Girolando 126

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REVISTA O GIROLANDO

Larissa Vieira

JORGE BORBA

GENÉTICA

Os ganhos com IATF

Uso da técnica vem crescendo na pecuária leiteira e traz impactos positivos relativos ao melhoramento genético, rentabilidade e sustentabilidade Boa reprodução é a chave do sucesso de qualquer fazenda leiteira. E parece que o produtor rural brasileiro vem investindo mais em biotecnologias reprodutivas nos últimos anos. Vendas de sêmen e de protocolos de sincronização para emprego da Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) crescem a taxas interessantes. De acordo com a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), as vendas de sêmen das raças leiteiras no primeiro trimestre de 2021 cresceram 8% (4.344.395 doses) em relação ao mesmo período do ano anterior. Ainda no primeiro trimestre, o uso da inseminação artificial (leite e corte) nos municípios brasileiros cresceu 12,9%, atingindo 64,7% das cidades do País. O segmento já vem de um desempenho in46

teressante em 2020, quando registrou aumento de 13% na comercialização de sêmen. Parte dessas doses vendidas vão para a aplicação da IATF. Segundo a Asbia, das fazendas leiteiras que usam inseminação, mais de 35% já usam a tecnologia de tempo fixo. Levantamento feito pelo Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP) revela que o mercado da IATF (leite e corte) cresceu 30% em 2020, superando 21 milhões de procedimentos. Já existe muito produtor fazendo as contas e trabalhando para melhorar a fertilidade do rebanho, pois além dos ganhos em rentabilidade, há consideráveis ganhos genéticos.

“A pecuária brasileira ainda apresenta índices reprodutivos que podem ser melhorados. Utilizando tecnologia é possível produzir mais bezerros por matriz por ano e reduzir a idade ao primeiro parto. Em rebanhos de leite, estudos demonstraram redução de um mês no intervalo entre partos (IEP) em programas reprodutivos que utilizam IATF, quando comparado aos sistemas que empregam a detecção do cio para inseminação artificial ou a monta natural. A redução de um mês no IEP do rebanho aumenta 10% a produção anual de leite da propriedade”, esclarece o professor do Departamento de Reprodução Animal da FMVZ/USP, Pietro Baruselli. Por meio da IATF é possível suprir as deficiências da inseminação


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