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19 - Saúde - Dependência Quimica

Saúde Dependência química, doença crônica que cresce mundialmente

As causas da dependência química estão associadas a uma somatória de fatores de risco de ordem biopsicossociais.

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Desde 1964 a Organização Mundial da Saúde (OMS) introduziu o termo dependência química para designar o uso abusivo de drogas lícitas ou ilícitas, substuindo os termos “vício” e “habituação”. Em 1967, o termo “alcoolismo” começou a fazer parte do Código Internacional de Doenças (CID-8). Desde então, a dependência química é considerada uma doença crônica.

A OMS define a dependência química da seguinte forma: “estado psíquico e algumas vezes sico resultante da interação entre um organismo vivo e uma substância, caracterizado por modificações de comportamento e outras reações que sempre incluem o impulso a ulizar a substância de modo connuo ou periódico”. palavra “drogas” com substâncias que podem causar dependência e malecios para o organismo, neste caso teríamos as drogas lícitas, como o cigarro e o álcool e as drogas ilícitas, por exemplo: a maconha, a cocaína, a heroína e o crack.

Contudo, o conceito de droga definido pela OMS é mais amplo, qual seja: “droga é qualquer substância que introduzida no seu organismo, interfere no seu funcionamento”. Portanto uma medicação poderia ser conotada como droga, por exemplo, a aspirina ou a penicilina.

Conforme este entendimento, se torna fácil perceber que o uso do termo “droga” se tornou um “jargão” para designar as substâncias que fazem mal para o organismo humano.

Segundo o relatório mundial sobre drogas de 2021 da OMS, cerca de 275 milhões de pessoas usaram drogas no ano de 2020 e 36 milhões sofreram de transtornos associados ao uso de drogas. A OMS alerta que a pandemia potencializou riscos da dependência química. Este relatório aponta que entre 2010 e 2019 houve um aumento de 22% no número de pessoas que usam drogas, projeções indicam um aumento de 11% no consumo de drogas até 2030, cerca de 5,5% da população entre 15 e 64 anos já usou drogas pelo menos uma vez no ano de 2020 e 36,3 milhões de pessoas, 13% do número total de usuários, sofrem de transtornos associados ao uso de drogas.

No Brasil, segundo estudos desenvolvidos pela Lenad Família, quase 30 milhões de pessoas tem um familiar que seja dependente químico. Já a OMS esma que, cerca de 6% da população brasileira tem alguma dependência química, algo em torno de 12,4 milhões de pessoas.

Em Santa Catarina, segundo pesquisa da Assembleia Legislava do Estado (ALESC), de 2015, nesta época já havia mais de 125 mil dependentes químicos, sendo que, apenas 10% estavam em tratamento..

As causas da dependência química estão associadas a uma somatória de fatores de risco de ordem biopsicossociais.

Os fatores internos se somam a fatores externos. Dentre os fatores internos, temos os biológicos, com relevo para a hereditariedade, os genécos e os psicológicos.

Quanto aos fatores externos, os aspectos sociais são bastante relevantes, assim como os familiares, a influência da mídia, visto que, a televisão, o rádio e a internet podem influenciar e favorecer o uso de substâncias como o álcool e o cigarro, ainda a interação das pessoas com o ambiente escolar ou universitário, locais onde o indivíduo pode sofrer algum po de violência verbal ou sica, como o bullying, também a pressão pela inclusão a um grupo específico, o que pode propiciar o contato com as drogas.

Os sintomas não são tão fáceis de serem percebidos de início, visto que, a dependência química é um transtorno progressivo e consequentemente os sintomas se tornarão gradavamente mais intensos e aparentes, contudo, pode-se idenficar os principais: Fissura ou Craving, que significa a vontade descontrolada de ulização; Dificuldade de Controlar o Uso, cada vez precisará ulizar uma quandade maior da droga para obter o efeito desejado; Síndrome de Absnência, o organismo se acostuma e se torna dependente da droga, portanto, quando o usuário permanece sem o seu uso, ocorrem reações orgânicas que podem provocar alterações de humor, irritabilidade, tremores, náusea, palpitação e alucinação, sendo que, a absnência pode provocar alterações metabólicas mais graves, como: arritmia cardíaca, desidratação, elevação da pressão arterial e outras alterações importantes que podem levar a morte; Mudança de Comportamento, geralmente mudam as amizades, a pessoa passa a assumir riscos, menr e abandonar interesses pessoais.

A dependência química pode provocar uma desestruturação global na vida das pessoas, prejudicando seus relacionamentos afevos, profissionais e familiares, por vezes colocando o dependente em uma “situação de rua”, ainda pode provocar diversas doenças sicas e mentais, por exemplo: distúrbios comportamentais, doenças sexualmente transmissíveis, endocardite infecciosa (inflamação do tecido que reveste o coração), enfisema pulmonar (perda da elascidade e destruição dos alvéolos pulmonares), insuficiência renal e hepáca, desnutrição e compromemento cerebral.

Dentre as doenças mentais que pode acarretar está a Depressão, principal causadora do suicídio. Esta doença crônica pode ser tratada, contudo o primeiro passo é o entendimento do indivíduo da sua condição de dependente e da aceitação desta realidade, afinal, muitas vezes a pessoa compreende que está doente, mas não demonstra disposição para, por exemplo, no caso do alcoolismo, entender que não poderá mais beber por toda sua vida.

Os principais pos de tratamento são: desintoxicação, psicoterapia, medicamentos e internação; quanto a sua duração, varia conforme o nível de dependência, o estágio de toxidade orgânica e o perfil psicológico do paciente, ainda a presença de transtornos mentais e doenças sicas oriundas da dependência.

Vem comigo!!!

Dr Antonio Ballestero Consultor em Gestão de Saúde, Palestrante, Cirurgião densta, p ó s - g r a d u a d o e m G e s t ã o Hospitalar, Ex-secretário de Saúde de Balneário Camboriú, Presidente do Instuto Abaeté de Saúde e Desenvolvimento Humano. A coluna “Dr. Antonio Ballestero Jr. Desvendando a Saúde do Brasil” abordará temas relavos à saúde e o seu impacto no âmbito pessoal, profissional e conjuntural. Conheça a opinião sobre os fatos e sobre este mundo em constante transformação, numa abordagem que visa o entendimento de todos.

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