O Portomosense 672

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Medalha de Mérito Cultural, grau Ouro, do Municipio de Porto de Mós

www.oportomosense.com

Porto de Mós, 16 de Setembro de 2010 ano XXVIII n.º 672 preço: 0,80 €

quinzenalmente às quintas-feiras

PSD questiona entrega das AEC à ADP

“Adega do Luís” no 2º lugar em festival de gastronomia

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Aumento no gás apaga chama da retoma na cerâmica

Câmara recusa parceria com universidade sénior

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Associação Desportiva Portomosense quer subida “low cost” Pág.23

Grutas de Mira de Aire Uma das Maravilhas Naturais de Portugal

◘ ESPECIAL

◘ ENTREVISTA No início de mais um ano lec�vo, O Portomosense fazlhe um retrato da educação no concelho. Quantos alunos há, em que ciclos se encontram, o que foi feito nas escolas para os acolher nas melhores condições e as opiniões dos directores dos dois agrupamentos de escolas do concelho.

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Em entrevista a O Portomosense, José Carlos Ramos, an�go vereador socialista, médico e actual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós revelase acu�lante na análise à situação polí�ca do concelho e ambicioso nos projectos quer implementar na Misericórdia.

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NA PRÓXIMA EDIÇÃO

Mira de Aire

Maravilha Natural de Portugal

Foto: Rádio Atlântida

Proprietária: Cincup - Cooperativa de Informação e Cultura de Porto de Mós, CRL | Fundador: João Matias | Director: Isidro Bento


Actualidade

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16 de Setembro de 2010

RESTAURANTES E TURISMO FAZEM BALANÇO POSITIVO DA INICIATIVA

“Adega do Luís” conquista 2º lugar em festival de gastronomia O restaurante “Adega do Luís” venceu o segundo prémio do Concurso/Mostra de Morcela de Arroz de Leiria, em que os restaurantes par�cipantes exibiram a sua cria�vidade apresentando uma “entrada” tendo como elemento principal a morcela de arroz. Os proprietários do restaurante sedeado no Livramento, que representa o concelho há quatro anos consecu�vos no Fes�val de Gastronomia de Leiria, inspiraram-se no tema do fes�val e apresentaram no dia 9, em conjunto com os outros restaurantes os pratos criados para o concurso. A morcela era acompanhada de camarão, batata “a murro” e abacaxi. A entrada incluía os mesmos ingredientes, mas em formato de espetada. Duas ideias simples e deliciosas, que Luis Rodrigues, o proprietário do restaurante, promete incluir no menu do estabelecimento. O proprietário confessa que já esperava por uma nomeação uma vez que �nha notado o agrado dos júris na altura em que o prato foi apresentado. O 1º prémio foi atribuído ao “Restaurante Estelas” de

Peniche e o 3º ao “Restaurante Leitão Boa Vista – O Pinto” de Leiria. A sessão pública para entrega dos cer�ficados de par�cipação e divulgação dos premiados realizou-se no úl�mo dia do certame, na sala de conferências do Posto de Turismo de Leiria. O XVIII Fes�val de Gastronomia de Leiria, in�tulado “Do Mar à Serra, Sabores da Nossa Terra”, organizado pela En�dade Regional de Leiria-Fá�ma terminou no dia 12 (domingo).

Apesar da chuva que caiu a meio da semana e que afastou alguns visitantes, esta edição encerrou com balanço posi�vo. Luis Rodrigues revela que talvez devido às condições meteorológicas e à crise actual, notou-se uma perda de 10 a 15 por cento de clientes. No entanto, o cabrito à serrana, teve muito mais saída do que no ano passado. Este ano, a programação contava ainda com outras novidades, como os “Finsde-semana com Cozinha de

Autor”, a cargo de três escolas de hotelaria da região e no lote de restaurantes encontravam-se três convidados a representar o Turismo do Centro, Turismo de Lisboa e Vale do Tejo e o Turismo do Oeste. A animação esteve presente todas as noites para acompanhar as refeições, com actuações musicais e teatrais. O Trupêgo - Grupo de Teatro e a Escola de Dança Diogo Carvalho, também representaram o concelho, subindo ao palco no dia 10 e

11, respec�vamente. Além dos restaurantes presentes neste fes�val, es�veram ainda à disposição dos visitantes diversos stands da gastronomia regional dedicados aos vinhos, licores, compotas, morcela, pastelaria, gelados e bolos de festa, além de um stand para venda de livros. As Grutas de Mira de Aire também não passavam despercebidas. Situado mesmo à entrada do fes�val, o stand dava a conhecer não só uma das sete maravilhas,

EDIÇÃO DEVE ESTAR CONCLUÍDA NO FINAL DO MÊS

Porto de Mós ganha roteiro turístico “Um roteiro que concentre o que melhor existe no concelho, em termos patrimoniais, monumentais, gastronómicos ou paisagís�cos”. É desta forma que Albino Januário, vereador da Cultura da autarquia de Porto de Mós descreve o roteiro turís�co que deverá estar pronto do final do mês. Um projecto que Albino Januário admite que “faz falta”, ou não constasse do programa eleitoral do primeiro mandato da maioria socialista, mas que “por razões várias”, só agora foi possível concre�zar. Com esta edição os visitantes ganham informação sobre os pontos a visitar, onde comer ou onde dormir, num trabalho que está a ser coordenado por Isabel Amado, professora de Mira de Aire e membro da Confraria

da Morcela de Arroz da Alta Estremadura. Albino Januário acrescenta que são várias as pessoas que estão a colaborar na elaboração do roteiro, nomeadamente juntas de freguesia, através da cedência de informação. “As juntas de freguesia conhecem o território como ninguém e sabem o que melhor pode representar, em termos turís�cos”. Opinião diferente tem Rui Marto, presidente da Junta de Freguesia de Alqueidão da Serra, que considera que melhor do que “uma percepção amadora”, seria mesmo a intervenção “de um profissional, com mais experiência”. O presidente de junta mostra ainda “algumas re�cências” ao pouco tempo dado para reunir a informação, considerando

que um trabalho mais alargado no tempo poderia permi�r captar imagens nas diferentes estações do ano, apanhando uma fórnea com água ou uma serra em flor, por exemplo. Já Albino Januário considera que a qualidade do roteiro não está posta em causa. “O trabalho está a ser desenvolvido com enorme seriedade e toda a informação que chega passa por um crivo e verificação”, refere o autarca, que se mostra muito confiante no bom resultado que terá o produto final. Rui Marto também se mostra favorável à edição do roteiro, assim como Carlos Venda, o presidente da Junta de Freguesia de Serro Ventoso. Ambos par�lham a opinião que é fundamental um documento que ajude a valorizar e promover o

concelho e que “apenas peca por tardio”. Apesar de não estarem apurados todos os custos, o roteiro representa um inves�mento inferior a 15 mil euros, assegura o vereador da Cultura. Numa primeira fase serão enviados exemplares aos colaboradores e en�dades. Depois será disponibilizado aos visitantes. Quando ao preço de venda, Albino Januário afirma que não está decidido se será gratuito ou a um valor simbólico. A �ragem poderá ser de três ou cinco mil exemplares. O vereador refere que a diferença de custos é pequena, mas com uma �ragem mais pequena será mais fácil a posterior actualização de informação. Patrícia C. Santos

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mas também as ervas aromá�cas, que a nossa terra oferece. David Catarino, presidente da En�dade Regional de Turismo faz um balanço posi�vo e afirma, que “no fes�val esteve representada uma gastronomia diversificada, da serra ao mar”. O presidente revela ainda o desejo de no próximo ano, voltar a organizar as Semanas Gastronómicas em conjunto com os municipios, antes da realização do fes�val regional, tal como aconteceu este ano. Esta quinta-feira, dia 16 de Setembro, a En�dade Regional de Leiria- Fá�ma irá estar reunida com os representantes dos Municipios que aderiram à Semana Gastronómica, com o objec�vo de fazerem o balanço desta primeira edição, que englobou todos os municipios que integram a En�dade Regional. Recorde-se que Porto de Mós foi o primeiro a abrir as Semanas Gastronómicas tendo o cabrito e a morcela estado em destaque por serem duas das especialidades gastronómicas do concelho. Iolanda Nunes


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COM INSINUAÇÕES SOBRE EVENTUAL PAGAMENTO DE “FAVORES” ELEITORAIS

Alvados

PSD questiona entrega das AEC à ADP O Centro de Formação Despor�va da Associação Despor�va Portomosense (ADP) foi a en�dade escolhida pela para assegurar as ac�vidades de enriquecimento curricular (AEC) no 1º Ciclo do Ensino Básico durante o ano lec�vo 2010/2011. De acordo com o protocolo estabelecido entre as duas en�dades e os agrupamentos de escolas de Porto de Mós e de Mira de Aire e Alvados, a empresa de inserção da ADP vai receber um total de 60 euros por ac�vidade, por cada aluno, valor que será pago em 10 meses (seis euros/mês por aluno/ac�vidade). Depois de vários anos em que a contratação foi feita por concurso público, desta vez, a autarquia optou por estabelecer um protocolo de cooperação com a ADP. Para jus�ficar a decisão, a câmara no texto introdutório ao protocolo, socorre-se, entre outras, de uma das disposições do regulamento das ac�vidades de enriquecimento curricular, que incen�va o recurso a en�dades locais, sejam elas, escolas de música, associações despor�vas ou ins�tuições par�culares de soli-

dariedade social, que trabalhem nas áreas do ensino de Inglês, Música, Ac�vidade Civica e Despor�va. Quem, para já, não está sa�sfeito com esta jus�ficação são os vereadores do PSD. Numa declaração de voto lida na úl�ma reunião de câmara, Júlio Vieira e Luís Almeida teceram fortes crí�cas à maioria socialista e, em especial, ao seu presidente que acusam de faltar ao prome�do já que na ul�ma campanha eleitoral terá assumido “que iria manter o concurso público”, no entanto, eles próprios admitem que o PSD sempre foi contra a contratação por concurso público. Face à opção pelo protocolo de cooperação, os vereadores dizem que “ninguém percebe esta cambalhota nas convicções e na palavra dada aos munícipes” e “ainda se percebe menos as verdadeiras razões para mais esta promessa não cumprida”. “Terá sido a preocupação com a melhoria destas ac�vidades que esteve na origem desta alteração? Tendo o concelho dezenas de associações despor�vas, culturais e sociais, quantas foram con-

Choque frontal fere quatro pessoas

tactadas ?”, ques�onam.

“Protocolo paga “favores” eleitorais?” Júlio Vieira e Luís Almeida interrogam-se da forma “como foi encontrado o valor a pagar à ADP, de 180 euros por criança” quando o município estará a receber “250 euros do Ministério da Educação” e levantam a questão: “será que estamos na presença de mais um expediente para o município ainda ganhar com as AEC, criando falsas expecta�vas em relação à ADP, que corre o risco de não poder cumprir com as suas obrigações legais e assim, mais uma vez, as nossas crianças serem ví�mas dum mau serviço?” Os vereadores do PSD levantaram ainda a hipótese deste protocolo ser “o reconhecimento pelo envolvimento de vários dirigentes da ADP nas listas do PS nas úl�mas eleições” e não �veram dúvidas em afirmar que “seja lá o que for, certamente não foi nenhuma preocupação com as nossas crianças que esteve na origem de mais esta falta ao prome�do”.

Na mesma declaração de voto, os eleitos “laranja” denunciam várias falhas ao funcionamento das AEC no ano lec�vo passado, nomeadamente, “falta de condições do parque escolar que não estava nem está preparado para dar resposta a esta nova realidade; falta de ar�culação com os agrupamentos escolares, principalmente no que diz respeito aos horários e períodos de aulas e contratação de empresas através de concursos públicos sem nenhum curriculo ou conhecimento para ministrar e organizar ac�vidades com esta importância”. Os vereadores Júlio Vieira e Luís Almeida defendem que as AEC deveriam ser organizadas pela câmara em ar�culação com os agrupamentos, mas apesar de discordarem do actual modelo e não se reverem “nesta forma de fazer polí�ca”, explicaram que iriam absterse, “apenas por respeito pela en�dade envolvida” não confundindo “as pessoas com as ins�tuições”.

Vereadora não quer recados pelos jornais Depois de mais uma azeda troca de palavras entre Júlio Vieira e João Salgueiro, a maioria socialista remeteu todas as explicações para uma declaração de voto a apresentar por escrito proximamente. Dias depois, a vereadora da Educação, Anabela Mar�ns escusou-se de adiantar a O Portomosense os argumentos usados nessa resposta, afirmando que não iria ter com Júlio Vieira (e Luís Almeida) a mesma a�tude que cri�cara no vereador social-democrata. “Se não gostei que no caso do prolongamento de horários ele �vesse ido para os jornais colocar questões e crí�cas sem antes falar comigo e de me dar a hipótese de esclarecer as suas dúvidas, não iria agora fazer o mesmo. É uma questão de princípio. As respostas serão dadas no local ou pela mesma via em que foram feitas, só depois disso é que admito falar com a imprensa se para isso for solicitada”, disse peremptória. Isidro Bento

Uma colisão, na EN 343, no Alto de Alvados, provocou quatro feridos, um deles com gravidade, ao início da noite do dia 11 de Setembro. De acordo com Victor Niné, adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários de Mira de Aire, o acidente envolveu um veículo, que seguia no sentido Mira de Aire – Porto de Mós, que chocou de raspão com um veículo no sentido contrário, acabando por colidir frontalmente com um segundo veículo. Uma das vítimas ficou encarcerada nos destroços e a via teve a circulação condicionada. No local estiveram 15 homens dos Bombeiros Voluntários de Mira de Aire, apoiados por cinco viaturas.

São Bento

Caminhada pelo coração São Bento recebe uma caminhada no dia 26 de Setembro, para assinalar o Dia Mundial do Coração. A concentração é junto à sede do Clube Desportivo de São Bento, às 9 horas. As inscrições podem ser feitas pelo telefone 967 841 007.

APD recusa insinuações de favorecimento político O presidente da Associação Despor�va Portomosense, Luís Costa, encara com op�mismo o desafio de levar a bom porto as ac�vidades de enriquecimento curricular no concelho no ano lec�vo iniciado na passada segunda-feira. “No terceiro período do ano lec�vo passado fomos colocados perante uma realidade di�cil que era pôr em funcionamento as AEC até ao final do ano. Tivemos só meia dúzia de dias para montar tudo mas acho que fizemos um bom trabalho dentro dos condicionalismos

que são conhecidos e talvez daí �vesse havido este volte-face no qual a senhora vereadora da Educação teve um papel determinante”, conta a O Portomosense, Luís Costa. “O próprio despacho do Ministério da Educação refere que os municípios devem recorrer a associações e IPSS do concelho, que tenham capacidade para assegurar esse trabalho porque conhecem o terreno e as crianças. Mesmo para subs�tuir um professor que nos avisa cinco minutos antes que não pode vir, temos

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outra capacidade de resposta”, afirma. Luís Costa recusa qualquer insinuação de favorecimento polí�co e diz que

se a ADP foi convidada a assumir as AEC foi por mérito próprio e por critérios que não se baseiam só no preço mas na qualidade do serviço

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prestado. “No Inglês adoptámos manuais mais caros mas que garantem outra qualidade; firmámos contratos com os professores em part-�me porque os recibos verdes dão menos segurança à ins�tuição e aos professores. Neste momento, temos um coordenadorgeral e outro por cada área, o que também fica mais caro mas garante mais qualidade”, diz, “Quanto ao favorecimento polí�co, posso dar-me ao luxo de dizer que mantenho o relacionamento de sempre com pessoas de todos os

quadrantes polí�cos e dou o exemplo de Júlio Vieira, Carlos Venda, José Gomes e até do meu adversário directo nas úl�mas autárquicas, o José Carlos; pessoas que têm ajudado bastante esta casa e com quem temos também procurado colaborar”, frisa o responsável. Luís Costa prefere realçar o facto, da actual oposição, estar contra o modelo que vigorou até agora de entregar as AEC em concurso público. Isidro Bento/ Patrícia C. Santos


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“Sinto-me sexy porque sou feliz”

Ana Malhoa cantora “Vidas”

“Quem é que nunca na vida disse impropérios”

Trocado por Mós

Diz-se...

A administração das Grutas de Mira de Aire, autarquia e outras entidades vêem reconhecido um esforço de meses com a eleição das Grutas como uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal. Uma janela de notoriedade que poderá ser aproveitada para potenciar, não apenas as grutas, mas também o concelho.

Depois de no final do ano lectivo passado ter sido chamada a ajudar a resolver o imbróglio das AEC e ter sido bem-sucedida, a ADP tem agora uma excelente oportunidade para mostrar a validade do seu projecto e afastar de vez, insinuações de favorecimento político.

A entidade liderada por Vitor Santos aprovou aumentos que vêm incendiar novamente o sector da cerâmica. Numa altura em que os empresários acreditavam em alguma retoma, aumentos de 20 por cento no gás natural comprometem os negócios em curso.

Flash

Carlos Queiroz treinador de Futebol “i”

“Islão [em crescimento] é uma questão sensível” cardeal Peter Turkson Presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz

“Diário de Notícias”

“No meu tempo havia apenas cinco por cento de jovens no Ensino Superior” Mariano Gago

ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

“i”

“Eu não sou um pedaço de carne” Lady Gaga cantora “Visão”

As corridas de carrinhos de rolamentos fazem parte do imaginário infantil e juvenil de muitos portomosenses que, “volta e meia” as recuperam em acções de sucesso garantido, com

o mérito de envolver os miúdos de hoje e de ontem. No dia 13 de Setembro, por iniciativa do Centro de Cultura e Recreio D. Fuas, da Fonte do

Memória Noutros tempos os transportes eram feitos em carroças, carros de bois e de burros, as pessoas mais abastadas transportavam-se em galeras puxadas a cavalos, esta fotografia tem mais de 150 anos, era da família da minha mãe.

António Fortunato

Oleiro, os carrinhos de rolamento voltaram a unir gerações. Na terceira edição desta prova bem divertida houve 21 participantes e uma enchente de público a assistir...

Há 20 anos o jornal destacava com imagem a festa dos portomosenses de Yonkers (U.S.A.) a favor dos Bombeiros de Porto de Mós. A informação de que a câmara municipal só aderia à Associação de Desenvolvimento das Serras de Aire e Candeeiros se a sede fosse em Porto de Mós e a contaminação da água da rede que abastecia as vilas de Mira de Aire, Minde, Alvados e Alcaria, foram alguns dos acontecimentos destacados nesta edição. Por sua vez “As histórias de Arrimal e do Casal do Rei” chamavam a atenção para a confusão na introdução histórica num panfleto sobre o II Festival Nacional de Folclore. A capa chamava igualmente a atenção para os registos históricos sobre a época medieval relatados pelo historiador Saúl António Gomes.

Há 20 anos...

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Editorial

Parabéns à Gruta Maravilha A eleição das grutas de Mira de Aire como uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal é uma excelente no�cia para o concelho. Tal como escrevi aqui neste mesmo espaço, há seis meses, concorde-se ou não com os critérios de escolha e carga subjec�va inerente ao sistema de voto adoptado, ninguém pode negar o grande potencial deste evento enquanto factor de promoção de determinados espaços ou regiões. Muito menos se pode ou deve ignorá-lo e o aumento em cerca de 40 por cento do número de visitantes, em meio ano, aí está para o demonstrar. As Grutas de Mira de Aire não sendo um produto turís�co novo ganharam uma força como há muito não �nham e isto, apenas, com o estatuto de “candidata” porque, agora, como “maravilha” elei-

ta, decerto vão recair sobre si muitas mais atenções. Perante este cenário e sendo certo que muitos desses visitantes embora não �vessem pernoitado no concelho, aproveitaram para visitar outros pontos, é justo que nos interroguemos: “então e agora? O que podemos e o que vamos fazer para rentabilizar este �tulo e os bene�cios daí resultantes?”. Faça-se o que se fizer, con�nuo a defender que esse esforço obedeça a uma estratégia de longo prazo, de âmbito concelhio mas com incidência regional ou até nacional, que deverá ter a Câmara Municipal “à cabeça” mas da qual também não se podem alhear os diversos promotores turís�cos bem como outros agentes económicos e culturais. A vitória neste concurso deve ser, ape-

Correio dos Leitores

o que vamos fazer para rentabilizar este título e os benefícios daí resultantes?

nas, o ponto de par�da, para voos mais ambiciosos em que esta beleza natural do concelho seja um dos elementos de maior destaque, eventualmente o mais significa-

�vo, mas não o único e não se veja nestas minhas palavras uma qualquer a�tude de desvalorizar o �tulo conquistado. Embora ache o prémio inteiramente justo, vejo nele uma dis�nção e uma oportunidade não só para as Grutas, mas também para Mira de Aire e para todo o concelho. Posto isto, é imperioso deixar aqui os parabéns às Grutas de Mira de Aire, na pessoa do nosso amigo “Berto”, a grande alma daquele espaço, mas também a todas as en�dades e pessoas que se envolveram a sério neste projecto. Acho que um dos grandes méritos deste concurso foi unir os portomosenses em torno de um objec�vo comum e isso ficou bem patente no envolvimento do poder autárquico, colec�vidades e en�dades públicas ou privadas e cidadãos anónimos. Isidro Bento

Fórum

1974/76 Após o 25 de Abril de 1974, foram criadas a nível do concelho as comissões administrativas das juntas de freguesia. Situação que aceitei de corpo e alma! Talvez a 18 de Maio já fosse presidente de junta da minha freguesia: São Bento. Como a organização dos bombeiros foi criada em 1950 e isto se passou em 1976, os nossos bombeiros tinham 26 anos. Muito dedicados, mas muito pobres… Os onze anos que andei na política, o nosso gosto, meu e de todos os que me acompanharam, era a reunião dos 13 (presidentes de junta de freguesia). Uma delas foi para tratar do assunto dos referidos… Foi combinado, cada um na sua freguesia, fazer-se um peditório para os bombeiros. A soma foi de 400 contos, “muito dinheiro”. Os 13 resolvemos, e muito bem, fazer uma festa aos bombeiros, com toda a despesa paga pelas juntas em partes iguais. Posso adiantar, foi uma festa muito bonita. Ali compareceram os maiores da vila e alguns de fora. Toda a gente comeu e bebeu. Ali a humildade dominou tudo e todos. Não havia pobres nem ricos. Que saudades que tenho desse tempo! Todos os que me acompanharam nesse tempo, já não me lembro do seu nome e se ainda são vivos. Se isso for possível que apareçam. Não vamos fazer festas, apenas beber um copo, estou certo que não faz mal. Estou a escrever as minhas memórias… Porto de Mós vai ter um lugar especial porque o merece… Há aqui um mal entendido entre os agricultores e os bombeiros. Quando deviam estar todos juntos, cada vez mais separados. Espero que se juntem os 13 e também os responsáveis pela câmara. Tentem resolver este pequeno problema, que penso que é simples, sabem porquê? Quero lembrar a todos nós que estão a trabalhar com a prata da casa. “Não me dêem desgosto!”, costumo dizer por brincadeira.

Feliz ao recordar esses dias Estavam cheios os celeiros Por isso as treze freguesias Fizeram uma festinha aos bombeiros

O que vai mudar com a eleição das Grutas de Mira de Aire? Visibilidade efémera ou benefícios a longo prazo? O nosso jornal foi saber que mudanças esperam os portomosenses da eleição das grutas no concurso 7 Maravilhas Naturais de Portugal.

Levo comigo a certeza Seja lá quando for Respeita e vive a natureza Como um simples pastor Sem gado não há pastores Sem pastores não há gado Se queres boa pastagem e flores Sabe queimar o teu prado Não dês trabalho aos bombeiros Não faças mais fogueira É sujo esse dinheiro E tão bonita a bombeira

Olinda Vieira

Sílvio Rosário

- 44 anos -

- 38 anos -

(Fonte do Oleiro)

(Alvados)

Ajudante de lar

Pedreiro

Acho que a eleição das grutas vai ser bom para a nossa terra, porque penso que vai trazer mais gente ao concelho.

Não sei se vai mudar grande coisa. Por agora penso que vai vir mais gente para visitar as grutas, mas daqui a uns tempos isso vai passar.

Sei que não és analfabeto Quando guardas o teu gado Não tens pastagens por perto Se não queimares o teu prado A chuva e o fogo Assim a terra adubaram Aqui está o saber do povo Todos os restinhos queimados Não há quintal nem freguesia Sem chamada, lá está o bombeiro Não faças tal asneira Por multa, levas dinheiro Aqui deixo alguns conselhos Não ligues à fogueira no quintal Voltem homens velhos Não arde! A floresta nem o pinhal!

Rita Matos

Rogério Almeida

- 33 anos -

- 61 anos -

(Corredoura)

(Porto de Mós)

Bancária

Fotógrafo

Em termos turís�cos penso que vai dinamizar o concelho, que bem precisa. Actualmente Porto de Mós é apenas um ponto de passagem e não um local turís�co.

É sempre uma mais-valia para as grutas e para Porto de Mós, porque foram muito divulgados. Pelo que me apercebo as grutas também estão a trabalhar bem e oferecem várias valências.

Joaquim Cláudio dos Santos

Ficha Técnica Fundador: João Matias Foram directores: João Matias, Faustino Ângelo, João Neto e Jorge Pereira Director: Isidro Bento (C. P. nº 9612) Redacção: e-mail: oportomosense@sapo.pt

Patrícia Santos (C.P. nº 8092), Luísa Patrício, Iolanda Nunes Colaboradores e correspondentes: Ana Narciso, António Alves, Armindo Vieira, Baptista de Matos, Carlos Pinção, Cátia Costa, Eduardo Biscaia, Fernando Amado, Filipa Querido, Irene Cordeiro, João Neto, José Conteiro, Júlio Vieira, Marco Silva, Maria Alice, Paulo Andrade, Paulo Jerónimo da Silva, Paulo Sousa, Sara Rosa, Sofia Godinho, Vitor Barros

Grafismo: Norberto Afonso Paginação: Ricardo Matias Dep. Comercial: comercial.vazao@gmail.com Redacção e Secretariado: Rua Mestre de Aviz nº1 R/c D • 2480339 Porto de Mós Tel. 244 491165 - Fax 244 491037 Contribuinte nº 502 248 904 Nº de registo: 108885

ISSN: 1646-7442 Tiragem: 3.500 ex. Composição: CINCUP Impressão: CIC Centro de Impressão Coraze - Oliveira de Azeméis - Tel. 256 600580 Propriedade e edição: CINCUP - Cooperativa de Informação e Cultura de Porto de Mós, C.R.L.

Direcção da CINCUP:

Eduardo Manuel Ferreira Amaral, Pedro Nuno Coelho Vazão, Joaquim Jorge Rino da Graça Santos, Belmiro Silva Ferreira, José Carlos Dias Vinagre, Marco Paulo Abreu Pereira

Preços de Assinatura: (Portugal 15€ | Europa 30€ | Resto do Mundo 35€) Nº de Depósito Legal: 291167/09


Negócios

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FACTURAS AUMENTARAM 20 POR CENTO NUM MÊS

Aumento no gás apaga chama da retoma na cerâmica Voltou a soar o alerta no sector da cerâmica. A ERSE – En�dade Reguladora dos Serviços Energé�cos aprovou aumentos nas tarifas de gás natural que fizeram disparar os valores das facturas de Julho das cerâmicas, com aumentos a rondar dos 20 por cento. Os aumentos foram denunciados pela APICER – Associação Portuguesa da Indústria da Cerâmica, através de uma carta enviada ao Primeiro-ministro, e tornada pública, onde consideram uma contradição, por um lado, o incen�vo às exportações, que tem sido defendido pelo Governo, e a aplicação deste aumento, que em algumas cerâmicas se traduz num acréscimo de meio milhão de euros por ano, num sector que exporta cerca de 95 por cento da produção. A Câmara Municipal de Porto de Mós volta a colocar-se ao lado dos empresários de cerâmica, à semelhança da contestação que se instalou no sector no início de 2009, quando os

apoios concedidos às pequenas e médias empresas estavam vedados a um sector de mão-de-obra intensiva, frequentemente com mais de 250 trabalhadores. Na úl�ma reunião de exe-

cu�vo, foi aprovada por unanimidade, uma moção que alerta para “o perigo e repercussões” que o aumento do preço do gás natural pode ter num sector que “na região centro, e em par�cu-

lar no concelho de Porto de Mós, é uma ac�vidade de extrema importância no tecido empresarial”. Na carta, que vai ser enviada ao Primeiro-ministro, ministro da Economia, direcção-geral de

Economia, grupos parlamentares da Assembleia da República e assembleia municipal, o execu�vo da autarquia considera que com os aumentos do custo do gás, “muitas empresas estão em

risco de falência, sendo certo o seu encerramento imediato”. Carlos Faria, empresário de Alcobaça, da cerâmica Faria e Bento, e membro dos órgãos sociais da Apicer, é um dos rostos do desalento, vendo a factura da energia aumentar 20 por cento de um mês para o outro. Apesar de a associação ter exigido “rec�ficação imediata” nos preços, Carlos Faria não se mostra muito confiante. “Se calhar até ao final do ano milhares de trabalhadores vão ser postos à porta dos centros de emprego”, afirma o empresário. “Como é que é possível, quando estava a surgir retoma, quando mercados que estavam desviados de Portugal estavam a regressar, tratar desta maneira um sector que exporta 95 por cento do que faz? É eliminar o resto que falta!”, desabafa Carlos Faria. Patrícia C. Santos

EMPRESA REVELA-SE EM MAPUTO

CMG em busca da internacionalização A empresa CMG – Calcários, Mármores e Granitos, Lda. do grupo Riverstone, com sede na zona Industrial da Amarela (Porto de Mós), esteve entre as cerca de cem empresas presentes na Feira Internacional de Maputo (FACIM), entre 28 de Agosto a 6 de Setembro. A maior feira de Moçambique em termos empresarias e de comércio, decorreu durante dez dias e Portugal foi sem dúvida o país mais representado. João Menezes, da administração da CMG revelou ao “O Portomosense” que esta foi a primeira vez que par�cipou no certame. A primei-

ra abordagem no estrangeiro, aconteceu em Maio na feira de Madrid, e confessa que ambicionam par�cipar na próxima feira de Verona, mas derivado às dificuldades que o mercado enfrenta talvez não seja possível. Alguns dos objec�vos com esta presença em Maputo eram “dar a conhecer a empresa, tentar a internacionalização, projectá-la a nível de mercado e fazer parcerias”. João Meneses confessa que em Moçambique estes pontos não são fáceis de alcançar, “especialmente porque existe muita falta de mão de obra qualificada,

acessibilidades e condições para fazer chegar os produtos até lá”. “Eram situações que desconhecíamos e com esta par�cipação ficámos sem dúvida a conhecê-las”. Contudo faz um balanço posi�vo desta par�cipação, afirmando que valeu a pena para qualquer empresa presente. “Há empresas que ob�veram vendas, apesar de terem sido pequenas, mas abrem sempre novos caminhos deixando algumas expecta�vas para o futuro”. “O mercado para as nossas pedras (calcários) ainda não está muito abrangente”, diz o empresário. A CMG faz parte do grupo

Riverstone, cons�tuído por quatro empresas da área de Porto de Mós, e dedica-se à comercialização de chapa em bruto, embora também tenha todo os �pos de acabamentos, dentro dos calcários, mármores e granitos. Instalada na zona industrial da Amarela, desde 2003, a empresa conta com uma área total de 6,625 m2 e emprega 6 colaboradores.

Empresário fala dos protestos em Maputo Os conflitos causados pela onde de protestos devido à subida de preços dos bens

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de primeira necessidade, levou não só ao encerramento do comércio na cidade, como também da FACIM. Durante dois dias o certame não abriu as portas. O que acabou também por se revelar um prejuízo para aquele país, para a sua imagem, além das perdas reais. No que diz respeito à segurança dos empresários, João Meneses conta que foram muito bem acompanhados pela ICEP e pelo cônsul de Portugal em Moçambique. “ As pessoas foram amáveis e simpá�cas, e estavam prontas para nos ajudar em qualquer situação. O “resort” onde ficámos aloja-

dos era muito bom e como estávamos na zona das embaixadas não chegámos a sen�r fosse o que fosse. As pessoas movimentavamse como se nada es�vesse a acontecer. Acompanhávamos o que se passava na televisão, mesmo estando no local”, diz o empresário natural da Corredoura. Iolanda Nunes


Actualidade

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ATÉ CONHECER BEM OS CONTORNOS DO PROJECTO

Câmara recusa parceria com universidade sénior O presidente foi o primeiro a dizer “não”. Semanas depois, é o próprio execu�vo camarário a declinar o convite do Rotary Club de Porto de Mós para que a câmara se torne parceira no projecto de instalação de uma universidade sénior no concelho. João Salgueiro e os quatro vereadores socialistas elogiam a ideia, reconhecem-lhe “interesse municipal” mas querem que o clube rotário “explique bem os objec�vos deste projecto, o modo como será aplicado no terreno e o que o Rotary pretende, em concreto, da autarquia”. Só depois disto é que a câmara poderá voltar a analisar a proposta. Para já, a deliberação aprovada na úl�ma reunião confirma o “não” inicial dado pelo presidente da câmara. O tema agendado a pedido dos vereadores socialdemocratas e revelou-se o mais “quente” da tarde. A troca de argumentos foi grande e bem “acesa”. Para

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João Salgueiro não há dúvidas que “o projecto é válido e tem interesse para o município” mas recusa-se a “passar um cheque em branco” a algo que parece não estar “ainda suficientemente amadurecido”. “É tudo muito vago, tem de haver alguma coisa mais concreta até porque a nossa adesão implicará futuroscustos financeiros”, reforçou o autarca. Salgueiro também não escondeu o mal-estar pelo “convite fora de tempo”. “Eu não costumo aceitar convites para festas quando já estão a decorrer. Sendo uma inicia�va extremamente importante a câmara devia ter sido convidada logo de início e não à posteriori”, afirmou. Quem também estranhou a forma como o processo foi conduzido foi a vereadora da Acção Social, Rita Cerejo. “Este convite é uma redundância uma vez que a câmara e o Rotary já são parceiros no Conselho Local de Acção Social e enquanto

membros dessa rede cada um pode chamar os outros a ajudar. Isso não foi feito e quando lá se falou do projecto pedi mais dados, prometeram que mos enviavam mas não recebi nada”, disse. Por sua vez, o vice-presidente, Albino Januário frisou que “há outras ins�tuições com provas dadas e a desenvolver um trabalho muito importante às quais concedemos apoio sem que nos peçam para ser seus parceiros”. O autarca defende que o clube seja apoiado “na justa medida do que se faz com todas as outras colec�vidades” e recusa qualquer outra hipótese que coloque esta ins�tuição numa situação privilegiada. Júlio Vieira (vereador do PSD e sócio do Rotary) disse que Porto de Mós “precisa muito de uma universidade sénior” e o projecto “deve ser o mais abrangente possível”, envolvendo todas as juntas de freguesia e a câmara. O autarca explicou que no clube uns defendiam a par-

ceria só com algumas en�dades, outros (como era o seu caso) achavam que o convite devia estender-se a todas as juntas e à câmara. “Como não havia consenso fomos a votos e foi essa úl�ma posição que ganhou, daí o convite à autarquia só ter acontecido depois. Já é a segunda vez que explico isto mas o senhor presidente não quer entender”, disse revoltado.

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O vereador recusou também a ideia da falta de clareza do projecto. “Quem o integrar é que vai decidir o que se vai fazer e como. Senão para que é que a câmara era parceira? Só para custear?”, ques�onou. Apesar disso, lá foi adiantando que a quota anual dos sócios do Rotary é escassa para o que se quer fazer e que sem o apoio da câmara e das juntas tudo fica muito limita-

do”. Luís Almeida, também do PSD, e an�go sócio do Rotary, reforçou as palavras do seu colega realçando os méritos da universidade sénior, frisando que “mais importante que a autarquia conceder um apoio financeiro é tornar-se parceira ac�va neste projecto”. Isidro Bento


Entrevista

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JOSÉ CARLOS RAMOS

Leia a versão integral em www.cincup.pt

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É bom que surjam pessoas sem vícios e manhas e que façam mexer os partidos Este mês, o nosso entrevistado é José Carlos Ramos, médico, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós e antigo vereador do PS na Câmara Municipal. Num autêntico “três em um”, José Carlos Ramos fala dos projectos em curso na Santa Casa, nomeadamente, da unidade de cuidados continuados, faz o diagnóstico à saúde no concelho e aceita o repto de O Portomosense para uma análise à situação política no concelho, lançando um olhar crítico sobre actuais e anteriores autarcas e políticos locais. Nestas duas páginas encontra a versão “resumida” dessa conversa. A versão integral está, como sempre, na nossa página na Internet.

A Misericórdia já começou a construção de uma unidade de cuidados continuados algo que até há poucos anos escasseava no distrito. Tendo em conta outros projectos que foram surgindo na região, ainda se justifica avançar com este? Jus�fica porque o que há são essencialmente unidades de cuidados de pequena/média duração enquanto que este vai ser de longa duração (mais de 90 dias de internamento).

Qual é o valor do orçamento previsto? Dois milhões de euros com uma compar�cipação de 750 mil euros por parte do Estado e 400 mil da autarquia. A câmara cedeu o terreno e compromete-se com os arranjos exteriores.

Foi fácil conseguir a sua aprovação? Não, porque apesar do país ser pequeno há muita gente a concorrer. Só o conseguimos graças ao apoio de duas pessoas: do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luis Amado, e do presidente da Câmara, João Salgueiro.

Em que medida? É muito importante chegarmos a um ministério e as portas estarem abertas. O tê-las escancaradas foi fundamental. Felizmente, sou amigo do Luís [Amado] e ele temme aberto muitas portas para bene�cio da ins�tuição. Por outro lado, se o presidente da câmara não alinhasse connosco não �nhamos a mínima hipótese de pôr o projecto em prá�ca.

Depois de muita discussão

acerca do local foi, recentemente, inaugurada a nova Casa Mortuária de Porto de Mós concluíndo-se um processo onde a Santa Casa também esteve envolvida. A solução encontrada foi a melhor? Não é o melhor sí�o nem aquele que preconizei mas mais importante do que o local era que se fizesse uma obra com dignidade que respeitasse quem parte e as suas familias e isso penso que foi conseguido. No início pensámos que podia ser próximo da Igreja de S. Pedro e �nhamos a concordância do pároco mas, infelizmente, a polí�ca meteu-se pelo meio e houve gente que não deixou. Vimos mais uns 10 ou 15 possíveis locais mas havia sempre alguma dificuldade. Junto aos sanitários públicos próximo do Lar, para mim era um local mais digno que o actual, mas a polí�ca voltou a meter-se revelando a pequena aldeia que somos.

Noto aí alguma amargura nas suas palavras... Eu estou farto de poli�quice e de que se fale sempre do futuro e dos projectos que temos para o futuro. Então e o presente? Se eu �ver fome hoje como é? Vão-me alimentar no futuro? Há que fazer obras no presente e sustentá-las no presente porque só assim vamos ter um futuro melhor. Falar das obras do futuro é demagogia pura. Uma obra feita hoje, daqui a 20 anos está obsoleta. Há que resolver os problemas das pessoas mas é na altura em que surgem.

As misericórdias são muitas vezes acusadas de terem abandonado a sua função social para se tornarem em au-

tênticas empresas. Concorda? Absolutamente nada. As misericórdias não renegam o seu papel social mas também não podem ignorar as suas responsabilidades económicas porque têm funcionários e é preciso dinheiro para poderem desenvolver a sua acção. Quando temos uma mensalidade máxima de 520 euros e pessoas a pagar os an�gos 18 contos eu pergunto se isto não é solidariedade. Agora solidariedade não é o levar à falência da Misericórdia. Não é dizer “agora acabou porque eles não souberam dirigir”.

Além da unidade de cuidados continuados tem mais algum projecto “na manga”? Tenho um nó atravessado na garganta por não termos conseguido ir para as 60 camas na unidade de cuidados con�nuados mas um dia chegaremos lá. Para já, avançamos com trinta. Gostava de criar um lar residencial e um outro para indívíduos mais dependentes e de entrar noutras áreas da saúde e já tenho algumas ideias nesse sen�do.

Depois da Misericórdia falemos agora da sua área profissional. Ao que julgo saber vai ser o responsável pela Unidade de Saúde Familiar (USF) de Porto de Mós. Quando é que a USF arranca? Em princípio será em Outubro ou Novembro porque ainda falta realizar algumas obras que exigimos e discu�r o projecto que apresentámos. Elaborámo-lo com a premissa de que após cumprirmos os objec�vos fixados poderíamos passar ao escalão seguinte. Agora se isso for congelado não sei o que dizer à minha equipa. É um assunto

que ainda carece de discussão. Ficámos com três médicos no centro de saúde e com as extensões de Alqueidão da Serra, Calvaria e Juncal só que tendo em conta o espaço �sico da extensão do Alqueidão julgo que não terá possibilidades de entrar numa USF.

Quais são os principais problemas na saúde em termos concelhios? O grande drama de Porto de Mós é a sua dispersão. É um concelho muito extenso e disperso. Durante anos defendi a ideia (e tentei sensibilizar alguns presidentes de junta) que devia ser criado um pequeno centro de saúde numa zona que ficasse sensivelmente à mesma distância tanto para os utentes de Serro Ventoso, como da Mendiga, Arrimal ou S. Bento. Para lá chegar, os munícipes contariam com uma rede de transportes criada para o efeito numa parceria entre as juntas e a câmara. Estamos a falar de cerca de 4 200 utentes que ficaria mais bem servidos. Tentei pôr a ideia em prá�ca mas não �ve a concordância da câmara por causa da polí�ca e agora temos algumas situações complicadas para resolver.

O concelho está bem servido de pessoal médico e de enfermagem no concelho? Em termos gerais, Porto de Mós tem sido privilegiado a esse nível. Temos excelentes profissionais e não fosse o seu enorme esforço e dedicação a situação seria bem pior. Na altura em que era director do centro de saúde conseguimos dos melhores resultados do distrito graças a esses profissionais. Infelizmente, as coisas foram-se

adulterando a nível nacional e local e houve interferências polí�cas.

Interferências políticas? Sim, fui afastado do Centro de Saúde, poli�camente, por duas pessoas que achavam que �nha muito poder por estar no Centro e na Misericórdia. Fui saneado em 3 minutos :“Hoje és tu, amanhã sou eu”. Tinha aprovado um projecto para a instalação de ecografia e RX e que só não avançou porque entretanto caiu o governo. Mas depois disso, alguém voltou a pegar nele? Dava muito trabalho mas estava tudo feito. Perdeu-se porque para a polí�ca, por vezes, não interessam muito as que pessoas que puxem pela terra.

E quem foram essas duas pessoas? Não falo em nomes porque já não estou para andar em discussões e intrigas mas é fácil perceber quem foram. Se agora lhes desse troco estaria a valorizá-las e isso eu não consigo. Sabendo como funciona a polí�ca “percebo” a a�tude mas podiam era não ter �do a tentação de dominar tanto e pôr uma pessoa competente à frente, o que na minha opinião não aconteceu, perdendo o concelho com isso.

Foi um dos responsáveis pela candidatura de João Salgueiro à câmara e seu principal estratega durante o primeiro mandato. Qual é a análise que faz ao trabalho do autarca? Todos dentro da estrutura local do PS demos o nosso contributo mas há uma coisa que ninguém pode esquecer ou desvalorizar que é o papel desempenhado por João Salgueiro. Tudo se deveu a ele que


Entrevista

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soube ar�cular pessoas e trabalhar nessa candidatura. Não concordo com tudo o que tem feito mas con�nuo a achar que foi uma lufada de ar fresco. A nossa terra, ao longo dos tempos, tem-se descaracterizado e com algumas culpas do próprio João Salgueiro mas nota-se que agora está a tentar dar-lhe alguma qualidade. Gostei do seu primeiro mandato e já lhe disse que suplantou as minhas expecta�vas. É claro que há algumas coisas nega�vas. Faz-me confusão, por exemplo como é que uma terra pequena pode ter um trânsito tão caó�co. Parece que estamos em Lisboa há dez anos.

Em cinco anos de mandato é o único problema que encontra? Não, como é óbvio há coisas que foram mal feitas e outras que aguardam resolução. O João [Salgueiro] tem de ter uma boa equipa e de a pôr a funcionar (e não estou discu�r nomes individualmente). Há coisas que têm de sobressair e não me venham com os projectos a vinte anos porque não acredito nisso. Isso é demagogia pura. Desde o século XVIII que todos os polí�cos falam do futuro para não fazer nada no presente.

Dos projectos já anunciados pela autarquia há algum que lhe mereça reservas? É fundamental apostar na qualidade de vida da população mas o jardim que está prome�do para Porto de Mós, sendo importante não é essencial. O projecto da central termoeléctrica é a mesma coisa. É importante recuperar aquele espaço porque é uma entrada da vila e, para o que se preconiza ,pode ser bom, mas não podemos perder de vista as prioridades. O João [Salgueiro]por exemplo, tem travado uma grande luta para trazer empresas para o concelho e honra lhe seja feita já para aí vieram muitas. Numa terra com uma percentagem elevada de população idosa é importante criar postos de trabalho e atrair jovens casais e os resultados da luta que ele está a travar só se vão revelar daqui a vários anos.

Há alguma área que ache que deve merecer a atenção especial da câmara? Há várias, mas no caso do turismo, penso que Porto de Mós sofre desde há alguns anos de um grande problema que é as pessoas passarem mas não pararem cá. Há uns anos as camionetas da Setubalense e da Ribatejana �nham de parar junto ao café Milá e era ali que se concentravam as pessoas oriundas de Santarém ou Torres Novas, hoje ninguém pára. Temos um caste-

lo bonito mas é pequeno e por isso depois da visita os turistas seguem para a Batalha. O caso das Grutas é idên�co. Temos coisas muito bonitas mas ninguém aqui fica vários dias. Era importante ter algo que atraisse as pessoas e as fizesse ficar cá até porque com as novas estradas a tendência é para piorar.

Voltando à política, o que pensa de ter uma câmara com maioria absoluta do PS em que só um dos elementos é filiado no partido? Embora o caso seja comum a outros um pouco por todo o país, acho que, de facto, a maioria dos elementos do execu�vo devia ser do PS.

Apesar do partido ter tido uma vitória incontestável nas últimas autárquicas, isso não se traduziu num aumento significativo do número de militantes. Como explica isso? É claro que há as chamadas euforias da vitória que podem levar a que apareçam mais militantes mas a verdade é que as pessoas estão cada vez mais a afastar-se da polí�ca. Deixaram de acreditar. Estão fartas de só ouvir falar no futuro quando têm problemas bem concretos no presente. Se ligarmos a televisão vemos dois par�dos (PS e PSD) a falarem da mesma polí�ca e que se vão alternando no poder. Hoje temos profissionais da polí�ca e vemos indivíduos que saem das universidades, sem experiência nenhuma, a virem-nos falar de trabalho. As pessoas estão cansadas de escândalos, sa�sfação de desejos pessoais e outras coisas e por isso é natural que todo o sistema par�dário comece a ser penalizado e uma vitória eleitoral não tenha por si só força suficiente para atrair muitos mais militantes.

Não acha estranho que um partido “de poder” esteja a ter dificuldades em eleger novos órgãos directivos? Confesso que não sei quem é o presidente da concelhia do PS mas independentemente disso julgo que é importante criar condições para que surjam pessoas novas. Os par�dos têm de ser renovados e não se estar à espera do “tachinho”. É bom que surjam pessoas sem vícios e manhas e que façam mexer os par�dos.

Nos últimos anos uma boa parte dos antigos presidentes e vereadores do PS tem estado afastada da vida política activa. Como justifica este afastamento? Só posso falar do meu caso pessoal. Eu sou capaz de aparecer e ainda um dia destes me pediram

para ir a uma reunião sobre saúde e fui, mas con�nuo a dizer que as coisas se renovam e é importante que as pessoas percebam que nessa renovação há vida. Não podemos ficar eternamente no poder. É importante que surjam pessoas novas que tragam uma certa pureza que faz falta à polí�ca.

Como é que isso se consegue? É importante sabermos ouvir, respeitar, não ser malandros naquilo que eu chamo a poli�quice baixa mas juntarmo-nos e reflec�mos, por exemplo, naquilo que neste momento é importante para Porto de Mós. Se as pessoas souberem ouvir-se umas às outras, dialogar e respeitar essa diferença, eu garanto que ficaremos melhor. Os tempos que ai vêm serão muito di�ceis. A miséria e o desemprego vão aumentar, haverá fome em Portugal e por isso é importante que a polí�ca se renove.

Como é que viu a saída de Rui Neves da Câmara, meses depois de ser eleito, para concorrer ao lugar de director do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós? Eu con�nuo a dizer que quando uma pessoa vai para um cargo deve levá-lo até ao fim. Da mesma maneira que cri�quei Durão Barroso quando saiu de primeiro-ministro e foi a correr para a Comissão Europeia, acho que o Rui [Neves] devia ter levado o projecto até ao fim. Acho que poli�camente é importante quando dizemos ao eleitorado “nós vamos fazer isto”, tentar cumprir. Há momentos e vicissitudes como por exemplo, doenças, que podem levar a não cumprir, mas são situações de excepção.

que faria era levar uma pessoa da minha confiança e que correspondesse tecnicamente à ambição de fazer um bom trabalho em prol da comunidade.

Como é que vê o trabalho ou a postura da actual oposição PSD? Eu acho que hoje em dia as pessoas não jogam no presente mas tentam projectar-se em termos futuros e isso é errado porque se todos fizerem coisas no momento para a população, re�rarão os seus frutos. Esse é o maior contributo que se pode dar sem estarmos “de pé atrás” na praça pública só a apontar os erros que o outro cometeu. Acho péssimo os recados pelos jornais. A verdadeira polí�ca é confrontarmos ideias e todos têm a ganhar com a aplicação do principio de que duas cabeças juntas pensam melhor que uma.

Tendo estado na oposição embora num contexto mais favorável que os actuais vereadores do PSD que conselhos lhes pode deixar? O principal é o que adoptem sempre a máxima: vamos contribuir. Não gostei de ser enganado algumas vezes, mas conseguimos fazer coisas e ver aprovados projectos importan�ssimos nas áreas da educação, desporto e cultura. A maioria na altura exigiu que re�rássemos o nome do PS das pro-

postas e nós muitas vezes fizemolo porque não interessa quem propõe mas que se faça. Quem é que ganhou com esta postura? Ganharam os clubes, as en�dades culturais, a educação e isto é o melhor exemplo daquilo que deve ser o papel da oposição.

Desse tempo retém outros ensinamentos? Nós chegámos à polí�ca autárquica numa espécie de estado virginal. Acreditámos que íamos ganhar e que traríamos qualquer coisa de diferente. Tínhamos um projecto lindissimo mas também cometemos muitas asneiras. Mandámos alguns comunicados demasiado agressivos, se calhar falámos arrogantemente à população mas há uma coisa que ninguém pode negar: mexemos com uma vila e um concelho estagnados, onde a polí�ca genuína estava morta e onde não convinha mexer. Foi o �ro de par�da para se começar a olhar para a polí�ca com outros olhos. Viemos romper com o “status quo” existente, que era mau de mais. A nossa agressividade era também fruto da postura que assumiam connosco. As pessoas davam-se bem mas cerceavamnos coisas, havia outras escondidas, �nhamos de pedir autorização para consultar documentos. Houve momentos muito maus mas con�nuo a dizer que fiquei muito mais rico como pessoa e munícipe por lá ter passado. ◘ Isidro Bento

Concorda que o presidente da Junta de Freguesia da Calvaria de Cima acumule essas funções com o cargo de adjunto do presidente da câmara? (silêncio prolongado)... São situações de que eu não devo falar até porque sou também amigo dele...(pausa prolongada)...Compete ao João [Salgueiro] explicar porque é o Hélder [Paulino] e não outra pessoa e se essa escolha se baseia em critérios de competência e confiança pessoal. Eu acho é que em Portugal há cada vez mais tendência para se poli�zar tudo o que se passa agora aqui já aconteceu em todos os anteriores execu�vos. Se fosse eu fazia de outra forma mas não estou a apontar o dedo a ninguém. É importante terse muitos funcionários mas, acima de tudo, deve haver eficiência e é o João que tem de responder pela eficiência do Hélder. Como para aqui [Santa Casa] nunca convidei ninguém pela cor polí�ca, o

J

osé Carlos Vieira Ramos, 56 anos, natural de Porto de Mós, é casado e tem um filho. Médico há 28 anos, trabalha no centro de saúde local, organismo que dirigiu durante vários anos. Dentro de pouco tempo deverá assumir a direcção da Unidade de Saúde

|| PERFIL Familiar de Porto de Mós, actualmente em formação. De 1997 a 2001 foi vereador do Partido Socialista na Câmara Municipal. É desde há nove anos, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós.


Regresso às aulas

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ANO LECTIVO ARRANCA ESTA SEMANA

Três mil regressam às aulas Por estes dias os livros cheiram a novo nas escolas do concelho. Afiam-se os lápis de cor novos e desfolham-se os novos manuais, antevendo as matérias que irão ser dadas ao longo do ano. Um ano lec�vo que traz com ele a escolaridade obrigatória alargada ao 12.º ano, para os alunos que frequentam o 8.º ano, um novo estatuto do aluno, que volta a diferenciar faltas jus�ficadas e injus�ficadas, e uma escola a menos no concelho, a EB1 da Ribeira de Cima. No Agrupamento de Escolas de Porto de Mós, foram 2 500 alunos que regressaram no dia 13. No pré-escolar 444 crianças estreiam-se nos bancos do jardim-de-infância e 1625 alunos o ensino básico, do 1.º ao 9.º ano. Em Porto de Mós 196 alunos frequentam o secundário e 157 estão em cursos profissionais, para equivalência ao 9.º ou 12.º anos. Ao nível da oferta forma�va, a novidade vai para o curso profissional de mul-

�média, com o director do Agrupamento, Rui Neves, a afirmar que foi boa a adesão para a primeira turma do curso. No Agrupamento de Es-

colas de Mira de Aire e Alvados são 680 os alunos para o ano lec�vo 2010/2011, um aumento de cerca de 30 alunos, segundo o director, João José Almeida. No en-

sino secundário, além dos cursos de carácter generalista, con�nua a funcionar o curso profissional de técnico de energias renováveis, além de um EFA noc-

turno, que termina em Dezembro do próximo ano. O nosso jornal tentou recolher dados sobre o arranque do ano lec�vo junto do Ins�tuto Educa�vo do Jun-

cal, assim como colocar algumas questões à direcção da escola, mas não ob�vemos resposta até ao fecho da edição.

Patrícia C. Santos

Escolas garantem arranque tranquilo 1 – Quais as expectativas para este ano lectivo? 2 – Como avalia o novo estatuto do aluno? 3 – De que forma se vai reflectir nas escolas o alargamento da escolaridade obrigatória? João José Almeida Director do Agrupamento de Escolas de Mira de Aire e Alvados

1 – As expecta�vas são boas. Temos mais alunos, este ano temos 610 inscritos. O corpo docente está muito estável porque entraram poucos professores novos e temos poucos professores em falta. Prevê-se um ano lec�vo mais tranquilo. 2 – Melhorou, mas ficou aquém das expecta�vas. Con�nua com problemas nas faltas injus�ficadas. Há um programa de recuperação, mas os alunos podem reprovar, mas só no final do ano. Na minha opinião, com faltas injus�ficadas reprovava-se e ponto final. As faltas podem ser jus�ficadas por diversas razões. Se não são jus�ficadas é por desconhecimento ou desresponsabilização dos pais. Não há medidas efec�vas e concretas, nada que penalize as pessoas para que sintam mais obrigadas na educação dos filhos 3 – Penso que não vai alterar nada por agora. Abrange alunos que começam o 8.º ano. Só se vai sen�r nas opções desses alunos no secundário, mas penso que as escolas estão preparadas, porque não há abandono muito grande entre o 9.º e o 10.º anos, como há uns anos. Poderá reflec�r-se, isso sim, na finalização, porque havia números preocupantes de abandono ao longo do secundário. O aumento da escolaridade obrigatória para o 12.º ano deixa a perspec�va de aumento de alunos.

Rui Neves Director do Agrupamento de Porto de Mós

1 – É uma questão assumida que a nossa grande pressa é organizar, aos mesmo tempo que vamos tentando pôr em prá�ca o nosso objec�vo, que passa pela ver�calidade do agrupamento e fazer um currículo para algumas disciplinas a par�r do primeiro ano para que aprendizagem seja mais fácil nos diversos níveis de ensino. Este primeiro ano é para arrumar a casa e dotar o Agrupamento de alguns instrumentos, como o projecto educa�vo ou o regulamento interno, que estava feito, mas que terá de ser alterado devido à nova publicação. Em termos de professores, temos alguns em falta, mas é algo residual. 2 – Traz algumas diferenças, embora não seja muito diferente. Em alguns aspectos a alteração é posi�va. Dá ao professor uma margem diferente e não tão burocrá�ca de tentar recuperar o aluno em caso de abandono. Não tem um carácter tão administra�vo, embora os alunos possam reprovar pelo número excessivo de faltas injus�ficadas, ultrapassando o limite fixado pelo novo estatuto. Penso que responsabiliza os pais, taxa�vamente, pela educação dos filhos, tudo o que se fizer em termos disciplinares terá de ser subscrito por eles. 3 – O mercado de trabalho e escola ajustaram-se às realidades. Há 15 anos, quem concluísse o sexto ano arranjava emprego. Mas muitos deles vêem os pais a estudar para poder �rar cartas de condução de máquinas, por exemplo, e vão pensar de outra maneira. O abandono no 9.º ano é residual, o que se nota é que os alunos procuram sempre o que vai ao encontro das expecta�vas. Vamos procurar diversificar e criar cursos com interesse para mercado e para os alunos.


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Regresso às aulas

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DOS AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS DE PORTO DE MÓS E MIRA DE AIRE E ALVADOS

Alunos distinguidos com diplomas no arranque do ano escolar No passado dia 8 de Setembro, os Agrupamentos de Escolas de Porto de Mós e Mira de Aire e Alvados premiaram os seus alunos pelo desempenho conseguido no ano lec�vo de 2009/2010. Em Porto de Mós, foram atribuídos prémios aos alunos finalistas de cada ciclo escolar. Foram dis�nguidos 12 alunos no 4º. ano (1º. Ciclo); oito no 6º. ano (2º. Ciclo); quatro no 9º. Ano (3º. Ciclo) e seis no 12º. ano. Cris�ana Miguel foi a aluna com melhor média do 12º. ano e do Ensino Secundário, em Porto de Mós. “Estou feliz, é uma dis�nção que reconhece o trabalho que �ve até agora. Foi pre-

ciso algum esforço e dedicação, mas valeu a pena”, referiu. Cris�ana Miguel, com uma média no Ensino Secundário de 18,2, revelou que, para si, o estudo não é tudo. “Dedico-me à musica, convivo com os meus amigos... Tenho uma vida perfeitamente normal”, contou. A Caixa de Crédito Agrícola de Porto de Mós foi parceira do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós nesta inicia�va, tendo oferecido três prémios monetários. José Carlos, sub-gerente da ins�tuição, revelou que é intenção da Caixa Agrícula “fazer parte da vida dos jovens, ajudando-os a sa�sfazer os seus desejos”. É com a gente nova que con-

seguimos construir o futuro”, afirmou. Em Mira de Aire e Alvados, o Agrupamento deu cer�ficados a 35 alunos do Ensino Pré-Escolar que passaram para o 1º. Ciclo e premiou estudantes em mais três categorias. Os prémios de Mérito Escolar foram para 22 alunos do 1º. Ciclo; 11 alunos do 2º. Ciclo; 11 alunos do 3º. Ciclo e oito alunos do Ensino Secundário; os prémios de Mérito Solidário seguiram para dois alunos do Ensino Secundário e, finalmente, os prémios de Mérito Ar�s�co foram entregues a nove alunos do 3º. Ciclo e Ensino Secundário. Luísa Patrício

Autarquia planeia intervenções nas escolas Pinturas, instalação de aquecimento em Alqueidão da Serra, colocação de um telheiro no Juncal e mais algumas pequenas intervenções. Esta foi a intervenção feita pela câmara municipal para preparar o parque escolar da sua tutela para o arranque no ano lec�vo. Não houve uma grande intervenção, afirma Anabela Mar�ns, vereadora da Educação, porque a autarquia quer fazer um planeamento global nas necessidades das escolas. A ideia é reunir uma equipa, com técnicos da autarquia, que vá a todas as escolas fazer um levantamento de todas as necessidades de intervenção, desde grandes obras a pequenas reparações. “A par�r daí podemos fazer um planeamento, em termos de datas e custos, para vermos as necessidades que podemos colmatar nos próximos tempos e as situações mais urgentes”, refere Anabela Mar�ns. A responsável pela educação considera que só desta forma se consegue organização e gestão do trabalho, maior informação para as escolas e encarregados de educação e ver que intervenções podem ser fei-

tas pelos funcionários da autarquia ou juntas de freguesia, por exemplo.

Natação continua As ac�vidades nas piscinas municipais, para as crianças dos jardins-de-infância, con�nuam este ano

Cristiana Miguel fez o Secundário com média de 18,2 valores

lec�vo. No pré-escolar está também a ser ponderada a possibilidade de poder oferecer Inglês e Desporto. Anabela Mar�ns esclarece que apenas o pré-escolar está abrangido pelas ac�vidades de Natação porque não existe horário disponível que permi�s-

se o acesso a todos os alunos do 1.º ciclo. “Não queria estar a escolher escolas, em detrimento de outras. Só avançaria com uma ac�vidade onde pudesse tratar todas as escolas da mesma forma”, jus�fica a vereadora. PCS

OBRAS NA ESCOLA OLIVEIRA PERPÉTUA SEM DATA

Director espera resposta da DREC As obras de conservação na cobertura da escola Dr. Manuel Oliveira Perpétua ainda continuam sem data prevista. Segundo o director do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós Rui Neves, já saiu o concurso em Diário da República, mas até à data não há conhecimento que tenha sido adjudicada. No fecho desta edição, o director fazia saber que dia 15 de Setembro (quarta-feira), iria aproveitar a reunião com a Direcção Regional de Educação do Centro - DREC, em Coimbra, para abordar a questão no respectivo gabinete. Com o aproximar do Inverno e o regresso das chuvas, os problemas de infiltração voltam a persistir. O director diz que há outras intervenções que pretende fazer, “até mesmo no sistema eléctrico, mas sendo assim torna-se impossível, com as infiltrações de água”. O sistema de videovigilância que já se encontra instalado, não vai para já entrar em funcionamento, também devido ao atraso das obras. Tapar fissuras e resolver os problemas de infiltração no tecto são os problemas mais urgentes para resolver. Mesmo assim, a solução dificilmente será implementada antes do Inverno, já que reparação do telhado, não poderá ser efectuada em tempo de chuva. Iolanda Nunes

Foto de Arquivo


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Grutas de Mira de Aire nas sete maravilhas FLORESTAS E MATAS

Floresta Laurissilva

A Floresta Laurissilva ocupa cerca de 15 mil hectares da ilha da Madeira e destaca-se por ser uma mancha florestal antiga, que se começou a desenvolver há 20 milhões de anos. Árvores centenárias e espécies exclusivas fazem da floresta um laboratório vivo, classificado Património Mundial da Unesco.

ZONAS PROTEGIDAS

Parque Nacional da Peneda-Gerês

O Parque tem 72 mil hectares de área protegida, que englobam cinco concelhos: Arcos de Valdevez, Montalegre, Ponte da Barca, Melgaço e Terras de Bouro. É o único parque nacional. Foi criado em 1971. Tem uma grande diversidade de flora e é a casa de muitas espécies animais ameaçadas.

ZONAS NÃO MARINHAS

Lagoa das Sete Cidades

A Lagoa das Sete Cidades situa-se a Noroeste da ilha de São Miguel. Trata-se de um complexo vulcânico, com a lagoa a estender-se numa grande caldeira de colapso com cerca de 5 quilómetros de diâmetros e 450 metros de profundidade. As lagoas azul e verde são uma das imagens de marca dos Açores.

As Grutas de Mira de Aire deixaram de ser apenas as maiores grutas do país para passarem a integrar a lista das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, vencendo a categoria Grutas e Cavernas. A Lagoa das Sete Cidades, o Por�nho da Arrábida, a Ria Formosa, a Paisagem Vulcânica do Pico, o Parque Nacional da Peneda Gerês e a Floresta Laurissilva completam a lista das maravilhas eleitas pelos portugueses. Depois de meses de concurso, e de cerca de 650 mil votos, os vencedores foram conhecidos no dia 11 de Setembro, numa cerimónia nas Portas do Mar, na Ilha de São Miguel, nos Açores. As Grutas de Mira de Aire foram o quarto vencedor a ser anunciado, mas a festa começou a fazerse alguns minutos antes, já que com a eleição de duas maravilhas dos Açores, o máximo permi�do pelo regulamento, ficou evidente que o prémio vinha para o concelho, já que as grutas compe�am apenas com locais açorianos. O prémio foi recebido pelo presidente da autarquia, João Sal-

Victor Barros ficou sa�sfeito com o prémio mas confessou que desde o início esteve convencido que apadrinhava “uma candidatura ganhadora”. O padrinho fez questão de lembrar as grutas de Alvados e Santo António, no momento da vitória, e defende que as grutas “têm de servir para o desenvolvimento da região”. Victor Barros lembrou a importância da água na criação das grutas, defendendo a importância da “preservação” deste património. “Mais responsabilidade na preservação” é também o que Carlos Alberto considera que resulta da eleição das Grutas de Mira de Aire, além de uma lufada de visibilidade que há-de prolon-

Vilma Januário

João Salgueiro

Secretária do executivo da Junta de Freguesia de Mira de Aire

“É uma alegria imensa e um orgulho enorme ver o nome de Mira de Aire espalhado pelo país e mundo.”

Luis Segedães New 7 Wonders Portugal

“A votação (650 mil votos) demonstra o interesse das pessoas pela conservação da natureza. Podemos acreditar num País melhor, com a natureza mais preservada.”

gueiro, e pelo padrinho da candidatura, Victor Barros, numa comi�va que incluiu ainda a ida de Carlos Alberto, administrador das grutas, e Vilma Januário, em representação da junta de freguesia, à cerimónia.

Responsabilidade da vitória

Presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós

“Estamos satisfeitos porque conseguimos elevar a beleza das grutas de Mira de Aire e leva-la aos mais recônditos cantos do mundo, valeu a pena!”

gar por algum tempo o acréscimo de 40 por cento nas visitas. O administrador confessa que esteve sempre confiante na vitória, mas sempre na expecta�va, lembrando o que aconteceu ao Arquipélago das Berlengas, que es�veram à frente na votação, mas acabaram por perder o prémio para a Ria Formosa. A eleição dá mais ânimo para con�nuar com os vários projectos lançados pela administra-

Pauleta Embaixador das 7 Maravilhas Naturais de Portugal

“Foi uma responsabilidade enorme representar um país que, felizmente, está cheio de natureza fantástica.”

José Carlos Malato Apresentador da cerimónia

“Já fui às Grutas de Santo António. Foi engraçado porque a minha mãe tem claustrofobia e quando começámos a descer às grutas, a meio, ela voltou para trás, mas eu consegui e foi muito divertido”.


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PRAIAS E FALÉSIAS

Portinho da Arrábida

O Portinho da Arrábida é uma das belas praias da costa portuguesa situada no sopé da Serra da Arrábida. Um local onde o verde da serra de funde com o azul do mar. Um local que se destaca pela biodiversidade, conhecendo-se mais de 1000 espécies de fauna e flora marinhas.

ZONAS MARINHAS

Ria Formosa

Carlos Alberto Administrador das Grutas de Mira de Aire

“Quando disse ao representante da Furna do Enxofre de onde vinha, ele disse-me: Daqui a pouco vai lá a cima buscar o prémio!”

a autarquia trabalhou “afincadamente” para chegar à eleição. A presença das grutas das 7 Maravilhas Naturais de Portugal deve ser olhada pelas en�dades que gerem o turismo como um complemento e um dos produtos turís�cos da região onde se deve apostar, defende o autarca. Mas não foi apenas a comi�va de Porto de Mós que vibrou com a eleição. Entre as centenas de convidados da festa foi possí-

vel encontrar um portomosense a residir em Lisboa, Gil Costa Reis, que ficou “sa�sfeito por poder estar presente e ver reconhecido o mérito da região de Porto de Mós”. No final da cerimónia Luís Segedães, presidente da New 7 Wonders, deixou a promessa de novas eleições já no próximo ano, que serão dedicadas a valores da iden�dade nacional.

João Baião

Victor Barros

Apresentador de televisão

“Quero dar os parabéns às Grutas de Mira de Aire. Visitei há muitos anos, mas quero voltar lá.”

David Catarino Turismo Leiria-Fátima

“A eleição orgulha-nos porque é mais uma âncora que potencia a visita de turistas à região.”

PCS/PV

Padrinho da candidatura

“Temos de trabalhar mais a sério. Darmos esta grande visibilidade às grutas cria uma responsabilidade enorme”.

A Ria Formosa, no Algarve, é um vasto ecossistema que abrange 20 mil hectares e 60 quilómetros de costa, no Sotavento algarvio, entre as praias da Manta Rota e Ancão. É parque natural desde 1987 e está classificada como Zona Húmida de Interesse Internacional pela Convenção Ramsar.

Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico GRANDES RELEVOS

ção, como por exemplo a reconstrução de um moinho de vento ou a construção de oito bungalows ecológicos. Carlos Alberto revela ainda a possibilidade de abrir um segundo acesso, para uma outra galeria, que possa funcionar como um espaço de tratamento de doenças do foro respiratório. Para João Salgueiro esta vitória é um “momento importante para Porto de Mós e, em par�cular, para Mira de Aire”, afirmando que

A montanha do Pico, nos Açores, é o ponto mais alto de Portugal, com um formato cónico a revelar a sua origem vulcânica. A particularidade da vegetação e os seus muros dos currais de vinha, feitos em basalto levaram à classificação de Paisagem Protegida da Vinha do Pico e Património da Unesco.

- Agradecimento A Rádio Dom Fuas e o Jornal O Portomosense agradecem à Rádio Atlântida, na pessoa do Sr. Carlos Pires Antunes, o acolhimento e todo o apoio prestado à nossa reportagem nos Açores.


Cultura Agenda 17 Setembro Festival Materiais Diversos

Minde Vera Mantero é a encenadora portuguesa que traz um espectáculo de dança a Minde, às 21h30. Uma das várias actividades do festival de artes performativas Materiais Diversos 2010, que leva espectáculos, atelier´s e muitas actividades a Minde, Alcanena e Torres Novas até 24 de Setembro. O programa completo em materiaisdiversos.com.

21 Setembro O príncipe de Spadau

Teatro Miguel Franco | Leiria | 22h Grupo de Teatro – O Naziz apresenta uma peça com texto escrito em 1987, nos dias que se seguiram à morte de Rudolpf Hess e que revelou premonitório a tendências racistas contra emigrantes e refugiados. Uma peça no âmbito do Ano Europeu do Combate à Pobreza e exclusão Social.

23 Setembro Uma história de dois

Teatro José Lúcio da Silva | Leiria | 21h30 Teresa Guilherme e Guilherme Filipe são os protagonistas de uma comédia que junta uma caixa de supermercado divorciada e um professor viúvo. Uma peça de Eduardo Galán, encenada por Celso Cleto, um dueto Ibérico responsável por grandes êxitos em Portugal e Espanha.

26 Setembro Encontro de Guitarras

Mosteiro de Alcobaça | 18h Um concerto de guitarra clássica, com reportório do Renascimento ao Período Moderno, por Sérgio Fernandes, Ricardo Martins e Rui Grenha marca o encerramento das Jornadas Europeias do Património em Alcobaça. Entre 24 e 26 de Setembro há uma mão cheia de actividades no Mosteiro. O programa completo em igespar.pt.

Exposições Pintura de Licínia Sousa Biblioteca Municipal de Porto de Mós | Até 30 de Setembro

CastelArte

Castelo de Porto de Mós | De 17 de Setembro a 10 de Outubro

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MAIOR CONCURSO LITERÁRIO PORTUGUÊS

Academia Antero Nobre entrega prémios No passado dia 4 de Setembro realizou-se no salão de banquetes do Juncal, a cerimónia de entrega de prémios do XIII Concurso Literário da Academia Antero Nobre, ins�tuição que tem a sua sede na vizinha freguesia de Pedreiras. À semelhança dos anos anteriores, o concurso literário revelou-se um sucesso e manteve o �tulo de o mais par�cipado e internacional certame deste género em Portugal. Este ano, a organização impôs um limite de trabalhos por autor mas, mesmo assim, foram recebidos 1 043 trabalhos de 168 poetas e prosadores oriundos de 10 países e quatro con�nentes. “Tivemos, claro, muito menos trabalhos e mais premiados, mas apesar disso, conseguimos o dobro do segundo maior concurso do país”, frisou durante a cerimónia, o presidente da Academia, Anibal Nobre, enaltecendo também “a elevada qualidade dos mesmos”. “Entre os autores aqui presentes estão seis dos oito poetas mais premiados de Portugal, o que também não é coisa pouca”, acrescentou. Durante os úl�mos 13 anos, a Academia Anterio Nobre já classificou mais de 30 mil trabalhos e entregou mais de 1 000 prémios. “São sempre prémios simbólicos, nunca demos dinheiro mas é opinião generalizada que uma menção honrosa neste concurso é muito mais di�cil e meritória que um terceiro lugar em mais de 90 por cento dos

concursos que se fazem no país”, realçou Anibal Nobre. O responsável aproveitou, ainda, para evocar a memória de seu pai, Antero Nobre, “o patrono da Academia e um dos maiores vultos da cultura algarvia” e que se fosse vivo completaria este ano, cem anos. Nesta cerimónia foram, ainda, lembrados os (muitos) membros da Academia já falecidos, tendo os actuais elementos dito, simbolicamente, “presente” em seu nome. Houve ainda tempo para homenagear o an�go presidente da Junta de Freguesia das Pedreiras, José Santo por toda a colaboração prestada, e para ouvir o actual presi-

dente, Rogério Vieira, dar as boasvindas aos ar�stas vindos de todo o país e tecer elogios ao trabalho desenvolvido pela Academia, nomeadamente, levando bem longe o nome da freguesia e do concelho e trazendo até cá pessoas de norte a sul do país. Em termos de concurso, desta vez, foi decidido que desde o primeiro ao quinto lugar haveria dois trabalhos dis�nguidos, além de inúmeras menções honrosas e menções especiais. No total, foram premiados 140 trabalhos de 41 autores diferentes. Depois do almoço-convívio, a entrega de prémios e leitura dos

trabalhos vencedores ocupou uma boa parte da tarde. Este ano, Anibal Nobre decidiu promover uma cerimónia mais in�mista estando presentes, apenas, os premiados e um pequeno grupo de convidados. A animação musical esteve a cargo do ar�sta portomosense, António Alves, que surpreendeu a todos com excelentes interpretações, em especial de canto lírico. A poe�sa América Miranda declamou alguns poemas e a festa terminou já noite dentro, com o par�r do bolo alusivo à ocasião. Isidro Bento

ORGANIZAÇÃO REVELA UMA III EDIÇÃO

Summer Castle enche castelo de arte e público O II Summer Castle encheu de público o Castelo de Porto de Mós, no passado dia 11 de Setembro. O misto de cultura e arte permi�u a presença de 1 782 pessoas, entre os 18 e os 70 anos em busca de diversão e de conhecer algo de diferente que se faz no concelho, principalmente no castelo. A assegurar o evento durante toda a noite es�veram 122 elementos , contando com ar�stas e acompanhantes. As festas nos castelos já por si, são únicas e o cenário natural e histórico é convida�vo. O evento é sempre agendado de acordo com a ac�vidade astronómica, ou seja se no ano passado a Lua Cheia era mo�vo para a sua realização, este ano foi a proximidade de Vénus com a Lua. Segundo Rebert Gomes a próxima edição já está agendada para o dia 10 de Setembro e realizar-se-á novamente em dia de Lua Cheia. Nesta edição, houve, inclusivé, um telescópio que proporcionava ao público uma observação astronómica, mas o nevoeiro que caíu cerca das três da madrugada, deu como encerrada a sessão.

O encerramento coincidiu com a actuação de “Dj set de Jiggy”, que no final em declarações ao “O Portomosense” se desculpava pelo atraso da sua chegada. Atraso esse, que o público não sen�u, porque naquele intervalo antes da sua actuação, os bailarinos do Ginásio O2 souberam e muito bem entreter com as suas coreografias.

Duas lojas da vila e a Escola de Arte Esté�ca Visage de Leiria também �veram a oportunidade de marcar a diferença no evento. As lojas vendiam os seus produtos ao mesmo tempo que decoravam a entrada do espaço “lounge” e a escola oferecia maquilhagem às meninas e senhoras que pretediam ficar deslumbrantes durante a noite.

A música poderá ter sido um dos problemas, uma vez que se tentava durante a noite que o ruído não passasse para fora de portas, os responsáveis tentaram sempre baixar o volume, sempre que algum “dj” excedia o nível. Este ano, a Enzime Produc�ons – en�dade organizadora, quis marcar a diferença e não dispensou o fogo de ar��cio durante cinco minutos, a par�r das 24 horas. Rebert Gomes, um dos organizadores faz um balanço posi�vo de mais uma edição e promete novidades no próximo ano.”Foi altamente posi�vo. Não registámos nenhum incidente e conseguimos dentro do pretendido cumprir a cem por cento o conceito “culturarte”. Acho que as pessoas �veram conforto durante a noite e a temperatura ambiente também esteve sempre agradável”, afirmou. Das inicia�vas que mais �veram sucesso, conta-se a leitura de tarot e segundo revela Rebert devido à grande procura, “tem presença garan�da na próxima edição”. Iolanda Nunes


Cultura

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Ler

GRUPOS DE TODO O PAÍS PARTICIPAM NO EVENTO

Aproveitem a vida Autor: António Feio Editora: Livros d´Hoje Edição: 2010

“Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros! Não deixem nada por fazer, nada por dizer.” Uma das úl�mas mensagens públicas do actor António Feio, que no úl�mo ano de vida escreveu, pessoalmente, sobre a sua luta contra o cancro.

Ver A Troca Chegada à casa dos 40 e após uma busca infru�fera pelo homem perfeito, Kassie Larson, interpretada por Jennifer Aniston, decide ter um filho sozinha, recorrendo às mais modernas técnicas de inseminação ar�ficial. Sete anos depois, ela descobre um segredo que Wally Mars, papel de Jason Bateman, o seu melhor amigo, tem guardado durante todo este tempo: durante o processo de inseminação, Wally subs�tuiu o esperma do dador escolhido por Kassie pelo seu próprio, o que talvez sirva como explicação para as incríveis semelhanças entre ele e aquela criança. Uma comédia com Jennifer Aniston, Patrick Wilson e Jason Batema.

Ouvir Fonzie

“Caminho” Depois de sucessivos adiamentos, 27 de Setembro é a data oficial para o lançamento do quinto trabalho de originais dos portugueses Fonzie. A banda oriunda de Lisboa, liderada pelo vocalista Hugo Maia, já pisou alguns dos melhores palcos além fronteiras, na companhia de grandes nomes do Rock Alterna�vo, como os Sum 41 (banda que vieram a subs�tuir na edição deste ano do Rock In Rio - Lisboa), All American Rejects, entre muitos outros. É inegável dizer que os Fonzie sempre �veram muito mais sucesso ‘lá fora’ do que ‘cá dentro’. Talvez por isso tenham decidido fazer algo diferente, um álbum com 12 músicas integralmente cantadas em português. A anteceder este novo registo, no ano passado, o EP «A Tua Imagem» foi lançado no mercado português. Esse tema faz parte do alinhamento de «Caminho», e, como não podia deixar de ser, já roda nas noites alterna�vas da rádio Dom Fuas Fm.

Concertinas estão de regresso à Barrenta No próximo dia 25 de Setembro, às 14 horas, começa a 9ª. Edição do Encontro Nacional de Tocadores de Concer�nas na aldeia de Barrenta, freguesia de Alvados. Promete-se um sábado repleto de música. Já é mí�co este evento, que traz sempre muito boa disposição à localidade. Virão grupos de Guimarães, Lisboa, Guarda, Castelo Branco, Viana do Castelo, Coimbra, Póvoa do Varzim e também da região do Alentejo. O maior número de tocadores vem do Norte do país, onde a concer�na é muito apreciada. Hermano Carreira, principal promotor do Encontro revela-se orgulhoso de o evento conseguir atrair

tanta gente. Este ano, decidiram convidar os Bombeiros Voluntários de Mira de Aire a par�cipar na inicia�va, pela ajuda que têm dado. São eles quem vão vender o frango assado que vai “matar” a fome dos visitantes. Haverá, ainda, porco no espeto e sopa serrana e de peixe. Segundo adianta ainda Hermano Carreira, no dia 24 de Setembro, véspera do início do evento, tudo indica que as Concer�nas da Barrenta vão estar presentes no programa da manhã da estação televisiva TVI. Uma boa forma de promover o Encontro Nacional de Tocadores de Concer�nas. Luísa Patrício

Evento vai realizar-se pela nona vez

GRUPO CONTA COM VÁRIOS JOVENS DE PORTO DE MÓS

Desbundixie celebram dez anos Os Desbundixie sopraram dez velas no passado dia 9 de Setembro, no Operário Caffe Club, na Marinha Grande. A festa contou com casa cheia e os aniversariantes presentearam o público com a presença de alguns músicos que com eles tocaram ao longo destes anos. Uma exposição de fotografias de Daniela Sousa, que acompanha a banda e a apresentação da nova imagem do site www.desbundixie.com, foram outras surpresas durante a noite. A banda composta por elementos de Porto de Mós e Leiria não deixou de assi-

nalar uma década de sucesso e progressão. Como diz o saxofonista César Cardoso,

“ estes anos são um exemplo daquilo que nós somos em palco e pela nossa ma-

Iolanda Nunes

Navegar www.mosteirobatalha.pt Os monumentos património mundial ganharam novos sites. No sí�o do Mosteiro da Batalha é possível ter informações sobre o monumento, serviços e o concelho da Batalha. Serviços que se estendem aos outros monumentos património mundial: Mosteiros dos Jerónimos e Alcobaça, Convento de Cristo e Torre de Belém. PUB

neira de ser. Sobretudo, pelo nome do grupo, ou seja “desbundar”. Nós pretendemos sempre trazer energia aos concertos e às pessoas, que nos ouvem. Estes anos têm sido bastante gra�ficantes, porque conseguimos bastantes coisas boas, entre elas dois discos, sendo que num deles temos a par�cipação de Maria João e Filipe Melo”. Um dos sonhos da banda ainda está por alcançar. César Cardoso revela, que adoravam tocar em New Orleans – cidade que viu nascer o jazz, no início do século XX.

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Freguesias Teatro

X-Perar debate pobreza e exclusão social Uma peça de teatro sobre igualdade de género ou sexo na adolescência, mas que sai do palco e procura falar com o público, levar à reflexão e ao debate. É com estas linhas que se coze o espectáculo X-Perar, que passa pelo Cine-Teatro de Porto de Mós no dia 25 de Setembro, às 16 horas. O espectáculo é trazido pelos ValArt, o Grupo de Teatro Fórum do Vale da Amoreira, que iniciou actividade em 2008, dinamizando espectáculos que abordam as vivências dos bairros, os problemas, convidando ao debate. O espectáculo é gratuito, mas devem ser feitas inscrições junto das câmaras municipais de Porto de Mós e Batalha.

Lançamento

Barão de Porto de Mós em livro Os mecanismos da ascensão política em meados do século XIX, as lutas pelas propriedades e um assassinato. Ingredientes com potencial para uma das séries de época de Moita Flores, mas que têm num portomosense a figura central. “A Morte do Barão de Porto de Mós” é o nome do livro da autoria de Ricardo Charters d´Azevedo, que é apresentado sábado, no Cineteatro de Porto de Mós, às 16 horas. A apresentação do livro, editado pelo Centro do Património da Estremadura – CEPAE – e a Folheto – Edições e Design, está a cargo de Guilherme d´Oliveira Martins, presidente do Tribunal de Contas e do Centro Nacional da Cultural. Desconhecido por muitos portomosenses, Venâncio Pinto do Rego Ceia Trigueiros nasceu em 1801, em Porto de Mós, filho de família importante, e morre aos 66 anos, assassinado da Ladeira da Infesta na Nazaré.

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FILARMÓNICAS DE PORTO DE MÓS E MIRA DE AIRE UNIDAS PELA MESMA CAUSA

Concerto pelas Grutas Maravilha anima Mira de Aire No âmbito da candidatura das Grutas de Mira de Aire ao Concurso 7 Maravilhas Naturais de Portugal e por inicia�va da Banda Recrea�va Portomosense, teve lugar um magnífico concerto, ao ar livre, com música de várias gerações, à entrada das Grutas, no sábado 4 de Setembro. Com início pelas 21h15, actuou em primeiro lugar a Banda do Círculo Cultural Mirense, sob a Direcção do maestro, Simão Pereira. Seguiu-se-lhe a Banda Recrea�va Portomosense, sob a direcção do Maestro Bruno Santos. Interpretaram diversas melodias de música contemporânea, ligeira e erudita, desde início muito aplaudidas. Com a Banda de Porto de Mós, es�veram em palco, Madalena Santos e Zeca Vigário, cantores amadores da nossa região, que entoaram canções populares bem co-

nhecidas que logo puseram o público a cantar e a bater palmas. Tocou também a banda de “covers”, “Eisenkraut”, juntamente com a Banda Portomosense, numa inédita mistura de géneros e instrumentos musicais que surpreendeu os espectadores. E foi o próprio

Zeca Vigário quem apresentou o espectáculo, ca�vando a simpa�a e diver�ndo o público. Toda a área das Grutas foi atracção, numa noite muito agradável, para cerca de centena e meia de pessoas, dos 8 aos 80. O bar e a esplanada do restaurante depres-

sa encheram-se de curiosos que não dispensaram o são convívio, ao som de música de grande qualidade e por uma nobre causa. No final, as duas bandas filarmónicas juntaram-se em palco e, para surpresa de todos, tocaram a conhecida marcha “Isto é Mira de Ai-

re” colocando logo o público de pé, a cantar em conjunto. Os aplausos foram imensos. No final, a Direcção do Circulo Cultural Mirense entregou uma lembrança à Banda Recrea�va Portomosense – pela notável inicia�va e pelo convite formulado. Carlos Alberto Jorge, presidente do conselho de administração das Grutas de Mira de Aire – encerrou o momento cultural da noite, com palavras de profundo agradecimento à Banda Recrea�va Portomosense pela feliz inicia�va e a todos os que colaboraram para a organização deste invulgar evento, fazendo um apelo ao voto nas Grutas. Apelo que, pelos vistos, foi ouvido em todo o país, já que, dias mais tarde, as Grutas de Mira de Aire foram eleitas uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal. Filipa Querido

VEREADORES DA OPOSIÇÃO PROPUSERAM CRIAÇÃO DE FESTIVAL

Festival da pedra do PSD leva nega socialista “Falta de cultura democrá�ca”, diz Júlio Vieira. “Uma proposta extemporânea”, responde João Salgueiro. Assim se esgrimem os argumentos em torno da proposta dos vereadores do PSD de criação de um Fes�val da Pedra, que foi chumbada pela maioria socialista. Na proposta apresentada, os vereadores social-democratas sustentam que devido à “importância histórica e económica da exploração da pedra” do concelho, e tendo em conta o papel “histórico e cultural que os trabalhos em pedra representam no nosso concelho e nosso país”, assim como a diversidade do sector e a singularidade do concelho na calçada à portuguesa, seria importante “implementar um Fes�val

Anual da Pedra”. Um evento com objec�vo de “projectar o concelho como Capital da Pedra em Portugal” e “potenciar e valorizar” o sector, associando ainda uma feira, a Mós-Natura, que “potenciasse alguns dos sectores económicos do concelho”. Júlio Vieira considera que a feira “poderia ser uma das âncoras de uma nova estratégia de afirmação e notoriedade do concelho, conjugando um novo modelo de desenvolvimento económico”. A maioria socialista teve um entendimento diferente, chumbando a proposta. O presidente da autarquia, João Salgueiro, considera que a proposta é “extemporânea”, por entender que o que os vereadores do PSD

propõem “está a ser feito”, dando como exemplo o fes�val que se realizou em Arrimal ou “os milhares de metros quadrados de calçada aplicados no concelho”. Já Júlio Vieira considera que as jus�ficações de João Salgueiro demonstram que

não existe “projecto nem estratégia para o concelho”, mas apenas “tapa-buracos” e “obras de fachada”, acusando ainda o execu�vo socialista de “falta de cultura democrá�ca”. O vereador da oposição estranha ainda mais o

PS e PSD concordam com a importância da pedra na economia local

chumbo da proposta por ser “uma promessa eleitoral transformar Porto de Mós na Capital Mundial da Calçada à Portuguesa”. Ques�onado sobre o andamento do projecto, apresentado já em período de corrida eleitoral, João Salgueiro defende que “está a avançar” e remete para o próximo ano ac�vidades nesta área. Do projecto apresentado constam a criação de um museu, a realização de uma feira e aposta na formação. Na altura, João Salgueiro afirmou que seria no início deste ano (2010) que arrancaria a primeira ac�vidade visível do mesmo, na área da formação. Patrícia C. Santos


Freguesias

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◘ GENTES E LUGARES

OBRA FOI PROMESSA ELEITORAL DO PS

NARCISO CORDEIROS

Escola da Cruz da Légua em avaliação

Ferreiro para não deixar morrer a arte familiar

Narciso Cordeiro recupera tradição familiar

Aos 46 anos, Narciso Cordeiro, da Mendiga, admite que não lhe passava pela cabeça voltar à forja, às tenazes e à sujidade do ferro e do carvão. Depois da morte do pai, que foi ferreiro, sen�u que podia dar con�nuidade a uma tradição familiar. Fá-lo só aos fins-de-semana e nem todos. Afinal, não se podia deixar morrer de todo uma profissão que já vem do seu trisavô. Mas, desta vez, é que se prevê o fim. Narciso Cordeiro tem três filhas e não vê que a ac�vidade possa con�nuar na família. Aquela forja, onde aprendeu a trabalhar com o seu pai até aos 19 anos, terá os seus dias contados. O seu estaminé pinta-se de negro, como, aliás, só podia ser. É

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uma espécie de barracão que se divide em dois. De um lado, trabalha o alumínio, pois a sua profissão está ligada à caixilharia; do outro, o ferro, que é o seu refúgio de fimde-semana para lembrar a profissão da sua família. Ambos os materiais pedem espaços diferentes. O alumínio quer-se sempre limpo; o ferro, suja muito. As telhas, essas, denunciam as dezenas de anos de labuta. An�gamente, sim, havia muito que fazer. Agora, fazem-se uns martelos e poucos mais. “Isto vai acabar tudo”, diz Narciso Cordeiro, com pena do desaparecimento de uma profissão tão an�ga. Muito material se faz já, a nível industrial, mas os martelos para bater a calçada ainda não, segundo afirma. “Não

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pode ser um martelo qualquer. Os calceteiros precisam de bom material para fazer um bom serviço”, explica. Agarrado aos instrumentos e ao ferro, é notável o esforço de precisão deste ferreiro, que confessa ser perfeccionista. “Bom comprador vê logo o defeito”, refere. Este olhar clínico, aliado a uma rapidez surpreendente, de movimentos, é responsável pelo reconhecimento que lhe é dado nesta área. A rapidez é quase obrigatória. O ferro está em brasa e há que batê-lo para dar-lhe a forma que se pretende. “Percebemos as temperaturas pela cor do material. Se es�ver num amarelo quase branco e a fazer uma faíscas quando o �ramos da forja significa que falta pouco para começar a derreter”, afirma. Aquilo que sabe foi aprendido há já muito, ainda com seu pai. Teve de reavivar a memória quando quis voltar a estas lides. É com orgulho, nota-se, que vai contando o historial longo da sua família. No Verão, só quase por necessidade é que acende a forja. O calor quase faz estalar a pele. Bem perto da forja, vemos um cêpo de carvalho de grande dimensão, em cima do qual está a bigorna, onde Narciso Cordeiro bate o ferro. Muitas histórias já poderia contar este cêpo que terá cerca de 500 anos, segundo diz. Luísa Patrício

Afinal, a Cruz da Légua pode não ganhar um centro escolar. A obra foi bandeira eleitoral do PS na última campanha eleitoral, no entanto, a solução pode vir a ser outra para a rede escolar da freguesia, isto apesar de já existirem terrenos adquiridos junto à EB1 de Cruz da Légua, a pensar na ampliação da escola. O assunto foi abordado na penúltima reunião de executivo, a propósito do pedido de aprovação de revisões ao orçamento e plano de actividades e que irá, certamente, ser discutido na próxima assembleia municipal. Júlio Vieira, vereador do PSD na autarquia, denuncia a situação, considerando que o executivo “andou cinco anos a enganar as pessoas”. Segundo o vereador, esta mudança “demonstra bem a forma como está pensado o parque escolar de Porto de Mós”, apontando ainda o dedo ao executivo socialista por “fazer o que criticou na campanha eleitoral do PSD”. Anabela Martins, vereadora da Educação, confirma que o processo “está a ser reavaliado, por uma questão de número de salas e número de alunos”, no entanto remete mais explicações para o presidente João Salgueiro, que tem “seguido pessoalmente” o processo. João Salgueiro garante que “por enquanto está a ser estudada esta situação”, não confirmando a intenção de abandonar o projecto no pólo escolar da Cruz da Légua. “Está a ser analisado com as entidades competentes, nomeadamente com a secretaria de Estado”, refere. Segundo apurou o nosso jornal, o recuo na construção do centro escolar em Cruz da Légua poderá estar relacionado com a política de reordenamento do parque escolar, que inviabilizará o financiamento para uma escola com a dimensão do previsto para a Cruz da Légua. Uma escola que sirva a freguesia poderá ser a solução que mais agrada às entidades que gerem a Educação. PCS/IB

Crescimento da escola da Cruz da Légua para centro escolar em risco


Opinião

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Novo quartel dos bombeiros

Elogio do Artesanato (II)

João Neto (arquitecto)

António Alves (empresário)

A Associação Humanitária dos Bombeiros geral. A consulta que fiz, antes de escrever esVoluntários de Porto de Mós pretende cons- te texto, a algumas pessoas muito treinadas truir um novo quartel-sede por o existen- nestas andanças, fazem-me concluir da quate não responder aos actuais desafios de um se nula apetência da Várzea para receber esbom desempenho de funções. Os critérios te equipamento. até há pouco tempo observados e validados Um quartel-sede deve desenvolver-se em pelos serviços do Ministério da Administra- três áreas dis�ntas: operacional, administra�ção Interna para a aceitação de candidaturas, va e descanso/lazer. O sí�o deverá estar denmudaram de enquadramento legal, tendo si- tro ou muito próximo do aglomerado; não exdo definidas novas regras, a que devem obe- posto a riscos naturais; com boa acessibilidade decer novas construe mobilidade, onde é ções. Neste caso o A coluna vertebral desta decisão importante deveria vital garan�r mais do financiamento da no- assentar numa caracterização fundamentada de uma que um sen�do de va obra poderia, ain- comissão de técnicos credenciados e não na pouco entrada e saída; fora autorizada opinião de uma qualquer assembleia-geral de parques vocacioda, ter em conta uma nados a outros fins, eventual contrapar�da, concre�zada na permuta das actuais ins- como lazer ou desporto; longe de grandes talações, onde caía que nem uma luva a ex- condutores eléctricos e de grandes canais de tensão da biblioteca. Mas disso falarei noutra vento e que possibilite fogo real em exercícios, movimentação anormal de veículos de socoroportunidade. Parece não ser contudo consensual a sua ro e um controlo de entradas e saídas. Neste localização e pouco ajustado o método esco- contexto, são poucas as virtudes da Várzea. lhido, dada a complexidade técnica que envolNo quadro da lei em vigor, que li, e que posve um instalação desta natureza, que se quer so disponibilizar de forma concentrada, seexemplar pelas condições de operacionalida- ria virtuoso dotar o novo quartel de capacidade, de boas caracterís�cas esté�cas e não re- de para poder receber o Centro Municipal de pe��va de erros passados. A coluna vertebral Protecção Civil, com parque municipal de treidesta decisão importante, no que respeita à nos e um centro de despacho para op�mizafutura localização, deveria assentar numa ca- ção de recursos e de meios municipais. E, ainracterização fundamentada de uma comissão da, que pudesse receber, a prazo, os meios de técnicos credenciados e não na pouco au- humanos de protecção civil: Bombeiros, GNR torizada opinião de uma qualquer assembleia- e PNSAC.

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Na nossa sociedade, os avanços técnicos agora de processos industrializados de proe tecnológicos (imparáveis desde a Revo- dução radicalmente distanciados dos prelução Industrial), a massificação do consu- cedentes processos artesanais. Sendo bom mo - assente na organização estandardiza- que os programas educa�vos promovam o da dos mercados - e a profusão de ideias de conhecimento in situ dos sistemas de promodernidade transformaram inexoravel- dução de vanguarda, será ainda melhor – mente os nossos es�los de vida actuais. No- porque se iden�ficam e avivam os alicerces vos objectos, novos engenhos, novos mate- da nossa memória cultural - que as crianças riais e novas estruturas, associados a novos possam conhecer, o mais empiricamente modos de produção, tomaram defini�va- possível, como se fazia um alguidar, se conmente o lugar da bifeccionava um sapalha de água, do car- Actualmente, a maioria das nossas crian- to ou uma peça de ro de bois, da aze- ças tem uma relação distanciada e algo roupa ou se procesnha, da espada de desinteressada sobre a origem ou o modus sava a produção do ferro ou da cesta de faciendi dos produtos que consomem azeite antes de qualjunco. quer sofis�cação inActualmente, a maioria das nossas crian- dustrial. ças tem uma relação distanciada e algo deTambém as abordagens pedagógicas u�sinteressada sobre a origem ou o modus fa- lizadas com pessoas portadoras de deficiciendi dos produtos que consomem. Ain- ência, inseridas em ins�tuições sociais, têm da há trinta anos, principalmente nos meios vindo a incrementar ac�vidades de índonão urbanos, fazia parte da nossa cultura le artesanal (a cerâmica, a encardenação, a uma convivência incontornável com o al- marcenaria, entre outras). De facto, sendo faiate, o sapateiro, o amolador, o ourives, o na sua maioria ac�vidades com objec�vos padeiro, o marceneiro, o pedreiro, o carpin- ocupacionais, importa realçar os seus efeiteiro, o agricultor entre tantos outros o�- tos posi�vos na coordenação psico-motocios artesanais. Hoje, com as novas formas ra, auto-es�ma, desenvolvimento cogni�vo de distribuição comercial, tudo aparece nos e inter-pessoal e no aumento de possibiliescaparates dos grandes espaços sob a fór- dades de integração no mercado de trabamula de cash & carries. Os sapatos, as ce- lho. Numa palavra, no desenvolvimento da râmicas, as cutelarias, o vestuário, o mobili- autonomia, fim úl�mo de todo o acto eduário, a alimentação, na sua maioria, advêm ca�vo.

Sonhos de uns e doutros Ana Fernandes (educadora de infância)

Porto de Mós está de parabéns pela quan�dade de alunos que concluíram o Ensino Secundário, e pelos que ingressaram no Ensino Superior. Grande parte deles conseguiu entrar para o curso da sua primeira opção. Há que felicitar os alunos pelo seu empenho e há que incen�vá-los a prosseguir o novo caminho que os conduzirá a um futuro que se sonha mais risonho que o presente. Há que felicitar as Famílias, Pais, Avós, que na sua maioria, vêem agora nos seus filhos e netos a concre�zação dos seus sonhos de juventude, pois, como me dizia um dia destes um avô: “Eu não era burro, não �nha era meios para ir estudar. Mais burros eram os filhos do meu patrão que andaram comigo na escola primária. Um deles é engenheiro, outro é arquitecto e eu não sou ninguém porque não �nha dinheiro para ir estudar.”. Hoje, embora o dinheiro não abunde e a crise seja o que é, as famílias farão mais um furo no cinto para que os seus filhos possam �rar um curso superior, que realizará os sonhos de uns e doutros. Mas há que felicitar também os Educadores de Infância, pois todos estes Jovens já frequentaram o Jardim de Infância onde aprenderam a ler o Mundo e a saborear o conhecimento.

Os professores do 1º Ciclo que lhes ensinaram a u�lizarem códigos e convenções e lhes alargaram os horizontes do saber. Os professores do 2º, 3º Ciclo e do Secundário que lhes mostraram as variáveis do saber e do conhecimento, de modo que o mundo fosse percebido como um todo e que está nas mãos de todos torná-lo melhor ou pior. Até os maus professores têm de ser lembrados. Com eles os miúdos �veram de aprender a respeitar a diversidade humana e de aprender a esforçarem-se mais em casa. Ao ler o que escrevi até aqui, fiquei com a sensação que estaria a escrever um texto lamechas. No entanto, não devemos ter medo de dizer o que sen�mos, louvar o que é louvável, agradecer o que há para ser agradecido e acreditar o que os sonhos de pessoas de bem são concre�záveis mesmo que seja necessário sucederemse várias gerações. A toda a Comunidade Educa�va, alunos, professores, pais, de todos os estabelecimentos de educação e ensino, desejo um óp�mo Ano Lec�vo. E aos meninos grandes que ingressaram no Ensino Superior, desejo as maiores felicidades. Estudar, trabalhar, acreditar em vós e nos vossos sonhos, esse é o caminho, avancem!

Até os maus professores têm de ser lembrados

Agora também à venda no Quiosque da Batalha


Actividade Municipal

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Resumo da Acta de Reunião de Câmara nº 16 / 2010

Reunião de 26 de Agosto de 2010 OBRAS PARTICULARES

PROC.º N.º 503/1996 – Bernardino Almeida Leitão, requer licença especial para conclusão da obra de construção de um bloco habitacional, sito na Estrada Nacional nº 242-4, no lugar de Lagoa Seca, freguesia do Juncal, já objecto de deliberação em 05/08/2010. Deliberado aprovar. PROC.º N.º 511/2002 – Presente uma informação da Chefe de Divisão e Licenciamento Urbano, a propor a caducidade do referido processo em nome de Pedro Miguel Cordeiro dos Santos, no âmbito do previsto na alínea d) do nº 3 do art. º 71 do R.J.U.E.. Deliberado proceder à audiência prévia, finda a qual o processo será arquivado. PROC.º N.º 119/2008 – Duque Carreira, Lda., requer a aprovação das alterações propostas ao projecto de construção de 3 moradias geminadas, a edificar na Rua José Amado Mendes, na vila e freguesia de Mira de Aire. Deliberado aprovar. PEDIDOS DE INFORMAÇÃO PRÉVIA PROC.º N.º 147/2010 – Fábrica da Igreja Paroquial da Mendiga, requer a aprovação do solicitado pelo requerente em relação ao proposto pelos serviços técnicos, referente à informação prévia para o projecto de construção de um centro pastoral, a edificar na Travessa da Confraria, na freguesia de Mendiga. Deliberado aceitar a proposta, devendo afastar quatro metros do arruamento. PEDREIRAS PROC.º N.º 98/2008 – Mármores Ferrar, Lda, requer declaração de reconhecimento de interesse público municipal, para o projecto de exploração da pedreira do “Poço”, no lugar de Espinheiro, na freguesia de São Bento. Deliberado considerar de interesse Municipal e propor à Assembleia Municipal. OBRAS MUNICIPAIS CONSTRUÇÃO DA ECOPISTA – RECONVERSÃO DA LINHA FÉRREA 1.ª FASE – ADJUDICAÇÃO – Deliberado aprovar o Relatório Final do Júri do Concurso e adjudicar a empreitada à empresa “Manuel Conceição Antunes – Construções e Obras Públicas, S.A.” pelo valor de quatrocentos e cinquenta e oito mil cento e um euros e setenta e cinco cêntimos, acrescido de IVA à taxa legal em vigor. REQUALIFICAÇÃO AV. SANTO ANTÓNIO/AV. SÁ CARNEIRO – ADJUDICAÇÃO – Deliberado aprovar o Projecto de Decisão de Contratar e adjudicar a empreitada à empresa “Miraterra – Obras Públicas, Lda.” pelo valor de trezentos e noventa e nove mil quinhentos e oitenta e dois euros e sessenta e um cêntimos, acrescido de IVA à taxa legal em vigor. REQUALIFICAÇÃO AV. DA LIBERDADE/RUA ADRIANO CARVALHO – ADJUDICAÇÃO – Deliberado aprovar o Projecto de Decisão de Contratar e adjudicar a empreitada à empresa “Construções Pragosa, S.A.” pelo valor de trezentos e quarenta e quatro mil novecentos e noventa e três euros e setenta cêntimos, acrescido de IVA à taxa legal em vigor. DIVERSOS PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AO PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DA REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS, PARA ADAPTAÇÃO AO DISPOSTO NO DECRETO-LEI Nº 26/2010 DE 30 DE MARÇO, O QUAL DEU A NOVA REDACÇÃO AO DECRETO-LEI Nº 555/1999 DE 16 DE DEZEMBRO – Deliberado aprovar e submeter a inquérito público. PROTOCOLO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DE PORTO DE MÓS E A BIOSYS, SERVIÇOS DE AMBIENTE, LDA. – Deliberado aprovar e autorizar o Senhor Presidente da Câmara a outorgar o Protocolo de Prestação de Serviços. PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DE PORTO DE MÓS, O CENTRO PAROQUIAL DE ASSISTÊNCIA DA FREGUESIA DO JUNCAL E O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PORTO DE MÓS, NO ÂMBITO DO FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES AOS JARDINS DE INFÂNCIA E ESCOLA DO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO DE JUNCAL – Deliberado aprovar e autorizar o Senhor Presidente da Câmara a outorgar o Protocolo. PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DE PORTO DE MÓS, A EMPRESA DE INSERÇÃO – CENTRO DE FORMAÇÃO DESPORTIVA – ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA PORTOMOSENSE, O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PORTO DE MÓS E O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MIRA DE AIRE E ALVADOS, NO ÂMBITO DO FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES AOS JARDINS DE INFÂNCIA E ESCOLAS DO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO DE ALVADOS, CASAIS GARRIDOS, CORREDOURA, CRUZ DA LÉGUA, CUMEIRA DE CIMA, FONTE DO OLEIRO, PEDREIRAS, PORTO DE MÓS, TOJAL DE CIMA E TREMOCEIRA – Deliberado aprovar e autorizar o Senhor Presidente da Câmara a outorgar o Protocolo.

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DE PORTO DE MÓS, A CASA DO POVO DE CALVARIA DE CIMA E O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PORTO DE MÓS, NO ÂMBITO DO FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES AOS JARDINS DE INFÂNCIA E ESCOLA DO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO DE SÃO JORGE E CALVARIA DE CIMA – Deliberado aprovar e autorizar o Senhor Presidente da Câmara a outorgar o Protocolo. Tendo os Vereadores do Partido Social Democrata apresentado uma declaração de voto, que a seguir se transcreve: “Declaração de Voto Os Vereadores do PSD, apesar de votarem favoravelmente, consideram fundamental que a Câmara tenha um Nutricionista que assegure a qualidade das refeições fornecidas pelas várias entidades. O sistema de funcionamento que deriva dos Protocolos presentes em reunião de Câmara, não garante a qualidade das refeições servidas por parte da Câmara, que tem essa responsabilidade. Transferir esse encargo e responsabilidade, para Instituições de carácter social, sem à posterior garantir a efectiva qualidade das refeições, não nos parece a melhor forma de resolver o problema. Sem desresponsabilizar as Instituições em causa, mas tendo em consideração as funções sociais destas Entidades, deve ser a Câmara a contratar um Nutricionista que possa assegurar esta responsabilidade num trabalho conjunto e articulado com estas Instituições. Afinal, é a saúde e o crescimento equilibrado dos nossos filhos que está em causa e com estas questões não se pode improvisar e facilitar como o Executivo tem feito e se prepara para voltar a fazer no próximo ano lectivo.” O Senhor Presidente respondeu que o controlo de serviços de refeições é feito pela Câmara Municipal que com frequência vai ao local fazendo-se acompanhar pela delegada da autoridade sanitária do concelho. Fazem-se aleatoriamente algumas inspecções aos serviços de refeições. Ele próprio já tem ido à hora do almoço sem que ninguém saiba aos locais onde são servidos os almoços. São ainda analisadas as condições de transporte, porque a qualidade do transporte das refeições é muito importante neste tipo de serviço, nomeadamente carrinhas devidamente adaptadas para este transporte. As ementas são acompanhadas pela nutricionista, que a Câmara tem para este serviço, que faz este serviço pontual para a Câmara. A Vereadora Dra. Rita Cerejo interveio, após contacto telefónico com a Vereadora da Educação Dra. Anabela Martins para esclarecer esta questão, referindo que cada entidade se responsabiliza por ter a ementa elaborada em parceria com uma nutricionista que depois é devidamente assinada e afixada. Relativamente às inspecções estas são realizadas pontualmente, podendo de facto haver a necessidade destas passarem a ser efectuadas com mais frequência. Acrescentou ainda que foram criadas ementas especiais para as crianças que não almoçavam com os colegas porque são alérgicas a determinados alimentos, e então para que esta situação não acontecesse foi acordado com todas as entidades fazer ementas ajustadas para as refeições destas crianças. PROJECTO DE LEI N.º 374/XI (FIXAÇÃO DOS LIMITES TERRITORIAIS DAS FREGUESIAS DE SÃO MAMEDE, REGUENGO DO FETAL E BATALHA, NO MUNICÍPIO DA BATALHA E DE MIRA DE AIRE, ALQUEIDÃO DA SERRA E CALVARIA DE CIMA, NO MUNICÍPIO DE PORTO DE MÓS, BEM COMO, EM CONSEQUÊNCIA, OS LIMITES TERRITORIAIS DOS MUNICÍPIOS DA BATALHA E PORTO DE MÓS, NO QUE RESPEITA ÀS RESPECTIVAS FRONTEIRAS), DA INICIATIVA DO PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA – Presente um ofício da Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, a solicitar que esta Câmara se pronuncie sobre o diploma em epígrafe, emitindo o respectivo parecer. Os limites geográficos já foram objecto de delimitação das respectivas Assembleias Municipais, após reuniões havidas com as duas Câmara Municipais e respectivas Juntas de Freguesia. AQUISIÇÃO DE TERRENOS DESTINADOS AO PARQUE VERDE – Presente uma carta de Eva Paula Vala Henriques e António José Vala Henriques (herdeiros de José Henriques), a informar que vendem ao Município um prédio rústico de que são proprietários, sito na freguesia de S. Pedro, inscrito na matriz predial sob o artigo 178, secção 008, pelo montante de seis mil euros. Deliberado adquirir o prédio pelo montante de seis mil euros e autorizar o Senhor Presidente da Câmara ou o Senhor Vice-Presidente da Câmara a outorgar a escritura de compra e venda. IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE PRÉDIOS URBANOS – Foi presente uma proposta do Presidente da Câmara, Senhor João Salgueiro, propondo que a Câmara Municipal, em conformidade com o n.º 5 do artigo 112º do Código do Imposto Municipal Sobre Imóveis, proponha à próxima Assembleia Municipal que aprove a taxa de 0,7% para os prédios urbanos não avaliados e a taxa de 0,2% para prédios urbanos já avaliados nos termos do Imposto Municipal sobre Imóveis. Deliberado propor à Assembleia Municipal que

aprove a taxa de 0,7% para os prédios urbanos não avaliados e a taxa de 0,2% para prédios urbanos já avaliados nos termos do Imposto Municipal sobre Imóveis. PROCESSO DE CONTRA-ORDENAÇÃO INSTAURADO A ADÉLIA MARIA DA COSTA VIEIRA – Presente uma informação da Assistente Técnica Maria Fernanda Pinguicha Toureiro, a informar da instauração do processo de contra-ordenação mencionado em epígrafe. Deliberado aceitar o pagamento em doze prestações. DERRAMA 2011 – Foi presente uma proposta do Presidente da Câmara, Senhor João Salgueiro, propondo que a Câmara Municipal submeta à aprovação da Assembleia Municipal o lançamento de uma derrama correspondente a 1,4% do lucro tributável sujeito e não isento de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC), a cobrar no ano 2011, com referência ao ano 2010, nos termos das disposições conjugadas das alíneas f) do nº 2 do artigo 53º, e a) do nº 6 do artigo 64º, ambas da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada e republicada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro e do artigo 14º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro (Lei das Finanças Locais). Deliberado propor à Assembleia Municipal o lançamento de uma derrama correspondente a 1,4%, destinada à realização de obras nas áreas de infra-estruturas básicas, nomeadamente no domínio dos Parques Industriais, acessibilidades e redes de água e de saneamento. Tendo os Vereadores do Partido Social Democrata apresentado uma declaração de Voto no seguinte teor: “Declaração de Voto Os Vereadores do PSD votam contra a taxa de Derrama proposta, em virtude de manterem a mesma posição que deveriam ser criadas duas taxas de Derrama para o Município; A taxa de Derrama Geral, e A taxa de Derrama Reduzida para as pessoas colectivas cujo volume de negócios não ultrapasse o montante de 150.000 €. Assim só não voltamos a apresentar esta proposta, em virtude dos vereadores do PS nunca se mostrarem disponíveis para cederem e chegarmos a uma proposta de consenso.” Porto de Mós, 26 de Agosto de 2010. Os Vereadores do PSD Júlio Vieira Luís Almeida.” O Senhor Vice-Presidente respondeu que os vereadores do Partido Socialista mantêm a proposta de 1,4%, portanto de valor igual ao que está actualmente em vigor relativamente aos rendimentos gerados em 2009. Não concordam com a argumentação apresentada pelos vereadores da oposição porque a fixação de dois níveis de lucro das empresas sobre o qual incidiria a derrama no nosso concelho não se justificaria, até porque se assim fosse muitos concelhos utilizariam estes limites, esta possibilidade que consta da lei e também iria complicar a tributação e não tem justificação pelos valores envolvidos. Deste modo, no seu ponto de vista, deve ser mantido um só escalão de incidência para todas as empresas que apresentem lucro e que deverão pagar a derrama, até porque é um valor residual e sem nenhum impacto na vida daquelas empresas que são lucrativas. AQUISIÇÃO DE TERRENO DESTINADO AO ALARGAMENTO DA HELIPISTA DE ALCARIA – Presente uma carta de Fernando António Rosa, a informar que vede ao Município um prédio rústico, sito na freguesia de Alcaria, inscrito na matriz predial sob o artigo n.º 112, secção 005, pelo montante de cinco mil euros. Deliberado adquirir o prédio pelo montante de cinco mil euros e autorizar o Senhor Presidente da Câmara ou o Senhor Vice-Presidente da Câmara a outorgar a escritura de compra e venda. PEDIDO DE CEDÊNCIA DA ESCOLA PRIMÁRIA DE RIBEIRA DE CIMA – Presente uma carta do Clube Desportivo Ribeirense, a solicitar a cedência das instalações da Escola EB1 da Ribeira de Cima, para realização de diversas actividades, recreativas, educativas e formativas. Tendo em conta que o espaço foi solicitado por três entidades, foi deliberado agendar reunião com as mesmas. VENDA DA CASA N.º 21 DO BAIRRO DO CARRASCAL – Foi presente uma informação da Assistente Técnica, Madalena Oliveira, informando que após a realização da hasta pública da casa n.º 21 do Bairro do Carrascal, se torna necessário submeter o assunto à próxima reunião de Câmara para que seja deliberado vender o prédio a Isabel Freitas Adão Nuno, pelo montante de quinze mil, cento e cinquenta euros. 4 Deliberado vender o prédio urbano (casa n.º 21), inscrito na matriz predial da freguesia de S. Pedro sob o artigo n.º 1375, a Isabel Freitas Adão Nuno, pelo montante de quinze mil, cento e cinquenta euros; Mais foi deliberado autorizar o Senhor Presidente da Câmara ou o Senhor Vice-Presidente da Câmara a outorgar a escritura de compra e venda. REALIZAÇÃO ANUAL DO FESTIVAL DA PEDRA – Foi presente uma proposta dos Vereadores do Par-

tido Social Democrata, Senhor Júlio Vieira e Luís Almeida, propondo a implementação do Festival Anual da Pedra, com o objectivo de projectar o nosso concelho como a Capital da Pedra em Portugal. Potenciar e valorizar este sector e o concelho em termos económicos, culturais e patrimoniais. Os Vereadores do Partido Socialista concordam com a referência que é feita ao valor económico da pedra para o Concelho, nomeadamente extracção e transformação, mas a proposta apresentada pelos Senhores Vereadores do Partido Social Democrata, já há muito tempo que tem vindo a ser implementada, sendo intenção do executivo continuar a sua valorização. São exemplos disso os milhares de metros quadrados de calçada aplicada no Concelho, Concurso de Brasões na Praça da República e Festival da Escultura em Pedra de Arrimal. Sendo intenção ainda, da promoção através do chamado “Jardim da Pedra” a construir em Alcaria. Pelos motivos evocados e sendo extemporâneo, os Vereadores do Partido Socialista votam contra a proposta. Os Vereadores do Partido Social Democrata respondem que face à declaração e ao sentido de voto dos Senhores Vereadores do Partido Socialista, que não estranhamos, que por regra votam sempre contra propostas do PSD, lamentamos que estejam a confundir mais uma vez duas coisas completamente diferentes, uma coisa é o aproveitamento e a aplicação de produtos em pedra, com os quais nós estamos de acordo e nos congratulamos, outra coisa completamente diferente e que nós proponhamos, que seria a realização de um evento anual, em torno da pedra, que permitisse alcançar dois objectivos principais, por um lado, dar notoriedade ao Concelho e colocar Porto de Mós no mapa e por outro lado ajudar ao desenvolvimento dum sector muito importante na economia do Concelho, em conformidade votamos a favor. Assim, foi deliberado não aprovar a proposta com quatro votos contra e dois a favor. GALA ANUAL – PRÉMIO PRESTIGIO D. FUAS – Foi presente uma proposta dos Vereadores do Partido Social Democrata, Senhor Júlio Vieira e Luís Almeida, propondo a implementação do Prémio Prestigio D. Fuas, com a realização duma Gala Anual para atribuição dos Prémios Prestigio D. Fuas às Instituições e Entidades que mais se destacaram em cada ano, no Desporto, na Cultura, na Área Social e Económica, bem como, a atribuição do Prémio Prestigio D. Fuas, a uma pessoa do concelho que se pretenda distinguir como forma de reconhecer a sua carreira na área profissional, social, desportiva, cultural ou económica. (Prémio Prestigio D. Fuas / Prémio Carreira). A proposta dos Senhores Vereadores do Partido Social Democrata, não traz nada de novo, relembrando que os mesmos acusaram o anterior executivo de campanha política aquando da realização da última Gala. Acresce referir ainda que o Regulamento em vigor está a ser actualizado, sendo o mesmo apresentado brevemente ao executivo municipal, pelo que os Vereadores do Partido Socialista votam contra, estando no entanto disponíveis para os contributos que os Vereadores do PSD entendam por bem no âmbito do novo Regulamento. Os Vereadores do Partido Social Democrata respondem que mais uma vez não estranham a posição dos Senhores Vereadores do Partido Socialista de votarem contra a proposta apresentada, apesar desta vez terem ido um pouco mais longe, fazendo demagogia com o aproveitamento que fizeram com uma Gala paga pelo Município com intuito de ganhar votos, mais uma vez lamentamos que os representantes do PS não entendam a importância de valorizar e dignificar o movimento associativo, desportivo e cultural, em conformidade os Vereadores do PSD votam a favor da proposta. Assim, foi deliberado não aprovar a proposta com quatro votos contra e dois a favor. FINANÇAS MUNICIPAIS TESOURARIA – A Câmara tomou conhecimento do movimento dos fundos, por intermédio do Resumo Diário da Tesouraria. MODIFICAÇÕES ORÇAMENTAIS: 4.ª ALTERAÇÃO AO ORÇAMENTO DO ANO DE 2010 – Deliberado tomar conhecimento. MODIFICAÇÕES ORÇAMENTAIS: 4.ª ALTERAÇÃO ÀS GRANDES OPÇÕES DO PLANO DO ANO DE 2010 – Deliberado tomar conhecimento. COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA A ATRIBUIR À ASSOCIAÇÃO NOVA VIDA – Presente uma carta da Associação Nova Vida, a solicitar uma comparticipação financeira, destinada a fazer face às despesas com a realização do 1.º Circuito de Ciclismo Nova Vida e da 1.ª Maratona de BTT Nova Vida. Deliberado atribuir o montante de quinhentos euros. RECTIFICAÇÃO DE VERBA – MARCHAS POPULARES – foi presente uma informação do Presidente da Câmara, Senhor João Salgueiro, informando que por lapso a comparticipação financeira atribuída a cada uma das entidades representativa das marchas inscritas, era inferior ao combi-

nado com os participantes, pelo que propõe a correcção da mesma e a atribuição de um valor extra de 500€ a cada uma das marchas participantes. Deliberado concordar com a informação e proceder em conformidade. TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL PARA A UAC – AGÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO DOS CENTROS URBANOS DE LEIRIA, BATALHA E PORTO DE MÓS – foi presente uma informação do Vice-Presidente da Câmara, propondo a transferência para a agência do valor de 10.000,00 € correspondente a “Fundos de Associativos para colmatar as faltas de 2008 e 2009. Deliberado transferir o montante de dez mil euros. TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL PARA A UAC – AGÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO DOS CENTROS URBANOS DE LEIRIA, BATALHA E PORTO DE MÓS – Foi presente uma informação do Vice-Presidente da Câmara, Senhor Albino Januário, propondo a transferência de 10.000,00€ destinado a responder a alguns fornecedores com créditos à Agência, no âmbito da candidatura ao programa MODCOM. Deliberado transferir o montante de dez mil euros. DEVIDO À URGÊNCIA, FOI DELIBERADO DISCUTIR OS SEGUINTES ASSUNTOS: PROC.º N.º 533/2008 – Ferberto – Serralharia Civil, Lda., requer a isenção do pagamento das taxas devidas pela construção de uma industria de serralharia, a levar em efeito em Rua José Rosa – Moitalina, freguesia de Pedreiras, ao abrigo da legislação em vigor. Deliberado isentar do pagamento das taxas de infra-estruturas urbanísticas. PEDIDO DE UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES DA ESCOLA DE RIBEIRA DE CIMA – Presente uma carta do Rotary Club de Porto de Mós, na qual são prestados esclarecimentos sobre a utilização que o Rotary pretende dar às instalações da Escola da Ribeira de Cima. Tendo em conta que o espaço foi solicitado por três entidades, foi deliberado agendar reunião com as mesmas. PESSOAL NÃO DOCENTE DAS ESCOLAS, PRORROGAÇÃO DE CONTRATOS DE TRABALHO – Foi presente uma informação da Chefe de Divisão de Economia e Finanças, Dr.ª Neuza Morins, informando a possibilidade da prorrogação dos contratos de trabalho a termo e cujo prazo termina em Agosto, até ao termo dos procedimentos concursais. Deliberado concordar com a informação e proceder em conformidade. RECLAMAÇÕES DO PAGAMENTO DE FRANQUIA – ACIDENTE DE VIAÇÃO – Presente uma informação da Técnica Superior Jurista, Dr.ª Cláudia Fino, informando que é de opinião que a Câmara deverá assumir o pagamento de duzentos e cinquenta euros, a Luís Miguel Lopes Baião, correspondente ao valor da franquia estabelecido no contrato celebrado com a seguradora. Deliberado concordar com a informação e pagar o montante de duzentos e cinquenta euros. Não tendo tomado parte da deliberação o Vereador Senhor Júlio Vieira, que se ausentou da sala. PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO – 7.ª URBAVERDE – Deliberado aprovar e autorizar o Senhor Presidente da Câmara a outorgar o Protocolo. COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA A ATRIBUIR À BANDA RECREATIVA PORTOMOSENSE – Presente uma carta da Banda Recreativa Portomosense, a solicitar uma comparticipação financeira, destinada a fazer face às despesas com o concerto denominado Música pelas Grutas Maravilha. Deliberado atribuir o montante de seiscentos euros, destinados a suportar o custo do espectáculo. Não tendo tomado parte da deliberação o vereador Senhor Júlio Vieira, que se ausentou da sala. CESSÃO DA POSIÇÃO CONTRATUAL NO CONTRATO DE CESSÃO DE EXPLORAÇÃO DO BAR/RESTAURANTE DAS PISCINAS MUNICIPAIS – Presente uma informação da Dr.ª Cláudia Fino, a informar que de acordo com o previsto na Cláusula 7.ª do contrato, o concessionário pode ceder a sua posição contratual, no entanto deve a entidade que pretende ocupar a posição contratual apresentar a documentação legalmente exigida, antes da autorização emitida pela Câmara Municipal. Deliberado solicitar os documentos constantes da informação. MODIFICAÇÕES ORÇAMENTAIS: 2.ª REVISÃO AO ORÇAMENTO DO ANO DE 2010 – Deliberado submeter à aprovação da Assembleia Municipal, com a abstenção do Vereador Senhor Júlio Vieira. MODIFICAÇÕES ORÇAMENTAIS: 2.ª REVISÃO ÀS GRANDES OPÇÕES DO PLANO DO ANO DE 2010 – Deliberado submeter à aprovação da Assembleia Municipal, com a abstenção do Vereador Senhor Júlio Vieira.

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Necrologia

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FALECIMENTO

FALECIMENTO

Anabela Vaz Silva Fiel

Anabela Vaz Silva Fiel faleceu no dia 31 de Agosto no hospital de Covões em Coimbra. Era natural de A-do-Barbas e residia no Figueiredo, Ribeira de Cima, Porto de Mós. Tinha 43 anos. Era casada com Idalino Gil Ferreira Fiel. Era mãe de Isabel Silva Fiel. O funeral realizou-se no dia dois de Setembro com missa de corpo presente na igreja de S. Pedro e foi a sepultar no cemitério novo de Porto de Mós. A família agradece a todas as pessoas que visitaram a sua familiar durante o período que este doente. Agradecem também a todos os que participaram no cortejo fúnebre da sua ente querida, prestandolhe homenagem ou que de algum modo manifestaram o seu pesar. Deus a guarde no Céu, como nós a guardamos no coração

PARTICIPAÇÃO Rui Joaquim Durão Marques Falecimento a 6-9-2009 - Murteira

Há um ano que partiste Queria viver junto de ti. Deus não nos deu esse prazer. Levou-te para junto dele, para acabar com o teu sofrer. A minha dor fica até nos vermos, viveste sempre para nós com amor e dedicação, continuarás eternamente no nosso coração. Com amor da esposa, filhos, nora, netinha e família.

FALECIMENTO

Emília Duarte Ferreira

Emília Duarte Ferreira faleceu no dia três de Setembro no hospital de Alcobaça com 81 anos, residente na Chainça, freguesia de São Bento. Viúva de Joaquim Lourenço Valente. Era mãe de Maria do Rosário Ferreira Valente Gabriel, Lúcia Ferreira Valente, Elvira Ferreira Valente, Manuel Ferreira Valente e Ezequiel Ferreira Valente., Tinha doze netos e sete bisnetos. O funeral realizou-se no dia seguinte saíndo da casa velória de São Bento para a igreja paroquial, após as cerimónias religiosas seguiu para o cemitério local onde foi sepultada. A família na impossibilidade de o fazer pessoalmente vem agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral ou que de alguma forma manifestaram o seu pesar. Vais avó... ficamos tristes! Saber que não vais estar Nem que seja para ralhar! Saber que não te vamos ouvir... Saudades já estamos a sentir! Pois nunca mais te vamos ver Mas queremos dizer-te Que ficas no nosso coração Olha por nós pois Queremos dizer-te Que não vais desaparecer Na nossa memória vais ficar Para sempre te vamos amar. Chegou a hora de partir... Levas contigo tanta coisa... Deixas-nos com saudade Guia-nos sempre para a verdade!

Joaquim Gomes da Silva Ginja

16 de Setembro de 2010

FALECIMENTO Dionísio Amaro Tereso

Faleceu no dia oito de Setembro de 2010, Joaquim Gomes da Silva Ginja, residente em Casais de Além, Calvaria de Cima. Deixa viúva Maria da Conceição Louro José. Deixa dois filhos Rui Manuel Louro da Silva e Regina Maria Louro da Silva. Deixa três netos. A família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vem agradecer a presença de todas as pessoas que participaram no funeral ou de alguma forma manifestaram o seu pesar. Um agradecimento especial à presença de representantes do Município de Porto de Mós e antigos colegas de trabalho, assim como à Corporação dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós, que colaboraram nas cerimónias fúnebres. Para todos o sincero agradecimento da família.

Dionísio Amaro Tereso faleceu no dia 1 de Setembro no hospital Egas Moniz em Lisboa . Era natural da Cabeça Veada e residia em Ribeira de Baixo, Porto de Mós. Era casado com Maria da Piedade Vala Pragosa. Tinha dois filhos Bruno Miguel Pragosa Amaro e Joana Catarina Pragosa Amaro. Tinha dois netos. O funeral realizou-se no dia seguinte saíndo da casa velória de Porto de Mós para a Capela da Fonte do Oleiro onde foi celebrada missa de corpo presente, seguindo para o cemitério local onde foi a sepultar. A família na impossibilidade de o fazer pessoalmente vem agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral ou que de alguma forma manifestaram o seu pesar.

FALECIMENTO Manuel Mário Luis Cordeiro

O Portomosense apresenta às famílias enlutadas sentidas condolências

Manuel Mário Luis Cordeiro faleceu no Centro Hospitalar. Era residente em Alqueidão do Arrimal e tinha 66 anos. Era casado com Gracinda Pereira Amado. Tinha um filho José Luis Amado Cordeiro. Tinha dois netos. O funeral realizou-se no dia três de Julho com missa de corpo presente na capela de Alqueidão do Arrimal, após as cerimónias fúnebres foi a sepultar no cemitério de Arrimal. A família agradece a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua ultima morada ou que de algum modo manifestaram o seu pesar.

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Diversos

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16 de Setembro de 2010

O PORTOMOSENSE 16/09/2010 - 8736/672 JUSTIÇA TRIBUTÁRIA JUSTIÇA TRIBUTÁRIA Serviço de Finanças de PORTO DE MOS-1457

ANÚNCIO

IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS) Veículo da marca RENAULT Modelo: KANGOO (FC0DAF), cilindrada: 1870 cm3, potência 40kW,Matricula 59-54-OJ, de 1999, Ligeirodo tipo MERCADORIAS, a gasóleo, cor branco, em bom estado de conservação, com 202.164 Km. TEOR DO ANÚNCIO Carlos Manuel Rebelo Machado , Chefe de Finanças do Serviço de Finanças PORTO DE MOS-1457, faz saber que no dia 2010-10-28, pelas 10:00 horas, neste Serviço de Finanças, sito em AV. DA LIBERDADE 13, PORTO DE MOS, se há-de proceder à abertura das propostas em carta fechada, para venda judicial, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), do bem acima designado, penhorado ao Executado infra indicado, para pagamento da dívida no valor de 2.474,98€, sendo 1.836,14€ de quantia exequenda e 638,84€ de acréscimos legais. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239. º/2 CPPT), contados da 2.ª publicação, citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado. (240º/CPPT) O valor base da venda é de 2.450€, calculado nos termos do artigo 250.º do CPPT. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) MARIA ELVIRA DA SILVA PEREIRA MARQUES CARVALHO, residente em R DAS SERRADINHAS BL 1 3 FT - MIRA DE AIRE, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado, entre as 09:00 horas do dia 2010-09-06 e as 16:00 horas do dia 2010-10-27 (249º/6 CPPT). Todas as propostas deverão ser entregues no Serviço de Finanças, até às 16:00 horas do dia 2010-10-27, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Finanças, devendo identificar o proponente (nome, morada e número fiscal), bem como o nome do Executado e o n.º de venda 1457.2010.65. As propostas serão abertas no dia e hora designados para a venda (dia 2010-10-28 às 10:00h), na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253.º CPPT). Não serão consideradas as propostas de valor inferior ao valor base de venda atribuído a cada verba (250º Nº4 CPPT). No acto da venda deverá ser depositada a importância mínima de 1/3 do valor da venda, na Secção de Cobrança deste Serviço de Finanças. Os restantes 2/3 deverão ser depositados na mesma entidade, no prazo de 15 dias (256.º CPPT). Se o preço oferecido mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrir-se-á logo licitação entre eles, salvo se declararem adquirir o bem em compropriedade. Estando presente só um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso contrário proceder-seá a sorteio para apurar a proposta que deve prevalecer (253.º CPPT). IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTADO Nome: AMOR A CAMISOLA UNIPESSOAL LDA. Morada: R DAS SERRADINHAS BL 1 3 FT - MIRA DE AIRE. Data: 03-09-2010 O Chefe de Finanças Carlos Manuel Rebelo Machado O PORTOMOSENSE 16/09/2010 - 8739/672 CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e dezassete a folhas cento e dezoito, do Livro Cento e Sessenta e Seis - B, deste Cartório. Armando Pires Vala, NIF 135 009 251 e mulher Maria do Céu Fragosa Matos Pires, NIF 133 454 398, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Porto de Mós (São Pedro), concelho de Porto de Mós, residentes no Beco de S. Pedro, n° 44, no lugar de Fonte dos Marcos, São João, Porto de Mós, declaram, que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de olival, com a área de oitocentos e noventa metros quadrados, sito em Lameira, freguesia de Porto de Mós (S. João Baptista), concelho de Porto de Mós, a confrontar de norte com Daniel da Silva Vieira e outro, de sul com Elisabete Pragosa da Silva Vieira e outro, de nascente com estrada e de poente com António Bastos Vieira Pragosa, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 73 da secção 003, com o valor patrimonial actual de €199,72. Que adquiriram o referido prédio, no ano de mil novecentos e oitenta e sete, por doação verbal de Armando Vieira Matos e mulher Maria da Piedade Vicencia Pragosa, pais da mulher, residentes na Rua da Bica, no lugar de Fonte do Oleiro, Porto de Mós, não dispondo os justificantes de qualquer titulo formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela doação verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o identificado prédio por usucapião. Batalha, trinta e um de Agosto de dois mil e dez. A funcionária com delegação de poderes (art° 8° do Dec/Lei 26/2004 de 4 de Fevereiro)

O PORTOMOSENSE 16/09/2010 - 8737/672 CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓS Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia vinte e sete de Agosto de dois mil e dez, exarada a folhas cinquenta e duas do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Onze - A; MARIA TERESA LAVRADOR CRUZ e cônjuge JOSÉ GRAÇA CRUZ, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais ela da freguesia de São João, concelho de Porto de Mós, ele da freguesia e concelho da Batalha, residentes na Rua da Pevide, 2, Corredoura, Porto de Mós, Nifs: 109 196 538 e 109 196 546, declararam: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico sito em Negrões, freguesia de Calvaria de Cima, concelho de Porto de Mós, composto de pinhal, mato e eucaliptal, com a área de quatro mil trezentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com Joaquim Oliveira Rino e Herdeiros de João Filipe, do sul com caminho, do nascente com Herdeiros de João Filipe e do poente com Joaquim Rosa Matias, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz em nome do justificante marido sob o artigo 222 secção 011, com o valor patrimonial IMT de € 275,45. Que o imóvel veio à sua posse por doação verbal de Teresa de Jesus Lavrador, viúva, residente que foi em Corredoura, Porto de Mós, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e setenta e cinco. Não obstante não terem título formal de aquisição do referido prédio, foram eles que sempre o possuíram, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram todas as utilidades por ele proporcionadas, amanharam-no, colheram os seus frutos sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o ostensivamente, e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa - fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam como causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, vinte e sete de Agosto de dois mil e dez. A Colaboradora com delegação de poderes, Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes O PORTOMOSENSE 16/09/2010 - 8740/672 CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓS Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia dezasseis de Agosto de dois mil e dez, exarada a folhas cento e vinte e uma do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Nove - A; LEONEL NOGUEIRA VASCO e cônjuge GEORGINA MARIA SANTO DA SILVA VASCO, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Serro Ventoso, concelho de Porto de Mós, lá residentes em Bezerra, Nifs: 145 955 117 e 153 681 756, declararam: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio misto, sito em Penedos do Covão, Bezerra, freguesia de Serro Ventoso, concelho de Porto de Mós, composto de cultura arvense, com a área de mil seiscentos e oitenta metros quadrados; casa de rés do chão para habitação com a área de cento e trinta e oito metros quadrados e logradouro com a área de duzentos e vinte e dois metros quadrados, a confrontar do norte com Lina Maria Silva Nogueira, do sul com Luís Fernando Morgado Venâncio e Abílio Venda Trindade, do nascente com Henrique Manuel Rei Ferreira Jordão e do poente com Lina Maria Silva Nogueira e caminho, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz em nome do justificante marido, na matriz rústica sob o artigo 149 secção 011, com o valor patrimonial IMT de € 112,66, e na matriz urbana sob o artigo 631, pendente de rectificação (artigo provisório 1376), com o valor patrimonial de € 3.833,21. Que o imóvel veio à sua posse por doação verbal de Manuel António Vasco e esposa Vicência Cordeiro Nogueira, residentes em Bezerra, Serro Ventoso, Porto de Mós, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e oitenta e um, já no seu estado de casados. Não obstante não terem título formal de aquisição do referido prédio, foram eles que sempre o possuíram, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram todas as utilidades por ele proporcionadas, amanharam-no, colheram os seus frutos (quanto à parte rústica), habitaram-no, aí tomaram as suas refeições e receberam os seus amigos (quanto à parte urbana), sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o ostensivamente, e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa - fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam como causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, dezasseis de Agosto de dois mil e dez. A Colaboradora com delegação de poderes, Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes

O PORTOMOSENSE 16/09/2010 - 8741/672 CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓS Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia trinta e um de Agosto de dois mil e dez, exarada a folhas sessenta e cinco do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Onze - A; INOFRE CARVALHO CALVÁRIO e cônjuge ILDA CARVALHO SILVA, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, lá residentes, Nifs: 153 473 843 e 135 284 724, declararam: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios: UM: Um sétimo indiviso do prédio rústico sito em Valicova, freguesia de S. João, concelho de Porto de Mós, composto de olival, cultura arvense e mata mista, com a área de dezasseis mil duzentos e quarenta metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com Estrada, do sul com José de Oliveira e do poente com Armando Cecílio Vieira e outro, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 301 secção 006, com o valor patrimonial IMT correspondente à fracção de € 179,20. DOIS: Metade indivisa do prédio rústico sito em Charneca, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de cultura arvense e pinhal, com a área de mil e quatrocentos metros quadrados, a confrontar do norte com Joaquim Silva Bartolomeu, do sul com Manuel Vieira Carreira, do nascente com Raul Vicente e do poente com caminho, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 207 secção 016, com o valor patrimonial IMT correspondente à fracção de € 97,38. TRÊS: Prédio rústico sito em Borda da Ladeira, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de mato e oliveiras, com a área de quatrocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar do norte e sul com caminho, do nascente com Herdeiros de Clementina Vieira e do poente com lida Carvalho da Silva, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 9 secção 007, com o valor patrimonial IMT de € 13,95. QUATRO: Prédio rústico sito em Covão, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de mato, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, a confrontar do norte e sul com caminho, do nascente com Adolfo Vieira Laranjeiro e do poente com Inocêncio Pereira Roque, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 8 secção 007, com o valor patrimonial IMT de € 1,06. CINCO: Duas terças partes indivisas do prédio rústico sito em Espinheira, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de cultura arvense e mato, com a área de seis mil metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, do sul com terreno público, do nascente com Adelino Monteiro Cerejo e outro e do poente com Herdeiros de José Carvalho e outro, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 405 secção 006, com o valor patrimonial IMT correspondente à fracção de € 511,94. SEIS: Prédio rústico sito em Algarão, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de eucaliptal e mato, com a área de mil e duzentos metros quadrados, a confrontar do norte com Limite da Freguesia, sul com Herdeiros de Abílio Jesus Vieira Saragoça, do nascente com Herdeiros de Bento dos Santos e do poente com Daniel Vieira Gomes e outro, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 146 secção 005, com o valor patrimonial IMT de € 18,20. SETE: Metade indivisa do prédio rústico sito em Travessas, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de mato e oliveiras, com a área de três mil cento e sessenta metros quadrados, a confrontar do norte com Isac Daniel Tomás Laranjeiro e outro, do sul com Francisco do Amaral Carreira e outro, do nascente com Manuel da Silva Batista e outro e do poente com

Estrada, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 942 secção 003, com o valor patrimonial IMT correspondente à fracção de € 95,35. OITO: Prédio rústico sito em Vale das Freiras, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de mato, com a área de trezentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com António da Silva Correia, sul com Herdeiros de Manuel da Cunha Boal, nascente com Maria Regina Teresa Gomes Alves Martins, do poente com Fernando da Silva Correia e outro, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 515 secção 003, com o valor patrimonial IMT de € 70,62. NOVE: Prédio rústico sito em Vale Joaninho, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de mato, com a área de três mil trezentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com Herdeiros de Tiago Vieira Laranjeiro, sul com Inocêncio Carreira Marto, nascente com Herdeiros de Tiago Vieira Laranjeiro, do poente com Francisco Costa Laranjeiro, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 262 secção 002, com o valor patrimonial IMT de€ 16,60. DEZ: Três quartas partes indivisas do prédio rústico sito em Várzea, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de cultura arvense, vinha e oliveiras, com a área de dois mil novecentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com estrada, do sul e nascente com caminho, e do poente com Narciso da Silva Pereira, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 206 secção 001, com o valor patrimonial IMT correspondente à fracção de € 406,71. ONZE: Prédio urbano sito em Alqueidão da Serra, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de rés do chão para arrumos e garagem, com a área coberta de quarenta metros quadrados, a confrontar do norte, nascente e poente com Herdeiros de Manuel Frazão, sul com serventia, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 1445, com o valor patrimonial de € 359,21. DOZE: Prédio urbano sito em Chão Vermelho, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de moinho e logradouro, com a área coberta de sete metros quadrados e descoberta de quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte, sul, nascente e poente com terreno público, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 404, com o valor patrimonial de € 540,94. Que os prédios vieram à sua posse por doação verbal de Bernardino da Silva e esposa Maria Carvalho, residentes que foram em Alqueidão da Serra, Porto de Mós, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e setenta e um, já no seu estado de casados. Não obstante não terem título formal de aquisição dos referidos prédios, foram eles que sempre o possuíram, os relacionados sob as verbas uma, duas, cinco, sete e dez em compropriedade, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram todas as utilidades por eles proporcionadas, amanharamnos, colheram os seus frutos (no que respeita aos prédios rústicos), fizeram obras de conservação e reparação (no que respeita aos prédios urbanos), sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam, como causa de aquisição dos referidos prédios, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, trinta e um de Agosto de dois mil e dez. A Colaboradora com delegação de poderes, Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes

O PORTOMOSENSE 16/09/2010 - 8738/672 CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓS Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia vinte e seis de Agosto de dois mil e dez, exarada a folhas oitenta e oito do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Onze - A; a) MANUEL DA SILVA CORREIA e cônjuge ALBERTINA PEREIRA VIEIRA CORREIA, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais da freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, residentes na Rua Dr. Brito Cruz, 11, Alqueidão da Serra, Porto de Mós, Nifs: 182 180 450 e 213 291 070. b) FERNANDO DA SILVA CORREIA e cônjuge MARIA AURÉLIA DE JESUS SARAGOÇA, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais da dita freguesia de Alqueidão da Serra, residentes na Praceta Augusto Ferreira Geirinhas, 8, 3° direito, Sacavém, Loures, Nifs: 129 837 970 e 129 837 962, declararam: Que, na proporção de metade indivisa, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico sito em Cabeça, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de mato, com a área de dois mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com Maria Rosa Correia, do sul e nascente com estrada pública e do poente com Ezequiel Costa Bértolo, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na ma-

triz, nas indicadas proporções, em nome dos justificantes maridos, sob o artigo 825 secção 003, com o valor patrimonial IMT de € 7,77. Que o prédio veio à sua posse por doação verbal de Laura da Silva Carreira, viúva de João Correia, residente que foi em Alqueidão da Serra, Porto de Mós, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e sessenta e dois, já nos seus estados de casados. Não obstante não terem título formal de aquisição do referido prédio, foram eles que sempre o possuíram, em compropriedade, nas indicadas proporções, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram todas as utilidades por ele proporcionadas, limparam-no, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o ostensivamente, e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa - fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam, como causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, vinte e seis de Agosto de dois mil e dez. A Colaboradora com delegação de poderes, Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes


Informações Úteis

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16 de Setembro de 2010

CAMPANHA DA TAMPA Faça como os alunos do ATL da Associação Desportiva Portomosense e guarde as suas tampas para entregar nas instalações da Cincup, em Porto de Mós, junto aos Correios.

Contactos Úteis Porto de Mós Câmara Municipal Porto de Mós Tel: 244 499 600 Tribunal Tel: 244 499 130 Tesouraria Tel: 244 491 470 Repartição de Finanças Tel: 244 479 250 Biblioteca Municipal Tel: 244 499 607 Cine-Teatro Tel: 244 499 609 Centro de Saúde de Porto de Mós CAJ – Centro de Atendimento a Jovens Tel: 244 499 200 Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós Tel: 244 491 115 Guarda Nacional Republicana de Porto de Mós Tel: 244 480 080 Praça de Taxis Tel: 244 491 351

www.

Carneiro

Touro

Gémeos

Caranguejo

Amor: É provável que possa vir a sen�r-se desmo�vado rela�vamente à pessoa amada. Saúde: Tente evitar situações de tensão. Dinheiro: Torna-se aconselhável uma mudança de a�tude. Número da Sorte: 64

Amor: Os seus relacionamentos amorosos estarão favorecidos. Liberte a cria�vidade que existe dentro de si e contemple o Belo. Saúde: Período muito favorável. Dinheiro: Ofereça a si mesmo aquela peça de vestuário que tanto gosta. Número da Sorte: 53

Amor: O problema que enfrenta só poderá ser resolvido se for abertamente discu�do pelos dois. Agora é tempo para paciência e vontade de par�lhar. Saúde: Cuidado com a alimentação. Dinheiro: Lembre-se das contas que tem em atraso. Número da Sorte: 24

Amor: Está mo�vado para realizar alguma surpresa mais român�ca. A Vida espera por si. Viva-a! Saúde: Procure controlar os seus excessos alimentares. Dinheiro: Prepare-se para enfrentar as circunstâncias inesperadas. Número da Sorte: 78

Leão

Virgem

Balança

Escorpião

Amor: Fará novos conhecimentos que contribuirão para renovar a sua vida sen�mental. É tempo de um novo recomeço! Saúde: Vai estar cheio de energia. Dinheiro: Pode expandir o seu negócio. Número da Sorte: 54

Amor: Deixe o orgulho de lado e seja mais correcto nas suas acções. A paz começa no seu coração. Saúde: Cuidado com os ouvidos. Dinheiro: Procure rever a forma que adoptou para reter os seus gastos, pois pode não ser a mais correcta. Número da Sorte: 43

Amor: Não se preocupe pois as discussões que tem �do com a sua cara-metade não passam de uma fase menos posi�va da vossa relação. Abra o seu coração. Saúde: O seu sistema imunitário anda um pouco em baixo de forma. Dinheiro: Período posi�vo. Número da Sorte: 61

Amor: Seja um pouco mais carinhoso com a pessoa que ama, verá que só tem a ganhar com isso. É tempo de um recomeço! Saúde: Faça natação para eliminar as dores nas costas. Dinheiro: Momento bastante favorável para colocar em marcha o seu projecto. Número da Sorte: 68

Sagitário

Capricórnio

Aquário

Peixes

Amor: Esteja atento pois o amor paira no ar e vem de onde você menos espera. A Vida espera por si. Viva-a! Saúde: Neste campo nada o preocupará. Dinheiro: Época pouco favorável. Número da Sorte: 35

Amor: Não ligue ao que as outras pessoas dizem, mas sim àquilo que o seu coração lhe diz. Seja fiel ao seu coração! Saúde: Cuidado com a sua garganta. Dinheiro: Possível melhoria na sua situação financeira. Número da Sorte: 30

Amor: Aproveite esta época para visitar aqueles familiares que já não vê há algum tempo. Procure gastar o seu tempo na realização de coisas úteis. Saúde: Algumas dores de cabeça poderão incomodá-lo. Dinheiro: Tenha cautela, podem surgir gastos extras. Número da Sorte: 41

Amor: Lute pelos objec�vos que pretende a�ngir. A felicidade é de tal forma importante que deve esforçar-se para a alcançar. Saúde: Período calmo, sem preocupações de maior. Dinheiro: Seja prudente nos seus gastos. Número da Sorte: 26

Espaço Culinária

Alqueidão da Serra Farmácia Rosa Tel: 244 403 676

Juncal Farmácia Central Tel: 244 470 015

Pescada com Alho Françês

800 gr de pescada 20 gr de manteiga 2 bons alhos franceses

Mira de Aire Farmácia Mirense Tel: 244 440 213/033/039

150 gr de natas

1 dl de vinho branco

Sal e pimenta q.b.

Lave e enxugue o peixe e tempere-o com sal e pimenta. Escolha e lave muito bem os alhos franceses, retire-lhes as extremidades mais verdes, corte o restante em rodelas fininhas, lave-as de novo e escorra bem. Espalhe no fundo de um tacho largo metade do alho francês, por cima espalhe as postas de peixe (não sobrepostas) e espalhe depois o restante alho francês, a manteiga, as natas e o vinho branco. Tape e leve a cozer em lume moderado. Quando o peixe estiver cozido, destape e deixe destapado para apurar o molho. Sirva com puré em volta ou à parte.

Porto de Mós Farmácia Lopes Tel: 244 499 060

Freguesias Bombeiros Voluntários do Juncal Tel.: 244 470 115/128 Bombeiros Voluntários de Mira de Aire Tel: 244 440 115 Guarda Nacional Republicana de Mira de Aire Tel: 244 440 485

Sudoku

Sudoku 9x9 - Easy (131764373)

2

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3

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Dicas para a casa

6 5

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6

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8 9

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9

2

7

Crianças

Solution:

Procura personagens da Disney www.sudoku-puzzles.net

R T P L C U Z K G C

B T A Q U B H G G A L I I T N B X E A M M M E O B B O I I H Mickey Pateta Donald Pluto Pinoquio

B O V V X C T Z J J

M I S K W O H O I J N U H D Q K O O S N N A A I O L P T D Z Bambi Mogli Simba Nemo

Q Y E K C I M S S E

T J U B O T U L P R

boa sorte!

Anedota do André Dois alunos chegaram tarde à escola e justificam-se 1º Aluno: - Acordei tarde, professor! Sonhei que foi à China e demorou muito a viagem. Professor: - Então e tu!

REMOVER MANCHAS DE ROUPAS BRANCAS DELICADAS Se a lingerie ou outras peças brancas delicadas apresentarem manchas amarelas, deixe-as de molho em solução de água e bicarbonato de sódio, depois lave a peça normalmente.

4

www.sudoku-puzzles.net

Ingredientes:

Mendiga Farmácia Mariângelo Tel: 244 450 156

Farmácia Central Tel: 244 440 237

Dificuldade 2/5

Sudoku-Puzzles .net Sudoku, Kakuro & Futoshiki Puzzles

Farmácias

Calvaria de Cima Farmácia Nogueira Tel: 244 481 610

Também as crianças do Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós contribuiram nesta iniciativa que promete oferecer mais cadeiras de rodas a instituições do concelho. COLABORE!

2º Aluno: - E eu fui esperá-lo no aeroporto!


16 de Setembro de 2010

Desporto

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ADP COM ORÇAMENTO DE 35 MIL EUROS PARA DESPORTO

Portomosense quer subida “low cost” ADP perde Andebol e transportes

Em cima: Vieira (director), Miguel Fidalgo (fisioterapeuta), Make, Cedric, Hugo Almeida, Tiago, Miguel (treinador adjunto), Rui Bandeira (treinador principal), Arnaldo Rino (treinador adjunto), Nuno Tiago, Gigas, Sousa, Jeremy e Alfredo (director). Em baixo: Chanoca, Juca, Grazina, Afonso, Laranjeiro, Rene, Matreco, Diogo Jorge, Kevin e Pedro Órfão.

A Associação Despor�va Portomosense ataca a nova temporada com um orçamento de 35 mil euros para toda a parte despor�va, desde a equipa sénior aos escalões de formação. Um orçamento que é cerca de metade dos gastos da época passada e que pode ser considerado “low cost”, quando comparado com os 250 mil euros, apenas para a equipa sénior, que Luís Costa encontrou quando chegou ao clube, na altura da II Divisão. A situação económica obriga a contenção, mais ainda assim o clube assumiu a luta pela subida de divisão, na apresentação da equipa, no dia 10 de Setembro. O técnico Rui Bandeira admite “claramente o objec�vo de subir”, acres-

centando que “não faz sen�do ser de outra forma”. Também o presidente Luís Costa considera que “o objec�vo é conseguir o melhor resultado possível, que é ser campeão”. Ainda assim, ambos admitem que a tarefa não é fácil, uma vez que existem seis ou sete equipas com qualidade para lutar pelo �tulo. Além disso, os 19 jogadores do Portomosense não deixam grande margem de manobra para eventuais lesões ao longo da época. “É um risco um plantel curto, mas optamos pela qualidade em detrimento da quan�dade, é preciso sorte”, afirma Rui Bandeira. Uma limitação que para Luís Costa poderá ser colmatada com a vinda de jogadores da equipa de juniores, caso venha a ser necessário.

Numa equipa com muitas caras novas e vários jogadores formados no clube de saída, Rui Bandeira defende que não há retrocesso na aposta na formação. “Não há muitos clubes que façam subir quatro juniores numa época”, afirma o técnico, lembrando que isso tem acontecido nos úl�mos três anos. A formação con�nua a ser uma bandeira de Luís Costa. “Uns conseguem afirmar-se e ser compe��vos, outros, por mais esperança que tenhamos neles, não conseguem integrar-se e aguentar a carga psicológica de estar um ou dois anos a jogar pouco”, afirma. Patrícia C. Santos

Uma das consequências do aperto financeiro do clube para esta época passa pelo cancelamento do serviço de transporte de atletas das camadas jovens do clube. Luís Costa justifica a medida com a quebra de receitas, resultante da perda de serviços. O concurso público realizado pela autarquia determinou que os transportes escolares passem a ser assegurados por uma outra empresa. O presidente da ADP explica que o encaixe financeiro (cerca de 2500 euros) assegurava a presença de cerca de oito motoristas, que asseguravam também as deslocações dos atletas do concelho para os treinos (cerca de 2000 euros). No caso do Andebol, não foi a falta de dinheiro, mas sim a falta de pessoas que ditaram o fim da modalidade. Na época passada a ADP tinha quatro equipas de Andebol, dos escalões de formação, uma vez que a equipa sénior, que chegou a militar nos nacionais, já tinha sido extinta. No entanto, Luís Costa afirma que houve um afastamento das pessoas ligadas à modalidade. Mais do que um adeus, o presidente do clube espera que seja um “até já”. “Espero que as pessoas ligadas ao andebol acordem, só com o apoio de todos será possível trazer de novo a modalidade”, afirma Luís Costa.

JÚLIO VIEIRA | PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE LEIRIA

“A resistência dos clubes no distrito não tem paralelo no país” O que espera a AFL da sistências, há, no en- de equipas aumenta e precitanto, a criação novas samos de 100 ou 150 árbinova temporada? Apesar de conjuntura di- equipas? tros. Vamos tentando resol-

�cil, das dificuldades que empresas, clubes a famílias atravessam, iniciamos a época com perspec�va de termos mais equipas. É uma enorme sa�sfação ver que movimento associa�vo con�nua a resis�r, apesar de todas dificuldades. Esta resistência não tem paralelo em nenhuma outra associação do país. No ano passado ultrapassámos 700 equipas inscritas, número que tudo leva a crer que repitamos este ano. São mais de seis mil atletas no distrito.

Apesar de algumas de-

Durante algum tempo houve um ajustamento no futebol 11. Nos úl�mos anos estabilizou, até cresceu, mas os escalões formação, o futebol de rua e o futsal deram um impulso muito grande na dinâmica de crescimento.

A arbitragem continua a ser uma dor de cabeça? Estamos a melhor significa�vamente. No ano passado �vemos um curso, este ano vão entrar árbitros, mas o problema é que o número

ver o problema, mas não é de um ano para o outro, não se fazem árbitros proveta.

Amanhã (dia 17) há mais uma Gala de Desporto. É uma forma espécie de “reentré” temos capacidade, pelo medo desporto distrital? nos, de fazer uma coisa funÉ sobretudo uma grande festa do futebol distrital. Temos vindo a aperfeiçoar o modelo da gala, no primeiro ano foi um pouco pesada. Queremos um espectáculo agradável e uma forma de compensar os dirigentes despor�vos. Já que não podemos aumentar os apoios,

damental: dignifica-los e valoriza-los.

Como vê o regresso aos distritais de todas as equipas de Porto de Mós? Não me preocupo muito em que divisões estão as

equipas, mas sim se mantém uma importância despor�va e social grande. A minha maior preocupação no concelho é se os clubes têm ac�vidade regular, porque desempenham um papel despor�vo e social fundamental, porque não temos outra en�dade que as subs�tuía.

Futebol

Distritais de regresso Os campeonatos distritais estão de regresso a partir do próximo domingo, dia 19 de Setembro. A Associação Desportiva Portomosense começa a jogar em casa, frente ao Figueiró dos Vinhos, na Divisão de Honra. Já o Alqueidão da serra estreia-se na competição com uma visita ao Beneditense. As duas equipas do concelho vão encontrar-se da 14.ª jornada, a 16 de Janeiro do próximo ano e na penúltima jornada, a 15 de Maio de 2011. No que diz respeito à Taça do Distrito de Leiria de Futebol, Portomosense e Alqueidão da Serra ficaram isentos da pré-eliminatória. No futsal os campeonatos começam a 9 de Outubro. A primeira préeliminatória da taça do Distrito joga-se a 30 desse mês. O Ribeirense ficou isento da primeira eliminatória. O Dom Fuas joga com o Casal D´Anja, o Mirense com o Pedroguense, a Mendiga joga com o São Bento – Arrabal e o Portomosense defronta o Chãs.

Arrimal

12º. Cross do Arco da Memória O CCRD de Arrimal vai organizar no próximo dia 3 de Outubro, pelas 10h30, o “12º. Cross do Arco da Memória em Atletismo”. Em paralelo a esta prova, vai realizarse uma caminhada. A organização espera uma boa participação nas duas iniciativas que prometem bons momentos desportivos. No Cross haverá prémios monetários para os dez primeiros lugares da classificação geral e prémios de presença e tshirts para todos os inscritos. A caminhada a realizar é de 10.500 metros para os caminheiros, com partida às 10h15. Às 10h30 partem os atletas para um percurso de 17.500 metros. Informações suplementares pelos números: 918 238 275 e 244 450 127.

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Última

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ÓRIAS DA MINHA BURRA

16 de Setembro de 2010

HIST

Miquelina, a minha burra, tem andado muito mal disposta. Impossível de aturar. As coisas da bola, lá para os lados dos encarnados, têm sido uma miséria. Não ganham a ninguém. Valeu a vitória das Grutas de Mira de Aire, nas Sete Maravilhas, para animar um pouco a cachopa: - O Salgueirinho parecia um maestro no discurso da vitória. Estaria a dar música a quem?… E aquela chuvinha… Veio mesmo a calhar, Talvez lhe tenha arrefecido a cabeça, que deve andar em brasa, bem capaz de pegar fogo aos grisalhos… - Em brasa? - Perguntou Vanessa enquanto mamava mais um pastelinho de bacalhau, para afiambrar outro copo, de um tintinho de estalo. Miquelina, pensativa, numa hesitação pegada entre o responder e o calar, acabou por esclarecer: - O rapazito há-de andar bem preocupado com o parque de estacionamento da ADP… tanto autocarro parado, por causa de uns artistas do norte que lhe

roubaram a sopa do próprio prato e em própria casa… Grandes sacanas… Fatalidades… contaram com o ovo no cú da galinha e lerparam que nem sargentos… - E agora? – Perguntei eu. Miquelina, como de costume, não se fez rogada e botou de novo faladura: - Agora vendem aquela tralha toda aos chineses, para poderem ir buscar malta por aí e levá-la ao centro comercial que por cá têm e rentabilizar o investimento que o Bino e companhia pretendem fazer na avenida de Santo António e arredores…. No já afamado e desejado CCRTT- Centro Comercial de Rua Tshin Tshin. - Não me parece grande ideia… - ripostou Vanessa. Miquelina atacou de pronto, bem viradinha para mim: - Ou então pode ser que acabem com o futebol sénior, como tu querias, e com a massa que deixam de pagar, aos estrangeiros que por lá abundam, possam

pagar o gasóleo e voltar a buscar a rapaziada miúda, cá do burgo, para a formação, libertando os paizinhos da jóia de cem euros… Isso é que era bem fixe!

- ao abrigo do novo acordo ortográfico –

BOLADAS 420 | S.N.

CERCA DE 200 BANDAS VÃO TOCAR HINO EM UNÍSSONO

BRP toca Hino Nacional no dia 5 de Outubro No próximo dia 5 de Outubro, vai celebrar-se em Porto de Mós o centenário da Implantação da República. Há 100 anos, um golpe de estado organizado pelo Par�do Republicano Português des�tuiu a Monarquia Cons�tucional. A história reza que a República foi proclamada às 10h30 do dia 5 de Outubro de 1910 e vai ser precisamente a essa hora que, na Praça da República, em Porto de Mós, a Banda Recrea�va Portomosense (BRP) vai tocar o hino nacional, “A Portuguesa”, em uníssono com mais 199 bandas filarmónicas de todo o país, Recorde-se que “A Portuguesa” foi proibida pelo regime monárquico e veio subs�tuir o Hymno da Carta, então o hino nacional desde Maio de 1834. Carlos Moleano, presidente da direcção da Banda Recrea�va Portomosense, explica que o desafio foi lançado pela Comissão Nacional das Comemorações da República. O responsável da banda considerou a inicia�va interessante e decidiu convidar o Coral Vila Forte para acompanhar a banda. Juntas, vão fazer uma arruada pelo centro da vila de Porto de Mós. Carlos Moleano explica que a ideia, em Porto de Mós, passa por aproveitar esta inici�va nacional para criar um programa com algumas ac�vidades, com o apoio da

Juncal

Bombeiros festejam 25 anos A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Juncal celebra 25 anos no próximo dia 10 de Outubro. Pelas 8h30, realiza-se o hastear de Bandeiras com Formatura Geral. A romagem ao cemitério tem início às 9h30 e uma hora depois é celebrada a missa solene. Às 11h30 será feita a bênção das viaturas e ao meio dia inicia-se o desfile do corpo de bombeiros, seguido pela sessão solene. A comemoração dos 25 anos dos Bombeiros do Juncal termina com um almoço.

Alqueidão e Juncal

Concertos com Coral e Orquestra da Cantábria

Centenário da República traz conferência a Porto de Mós Na segunda-feira 4 de Outubro, vai realizar-se uma conferência no Cine-teatro de Porto de Mós, com início às 18h30. Os convidados são o historiador militar, Américo Henriques, que fará uma introdução histórica sobre a 2ª. Metade do século XIX, depois haverá um debate entre o investigador António Costa Pinto e o professor universitário Sanches Osório, em que um defenderá os méritos da República e o outro, da Monarquia.

autarquia e das Juntas de Freguesia de São João e São Pedro. Assim, na manhã do próximo dia 5 de Outubro, realizar-se-á o hastear das bandeiras, com a presença da GNR e dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós. Haverá, ainda, uma largada de pombos, pela Associação de Columbofila de Porto de Mós. Luísa Patrício

O Coral Voces Cántabras, de Cabezón de la Sal, e a Orquestra Juvenil Júlio Jaurena, de Santander (Cantábria – Espanha), estão, de 15 a 19 de Setembro na região, a convite do Coral Calçada Romana, de Alqueidão da Serra, e do Grupo Coral São Miguel e da Orquestra Juvenil do Juncal. No âmbito do intercâmbio, os grupos realizam um concerto na Casa do Povo de Alqueidão da Serra, amanhã, dia 17, às 21h00. No dia seguinte, há novo concerto no Juncal, às 21h15. Do programa constam temas clássicos, religiosos e tradicionais de Espanha.


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