JORNAL DA AMPARE - Ano XVIII | nº 55 | EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO – 2019

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AMPARE Ano XVIII | nº 55 | EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO – 2019

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Assis Machado de

Artigo:

Breve visão histórica: Psiquiatria e assistência psiquiátrica

Pag. 5 Ampare: Quem somos e o que fazemos...

Pag. 10 Com a palavra, a paciente! Passei por isso... Imagem: tela de Jane Lemos

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EDITORIAL

AGENDA AMPARE: ABRIL É ANIVERSÁRIO DA AMPARE: DEZOITO ANOS!!! Para celebrar a data estaremos realizando nos dias 26 e 27/04 o “VIII FÓRUM AMPARE SOBRE SAÚDE MENTAL” e na ocasião teremos a honra de fazer uma EXPOSIÇÃO DAS TELAS DA NOSSA QUERIDA MÉDICA DIRETORA & PINTORA JANE LEMOS! Contamos com a presença de todos vocês. VEJA NO FINAL DESSA EDIÇÃO PROGRAMAÇÃO COMPLETA. SUA PRESENÇA É O NOSSO MELHOR PRESENTE!!!

AMPARE: DEZOITO ANOS! “Está naquela idade inquieta e duvidosa, Que não é dia claro e é já o alvorecer. Entreaberto botão, entrefechada rosa, Um pouco de menina e um pouco de mulher. É que esta criatura, adorável, divina, Nem se pode explicar, nem se pode entender: Procura-se a mulher e encontra-se a menina, Quer-se ver a menina e encontra-se a mulher!” Bem assim, como no poema de Machado de Assis: MENINA-MOÇA, a Jovem AMPARE completa agora seus DEZOITO ANOS!!! Ontem não passava de uma menina sonhadora... Hoje é uma Moça em toda sua plenitude, com muitos sonhos realizados e muitos ainda a realizar... PARABÉNS, AMPARE, PARABÉNS! Você é hoje uma JOVEM ASSOCIAÇÃO QUE COMPLETA SUA MAIORIDADE com muito Amor, Brilho, Compromisso, Dignidade, Ética, Força, Glória... Caberia aqui o alfabeto inteiro de qualidades para lhe descrever, bem como dos nossos mais sinceros desejos para você nesta data tão significativa. Entretanto, dentre tudo de bom que lhe desejamos, existe um desejo especial de todos que a amam e principalmente de todos que buscam seu AMPARO: Que DEUS lhe conceda uma vida longa, sem que você jamais perca sua verdadeira essência ou esqueça sua causa, nem se afaste dos princípios éticos e Cristãos com os quais você foi criada! AMPARE: DEZOITO ANOS!

REFLEXÃO AMPARE “Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável. Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída.” (Gandhi)

EXPEDIENTE AMPARE – Associação dos Amigos dos Pacientes de Pânico em Recife Fundada em 23 de abril de 2001. CNPJ: 10.429.193 /001-54. Rua Oswaldo Cruz, 393, Boa Vista, Recife/PE – CEP: 50555-220. Fones: (81) 3222.6252 | 8517.1057 www.ampare-pe.com.br / ampare_pe@hotmail.com DIRETORIA PRESIDENTE: Wagner Saldanha Maia (Sócio Fundador) VICE-PRESIDENTE: Wilson De Oliveira Jr. (Médico / Idealizador da AMPARE) DIRETORA CULTURAL: Socorro Capiberibe (Sócia Fundadora) DIRETORA ADMINISTRATIVA: Ana Paula Hawatt (Psicóloga) DIRETORA TÉCNICA: Jane Lemos (Psiquiatra) DIRETORA FINANCEIRA: Francisca Modesto (Psicóloga) CONSELHO FISCAL Titulares: Amanda Britto Lyra, Maria Helena Baltar e Marcos Antonio Bittencourt Suplentes: Edson Rodrigues, Jaidete Almeida e Maria do Carmo Nigro Jornalista responsável: Maria Cândida Capiberibe Maia Cavalcanti | DRT/PE 3036 Revisão e assessoria de comunicação: Mariana Capiberibe Maia Fotografias: Maria Capiberibe Jung, Mariana Capiberibe Maia e Wagner Maia Impressão: Gráfica ArtFast Tiragem: 5.000 exemplares

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ARTIGO AMPARE: PSIQUIATRIA EM PAUTA

Breve visão histórica: Psiquiatria e assistência psiquiátrica #Prevenção, #PsiquiatriaComunitáriaSocial #JaneLemosPsiquiatra Numa retrospectiva histórica da Psiquiatria e da assistência psiquiátrica pode-se dizer que na antiguidade pré-clássica e final da Idade Média, a Psiquiatria não existia como ciência, buscando-se explicações sobrenaturais através de possessões demoníacas e feitiçarias para as doenças mentais com tratamentos baseados nestas crenças. Era comum o isolamento, as privações de toda ordem, torturas e exorcismos. Muitos eram escorraçados das cidades ou jogados nas prisões juntamente com mendigos, prostitutas e criminosos. A ‘loucura’ era considerada perturbadora da ordem moral, social e religiosa e, portanto, os loucos eram excluídos da sociedade. Philip Pinel, no final do século XVIII, preocupou-se com a saúde, a assistência e libertação dos insanos, promovendo um movimento de caráter mais moralista, humanista e pedagógico. Quase simultaneamente ocorreu avanço cientifico tendo a Psiquiatria, no século XIX, passado a existir como ciência médica. Apesar disto, as atitudes de exclusão social e estigmatização permaneceram ao longo de séculos. Movimentos diversos tentaram mudar o modelo assistencial centrado na internação com características asilares, de elevado custo social e econômico. No Brasil, em Pernambuco como no mundo o panorama era semelhante com as peculiaridades de

cada país. Façamos breve histórico de Pernambuco. Em 1860, no Hospício da Visitação Santa Izabel (Hospital da Misericórdia de Olinda) a situação era terrível e clamava por providências. O Presidente da Província, Dr. Henrique Pereira de Lucena (Barão de Lucena) recém-empossado, em visita ao hospital ficou horrorizado e constrangido com a situação, decidiu envolver a sociedade e apresentar um plano para construção. Entre 1872/1875 – foi apresentado o projeto do hospital elaborado pelo engenheiro francês Victor Fournié, que foi construído com dinheiro público e generosidade popular, no Sítio da Tamarineira, na Matinha, Freguesia da Graça. A pedra fundamental ocorreu em setembro de 1874, o executor da obra foi Francisco de Oliveira Maciel, dirigente da Santa Casa de Misericórdia. Em 1º de janeiro de 1883 houve a inauguração. Na véspera os pacientes do Hospício da Visitação de Santa Izabel foram transferidos, caminhando a pé até o Carmo, depois em trem especial até a Encruzilhada, de onde foram a pé até o novo hospital de alienados. Ao longo da sua existência o Hospital de Alienados, hoje Hospital Ulysses Pernambucano, passou com vários períodos críticos com superpopulação, contenções físicas, reclusão em calabouços, com ausência de tratamento eficiente e ressocialização, acompanhando o cenário nacional. Por outro lado ao longo do tempo sofreu várias transformações estruturais e fun-

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cionais. Destacamos a atuação do Mestre Ulysses Pernambucano, de 1924/1926, que, em sua gestão promoveu reestruturação física e funcional. Em 1926, Amaury de Medeiros, médico eminente com marcada atuação na saúde pública, ao avaliar o trabalho do Mestre no Hospital de Alienados afirmou: ”Onde estão os calabouços, instrumento desumano de contenção que pareciam internináveis mesmo depois que a ciência os condenou?” “Onde estão as jaulas de ferro com homens e mulheres acuados na sombra, esfarrapados, semi-nus, de olhar desvairado de feras, reacendendo como feras ...” Na ocasião foi destacado ainda a evolução cientifica e a implantação da pesquisa. Após a vitória da Revolução de 30 – Ulysses Pernambucano retornou com a missão de organizar um complexo assistencial: da higiene mental aos serviços hospitalares, ambulatórios e manicômio judiciário. A atuação do Mestre extrapolou, não apenas os muros do hospital, mas, os limites do Brasil sendo considerado pelas suas ideias e trabalho, o pioneiro na América Latina, na área de Prevenção, Psiquiatria Comunitária e Social. O seu trabalho fincou as raízes da Escola Psiquiátrica Pernambucana com relevante papel na Psiquiatria brasileira, envolvendo psiquiatras de diversas gerações. Apesar deste trabalho tão importante, a assistência psiquiátrica em Pernambuco sofreu vários períodos críticos, com estigmatização e exclusão social. Na década de 60


Música

Ampare recomenda

houve uma proliferação de hospitais e leitos psiquiátricos, principalmente à custa da rede privada conveniada. Inúmeras tentativas de mudanças não tiveram êxito. Na década de 90, a Coordenação Nacional de Saúde Mental/MS, baseada na I Conferência Nacional de Saúde Mental/1987 e Declaração de Caracas/1990, com apoio da OMS/OPS e a mobilização de diversos segmentos sociais propõe a reorientação do modelo assistencial do enfoque hospitalar para o extra-hospitalar e comunitário com ênfase nos direitos de cidadania dos portadores de transtornos mentais. Para implantação desta política o Ministério da Saúde editou vários instrumentos normativos criando serviços extra-hospitalares diversos com respectivos financiamentos. Também foi conseguido aprovação da Lei Federal 10 216/2001 que promoveu o respaldo jurídico a política da Saúde Mental. Apesar de todo este histórico e dos avanços da política de saúde mental da década de 90, assim como da evolução das ciências que também ocorre na Psiquiatra, a atual assistência psiquiátrica sofre um processo de desinteresse e desinvestimento dos governos federal e estaduais comprometendo seriamente a atenção aos portadores de transtornos mentais. Mas, esta fase deverá ser alvo, oportunamente, de outro artigo.

ANDRÉ RIEU IN VENICE

NANDO CORDEL - DOCE NATUREZA (RELAXAMENTO E MEDITAÇÃO)

CHIQUINHA GONZAGA POR MARIA TEREZA MADEIRA (MESTRES DA MÚSICA BRASILEIRA)

Filmes À PROCURA DA FELICIDADE

CORAÇÃO DE CAMPEÃO

NUNCA TE VI, SEMPRE TE AMEI

Livros POESIA COM RAPADURA (BRÁULIO BESSA)

*Jane Lemos - Pernambucana, Psiquiatra, Diretora Técnica da AMPARE www.ampare-pe.com.br

A ÚLTIMA CARTA DE AMOR (JOJO MOYES)

O FANTASMA DO PÂNICO OU O FUNDO DO POÇO Autor: Socorro Capiberibe Idioma: Português Editora: Socorro Capiberibe Assunto: Psicologia Edição: 4ª Ano: 2003

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AMPARE

Quem somos e o que fazemos...

“Jamais despreze uma pessoa deprimida. A Depressão é o último degrau do sofrimento emocional. É o momento exato em que a alma dói!” AMPARE! AMPARE: DESDE 2001 À SERVIÇO DA SAÚDE MENTAL AMPARE SEMPRE PENSANDO EM VOCÊ Seja bem-vindo!!! Conheça nossa associação. Fique por dentro das nossas atividades. Seja um associado!!!

Imagem da Internet

“Faze com alma o que na vida te for dado fazer, mas não te esqueças de integrar-te nos grandes planos de Deus”. (D. Hélder Câmara)

Fundada em 23 de Abril de 2001, por um grupo de portadores do transtorno do pânico e idealizada pelo médico pernambucano Wilson Alves de Oliveira Jr., a Ampare existe para “amparar” pessoas como você, que estão precisando de ajuda. E, apesar de criada inicialmente para os pacientes com pânico, hoje a Ampare acolhe também os pacientes com Depressão, TOC, Transtorno Bipolar, Hiperatividade, Déficit de Atenção e outros transtornos de ansiedade e do humor. Trabalhamos por uma Medicina mais humana e eficaz, que tem por base uma causa social, que visa sobretudo a acessibilidade dos pacientes, a um tratamento digno, adequado, e com melhor qualidade de vida para quem sofre de transtornos Emocionais: Psicológicos / Psiquiátricos. Temos um site informativo sobre o nosso trabalho, com artigos de médicos e psicólogos abordando sobre o Pânico, outros transtornos de ansiedade, depressão e seus tratamentos; além de entrevistas e depoimentos de pacientes, dicas de livros, agenda de palestras, cursos para estudantes e profissionais da área. Visite, fique por dentro e indique aos amigos: www.ampare-pe.com.br. Além do nosso site, a AMPARE também conta com uma página oficial no Facebook: www.facebook.com/AMPARE.oficial. E agora a Associação também está no Instagram: ampare.oficial Temos ainda um JORNAL de periodicidade trimestral com uma tiragem de 5.000 exemplares, que circula com êxito pelos meios médicos e demais meios sociais, levando a todos uma visão ampla de nossas atividades. Contamos com excelentes Profissionais: Médicos e/ou Psicólogos - que abraçando a causa humanista da AMPARE, prestam atendimento aos sócios dessa Associação, nos Consultórios da AMPARE, seguindo a nossa proposta eficiente e digna, que respeita os diferentes níveis sócio-econômicos dos pacientes. Para isso A AMPARE criou o “SPPA” (Serviço de Psicologia e Psiquiatria AMPARE) na própria Sede, que dispõe de 8 salas/ consultórios, funcionando todos os dias, das 7:30 às 19:30h, com valores compatíveis ao nível sócio-econômico de cada um. O valor da consulta com os Psiquiatras para este ano de 2018 é de R$100,00. (Nos consultórios da AMPARE). Quanto às sessões de psicoterapia com os Psicólogos, por serem semanais, tem o valor flexível: entre R$50,00 e R$100,00 - ajustado diretamente entre o profissional e o paciente, mediante avaliação sobre reais condições financeiras do paciente - (Nos consultórios da AMPARE). Com uma mensalidade simbólica de apenas R$20,00, você se torna associado da AMPARE e pode usufruir dos serviços prestados por esta associação; basta comparecer à AMPARE portando um documento com foto, ler e assinar o Regulamento da Instituição e preencher o cadastro de Associado. Associe-se já! Promovemos palestras em empresas, faculdades, colégios, igrejas etc., para divulgar os transtornos emocionais e o nosso trabalho. Para solicitar uma palestra fale conosco. Nossos contatos: (81)3222-6252 (Fixo) / 98517.1057 (oi) / 99504.0782 (Tim) / 989910240 (Claro) Nosso E-mail: ampare_pe@hotmail.com Nosso site: www.ampare-pe.com.br Nossa página oficial no Facebook: www.facebook.com/AMPARE.oficial Instagram: ampare.oficial Youtube: AMPARE - PE Oficial Grupo/comunidade vinculado à página do Facebook: AMPARE.oficial Nosso endereço: Rua Oswaldo Cruz, 393, Boa Vista, CEP 50050-220, Recife - PE (Térreo e 1º Andar do Prédio Anexo da Associação Médica de PE). Nosso horário de atendimento: de 2ª à 6ª feira, das 7:30h às 19:30h e aos Sábados das 8:00 as 13:00h.

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PERFIL DO SEU PSICOLOGO

Tereza Márcia Aquino Psicóloga Clínica Infantil Psicopedagoga Psicóloga hospitalar

1. O QUE A LEVOU A ESCOLHER A PROFISSÃO?

IMPORTANTE PARA A EFICÁCIA DO TRATAMENTO?

Gostar de escutar pessoas,já que escutar significa o ato de ouvir com atenção ,observadora do comportamento humano e aprender e querer estar em contato com outroser empática. Daí,o encontro com a Psicologia surgiu naturalmente.

Favorecer um ambiente de aceitação e compreensão,adessão ao tratamento pelo paciente,comprometimento, ética, conhecimento teórico e domínio da técnica pelo terapeuta.

2. COMO PSICÓLOGA CLÍNICA, COMO VOCÊ VÊ O USO DA MEDICAÇÃO NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DO PÂNICO E OUTROS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE? A medicação tem um Papel importante,seguindo de apoio Psicoterapico e mudanças de hábitos e atitudes . Acredito que assim forme base de um bom tratamento e de melhor eficácia, considerando que peso de cada item é individual e variável. 3. NA PRÁTICA CLÍNICA, O QUE CONSIDERA MAIS

4. QUE SUGESTÕES VOCÊ DARIA PARA UMA FORMAÇÃO ACADEMICA MAIS QUALIFICADA? Qualificar a formação acadêmica, é falar de bons professores vocacionados e com oportunidades contínua de capacitação.E cuidar de quem repassa o conhecimento. Não adianta a todo momento, novas faculdades pois,mas que um título o importante é qualidade do que se oferece. 5. EM SUA OPINIÃO, O TRANSTORNO DE PÂNICO TEM CURA OU CONTROLE? Existem pessoas, que conseguem um controle absoluto, considerando uma cura e outras casos o controle dos

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sintomas,compreendendo que olhar que cada um tem de si,do mundo e seu ambiente influencia diretamente nesta cura ou enfrentamento. 6. UMA PESSOA QUE ADMIRA: Meus Pais, exemplo de AmorDedicação-carácter. 7. UM HOBBY: Ir ver o Mar. 8. UM SONHO: Os indivíduos em sociedade respeitando uns aos outros, independente de cor, credo, gênero e/ou orientação sexual. 9. UM FILME: À Procura da Felicidade (Will Smith). 10. UMA MÚSICA: Como Uma Onda no Mar (Lulu Santos). 11. UMA REALIZAÇÃO: Ser um Instrumento para Favorecer o Bem. 12. UMA MENSAGEM: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas“(Pequeno PríncipeExupéry).


ABRIL É ANIVERSÁRIO DA AMPARE: DEZOITO ANOS!

ARTIGO AMPARE: PSIQUIATRIA EM PAUTA

Quando a dor vem da alma

Para celebrar o acontecimento estaremos promovendo o “VIII FÓRUM AMPARE SOBRE SAÚDE MENTAL, que acontecerá nos dias 26 e 27 de Abril, no auditório da Associação Médica de Pernambuco (AMPE). Durante o evento teremos a honra de promover uma EXPOSIÇÃO DAS TELAS da nossa querida Médica, Diretora e Amiga JANE LEMOS, para abrilhantar o nosso evento. SEJA BEMVINDO! SUA PRESENÇA É O NOSSO MELHOR PRESENTE!!!

“Jamais despreze uma pessoa deprimida. A Depressão é o último degrau do sofrimento emocional. É o momento exato em que a alma dói.” Quando ainda era acadêmica ouvi de um professor algo que nunca esqueci “quando tudo dói, a dor não é física”... Talvez eu não tenha dimensionado naquele instante a grandeza desse diálogo. Hoje geriatra, vivenciando diariamente a rotina dos meus pacientes, vejo o quanto esse olhar me abriu para compreender cada um que chega com dores por todo corpo; muitas vezes não sabendo nem por onde começar ou sequer explicar como acontece. Ouço com atenção às queixas de dores de cabeça, no estômago, musculares, ósseas, palpitações, náuseas, coceiras... Depois faço apenas uma pergunta “ o que está realmente acontecendo com você? “ Após um minuto de hesitação e até espanto, a maioria cai num choro convulso e doloroso. Deixo o choro libertador acontecer e então no lugar das queixas álgicas ouço término de relações, perdas de pessoas queridas, problemas financeiros, medos, angústias e ansiedades... Novamente lembro - me da frase “ quando tudo doi a dor não é fisica”... Não é! A dor é na alma... Tudo que nos faz mal e guardamos, por um mecanismo de defesa, vai sair de alguma forma... muitas vezes em forma de doença! É nosso corpo físico gritando pelo resgate da nossa alma... É nosso corpo nos confrontando com nosso eu... É nosso corpo nos mostrando o que não vai bem... É nosso corpo dizendo “ olhe pra você “ As vezes é difícil compreender e até acreditar nisso. Normal! Estamos tão mentais, tão obcecados pela objetividade que só mesmo adoecendo, doendo, machucando é que paramos para valorizar nossas sensações e nos perceber. .. Ninguém gosta de sentir dor, ninguém quer adoecer, todo mundo teme se machucar... Alertas! Quantos alertas nosso corpo precisa nos enviar para olharmos pra ele, de verdade! Sejamos mais atentos , gentis e cuidadosos com nosso corpo... Sejamos mais atentos, generosos e amorosos com nossa alma... Toda dor é real... Toda dor é tratável. .. Todo corpo deve ser templo... Toda alma deve ser leve... *Roberta França Medicina Geriátrica

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“Sou como sou e amo o meu jeito de ser. Jamais me imaginei diferente... E também não queria nem saberia ser diferente... Porque sou exatamente como Deus sabe que sou e como as pessoas que me amam me vêem.” *Socorro Capiberibe

AMPARE: CANTINHO DA LEITURA

UMA PAUSA PARA A REFLEXÃO... SUPERAÇÃO *Jonathan Araújo

“Criei o costume de toda semana comprar sequilho com goiabada na padaria perto daqui de casa. Comê-lo bebendo um café sem açúcar tornou-se, sem exagero, um dos momentos mais deliciosos da semana (tirando o dia da coxinha com café). Mas a goiabada me incomodava. Não necessariamente ela, mas sua pouca quantidade. Era um pingo no meio do sequilho.

do meu jeito, sem entender que eu gostava era do jeito que era, porque se do meu jeito fosse, eu rejeitaria, enjoaria e até tentaria fazê-lo voltar a ser como era. Assim fazemos com as pessoas também. No início as amamos como são, depois que estão conosco começamos a criticar, tentamos mudá-las, tentamos “colocar do nosso jeito”, sem saber que nosso jeito são nossas projeções, pessoas que não existem, e que se existissem, enjoaríamos delas. Transformamos para descartar, porque quando aquela pessoa muda, muito provavelmente quem gostávamos não está mais lá. Essa semana voltei a padaria, pedi o sequilho sem goiabada e mandei avisar ao padeiro que o próximo texto quem escreve é ele, provavelmente virá algo de bom, ainda que não seja doce. Abençoados sejam meus amigos cada qual a sua maneira e o seu jeito de ser.” #FonteWhatsap

Reclamei na padaria, chamei o padeiro de casquinha e tudo mais. Outro dia, voltando do estágio, passei pela padaria e, pra minha sorte, disseram que havia um sequilho especial pra mim. Lá estava, o meu sonho num sequilho de um real. Quase que completamente coberto de goiabada. Chegando em casa, preparado o café e toda a ritualística necessária para consumir o apetecível sequilho, ocorreu que não comi nem a metade. Enjoei na segunda mordida. Doce demais, chegava a dar náuseas. Dia seguinte, cheguei na padaria e lá estava: outro sequilho coberto de goiabada. Me ofereceram e, por vergonha de dizer que odiei o do dia anterior, comprei. Em casa, raspei a goiabada e comi. O problema, o inferno, não era a goiabada nem o padeiro, era eu. Fui eu quem, amando o que amava, queria

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CANTINHO DO POETA

UM DIA DE CADA VEZ Socorro Capiberibe

Um dia de cada vez... Uma nova chance a cada dia... Para se fazer o que ainda não se fez... Uma oportunidade a mais... Para tentar melhorar a nossa vida.

Hoje eu posso consertar os erros de ontem... Hoje eu posso tentar realizar... Tudo o que sempre sonhei... Tudo o que eu sempre quis. Hoje eu posso me tornar uma pessoa melhor. Hoje eu posso fazer deste dia... O meu dia mais feliz.

Um dia de cada vez... Assim é que se deve viver. Uma esperança no peito para se cultivar... Um recomeço a cada amanhecer.

Assim se o amanhã não vier... Se o sol não despontar no horizonte... Se a vida deixar de existir... Valeu o meu dia de ontem. Valeu cada momento que eu vivi... Valeu mais uma manhã que eu vi nascer... Valeu o que ensinei e o que aprendi... No ontem que eu vivi com alegria e prazer...

- E se não houver amanhã? - Pelo menos existe hoje. - E se o passado não valeu a pena? - Ainda bem que existe hoje. Hoje eu posso tornar o meu dia melhor. Hoje eu posso fazer alguém mais feliz. Hoje eu posso conseguir ser mais eu... Hoje eu posso me contentar simplesmente... Hoje eu posso viver mais intensamente... Esse dia que Deus me deu.

No ontem que me foi permitido existir... Que consegui torná-lo interessante... Que encontrei razão para viver... Que consegui eternizar cada instante.

- E se o futuro não chegar? - Pelo menos existe hoje. - E se o passado não foi bom para lembrar? - Ainda bem que existe hoje.

E se o amanhã acontecer... Melhor! Terei algo de bom para lembrar... Um passado que eu deseje reviver... No hoje que me é dado para recomeçar.””

Doença emocional: A dor da alma // Uma palavra amiga: O passado não vai voltar, mesmo que você queira. E o futuro talvez não chegue. Nunca se sabe... Só temos de certo o momento presente, que como um presente deve ser recebido e deve ser de tal forma vivido, a ponto de se desejar revivê-lo, Porque: “A VIDA É HOJE. O TEMPO É AGORA. É NO PRESENTE QUE A VIDA ACONTECE”

“A vida é um bem precioso. É maravilhoso viver. Viva um dia de cada vez. Apenas um dia... Da melhor forma possível... Com toda intensidade... Dando o melhor de si... Consertando os erros e aprendendo com eles... Tirando de cada experiência alguma lição e tentando cada vez mais ser uma pessoa melhor. E Ame a vida. Ame as pessoas. Ame seu trabalho. Ame sempre. Ame muito. Ame mais. Ame cada vez mais... Porque o Amor nunca é demais. Mas, lembre-se: apenas um dia de cada vez...

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TRANSTORNO DO PÂNICO

Com a palavra, a paciente! Passei por isso... *Socorro Beltrão - Pedagoga. 49 anos

Fui criança, depois jovem... saudável. Bem humorada, sorriso fácil, criativa, estudiosa, fisicamente vistosa e muito requisitada para eventos. Adorava festas, viagens, passeios radicais... Adorava VIVER... até que, aos 20 anos, assistindo Romeu e Julieta, no Cine São Luis, conheci o MEDO.

Fui taxada de: “Paraplégica que andava”, “dor de cabeça de um metro e oitenta”, “de que não tinha nada”, “que era frescura”. “Que gostava de ser doente “... entre outros. Às crises ficaram cada mais frequentes. Procurei ajuda médica, psiquiátrica, psicológica... Foi uma verdadeira “via crucis”, de médicos e exames. Todos eram unânimes: “Você não tem nada”... Um chegou até a dizer a meu marido, “QUE EU PRECUSAVA ERA DE UMA BOA CAMADA DE PAU “. Outro, disse que eu não poderia pagar seus honorários, pois tanto eu como meu marido, éramos professores do Estado e ganhávamos pouco. E eu morrendo a cada crise, que agora, eram diárias: acordada, dormindo, em casa, no trabalho, na rua... Remédios? Foram tantos, e tão fortes... Outro drama. Um dia um amigo ficou sabendo do meu problema e ligou- me indicando a Psiquiatra, psicanalista, Dra. Eliene Cardoso. Passei três meses para conseguir chegar em seu escritório, por medo... Até mesmo de carro. Mas, cheguei. Era primeiro andar e um simples lance de escada já me provocou uma bela crise. Quando consegui falar, foi para dizer-lhe que já sabia que não podia lhe pagar, mas ela, com um carinho imenso, pegou minhas mãos, olhou-me nos olhos e me respondeu: - E eu perguntei? Quero lhe deixar totalmente Boa. Quanto a me pagar... Veremos isso depois. Fui adotada por ela, quando nem se falava nisso. Até os medicamentos ela me dava. Hoje, tenho muito apresse por essa criatura, ela me devolveu a vontade e lhe serei eternamente grata. Melhorei e me dei alta, unicamente por medo de ir mais além. Se, já ia em Caruaru, João Pessoa, Timbaúba, Limoeiro, passeava no Shopping, ia ao cinema, estava ótimo. Mesmo assim, estamos sempre em contato, eu e Dra. Etiene ficamos amigas.Ela é minha

Um medo sem limite. - Pronto, pensei, estou morrendo. Saí do cinema como louca, atropelando todos a minha frente, chorando, histérica. Depois, veio a VERGONHA, e a DEPRESSÃO. O que houve? Por que? Eu não sabia. Mas, risquei cinema da minha vida. Depois começou tudo de novo; agora no ônibus, indo para faculdade. Este era um sério problema, pois não podia simplesmente deixar de usá-lo. Como alternativa, Passei a ficar perto do motorista, pedindo para não encostar muito nos outros veículos e ficar mais perto das calçadas. Foi horrível... Qualquer engarrafamento, ou mesmo se o ônibus lotasse, eu descia e continuava a pé. Chegando a tomar seis conduções para chegar ao meu destino. Distância era o meu maior terror. Deixei de ir a festas, viajar, ir à praia, tomar elevador... fiquei com medo de altura, falta de energia... E até de respirar... Deixei de viver. Já não ia ao Centro do Recife, mesmo morando a 5 Km. Não atravessava Pontes e até o vento me deixava em crise. Passei a ter pavor a trovão e relâmpago; de dentista, mas não era da broca, era da boca aberta. Me Formei. Nem eu mesma sei como. Deus! Um fato interessante: tive dois filhos e durante as duas gestações não tive crises. Na hora do parto do meu primeiro filho, faltou energia. E eu não me importei. Ele nasceu de um parto normal à luz de velas... A segunda, uma Cesária...

SPPA Serviço de Psicologia e Psiquiatria da AMPARE PSICOLOGIA

(81) 3222.6252

SPPA

• Alexandra Albuquerque • Alessandra Bacelar • Amanda Britto • Ana Paula Hawatt • Carmita Nigro • Cláudia Portela • Clenes Calafange • Cristina Jatobá • Edson Rodrigues • Flávia Rocha

Serviço de Psicologia e Psiquiatria da AMPARE PSICOLOGIA

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(81) 3222.6252

• Francisca Cleide • Jacilene Cansanção • Jaidete Alves de Almeida • Joana Moreira • José Padilha • Lucimar Albuquerque Mello • Marcos Bittencourt • Maria Helena Baltar • Roseane Oliveira • Suellen Cansanção • Tereza Márcia


sombra. Até que um dia, em Abril, eu estava assistindo o Jornal do Meio Dia, com Graça Araújo, e lá esta sendo entrevistada, Socorro Capiberibe, contando sua história. Ei! É a história da minha vida! Então ela contou do seu progresso, de suas viagens e da AMPARE. Deu seu telefone. Liguei imediatamente, e falei com o Wagner, seu esposo. Hoje, tenho dois irmãos queridos. Na hora que terminou a entrevista, eu disse: - Eu quero mais, quero tudo que tenho direito. Quero AMPARE. E fui a primeira reunião, segunda da AMPARE. Conheci o Dr Wilson Oliveira, assisti sua palestra e fiquei maravilhada. Fiz amigos, colegas de jornadas. Fui novamente

adotada, dessa vez pela Dra. Zenaide Regueira, fazendo um trabalho de grupo e de dramatização. Já melhor, consegui viajar a Natal, e quero mais, quero AMPARO. Como toda pessoa normal, tenho meus altos e baixos, estresse e depressões. Mas, basta um telefonema, (Socorro Capiberibe, Wagner), e vejo, que não sou “HI-MAM”, mas tenho a força, tenho a AMPARE, porque não somos os “Mosqueteiros do Rei”, mas somos, “Um por todos e todos por um!” Depoimento publicado no Jornal da AMPARE, Ano ll, N° 2 Ab/Mai/Jun/2002.

Depoimento atual Hoje, 17 anos depois, longe de meus amigos, Socorro Capiberibe e Wagner, pois por motivos adversos, me mudei para Gravatá, onde me dediquei a minha mãe, com o mal de Alzheimer, foram 12 anos e meio de uma longa e produtiva psicalise, sem acompanhamento nenhum, me vi mais forte, mais resistente às grades do conformismo. Luto por minha sobrevivência, pois cortei as amarras do passado, revi minha vida e tomei as rédeas dela em minhas mãos. Sou panicosa assumida, mas aprendi a lidar com minhas freadas bruscas, vejo como freio de arrumação. Já subo até um quarto andar, sozinha no elevador, Assumi minha vida e elevei a minha fé em mim e em Deus. Faço meus artesanatos, parte importante para minha vida ter melhor qualidade. Voltei para Recife, cuido de dois netos queridos, minha neta Yasmin com oito anos e meu neto Gui com quase dois, pinto minhas telas, faço meus passeios, escrevo minhas poesias, contos e causos. Participo de grupos de escritores, acadêmica,

SPPA Serviço de Psicologia e Psiquiatria da AMPARE PSIQUIATRIA

(81) 3222.6252

ocupo a cadeira 17 na Academia Vitoriense de Letras, Artes e Cultura, (AVLAC), Estou trabalhando meu quinto livro. Reeditei o primeiro. Estou vencendo a mim mesma e ao meu amigo e companheiro, O PÂNICO. Descobri que ele não mata. Quero viver até 120 anos, não quero morrer muito velhinha. Depois de uma terrível xicungunha, fiquei tendo fortes crises de dores nas pernas e pés, mas se Deus me aparecer com uma proposta de mais dez anos de vida, porém sem dores, serei categórica: - Fico com minhas dores e vivo meus 120 anos. Adoro viver. Se no auje das crises de Pânico, me preparava para me suicidar todos os dias, hoje acordo pronta para vivê-los cada vez mais alegre, minha marca registradaALEGRIA.” *Socorro Beltrão - Pedagoga, artesã e escritora. Recife, 2019.

SPPA

• Ana Cláudia Gonçalves • Carolina Maciel • Carolina Rolim • Daniela Teles • Diva Alencar • Fabiana Maciel • Fabiana Maia

Serviço de Psicologia e Psiquiatria da AMPARE PSIQUIATRIA

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(81) 3222.6252

• Jane Lemos • Janduirtes Figueiredo • Luciano Viana • Pedro Russo • Rafael Braga • Samia Berardo


DATA: 26 e 27/04/2019

TEMA GERAL: DIÁLOGOS SOBRE DEPRESSÕES E ANSIEDADES PARA O NOSSO TEMPO

LOCAL: Auditório Octávio de Freitas da Associação Médica de Pernambuco – Rua Oswaldo Cruz 393, Boa Vista

OBJETIVO: Refletir sobre as possibilidades de compreensão e intervenção sobre os transtornos de depressão e de ansiedade com suas facetas nas diversas relações humanas da contemporaneidade articulando a psicologia com a psiquiatria na tarefa da promoção da saúde mental.

INVESTIMENTO: Profissionais R$ 90,00; Estudantes R$ 60,00; Associados Ampare: R$ 60,00; Demais interessados: R$ 90,00.

PROGRAMAÇÃO b. Rafael Braga – Vamos falar de Transtorno Bipolar? c. José Padilha – Mitos, expectativas e conflitos conjugais • 12h às 14h – Intervalo • 14h às 15h – Ansiedade: uma clínica para além da clínica– Marcos Bittencourt • 15h às 15h30 – Coffee break • 15h30 às 17h – Mesa Redonda – Depressões e Ansiedades II Mediadora: Joana Pimentel Comunicações: a. Edson Rodrigues – Transtorno de Ansiedade Social: Possíveis relações com o baixo rendimento escolar. b. Pedro Russo – Depressão ao longo da vida c. Luciano Viana – Ansiedade, Tecnologia e Redes sociais • 17h30 – Encerramento

DIA 26/04 (Sexta) • 19h – Abertura: Wagner Maia - Presidente • 19h30 – Palestra com o Dr. Wilson Oliveira Jr. “Relação médico-paciente humanizada & Tecnologia: parceiros ou oponentes” • 21h – Coquetel / Exposição de Telas de Jane Lemos DIA 27/04 (Sábado) • 9 às 10h – Psicologia Positiva - Ana Paula Hawatt • 10h às 10h30 – Coffee break • 10h30 às 12h - Mesa Redonda – Depressões e Ansiedades I Mediadora: Amanda Britto Lyra Comunicações: a. Flávia Rocha – Transtorno de Pânico: Repercussões na vida cotidiana

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Flávia Rocha

Psicóloga Clínica

Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental 81. 991523231

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