Jornal UEG | Edição 20 | agosto-setembro | 2016

Page 1

jornal UEG Jornal da Universidade Estadual de Goiás I Ano 3 - Nº 20 | agosto-setembro / 2016

Cultura popular viva e preservada

UEG participa de encontro anual dos povos tradicionais do Cerrado que há 16 anos se reúnem na Chapada dos Veadeiros promovendo festas manifestação culturais e trocas de sabere

Gestão Redução de custos pág. 3 Pesquisa da UEG que envolve professora e alunos e analisa o consumo de lâmpadas fluorescentes e LED a fim de viabilizar a economia de recursos da Universidade

UEG em contexto Conscientização ambiental pág. 8 Professora do Câmpus Henrique Santillo estuda o reaproveitamento de materiais a partir da fabricação de papel produzido por fibras de bananeira

Perfil Educação inclusiva pág. 9

Estudante da UEG se inspira em sua própria história para alcançar a meta de educar crianças surdas


EDITORIAL

Por

EXPEDIENTE

jornal UEG Anápolis - Goiás, abril-maio de 2016 Ano 3, Nº 18

CENTRO DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL

REITOR Haroldo Reimer

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL Marcelo Costa

VICE-REITORA Valcemia Gonçalves de Sousa Novaes CHEFE DE GABINETE Juliana Oliveira Almada PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO Maria Olinda Barreto PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Ivano Alessandro Devilla PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO, CULTURA E ASSUNTOS ESTUDANTIS Marcos Antônio Cunha Torres PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E FINANÇAS Lacerda Martins Ferreira

EDITORA-CHEFE Bárbara Zaiden EDITORES Alisson Caetano Maria Clara Dunck REDAÇÃO Fernando Matos José Carlos Araújo Stephani Echalar REVISÃO Maria Clara Dunck DIAGRAMAÇÃO E ARTE Alyne Lugon Camila Morais Graziano Magalhães

FOTOGRAFIA Fernando Matos João Henrique Pacheco José Carlos Araújo Stephani Echalar DISTRIBUIÇÃO Jacqueline Pires Universidade Estadual de Goiás CECOM - Reitoria da UEG Rod. BR – 153, Quadra Área, Km 99 CEP: 75.132-903 / Anápolis – GO Tel. Geral: (62) 3328-1403 www.ueg.br Impressão: Gráfica Renascer Tiragem: 11.000 exemplares Universidade Estadual de Goiás Coordenação de Jornalismo Tel: +55 62 3328-1403 E-mail: jornalismo.ueg@gmail.com

/uegoficial /uegoficial @uegoficial


GESTÃO

Uma ideia

iluminada de

economia na UEG Estudo realizado pela UEG mostra viabilidade da troca de lâmpadas fluorescentes pelas LED. Atividade contou com participação de 13 estudantes Por José Carlos Araújo Em busca da redução de custos, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) prevê economizar até 60% com a troca de lâmpadas fluorescentes pelas lâmpadas Ligth Emitting Diode (LED ou diodo emissor de luz, em português). Essa é a conclusão da pesquisa Auditoria energética em sistemas de iluminação, realizada pela professora Maria Joselma de Moraes, do curso de Engenharia Agrícola do Câmpus Henrique Santillo, em Anápolis.

QUE COR DE LUZ ESCOLHER A boa iluminação aumenta o rendimento do trabalho e contribui para maior conforto, bem-estar e segurança. Escolha a melhor cor de lâmpada para cada ambiente.

O estudo, solicitado pela Reitoria da UEG, contou com a participação de alunos do oitavo e nono períodos. Também participaram estudantes da empresa júnior Sênior Agrícola e do Programa de Tutoria em Engenharia Agrícola, coordenado pelo pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PrP), professor Ivano Devilla.

Economia a longo prazo Segundo a professora Maria Joselma, se todas as lâmpadas de toda UEG fossem trocadas de uma vez, o custo seria pago em dois anos, com a economia de energia. Ela sugere, porém, trocá-las à medida que forem queimando. O custo de aquisição das 3.257 lâmpadas do prédio da Administração Central, por exemplo, seria de R$ 17,7 mil, no mínimo.

Ilumina de forma natural, sem interferir ou modificar as cores originais do ambiente.

AMARELA

Passa a sensação de ambiente quente, aconchegante e calmo. Indicado para salas de estar, quartos, hall e outros.

Durante 24 horas, foi avaliado o consumo das lâmpadas fluorescentes em cinco salas da Administração Central. Depois, com apoio da Coordenação de Manutenção, as duas lâmpadas fluorescentes com potência de 40w em cada luminária foram trocadas por LED de 18w. A lâmpada fluorescente custou R$ 5,50 a unidade. Com reator a R$ 21,50, somaram R$ 32,50 por luminária. A LED custou R$ 27,90 cada uma. Ou seja, as duas saíram por R$ 55,80, diferença de R$ 23,30 a mais. No entanto, as lâmpadas LED duram 50 mil horas, em média. Já as fluorescentes somam 10 mil. E ainda necessitam do reator, que precisa ser trocado a cada dois anos.

BRANCA

O projeto tem como meta ainda cumprir a determinação do Decreto Governamental de fevereiro de 2015, que estabelece medidas de contenção de gastos com pessoal e outras despesas na administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo do Estado de Goiás. Gerente de Convênios Acadêmicos e Captação de Recursos da UEG, Flori Júnior conta que uma das ações nesse sentido foi executada em parceria com o Centro de Comunicação Institucional (CeCom). Trata-se da divulgação, feita na edição de número 19 do Jornal UEG, da campanha sobre o uso consciente dos recursos da Universidade, como água, telefone e papel. Flori também explica que ainda estão previstas outras ações de conscientização da comunidade acadêmica para este ano.

AZUL

Sensação de ambiente frio, dinâmico e limpo. Indicado para cozinhas, banheiros e ambientes hospitalares.

Aplicação de teorias Outro benefício do projeto é sentido pelo grupo de alunos envolvidos. Alguns deles aproveitaram o tema para trabalhar também o conteúdo da disciplina Avaliação de Projetos Elétricos. “Foi uma ação científica, em que os alunos trabalharam com estudos e análises, buscando informações para atuarem como consultores”, explica a professora Maria Joselma. Marcos Ramos Ferreira, do décimo período de Engenharia Agrícola, atuou no trabalho, considerado por ele uma experiência prática. “Foi muito importante, porque mostrou que é possível buscar alternativas. Também foi muito bom atuar em uma ação de auditoria”, confirma.

VANTAGENS DA LED

A lâmpada LED é um semicondutor eletrônico que, ao ser energizado, emite luz visível.

EFICIÊNCIA - Emite mais luz com menos

energia (watt). Por exemplo: uma lâmpada LED de 7w substitui uma fluorescente compacta de 15w, sem perder a eficiência da iluminação.

DURABILIDADE - Média de até 50 mil horas. As fluorescentes duram em média 10 mil horas.

RESISTÊNCIA - A LED

CALOR E DANOS - Sem raios infravermelhos, o

oferece mais resistência a impactos, vibrações e variações de temperatura.

calor emitido pela LED é mínimo, evitando aquecimento dos ambientes e diminuindo o uso do ar-condicionado.


Pioneirismo em movimento

Na UEG, a Liga de Biomecânica marca um momento importante tanto para a Instituição quanto para o processo de criação de outras ligas acadêmicas em Goiás

Por Fernando Matos

No Câmpus Eseffego da Universidade Estadual de Goiás, em Goiânia, estão em atividade sete ligas acadêmicas. Iniciado em 2007 com o nome Liga de Marcha, esse grupo pioneiro desenvolve importantes trabalhos na área de movimento humano, sob a supervisão da professora Flávia Martins Gervásio. Antes da criação da Liga de Biomecânica da UEG, as únicas ligas existentes no Estado de Goiás estavam vinculadas à Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Jornal UEG: Como surgiu a Liga de Biomecânica? Flávia Martins: Ela surgiu em 2007, na Eseffego, com o nome de Liga de Marcha, a partir da sugestão de estudantes de Fisioterapia que me procuraram. O foco das minhas pesquisas são os laboratórios de movimento, então nós fundamos essa que foi a primeira liga acadêmica da UEG. Guilherme Augusto: Em maio de 2015 eu participei do XVI Congresso Brasileiro de Biomecânica, em Florianópolis. Nesse evento eu tive a oportunidade de conhecer mais de perto a Sociedade Brasileira de Biomecânica, e logo me associei a ela. Nessa troca de informações sugeriram a alteração do nome da Liga de Marcha para liga de Biomecânica ampliar o campo de estudo e, assim, inseri-la na sociedade. Jornal UEG: Como a Liga de Biomecânica auxilia na formação dos acadêmicos? Flávia Martins: O diferencial das ligas é a oportunidade de os alunos desenvolverem autonomia em suas formações acadêmicas e profissionais. Elas também oferecem a possibilidade de ir além do conteúdo da grade do curso, o que leva os acadêmicos a terem uma visão mais ampla sobre o tema ao qual se dedicam. Marília Cabral: A Liga é importante na vida acadêmica porque amplia o conhecimento sobre nossa futura área de atuação. Além disso, é mais uma porta de inserção para a participação em projetos de pesquisa e extensão.

Aferição de movimento do corpo humano

“A biomecânica é uma área que se dedica ao estudo dos movimentos do corpo humano. Em saúde, nós a utilizamos para aferir as medidas do movimento humano e consequentemente desenvolver ferramentas para prevenção, tratamentos clínicos e reabilitação de pacientes com lesões, por exemplo”, afirma a professora.

Fotos: Fernando Matos e Arquivo da Liga de Biomecânica

Estudantes que fazem parte de uma liga acadêmica têm a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos em temáticas específicas de suas áreas, já que são os próprios acadêmicos os responsáveis pela definição do conteúdo programático, pelos projetos de pesquisa e pelas ações extensionistas que farão parte dos trabalhos da liga.

Jornal UEG: Como se dá a atuação da Liga de Biomecânica? Flávia Martins: A Liga possui um calendário de atividades que é composto por aulas de aprofundamento, ministradas por professores da UEG e de outras instituições. Essas atividades incluem a realização de pesquisas, congressos e espaços de debate, além de ações extensionistas.

Laboratório de Movimento Dr. Claúdio de Almeida Borges, da UEG Câmpus Eseffego

Guilherme Augusto: Nós desenvolvemos pesquisas no Laboratório de Movimento, além de representarmos a UEG em ações realizadas localmente junto à comunidade. Em julho nós realizamos o Iº Congresso Centro-Oeste de Biomecânica, em Goiânia. Esse conjunto de ações mostra o amadurecimento da Liga. Marília Cabral: Nós fazemos avaliações de postura, equilíbrio, baropodometria – que é forma como a pessoa pisa –, avaliações de movimentos e também trabalhamos com a prevenção de lesões. Tudo isso de forma gratuita, em nosso laboratório. Flávia Martins: Nós também temos importantes parcerias com pesquisadores externos, como o trabalho conjunto entre nosso Laboratório de Movimento, da UEG, e o Laboratório de Bioengenharia e Biomecânica, gerido pelo professor Marcus Fraga, da UFG.

E para nos contar um pouco mais sobre a organização, a rotina e os trabalhos desenvolvidos pela Liga de Biomecânica, além da professora Flávia Gervásio, supervisora do grupo, o Jornal UEG bateu um papo com Marília Cabral de Sousa, acadêmica do 7º período de Fisioterapia, e Guilherme Augusto dos Santos, pesquisador colaborador do Laboratório de Movimento Dr. Claúdio de Almeida Borges, da Eseffego. Confira a entrevista a seguir. Jornal UEG: O que é uma liga acadêmica? Marília Cabral: É um grupo de acadêmicos ligado a uma instituição de ensino superior com foco no aprofundamento teórico e prático de alguma área de atuação do curso, além de ser fundamentado no tripé ensino, pesquisa e extensão. Assim, as ligas oferecem aulas de aprofundamento no tema que elas se propõem estudar – no nosso caso, a biomecânica. A partir daí, desenvolvemos projetos de pesquisas e atuamos junto à comunidade. As ligas são geridas por diretorias formadas por acadêmicos, que são acompanhados por um professor.

Professora Flávia Gervásio e estudantes participantes de ligas no Cãmpus Eseffego, em Goiânia.


jornal UEG

UEG EM CONTEXTO

Anápolis, junho-julho de 2016

Diversão educativa em defesa do meio ambiente Por José Carlos Araújo

Alunos do curso de Sistemas de Informação participam de projeto criando jogos para smartphones e tablets que ajudam a preservar a natureza e combater doenças como a dengue Se aprender é bom, imagine fazer isso se divertindo. Foi com essa proposta que o professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG) Ronaldo Del-Fiaco assumiu, em 2014, o projeto de pesquisa Software educativo e educação ambiental: um estudo aplicado, realizado pela Universidade em parceria com a Ambev. O resultado pode ser constatado nos jogos Não Fique Parado e, principalmente, Garbage Collector (Coletor de Lixo, na tradução para o português). Os jogos foram criados por alunos bolsistas do curso de Sistemas de Informação do Câmpus Henrique Santillo, em Anápolis, sob coordenação do professor Del-Fiaco. São eles André Vitor Freire, Jonas Gomes de Souza e Bruno Ferreira Passos, do 4º período; e Nicolas Romário de Oliveira, do 3º ano. Bruno é desenvolvedor e designer, e os demais cuidam da programação dos jogos, que podem ser baixados gratuitamente na Play Store do Google, onde Garbage Collector soma mais de cem downloads. Nicolas participou da criação de Garbage Collector como desenvolvedor. O jogo também é assinado por Eduardo Marques, que não faz mais parte do projeto. Jonas, Bruno

e André atuaram na elaboração do Não Fique Parado e na migração de Garbage Collector de computadores para smartphones e tablets. Nos dois jogos, sobressai o objetivo educativo. Segundo o professor Ronaldo Del-Fiaco, por semana, cerca de 300 alunos do ensino fundamental e básico da rede pública têm contato com os jogos no Planetário de Anápolis.

Baixar o aplicativo Para que chegassem ao Planetário, os jogos foram apresentados à Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Anápolis. A receptividade foi total, segundo Del-Fiaco, pois eles combinavam com o ambiente criado no Planetário, onde são apresentados às crianças em tablets. Vale lembrar que as escolas interessadas podem baixar os jogos de forma gratuita. No Planetário, enquanto parte das crianças faz a visita educativa ao espaço, os demais ficam jogando. E viceversa. Foi nesse momento que o projeto observou a reação dos estudantes. “Deu pra sentir a empatia e o interesse”, conta Del-Fiaco, ao ressaltar que já está em planejamento uma pesquisa qualitativa sobre a aceitação dos produtos. O jogo que mais caiu na preferência da garotada foi Garbage Collector, cuja primeira edição saiu há um ano. No jogo, o desafio é colocar, em até 14 segundos, o máximo de resíduos em uma das lixeiras apropriadas (para plástico, papel, metal, vidro e orgânico).

NOS DOIS JOGOS, SOBRESSAI O OBJETIVO EDUCATIVO, ALCANÇADO PRINCIPALMENTE PELO GARBAGE COLLECTOR (COLETOR DE LIXO, NA TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS) mosquito da dengue, da febre amarela e do zika vírus. Com o lixo descartado corretamente, o Aedes aegipty terá mais dificuldades para formar criadouros.

Alunos desenvolvedores visam mercado internacional Não é só na criação dos jogos que está a sintonia dos alunos do projeto Software educativo e educação ambiental, desenvolvido pela UEG. Todos pretendem fazer carreira no mercado internacional. “A procura lá fora é muito grande”, diz André. Com acenos de cabeça, concordam Bruno, Jonas e Nicolas. “Aqui é nosso pontapé inicial”, continua André. “Temos uma oportunidade de conciliar teoria e prática, além de mantermos contato com o usuário”, acrescenta Jonas. O professor Ronaldo Del-Fiaco aprova as ambições dos estudantes sem deixar de destacar a importância acadêmica dos trabalhos: “Esse projeto contribui efetivamente com os três pilares da UEG, que são ensino, pesquisa e extensão. Assim, fazemos uma devolução à sociedade”, finaliza.

Dengue Não Fique Parado, por sua vez, é voltado para o combate à dengue. “Todos os nossos produtos têm como temática o meio ambiente”, explica o professor. Dessa vez o públicoalvo são adultos, e seu princípio básico é oferecer tarefas que devem ser feitas por quem joga, como, por exemplo, encontrar potenciais criadouros do mosquito Aedes aegipty. Alunos da rede municipal de Anápolis jogam o Garbage Colector, durante visita ao planetário

Já Garbage Collector é um jogo que diverte mais, sem deixar de cumprir o propósito de ensinar o descarte correto de lixo. Assim, também ajuda a combater o

Para baixar os jogos Acesse o Google Play do celular ou tablet e pesquise:

Gabage Colector

Não fique parado

BAIXAR

BAIXAR


jornal UEG

UNIVERSIDADE

EM MOSAICO

Anápolis, outubro-novembro de 2015

Ao encontro Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros aproxima as diversas raízes culturais dos povos do cerrado Por Stephani Echalar Assim como as árvores tortas e teimosas que resistem ao solo ácido e ao clima seco, os povos que fincaram suas raízes no Cerrado insistem em desafiar o tempo e as mudanças que sua paisagem traz. É graças a essa teimosia que, ainda hoje, podemos ver as mulheres quilombolas dançando sua sussa, ou o povo Yawalapiti homenageando os entes perdidos com a festa do Kuarup. Há 16 anos, diversos grupos se reúnem no Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros. Organizado pela Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, o evento é realizado na pequena Vila de São Jorge, em Goiás, com suas ruas de terra marcando a entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.

necessidade de criar o Encontro de Culturas. E disso saíram discussões sobre políticas públicas que favoreçam povos e comunidades tradicionais”, conta Juliano.

Universidade que se junta e se mistura

“O ENCONTRO DE CULTURAS É UM APRENDIZADO DA RIQUEZA QUE NÓS TEMOS NO BRASIL E QUE INFELIZMENTE NÓS NÃO DEMOS VALOR A ISSO DURANTE MUITOS ANOS. EU ACHO QUE O ENCONTRO MOSTRA E NOS FAZ REPENSAR NOSSAS RAÍZES, QUEM NÓS SOMOS”

2

Neste ano, o Encontro de Culturas contou com uma nova parceira: a Universidade Estadual de Goiás (UEG), que está inserida nas tradições e nos costumes dos povos do Cerrado por meio dos seus vários projetos de pesquisa e de extensão. Para além deles, o evento proporcionou à UEG entrar em contato com a trajetória e os desafios desses povos nas rodas de prosa, reuniões entre lideranças comunitárias e oficinas.

Lorena Borges é assessora Dentre os de participantes Juliano Bastos, coordenador do Encontro de Culturas de Cultura da Pró-Reitoria de do Encontro de Culturas Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis (PrE) – órgão conta com grupos de folia, congadas, comunidades que representou a UEG no evento. Segundo ela, a quilombolas e diversas etnias indígenas de todo o país. Instituição se viu no dever de apoiar o festival quando O espaço também recebe festas tradicionais da região soube da falta de incentivo. “A extensão produzida na Centro-Oeste, como a Caçada da Rainha, além de Universidade sai de dentro dela e vem para a Chapada sediar discussões sobre formas de manutenção dessas para trocar experiências e fazer a UEG pensar ainda manifestações e costumes, abordando temas como mais a cultura dentro da Instituição, incentivando novas economia, educação e políticas públicas. ações”, destaca. “A cultura é viva em todas essas comunidades tradicionais, “A gente acredita muito no processo educacional como mas estão sempre restritas às comunidades”, destaca transformador no Brasil”, confirma o coordenador do Juliano Bastos, presidente da Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge e coordenador do Encontro de Culturas. O evento foi criado para que essas manifestações ocupem espaço fora das comunidades, e que os povos entrem em contato uns com os outros. “Essa troca é salutar. Além das manifestações existirem dentro das comunidades, é muito bacana elas poderem se encontrar num novo espaço. Essa foi a ideia: a


jornal UEG Anápolis, outubro-novembro de 2015

do seu povo Fotos: Stephani Echalar

evento. Para Juliano, valorizar a cultura tradicional do país é uma forma de humanizar a formação de jovens. Após quase duas décadas realizando o evento, Juliano consegue facilmente apontar os resultados. “Os maiores resultados são imensuráveis, como a empatia do encontro e da troca que acontecem espontaneamente entre as comunidades tradicionais e os visitantes. E que provoca mudanças. A própria Universidade integrar os mestres dentro do seu currículo é uma nova maneira de ensino, que reconhece o saber desses mestres”. E a primeira participação da Universidade já gerou resultados. Na plenária quilombola, por exemplo, ficou acordado que a Coordenação de Cultura da PrE dará apoio aos kalungas – pertencentes à maior comunidade quilombola do Estado. Serão realizadas oficinas para viabilizar a participação dos povos da comunidade em editais de apoio à cultura.

Quilombo adentro Durante as duas semanas do Encontro de Culturas, a equipe da UEG participou de rodas de conversa sobre educação para povos tradicionais, empoderamento da juventude negra, além de ter realizado oficinas sobre saberes quilombolas e promovido a exibição de filmes. A Universidade tem uma estreita relação com o Cerrado, que cerca seus câmpus e suas comunidades. Por isso, criou o mestrado em Territórios e Expressões Culturais do Cerrado (Teccer), voltado para estudos sobre o bioma e abordando as tradições culturais. O programa de Recursos Naturais do Cerrado também abre espaço para pesquisadores interessados no tema, nas modalidades mestrado e doutorado.

Entre a programação levada pela UEG, estava a oficina ministrada pelo professor Fernando Bueno, mestre em Territórios e Expressões Culturais do Cerrado pela Instituição, acompanhado pela professora Júlia Morais, professora no curso de História do Câmpus de Ciências Sócioeconômicas e Humanas, em Anápolis.

“A UEG VEIO PARA O ENCONTRO PARA TROCAR EXPERIÊNCIAS. O MAIS IMPORTANTE É CONHECER, NÃO É APENAS ENXERGAR OS POVOS E AS TRADIÇÕES COMO ALGO EXÓTICO. ESSA AQUI É A POPULAÇÃO, NÓS SOMOS O POVO BRASILEIRO: OS NEGROS, OS ÍNDIOS”

E por que realizar uma oficina voltada aos costumes dos grupos quilombolas? “Toda a dinâmica quilombola é baseada em saberes e Lorena Borges, assessora de cultura da PrE|UEG fazeres que resultam de memórias. Quando assistimos à sussa dos kalungas, percebemos que isso foi repassado a cada nova geração”, explica o professor. Em seu trabalho de mestrado, Fernando pesquisou a Associação Quilombola Jardim Cascata, onde conheceu a Dona Lúcia. Maria Lúcia das Dores é presidente da Associação e foi convidada pela Universidade a participar do Encontro de Lideranças Quilombola, que compôs a programação do evento. Com o microfone na mão, Dona Lúcia lembrou aos outros participantes que os povos quilombolas têm direitos garantidos e devem lutar por eles. “É muito longa a nossa luta, são muito longas as nossas dificuldades”, lembra. A construção de casas para os moradores do bairro é uma das conquistas já alcançadas pela Associação. “Desde que a gente foi reconhecido como comunidade quilombola, diminuiu a dificuldade com algumas coisas. A gente não precisa mais tolerar discriminação no trabalho e na rua”, conta. Para a líder comunitária, participar do Encontro de Culturas é uma oportunidade de resgatar a prática de colocar as comunidades em diálogo. “Até uns anos atrás, nós tínhamos muito contato com outras comunidades quilombolas. Tínhamos o Encontro Afro, um evento na cidade de Goiás, e todos os quilombolas iam. Era a cidade dos negros naquele momento. Mas depois nunca mais teve um encontro de matrizes africanas assim”, encerra Dona Lúcia.

3


Alma de educador

Inspirado na própria história e na de crianças surdas, Túlio Henrique, de 21 anos, graduado em Matemática na UEG, faz da vocação pela educação inclusiva uma de suas principais metas Por José Carlos Araújo Perseverança, solidariedade e maturidade foram as palavras que me vieram à cabeça para escrever esta breve história sobre Túlio Henrique Barbosa Goulart, 21 anos. Recém-graduado em Matemática, no Câmpus Quirinópolis da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Túlio trabalha na Usina São Francisco, no mesmo município. Começou aos 16 anos e tinha consciência de que só permaneceria lá se correspondesse às expectativas. Não teve erro. Dois anos depois, estava contratado como auxiliar administrativo.

Foi com a ajuda da professora do curso de Matemática da UEG Cleibiane Rodrigues dos Santos que conversei com Túlio, no Departamento de Contabilidade da empresa. Ela trabalha como intérprete da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e acompanhou o rapaz nos quatro anos de sua graduação. Até 2017, ela será também a voz e os ouvidos de Túlio no Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Educação para as Ciências e Humanidades, também na UEG. Ele é um jovem com deficiência auditiva.

O que não garante que vá deixar a empresa. “Gosto muito daqui, mas o futuro dirá”. Esse futuro aponta para o magistério, prevê a professora, com base também no tema da pesquisa pós-graduaçãode Túlio, que deve ser encerrada em fevereiro de 2017: inclusão de pessoas surdas na educação.

“QUERO AJUDAR ESSES ALUNOS, PARA QUE POSSAM APRENDER, SE FORMAR, SER ALGUÉM NA VIDA”

Gosto pelos números O certo é que a área do conhecimento em que Túlio pretende atuar é a matemática, pela qual tomou gosto nos primeiros anos de vida. Um tempo difícil. Embora os pais tenham descoberto a surdez de Túlio quando ele tinha um ano e meio, o menino passou o ensino fundamental sem comunicação plena na escola – mesmo usando um aparelho auditivo que, aos 8 anos de idade, abandonou, por ser ineficiente. “Era difícil, não sabia LIBRAS e, assim, não tinha comunicação”, lamenta.

Túlio Henrique Barbosa Goulart, 21 anos, Recém-graduado em Matemática

Para a professora, confirmo as informações do relato prévio feito pela mãe do rapaz, Adeilza Barbosa Goulart, trata-se de um rapaz focado, cujo sorriso e cumprimento inspiram confiança. Quando conta o motivo pelo qual se formou em Matemática, a empatia aumenta. Ele quer ser professor de crianças surdas. A vocação para o magistério, descobriu aos 19 anos, durante estágio de graduação. Foi quando percebeu a dificuldade de outros alunos surdos. Na época, atuou com um garoto que tinha dificuldade em matemática, e isso o sensibilizou. “Quero trabalhar com inclusão, ajudar esses alunos a se formarem, serem alguém na vida”, revela.

Mas ele insistia, utilizando como podia a comunicação escrita. Só que não gostava de Língua Portuguesa. Matemática era mais fácil. “Gosto desde criança”, reafirma. Sorte dele foi que, na Língua Portuguesa e nas demais disciplinas, a mãe estava sempre ao lado. Naquele tempo, Adeilza não trabalhava fora. Não era pedagoga, nem contava com a experiência de quatro anos como intérprete de LIBRAS e de dois ensinando crianças da rede pública municipal. Sem esse preparo, era guiada principalmente pelo instinto materno. Tanto ensinou que

aprendeu, sobretudo Libras. “Meu filho me incentivou a fazer o curso”, conta. Sempre levava o garoto. “Assim, aprendíamos juntos.” O resultado dessa cumplicidade, diz, vai além da educação formal. “Hoje, ele é muito dedicado”, elogia. E também “ajuizado”, emenda, ao contar que, por conta própria, Túlio quis trabalhar, aos 15 anos. Nessa idade, fez curso na Brigada Militar, porta de entrada para o estágio na usina. Entrou e ficou. Lá, reencontrou Liliane Barbosa, analista fiscal, que conhece Túlio desde quando ele era menino. “Era muito reservado, e gostava muito do meu avô, de quem era vizinho”, conta. Na empresa, continua, é muito esforçado. “Aprende com facilidade”, avalia a amiga, principal meio de contato de Túlio com os demais colegas. Ao confirmar ser mesmo “ajuizado”, Túlio conta que investe também no futuro financeiro. Seu salário é empregado em um projeto que vem sendo amadurecido desde que conheceu a noiva, também com necessidades educacionais especiais. É com ela que pretende construir uma nova história, no mais tardar, no fim do próximo ano. “Mas só depois que construir a casa”, deixa claro. Boa sorte.


Um papel importante Como a produção de papel artesanal leva à conscientização ambiental e promove discussões sobre consumo consciente Por Fernando Matos O reaproveitamento de materiais é uma temática que a cada dia ganha mais força na Academia. Impulsionados pela urgência em buscar soluções para os descartes, produzidos em escalas cada vez mais altas, pesquisadores e instituições têm centrado esforços no desenvolvimento de alternativas para minimizar os impactos ambientais originados pela produção de resíduos. “As pessoas precisam aprender a consumir de forma consciente”, afirma a professora Nília Lacerda, coordenadora do curso de Licenciatura em Química do Câmpus Henrique Santillo da Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Anápolis. Ela desenvolve pesquisas para fabricação de papel a partir da fibra da bananeira, o que deu origem ao trabalho Fibra de bananeira: um papel importante. O contato da professora com a técnica aconteceu enquanto lecionava Química para estudantes do ensino médio no Colégio Estadual Jardim América, em Goiânia. Foi quando ela procurou a Cooperativa de Reciclagem (Cooprec), na capital, a fim de aprofundar suas aulas sobre lixo, e conheceu o papel artesanal de bananeira. “A partir desse projeto, o interesse dos estudantes pela disciplina de Química aumentou. Foi um projeto importante”, analisa.

Papel artesanal Segundo Nília, a primeira vez em que fibras de bananeira foram utilizadas na produção de papel no Brasil datam de 1843, em Conceição da Bahia, para fabricação de papel-jornal usado na impressão de livros e periódicos. Em Goiás, ainda de acordo com seus levantamentos, as primeiras utilizações do material foram feitas pela artista Miriam Pires, que estuda o papel artesanal desde 1983. Abundante no país – veja os quadros abaixo –, a bananeira é matéria-prima barata e de fácil acesso. “É

O papel comum, como conhecemos hoje, é uma invenção chinesa que data do século II. Bem antes disso, quando o tempo ainda nem era contado em séculos cristãos, outras culturas já utilizavam suportes para a escrita. Placas de barro e metal, conchas, cascos de tartaruga, couro e tecido, são alguns exemplos de materiais que antecederam o papel.

um material de baixo custo e que depois de transformado em papel tem valor comercial agregado. Ele é utilizado principalmente em artesanato, como papel de luxo”, observa a pesquisadora. Ele explica que após a colheita da banana, o material é descartado e, se não tratado, pode gerar entre outros transtornos a proliferação de pragas danosas às áreas de cultivo. A produção do papel de bananeira segue as etapas de fabricação do papel artesanal comum: picar, cozinhar, preparar a massa e, por fim, retirar o material com as telas e colocar para secar. No processo, o uso de produtos químicos é bastante reduzido – diferente do papel comum. “A fabricação de papel comum utiliza muita água, além de produtos químicos que se não neutralizados causam danos seríssimos ao meio ambiente e à saúde”, explica Nília. Ela chama a atenção para o consumo exagerado de papel. “As pessoas usam uma quantidade absurda de papel, que depois é descartado, muitas vezes de forma errada, sobre o solo. Não se utiliza papel de forma inteligente”, atesta. Quando questionada sobre reciclagem de papel, Nília faz ressalvas. “O processo de reciclagem utiliza muita água. Há muito desperdício, já que depois essa água só poderá ser reutilizada se for tratada”, pondera. A professora trabalha com a intersecção entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente (CTSA), por isso defende que o enfoque é importante para que o processo de aprendizagem leve à reflexão sobre a realidade. “A questão ambiental é muito importante. Temos produzido muitos resíduos: o consumo é cada vez maior e, com isso, o descarte também. Buscar e incentivar técnicas de reutilização de fontes alternativas ajuda a minimizar esse processo. É importante que a Universidade debata essas temáticas, pois estamos formando profissionais que vão enfrentar essas questões – tanto profissional quanto pessoalmente”, observa.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a produção de bananas em julho deste ano foi de 6.855.169 toneladas. Esses números colocam o Brasil como um dos maiores produtores e consumidores mundiais da fruta. Consumida principalmente in natura, a fruta é utilizada em doces, farinhas e biomassa; e é rica em nutrientes como potássio, cálcio e vitaminas.


UNIVERSIDADE

EM MOSAICO

Folclore brincado Espaço UEG Cultural promove atividades gratuitas no período de férias criando vivências de cultura e socialização para crianças de Anápolis Por Alisson Caetano

“Na minha infância era só uma brincadeira, hoje o Golzinho é uma atividade folclórica”, conta Itevaldo José de Moraes, professor e coreógrafo do Espaço UEG Cultural. O que coloca o futebol de rua no campo folclórico é a noção de que ele não mais pertence ao cotidiano, mas sim a uma tradição. Segundo o professor, formado em Educação Física, o processo de desenvolvimento da criança ao longo da infância muda culturalmente. É no sentido de resgatar tradições que ele projeta as atividades voltadas ao público infantil do Espaço Cultural da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Com esse resgate em mente, abriram-se as portas do Espaço, entre os dias 11 e 15 de julho, para que crianças de Anápolis pudessem vivenciar uma colônia de férias que os distanciassem do computador, do celular e do sofá. O intuito foi aproximá-los de atividades culturais e, principalmente, de outras crianças.

pessoas acham que a Psicomotricidade trabalha só a questão motora infantil, do nascimento até os 8 anos. Mas a evolução motora tem tudo a ver com a formação da identidade social”, explica.

precisão, força, equilíbrio e percepção de espaço. “É preocupante perceber que a maioria das crianças não tem força ou resistência para essas brincadeiras. Muitas delas sequer sabiam o que era a amarelinha ou a estrelinha, por exemplo”, explica o professor.

Há interesse?

Após 20 anos catalogando as transformações na recreação infantil, Itevaldo comprovou mais uma vez que as crianças se interessam por essas atividades tanto físicas quanto culturais. “As crianças não fazem [as atividades] porque não existe a proposta. E o caminho não é negar a tecnologia, mas uni-la ao tradicional para que essa cultura não se perca e, principalmente, que se retome o aspecto da socialização no desenvolvimento infantil”, comenta.

Acompanhadas pelo professor Itelvaldo, crianças de 7 a 10 anos se juntaram no Espaço UEG Cultural desbravar o universo do folclore ao conhecer cantigas de roda e lendas: aprenderam trava-línguas, tiveram contato com musicalização e com jogos como damas, pega-varetas, ludo, amarelinha, boca de forno, adedonha e outros. As brincadeiras exigiram bastante da imaginação e do raciocínio, mas também do corpo. O professor propôs às crianças atividades físicas como estrelinhas, velas, pontes e cambalhotas. Isso para que também fossem trabalhados

Brincadeiras tradicionais, literatura, músicas e danças deram vida à programação de uma semana do projeto Férias Folclóricas.

Fotos: Stephani Echalar e Arquivo Espaço UEG Cultural

Professor Itevaldo trabalhou com crianças desde que assumiu salas de aula em 1984. O curso de especialização em Psicomotricidade o sensibilizou a colocar em prática a ressignificação do lazer cotidiano na infância. “As

Gente junta O projeto Férias Folclóricas propôs a socialização cultural e a interação entre as crianças ao longo da semana e mostrou que o lúdico atrai afeto em todas as fases da infância. Para além dos aprendizados sobre o nosso folclore, essas crianças levam do Espaço UEG Cultural noções da vida em sociedade. “A personalidade e outros aspectos sociais são fundamentais no lazer. Nessas brincadeiras e nessas trocas, você tem que lidar com a frustração, com a euforia, com a partilha, com a espera da sua vez. E a vida é isso”, elabora o professor. A programação do projeto se encerrou em uma semana, mas é o embrião de projetos futuros do Espaço. O Férias Folclóricas foi um laboratório que vai direcionar a criação do grupo Brasileirinho, que entrará para as atividades do Espaço UEG Cultural com o objetivo de trabalhar dança, canto e brincadeiras folclóricas em nível de apresentação.

O ESPAÇO UEG CULTURAL OFERECE DIVERSAS ATIVIDADES GRATUITAS COM INSCRIÇÕES A CADA SEMESTRE DANÇA: GRUPO FOLCLÓRICO BRASIL CENTRAL E GRUPO AIYÊ DE DANÇAS AFRICANAS TEATRO: GRUPO QUIARTE MÚSICA: CORAL UEG, TEORIA MUSICAL E HARMONIA FUNCIONAL MAIS INFORMAÇÕES PELO TELEFONE (62) 3324-0853 OU PELA PÁGINA WWW.FACEBOOK.COM/ESPACOCULTURALUEG

“ NESSAS BRINCADEIRAS E NESSAS TROCAS, VOCÊ TEM QUE LIDAR COM A FRUSTRAÇÃO, COM A EUFORIA, COM A PARTILHA, COM A ESPERA DA SUA VEZ. E A VIDA É ISSO” Professor Itevaldo José de Moraes, docente e coreógrafo do Espaço UEG Cultural


jornal UEG Anápolis, fevereiro-março de 2016

@debsk

arla Niquel ândia

kline k e u @jaqJaguará

c fot ompar t o em s s do d ilhe ia eu inst câmp a dia u a fac gram s no ebo e no o k #so c uue om g

@jem.xavier eseffego

achado m s y n n @de ndia Niquelâ

@helenruthferr Ceres

eira

@larissa henriqu e santil o 11

@marcos_mnj

Laranjeiras

@rafaelamaxiimo Quirinópolis

@samuelj

unior JATAÍ


jornal UEG

UEG EM

FOCO

Anápolis, abril-maio de 2016

3º Ifidevidula premia vencedores No dia 12 de agosto, a Vila Cultura Cora Coralina foi a sede da terceira edição do Festival Universitário de Videoclipes (3º Ifidevidula), realizado pelo Câmpus Laranjeiras da UEG, em Goiânia. Professor do Curso de Cinema e Audiovisual e coordenador do evento, Sandro de Oliveira afirma que há planos para a quarta edição, em 2017. Alunos da UEG receberam premiações de melhor vídeo, melhor enredo, melhor direção, melhor direção de arte e melhor atuação, entre outras.

Finanças Sociais e Negócios de Impacto O projeto Pró-Sol, do Programa de Incubadoras da Universidade Estadual de Goiás (Proin.UEG), participou do Fórum de Finanças Sociais e Negócios de Impacto. O objetivo do Pró-Sol é apoiar o desenvolvimento de empreendimentos sociais, no planejamento, na formação do processo produtivo e prospecção de recursos. O assessor administrativo Ewerton Costa representou o Proin.UEG no evento, realizado nos dias 3 e 4 de agosto, em São Paulo.

I Calourada Unificada da UEG A I Calourada Unificada do Diretório Central da Universidade Estadual de Goiás (DCE|UEG) foi realizada entre os dias 12 e 14 de agosto. Mais de 500 estudantes se reuniram no Câmpus Caldas Novas para as atividades. O presidente do DCE, Daniel Hipólito, conta que o evento superou as expectativas, com a presença de representantes de 21 câmpus da Universidade. I calourada da UEG contou com palestras, mesas-redondas, workshops e atividades culturais, como shows musicais. Ainda no encontro, foram sorteados cinco cursos pelo Sebrae.

12

Dia do Estudante

Participação na SBPC

Estudantes, professores e demais servidores do Câmpus Pires do Rio tomaram a Praça Central da cidade, na noite do dia 11 de agosto. O motivo era pra lá de festivo: confraternizar e comemorar, também com a comunidade local, o Dia do Estudante. Com muita música, dança e poesia.

A UEG participou da 68ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), um dos mais importantes eventos de divulgação científica do País. No evento, realizado de 3 a 9 de junho em Porto Seguro (BA), as bolsistas do curso de História do Câmpus Iporá Eva Thaís Alves e Lucivaine Melo apresentaram dois estudos sobre a temática indígena. Coordenados pela Maria Geralda Moreira, os trabalhos terão os resumos divulgados nos registros da reunião, em novembro.

O evento reuniu cerca de 500 pessoas, que não pagaram nada para se divertir e celebrar a cultura com artistas regionais; entre eles, o músico e maestro Gleick, além de poetas de Brasília


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.