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Plano Nacional de Cinema

Durante o 2.º período realizaram-se várias sessões de cinema nas diferentes bibliotecas do agrupamento. Para comemorar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto (27 de janeiro), selecionamos Uma Turma Difícil (2004), uma l onga-metragem da realizadora Marie-Castille Mention-Schaar e para evocar a data de 14 de fe-

vereiro, disponibilizamos o filme Belle (2013), de Amma Asante, que aborda diversas questões pedagógicas relevantes, a partir da vida de uma mulher que viveu em Inglaterra na 2.ª metade do século XVIII e princípio do séc. XIX: Dido Elizabeth Belle.

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Estes filmes encontram-se disponíveis na plataforma streaming do PNC.

Ciclo de Cinema “Viver a Páscoa

com a BE”

As bibliotecas selecionaram um conjunto de vídeos/filmes para

os diferentes anos de escolaridade. Os docentes têm acesso a outros vídeos alusivos a esta quadra em https:// tinyurl.com/3makj9ar e em https:// tinyurl.com/2p8ezz3u

A Equipa do Plano Nacional de Cinema

DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO |27 DE JANEIRO

Como forma de comemorar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, vá-rias turmas da Escola Básica Frei João foram convidadas a assistir ao filme francês “Uma turma difícil”( “Les Héritiers”, no original) que pretende abordar, junto dos jovens, a importância da memória na evocação do horror vivido durante o Holocausto, para que acontecimentos como este nunca mais se repitam. No filme verídico, um grupo de alunos de origens, de raças e de religiões muito distintas, para quem a escola parece nada trazer, é convidado a participar num concurso que lhes vai mudar a vida. Valores como a tolerância, o respeito, a compreensão e a solidariedade são relembrados graças aos relatos de algumas vítimas do holocausto, também elas crianças e adolescentes tal como os protagonistas do filme. Hoje, já só sobrevivem cerca de 300.000 vítimas dos campos de concentração nazis. É, por isso, urgente recolher testemunhos e fazê-los chegar às novas gerações que têm cada vez menos consciência desta realidade tão atroz.

Ana Cunha, Professora de Português

No filme francês “Les Héritiers” (“Uma turma difícil”, em português), uma turma do 10º ano, composta por alunos mal educados, desinteressados e barulhentos, é desafiada por uma professora a participar num projeto/concurso sobre o Holocausto e a sua importância. Unindo-se aos poucos, os alunos começam a desenvolver espírito de equipa e auto estima, pondo de lado as diferenças que os caracterizavam. Estes alunos, através das pesquisas efetuadas, pude-ram contactar com diversos testemunhos de crianças e de adolescentes que estiveram presos em campos de concentração e até mesmo conhecer um sobrevivente de 95 anos que lhes relatou como foi a sua prisão aos 15 anos. Para estes jovens, a experiência causou um enorme impacto na forma de pensar e de ver os outros, passando a estudar e a trabalhar como uma verdadeira turma.

Miriam Gavina, nº19, 8ºF

MEMÓRIA é eternizar algo que não deve ser esquecido: as lembranças, os bons e os maus momentos, as emoções vividas... Não podemos permitir que sejam esquecidas, porque quem perde memórias, perde vida.

Miguel Marques, nº14 8ºE

A MEMÓRIA é fundamental, é o que nos faz aprender a não repetir os erros do passado.

Mariana Cruz, nº 16 8ºF

Milhões de mortes Esperança limitada Memórias infelizes... permanentes Olhares de desprezo Realidade aterradora Inferno na Terra, à espera da salvação Alegria esgotada... Que aflição!

Sónia Silva, nº18 8ºG

Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa, (PNC )

Fonte: https://www.papodecinema.com.br/wp-content/ uploads/2020/12/20201208-quando-hitler-roubou-o-coelho-cor-de -rosa-papo-de-cinema-1-750x493.jpg

Não fosse o título, esta poderia ser “apenas” mais um filme biográfico. Esta história, traçada no tempo que atravessa um dos períodos negros da humanidade, pode ser vista como um jogo infantil do gato e do rato. Jogo que toda a família joga, de forma diferente mas com um fator comum para os adultos: as crianças não devem deixar de o ser antes do seu tempo. Entendemos, com isto, uma proteção necessária e que não peca por excesso ou por falta de informação. A menina, a quem roubaram o coelho cor-de-rosa, pode não entender toda a complexidade política da situação ou

a séria ameaça à família mas não deixa de ser uma menina de 9 anos habituada a luxos e pequenas extragâncias a que os pais se podiam dar. Passa por mudanças e adapta-se, mais devagar, mais depressa… Senta-se para divagar e quer saber mais e os porquês. Afinal, é apenas uma criança. Uma criança a quem roubaram o coelho cor-de-rosa. A quem tiraram o tio, a casa, os livros e brinquedos, a língua, o país. Porque era judia e isso, era um pecado de pena capital. Arthur depressa percebe que tem de proteger a família e começam as, pouco, anunciadas

mudanças. Afinal, em quem confiar? Na família? Nos empregados ou vizinhos? Aconselhamos vivamente o livro (Judith Kerr, 1972) mas o filme… é qualquer coisa de maravilhoso. Para essa sensação, muito contribuiu a pequena atriz que faz de Anna, Riva Krymalowski, que nos faz relembrar como é boa a inocência, como o desconhecido pode transportar-nos e salvar-nos!

Ficha técnica · Direção - Caroline · Título original- Als Hitler das rosa Kaninchen stahl · Gênero: Drama, Família, História · Ano: 2019 · País de origem: Alemanha / Suíça · Elenco: Riva Krymalowski, Marinus Hohmann, Carla Juri, Oliver Masucci, Justus von Dohnányi, Ursula Werner…

Armanda Ribeiro, Professora de História