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BAGUNCEI A DIVISÃO: AS MULHERES NO RAP NACIONAL CONTEMPORÂNEO

Drik Barbosa: Adriana Barbosa de Souza, mais conhecida como Drik Barbosa (pronúncia Drika Barbosa), nasceu em São Paulo e compõe desde os 14 anos. Drik relata que a música sempre foi muito presente no seu cotidiano em uma ocupação na periferia: seus pais e tios ouviam Hip-Hop e passaram o amor e o conhecimento das batidas. Drik começou nas famosas batalhas de rima, e hoje é uma das maiores na cena do Rap feminino Nacional, tendo cantado com grandes nomes, como Emicida, Rincon Sapiência e Karol Conká. Outro ponto importante, é que Drik sempre tenta levar a mensagem de representatividade e de que é possível para outras mulheres pretas. Ela sempre traz nas suas letras referências ao empoderamento feminino, principalmente das mulheres negras, como em “Liberdade”, “Camélias” e “Quem Tem Joga”, essa última foi selecionada como trilha sonora para a produção do filme “Esquadrão Suicida”.

MC Soffia: Soffia Gomes da Rocha Gregório Correia, mais conhecida como Mc Soffia, nasceu na zona oeste de São Paulo, é uma Rapper conhecida por músicas como “Meu Lugar de Fala” “Minha Rapunzel tem Dread” e “Lady da Quebrada”. Atualmente tem 19 anos e tem despontado no cenário desde 2016, quando cantou na abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro ao lado de Karol Conká. Soffia foi criada em torno dos movimentos sociais, vem de uma família de mulheres negras muito fortes e com uma história luta, como sua mãe a produtora musical e empresaria Kamilah Pimentel, que é do movimento negro desde a adolescência. Apesar dessas influências, Soffia afirma que sofreu racismo na Escola. Com apenas 12 anos, revelou em uma entrevista para a BBC, que o ambiente escolar precisava melhorar muito para combater o racismo. Atualmente, Mc Soffia faz sucesso com sua música, sua representatividade e empoderamento.

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Karol Conká: Karoline dos Santos Oliveira, mais conhecida como Karol Conká, nasceu na periferia de Curitiba e quando criança tinha muitos sonhos, como ser cantora, apresentadora e bailarina. Aos 16 anos Karol entra para o mundo do Rap e depois lança um álbum com sete canções juntamente com o grupo Agamenon, do qual ela fazia parte, ficando assim mais conhecida. Porém, aos 19 anos Karol Conká, se afastou da música depois que teve seu filho João e só voltou aos palcos em 2011, quando começou a ter notoriedade por causa das suas músicas, ganhando o prêmio Multishow em 2013, na categoria “artista revelação”. Já em 2014, Conká lançou o seu single “Tombei” e ganhou visibilidade no Brasil inteiro com ele. Desde então Karol Conká se tornou consagrada no cenário, sendo uma referência muito importante para o Rap feminino nacional. As canções de Conká encontram abrigo nos mais diferentes públicos e também contribuem para o empoderamento de pessoas pretas.

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