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Creche canina se torna alternativa para cães que ficam sozinhos por muito tempo

CRECHE CANINA SE TORNA ALTERNATIVA PARA CÃES QUE FICAM SOZINHOS POR MUITO TEMPO

O Brasil é o terceiro país do mundo em número de animais domésticos. São quase 150 milhões de bichinhos de estimação, segundo o censo do IPB (Instituto Pet Brasil) de 2021. Significa dizer que pelo

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menos 70% da população tem um pet em casa. Os dados mostram ainda que os cachorros são os campeões quando o assunto é preferência, e estão em 58% dos lares que possuem um ou mais animais.

A maioria dos donos enxerga esses doguinhos como um membro da família e, por isso, esses pets possuem muitas regalias. Não é à toa que o mercado voltado para cachorros só cresce e oferece os mais diversos serviços para atender essa demanda. Basta dar uma olhada por aí para encontrar desde picolés especiais à panetones voltados para os cães. Além disso, há brinquedos, roupas, spa e até creches só para atender os clientes caninos.

Em Barreiras, Oeste da Bahia, esse serviço de creche passou a ser oferecido pela clínica veterinária Doutor Pet após muita procura por parte dos clientes, principalmente após a pandemia, como explica a sócia-proprietária Laura Tomazini: “Nós já tínhamos o serviço de hospedagem há 6 anos mas, recentemente, passamos a trabalhar com a creche canina. Isso se deu por causa da pandemia, quando os tutores ficaram muito em casa. Com o afrouxamento das medidas de segurança e a volta ao trabalho, muitos animais sofreram sozinhos dentro das residências.”

Essa solidão dos bichinhos passou a ser amenizada com a convivência com outros cachorros, que é a principal proposta do serviço. “Os cães são seres que por natureza são sociáveis e gostam de viver em matilhas. Com a correria do dia a dia, muitos acabam não recebendo os estímulos adequados para gastar energia e socializar com outros animais, correndo o risco de desenvolver alguns distúrbios psicológicos, como ansiedade por separação, lambedura das patas ou mesmo, latidos em excesso”, conta a empresária. As atividades propostas fazem parte da rotina dos animais cadastrados na creche, que hoje já somam 20. Primeiro acontece a socialização, em seguida uma série de brincadeiras em um ambiente dinâmico, complexo e interativo. São propostos desafios físicos e mentais como acontece na natureza e há um tempo para estimulação. Depois eles almoçam, descansam e voltam a brincar. No lanche da tarde tem frutas e legumes em forma de brinquedos para enriquecimento ambiental e para que gastem bastante energia: “Depois estão prontos e felizes para voltar para casa”, afirma Laura.

Para participar da creche o cão deve estar com as vacinas obrigatórias em dia, vermifugado e com remédios para pulgas e carrapatos.

Com tudo isso estão prontos para iniciar a socialização num espaço grande, com gramado, com tudo o que eles têm direito, piscina de bolinha, rampa, túnel e muitos outros brinquedos à disposição. Aqui os cães são livres para expressarem seus comportamentos naturais e serem felizes, completa.

A ARTE DE ORDENAR A NATUREZA! UM VIVA AO PAISAGISMO!

Texto: Ana Paula Macedo e Louise Calegari

A natureza é perfeita em todas as formas e cores. Disso, todo mundo já sabe. Mas quando ordenada com propósito, ganha ainda mais exuberância, pois consegue traduzir mensagens e até sentimentos a partir de projetos muito bem executados. Quando isso acontece, podemos mergulhar na raiz do conceito do paisagismo, que busca em sua essência traduzir através do natural, e o equilíbrio perfeito entre harmonia e beleza.

Há quem defenda que o planejamento de paisagismo é tão importante quanto o arquitetônico, porque complementa e dá continuidade ao que precisa ser abraçado, promovendo acolhimento, tranquilidade e, por que não, um pouco de paz em tempos nos quais a correria e o concreto fazem parte da rotina de tanta gente. Para o paisagista e engenheiro agrônomo, Alex Sá, conseguir o resultado ideal depende da história, dos sonhos e desejos de cada cliente e, principalmente, do respeito às etapas da realização do projeto, da execução e da manutenção . O profissional, que tem mais de 30 anos de

carreira e jardins espalhados por diversas cidades além de Salvador, como Aracaju, Itacaré, Trancoso, e São Paulo, defende que o primeiro passo para desenvolver um projeto é conhecer o local e as questões ambientais que o envolvem, como a vegetação nativa, o entorno e, até mesmo, o vento.

É IMPORTANTE COMBINAR PLANTA DE FOLHAGEM COM FLOR, IDENTIFICAR E PLANEJAR ONDE VAI TER UMA ÁRVORE FRUTÍFERA OU QUALQUER TIPO DE ÁRVORE OU PALMEIRA QUE, QUANDO ADULTAS, VÃO CRESCER. A PLANTA TEM QUE SER APROPRIADA PARA O LOCAL EM QUE VAI FICAR E TER O QUE PRECISA, SEJA SOMBRA, SOL OU ESPAÇO PARA CRESCER, EXPLICA SÁ.

por causa de um projeto realizado em Trancoso com o arquiteto Davi Bastos, recebendo reconhecimento no circuito nacional. Para ele, as plantas devem crescer livres, soltas e com raízes fincadas no solo, porém, quando isso não é

possível, os vasos se tornam ótima opção por enriquecerem, de forma estética, a concepção. “Em casos assim, é preciso saber harmonizar os vasos e combinar com os móveis e o estilo da casa. É um trabalho em conjunto que realizamos com a equipe de arquitetura ou do designer, e sempre com o aval do cliente”, acrescenta ele.

Para Sá, trabalhar com paisagismo envolve muitos significados, pois mexe

diretamente com os sentimentos e memórias das pessoas. “Resgatamos as plantas que as pessoas têm referência da infância ou até mesmo um gramado que será palco de brincadeiras e momentos em família”, afirma. Este pensamento também é nutrido pela paisagista Lícia Loureiro, que atua há cerca de 50 anos como Arquiteta, Urbanista e Paisagista. Ela assina diversos projetos paisagísticos em prédios, empresas e outros empreendimentos, como a Bahia Marina e, o mais recente, no loteamento Bimbarras Sítios de Praia. Do alto da sua expertise, ela defende que o paisagismo é a arte de dar vida aos sonhos:

CONSTRUÍMOS AMBIENTES COM AFETO E SINGULARIDADE. SOMOS JARDINEIROS DO AMANHÃ, TRABALHAMOS COM VIDA E PARA VIVER O MELHOR, CRIANDO ESPAÇOS DE BEM-ESTAR E ACONCHEGO, ONDE AS CONSTRUÇÕES, AS PESSOAS E OS ANIMAIS POSSAM CONVIVER EM HARMONIA.

Foto: Lucas Assis Foto: Arquivo pessoal

A profissional ressalta que, para o planejamento dar certo, é preciso analisar a vegetação existente, o microclima, o solo e o abastecimento de água, e fazer um estudo preliminar para compatibilização da proposta paisagística com a implantação da construção arquitetônica e urbanística. “O ideal é que trabalhemos desde a concepção do projeto, ajudando a decidir o que de menos impacto será criado no local da obra. É necessário analisar a volumetria das construções e das árvores existentes ou outros elementos que possam interferir no paisagismo, para escolher, usando nosso senso estético e conhecimento das necessidades da vegetação, o que de fato usaremos”, completa.

Fonte: Coluna Arquitetando / Site Bahia Notícias @louisecalegari / @apmacedob

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