro, a gestão 2023/2024 da AEA Sinos, sob o comando do engenheiro civil Carlos Germano Weinmann, atua pelo aumento da representatividade, defesa e valorização dos engenheiros e arquitetos, fortalecimento dos laços com profissionais recém-formados e estudantes, e pela melhoria dos serviços oferecidos à população.

Neste ano, a AEA Sinos promoveu importantes seminários e cursos, reunindo especialistas renomados do país que apresentaram temas atuais e inovadores para os profissionais das engenharias e arquitetura.

“Compreendemos que a sociedade necessita de profissionais qualificados e legalmente habilitados para o exercício das profissões”, ressalta Weinmann.

O calendário de 2023 também foi assinalado pela participação da Diretoria e associados em diversos eventos no Estado, demonstrando a força da marca AEA Sinos.

Além disso, a agenda mensal foi marcada por reuniões da Diretoria e os tradicionais encontros de confraternização que, há décadas, são realizados sempre nas segundas-feiras.

Nova parceria NILSON WINTER

A AEA Sinos fechou parceria com a CredCrea, cooperativa que oferece seus serviços exclusivamente para engenheiros e arquitetos.

Filiada ao sistema Ailos, a instituição financeira possui mais de R$ 700 milhões em ativos e 21 agências na região Sul, com mais de 2,5 milhões de cooperados.

Reuniões mensais Na última semana de cada mês é tradição a reunião da Diretoria da AEA Sinos. Nos encontros são debatidos diversos temas de interesse dos engenheiros e arquitetos, ações para fomentar as relações com os Conselhos dos profissionais, planejamento de projetos e atividades que serão realizadas durante o ano, assim como os apoios institucionais para eventos de parceiros.

7 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

VII Seminário Cidades em Trânsito

Concurso São Leopoldo em Fotos A 2ª mostra “São Leopoldo em Fotos” reuniu 14 imagens de prédios históricos, monumentos e da paisagem urbana – todas produzidas por fotógrafos amadores.

O concurso para incentivar o resgate da história e ressaltar o moderno foi uma iniciativa da AEA Sinos e Serviço Social do Comércio de São Leopoldo (SESC), com apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (CREA-RS).

Em cerimônia de premiação, realizada em junho na sede da AEA Sinos, a fotografia “Ponto de Vista”, da arquiteta

e urbanista Luiza Tonial da Silveira, conquistou o 1º lugar, sendo premiada com um curso de fotografia.

Já “História, Reflexo e Conhecimento”, do jornalista Vladimir Vieira da Paz, ficou com o 2º lugar. Ele ganhou um voucher de um final de semana, com acompanhante, em um dos três hotéis do SESC no RS. Antes da noite de premiação, as 14 fotos foram expostas, de 12 de abril a 12 de maio, na Galeria Liana Brandão, no Centro Cultural José Pedro Boéssio. A curadoria foi do artista plástico Rogério Tosca.

A mobilidade urbana, humanização no trânsito e o desenvolvimento sustentável das cidades voltaram a ser pauta da AEA Sinos em 2023. Com patrocínio do CONFEA, CREA-RS e MÚTUA-RS, foi realizado o VII Seminário Cidades em Trânsito.

De 4 a 6 de outubro, especialistas nas áreas de trânsito e transporte compartilharam experiências na UniRitter, em Porto Alegre. Além das palestras, debates e minicursos, 15 trabalhos técnicos foram expostos no seminário e três deles, que obtiveram melhor avaliação, premiados. O evento, gratuito e híbrido, possibilitou o acesso remoto às palestras e debates.

Seminário Nacional de Inspeção Predial

A qualificação profissional é o alicerce da AEA Sinos. Nesse sentido, a Associação organizou o Seminário Nacional de Inspeção Predial. O evento inovador, de 23 a 25 de agosto, reuniu especialistas de diferentes partes do país na Unisinos, em São Leopoldo.

Além de palestras sobre engenharia, legislação e inovações tecnológicas, foram realizados dois minicursos: “Uso de Drones na Engenharia Civil” e “Como Tornarse um Perito Judicial”. O evento, com o objetivo de promover a capacitação e conhecimento dos profissionais e estudantes, foi patrocinado pelo CONFEA, CREA-RS e MÚTUA-RS.

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Construções e Reformas

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Projetos e Cálculo Estrutural

8 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

Com os estudantes da Unisinos

Com a proposta de apresentar a AEA Sinos aos estudantes das Engenharias, representantes da Diretoria participaram do evento promovido pelo CREAJrRS na Unisinos. A 2ª edição do Engenharias 2023: Inovação e Perspectivas, uma oportunidade sem custo de atualização e aprimoramento profissional, realizada em 18 de maio, teve a participação de mais de cem alunos, egressos, profissionais, professores e representantes de entidades de classe e da Inspetoria do CREA-RS em São Leopoldo.

Encontro das Inspetorias

Encontro da AEA Sinos com a Regional Sinos.

78° SOEA em Gramado

A AEA Sinos esteve no maior evento da Engenharia, da Agronomia e das Geociências: a 78ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (SOEA). O evento, de 8 a 12 de agosto, reuniu cerca de 5 mil pessoas, em Gramado. Já em outubro, a Associação participou do 22º EESEC - Encontro Estadual de Entidades de Classe, realizado em Pelotas.

Entrevista

O presidente da AEA Sinos, engenheiro civil Carlos Germano Weinmann, e o vice-presidente, o arquiteto Miguel Longhi, falaram sobre a história da Associação, projetos realizados e ações para 2024 no Programa Negócios & Cia – Vale TV. A entrevista com a jornalista Elizabeth Renz aconteceu em novembro.

Apoio Institucional

Música, teatro, danças, bate-papos, atividades recreativas e exposições. Assim foram os cinco dias da 16ª edição da Aldeia Sesc Capilé, de 8 e 12 de novembro.

A maioria das ações foi no Museu do Trem de São Leopoldo. A AEA Sinos apoiou institucionalmente esse grandioso evento cultural.

Segundas

A segundafeira é dia de confraternização dos associados há mais de 40 anos.

Projeto O Vale

Em evento promovido pela Vale TV para divulgar o projeto O Vale, a AEA Sinos foi representada pelo vicepresidente Miguel Longhi. O projeto contém uma série de atividades para celebrar o Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil. A apresentação, feita por Rodrigo Steffen, diretor da Vale TV, aconteceu em 16 de novembro, no Cecrei, em São Leopoldo.

9 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

Cresce uma cidade, cresce um profissional 2º presidente da AEA Sinos, o arquiteto Cyro Bonetto tem um portfólio admirável e o sentimento de dever cumprido Só entre Novo Hamburgo e São Leopoldo, o arquiteto de São Leopoldo, Cyro Carlos Bonetto Silva, 70 anos, tem mais de 60 prédios construídos desde 1979, quando se formou na profissão pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos.

Sem falar nas casas e projetos realizados em outras cidades, como Porto Alegre. Um portfólio admirável que o faz ter o “sentimento de dever cumprido”, como ele mesmo diz.

“Não preciso de folder para fazer propaganda. Basta caminhar pela cidade”, brinca ele.

Entre os projetos mais significativos de Bonetto, que também é desenhista industrial e designer de produtos, está o prédio Scherer Center, em São Leopoldo, e a reconstrução da sede da Sociedade Orpheu, no Centro, após o incêndio ocorrido em dezembro de 1996. “Foi um trabalho que durou um ano e que precisou de um cuidado maior devido à sua história arquitetônica.

Além disso, aproveitamos para ampliar também o espaço”, relembra.

PESO EMOCIONAL De todos esses trabalhos, porém, o mais importante e que traz um peso emocional para o arquiteto é a fundação e a construção da sede própria da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos (AEA Sinos), fundada em março de 1979. “A Associação nasceu no mesmo ano em que me formei. Eu entrei em setembro e logo já fiz parte da diretoria. Depois,

Cyro Bonetto Arquiteto fui eleito presidente (1987/1988)”, comenta Bonetto, segundo presidente e o primeiro arquiteto à frente da Associação.

Segundo ele, a ideia da criação de uma associação para esses profissionais surgiu para unificar os valores dos honorários.

“Não tínhamos tabela de honorários.

Saía da faculdade e nem sabia quanto cobrar. Com a Associação, procuramos uma maneira de equalizar os valores para não ter concorrência desleal”, afirma. Na época, a AEA Sinos reunia profissionais de Novo Hamburgo, Portão, Sapucaia do Sul, Esteio, Campo Bom e outros municípios e possuía mais de 60 associados.

Uma garagem como sede Com a criação da AEA e as reuniões mais frequentes, surgiu a necessidade de uma sede própria. Até então, de acordo com Bonetto, os encontros ocorriam na sala de uma imobiliária que cedia o espaço.

Então, surgiu um negócio que envolvia uma casa bem pequena, praticamente uma garagem, localizada na Rua São Paulo, no Centro. “Todos concordaram e contribuíram financeiramente para a primeira sede. O objetivo inicial era ser um lugar mais recreativo. Os encontros eram sempre nas segundas-feiras, quando fazíamos churrasco e jogávamos na mesa de sinuca que compramos”, lembra, com orgulho. Não demorou muito e a decisão foi pela melhoria da sede. “Desenvolvi todo o projeto. Levamos três anos para concluir a obra, que foi inaugurada oficialmente em 26 de novembro de 1990.”

Evolução Com tanta experiência na área, anos de carreira e tão próximo da AEA Sinos, o arquiteto aponta três fatos que marcaram a história da Associação. “O motivo que levou à criação da AEA citei anteriormente.

Além de necessária. serviu de parâmetro para outros municípios.” O segundo ponto foi colocar um representante no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado, o CREARS. Não lembro bem o ano, mas era um engenheiro industrial e isso nos abriu portas, como fazer parte do Conselho Federal, por exemplo. Outro fato importante, segundo ele, foi a escolha de Rosângela Coutinho, a primeira presidente mulher da AEA, na década de 90.

10 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

Uma das mudanças mais significativas introduzidas pelo novo marco legal é a abertura à participação da iniciativa privada na prestação dos serviços de saneamento. Essa alternativa representou uma oportunidade para atrair investimentos e experiência técnica para o setor.

Matheus Borges dos Santos é Engenheiro Civil, formado pela Unisinos; pós-graduando em Projetos Estruturais e sócio proprietário da MBS Soluções em Engenharia.

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Universalização do Saneamento Básico: Metas e Desafios Analisando dados disponibilizados pelo Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano em que foi implementado o novo marco legal do saneamento (2020), observa-se que o Brasil possuía uma rede de abastecimento de água tratada que atendia 84,1% da população. Ou seja, cerca de 36 milhões de pessoas sem acesso a tal serviço essencial. Além disso, esses dados mostram, ainda, que apenas 55% da população brasileira tinha seu esgoto coletado, indicando que aproximadamente 96 milhões de pessoas não dispunham desse serviço. Ressalta-se também que do total de esgoto gerado no Brasil, apenas 50,8% era tratado e de todo o esgoto coletado, 79,8% era tratado (BRASIL, 2021).

Tendo em vista essas informações, é possível

entender de onde surgiu a motivação para que ocorresse a atualização do marco legal do saneamento.

A implementação da Lei Nº 14.026/2020, atualizando o marco legal, significou a intensificação pela busca da universalização dos serviços de saneamento básico no Brasil. Para entender a importância de tal feito, deve-se ter conhecimento do que é o saneamento básico.

De acordo com a Lei Nº 11.445, do ano de 2007, saneamento básico são os serviços, instalações e infraestruturas para o abastecimento de água de qualidade suficiente para consumo humano, o esgotamento sanitário (coleta, transporte, tratamento e disposição final), o manejo de resíduos sólidos e a drenagem e o manejo das águas pluviais (BRASIL, 2007).

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11 EDIÇÃO 2023

METAS AMBICIOSAS Após a implementação da Lei Nº 14.026/2020, o governo brasileiro estabeleceu metas ambiciosas para alcançar a universalização dos serviços de saneamento básico, incluindo atender 99% da população com abastecimento de água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgotos até o ano de 2033. Seguindo o raciocínio do que a Lei Nº 11.445/2007 nos transmite, em caso de essas metas serem cumpridas, é valido considerar que ocorrerá uma melhora significativa na qualidade de vida no país, reduzindo as desigualdades e possibilitando também um maior desenvolvimento econômico do Brasil.

Outro passo importante e, talvez uma das mudanças mais significativas introduzidas pelo novo marco legal, é a abertura à participação da iniciativa privada na prestação dos serviços de saneamento.

Essa alternativa representou uma oportunidade para atrair investimentos e experiência técnica para o setor, melhorando a eficiência na gestão e operação dos serviços.

Em resumo, a participação da iniciativa privada no setor de saneamento tem o potencial de acelerar o atingimento das metas estabelecidas dentro de seus prazos, desde que se demonstre a capacidade econômicofinanceira da alternativa.

No entanto, é importante garantir que haja uma regulação sólida e que os interesses e

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

direitos da população sejam protegidos, para evitar problemas como a cobrança de preços abusivos pelos serviços ou a exclusão de comunidades mais carentes. A busca por um equilíbrio adequado entre o setor público e privado é essencial para o sucesso do novo marco legal do saneamento.

POSSÍVEIS PROBLEMAS Sendo assim, espera-se que com o novo marco legal do saneamento os três níveis governamentais, municípios, Estados e União, consigam estabelecer políticas, programas e projetos que busquem a universalização do saneamento básico de qualidade no Brasil. Porém, devemos nos atentar a possíveis problemas que a implementação incompleta do sistema de saneamento ambiental em uma localidade pode gerar. Philippi Jr. E Malheiros (2005) reproduzem, por exemplo, que a implementação de um sistema de distribuição de água pode trazer tanto benefícios como malefícios, caso não seja implementado também uma rede de coleta e tratamento de esgoto, pois como consequência da primeira temos o aumento do consumo de água e, consequentemente, aumento da geração de águas residuais. Eis que, novamente, entra em ação a Lei 11.445, que garante o acesso tautócrono dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, visando assim a inocorrência de tais problemas e também o atingimento das metas estabelecidas referente à universalização dos serviços de saneamento.

Fonte: Boletim do Saneamento.

12 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

Valorização profissional ao hub das Engenharias Agronomia e Geociências Reeleita à presidência, Nanci Walter quer ampliar ainda mais os horizontes do CREA-RS a partir de 2024 A engenheira ambiental Nanci Walter foi reconduzida à presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (CREA-RS).

Com um trabalho marcado por inovações no mandato 2021/2023, Nanci pretende ampliar os horizontes do Conselho gaúcho com ferramentas digitais, criação de estratégias para estimular a participação feminina e novos projetos para aproximação com as universidades, como o Colegiado das Instituições de Ensino Superior, o Selo de Qualidade no Ensino e transformar o CREA em um hub de desenvolvimento da Engenharia, Agronomia e Geociências. Das inúmeras ações previstas para a gestão 2024/2026, as ações em prol da valorização das profissões das Engenharias, Agronomia e Geociências está no topo das prioridades.

“Vou continuar trabalhando muito e sempre trazer na lembrança o que nós profissionais queremos, desejamos e, principalmente, merecemos de quem está na presidência do CREA-RS.”

A senhora foi reeleita com mais de 51,26% dos votos válidos para a gestão 2024/2026. A recondução à presidência do CREA-RS reforça o protagonismo feminino?

Esse percentual foi praticamente triplicado em número de votos que recebi nas eleições passadas e, com certeza, o resultado reforça o protagonismo feminino em cargos dentro do Sistema CONFEA/CREA e MÚTUA. Em 89 anos do CREA-RS, fui a primeira mulher eleita e reeleita para a presidência. O Programa Mulher CREA-RS, criado em março de 2021, estimula o empoderamento feminino e a igualdade de gêneros dentro do Conselho e da sociedade. Vamos incrementar as ações que incentivem a maior presença das profissionais no mercado de trabalho, bem como despertar nas jovens o interesse pela Engenharia. No Brasil, temos mais de 1,2 milhão de profissionais, 20% são mulheres. No RS esse percentual é em torno de 18%.

A senhora propõe um CREARS mais digital. Quais projetos foram implantados e o que será desenvolvido?

Trazer inovação para os serviços prestados pelo CREA-RS é o carro-chefe de minha gestão.

Agilizar o tempo de liberação da ART foi uma de minhas prioridades e continuará sendo.

Antes o tempo de liberação era de 24 a 48 horas, agora é imediato Nanci Walter Presidente do CREA-RS

(PIX ou cartão de crédito). Implantei a Carteira Digital Profissional em parceria com o Serpro (Certificador Público Federal), o APP CREA-RS, onde os principais serviços estão na palma da mão dos profissionais, além do CREA-RS Clube de Vantagens, um aplicativo com cashback que pode zerar a anuidade. Na próxima gestão pretendemos implementar o CREALab, plataforma para alavancar a inovação e a transformação digital, a disponibilização de Certificado e Assinatura Digital na plataforma do CREA-RS e a conclusão do novo APP da fiscalização com espaço para denúncias, entre outras ações.

A senhora defende a aproximação com as universidades. Quais os resultados obtidos e o que se pretende para a próxima gestão?

Em menos de um ano do CREAJrRS, programa aprovado em janeiro de 2023, já contabilizamos mais de 500 ações realizadas e mais de 10 mil acadêmicos envolvidos em todo o Estado. Hoje, 144 membros dirigentes e mais de 200 estudantes integram o programa. Para a próxima gestão iremos criar o Colegiado das Instituições de Ensino Superior, aproximando ainda mais o Conselho dos dirigentes e docentes dos cursos das nossas áreas.

Também vamos investir na criação do Selo de Qualidade no Ensino, valorizando e destacando o ensino presencial e o compromisso com a formação de qualidade. Além disso, queremos transformar o nosso CREA em um hub de desenvolvimento da Engenharia, Agronomia e Geociências, em parceria com as IES (Instituições de Ensino Superior).

Como avalia a gestão que se encerra em 2023?

Destaco todas as ações que foram voltadas à valorização dos nossos profissionais. Na fiscalização trabalhamos com foco e afinco para coibir o exercício ilegal das nossas profissões, com mais de 130 mil atividades fiscalizadas em todos os 497 municípios. Com foco na regularização

13 EDIÇÃO 2023 do exercício legal, sendo que foram contratados mais de 1.300 profissionais com a autuação de mais de 39 mil leigos. Também tivemos uma forte atuação junto aos órgãos legislativos municipal, estadual e federal em defesa do nosso exercício profissional. Foram expedidas inúmeras notificações e judicializações pelo não cumprimento do salário mínimo em concursos públicos que descumpriram a Lei 4.950-A/1966. Logramos êxito com o arquivamento do PLC 39/2020 na Assembleia Legislativa do RS, garantindo que os engenheiros continuem fazendo o projeto e execução de PPCI (Lei Kiss) e na aprovação do PL 617/19, que assegura o retorno do repasse de 10% dos valores arrecadados das ARTs pelos profissionais que preenchem as mesmas indicando, por exemplo, a AEA Sinos como favorecida. Também batalhamos, incansavelmente, pela redução da alíquota de cerca de 30% para os profissionais prestadores de

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

serviço que seriam afetados na nova reforma tributária e estamos atuando contra o PL 791/2019, que pretende tirar a atribuição da paleontologia dos geólogos.

Qual a sua expectativa para a nova gestão?

Nesta nova gestão irei continuar com os bons projetos e implementar ações em prol da valorização das profissões das Engenharias, Agronomia e Geociências. Pretendo atuar mais forte pela Engenharia como carreira de Estado, aproximar o Conselho ainda mais das nossas entidades de classe e inspetorias, de entidades públicas ou privadas, instituições de ensino superior e empresas Jr. Também defenderemos o uso da metodologia BIM, difundindo a utilização pelos órgãos públicos e queremos levar o CREA-RS para dentro das empresas – Projeto In Company. Ou seja, onde há engenharia, agronomia e geociências, lá deveremos estar!

O que os profissionais podem esperar para os próximos três anos da gestão Nanci Walter?

O mais importante é o reconhecimento de o quanto nossos projetos impactam na vida profissional dos nossos registrados.

Esta é a minha motivação. Vou continuar trabalhando muito e sempre trazer na lembrança o que nós profissionais queremos, desejamos e, principalmente, merecemos de quem está na presidência do CREA-RS: Atitude ética e postura de liderança; comprometimento com as causas relacionadas às profissões, saber ouvir as demandas e defendêlas para o bem da maioria. E, para mim, a prioritária, pensar primeiro como engenheira, depois como presidente. Pois, ser engenheira é o que me credenciou, mas o que me fez chegar até aqui foram os votos de confiança e respeito conquistados dos profissionais.

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15 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

Inovação, pioneirismo e liderança Reconduzido pela 3ª vez à presidência do CAU/RS, Tiago Holzmann da Silva, revela as expectativas para a nova gestão a partir de 2024 Arquiteto e urbanista formado pela UFRGS, Tiago Holzmann da Silva atuou como presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/ RS) nas duas últimas gestões. Nesta entrevista, ele faz um relato sobre as principais realizações em seis anos de mandato e revela suas expectativas para nova gestão, que tomará posse em janeiro de 2024. Confira!

O processo de eleições do CAU foi recentemente concluído. Quais as suas impressões sobre o pleito deste ano?

O CAU concluiu, novamente com êxito, o 5º processo eleitoral desde sua criação, em 2010.

Isso demonstra a consolidação e a maturidade do Conselho.

No Rio Grande do Sul, as três chapas concorrentes elegeram proporcionalmente seus conselheiros

para compor o próximo Plenário, um aspecto muito positivo e que garante a diversidade da gestão.

Finalizamos, agora, uma gestão que deu continuidade às ações intrínsecas ao Conselho, como o registro profissional e a fiscalização, ampliando e qualificando essas atividades em todo o estado, principalmente com a inauguração dos Escritórios Regionais, nas cidades de Santa Maria, Passo Fundo, Caxias do Sul e Santa Maria.

Com relação à gestão que se encerra, quais projetos e realizações você destacaria?

Colocamos muita atenção em outra prerrogativa, que é a promoção da profissão. Fizemos isso por meio de diversas campanhas de valorização profissional, que circularam nas mais variadas mídias. A exemplo: “Em todo projeto cabe um arquiteto, uma arquiteta” e a campanha “EAD Não”, em defesa da qualidade do ensino na Arquitetura e Urbanismo.

Cito ainda iniciativas voltadas à área do patrimônio, regularidade dos planos diretores e licenciamento; atuação no mercado de trabalho, fiscalização de editais e pregões, e a luta constante em nome da valorização dos servidores públicos, por meio de vitórias referentes ao Salário Mínimo Profissional e também do Microempreendedor Tiago Holzmann da Silva Presidente do CAU/RS

Profissional (MEP), as quais devem prosperar no Congresso Nacional.

Também realizamos eventos importantes como a Trienal e o Rumos da Arquitetura e Urbanismo, além do Prêmio CAU/RS, já consolidado em nosso calendário.

Por fim, destaco nossas ações na área da Assistência Técnica (ATHIS), principalmente com o Nenhuma Casa sem Banheiro, projeto inovador que entregará cerca de 1,6 mil unidades sanitárias a famílias de baixa renda. Isso é resultado de outra forte linha de atuação do CAU/RS, que são as parcerias institucionais com governos, empresas, movimentos sociais e universidades.

O CAU/RS é conhecido nacionalmente pelo seu pioneirismo. Poderia citar alguns exemplos?

Para além do Nenhuma Casa sem Banheiro, temos o Centro de Memória, que é o embrião do Museu de Arquitetura do Rio Grande do Sul, a partir do acervo do CAU e de outras instituições parceiras. Importante também mencionar o Software Livre, uma ideia original da Federação Nacional de Arquitetos e Urbanistas (FNA) e viabilizada pela parceria entre o CAU/ RS e a Federação. O Conselho foi responsável por ajudar a nacionalizar o projeto junto a outros CAU/UF. É necessário destacar que a adoção do software livre por arquitetos e urbanistas pode gerar economias superiores a R$ 20 mil ao ano, por máquina.

Qual a sua expectativa para a gestão que iniciará em 2024?

A expectativa para o ano que vem, quando se inicia a próxima gestão, é muito positiva. Haverá uma boa renovação no nosso plenário, junto com a perspectiva de continuidade e ampliação de várias das iniciativas aqui citadas, responsáveis por fazer do CAU/RS uma referência para outros estados, justamente por conta de seu perfil realizador e inovador.

16 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

Sistema de proteção contra as cheias tem pontos de atenção Algumas correções foram feitas ao longo dos anos, mas o desassoreamento do canal do rio, manutenção e a preservação de áreas ambientais são medidas necessárias WNILSON WINTER

Os repetidos ciclones extratropicais em 2023 e as tragédias provocadas pelas enchentes no RS colocaram em cheque os sistemas de proteção contra as cheias. Embora a cada tempestade, os diques de São Leopoldo se tornem alvo de comentários sobre fragilidade ou possibilidade de transbordamento, o complexo sistema – construído entre 1975 e 1990 – segue cumprindo seu objetivo de contenção das águas.

No entanto, há pontos de atenção que precisam entrar em curso para manter a estrutura intacta, como o desassoreamento do canal crítico do rio, a manutenção e a preservação de áreas ambientais para absorção da chuva.

Medidas para evitar o colapso do sistema, hoje 100% sob a responsabilidade da Administração Municipal.

De acordo com o geólogo Antônio Carlos Geske, diretor do Controle de Cheias do Rio dos Sinos, a construção dos diques foi motivada pela enchente de 1941, que deixou São Leopoldo, região metropolitana e Porto Alegre embaixo d’água. Naquele ano, houve precipitações altíssimas em torno de 700 milímetros em

um espaço de quase três meses. A partir de 2000, o Município passou a registrar uma sequência de enchentes: 2008, 2010 e 2013, 2017 e agora a de 2023 (o rio subiu 5,80m).

“As cheias de 2008 (5,35m) e 2013 (6,15m) foram as que mais testaram o sistema”, informa o diretor, observando que essa medição se refere à régua oficial do projeto. “A primeira vez que o sistema entrou efetivamente em carga foi em 2008, evidenciando diversos pontos de correção.” Na época, estudo do IPH (Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS) demonstrou que nem os diques de proteção nem a macrodrenagem de São Leopoldo e Novo Hamburgo resistiriam a uma cheia acima do que o sistema foi projetado, caso não fossem adotadas as devidas providências.

CORREÇÕES Parte das correções foi feita, como o desassoreamento de valas de macrodrenagem, a retirada da vegetação arbustiva para evitar o represamento das águas e o investimento nas Casas de Bombas. No entanto, o principal

apontamento do IPH, o desassoreamento do canal crítico do rio, não foi resolvido até hoje. Esse trecho de 1.800 metros – entre a antiga Ponte Férrea e a Casa de Bombas da Campina – é onde as águas são afuniladas e a capacidade de escoamento é de cerca de 60%. A solução para melhorar o fluxo da água existe, mas depende da aprovação de projetos na Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental).

Segundo Geske, há mais de dois anos, uma empresa de mineração de São Leopoldo está tentando obter licença para dragar a areia. “Embora a atividade seja privada, haverá benefícios com o aumento da profundidade do canal. Além disso, haveria um desassoreamento sem gasto de recursos públicos”, relata o geólogo, enfatizando que os cálculos são de 200 mil metros cúbicos de retirada para deixar o canal em condições. Ele explica ainda que será um trabalho contínuo da empresa, o que é vantajoso porque sempre haverá renovação do depósito de areia no rio, já que os sedimentos descem desde Caraá, onde o Rio dos Sinos nasce a quase 700 metros de altitude.

17 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

FOTO: NILSON WINTER

Cheia 2023 DIVULGAÇÃO DEFESA CIVIL SÃO LEOPOLDO

Cheia 2013 DIVULGAÇÃO SEMAE

Casa de Bombas

Radiografia do sistema de contenção Os diques protegem uma área total de 1.650 hectares, sendo 400 hectares de área central, e 1250 hectares da margem direita do rio (bairros Santos Dumont, Rio dos Sinos, Vila Brás, Campina, São Miguel, Vicentina e Vila Paim, além dos bairros Santo Afonso e Medianeira, na cidade de Novo Hamburgo).

O muro de concreto ao longo do rio possui 2.400 metros de extensão – do antigo clube de piscinas do Orpheu até a antiga Olaria dos Link. Desta extensão, 400 metros é muro em “L” (assentado sobre o antigo Cais) e 2.000 metros cortina de diafragma.

Os diques de terra somam 18,4 quilômetros, parte encosta na Avenida Pedro Adams Filho, em Novo Hamburgo, e outra parte vai até o Parque do Trabalhador, em São Leopoldo.

São 6 Casas de Bomba – 5 em São Leopoldo e 1 em Novo Hamburgo, que também atende bairros leopoldenses.

A Casa de Bombas da João Corrêa e a de Novo Hamburgo contam com sete bombas cada e são consideradas as maiores do sistema. Já a da Rodoviária, Ginásio Municipal, Campina possuem 4 bombas cada, e a do Arroio Cerquinha, 2 bombas.

18 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos REPRODUÇÃO

A cheia de 1965 foi a que mais prejudicou São Leopoldo devido à urbanização

Há risco de transbordamento? É quase inimaginável, mas pode ocorrer transbordamento nos diques se houver níveis de precipitação pluvial ainda não registrados. Para isso acontecer, seria preciso ultrapassar os 700 milímetros em 1941 ou uma chuva semelhante a junho último, repetida por várias vezes em curtos espaços de tempo. Tal situação poderia provocar uma vazão acima da capacidade de 2.385 metros cúbicos por segundo, conforme prevê os estudos do projeto de construção. Neste caso, as áreas de maior risco seriam o trecho de Novo Hamburgo, o Centro de São Leopoldo e a Avenida Imperatriz.

“Com uma massa de água dessa magnitude, além de correr por cima, abriria fendas e fissuras em todo o dique, mas isso é praticamente impossível de acontecer”, comenta Geske.

O geológo chama atenção para um detalhe: embora o volume de chuva tenha sido maior em 1941, a cheia de 1965 foi a que mais prejudicou São Leopoldo porque a urbanização já tinha avançado muito, ocupando áreas de expansão do rio.

Outras grandes enchentes, segundo ele, foram registradas em 1983 e 1985.

O nível normal do rio é de 2,50 metros e ainda há uma cota negativa de profundidade.

Psicóloga Fátima Oliveira de Oliveira CRP: 07/07441 (51) 98182.6720 psicodiagnostico.fa fatimaoliveiradeoliveira@gmail.com

“A altitude é feita em relação ao nível do mar. Então, o rio ainda tem um metro pra baixo e dois acima dessa base de superfície.”. Além disso, os muros de concreto possuem 1,20 metro de freeboard. Ou seja, depois de o rio alcançar os 7 metros – base na régua oficial do projeto – ainda teria 1,20 metro de borda livre para atingir o nível de segurança do muro. “Então, o transbordamento é utópico”, frisa. Para justificar essa certeza, Geske utiliza como exemplo a cheia de 41. Com a construção dos diques, hoje ela ficaria em 7 metros, 1,20 metro abaixo do topo do muro.

A mecânica do sistema Junto aos diques existem valas de macrodrenagem, valas escavadas em terra que levam as águas que caem nos bairros para as Casas de Bomba.

Nas Casas de Bomba se faz a transposição das águas da chuva e dos esgotos, levando tudo para o rio – sem estar cheio, a destinação é por gravidade. Quando o rio sobe, as comportas (flaps) são fechadas automaticamente, as bombas são ligadas para fazer a água ir para o rio.

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Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

Drones riscam o céu dos negócios da construção civil Uso da tecnologia avançada está crescente em diversas atividades do setor, principalmente auxiliando na inspeção predial Popularizado em diversos setores, os drones estão voando em um céu mais azul na construção civil. Embora existam registros de uso desde 2015, nos últimos anos a utilização das Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) cresceu de forma exponencial ao garantir eficiência, segurança e precisão dentro e fora do canteiro de obras. Tanto que o uso dessa tecnologia avançada começa a ser visto como uma inovação indispensável nas atividades de construtoras, assim como ferramenta de apoio para engenheiros e arquitetos, principalmente no que se refere à inspeção predial.

Com um controle remoto na mão e o equipamento no ar, os profissionais conseguem inspecionar as condições de uma obra, obtendo uma visão macro e micro de forma extremamente detalhada, o que antes não era

possível: o método convencional de coleta de informações é demorado e sujeito a erro humano. Com a perícia do drone, que automatiza praticamente todo o processo em curto período de tempo, são identificados problemas estruturais (rachaduras, fissuras, infiltrações e vazamentos de água e gás), elétricos e tantos outros. Essa imensidão de captura de dados e imagens aéreas se faz possível pelo fato de que o equipamento pode chegar a diversos compartimentos de uma obra e as suas estruturas externas, lugares onde os funcionários teriam dificuldades e enfrentariam riscos.

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Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

Aliados valiosos Ao combinar recursos como mapeamento aéreo, captura de imagens em alta resolução e coleta de dados, os drones, também chamados de VANTS (Veículos Aéreos Não Tripulados), se tornaram aliados valiosos para os profissionais da construção civil, uma indústria complexa que demanda processos eficientes e precisos. “Inspecionar a obra é uma ação indispensável e preventiva”, explica Sérgio Casinha da Costa Santos, engenheiro de Produção e proprietário da SCSTech Soluções Aéreas com Drone.

Costa Santos, um dos especialistas convidados para o Seminário Nacional de Inspeção Predial, realizado em agosto pela AEA Sinos na Unisinos, em São Leopoldo, enfatiza que os drones trazem muitas facilidades e benefícios dentro da realidade da engenharia civil. “Existem ganhos de produtividade e qualidade, além de uma disponibilidade de informações muito ricas para serem utilizadas em análises que apontam se o projeto está sendo executado corretamente. Trata-se de uma tecnologia que gera muito valor, com redução de custos e de processos.”

O fundador da Caldrone Filmagens e Treinamentos de Drone, o designer

Henrique Cunha, fundador da Caldrone Filmagens e Treinamentos de Drone Henrique Cunha, que também palestrou no seminário, sintetiza a importância do drone. “Temos rapidez na coleta de dados. Então, se eu preciso verificar uma fachada de um prédio, subo o drone e, em cinco minutos, faço a foto. Desço o equipamento e já tenho o registro em alta resolução no meu celular, no

meu iPad, no meu computador. Tudo é muito rápido. Além disso, os riscos são drasticamente reduzidos. Ou seja, eu não preciso mandar um alpinista subir ou colocar um trabalhador no ‘balancinho’.

Portanto, o equipamento é garantia de segurança nas operações e qualidade na obtenção dos dados.”

O mercado global de drones está acelerado nos últimos anos. De acordo com o site Fortune Business Insights, o crescimento do mercado foi avaliado em US$ 8,77 bilhões em 2022, com previsão de chegar a US$10,98 bilhões neste ano e a US$ 50,81 bilhões em 2030. Esse aumento expressivo reflete a demanda pelas aeronaves em diversos setores, principalmente na construção civil.

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Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

Registro na Anac é obrigatório De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), até 2022, haviam 124.884 aeronaves não tripuladas registradas no País.

Desse total, mais de 5,4 mil são de autorização de operações no ramo de Aeroinspeção, entre elas, a predial. A tendência é que esse número cresça com o passar do tempo.

Isso porque, os drones têm permitido uma visualização completa das obras, identificando problemas em tempo real e auxiliando na tomada de decisões por meio não só das imagens da câmera, mas de seus sensores térmicos e de laser, e outras tecnologias embarcadas.

Esse cadastro na Anac é obrigatório, independente do uso. O principal motivo é a segurança que Sérgio Casinha ressalta quando fala sobre o assunto. “Para usar o drone é preciso respeitar várias regras e tomar uma série de cuidados para não colocar nenhuma pessoa em risco ou o equipamento, ao mesmo tempo conseguir extrair o melhor resultado dos trabalhos”, afirma ele, acrescentando existes diversos tamanhos e tipos de modelos voadores.

De acordo com Henrique Cunha, todos os usuários da aeronave devem ser registrados para controle. Em 2017, a Agência Nacional promulgou as leis e o registro é algo simples. Basta informar os dados do seu equipamento e os dados do operador, seja uma pessoa física ou jurídica. “Temos visto que muitas empresas de engenharia compram um drone, cadastram no nome da pessoa jurídica e colocam todos os operadores do equipamento

Sérgio Casinha da Costa Santos, engenheiro de Produção e proprietário da SCSTech Soluções Aéreas com Drone.

dentro do mesmo cadastro”, comenta.

Cunha observa, ainda, que além da conformidade com as regulamentações – entre elas a obtenção de autorização do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea) –, a implementação bem-sucedida de drones na construção civil requer conhecimento especializado dos operadores e treinamento adequado.

ENTENDA...

Os drones surgiram como uma solução tecnológica no século XX, com foco no ambiente militar para o desempenho de inúmeras funções em campos de batalha e análise das condições de guerra. Com o desenvolvimento da tecnologia e a redução dos custos de produção dos componentes, esses equipamentos ganharam novos mercados, como o de produção de imagens e vídeos aéreos, acompanhamento de obras, monitoramento de florestas, reservas e etc.

Investimento depende dos objetivos As aeronaves não tripuladas demandam investimentos conforme os objetivos da empresa de engenharia, porém seu alcance é indescritível. “Fizemos inspeção da fachada de ladrilho de um edifício, localizado de frente para o mar. Sabemos que a maresia é um problema para esse tipo de prédio.

Já haviam sido feitas outras inspeções e ninguém tinha visto alguns detalhes porque estavam na cobertura. Com o uso do drone, identificamos todos os problemas”, conta Henrique Cunha. Outro exemplo mencionado foi sobre um prédio, cuja única informação era a existência de vazamento.

“Através das fotos da fachada, laje e telhado, feitas pelo equipamento, constatamos um ponto de ferrugem onde estava o problema.”

Segundo Cunha, hoje é possível investir entre R$ 5 mil a R$ 60 mil em um drone. Um drone da linha Enterprise, que fica em torno de R$ 50 mil, carrega uma câmera termal facilitando assim, a identificação de vazamentos e auxilia também em outros pontos. “O cliente quer instalar uma placa de painel solar e quer saber qual é a temperatura num determinado ponto da laje. Com a câmera térmica do drone é só dar um clique para saber a temperatura exata naquele ponto focado”, explica. Há outros fatores que podem influenciar no preço, entre eles a capacidade do zoom e a possibilidade de voar na chuva.

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Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

“Os drones são nossos olhos nas alturas” Se o custo do equipamento pode intimidar no início, as vantagens compensam com a agilidade e retorno assertivo das atividades. “Os drones são nossos olhos nas alturas”, frisa o engenheiro Sérgio Casinha da Costa Santos, proprietário da SCSTech Soluções Aéreas com Drone, acrescentando que o equipamento auxilia nos serviços de restauração predial, na entrega e recebimento da obra, nas inspeções obrigatórias.

Um dos principais ganhos, segundo ele, é a realização de trabalhos em altura.

“Sem o drone é preciso criar uma estrutura ou contratar pessoal terceirizado para

fazer ações em fachadas ou telhados, que exigem, ainda, todas as questões de ancoragem. Já com a aeronave não tripulada, nada disso é necessário. Sem falar que há redução de erros de avaliação e aumento da qualidade final da obra”, detalha.

Outro ponto positivo dessa tecnologia é a tomada de decisões mais precisas a partir dos dados coletados, o que evita retrabalhos, minimiza as perdas e otimiza a utilização de recursos.

“A tendência é de que essas pequenas aeronaves remotamente controladas se tornem cada vez mais acessíveis e presentes na construção civil.”

fiação subterrânea

25 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

O mercado das engenharias e arquitetura está numa rápida transição com o ingresso de projetos Building Information Modelling.

Para atender essas mudanças dos últimos anos, as Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) passaram a entregar mais segurança, agilidade, acurácia, precisão e detalhamento.

Vinícius Kuczynski Nunes é Engenheiro Cartógrafo e Agrimensor.

Contatos: (51) 998-523-366 | vknunes1@gmail.com

Vasta aplicabilidade e capacidade para integrar projetos BIM O mercado das engenharias e arquitetura está numa rápida transição com o ingresso de projetos Building Information Modelling (BIM). Para atender essa transição dos últimos anos, as Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) têm apresentado uma vasta aplicabilidade, além da capacidade de integrar com projetos BIM, de maneira a entregar segurança, agilidade, acurácia, precisão e detalhamento.

Na engenharia civil e arquitetura, os drones acoplados com sensores fotogramétricos ou termais são empregados para inspeção estrutural de pontes, edifícios, fachadas a fim de monitorar a segurança e condição estrutural, detalhar sacadas, marquises, janelas e fissuras, assim como detectar rachaduras, vazamentos e desgastes de telhados. A nuvem de pontos e ortomosaico gerados no processamento das imagens pode ser utilizada para manipulação no Revit e

Autocad Civil 3D. A aplicabilidade das ARPs na engenharia elétrica consiste em inspecionar as linhas de transmissão e painéis solares mediante ao uso de sensores termais, fotogramétricos e laser scanners acoplados nas aeronaves.

Na mineração os drones são utilizados para mapear minas e realizar levantamentos topográficos.

Isso permite calcular o volume de estoques, através da nuvem de pontos, comparando as superfícies superiores da mina e o terreno natural. O software ideal para tal finalidade é o Autocad Civil 3D. Na engenharia ambiental, os drones são ferramentas valiosas para monitorar ecossistemas e recursos naturais. Eles podem ser usados para mapear a vegetação, identificar áreas de desmatamento ilegal e áreas de riscos, áreas desmatadas e permitir desenvolver projetos ambientais, como por exemplo, plano de recuperação de área degrada.

Na agricultura, os drones têm desempenhado um papel fundamental na gestão de culturas, bem como monitoramento do estresse hídrico, através de sensores espectrais para determinação do Índice de Vegetação da Normatização Diferenciada (NDVI) e monitoramento da matéria orgânica. Além disso, utilizam-se ARP para pulverizações de fertilizantes.

Importante salientar que as aeronaves remotamente pilotadas integradas a pontos georreferenciados entregam acurácias posicionais melhores que 5 centímetros, claro, a depender dos parâmetros de voo e finalidade de cada trabalho. Em suma, destacase a agilidade na aquisição de dados, riqueza de detalhamentos, diminuição dos custos e integração com BIM para projetos executivos.

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Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

Condomínios têm regras de manutenção e reformas Manual do Síndico orienta sobre as responsabilidades do síndico, uma delas é a realização da inspeção predial, segundo a perita judicial Kamila Rodrigues da Silva Desde sempre, o ser humano vive em comunidade, mas determinadas situações e questões ainda são motivos para desentendimentos e eventuais problemas. Isso acontece no macro, como por exemplo, entre moradores da mesma cidade, mas também no micro, como entre moradores do mesmo prédio. A administração, organização e execução de melhorias em condomínios necessitam de um responsável que, neste caso, é o síndico. “Uma das responsabilidades mais importantes do síndico é a realização da inspeção predial, que deve ser vista como ação preventiva.

No entanto, a maioria dos síndicos é leiga, não é engenheiro”, diz a perita judicial Kamila Rodrigues da Silva que também compõe a equipe do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-SC) de Criciúma.

Diante desse desconhecimento, Kamila, que também é engenheira civil e professora universitária, informou que o sistema CREA decidiu divulgar melhor o Manual do Síndico – publicação

apresentada em sua palestra no Seminário Nacional de Inspeção Predial, realizado pela AEA Sinos de 23 a 25 de agosto, no campus da Unisinos. No guia são apontados aos síndicos, proprietários e condôminos as principais regras para a manutenção e reforma dos condomínios, assim como as responsabilidades dos síndicos. “A manutenção preventiva trabalha antes de acontecer algum problema”, explica. Segundo ela, toda edificação necessita de cuidados e manutenções periódicas para que ofereça segurança e conforto aos seus condôminos.

Kamila observa, ainda, que a estrutura das edificações, como instalações elétricas, hidráulicas e tubulações de gás, sofrem desgastes. “A manutenção preventiva pode ajudar a manter a integridade do imóvel, identificando e reparando eventuais deficiências que, com o passar do tempo, possam representar riscos para a segurança do imóvel e a dos que o habitam ou frequentam”, afirma.

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Economia nos gastos e segurança Além disso, a manutenção preventiva proporciona economia nos gastos do condomínio, porque previne a ocorrência de danos de grande monta que normalmente representam elevadas despesas não previstas. Também dá segurança a quem desempenha a função de síndico. “Quando se trata de inspeção corretiva, o gasto é bem maior, porque como já diz o nome, é quando já é necessário corrigir algo no edifício que não está certo.”

No laudo da inspeção entregue ao

síndico são especificados, inclusive, os valores da manutenção. Exemplifica com um prédio de cinco ou seis anos. “Se eu fizer hoje uma pintura sairá muito mais em conta do que eu trabalhar uma pintura daqui a dez anos.

Porque neste caso, não será apenas a pintura, mas outras demandas que precisaremos tratar como fundação, rachaduras, fissuras e infiltrações”, explica, observando que a identificação de infiltrações deve ser verificada já na execução do projeto.

Projetos devem ser feitos por profissionais habilitados

SAIBA MAIS...

Muitos municípios gaúchos, a exemplo de São Leopoldo, têm a Lei de Manutenção e Inspeção Predial e Marquises. A lei exige a presença de um profissional responsável para a realização de qualquer obra ou serviço técnico, com o devido registro no CREARS e a emissão da responsabilidade por meio de ART.

Mas de quem é responsabilidade pela manutenção predial? Da construtora, do síndico, da Prefeitura? Conforme o Código Civil Brasileiro é do síndico.

“Quando você assume esta função, há o compromisso, a responsabilidade por aquela edificação. Você é o dono da casa. Na hora de um sinistro, quem o morador vai procurar? Quem será culpado? O síndico que deixou uma pessoa sem responsabilidade técnica, sem ter um engenheiro por trás, fazer o serviço”, afirma. Para a perita judicial, um projeto elaborado e executado por pessoa não habilitada, além de ocasionar cálculo impreciso e manutenção incorreta por utilização de materiais inadequados, é o prenúncio de acidentes, tragédias e

prejuízos irreparáveis.

Outro exemplo citado por Kamila se refere a reformas de apartamento sem orientação técnica. “O morador tira uma parede do apartamento, sem nenhuma orientação técnica e acaba provocando algum sinistro.” A engenheira civil observa que, nestes casos, há necessidade de um estudo prévio para autorizar ou não a retirada da parede. “Trata-se de uma reforma de extrema complexidade que exige profissionais habilitados pelo CREA ou pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo, o CAU.” Essas e tantas outras orientações estão nas mais de 30 páginas do Manual do Síndico do CREASC que pode ser encontrado no site portal.crea-sc.org.br.

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28 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

EIV prevê quais os impactos causados por novas construções Estudo deve ser feito antes de se colocar o projeto de construção em prática, principalmente quando se trata de grandes condomínios habitacionais Você já ouviu falar sobre Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)?

Este termo nada tem relação com os seus vizinhos e, sim, sobre os impactos causados por novas obras em determinada área de um município ou região. “É fundamental realizar o EIV antes de se colocar o projeto de construção em prática, principalmente quando se trata de grandes condomínios habitacionais, responsáveis por muitos impactos”, afirma a engenheira civil Patrícia Guidali, diretora da Guidali Engenharia de São Leopoldo.

Diversas questões precisam ser analisadas, segundo ela. “Como estão as redes de água, de esgoto e instalações elétricas. Como essas redes vão comportar o condomínio?”, questiona a engenheira civil. Há também a questão dos empreendimentos comerciais e das indústrias, que provocam interferências no comportamento do município. “O impacto está diretamente ligado ao crescimento populacional. Nós, como profissionais, temos que acompanhar

esse crescimento, cada um na sua área”, afirma.

A obrigação de execução do Estudo de Impacto de Vizinhança em empreendimentos privados ou públicos dependerá do tamanho, localização e principalmente atividade, como instalações radiológicas (radioterapia e quimioterapia), clínicas veterinárias (com internação ou guarda de animais), restaurantes, boates, casas de festas, estabelecimentos com música ao vivo ou mecânica, centros culturais, museus, entrepostos, armazéns, centros comerciais, shopping centers, lojas de departamentos, supermercados, hipermercados, pavilhões de feiras e exposições, dentre outros de acordo com cada cidade e suas leis municipais.

Patrícia reforça a importância do Estudo, que surge na fase de Aprovação de Projetos para novos empreendimentos ou para alvarás novos e/ou modificação na razão social, modificação de endereço de acordo com a realidade de cada Plano Diretor. E reitera que “o EIV estabelece os efeitos urbanísticos,

Patrícia Guidali Engenheira Civil e diretora da Guidali Engenharia de São Leopoldo

positivos ou negativos, da implantação do empreendimento em área urbana, portanto, como será afetada a qualidade de vida da população residente nas proximidades”.

29 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

Laudo deve ser feito por engenheiros e arquitetos Ao deixar claro que o laudo de impacto das obras habitacionais deve ser feito por engenheiros civis ou arquitetos, Patrícia informa que esses profissionais, ao realizarem o estudo, devem, impreterivelmente, emitir a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou o Registro de Responsabilidade Técnica (RRT). “Outro ponto que o profissional também pode fazer é um orçamento e, principalmente, já pensar além da questão dos impactos. O que ele pode fazer para tentar diminuir os impactos? Quais são as medidas compensatórias a fim de tentar compensar algum impacto negativo? Qual a compatibilidade entre a área existente e o futuro empreendimento?”, indaga.

ITENS MÍNIMOS A engenheira sinaliza com uma dica aos profissionais da área: “Façam um comparativo com outras cidades, contemplando, no mínimo, o adensamento populacional, equipamentos urbanos e comunitários”. Lógico que as recomendações são opcionais, porém

é fundamental ir até o local não só para vistoriar o terreno ou o empreendimento, mas para conhecer o bairro e a quadra onde está a construção. “O profissional precisa saber qual a infraestrutura necessária para atender aquele empreendimento, motivo pelo qual tem que estar ciente de qual é o uso, assim como buscar respostas para uma série de itens que permitem uma investigação sobre quais pontos se terá maior impacto.”

O EIV deve acompanhar no mínimo a identificação do adensamento populacional, equipamentos urbanos e comunitários, uso e ocupação do solo, valorização imobiliária, geração de tráfego, identificação de vagas públicas x vagas privadas (para veículos), demandas por transporte público, ventilação e iluminação, paisagem urbana e patrimônio natural e cultural, nível de ruídos (medições no local e vizinhos), qualidade do ar, vegetação e arborização urbana, geração de resíduos, capacidade da infraestrutura de saneamento e pavimentação.

Maior impacto é na mobilidade urbana Com mais de uma década produzindo Estudos de Impacto de Vizinhança, Patrícia garante que, independente de qual seja o empreendimento e sua localização, o maior impacto é na mobilidade urbana. “Por isso, uma entrevista deve ser feita com o cliente para saber se haverá ou não estacionamento interno no empreendimento e, se for o caso, quantas vagas públicas serão utilizadas”, aconselha. Outros pontos que valem o questionamento por parte do técnico é sobre quais caminhos no entorno da obra serão mais usados por pedestres e veículos e quais tipos de veículos circularão pela área.

“Temos que ter o domínio da rotina do nosso cliente para poder fazer um laudo de estudo de impacto de vizinhança”, explica ela, que dá alguns exemplos. “Eu vou abrir uma escolinha infantil. Então, num raio de duzentos metros, eu tenho praças e posto de saúde? Qual é a minha infraestrutura em torno dessa escolinha?

Eu tenho que conhecer a minha rua, eu tenho que conhecer meu bairro.”

Somente com todo esse aparato de informações, as conclusões da vistoria do EIV podem conduzir para a aprovação do empreendimento, a partir do momento que algumas exigências são feitas como a redução da área construída, áreas verdes, além de medidas de isolamento acústico.

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31 EDIÇÃO 2023

Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos

Daqui um tempo, será comum o cliente passear virtualmente dentro de sua nova casa, mesmo antes da obra “sair do papel” com o uso de um óculos 3D já utilizado para esse fim.

Gerson Luiz Kauer | Arquiteto Urbanista, formado pela Unisinos em 1991. | Sócio proprietário da Kauer Arquitetura & Design Contatos: (51) 999-881-837 | gerson@kauer.arq.br

Arquitetura ao longo do (meu) tempo!

Desde os primórdios, quando o homem buscou abrigo em uma caverna, procurou uma pedra ergonomicamente confortável para sentar e para apoiar seus utensílios. Estava, ali, se criando o conceito de lar. De lá para cá, as coisas evoluíram em materiais utilizados e formatos, mas sempre buscando a proteção e o conforto dos usuários.

Conforto físico (leito, poltronas, etc.), conforto visual (iluminação adequada ao uso, fachadas e ambientes agradáveis aos olhos, etc...), e o conforto psicológico (uso de cores, texturas, temperatura, etc.).

Passamos por grutas, choupanas de galhos e folhas, casas de pau a pique, madeira, pedras, tijolos e hoje estamos com materiais pré-fabricados, como chapas cimentícias, isopor, chapas galvanizadas. E, assim, a construção está se tornando mais rápida, menos dependente de recursos naturais (construção seca). Com o tempo, compraremos em catálogos casas modulares e as montaremos de acordo com a necessidade e gosto de cada família.

Particularmente, acredito que vai se perdendo a arquitetura enquanto “arte”. Grandes frontões e pilares esculpidos já são coisas do passado, embora mesmo os mais leigos admirem esses prédios históricos. Arquitetos no passado eram artistas completos. Projetavam, esculpiam, pintavam, e suas obras estão aí depois de séculos.

Arquiteto há mais de 32 anos e outros tantos trabalhando na área, tive a felicidade de aprender arquitetura “raiz” ainda no desenho com tinta nanquim. Feito “a mão” como se diz! Os textos eram escritos letra a letra usando normógrafo. Por várias vezes, se perdia o trabalho todo, ao derramar sobre as pranchas desenhadas o café que comemorava sua conclusão depois de noites de trabalho.

Era uma época de projetos com grandes telhados, recortados e, em função das telhas, coloridos. Assim também os revestimentos usados amplamente em

fachadas, como tijolos à vista dispostos de forma “trabalhada” davam cor e movimento as ruas da cidade.

Os tempos mudaram e a tendência de estilo trouxe casas mais quadradas, com telhado oculto e grandes panos de vidro. Está ficando tudo muito parecido. Aí se destacam os arquitetos que, dentro desse estilo, conseguem encontrar a beleza em linhas mais retas e achar harmonia visual entre volumes, balanços, cores e o equilíbrio entre vidros e panos cegos.

Agora trabalhando com CAD, me considero um privilegiado de ter vivenciado duas fases da parte gráfica dos projetos e épocas tão distintas de estilos arquitetônicos. Aprendi a “pegar gosto” por um desenho bem feito e detalhado, e de viver a fase das fachadas mais modernas, de linhas retas e puras.

Atualmente, já se consegue visualizar o projeto, externa e internamente, com imagens 3D - fotos realísticas. Daqui um tempo, será comum o cliente passear virtualmente dentro de sua nova casa, mesmo antes da obra “sair do papel” com o uso de um óculos 3D já utilizado para esse fim.

E chegamos à era BIM - Modelagem de Informação da Construção no setor da Arquitetura, Engenharia e da Construção. Um processo de criação e gerenciamento de informações, onde recursos de programas específicos fazem a integração de todos os projetos mostrando as interferências de um sobre o outro – do planejamento à construção e operação.

Com o uso do BIM, teremos projetos melhores, com mais integração, conexões entre equipes (fases de projetos até a construção), melhores fluxos de trabalho, redução de erros e perdas ao longo do ciclo de vida de um projeto. E, assim, vão se criando capítulos, nos quais cada geração escreve suas respectivas páginas.

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Um projeto de impermeabilização deve ser elaborado por profissional qualificado e habilitado pelo CREA e CAU, pois é preciso seguir as normas técnicas, conhecer os produtos existentes, sua utilização e em quais locais podem ser utilizados Marcelo Grub é Engenheiro Civil, formado na Universidade do Vale do Rio dos Sinos, e sócio-diretor da Rewest Engenharia e Impermeabilização.

Contatos: (51) 982-140-210 | marcelo.rewest@gmail.com

Impermeabilização na construção civil O QUE É IMPERMEABILIZAÇÃO? Impermeabilização é um processo de aplicação de produtos específicos sobre superfícies que estão sujeitas às intempéries climáticas ou ação de águas e outros líquidos.

O seu emprego, desde a fundação ao telhado, impede diversos tipos de manifestações patológicas e outros fatores problemáticos em uma construção. Desta forma, se faz necessário realizar estudos para prevenção das patologias e um projeto de impermeabilização bem feito.

Etapas a serem seguidas para o sucesso da execução de impermeabilização: Projeto Materiais adequados Cronograma de execução Mão de obra especializada NORMAS TÉCNICAS: NBR 9575 – Impermeabilização: Seleção e Projeto Deve ser elaborado por profissional com

MARQUISES Aplicação de manta líquida de base acrílica.

PISCINAS Aplicação de impermeabilizante mineral elástico fibrado

qualificação para exercer essa responsabilidade técnica e legalmente habilitado pelo CREA e pelo CAU. Ideal ter os projetos arquitetônico estrutural, hidráulico-sanitário, elétrico, gás, revestimentos e tantos outros.

NBR 9574 – Execução de impermeabilização Manual descritivo, com detalhes de especificações dos materiais e serviços.

Servem para estabelecer critérios e determinações que devem ser seguidas para que a execução seja realizada da melhor forma possível.

O projeto de impermeabilização deveria ter a mesma importância que os projetos complementares, como elétrico, hidráulico, estrutural, PPCI e outros. Para se fazer um projeto de impermeabilização, precisamos conhecer os produtos existentes no mercado, sua utilização e em quais locais podem ser utilizados. Abaixo, alguns exemplos de tipos de impermeabilizantes e os locais onde foram aplicados:

BANHEIROS Impermeabilização de box de banheiro com impermeabilizante mineral semi-flexível.

TERRAÇO Impermeabilização com manta asfáltica 4mm poliéster

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Programa de modernização das redes de água está em curso Desde 2019, Semae já investiu mais de R$ 32 milhões no projeto e pretende concluir todas as etapas até 2024 O Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) de São Leopoldo está com o Programa de Substituição de Redes em curso. O projeto está substituindo as redes de água mais antigas do município, para diminuir a necessidade de manutenção, assim contendo vazamentos e rompimentos, e aumentar a capacidade de distribuição de água tratada. Com isso, está acontecendo uma melhora no abastecimento geral no município. O programa foi lançado em 2019 e as obras acontecem com recursos próprios do Semae.

A nova tubulação é feita de polietileno de alta densidade (PEAD), material mais resistente com vida útil de, pelo menos, 50 anos. A tubulação de PEAD não enferruja, não apodrece e não permite formação de crostas em seu interior.

Além disso, possui baixa necessidade de reparos.

Com o programa, o Semae passa a ter setores de manobra. Isso significa que cada quadra conta com um registro próprio, garantindo maior precisão na detecção de problemas e menor impacto na rede de distribuição. A nova tubulação também aumenta a pressão de 10 mca (unidade de medida de água) para 20 mca, considerada a pressão ideal.

Por ser um material flexível, a tubulação PEAD pode ser implantada por meio de método não destrutivo, sem abertura de valas. A máquina perfura somente o espaço que será ocupado pela rede entre dois pontos (entrada e saída).

DIVULGAÇÃO SEMAE

Tubulações quase centenárias no Centro As primeiras substituições ocorreram no Centro, que possuía as tubulações mais antigas de São Leopoldo, quase centenárias, feitas de ferro e cimento amianto. No total, na região central, são 127 quadras abastecidas pela nova rede, além de mais de 55.900 metros de tubulações substituídas nessa primeira etapa.

Outros bairros da cidade também receberam melhorias em menor escala. Em outubro de 2022, foram iniciadas as obras do Programa de Substituição de Redes no bairro Fião e parte do Cristo Rei, a região com a segunda tubulação mais antiga do município.

No total, o Semae já investiu mais de R$ 32 milhões na execução do programa. A autarquia pretende concluir todas as etapas até 2024, com todas as redes antigas substituídas.

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Inspetoria faz fiscalizações em São Leopoldo e Portão

Durante o ano, a Inspetoria realiza diversas fiscalizações, entre essas ações destaque para as obras do Viaduto da Scharlau e a Operação Minerva O CREA-RS está presente em São Leopoldo desde 1982, através de sua Inspetoria que tem como objetivo atender aos profissionais, fiscalizar o exercício e a atividade das profissões abrangidas pelo Sistema CONFEA/ CREA. Os inspetores engenheiro Civil Luiz Carlos Tomedi (chefe); engenheiro de Produção e Segurança do Trabalho Igor Heck (secretário) e o engenheiro Elétrico Mauro Roberto Rutz Peter (tesoureiro) representam, honorificamente, o CREA-RS na jurisprudência da Inspetoria.

Dois funcionários – Ane Caroline Moura Ribeiro e Thiago de Miranda – são os responsáveis pelo atendimento aos mais de 1.400 profissionais, além da comunidade da região. Na fiscalização, atua o agente fiscal Rogério Fernando de Oliveira. Localizada na Avenida João Correa, 1.111, sala 71, a Regional

abrange também o município de Portão.

DIVERSAS AÇÕES Entre as diversas ações de fiscalização, destaque para as obras do Viaduto da Scharlau, administradas pelo Consórcio BR-116 Norte. Os profissionais da Inspetoria verificaram a responsabilidade técnica dos serviços prestados por empresas terceirizadas, como drenagem, topografia, movimentação de carga, pavimentação – serviços que exigem profissionais habilitados e com registro no CREA-RS. Já na Operação Minerva, São Leopoldo e Portão receberam uma ação intensiva de fiscalização com foco da construção civil e segurança do trabalho. O objetivo foi de fiscalizar empreendimentos residenciais e comerciais para verificar a existência do profissional habilitado na obra ou serviço, assim como a apresentação da ART.

Números de fiscalização Rotina

• Rotina ���������������������������������������������77 • Obra Regular �������������������������������������74 • Processo de Consulta �����������������������������4 • Anexação em Processo ���������������������������1 • TRDP ���������������������������������������������09 • Obra Paralisada �����������������������������������01 • Profissional Conselho de Arquitetura e Urbanismo ������������������������������������������26 • Gerou AI ������������������������������������������04 • Profissional Conselho Regional dos Técnicos ��������������������������������������������03 • Profissional Conselho Regional de Química ���02 • Empresa em registro ����������������������������01 • Solicitação atendida ������������������������������08 • Improcedência �����������������������������������03 • Remessa a outro órgão �������������������������03 • Empresa Registrada em outro Conselho ������04 • Em consulta ���������������������������������������01

Empreendimentos Fiscalizados

• Clínicas Médicas e Odontológicas ��������������01 • Concessionárias - Energia Elétrica ��������������02 • Condomínios Residenciais e Comerciais Verticais ����������������������������������������������04 • Edificação Residencial ����������������������������02 • Edificação Residencial Multifamiliar (Apartamentos) �������������������������������������01 • Estabelecimento Comercial ���������������������03 • Estabelecimento Prestador de Serviços de Eng. e Agronomia ������������������������������������������24 • Feiras/Eventos/Exposições ������������������������4 • Hotéis e Pousadas �������������������������������08 • Indústria �������������������������������������������02 • Instituições de Ensino - Escolas �����������������02 • Obra de Edificação Comercial �����������������20 • Obra de Edificação Industrial ��������������������03 • Obra de Edificação Residencial �����������������59 • Obra Pública ����������������������������������������6

Atividades de Engenharia Fiscalizadas • Engenharia Civil �������������������������������� 552 • Engenharia Elétrica �������������������������������37 • Engenharia Mecânica e Metalúrgica ������������37 • Geologia e Engenharia de Minas ���������������02 • Engenharia Química �����������������������������02 • Engenharia de Segurança do Trabalho ���������17 Atividades Profissionais Regularizadas • Engenharia Civil ����������������������������������65 Ações Especiais • Ação Especial Hospedagem + Segura ��������08 • Ação especial Operação Minerva 2023 15ª ��56 • Operação Controle III ���������������������������01 *Além dos agentes fiscais lotados na Inspetoria que atuam em fiscalizações de rotina, as jurisprudências das inspetorias são foco de ações especiais.

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A Associação Brasileira de Normas Técnicas publicou a NBR 17019/2022, que especifica os requisitos para a instalação elétrica fixa destinada a fornecer energia elétrica aos veículos elétricos e/ou a receber energia elétrica a partir dos veículos elétricos.

Jéferson Oliveira é Engenheiro Eletricista, Perito Judicial e sócio-diretor da Laplace Consultoria e Perícias Elétricas.

Contatos: (51) 998-883-132 | contato@laplaceconsultoria.com.br

Veículos elétricos e os desafios para condomínios: estações de recarga De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a frota de veículos leves eletrificados (veículos elétricos e híbridos) ultrapassou a marca de 158 mil unidades em junho de 2023. Números, que têm aumentado gradativamente, o que demonstra que a utilização de veículos elétricos (VEs) e híbridos está em franca ascensão no Brasil, assim como em outros países.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou, em 2018, a Resolução Normativa nº 819/2018.

Trata-se da primeira regulamentação, que estabeleceu os procedimentos e as condições para a realização de atividades de recarga de veículos elétricos. A Resolução abrangia concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica, denominadas distribuidoras e demais interessados.

No entanto, a ANEEL revogou essa norma com a aprovação da nova Resolução Normativa nº 1.000/2021.

Tal Resolução consolida os direitos e deveres dos consumidores de energia elétrica. Da mesma forma, estabelece as regras de prestação do serviço público de distribuição de energia. As disposições sobre a instalação de recargas de veículos elétricos estão no Capítulo V da norma.

Em abril de 2022, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou a NBR 17019/2022 (Instalações elétricas de baixa tensão – Requisitos para instalações em locais especiais – Alimentação de veículos elétricos). Em resumo, a norma especifica os requisitos para a instalação elétrica fixa destinada a fornecer energia elétrica aos veículos elétricos e/ou a receber energia elétrica a partir dos veículos elétricos.

Dentre outras normas vigentes, temos a ABNT NBR IEC 61851-1/2021 (Sistema de recarga condutiva para

VEs – Parte 1: Requisitos gerais). Além dela, existe a ABNT NBR IEC 61851-22 (Sistema de recarga condutiva para VEs – Parte 22 – Estação de recarga em corrente alternada para VEs).

A ABNT NBR IEC 62196-1 versa sobre “Plugues e Tomadas Fixas e Móveis para VEs Recarga Condutiva para VEs – Parte 1 – Requisitos gerais”. Já a ABNT NBR IEC 62196-2 trata de “Plugues e Tomadas Fixas e Móveis para VEs Recarga Condutiva para VEs – Parte 2: Requisitos dimensionais de compatibilidade e de intercambiabilidade para os acessórios em CA com pinos e contatos tubulares”.

TIPOS DE CONEXÕES PARA VEÍCULOS ELÉTRICOS Quanto aos tipos de conexão para VEs, a IEC 61851-1 prevê três possibilidades (casos). O caso A é a conexão de um VE a uma rede de alimentação com um plugue e um cabo permanentemente fixado ao VE. Já o caso B consiste na conexão de um VE a uma rede de alimentação com um cabo de recarga para VE destacável nas duas extremidades. Finalmente, o caso C é a conexão de um VE à rede de alimentação com um cabo e tomada móvel para VE fixados permanentemente à estação de recarga para VE. RECOMENDAÇÕES PARA OS CONDOMÍNIOS Um dos grandes impasses em um condomínio é se devemos conectar o carregador veicular no medidor do apartamento do proprietário ou no medidor de serviço (áreas comuns). A questão técnica envolvida é quando cada morador optar por recarregar a bateria do seu carro elétrico no horário de chegada convencional do trabalho

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FONTE DAS IMAGENS: POTÊNCIA EDUCAÇÃO

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MODOS DE RECARGA O modo de recarga é o método que permite conectar um VE à rede de alimentação para fornecer energia elétrica ao veículo.

Modo 1 (máximo 16 A) – Realiza-se em corrente alternada (CA) por meio de tomada de corrente, conforme a ABNT NBR14136 ou ABNT NBR IEC 60309-2, da instalação elétrica fixa local, utilizando um cabo de recarga para VE conforme a ABNT NBR IEC 62196-1.

Modo 2 (máximo 32 A) – A recarga deve ser em CA por meio de tomada de corrente, conforme a ABNT NBR 14136, da instalação elétrica

fixa local. Utiliza-se um cabo de recarga para VE – modo 2 (IC-CPD) conforme a IEC 62752.

Modo 3 (máximo 22 kW) – Efetua-se a recarga em CA por meio de estação de recarga para VE, conforme a ABNT NBR IEC 61851-1. Adota-se um cabo de recarga para VE, conforme a ABNT NBR IEC 62196-1.

Modo 4 (de 5 a 350 kW) – A recarga funciona em corrente contínua (CC) por meio de estação de recarga para VE, conforme a ABNT NBR IEC 61851-23. Emprega-se um cabo de recarga para VE conforme a ABNT NBR IEC 62196-1.

– normalmente esse horário é entre 18 e 19 horas.

Nessa hipótese, será que o disjuntor geral do prédio e a fiação elétrica irão suportar a demanda, ou ocorrerão desligamentos indesejados?

Felizmente, já existem soluções no mercado para controle da demanda e rateio do consumo. Inclusive, há estações de recarga que funcionam com cartões RFID e aplicativo, necessitando a identificação do usuário para a liberação da recarga. Os menores carregadores típicos do mercado têm potência aproximada de 7 kW. Tal valor é equivalente a um chuveiro elétrico tradicionalmente utilizado no Rio Grande do Sul. Se cada morador utilizar o carregador na potência máxima, seria o mesmo que cada apartamento estar ligando um chuveiro elétrico ajustado para a temperatura mais quente.

Existem alguns modelos de carregadores com potência ajustável, o que possibilita menores consumos de corrente elétrica e, consequentemente, maior tempo de carregamento das baterias. A NBR 17019/2022 determina que deve ser considerado que, em condições normais, cada ponto de conexão seja utilizado em seu valor de corrente nominal ou em seu valor de corrente de recarga máxima configurado para a estação de recarga

para VE. Ainda segundo a norma NBR 17019/2022, uma vez que todos os pontos de conexão podem ser utilizados simultaneamente, o fator de demanda do circuito de distribuição deve ser considerado igual a 1. A exceção é se o sistema de alimentação incluir um controle de recargas para VE, ou instalado a montante, ou ambos.

Uma recomendação importante é que se faça uma análise da curva de carga da edificação. O objetivo é identificar os horários de pico e evitar a utilização dos carregadores durante esses períodos. Dessa forma, não acontecerão sobrecargas na instalação elétrica e desligamentos indesejados. Cabe destacar que o descumprimento das normas técnicas pode resultar em incêndios.

Outro ponto importante é quanto à proteção de pessoas contra choques elétricos. A NBR 5410 (Instalações Elétricas de Baixa Tensão) exige proteção dos pontos de conexão em CA através de dispositivo à corrente diferencial residual (DR).

Algumas estações de recarga são fabricadas com DR embutido. Nesses casos, a instalação do DR no quadro elétrico da edificação torna-se opcional.

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O trânsito de médias e grandes cidades, com veículos autônomos e inteligências artificiais, pode ser a quarta ferida narcísica, mostrando à humanidade que sua liberdade de ir e vir dependerá mais das máquinas do que de si mesma. Com certeza, esse é um questionamento a ser feito.

João Otavio Marques Neto é Engenheiro Eletricista e Engenheiro de Segurança do Trabalho, formado pela PUCRS. Criador e produtor do Seminário Cidades em Trânsito, é sócio administrador da Sinaleiro Projetos e Eventos.

Contatos: (51) 984-121-342 | otavio.sinaleiro@gmail.com

O trânsito e as feridas narcísicas A humanidade, por muito tempo, acreditou no geocentrismo, que afirmava ser a Terra o corpo celeste localizado no centro do sistema solar, em cuja órbita os demais astros estariam orbitando.

O homem acreditou ser o centro do universo.

No entanto, Nicolau Copérnico apresentou sua teoria, que é utilizada até hoje, dando conta de que o Sol é o astro central do sistema solar, com a Terra e demais planetas a orbitá-lo.

Sentiu-se ferido, então, o homem.

De acordo com Sigmund Freud, esta é a primeira ferida narcísica da humanidade, referindo-se aos danos na autoestima e na identidade de uma pessoa. Freud desenvolveu a teoria do narcisismo, que descreve uma fase normal de desenvolvimento em que os indivíduos estão focados em si mesmos e em sua própria

(51) 3019.7726

(51) 98412.1342

gratificação.

A humanidade sofreu a segunda ferida narcísica quando Darwin deu luzes ao desenvolvimento das espécies, indicando que a origem do homem é a partir do reino animal, não sendo ele, o homem, a imagem e semelhança de Deus.

Sentiu-se outra vez ferido o homem.

A terceira ferida narcísica foi descoberta pelo próprio Freud, dando conta de que a consciência não é o centro da razão humana, mas tem um efeito infinito no inconsciente dos quais ela mesma não percebe.

Resumidamente, a humanidade não está no centro do universo, tampouco está no centro da evolução, fazendo parte dela como qualquer outra espécie e sua consciência não é o núcleo da razão humana.

E o trânsito?

Será o trânsito de médias e grandes cidades, com veículos autônomos e inteligências artificiais, a quarta ferida narcísica, mostrando à humanidade que sua liberdade de ir e vir dependerá mais das máquinas do que de si mesma?

otavio.sinaleiro@gmail.com

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Arte e arquitetura em perfeita conexão e mais realística Plataforma da startup Aviwa, incubada no Tecnosinos, permite desenvolver projetos com blocos 3D de obras de arte Arquitetura e obras de artes sempre tiveram uma estreita ligação. Conexão que ganha impulso da Aviwa, incubada no Parque Tecnológico Tecnosinos, em São Leopoldo. Com uma proposta inédita, a startup desenvolveu uma plataforma com blocos 3D de obras de arte para ambientação de espaços e decoração, o que permite que arquitetos, engenheiros e designers criem e executem projetos personalizados e mais próximos à realidade para seus clientes.

Desde maio deste ano, estão disponíveis mais de 180 obras de diversos estilos de 30 artistas de várias regiões do Brasil - escultores, artistas visuais, ceramistas, fotógrafos, designers de iluminação, entre outros.

O avanço da tecnologia e dos métodos projetuais desafiam os profissionais do setor na busca por imagens renderizadas e realistas. “Os blocos 3D das obras de arte – desenho computadorizado de objetos existentes – são oferecidos aos profissionais gratuitamente”, destaca a arquiteta e sócia fundadora da Aviwa, Alessandra Teribele. Na plataforma, além do download, há marketplace e informações detalhadas de cada produto.

Ou seja, as peças reais – quadros, esculturas, luminárias e outros objetos de decoração – podem ser adquiridas na

plataforma, posteriormente, pelos clientes.

LACUNA Levantamento, realizado pela equipe Aviwa, identificou que a maioria dos clientes ficava frustrada ao não encontrar no mercado alguns itens inseridos no projeto. “Nossa plataforma consolida-se como uma ferramenta que legitima a entrega do projeto, conforme o planejado”, frisa a arquiteta Virgínia Vannini, que também é sócia fundadora da startup.

Virgínia lembra que foi a escassez de blocos 3D para ambientação e decoração que motivou a criação da Aviwa.

“Durante pesquisa de mercado, verificamos uma vasta gama de blocos 3D para peças produzidas em série, como mobiliário, louças e metais, porém havia uma lacuna para ambientação e decoração dos espaços”, explica.

Softwares para modelagem e renderização, como Lumion, V-ray, Corona e Enscape oferecem agilidade, rapidez e otimização do processo projetual, permitindo a criação de imagens fotorrealistas. Para que as imagens geradas durante o projeto fiquem bem próximas da proposta real, os blocos 3D são feitos por programas de modelagem e representação 3D, como Sketchup, 3Dsmax, Revit e Blender.

Exemplos de projetos com blocos 3D inseridos na imagem.

Projeto do escritório LMA Arquitetura.

Blocos (da esquerda para direita): escultura de Ricardo Aguiar; tela de Karen Haas; luminária de Alexandre Lopes Fagundes; tela de Fernando da Luz, e vasos de Vera Flesch.

Site

No site da Aviwa (www.aviwa.com.br) o profissional pode usar diversos filtros de busca que o auxiliam a encontrar com facilidade as peças desejadas. É possível buscar por categorias específicas, como esculturas, pinturas, luminárias ou ainda selecionar as obras de arte por Estados brasileiros. Além disso, no filtro de busca é possível digitar palavras específicas para levar o profissional a algum estilo ou item que ele necessita como: botânico, natureza, industrial entre outros. Outro ponto importante é poder saber o preço de cada produto adequando a proposta ao orçamento disponibilizado pelo cliente.

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