Jornal UEG | Edição 17 | fevereiro-março | 2016

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jornal UEG jornal UEG Anápolis, fevereiro-março de 2016

Foto: Nabyla Carneiro

Jornal da Universidade Estadual de Goiás I Ano 2 - Nº 17 | fevereiro/março / 2016

Gestão Pró-Projetos pág. 3 Novo programa amplia o investimento em pesquisa na UEG

UEG em contexto Tecnologia na escola pág. 5 Projeto de extensão ensina linguagens de programação a alunos de ensino básico

Opinião Pós-Graduação pág. 8 Cinco motivos pelos quais você deveria investir em sua formação continuada

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JORNA DA De

, Transformacão MUITO ALÉM DA SALA DE AULA, A UEG OFERECE UM UNIVERSO DE POSSIBILIDADES PARA QUE VOCÊ APROVEITE AO MÁXIMO OS ANOS DE GRADUAÇÃO


jornal UEG

EDITORIAL

Anápolis, fevereiro-março de 2016

Qual caminho seguir? Por Péricles Carvalho

Não é nenhum exagero afirmar que a experiência universitária é uma das mais importantes etapas de nossas vidas. É no câmpus que, entre uma aula e outra, crescemos e nos tornamos cidadãos comprometidos com a construção do futuro – é a partir da educação superior que nos damos conta de que estamos construindo nossas próprias trajetórias, a de nossas famílias e a de nosso país. A universidade é um lugar ímpar, que vai além da sala de aula e exige muito dos que desejam realizar o sonho de se formar e desempenhar uma profissão. Como uma instituição pública, gratuita e de qualidade, a UEG preza por dar aos seus estudantes várias possibilidades de crescimento. Quer fazer pesquisa? Desenvolver um projeto de extensão? Deseja estudar por um semestre em outra universidade em qualquer lugar do país? Tem o sonho de ver a neve pela primeira vez durante o intercâmbio? Na UEG todos estes caminhos são possíveis e depende de você buscá-los. A primeira edição do Jornal UEG de 2016 tem como principal objetivo apresentar as diversas possibilidades da graduação. A matéria de capa, assinada pelo repórter Alisson Caetano, apresenta diferentes programas ofertados pela Universidade e possibilita a você buscar o caminho que deseja. Para se ter uma ideia a respeito dos programas de bolsa da Universidade, em 2016 a UEG ofertará 1.432 bolsas e a previsão é de que sejam investidos mais de R$7,5 milhões apenas no Programa Próprio de Bolsas da UEG.

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Pensando no desenvolvimento profissional, o Jornal buscou especialistas em carreira para discutir um tema de extrema importância: o aprendizado de línguas estrangeiras. A repórter Stephani Echalar apresenta os Centros de Idiomas da Universidade, além de listar três aplicativos online que podem auxiliar no aprendizado.

Utilizar a UEG para crescer e enxergar o mundo com outros olhos é o tema das histórias de Leilaine Gomes da Rocha e Reilma Souza – ambas do câmpus Posse – que relatam suas lutas para concluirem o Ensino Superior. A matéria, assinada pela repórter Bárbara Zaiden, é um importante retrato da relevância da UEG no interior goiano. O Jornal também traz uma matéria especial escrita pelo repórter Fernando Matos sobre o mais novo programa de fomento à pesquisa da UEG, o Pró-Projetos. A matéria mostra como o programa, que foca nos professores e pesquisadores da Universidade, funcionará e aborda a importância de se investir em pesquisa e inovação. No tocante à extensão, destacamos nesta edição o projeto Gênios de Turing, desenvolvido pelos estudantes de Sistemas de Informação do Câmpus Ceres. A partir do projeto, os estudantes do curso ensinam programação para crianças entre 8 e 10 anos de idade. A ação extensionista dos estudantes de Arquitetura e Urbanismo da UEG em conjuntos habitacionais de Anápolis também foi abordada, enfatizando a importância de desenvolver ações urbanísticas na cidade. Pensando em mostrar o dia a dia nos diferentes câmpus, inauguramos a sessão #SOUUEG. Quando fotografar o seu cotidiano no câmpus, publique no Instagram e utilize a hashtag para que possamos encontrar as fotos. Por fim, destaco que o Jornal UEG existe para trazer até você informação de qualidade, que ofereça um panorama das ações da Universidade e lhe auxilie a tomar as melhores decisões e crescer durante sua graduação ou pós-graduação. Queremos acompanhar cada passo da sua trajetória universitária. E não duvide, essa trajetória vai mudar a sua vida. Boa leitura!

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- CGCOM ção Geral nicação

Anápolis - Goiás, fevereiro-março de 2016 Ano 2, Nº 17

EXPEDIENTE

REITOR Haroldo Reimer VICE-REITORA Valcemia Gonçalves de Sousa Novaes

DIAGRAMAÇÃO E ARTE João Henrique Pacheco CENTRO DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL

FOTOGRAFIA Barbara Zaiden Fernando Matos Nabyla Carneiro Stephani Echalar

CHEFE DE GABINETE Juliana Oliveira Almada

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL Marcelo Costa

PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO Maria Olinda Barreto

EDITOR Péricles Carvalho

DISTRIBUIÇÃO Jacqueline Pires

PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Ivano Alessandro Devilla

REDAÇÃO Alisson Caetano Bárbara Zaiden Fernando Matos Stephani Echalar

Universidade Estadual de Goiás CECOM - Reitoria da UEG

PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO, CULTURA E ASSUNTOS ESTUDANTIS Marcos Antônio Cunha Torres PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E FINANÇAS Lacerda Martins Ferreira

REVISÃO Alisson Caetano

Rod. BR – 153, Quadra Área, Km 99 CEP: 75.132-903 / Anápolis – GO Tel. Geral: (62) 3328-1403

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@uegoficial www.ueg.br Impressão: Gráfica Renascer Tiragem: 11.000 exemplares Universidade Estadual de Goiás


jornal UEG

GESTÃO

Anápolis, fevereiro-março de 2016

Mais incentivo à pesquisa com o Pró-Projetos Programa de financiamento interno é uma nova ferramenta voltada aos pesquisadores da UEG

Foto: Fernando Matos

Por Fernando Matos

“INVESTIR AGORA SIGNIFICA ALAVANCAR A PESQUISA BÁSICA E A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO ESTADO” Professor Ivano Devilla, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Professor Ivano Devilla (esquerda) e professor Carlos Nabout (direita): Pró-Projetos abre mais uma via de financiamento para pesquisa em Goiás

Quem faz pesquisa na Universidade Estadual de Goiás (UEG) terá mais uma ferramenta de financiamento para os seus projetos em 2016, o Pró-Projetos. O programa próprio de financiamento de pesquisas será implantado ainda no primeiro semestre, com previsão de orçamento de R$ 250 mil. O objetivo é que o primeiro edital do Pró-Projetos beneficie em torno de 25 projetos de pesquisas com R$ 10 mil cada um. Para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PrP|UEG), professor Ivano Devilla, o programa representa um avanço. “Há vários projetos de pesquisadores da UEG aprovados em editais externos, mas entendemos, também, que um programa de financiamento próprio representa uma importante ferramenta para o incentivo e desenvolvimento institucional de pesquisas na UEG”, observa.

Fortalecimento em rede O Pró-Projetos contemplará todas as áreas de conhecimento da Instituição. Segundo o pró-reitor, o programa trará benefícios para toda a rede de pesquisa da UEG. “Ao investir em nossos pesquisadores, nós oxigenamos os nossos programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, em nível de mestrado e doutorado”, analisa. A distribuição de recursos será realizada de acordo com a demanda de projetos apresentada no penúltimo edital de pesquisa da PrP|UEG. Os recursos poderão ser empregados em material permanente, de consumo e serviços de terceiros. O regulamento do programa garante ainda que 10% do montante seja empregado em material bibliográfico, que irá compor o patrimônio da UEG, qualificando assim os acervos das bibliotecas dos Câmpus onde os trabalhos serão desenvolvidos.

O Programa também se encontra afinado com as propostas do Programa Estadual de Inovação e Tecnologia, Inova Goiás. “O aumento de pesquisas auxiliará nas metas estabelecidas pelo Inova Goiás, e os projetos desenvolvidos na UEG resultarão em patentes e novas tecnologias a serem implementadas no Estado e no país”, pondera.

Diferencial Professor de Biologia do Henrique Santillo, em Anápolis, e docente dos programas de pós-graduação em Engenharia Agrícola e em Recursos Naturais do Cerrado, João Carlos Nabout, lembra que a UEG é uma Universidade jovem e conta com um corpo de pesquisadores em pleno desenvolvimento, gerando demandas crescentes de recursos para novas pesquisas. Ele ressalta que esse tipo de financiamento não é prática comum nas instituições do país. “Poucas universidades disponibilizam editais próprios para financiamento de seus pesquisadores. É uma iniciativa inovadora”, acrescenta. Os dois professores são taxativos ao afirmar que a UEG dá um passo à frente com a criação dessa ferramenta neste momento de crise.

PODEM PARTICIPAR DOCENTES DO QUADRO EFETIVO DA UEG DOCENTES EFETIVOS DA PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU DA UEG

“Ao investir em pesquisas nesse momento de diminuição de editais e orçamentos, a UEG busca saídas para seu crescimento. Investir agora significa alavancar a pesquisa básica e a inovação tecnológica a fim de contribuir significativamente para o crescimento do Estado, além de consolidar a Instituição como um centro de relevância na produção de conhecimento nacional”, atenta o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação.

EDITAL PREVISTO PARA MARÇO DE 2016

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UEG EM CONTEXTO

jornal UEG Anápolis, fevereiro-março de 2016

Arquitetando

responsabilidade social Na UEG, estudantes têm contato com comunidade de baixa renda e compreendem a importância da atuação social do arquiteto e urbanista Por Bárbara Zaiden Fotos: Stephani Echalar

Ao longe, centenas de casas e telhados com espaços milimetricamente calculados entre si. Mais um conjunto residencial popular, em que as crianças brincam pelas ruas sem opções de lazer, pois onde deveriam existir praças, creches e escolas existem apenas terrenos baldios cobertos pela terra seca. Ali, foram construídas 826 casas exatamente iguais, habitadas por famílias com renda de até R$1.600. Essa é a realidade encontrada no Residencial Leblon, em Anápolis, que funciona como objeto de estudo do escritório-modelo idealizado pelo projeto de extensão Prisma (Projeto de Interesse Social), do curso de Arquitetura e Urbanismo do câmpus Henrique Santillo, da Universidade Estadual de Goiás.

Conhecer para transformar

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Os futuros arquitetos e urbanistas da UEG realizaram a primeira visita técnica ao Residencial Leblon como parte das atividades do Prosa - 1º Seminário de Extensão Universitária em Arquitetura e Urbanismo. O evento foi uma das ações do Prisma em 2015. O professor Lino Peres, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi um dos palestrantes do Prosa. Ele explica a importância desses estudantes terem contato com os moradores das cidades. “O escritório-modelo é um avanço e cobre uma área que é muito carente, uma população que, infelizmente, não tem acesso à assistência técnica dos arquitetos e urbanistas; ele supre essa lacuna social em um campo que não é coberto por esses profissionais”, afirma.

Por meio dos escritórios-modelos, esses estudantes prestam serviços às comunidades de baixa renda, considerando as necessidades encontradas e trabalhando coletivamente. A coordenadora do Prisma, professora Laila Beatriz da Rocha, explica que as ações de 2015 tiveram como objetivo preparar os estudantes e iniciar o contato com as comunidades locais. “Fazemos distinção entre o assistencialismo de certas ações e uma extensão que, realmente, empodere a comunidade. Assim, quando o grupo de extensão sair da comunidade, ela terá condições de resolver as coisas por conta própria”, explica. Erly José Gonçalves, líder comunitário do Residencial Leblon, ressalta a importância do contato da Universidade com as comunidades carentes no processo de empoderamento e busca de direitos. “A gente fica muito feliz por ter onde morar, mas seria bom se os governantes enxergassem os outros problemas. O nosso futuro está nas mãos desses estudantes, que podem nos dar auto estima com novos projetos”, afirmou Erly durante a visita dos alunos da UEG ao residencial.

Consciência ampliada Ações como as desenvolvidas pelo curso de Arquitetura e Urbanismo demonstram que a UEG cumpre o seu papel de universidade pública ao proporcionar a formação de profissionais com olhar crítico, que contribuem para o crescimento das comunidades em que estão inseridos. É o exemplo da estudante do oitavo período de Arquitetura e Urbanismo na UEG em Anápolis, Renata de Morais Goulart. A jovem afirma que a universidade foi o espaço em que ela pôde ampliar a consciência e compreender a responsabilidade social da profissão escolhida. “O Prisma tira o aluno da sala de aula para ele viver coisas que não estão no currículo dele, traz diferentes temáticas e debates, amplia o leque de conhecimento. Eu acho isso muito rico, muito válido”, afirma a jovem de 22 anos que também é voluntária em uma Organização Não-Governamental (ONG) no Distrito Federal.

“O ESCRITÓRIO-MODELO É UM AVANÇO E COBRE UMA ÁREA QUE É MUITO CARENTE, UMA POPULAÇÃO QUE, INFELIZMENTE, NÃO TEM ACESSO À ASSISTÊNCIA TÉCNICA DOS ARQUITETOS E URBANISTAS” Professor Lino Peres, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)


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UEG EM CONTEXTO

Anápolis, fevereiro-março de 2016

Programar o futuro Projeto de extensão Gênios de Turing, do Câmpus Ceres, ensina programação para crianças do ensino fundamental Por Stephani Echalar Uma vez por semana um grupo de estudantes do curso de Sistemas de Informação do Câmpus Ceres da Universidade Estadual de Goiás (UEG) visita o Colégio Estadual São Tomás de Aquino, em Ceres. As visitas são uma ação do projeto de extensão Gênios de Turing, que ensina programação para os estudantes do quarto ano do ensino fundamental. A primeira turma do projeto contou com cerca de 20 crianças, de 8 a 10 anos. A turma pode ser pequena em número e em idade, mas o entusiasmo das crianças com a nova experiência é bem grande. Quando os jovens professores de programação entram na sala toda a turma se anima e começa uma série de perguntas: “a gente vai ter aula hoje?”, “é para ligar o computador?”. Carla Cristina tem nove anos e gosta das aulas porque “aprende a mexer no computador e a programar”. A amiga Milena dos Santos tem 10 anos e gosta de ir para as aulas de programação porque no laboratório a aula é “mais imaginativa”. Lucas de Aquino também tem 10 anos e adora ir para a escola. Ele diz que já aprendeu muita coisa nas aulas de programação e que os colegas se ajudam na hora de resolver os desafios que aparecem na tela. Por enquanto, o objetivo para o futuro próximo é unânime: todos querem programar jogos.

Fotos: Stephani Echalar

Segundo os idealizadores do projeto, a opção pelas aulas de programação veio pela falta de contato com o tema na região. O objetivo do curso é preparar as crianças para o futuro, em um cenário no qual a tecnologia estará ainda mais presente. Além de “desmistificar a ideia de que programação é algo difícil”, como aponta Adriano, o projeto abre novas opções de atuação para esses jovens.

O impacto da iniciativa é sentido na sala de aula. “A gente percebe que eles não gostam de faltar no dia que tem Gênios de Turing. Eles vão aprendendo sem nem perceber. As aulas de programação reforçam a Matemática, o raciocínio lógico e a gente tem percebido essa melhora em sala de aula”.

Aprender brincando Cada aula aborda um tema trabalhado na programação. As primeiras etapas apresentaram pequenos problemas de lógica, incentivando as crianças a solucionarem desafios e atingirem objetivos de forma estratégica. Para tanto, os instrutores utilizam ferramentas como o Code. Org e o Scratch, além de ministrarem atividades offline em sala de aula.

Universidade de fora para dentro A ideia para o projeto de extensão surgiu dos estudantes Silas Júnior e Munike Lamounie. “A gente queria sair do meio acadêmico e fazer algo que trouxesse a sociedade para perto da Universidade”, conta Silas. O projeto é coordenado pelo professor Eliton Morais e conta ainda com os estudantes Tulio Vital e Mateus Nascimento. O Gênios de Turing é desenvolvido em parceria com o Instituto Federal Goiano (IF Goiano) da cidade que acrescenta ao grupo os professores Ramayane e Adriano Braga, e a estudante de licenciatura em Química, Thalia Santana.

“O legal é que a gente mescla as outras disciplinas”, aponta Silas. Para introduzir a programação, os estudantes da UEG acabam reforçando outras áreas como a Matemática, Inglês e Geografia. “A ideia deles [instrutores] é mostrar que para programar eles precisam das outras aulas do dia a dia”, explica Ramayane. A chegada do Gênios de Turing na São Tomás de Aquino foi uma surpresa bem recebida pela comunidade da escola. Segundo a diretora do colégio, Erica Siqueira, antes do projeto, o laboratório de informática quase não era utilizado. “Essa parceria com a UEG foi muito bacana. A experiência está sendo ótima”, aponta.

O projeto leva o nome do inglês Alan Turing (1912 - 1954), matemático e cientista da computação responsável pelo desenvolvimento da chamada Máquina de Turing, uma versão pioneira nos anos 1940, considerada precursora do computador moderno. Sua vida ganhou as telas do cinema no filme O Jogo da Imitação (2014), vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.

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UNIVERSIDADE

EM MOSAICO

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Bem-vindo às possibilidades d

Bolsas, intercâmbio, pesquisa e extensão farão sua experiência universitária ainda mais intensa. Calouros recém-chega Por Alisson Caetano Um novo caminho diário entre sua casa e a sala de aula, novos rostos e personalidades, novos horários e responsabilidades, novos conhecimentos e experiências. Ingressar no universo do Ensino Superior é tão excitante quanto intimidador. Dentro desta trajetória de novidades alguns podem achar que cair na rotina será inevitável em alguns semestres, mas a graduação pode ser muito mais do que ir às aulas, conhecer bibliografias, fazer provas e apresentar um trabalho de conclusão de curso. Explorar as diversas possibilidades da vivência acadêmica na Universidade Estadual de Goiás (UEG) pode tanto oferecer uma bolsa que oportunize a permanência do estudante no Ensino Superior quanto levá-lo a universidades de outros estados e países. No Câmpus Pirenópolis, o estudante Pablo Ramos Santos não só enfrentou uma nova rotina quando ingressou no curso de Tecnologia em Gastronomia. Ele precisou se adaptar à dinâmica de uma nova cidade. O aluno saiu de Goiânia para estudar em terras pirenopolinas. Logo que soube da Bolsa Permanência viu a oportunidade de integralizar o Ensino Superior. “A bolsa é um auxílio importante para me manter em uma outra cidade e me ajuda a terminar o curso”, conta o estudante bolsista. Pablo viu que se envolver com a extensão também seria uma boa forma de fazer o curso de Gastronomia. O aluno participa de dois projetos de extensão, ambos com atividades voltadas a escolas públicas. “A extensão abriu meus olhos em diversas áreas. Participo de projetos voltados para a alimentação nas escolas públicas. Minha formação profissional se amplia com esse envolvimento”, explica o estudante.

UNIVERSO CULTURA

Mora em Anápolis? Quer estudar danç coral e participar de apresentações cul O Espaço UEG Cultural oferece cursos abre novas turmas todo semestre.

Espaço UEG Cultural Telefones: (62) 3328-1134/3324-0853

Por onde a ciência te levar O Câmpus Ceres foi onde Marineuza Rodrigues da Silva decidiu realizar o sonho de ser professora de História. Se descobrindo durante a graduação, a estudante encontrou na Bolsa de Iniciação Científica/UEG uma porta de entrada para se integrar às atividades de produção científica e, assim, complementar sua formação docente. “Com a iniciação científica eu tive a oportunidade de conhecer lugares e pessoas diferentes e estar no meio de pesquisadores da minha área”, conta a bolsista.

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Poder colocar uma mochila nas costas e experimentar novos horizontes acadêmicos são os pontos positivos de ser bolsista de Iniciação Científica apontados pela estudante de Enfermagem Divina Edna da Silva, também do câmpus Ceres. “Existe uma produção científica muito grande para nós, bolsistas. Apresentamos trabalhos, vamos a seminários, congressos, simpósios. Você viaja muito”, conclui a futura enfermeira.

Aponte e vá! Não há motivos para ficar parado na UEG. O diploma do Ensino Superior pode ser conquistado por meio de um caminho que tenha a identidade do estudante. Uma universidade plural oferece mais do que possibilidades de se integrar à comunidade acadêmica, oferece caminhos de pertencimento. Neste sentido, a UEG vai muito além dos muros das salas de aula e busca, juntamente com você, ter um impacto positivo na sociedade. Por isso, produzir ciência, viajar e se envolver com diversas atividades acadêmicas são caminhos que reafirmam a UEG como a porta de entrada dessa nova jornada de transformação. Conheça partes do universo acadêmico da UEG e conduza sua experiência na graduação pelos caminhos que mais lhe interessam!

AUXÍLIO-EVENTOS A UEG dá suporte para os alunos que desejem apresentar trabalhos científicos e participar de congressos e eventos científicos. Fique atento aos editais do Pró-Eventos.

Eventos nacionais e internacionais realizado em Goiás - R$ 300

Eventos nacionais e internacionais realizado no Brasil, fora do Estado de Goiás - R$ 1 mil


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da graduação

ados à UEG, é hora de conhecer o que a Universidade pode lhes oferecer!

UEG

PESQUISA E EXTENSÃO

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Site: www.prp.ueg.br

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Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis Site: www.pre.ueg.br

os

A UEG encabeça o Programa de Moblidade Nacional da Associação dos Reitores de Universidades Estaduais e Municipais (Abruem). Em 2016, foram abertas 770 vagas para mobilidade entre 12 instituições nacionais. Acesse www.mobilidadenacional.ueg.br e conheça o Programa!

Para conhecer os projetos desenvolvidos pelos professores do seu curso procure o coordenador. A UEG possui mais de 350 projetos de pesquisa em andamento. Em 2015, 784 ações extensionistas foram realizadas. Conheça os projetos e desenvolva atividades de pesquisa e extensão!

ça, teatro, lturais? s gratuitos e

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MOBILIDADE NACIONAL

INTERCÂMBIO

Veja abaixo alguns dos países com os quais a UEG tem convênio.

Coordenação Geral de Relações Internacionais Site: www.cgri.ueg.br Espanha Estados Unidos Portugal

Canadá

Suiça

Bélgica

Suécia

China

Itália

BOLSAS O valor das bolsas variam entre R$ 400 e R$ 700. Confira quais são os tipos de bolsa oferecidas: Permanência – Voltada a estudantes cujas condições de vulnerabilidade socioeconômica possam interferir na continuidade das atividades acadêmicas. Ações Extensionistas – Integra estudantes às atividades da UEG voltadas à comunidade goiana. Desenvolvimento Institucional – Incentiva a atuação de estudantes nas atividades técnico-administrativas da UEG. Monitoria – Subsidia o estudante em suas dificuldades de aprendizagem, promovendo a interação acadêmica entre discentes e docentes. Central de Bolsas da UEG Site: www.ccb.ueg.br

Pró-Licenciatura – A bolsa aumenta o contato com atividades práticas de ensino. Iniciação Científica - A Iniciação Científica é o primeiro passo na carreira de um pesquisador. A bolsa te aproxima da produção científica e de eventos acadêmicos. Iniciação Tecnológica – A bolsa incentiva a produção de tecnologia e inovação, dando ao bolsista a oportunidade de levar suas produções a eventos da área. Mobilidade – Auxilia nos custos dos estudantes que desejam estudar em outra universidade brasileira.

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OPINIÃO

Anápolis, fevereiro-março de 2016

Por que fazer uma pós-graduação na UEG?

Foto: Arquivo pessoal

A professora da UEG e Coordenadora de Pós-Graduação Lato Sensu, Cristhyan Milazzo, lista cinco motivos pelos quais você deve fazer uma especialização na UEG

A realidade atual é clara, estamos na Era do Conhecimento, e o mundo assumiu uma trajetória acelerada de mudanças. Paradigmas do passado, como o de vermos apenas jovens sentados nos bancos escolares, ficaram ultrapassados. Definitivamente, a situação vivida hoje é bem diferente, e impõe uma regra básica: quem quer ter ou manter seu espaço nas organizações do século XXI precisa de continuidade acadêmica para se reinventar constantemente. Alcançar o aperfeiçoamento profissional lhe é exigido e é exatamente neste contexto que os cursos de pós-graduação Lato Sensu se destacam.

DEVO FAZER UMA

Nos últimos anos têm surgido, no Brasil, inúmeras alternativas e modalidades de cursos de pós-graduação lato sensu (MBA e especialização). Dentre os principais objetivos apontamos dois como principais: atender à demanda crescente de graduados e tecnólogos recém-chegados ao mercado de trabalho, que precisam mostrar um diferencial a curto prazo, ou ainda atender àqueles profissionais que, apesar de já possuírem experiência, pretendem evoluir e solidificar sua posição dentro da carreira escolhida. Neste contexto, a gestão de carreira se torna um processo que envolve fazer escolhas e tomar decisões apropriadas na vida profissional. Escolher uma pós-graduação não é uma tarefa simples, pois exige que o profissional tenha clareza sobre seus objetivos, sobre onde quer chegar e de que maneira este curso contribuirá para este percurso. Isto porque, na maioria das vezes representa elevado investimento financeiro, tempo e muito esforço. Porém ressaltamos que, atualmente, todos os cursos de pós-graduação Lato Sensu oferecidos pela UEG são gratuitos.

Profa. Cristhyan Martins Castro Milazzo Coordenadora da Pós-Graduação Lato Sensu da UEG

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Diante disso, fica claro o quanto é fundamental a educação continuada, pois o risco de nossa carreira se deteriorar é iminente. A formação acadêmica e o conhecimento intelectual são inalienáveis, para sempre nossos. São eles que, acompanhados de princípios morais e éticos, conferem a base para que possamos viver e evoluir como profissional e como ser humano digno.

ANÁPOLIS

CONFIRA NOSSAS PÓS-GRADUAÇÕES

LATO SENSU

PRESENCIAIS OFERECIDAS

EM 2016

Atualmente há 30 pós-graduações institucionais em andamento, atendendo cerca de 1.200 profissionais de todo o Estado.

•Linguagens e Educação Escolar

Câmpus de Ciências Socioeconômicas e Humanas

CALDAS NOVAS

•Gestão de Negócios com ênfase em Finanças Corporativas

CRIXÁS

•Educação, Tecnologias e Produção do Conhecimento

IPORÁ

•Ordenamento Ambiental e Desenvolvimento Sustentável •Letramento, Produção de Sentidos e Escrita

•Agroecologia e Educação

•Gestão em Saúde

JUSSARA

•Literatura Infantil e Juvenil: Práticas de leitura e Ensino •Formação Docente Interdisciplinar: Diversidades Goianas

INHUMAS

PORANGATU

•Educação e Linguagens *Dados da Coordenação Lato Sensu da PrP|UEG

NETWORKING

A ampliação da rede de contatos e relacionamentos profissionais, também chamada de networking, pode lhe garantir boas oportunidades de empregos e negócios. Lembre-se que o bom relacionamento com seus colegas pode garantir futuras indicações.

AMPLIAÇÃO DA PERCEPÇÃO SOBRE O MERCADO DE TRABALHO Diálogos e trocas de experiências contribuem para ampliar sua percepção de carreira. A escolha de cursos transdisciplinares, por exemplo, podem ajudá-lo a criar um novo foco de atuação, seja para mudar de emprego, seja para enfrentar novos desafios.

VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL PELA SUA CARREIRA É comum culparmos os outros pelo nosso sucesso ou fracasso. Cabe a você definir os rumos do seu futuro e a escolha de uma boa especialização pode ser uma oportunidade de virada para o sucesso.

POSSE

•Estudos Literários

QUIRINÓPOLIS

SANCLERLÂNDIA

ITUMBIARA

PIRES DO RIO

•Linguagem, Cultura e Ensino

RECONHECIMENTO

Pode ser de dois tipos: a promoção de cargo ou o aumento salarial. Em ambos os casos o profissional com pós-graduação se coloca à frente, pois se mostra engajado em sua carreira.

•Docência Universitária

GOIÂNIA ESEFFEGO

Com uma especialização ou MBA você torna seu currículo mais competitivo. Concorrer com vantagem em qualquer processo seletivo deve ser meta constante em sua carreira profissional.

ITAPURANGA

•Ensino em Matemática •Cultura, Identidade e Religião

•Fisioterapia Esportiva •Movimento Humano

MAIS CHANCES DE CONSEGUIR UM EMPREGO

•Educação para as Ciências e Humanidade

•Literatura e Mídias Contemporâneas

FORMOSA

PARA CONQUISTAR

SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA

•Educação, Formação Docente e Linguagem

SANTA HELENA DE GOIÁS

•Gestão Estratégica nos Agronegócios e suas Tecnologias

SENADOR CANEDO

•Gestão Estratégica em Logística

SILVÂNIA

•Planejamento em Gestão de Negócios

URUAÇU

•Ensino de História


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UNIVERSIDADE

EM MOSAICO

Anápolis, fevereiro-março de 2016

Novos idiomas fazem melhores profissionais Dedicar-se ao estudo de línguas estrangeiras pode ser o primeiro passo para a trajetória profissional dos seus sonhos

“COM CERTEZA TER APRENDIDO INGLÊS FEZ TODA A DIFERENÇA. E AGORA, EU PENSO NO

Por Stephani Echalar

FUTURO E QUERO SEGUIR CARREIRA ACADÊMICA,

Com a escassez de profissionais capacitados, dedicar-se ao estudo de uma língua estrangeira se tornou um diferencial importante que pode abrir portas em um mundo cada vez mais conectado. Ainda que o conhecimento de outro idioma não seja parte integral do trabalho, mostrar ao empregador que domina línguas estrangeiras demonstra comprometimento e pode colocar o candidato à frente no processo de seleção. Segundo pesquisa feita em 2014 pelo serviço de classificados de empregos online, Catho, apenas 27% dos brasileiros dominam em algum nível o Inglês. A pesquisa que avalia o perfil dos profissionais brasileiros também constatou que apenas 13,4% dos profissionais conseguem se comunicar em Espanhol. “O domínio de línguas estrangeiras é um diferencial. Vivemos numa sociedade globalizada e o uso de mais de um idioma é muitas vezes determinante para a ocupação de uma vaga de trabalho”, aponta a consultora de carreiras da Prospecta Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, Mara Suassuna. Mas não vale sair se matriculando em qualquer curso e não se deixe enganar pelos anúncios de aprendizado rápido – estudar uma língua estrangeira exige tempo e dedicação. Segundo a consultora, para a estratégia dar resultado é necessário ter em mente os objetivos estipulados para a carreira. “É importante que a escolha do idioma esteja associada com os interesses profissionais do candidato. Ter o domínio de um idioma não é uma questão de modismos e sim de gerar valor ao plano de carreira, por isso é importante verificar quais são as metas e assim proceder a escolha do idioma a ser estudado”, explica.

Pensando no futuro A estudante de Letras da UEG Câmpus Morrinhos, Carmem Xavier, estuda Inglês no Curso de Língua Aberto à Comunidade (CLAC), oferecido pelas ações do Centro

FAZER MESTRADO E OUTROS CURSOS FORA” Andressa Silva, estudante de Enfermagem do câmpus Ceres

Foto: Nabyla Carneiro

de Idiomas da Universidade em seu câmpus. Já no final do curso - e perto de conquistar o objetivo de compreender as letras das músicas que tanto gosta - ela lembra que buscou as aulas para garantir um melhor posicionamento no concorrido mercado de trabalho. “Na concorrência do mercado vence quem está mais atualizado e permanece quem tem melhor preparo. Vejo que o curso irá, sem dúvidas, ter um papel fundamental na minha carreira”, conta Carmem. A estudante de Enfermagem do Câmpus Ceres, Andressa Silva, acabou de chegar dos Estados Unidos, onde fez intercâmbio na Universidade Loyola de Chicago. De acordo com ela, o fato de ter estudado inglês por 6 anos foi fundamental para que conseguisse o intercâmbio. “Com certeza ter aprendido inglês fez toda a diferença. E agora eu penso no futuro e quero seguir carreira acadêmica, fazer mestrado e outros cursos fora”, explica Andressa que conclui afirmando que todo estudante universitário deve buscar maneiras de se aprimorar em um idioma estrangeiro.

Centro de Idiomas da UEG O Centro de Idiomas (CI) é um programa da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis (PrE|UEG) que regulamenta ações que envolvem o ensino de idiomas.

que vão desde cursos de Língua Portuguesa e produção textual a aulas de idiomas como Espanhol, Inglês, Francês, Alemão e LIBRAS. Em 2015, foram mais de 25 mil pessoas atendidas pelas ações. Segundo o coordenador do programa, José Henrique Machado, todos podem participar dos serviços ofertados pelo CI. Os interessados podem se informar a respeito do período de matrículas e horários dos cursos no câmpus de sua cidade. Informações a respeito dos cursos oferecidos pelo Centro de Idiomas da UEG podem ser encontradas no site da PrE, www.pre.ueg.br.

Se interessou pelos Centros de Idiomas da UEG? Então visite a página da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis (PrE) e saiba quais câmpus abrigam os CIs. São 32 centros com aulas de idiomas, literatura e técnicas de redação. Cada um tem seu próprio calendário com período de matrículas específico. Para mais informações entre em contato pelo telefone (62) 3328-1103, ou visite o site www.pre.ueg.br.

Atualmente, 32 câmpus oferecem ações ligadas ao CI,

Aprendizado na palma da mão Confira alguns aplicativos para celular que podem auxiliar no aprendizado de novos idiomas:

Disponível na web e como aplicativo para os sistemas Android e IOS, é um dos mais populares para estudar outra língua. Oferece as opções de espanhol, francês, inglês e alemão. Totalmente gratuito, divide o aprendizado por níveis e temas, como saudações, verbos e comidas

O aplicativo é oferecido para os mesmos sistemas operacionais, mas não tem versão web. O Babbel disponibiliza 12 opções de idiomas para estudo, como italiano e turco. Disponível em versões paga e gratuita

Com quase 150 mil downloads na Play Store, o Busuu ensina diversos idiomas a partir de situações do dia a dia. As lições são dividas em temas como “no trabalho”, ou “encontrando os amigos”. Entre as opções de línguas estão .espanhol, francês, inglês e alemão

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jornal UEG

PERFIL

Anápolis, fevereiro-março de 2016

Por uma nova maneira de enxergar o mundo A história de sonhos e determinação de duas jovens do Câmpus Posse mostra como a UEG oferece novas oportunidades às comunidades interioranas Por Bárbara Zaiden Fotos: Barbara Zaiden

Por todo o interior de Goiás existem jovens de famílias de baixa renda que têm imensa vontade de mudar suas realidades por meio de um curso superior. Muitos deles abdicam deste sonho por falta de condições financeiras para estudar em uma universidade particular ou se mudar para os grandes centros. Prestes a completar 17 anos, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) foi criada com o intuito de oferecer oportunidade à população do interior goiano. Agora, pessoas como Leilaine Gomes da Rocha e Reilma Souza não precisam se sacrificar financeiramente ou desistir do Ensino Superior, pois em Posse, cidade onde residem, a UEG oferta, gratuitamente, quatro cursos. “Eu me lembro até hoje que eu era louca para me ‘formar’ no Ensino Médio. Com o passar do tempo, [o mundo] foi evoluindo e hoje o que importa é ter Ensino Superior. Foi por essa necessidade de estar em evolução que eu entrei na UEG”, relembra Reilma, egressa do curso de Matemática do Câmpus Posse.

Superar obstáculos Os caminhos de Reilma e Leilaine não foram fáceis, mas mesmo tão jovens, aos 21 e 19 anos, respectivamente, elas se mostram mulheres fortes e determinadas a alcançar seus objetivos. Em comum, além da força de vontade, as duas têm a paixão pela leitura. As estudantes do Câmpus Posse entraram na UEG por meio do Sistema de Avaliação Seriado (SAS). Mas, estudiosas como são, foram aprovadas também no Vestibular da Instituição.

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A princípio, Reilma precisou conciliar os estudos do curso de Matemática com a rotina de professora em uma

escola da zona rural do município, de onde também é egressa. Após conquistar seu diploma na UEG assumiu a sala de aula em um colégio de Posse. Leilaine está no segundo ano de Tecnologia em Produção de Grãos e quando não se dedica à leitura, passa as horas livres refazendo cálculos das disciplinas ou ministrando aulas particulares.

A porta de entrada Hoje, Leilaine sonha em complementar sua carreira acadêmica ao ingressar no curso de Agronomia oferecido pelo câmpus Ipameri da UEG. Enquanto isso, Reilma ministra aulas para o Ensino Médio, sempre aprendendo e ensinando aos seus alunos, em uma infinita troca de conhecimentos. Reilma explica que a UEG foi sinônimo de transformação em sua vida. “A gente sai de um mundo pequeno na cabecinha, onde tudo é bonitinho. Quando chegamos aqui vemos que não é assim e temos que nos adequar a essa realidade. Quando você se adequa, evolui como ser humano”, afirma a jovem, mostrando que aprendeu muito além da matemática na UEG. A força de vontade para buscar novos caminhos é marca forte da jovem Leilaine, que entrou na UEG aos 17 anos de idade. Para ela, a facilidade de ter acesso a um curso de qualidade em sua cidade foi fator determinante. “A UEG é meu futuro, é uma porta, um caminho para eu melhorar de vida, porque eu não tenho uma vida fácil. Se eu não tivesse entrado na universidade assim que saí do Ensino Médio, acho que eu não voltaria a estudar depois. A UEG é o primeiro degrau pra que eu possa, realmente, alcançar meus objetivos. É a minha porta de entrada”, explica a jovem, que tem como objetivo principal ser um nome de referência na área de Ciências Agrárias.

“QUANDO CHEGAMOS NA UNIVERSIDADE, A GENTE TEM QUE SE ADEQUAR A ESSA NOVA REALIDADE, E QUANDO ISSO ACONTECE A GENTE EVOLUI COMO SER HUMANO” Reilma Souza, Graduada em Matemática

”A UEG É MEU FUTURO, O PRIMEIRO DEGRAU PRA QUE EU POSSA, REALMENTE, ALCANÇAR MEUS OBJETIVOS E MELHORAR DE VIDA” Leilaine Leilaine Gomes Gomes da da Rocha, Rocha, 2º 2º ano ano de de Tecnologia Tecnologia em em Produção Produção de de Grãos Grãos


jornal UEG Anápolis, fevereiro-março de 2016

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llecar doso GOIÂNI A

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jornal UEG

UEG EM

FOCO

Anápolis, fevereiro-março de 2016

Por Péricles Carvalho

Biossegurança em Estética e Cosmética Foto: Lia Belo

Pesquisa inédita coordenada pelos professores do curso de Estética e Cosmética do Câmpus Laranjeiras da UEG, Hermínio Sobrinho e Luciana Lara Ferreira, avaliou o conhecimento e adesão a práticas de Biossegurança por profissionais da beleza de Goiânia e outros 12 municípios da região metropolitana. O trabalho foi publicado na Journal of the Health Sciences Institute. Ao todo, 378 profissionais responderam a 34 questões de natureza clinico-epidemiológica. Na avaliação geral do conhecimento sobre infecção, inflamação e doenças infecciosas percebeu-se conhecimento insuficiente/ insatisfatório por 52,1% profissionais entrevistados. Os resultados deste estudo reforçam a necessidade de um processo de educação prática e orientada em saúde. Constatou-se a falta de treinamento, conscientização e supervisão, principalmente para manicures e cabeleireiros, em relação à adesão e cumprimento das práticas de biossegurança para prevenção de doenças infecciosas em estabelecimentos de beleza.

Foto: Ilustração/Google

Escola pública O professor do curso de História da UEG Câmpus Goiás, Rosivaldo Pereira de Almeida, teve trabalho publicado no II Colóquio Internacional de Ciências Sociais da Educação ocorrido em outubro de 2015 na cidade de Braga, em Portugal. O trabalho em questão, cujo título é Gestão do Fracasso Escolar: A escolarização de jovens pobres no Brasil. Um estudo com base na tese de Monica Peregrino e na Teoria de Pierre Bourdieu, discute problemas relacionados à escola pública brasileira.

Foto: UNAIDS Brasil

Terapia antirretroviral A professora do curso de Farmácia do Câmpus Itumbiara da UEG, Anna Paula de Sá Borges, apresentou em Ribeirão Preto (SP), um pôster do trabalho de iniciação científica intitulado: Terapia antirretroviral em pacientes com HIV/AIDS e adesão ao tratamento medicamentoso. A apresentação da pesquisa foi realizada no 12º Congresso Internacional de Ciências Farmacêuticas (CIFARP), organizado pela Universidade de São Paulo (USP). O trabalho coordenado por Anna Paula foi realizado em Itumbiara e teve participação das discentes Ironice Faria de Sousa e Lívia Maria Fernandes.

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Ditadura Militar

Academia de Letras

O professor da UEG, Eduardo Henrique Barbosa de Vasconcelos, do curso de História do Câmpus Quirinópolis, teve trabalho publicado na revista italiana Diacronie: Studi di Storia Contemporanea. Seu artigo, escrito em parceria com a pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ana Soares, discute a relação de folcloristas brasileiros e o governo militar no Brasil. O título do trabalho, que pode ser encontrado em Italiano no site da publicação (www.studistorici.com), é Folclore e Políticas Culturais no Brasil nos anos Sessenta e Setenta, durante a Ditadura Civil-Militar.

O professor da UEG do Câmpus Luziânia, Marcelo Duarte Porto, assumiu, em setembro de 2015, a titularidade da cadeira XXXV na Academia de Letras de Brasília, cujo patrono é Monteiro Lobato. Docente no curso de Pedagogia, o professor foi empossado em evento ocorrido na Embaixada de Portugal, em Brasília. Com cinco livros publicados, Marcelo Porto afirma que esta é uma oportunidade de divulgar a UEG e estabelecer diálogo com membros da Academia Brasileira de Letras. “Além disso, assumo o desafio de produzir literatura, no campo poético”, ressalta ele.


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