Lusopress Magazine - Edição 19 - Unindo os Portugueses

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Novo projecto da Lusoservices promete distinguir os melhores Nomeação de cem personalidades pela Lusoservices e CIC Iberbanco

FICHE TECHNIQUE Une publication de

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Lídia Sales lidiasales@gmail.com DIRECTEUR-ADJOINT

Guilherme José REDACTION

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João Cazenave

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crónica da direcção

SIÈGE SOCIAL RÉDACTION ET DÉPARTEMENT COMMERCIALE 1. av. Vasco de Gama 94460 VALENTON Tél: 01.56.32.92.78

José Gomes CONTACT COMMERCIAL IMPRESSION

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Lídia Sales — lidiasales@gmail.com

Peres-SocTip, SA

ISSN: 1968-6366

Das cem personalidades já 25 foram nomeadas como informamos numa das páginas desta edição. Depois de escolhidos os candidatos, será escrita uma biografia de cada um com posterior edição em livro. A compilação de biografias terá o nome homónimo e sai a partir de Maio de 2011. Cada nomeado terá direito a 50 livros e “PORTUGUESES DE VALOR” será distribuído gratuitamente nas Embaixadas, Consulados e nos balcões do CIC IBERBANCO, escrito em Português mas que terá também tradução simultânea em inglês ou francês. Um projecto que envolve os países com as maiores comunidades portuguesas no mundo. Das cem personalidades nomeadas, dez receberão um Troféu que será entegue numa gala patrocinada pelas duas entidades promotoras. A data da festa já está marcada e a grande cerimónia de distinção da comunidade lusitana será a 10 Junho do próximo ano, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Um evento realizado na zona de Paris, em que todos estarão presentes incluindo entidades oficiais de Portugal e de França. Todos os pormenores serão divulgados em diversos órgãos de comunicação social, onde o local, horário e individualidades presentes serão precisados.

06 18 44 74 55

Estrada Nacional n.º 10, Km 108,3 Porto Alto - 2135-114 Samora Correia Tel: +351 263 009 900 Fax: +351 263 009 999

Antes de partirem de férias quero informar os leitores do nosso próximo projecto — PORTUGUESES DE VALOR. Há 5 anos que nos dirigimos à comunidade portuguesa onde quer que se encontre sempre com projectos inovadores, este consiste na nomeação de cem individualidades portuguesas ou de descendência portuguesa de diversas áreas, entre elas economia, cultura, literatura ou desporto, que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento e dinamização da comunidade portuguesa no mundo.

Uma equipa de sociólogos fará um inquérito confidencial a que todos os candidatos responderão aos dados pedidos. Em função das respostas, o júri decidirá quais são aqueles que mais contribuem para a dignificação das comunidades lusas pelo mundo. O júri será constituído por duas entidades nomeadas pela LUSOSERVICES e dois representantes do CIC IBERBANCO, um quinto elemento, cujo nome ainda não está confirmado, será o presidente do júri. Outros projectos da LUSOSERVICES continuam a realizar-se, como a revista “LUSOPRESS MAGAZINE” e a WEB TV “LUSOPRESS”. A pedido de muitos leitores, o “GUIA LUSOPRESS” terá uma nova edição logo no início de 2011. Fique atento a mais novidades do projecto “PORTUGUESES DE VALOR”, e sobretudo não perca o livro e a Gala deste evento. Boas Férias e até Setembro.

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sumário 2

01 crónica da direcção

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Novo projecto da Lusoservices promete distinguir os melhores

Lista dos primeiros vinte e cinco nomeados para a obra “Portugueses de Valor”

04 entrevista

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Sheriff Armando Fontoura

Maria Amélia Paiva, Cônsul de Portugal em Newark

28 reportagem Pesca, a paixão de João Paiva

10 entrevista

34 empresariado

Augusto Amador, vereador na Câmara de Newark

Banco BCP, amigo do ambiente

16 entrevista António Seabra

44 entrevista 20 entrevista Joaquim Casimiro

Teresa Moura, Directora do AICEP em França durante dois anos e meio

48 festas Animação minhota contagia habitantes de Clermont Ferrand

56 desporto 22 entrevista LUSOPRESS magazine | n.º 19 | Julho/Agosto 2010

Paulo Matos

3ª Edição do GP de Karting da CCIFP

62 passatempos 64 horóscopo


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entrevista 4

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Corria o ano de 1954, Armando Fontoura, 12 anos, natural de Vilar de Perdizes ficou deslumbrado com o automóvel americano conduzido por um primo que anos antes tinha emigrado para os EUA, país donde a mãe do Sheriff Fontoura era natural. Esta visita despoletou a vontade dos pais do jovem Armando de deixarem Portugal onde os meios eram parcos, rumo ao sonho americano.

Sheriff Armando Fontoura

“Quando saí de lá não havia ainda electricidade, lembro-me da viagem até ao Porto e depois para a capital onde apanhámos o barco. Lembro-me ainda hoje da travessia do Atlântico. Só voltei a Portugal 34 anos depois quando os meus pais se reformaram e resolveram regressar; encontrei um país diferente, evoluído, bons acessos e com campos de golfe excelentes” disse Armando Fontoura. Algarve e Cascais contam agora com a presença frequente de tão ilustre visitante, que mantém, com 60 anos uma forma fisica invejável, fruto do exercício que pratica diariamente, e que aconselha aos elementos da força que


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entrevista 6

chefia “os polícias devem ser agéis para reagiram rapidamente em qualquer situação” afirmou. Antes de começar a carreira na aplicação da lei, o Sheriff Fontoura trabalhou como professor no sistema escolar público Newark depois de obter o diploma de bacharel em educação na Faculdade Newark Estado Teacher’s, agora Kean University. O Sheriff Fontoura é graduado da National Academy do FBI e Executivo do Instituto Nacional. Antes da primeira eleição como Sheriff em 1990, Armando Fontoura subiu na hierarquia do Departamento de Polícia de Newark, onde esteve durante 24 anos, numa carreira policial que começou em 1967, Fontoura ganhou o posto de Capitão e actuou como Chefe Adjunto do Director da Polícia. Como assistente do chefe, ajudou a formular políticas e foi o responsável pelo Escritório de Informação Pública. Durante a sua carreira, o Sheriff Fontoura desempenhou cargos de supervisão da Divisão de Patrulha e da Divisão de detective. Trabalhou com o FBI para impedir uma série de assaltos a bancos que tinham assolado a região, coordenou o aclamado pela crítica e muito bem sucedido Bandit Squad. Mais tarde foi nomeado Director do Projecto do Departamento da Polícia do Serviço Central para a vítima de Abuso Sexual e Violação (SARA).

Condado de Essex Associação de Saúde Mental, onde continua a ser um membro do Conselho de Administração da organização dos conselheiros, e é administrador Lay de Nossa Senhora de Fátima em Newark.

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O Condado de Essex Divisão de Polícia foi adicionado ao comando do Sheriff Fontoura, em 1997. Em 2007, a Divisão de Polícia foi dissolvida e os policiais da divisão tornaram-se agentes do Sheriff designado para o Sheriff’s Patrol Divisão que garante a segurança do Essex County Park System. No Concelho Coordenador do Condado de Essex Office of Emergency Management, o Sheriff Fontoura dirige a resposta regional para catástrofes naturais e antrópicos e actos de terrorismo. Ao longo da distinta carreira, o Sheriff Fontoura foi o destinatário de muitos prémios profissionais e cívicos. Essas homenagens incluem a sua selecção pela NBC como a área metropolitana “Good Cop”, UNICO’s “Man of the Year”, “o Jaycees Newark” Law Enforcement Officer of the Year”, o Boy Scouts” Good Scout prêmio “, a estrela- Man Ledger Jersey “do Ano”, e do

Fundo de Bolsas de Thurgood Marshall’s Award “de excelência”. O Sheriff Fontoura já foi vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos de Newark e VicePresidente do Grupo de Colaboração Newark. Ele também actuou como vice-presidente do

Armando Fontoura é também membro do conselho de administração ou do conselho consultivo de várias importantes organizações de caridade, incluindo a United Way, o Exército da Salvação, o Star-Ledger Natal do Fundo, o Clube 200, de Essex County, o Ironbound Boys e Girls Clube . Todos os anos no dia de Acção de Graças doa alimentos para os sem-abrigo. Sheriff Fontoura dedica tempo e energia a muitas causas cívicas e beneficentes. Como membro do Conselho de Administração da Grande Fundação de Newark Fresh Air , é um excelente organizador do programa Summer Camp, que permite que os jovens economicamente desfavorecidos possam experimentar as maravilhas da natureza. É convidado frequente para programas de relações públicas e telejornais, já apareceu apareceu na NBC “Dateline”, “ABC” Prime Time” e


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entrevista 8

“CBS “48 Horas” e “Olho na América”, analisou e comentou tópicos que vão desde ataques terroristas e proibição de armas de assalto a violência dos gangs e gestão de emergências. Com um curriculum invejável, motivo mais que suficiente para ser um dos nomeados ao prémio “Portugueses de Valor” recebeu-nos no seu gabinete. A comunidade portuguesa é especialmente problemática? Todas as comunidades têm problemas e eu tento com respeito e dignidade fazer cumprir a lei, seja qual for a origem, sou isento. Se alguém desrespeita a lei tem de pagar. A maior cadeia de New Jersey é a que está sob o meu comando com 1200 detidos e 800 pessoas a trabalhar. Este país tem um problema de armas, mas o que é preciso é controlo e disciplina. A afirmação da comunidade portuguesa em todo o mundo e especialmente nos EUA, deve-se a quê? Ao trabalho e demonstração da força política e financeira, três atributos necessários para sermos aceites e mostrarmos que somos iguais a todas as outras comunidades; por alguma razão estamos em todo o mundo e somos respeitados em todos os países que nos acolhem.

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Que Presidente americano mais o marcou? A sua opinião acerca do Presidente Obama. Foi o Clinton, é aquele com quem mais me identifico. Apoiei Hillary Clinton nas últimas eleições, não por achar que se o mundo fosse governado por mulheres seria melhor pois as condições seriam as mesmas, mas por simples ideologia.

Fui nomeado para servir na Brigada Anti-Crime e Estratégia do Conselho da Casa Branca e no Fórum Nacional sobre Controle de Drogas. Em 1993, o presidente Clinton designou-me para o acompanhar no pódio na Robert Wood Johnson Hospital em New Brunswick, onde abordei o impacto da criminalidade violenta sobre o custo dos cuidados de saúde nos Estados Unidos. Quanto a Barack Obama precisa de mais tempo para mostrar, os tempos são dificeis para demonstrar a boa governação, é inteligente, jovem mas precisa de experiência. A vida do Sheriff não é só trabalho e política, relaciona-se com membros da comunidade? Tenho vários amigos, Tony Seabra é talvez o meu melhor amigo, somos vizinhos e amigos.

Os irmãos Cruz, família muito importante na área da construção, também são meus amigos, estudámos juntos. E a nível familiar? Tenho 3 filhos e sou o feliz avô de cinco netos. Aproveito a oportunidade para lhe pedir que deixe aqui uma mensagem para os portugueses que vivem nos Estados Unidos. Desejo que continuem com a boa reputação e a manter a nossa cultura; temos bons empresários, politicos, devemos continuarmos a envolvermo-nos na sociedade conforme temos feito aqui na América e por todo o mundo. Nós também podemos fazer o que os outros fazem, mesmo que os objectivos a atingir sejam dificeis de conseguir para nós, devemos pensar que os beneficiados serão os nossos filhos e netos.


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entrevista 10

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Augusto Amador, natural da Murtosa é vereador na Câmara de Newark a cumprir o 4º mandato. Nascido em 1949 foi com 17 anos para os EUA.

Augusto Amador, vereador na Câmara de Newark

Como funciona a eleição do vereador e quais as suas competências? O sistema político a nível de municipios aqui nos EUA é um pouco diferente de Portugal ou mesmo da Europa. Nós não temos pelouros, somos eleitos através duma votação que acontece todos os 4 anos. Os vereadores são como representantes dum bairro que neste caso tem cerca de 60 000 cidadãos de várias origens, portugueses, hispânicos, brasileiros, etc., sou o representante no Conselho Municipal, sem pelouro mas com responsabilidades muito grandes em termos de legislador a nível municipal, proponente ou fiscal do orçamento da cidade, que neste caso atinge os 700 milhões de dólares por ano. Além disso temos a responsabilidade bastante grande, que nos permite controlar o tipo de desenvolvimento e de actividade a nível de investimento que o próprio bairro pode ter, no nosso caso todos os dossiers que são apresentados à Câmara Municipal relacionados com o desenvolvimento do bairro passam pelo nosso escritório antes de serem apresentados ao conselho municipal para aprovação final. Se o bairro pretender construir um pavilhão polidesportivo ou qualquer infra-estrutura é-lhe apresentado o dossier em primeiro lugar? Claro, além disso todo o projecto mesmo de índole privada também tem de ter o nosso aval, tem de estar dentro das normas.


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entrevista mil dólares para dinamizar a campanha dele. Nós temos uma filosofia muito simples, as eleições não se ganham com cartazes, nem com barulho ou promessas, são ganhas com o trabalho desenvolvido ao longo do tempo, eu tenho uma confiança enorme nas pessoas que eu represento e que têm a possibilidade de votar de 4 em 4 anos, deposito confiança nessas pessoas e o resultado vi-o no final das eleições. Este ano houve talvez menos participantes julgo que em consequência da maneira como a campanha foi feita.

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Quem pode votar nessas eleições? A votação abrange os cidadãos do país desde que aqui residam há mais de cinco anos e que estejam inscritos. Os estrangeiros têm de fazer o processo de cidadania independentemente do local onde tenham nascido. Sirvo também de elo de ligação entre as necessidades da comunidade a nivel individual e colectivo e a Câmara Municipal, é praticamente a responsabilidade dum Presidente de Câmara, mas neste caso a nivel de bairro.

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Tenho dois escritórios, um na Câmara Municipal e outro no bairro localizado na zona central do mesmo, onde tenho dois assessores a trabalhar 8 horas por dia que recepcionam todos

os pedidos e reclamações dos residentes que são apresentados e depois trazidos para a Câmara para a respectiva resolução. As últimas eleições foram difíceis? Não, em termos de resultados eleitorais até foram mais fáceis que as anteriores, foram bem disputadas, o outro candidato estava muito bem financiado por si mesmo, é um industrial local e por isso teve a possibilidade de ter 500

Contou com algum apoio especial? Tive o apoio do Sheriff Armando Fontoura, foi muito importante, é uma pessoa com muita credibilidade, com uma imagem bastante positiva, é um profissional na área do combate ao crime, tanto no meio local como no nacional, é uma referência, as pesssoas sentem segurança, ele sabe o que está a fazer; somos amigos de longa data, almoçamos bastantes vezes durante a semana, trocamos impressões das áreas


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entrevista 14

Que opinião tem sobre o Portugal de hoje? Portugal evoluiu em termos fisicos, a minha responsabilidade não é ser critico do que se passa em Portugal, mas acho que há uma necessidade muito grande de não perdermos os valores, o que nos define como pessoas especiais que somos, em Portugal há uma grande falta de autoestima das pessoas em termos de realizar o presente para preparar o futuro, é isso que eu noto em Portugal, deixaram de olhar para o futuro.

de responsabilidade, dele e minha, apoiamo-nos mutuamente nesse contexto essa relação beneficia os dois. No exercício da sua função se um interveniente for português sai beneficiado em detrimento doutra nacionalidade? Nesse caso sou rigoroso e se a última eleição teve um cariz um pouco diferente das outras é porque houve pessoas na comunidade que não concordaram com a minha eleição e apoiaram o outro candidato, essa atitude não teve qualquer influência, passou-nos ao lado e concluíuse que as pessoas são inteligentes.

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A política gera ódios? Eu faço-a de forma honesta, tenho a impressão que na comunidade onde vivo há mais de quarenta anos se perguntarem quais as qualidades que podem atribuir ao político e homem Augusto Amador, responderão — integridade e honestidade. Não estou para enganar ninguém nem mentir com falsas promessas, não recuo um passo, tenho os objectivos do colectivo e não os de atingir interesses pessoais. Fui eleito por pessoas e portanto espero cumprir com a promessa que fiz em 1998 e por isso me envolvi na política. O que se passou no dia 10 de Junho de 2010? Em termos de qualidade foi superior aos últimos 10 anos e foi superior porque se pôs de lado os interesses particulares, os clubes e as associações decidiram organizar porque o que existiu durante 10 anos não tinha nada a ver com a cultura e com o que é ser português, havia necessidade de tomar uma decisão e foi o que a união dos clubes fez. Houve um dia de chuva e mesmo assim ninguém arredou pé, na parada não havia um único grupo que não fosse português, os comentários que eu ouvi lá e outros que me chegaram aqui, foram positivos, este ano não teve nada a ver com a “bagunçada” que antes assistíamos que não tinha nada a ver com o que somos. Desta vez criou-se um alicerce para se criar um dia de Portugal.

Aqui para além das oportunidades que nos surgem há o espirito que não se consegue encontrar em mais nenhum lado, que nos permite ter uma grande potencialidade em relação ao futuro , essa tem sido a minha função, é preparar alguém para me substituir.

Nao tenho qualquer remorso nem as pessoas que colaborarm nesta organização têm. Como sabe, com a nomeação dos “Portugueses de Valor”, terá de se deslocar a Paris no próximo ano, a Gala é exactamente no dia 10 de Junho de 2011, como vai resolver a situação? Será um desafio bastante complicado mas as comemorações são normalmente a seguir ao dia exacto 10 de Junho, penso que será uma questão de organização. Uma das questões que se levantam mais em termos políticos, é quando essas posições têm de ser tomadas e se age pelo correcto e não a pensar que esta ou aquela decisão pode ser prejudicial para uma próxima campanha. Dedicou-se sempre à política? Estou na situação de reformado da firma onde trabalhei 34 anos, dessa empresa estive 7 anos com licença ilimitada desde quando me candidatei pela 1ª vez.

Vou continuar, mesmo depois desta passagem como vereador vou-me manter interessado mas quero aproveitar o tempo para me dedicar a uma coisa que gosto muito de fazer: escrever. Se houver a possibilidade de poder transformar a vivência para os outros através da escrita tenho o meu objectivo cumprido. O que o levou a sair de Portugal? Saí de Portugal de uma forma privilegiada, o meu pai já cá estava há muitos anos. Quando cheguei como muitos outros, estudei de noite, trabalhei de dia, senti a dor do isolamento, sobretudo eu que deixei lá os meus pais; só não voltei porque havia o conceito que quem o fazia era um derrotado e eu não queria dar essa ideia. Continuei a lutar como os meus pais me ensinaram. Para terminar tem alguma mensagem para deixar? Termino com uma frase que é o essencial de tudo o que faço na vida: “A vida não é um destino é uma viagem e a viagem está dentro de mim, continua até nós não podermos ser úteis à sociedade, não sou daqui nem de lá.


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entrevista 16

António Seabra

natural de Vila Nova de Tazém Nos anos sessenta mais que as dificuldades económicas, o receio das famílias era despedir-se dos filhos, a guerra colonial pairava como uma núvem negra nas famílias; para evitar tamanho desgosto o patriarca da família Seabra decidiu partir com os 5 filhos e esposa para os EUA e assim António Seabra tal como os seus irmãos aí se encontra há 34 anos.

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Feliz pelo pai ter tomado essa decisão, “continuo com coração em Portugal, mas aqui é sem dúvida o país das oportunidades, as quais, sempre que me surgem tento apanhar “ afirmou António Seabra à Lusopress. Importador de produtos alimentares portugueses e de vinho, foi sempre nesse ramo que a família desenvolveu a actividade profissional, com um crescimento substancial; “no negócio o lucro não está na venda mas na compra, hoje em dia é preciso saber negociar, a boa compra é o reflexo final do negócio. A importação de produtos, dos vinhos, fabricação de enchidos e também um investimento na área da comunicação social dão trabalho a cerca de 2000 pessoas em 5 estados, disse António Seabra”

Qual a maior dificuldade que encontra na gestão do negócio? Os recursos humanos são o mais complicado, o lado humano é a parte mais rica duma empresa, felizmente sempre tivemos o privilégio de ter pessoas a trabalhar connosco desde o primeiro dia que chegaram aos EUA. Somos muito ricos na área humana, os nossos colaboradores vivem o nosso negócio como eu o vivo, as pessoas chave do grupo são todas de origem portuguesa com uma percentagem de 40% no geral, os restantes são de outras nacionalidades. Quais são os principais produtos importados? Em 1975 começamos com dois produtos portugueses: Azeite Gallo e peixe fresco que chegava todas as 4ªs feiras vindo de avião e que vendíamos à grande população portuguesa de Newark, produtos que ainda hoje mantemos. O nosso mercado começou por ser o da saudade, os portugueses tinham necssidade, para mitigar a saudade da terra e da família de ver à mesa alimentos que lhes fizessem recor-


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entrevista ... “A facturação global do grupo é de 250 milhões de dólares. Temos seguido um crescimento notável, infelizmente nos últimos dois anos fomos afectados, o euro ficou muito forte, os produtos importados atingiram um preço mais elevado e os produtos nacionais ficaram muito mais baratos”.

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dar o país amado. Fomos crescendo e hoje a empresa importa de 13 países diferentes (Itália, Brasil, Noruega, Equador, Canadá entre outros). Actualmente o nosso consumidor final não é só o português, os nossos produtos estão nas grandes redes de supermercados americanos. Como classifica a sua relação com os exportadores portugueses? Continuo a ter boas relações de amizade com os exportadores de Portugal, são muitos anos a trabalharmos juntos, visito-os regularmente.

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O Grupo Seabra tem tido então uma ascendência marcante. A facturação global do grupo é de 250 milhões de dólares. Temos seguido um crescimento notável, infelizmente nos últimos dois anos fomos afectados, o euro ficou muito forte, os produtos importados atingiram um preço mais elevado e os produtos nacionais ficaram muito mais baratos.

Com o resto da comunidade como é a sua relação? Adoro o meu trabalho, a parte mais importante e mais valiosa é o calor humano, tenho a melhor relação com os meus colaboradores, exportadores e também com os importadores, trabalhamos com muitas exclusividades que depois transacionamos, o mercado é grande, dá para todos. A evolução tem sido constante, tenho 55 anos comecei a trabalhar muito jovem no ramo alimentar, agora o meu grande desejo é passar mais tempo em Portugal, não me vou reformar mas tenho os meus filhos, familiares e colaboradores muito competentes. Aos portugueses que como o Senhor Seabra deixaram Portugal o que tem a dizer? Que se sintam muito orgulhosos de serem portugueses, somos um pais muito pequenino mas com princípios. Vivemos mais Portugal fora de Portugal que propriamente os que lá vivem.


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entrevista 20

Em 1963 Joaquim Casimiro chegou aos EUA com 16 anos, idade com que começou a trabalhar na construção civil. Anos mais tarde, iniciou a actividade empresarial na mesma área e como a grande maioria, sem fazer qualquer discriminação, dá preferência a trabalhadores portugueses. Relação amistosa com todos, nunca teve problema com nenhum. Na empresa que dirige, as obras são quase exclusivamente para o Estado americano.

Joaquim Casimiro

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natural de Serras do Bouro, Caldas da Rainha Portugal recebe-o 4 a 5 vezes por ano, Joaquim Casimiro encontra uma evolução de Portugal desde o 25 de Abril: “Portugal teve bons momentos, mas também tem atravessado maus momentos. Acompanho sempre o que se passa em Portugal através da televisão, dos jornais e com visitas regulares. Agora constato as pessoas com grandes problemas financeiros, falta de emprego e os bens necessários estão cada vez mais caros. Naquele tempo era uma ilusão a gente emigrar, parti à aventura, hoje faria a mesma coisa, consegui na minha vida atingir objectivos que se estivesse lá ficado decerto não conseguiria” concluiu Joaquim Casimiro. Homem afável, humilde, frontal, relaciona-se bem com a comunidade portuguesa e sem qualquer animosidade, gosta de resolver os problemas no momento em que surgem. O sucesso da vida empresarial não modificou a

sua personalidade, continua a mesma pessoa e quer nos Estados Unidos quer em Portugal fala com todos. É no mar que se sente bem, a pesca descontrai-o. A Portugal vai em passeio e aproveita para fazer uns investimentos porque

ainda que tenha algumas dúvidas quanto ao rumo do país continua a acreditar em Portugal. A festa do 10 de Junho era na altura da estadia da equipa da Lusopress em Newark, motivo de conversa e a opinião de Joaquim Casimiro, com a sobriedade que o caracteriza e sem querer despoletar polémicas é parca de palavras, mas objectiva: “a festa de 10 de Junho de este ano foi gorada, precisava de uma organização, considero-a a maior festa portuguesa no mundo, eram sempre 3 ou 4 dias de festa, vinham pessoas de todo o mundo” Que opinão tem sobre os portugueses em geral? O que conheço dos portugueses aqui, acho que somos um povo unido. Desejo a todos os portuueses que tenham um bom percurso e defendam o bom nome de Portugal que é respeitado em todo o mundo.


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entrevista 22

Paulo Matos Paulo Matos foi em 1978 atrás do sonho americano. Uma irmã que lá vivia alojou-o durante os primeiros tempos e como milhares de outros portugueses, Newark era o destino. Durante 18 anos conheceu apenas três patrões, sempre na área da construção civil, há 12 anos criou a própria empresa especializada em obras públicas, (estradas canalizações, pontes). Para conseguir os trabalhos tem de se sujeitar a concursos públicos que vão até 15/20 milhões de dólares.

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Nos últimos anos, como em todo o mundo, também a empresa de Paulo Matos foi afecta-

da. Em 2 anos a facturação foi de 20 milhões de dólares e um ano foi de 18 milhões de facturação. “Os primeiros anos tiveram um crescimento considerável, depois baixou um pouco e agora considero estável, espero que este ano seja igual ao ano passado, para o próximo prevejo um pequeno aumento, não muito significativo” afirmou Paulo Matos que não mostra qualquer arrependimento de ter tomar essa decisão. O optimismo que o caracteriza, tem-no ajudado a ultrapassar todos os obstáculos que se lhe têm deparado. Quando admite alguém, e porque o emprego

é um bem precioso, Paulo Matos tenta dar o lugar a um compatriota, mas se aparecer alguém doutra nacionalidade com competência e que corresponda às necessidades da empresa, Paulo Matos não hesita em contratá-lo. Vida profissional preenchida, não abdica dos fins-de-semana para descansar e descontrair, de Novembro a Março dedica-se à caça, sendo mesmo dono dum clube de reserva de caça. Lisboa também o recebe com frequência, benfiquista, assiste sempre que possível aos jogos no estádio. Aos compatriotas Paulo Matos deseja o maior sucesso, onde quer que estejam.


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AS PRIMEIRAS 25 DAS 100 PERSONALIDADES A NOMEAR PARA A OBRA

“PORTUGUESES DE VALOR” ARMANDO FONTOURA......................................................................SHERIFF . ........................................................................................USA PAULO MATOS.....................................................................................PM CONSTRUCTION......................................................................USA ANTÓNIO SEABRA..............................................................................GRUPO SEABRA.............................................................................USA AUGUSTO AMADOR...........................................................................VEREADOR......................................................................................USA JOAQUIM CASIMIRO..........................................................................POWER CONCRETE........................................................................USA ANTÓNIO BAPTISTA...........................................................................PROFESSOR....................................................................................USA CARLOS VINHAS..................................................................................CCIFP .................................................................................... FRANÇA JOSÉ CORREIA.....................................................................................J´OCEANE................................................................................ FRANÇA PAULO MARQUES...............................................................................CIVICA...................................................................................... FRANÇA FERNANDO AFONSO..........................................................................KSM.......................................................................................... FRANÇA PAULO DENTINHO..............................................................................JORNALISTA............................................................................ FRANÇA ULRIC AMADO.....................................................................................DESPORTISTA......................................................................... FRANÇA ANGELO DA SILVA...............................................................................ALFYMA................................................................................... FRANÇA ARMANDO LOPES...............................................................................RÁDIO ALFA............................................................................ FRANÇA JOSÉ LOPES..........................................................................................SCP........................................................................................... FRANÇA JORGE TEIXEIRA..................................................................................LE PORTUGAL SAVEURS....................................................... FRANÇA ANTÓNIO FERNANDES.......................................................................ARGONET................................................................................ FRANÇA VICTOR MARIANO...............................................................................ETS MARIANO......................................................................... FRANÇA RAMIRO FERNANDES.........................................................................MENILMONTANT.................................................................... FRANÇA FERNANDO CRESPO...........................................................................SOC. FERNAND POSE............................................................ FRANÇA MANUEL FARIA....................................................................................CALYPSO.................................................................................. FRANÇA ROGÉRIO VIEIRA..................................................................................NAPOLEON............................................................................. FRANÇA MÁRIO CASTILHO ..............................................................................APCS......................................................................................... FRANÇA MANUEL MONTEIRO..........................................................................MONTOIT................................................................................. FRANÇA

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JOAQUIM BAPTISTA ..........................................................................PEDRA ALTA............................................................................ FRANÇA


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entrevista A Cônsul Maria Amélia Paiva tomou posse do Consulado de Portugal em Newark a 25 de Agosto de 2009

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Maria Amélia Paiva Cônsul de Portugal

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Os utentes do Consulado têm aderido bem às novas tecnologias, utilizadas pelo Consulado? Estão a reagir muito bem, julgo que ainda somos o único Consulado nos EUA que emite o cartão do cidadão, fazêmo-lo desde o dia 27 de Abril. Os portugueses de Newark estão muito interessados nestas novas fórmulas. Até Abril recolhiamos todos os elementos mas o bilhete de identidade era produzido em Lisboa, demorava muito tempo. Alguns portugueses, e porque actualmente vão frequentemente a Portugal, o que não acontecia antes, tratavam de toda a documentação lá, agora já podem tratar de tudo aqui, cartão do cidadão e os novos passaportes incluidos. Os portugueses que vivem fora de Portugal foram beneficiados com estas novas directrizes? Os documentos têm o mesmo tratamento aqui nos EUA e na Europa que em Portugal, são as mesmas plataformas informáticas, estamos todos em rede. Os utentes do Consulado não têm sentido falta de informação, tem havido uma grande aposta na formação dos colaboradores do Consulado, e sempre que se introduz um

novo modelo de trabalho tem de haver a respectiva formação; para esta nova introdução foi feita formação em serviço durante 2 semanas e estamos sempre em canal aberto o que nos permite esclarecer qualquer dúvida na hora, temos sempre mais perguntas a fazer e o público é cada vez mais interessado pelas novas tecnologias, enviam-nos mails e telefonam para serem esclarecidos; nota-se um enorme aumento da comunicação por mail da nova geração. Um cidadão europeu ainda precisa de visto para viajar para os EUA? Há um programa que permite aos cidadãos portugueses e à grande maioria dos paises da Europa, (não sei se os últimos aderentes já estão incluidos), virem aos Estados Unidos como turista podendo permanecer 3 meses. Através da internet preenche-se um formulário — ESTA — que é um substituto dum outro, esse conjunto de informações é preenchido online. As funções dum Cônsul não se limitam ao Consulado, o contacto com a população tem-no com frequência? Trabalho muito em concreto e sempre que possível junto da comunidade e das suas organizações, as solicitações são muitas, têm

um vastíssimo conjunto de actividades culturais ligadas às tradições portuguesas que vão desde a gastronomia, folclore, desporto, mas também trabalho com as entidades locais, bibliotecas públicas, com o Museu de Newark, mantenho uma colaboração muito estreita com a leitora do português; estamos a tentar reforçar a comunicação com as escolas públicas, o ensino do português está muito bem. Com as escolas comunitárias também mantemos um trabalho que reforça o ensino do português junto da população jovem; com a cooredenadora do ensino do português da costa leste estamos sempre em coordenação e por sua vez, ela com os vários professores. O Governo apoia as iniciativas do Consulado? Da parte do Governo temos sentido todo o apoio de acordo com o que está estabelecido nas regras; apoio de vários níveis, desde o material didáctico, ao de carácter social, financeiro, livros, enfim o Consulado faz a ponte com as autoridades portuguesas. Esta continua a ser uma terra de oportunidades, os portugueses vivem aqui mas mantêm sempre um grande orgulho de ser português.


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reportagem 28

Pesca,

a paixão de João Paiva Clotilde Paiva vivia já nos EUA quando foi a Portugal casar-se com João Paiva, que ao ir para a América iniciou a sua vida empresarial, é na empresa criada pelo próprio a PAIVA´SHELLFISH que em Providence e na Flórida os barcos de João Paiva navegam.

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Natural da Guarda, e ainda na sua terra natal, a pesca era já uma das suas paixões e se lá a truta era um dos peixes que mais pescava, nos EUA a pesca era outra. “Por gostar muito de pesca, quando aqui cheguei foi o que o que comecei a fazer, pescava e depois ia vender para Newark, aos portugueses. Até ao ano 2000 o negócio teve um crescimento incrivel, nessa altura comprei um prédio para expandir, já estava a exportar para o mundo inteiro quando aconteceu o 11 de Setembro. Nesse dia tinha muito material para exportar nos aeroportos, e o prejuízo foi enorme. As encomendas estavam nos aeroportos, os voos eram cancelados frequentemente, só me avisavam que as encomendas não tinham seguido ao fim de 2 ou três dias, quando as lagostas estavam mortas e aí começava o prejuízo. Os seguros deixaram de ter valor, com tudo isto desanimei e decidi ficar só com o mercado nacional “.

João e Clotilde Paiva

Ficou desanimado mas não parou. Não, sou determinado. tudo o que se mete na cabeça tenho de fazer, tenho sempre novos projectos não me envolvo em muita coisa porque o que faço gosto de o fazer bem feito.

“o negócio é para todos mas nem todos são para o negócio”.

Actualmente o que valoriza mais? Dou valor ao convívio e a novas ideias. Ia com frequência a Portugal mas agora viajo também pela América, especialmente para a Argentina dá-me prazer estar nas grandes quintas e conviver com os proprietários, é a isso que dou valor, mas não desprezo os meus compatriotas a quem aconselho, aos que tenham ideias de investimento que o façam e que tenham muito sucesso sem esquecer nunca a frase: “o negócio é para todos mas nem todos são para o negócio”.


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empresa 30

J’Océane factura 70 milhões de euros por ano

A J’Océane é uma empresa que se dedica ao comércio de peixe. Surgiu do nada em 1991, graças ao trabalho e empenho do proprietário, José Correia. Hoje, tem uma estrutura de 2000 metros quadrados, emprega 90 pessoas e factura, anualmente, 70 milhões de euros.

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O peixe que a J’Océane comercializa vem de França mas, também, de outros países europeus, como a Noruega, a Islândia, a Dinamarca, a Suécia e a Escócia. Um dos grandes fortes da empresa é ainda o peixe de importação, que vem de avião do Sri Lanka, Maldivas, Brasil e alguns países da África do Oeste.

José Correia e mulher

O peixe chega às instalações da J’Océane no mercado de Rungis e, aí, é trabalhado para seguir depois para os clientes. Estes, encontra-se em França e também no estrangeiro mas, sobretudo, na região parisiense. “Fornecemos, actualmente, 400 restaurantes japoneses por dia com peixe cru. E depois fornecemos mais 300 restaurantes; no total são 700”, explica José Correia. Em muitos casos, a empresa tem mesmo as chaves dos restaurantes e faz a distribuição durante a noite. Assim, quando os cozinheiros chegam de manhã, têm já o peixe pronto a cozinhar no frigorífico. Apesar do sucesso da empresa, José Correia permanece fiel às suas origens portuguesas. Tem muitos funcionários portugueses e diz

que são eles, juntamente com os colegas de outras nacionalidades, que fazem a empresa andar para a frente. Num futuro próximo, José Correia pretende expandir a empresa. Está em negociações (até agora bem sucedidas) para a aquisição de um novo espaço no mercado de Rungis, com o qual espera duplicar as vendas.


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empresariado 34

Banco BCP

amigo do ambiente

Agências do banco BCP em França foram a Portugal entregar um cheque de 50 000€

de 2009, em parceria com a Autoridade Florestal Nacional.

O Banco BCP organizou um fim de semana a Portugal para premiar as agências que atingiram as mais altas subscrições do Livret A e simultâneamente entregar o cheque no valor de € 50.391 à AFN representada na cerimónia pela Vice-Presdiente Dra. Isabel Leitão. A campanha teve início em Janeiro de 2009, a cada subscrição Livret A correspondia a plantação duma árvore em Portugal, o projecto foi lançado no início

“É uma iniciativa excepcional que nós queremos alargar a outros parceiros e chamar atenção às empresas para a importância de construir projectos em conjunto com o estado, no sentido de reforçar o nosso país,e quando aplicamos dinheiro na floresta, estamos a aplicar dinheiro no nosso futuro”

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Jean-Marc Vilon e Luís Castelo Branco

Isabel Leitão após a recepção simbólica do cheque


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empresariado

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concluiu António Serrano, Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, do governo português. Os dias 6 e 7 de Junho foram aproveitados pelos 35 colaboradores de várias agências BCP nesta deslocação a Portugal para conviver descontraidamente com os colegas, Directores e mesmo o Presidente Jean-Marc Vilon que se mos-


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trava satisfeito com o resultado da campanha, já que o objectivo inicial era para atingir os 30000 Livret A; Jean-Marc Villon justifica o objectivo ter sido ultrapassado ao empenhamento dos seus colaboradores, aos que com ele viajaram até Portugal mas também a todos os outros que contribuíram para o aumento global.

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As agências que mais comercializaram o Livret A foram seis, três na região de Paris (Paris 15, Saint-Ouen e Noisy-le-Grand) as duas de Lyon (Jaurès e Sax) e a agência de Oyonnax. Acompanharam a comitiva BCP Bernard Duchâteau e Luís Castelo Branco do Directório, quatro directores regionais Carlos Alves, Jorge Cecílio, José Luís Proen­ça e Manuel Gonçalves


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empresariado 40

O mentor da ideia de transformar a campanha de comercialização do Livret A numa acção a favor da floresta portuguesa foi José da Silva Passos, Director para o Desenvolvimento do BCP que também viajou neste fim-de-semana para Portugal.

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Os colaboradores e os membros da Direcção visitaram Sintra, Cabo da Roca o ponto mais ocidental da Europa, onde todos receberam um diploma, Estoril, Cascais e Mafra onde a Tapada de Mafra foi o local


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escolhido para a entrega do referido cheque e, para simbolicamente ser plantada a primeira das 50 000, que a AFN decidiu plantar no devastado Pinhal de Leiria. Num ambiente bem-disposto o Ministro da Agricultura, o Secretário de Estado e o Presidente do BCP armaram-se com as ferramentas necessárias e cavaram o necessário para a plantação desta primeira árvore.

O fim-de-semana terminou com a visita ao Convento de Mafra, onde recolhemos alguns depoimentos unânimes: o convívio entre colegas e direcção foi excelente, conheceram locais da região de Lisboa que não sabiam sequer da existência, felizes por terem sido contemplados com a viagem e finalizavam todos: dois dias foram poucos, o ideal teria sido três ou quatro...

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Bernard du Château, Jean-Marc Vilon, Ministro António Serrano, Secretário de Estado Engº Rui Barreiro e Vice-Presidente da AFN, Dra. Isabel Leitão


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entrevista 44

Teresa Moura, Directora do AICEP em França durante dois anos e meio Quais foram os objectivos a que se propôs enquanto directora da AICEP? Primeiro o aprofundamento das relações bilaterais económicas nas três vertentes: na área do investimento, na área do comércio e na área do turismo. No que se refere a hoje em dia, no contexto do mundo cada vez mais globalizado, e no caso da vertente das relações entre Portugal e França, estes são dois mercados que já têm uma relação muito íntima, muito sofisticada e muito intensa. E qual o objectivo principal das relações entre Portugal e França? Tem de ser o mais ambicioso possível e tendo em conta o levantamento que eu fiz da situação quando aqui cheguei, pretendi actuar em seis vertentes fundamentais. Quais? A primeira foi dar uma grande prioridade à sedimentação dos contactos e do relacionamento com as empresas que já têm investimentos em Portugal.

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A segunda, também muito importante, foi a resposta a todos os pedidos e solicitações que temos diariamente, que são largas dezenas por semana, e que é preciso dar resposta o mais rápido possível, se possível no mesmo dia e dando o máximo de rigor a essas respostas.

Há um terceiro grande objectivo que é uma grande prioridade: aumentar o contacto directo com empresas e no fundo alargar o universo. Não é contacto por email, nem por telefone, são reuniões directas com os responsáveis

máximos das empresas francesas que tenham interesse em Portugal. Quanto ao quarto, este diz respeito à procura de novas empresas francesas interessadas em investir em Portugal, ou vir a importar de Portugal, consumir produtos portugueses. Este deu muito trabalho, porque foi a partir do zero, trabalhando em coordenação com câmaras do comércio e indústria em todo o território francês. A quinta vertente foi uma nova abordagem junto à comunidade portuguesa. Uma abordagem diferente, mais sistemática e mais trabalhada, que fizemos com a comunidade lusodescendente em França. O desenvolvimento do turismo, por último mas não menos importante, foi o sexto aspecto que demos relevância. Temos aproveitado para fazer o máximo, já que França é o segundo país emissor de turistas para Portugal e o segundo em termos de receita per capita por turista, porque é um turista sofisticado.


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entrevista Vou ficar num lugar onde a minha experiência seja útil e que possa ser interessante para o país e para mim também.

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Acha que quem vem a seguir ocupar o seu cargo deve dar importância especialmente a esta última vertente?

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Acho que é importante, porque segundo os últimos dados que recebemos, em 2009, a França passou a ser o primeiro investidor, aumentou o seu investimento em Portugal, manteve e tem um interesse acrescido por Portugal e por projectos concretos e isso traduz-se numa realidade muito quantificável.

Tem ideia do número de contactos que foram feitas entre o AICEP e empresas? Penso que foram cem no ano de 2008, mais de trezentos e noventa em 2009, e neste ano tivemos vinte e dois contactos até agora. Foram reuniões com empresas, o que é muito importante porque são empresas contactadas de uma determinada maneira e que é impossível que não haja seguimento porque o relacionamento já foi bastante aprofundado.

E projectos para o futuro? A minha origem é o ministério das Finanças e nos últimos anos estive destacada no Ministério da Economia e depois esta missão aqui. Agora acho que é a hora de regressar ao meu lugar de base no Ministério dos Negócios Estrangeiros, Secretaria de Estado dos Assuntos Europeus. Vou ficar num lugar onde a minha experiência seja útil e que possa ser interessante para o país e para mim também.


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Ricky e os Guitar Express

Animação minhota contagia habitantes de Clermont Ferrand Milhares de pessoas comemoraram Festa de S. João à semelhança da tradição portuguesa

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Foi durante o fim-de-semana de 26 e 27 de Junho que o São João foi homenageado em terras gaulesas. Clermont Ferrand, a mais de 400 km de Paris, celebrou este santo popular com uma festa de arromba que durou toda a noite na Praça 1º de Maio e com outras iniciativas de cariz português. “É uma festa que é antes de mais uma tradição, e é a maneira mais simpática da comunidade portuguesa se tornar visível nesta cidade”, referiu o Conselheiro Social da Embaixada de Portugal em França, Victor Gil.

A Associação “Os Camponeses Minhotos de Clermont Ferrand” foi a organizadora deste evento, que acolheu aproximadamente 20 mil pessoas num recinto espaçoso, mas cheio. Porém, as festividades começaram logo pela manhã, com João Veloso, Presidente da associação, a apresentar aos convidados e à população a nova sede d’Os Camponeses Minhotos. De seguida, a comitiva dirigiu-se à inauguração da Rua de Braga, uma nova via que homenageia a geminação que Braga tem com Clermont há mais de dez anos.


É a cidade que tem a maior número de portugueses, a seguir à Ile de France, com 20 por cento da população de origem portuguesa, mais propriamente do norte de Portugal. É da região do Minho que os habitantes de Clermont são maioritariamente originários, e portanto Sandra Amorim, representante da Câmara Municipal de Braga, fez questão de estar presente nesta festa. “Como sabem em Braga ainda se está a viver o São João, também é uma das nossas maiores festas da cidade, e quando cheguei a Clermont e vi esta manifestação desta gente toda, neste quadro de cor e alegria, foi realmente fantástico.” Sandra Amorim elogiou também o espírito desta festa popular “foi pena não ter visto os cabeçudos mas vi os gigantes, os bombos e os ranchos folclóricos, temos uma panóplia de representação de Portugal aqui em Clermont-Ferrand”.

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festas 50

Mas também Francisco Seixas da Costa, Embaixador de Portugal em França, se deslocou à capital da região de Auvergne para assistir às festividades. Depois de visitarem o novo hospital católico da cidade, o Grupo folclórico de Moreira da Maia e a Fanfarra dos Bombeiros de Moreira da Maia actuaram em pleno centro da cidade, onde depois se dirigiram até à Mairie de Clermont-Ferrand, onde os esperava uma recepção. Foi no Salão Nobre da Mairie que o Embaixador e Embaixatriz de Portugal em França, o Maire de Clermont-Ferrand, Sérge Godard, o Conselheiro Social da Embaixada, Victor Gil, e os deputados Paulo Pisco e Carlos Gonçalves se dirigiram ao público, agradecendo a todos esta festa de tradições portuguesas. Todos estavam longe da pátria, mas esta nunca é esquecida. Foi também nesta cerimónia que os grupos que iriam actuar de noite entregaram ao Senator-Maire vários presentes e galhardetes, que mais não eram que verdadeiras lembranças do norte de Portugal. Depois do pôr do sol, milhares de pessoas encaminharam-se até ao recinto da festa, onde as atracções eram muitas. Desde estabelecimentos com comida, brinquedos e outras distracções, até às comitivas dos bancos que fizeram questão da sua presença para divulgar os produtos que, na maioria dos casos, se aplicam em Portugal e em França. O Banco BES é uma excepção, já que é um banco exclusivamente português, mas que nem por isso deixa de fazer sentido nesta festividade. Têm representantes do banco em França, que fazem o intercâmbio com os portugueses interessados em ter contas em Portugal. “Clermont é muito importante para nós e para as empresas portuguesas porque tem uma comunidade muito grande e tão importante quanto Paris”, salientou Madalena Sá da Bandeira, representante do BES em França.

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Para quem ainda não tinha jantado, a organização da festa montou uma grande tenda no fundo do recinto, onde se serviu comida e bebida até


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a festa acabar. Foi lá também que os representantes mais ilustres de ambos os países conviveram num jantar informal. Uma festa que mata a saudade e recorda o verão português “O São João para mim é muito especial, é uma recordação que eu tive da minha juventude. Cheguei a França e senti a falta desta festa que nós tínhamos lá em Portugal”, referiu com nostalgia João Veloso, presidente da associação OS Camponeses Minhotos. Com dois palcos no centro do recinto, o Rancho Folclórico e a Fanfarra de Moreira da Maia foram os primeiros a actuar. Com a chegada do intervalo, os convidados honorários da festa subiram ao palco para homenagear a tradição da festa de São João e discursar acerca da importância deste arraial tão semelhante ao português.

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A fogueira de São João também não foi esquecida. Foi à meia-noite que se fez luz no centro do recinto. Também o fogo-de-artifício não faltou,

quando o primeiro foguete voou nos ares, todos fizeram silêncio e a música silenciou-se quase completamente, para assistirem a este espectáculo visual. Foi no segundo palco que a actuação da noite se fez ouvir, e onde o clima de baile popular português se instalou. Não fosse o problema no som, que dificultava a percepção dos discursos e da música, esta noite teria sido perfeita. Um arraial popular em Clermont-Ferrand, que provavelmente foi a maior festa portuguesa deste ano em França.


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festas 54

Aulnay-sou-Bois Comemora Tradições Portuguesas Folclore e música Lusa animam festa organizada pela Associação Rosa dos Ventos

Paulo Marques em entrevista

Foi no dia 27 de Junho que se realizou mais uma Festa das Tradições Portuguesas em Aulnay-SousBois. A 12ª edição do arraial realizou-se mais uma vez na Ferme de Vieux Pays, um cenário idílico que fazia lembrar as aldeias portuguesas de que tantos participantes têm lembranças. Foi logo de manhã que a festa começou, com a actuação do Grupo “Fantasia”. Regada com bom vinho e bom pão sobre a mesa, o arraial durou também toda a tarde e noite. Organizada pela Associação Rosa dos Ventos, o Presidente Paulo Marques afirmou que esta festa “inicialmente era para matar saudades de Portugal e para prepararmos as nossas férias, os nossos arraiais de Norte a Sul de Portugal. Mas hoje já não é bem assim, é curtir um momento simpático…e sabendo que o público que vem cá, 50 por cento é português e os outros 50 são habitantes de Aulnay”.

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6 Mil pessoas passaram pela Ferme de Vieux

Pays, para assistir a uma tarde de folclore, que contou com a presença do “Rancho Folclórico Rosa dos Ventos”, com o grupo “Danças e Cantares de Noisy-le-Grand” e com a “Juventude Portuguesa de Paris”. Uma tarde de animação permanente, onde as pessoas se misturavam numa convivência e camaradagem que será sempre recordada nos anos de vida da associação organizadora. “Actualmente o trabalho associativo que podemos dar, e que damos, é divulgar a cultura portuguesa, divulgar a etnografia que penso eu é um saber menor em Portugal” No final da tarde os presentes tiveram a oportunidade de dançar ao som de kizomba e dos ritmos latinos do conjunto “Némanus”. Os cabeças de cartaz do festival lusitano mostraram o que valem e divulgaram mais uma vez a lusofonia em França. Várias personalidades marcaram presença, como o Maire de Aulnay-sous-Bois, Gérard Ségura, ou Carlos Gonçalves, deputado

do PSD. Este afirmou a extrema importância da continuidade da tradição desta festa que significa muito para os portugueses, mas que já se tornou a maior festa da terra e consequentemente também dos franceses aí residentes. A Associação Cultura Portuguesa e a Associação Rosa dos Ventos estão a caminho de completar quatro décadas de existência, e para comemorar esta efeméride várias acções vão ser feitas nos dois anos e meio que faltam.

Carlos Gonçalves sempre próximo da comunidade


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3ª Edição do GP de Karting da CCIFP realizou-se a 30 Junho

em cima: Carlos Vinhas e José Correia em baixo: Ulric Amado também repórter Convívio entre membros, trabalhadores e clientes animou o “Karting After Work”, organizado pela CCIFP e patrocinado pela J’Océane Depois o sucesso das duas primeiras edições do Grande Prémio CCIFP, foi no dia 30 de Junho que se realizou a terceira edição da corrida de karting.

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A Chambre de Commerce et d’Industrie Franco-Portuguaise (CCIFP) convidou os seus membros, empresas associadas e patrões a participar neste evento que é uma maneira de “conviver entre os membros, onde podem trazer clientes ou fornecedores ou empregados, é uma maneira de motivar as equipas”, referiu Carlos Vinhas, Presidente da CCIFP. Com a participação de empresas como a J’Océane, a

Ricardo Simões, Carlos Vinhas e o empresário Pedro da Friártico

própria associação da CCIFP, o Groupe Prestige ou o grupo Monteiro, que ganhou o primeiro lugar da corrida, este foi um momento de convivência entre os corredores. De seguida os participantes tiveram direito a um jantar na instalações do Kart’in Porte de la Villette, em Paris, onde todos tiveram oportunidade de ”falar de negócios, mas também de conhecer pessoas e de as pôr em contacto umas com as outras”. Um prémio bem disputado especialmente


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desporto 58

entre os três primeiros lugares, onde havia seis pilotos profissionais. O patrocinador oficial foi a J’Océane, que apesar do último lugar, lutou até ao fim por um lugar mais próvido do pódio. José Correia, Presidente da J’Océane, explicou à Lusopress porque decidiu apoiar esta corrida da CCIFP: “foi um pedido da Câmara do Comércio e como tenho boas relações com o Presidente, com toda a equipa e com os membros da Câmara, decidi patrocinar este Grande Prémio de Karting. Foi há pouco tempo que aderi a essa instituição e estou a gostar da maneira como estão a desenvolver a comunidade portuguesa e é também uma companhia que eu tenho com

José Correia da J´Oceane Carlos Vinhas Pereira também correu

os empresários portugueses, onde partilhamos tudo o que é negócio”. Esta foi a terceira edição do Grande Prémio de Karting da CCIFP, onde as equipas vencedoras (1º lugar “Montoit”, 2º lugar “Easy Carrosserie” e 3º lugar “Estoril Racing”) lutaram durante 45 minutos por um lugar no pódio.

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O GP de Karting da CCIFP foi abrilhantado pelos profissionais Julien Rodrigues, Ulric Amado, Emannuel Collard, Christophe Vassort e Claude Monteiro


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Les Merveilles du Portugal

imbatível A equipa de Les Merveilles du Portugal foi a campeã do “Trophée Luso-Max” em Argenteuil. Disputou 8 jogos dos quais saiu sempre vitoriosa. A final foi renhida e a equipa organizadora, La Pagode Club, bateu-se até ao fim, mas perante a superioridade do adversário foi impossível dar a volta ao resultado. Parabéns a toda a equipa Merveilles. Bruno, Manu e Guilherme Les Merveilles, equipa vencedora do torneio

Equipa sempre de bom humor

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Uma fã da equipa

Les Merveilles, e La Pagode. As equipas finalistas


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passatempos de Letras 62 Sopa Descubra neste quadro e em todas as direcções (horizontal, vertical e diagonal) nome de frutos. ABACAXI AMEIXA ALPERCE BANANA CLEMENTINA DIOSPIRO DAMASCO FIGO GOIABA TANGERINA PERA

UVAS MELAO MELANCIA MELOA NESPERA PESSEGO CEREJAS MORANGO KIWI

Curiosidades Matemáticas O mistério do empréstimo para a compra da bicicleta!

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Eu tenho um vizinho que vende bicicletas. Há dias ao passar à frente da montra dele vi lá uma que me agradava, só que custava 50 contos, e eu não tinha dinheiro para a comprar. Resolvi pedir dinheiro emprestado aos meus pais. Para não ficar muito “pesado” a nenhum dos dois, resolvi pedir 25 contos a cada um. Lá fui eu todo contente com os 50 contos ter com o meu vizinho para me vender o velocípede. Só que como ele me conhecia muito bem e sabia que eu era bom rapaz e que não nadava em dinheiro, resolveu fazer-me um desconto de 5 contos. Fiquei todo contente, como é obvio... Mal sabia eu as dores de cabeça que aquele desconto ainda me ia causar!... Bem, mas não nos desviemos do rumo da

história. Depois de ter pago 45 contos pela bicicleta, ia de regresso a casa com 5 contos no bolso quando encontrei um amigo que não via há muito tempo, que me pediu mil escudos emprestados. Como tinha 5 contos no bolso, acedi ao pedido. Fiquei então com 4 contos e resolvi começar a pagar a dívida aos meus pais antes que mais alguém me viesse pedir dinheiro. E tal como fizera com o pedido de empréstimo, resolvi dividir o mal pelas aldeias dando 2 contos ao meu Pai e 2 contos à minha mãe ficando a dever portanto 23 contos a cada um deles. Quando comecei a fazer contas vi a asneirada que tinha feito, pois se estava a dever 23 contos a cada um estava a dever um total de 46 contos com os mil escudos que o meu

amigo me iria pagar, teria 47 contos!... Tinha sido burlado em 3 mil escudos!!!!! Resolvi voltar a fazer contas e começar tudo do princípio: hmmmm, vejamos... Bicicleta50 contos 25 contos do pai + 25 contos da mãe. Desconto de 5 contos. 5 contos no bolso ... hmmm desta vez, emprestar 3 contos ao amigo 2 contos no bolso... Pagar mil escudos ao Pai e mil escudos à mãe... Fico portanto a dever 24 contos a cada um, o que faz um total de 48 contos mais os 3 contos que emprestei ao meu amigo... 51 contos!... MORAL DA HISTÓRIA: Se alguém te pedir mil escudos emprestado, empresta-lhe três!


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horóscopo 64

CARNEIRO ( 21/3 a 20/4 ) O planeta Urano inicia movimento retrógrado, indicando reavaliações sobre individualidade e iniciativas. Deverá aprimorar o seu desejo de começar coisas novas e de agir com mais independência. Atenção com a tendência a agir com rebeldia e a pensar apenas em si. Desafios pessoais. TOURO ( 21/4 a 20/5 ) As mudanças pessoais e profissionais passarão por um período de readaptação. Cuidado com rebeldia e extremismo. Interiormente você sente os novos rumos que a vida apresenta, mas há coisas que precisam ser finalizadas. Acontecimentos envolvendo um grande número de pessoas pode levar a mudanças em sua vida. GÊMEOS (21/5 a 20/6 ) O envolvimento com amigos, grupos e sociedade poderá passar por reavaliações e mudanças, geminiano. A individualidade se acentua, mas não deve levar ao afastamento das pessoas com quem tem iniciativas a compartilhar. Delicado equilíbrio entre individualidade e interesses do grupo. Não pense apenas em si. CARANGUEJO ( 21/6 a 20/7 ) As iniciativas pessoais e profissionais recentemente sentidas passarão por uma fase de reavaliações. Agir pensando apenas nos próprios interesses não é interessante. É preciso ter autonomia, mas também colaborar. O verdadeiro impacto das mudanças e novidades que almeja se dará a partir de Dezembro.

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LEÃO ( 21/7 a 22/8 ) O movimento do planeta Urano indica reavaliações sobre os novos horizontes de vida percebidos recentemente. Você é instigado a agir com mais independência, mas

isso não significa levar em conta apenas os próprios interesses. Não se aferre às próprias idéias. Seja receptivo às pessoas e às diferenças individuais.

importante condição para o amor pleno. Muitas coisas que você imaginava resolvidas ainda terão desdobramento nos próximos meses.

VIRGEM (23/8 a 22/9 ) A teimosia em agir visando apenas o seu benefício poderá levar a sérios conflitos. Não refreie as transformações. Mudanças profissionais e financeiras passarão por reavaliações até o mês de dezembro, nativo de Virgem. Dificuldades se acentuam, se você não está disposto a colaborar e paradoxalmente, a ser mais independente.

CAPRICÓRNIO ( 22/12 a 20/1 ) Situações emocionais e familiares ainda passarão por ajustes até que sejam o fiel reflexo de um novo ciclo. Você está redescobrindo a sua individualidade e autonomia, mas não deve agir de forma egoísta. Oportunidade de reavaliar atitudes que tem em relação aos familiares e a si mesmo, nativo de Capricórnio.

BALANÇA ( 23/9 a 22/10 ) O movimento retrógrado de Urano indica reavaliações nos relacionamentos. Retorno de pessoas e lições de independência. Uma atitude mais autônoma e centrada na individualidade poderá auxiliar as relações a evoluir. Ensinamentos sobre a diferença entre individualidade e individualismo. Mudanças nas parcerias. ESCORPIÃO ( 23/10 a 21/11 ) Para agir com a independência que gostaria, terá de se adaptar às situações e às novas possibilidades. Deverá aprender a lidar com seus impulsos, inquietação, a ânsia de coisas novas. Deverá se aprimorar. Aprendizado sobre individualidade e sobre questões familiares, emocionais e profissionais. SAGITÁRIO (22/11 a 21/12 ) PO egoísmo apenas acentuará conflitos, embora seja importante agir de acordo com as suas demandas emocionais. O respeito à individualidade, ao espaço pessoal e à liberdade é

AQUÁRIO ( 21/1 a 19/2 ) Urano, regente aquariano, inicia o movimento retrógrado, indicando a lição de lidar novamente com certas situações. Resignificação da autonomia, independência e liberdade. Mudanças ainda passarão por ajustes. Atenção com a tendência a agir de forma drástica, para se sentir mais livre. Temperança é fundamental. PEIXES (20/2 a 20/3 ) Reconsiderações sobre negócios, finanças e valores pessoais estão sinalizadas no novo movimento de Urano. Atitudes precipitadas e impulsivas poderão comprometer as finanças. Até dezembro terá que reavaliar prioridades. Propósito espiritual de se tornar mais independente, mas isso não significa pensar apenas em si.

Julho 2010


65 LUSOPRESS magazine | n.º 19 | Julho/Agosto 2010


LUSOPRESS magazine | n.º 19 | Julho/Agosto 2010

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