Revistamarço2015

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A boa música em primeiro lugar ENTREVISTAS COLUNAS PARTITURAS VÍDEOS TRANSCRIÇÕES E MAIS

PAULO RUSSO Depoimento de mestre OTMARO RUIZ SEC ENTREVISTA UM DOS MAIORES PIANISTAS DA ATUALIDADE A SEC ENTREVISTA

O saxofonista Sérgio Galvão e o baterista Hudson Vaz

Nº 14 MAR 2015

www.somemcampo.com

COLUNISTAS Adriano Giffoni César Machado Daniela Rennó Fernando Sodré Júnior Matos Yovannis Roque Zazu Zarzur


57 Capa Nessa edição, a SEC (Som em Campo), traz a entrevista com um dos maiores pianistas de jazz da atualidade.Otmaro Ruiz

Foto de: Joey Villes

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COLUNAS & MATÉRIAS

Discurso de Mestre

Na coluna Discurso de Mestre dessa edição, depoimento do renomado baixista Paulo Russo

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Fernando Sodré

Composição para Viola do grande compositor , arranjador e produtor musical Fernando Sodré.

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Brasil na Bateria

Na coluna Brasil na Bateria! César Machado traz exercícios de levadas diddiles.

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Ouvido no Mundo Internacional

Lado B Brazilian Project

07

Yovannis Roque - Motown– A raiz da música americana.

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Adriano Giffoni – Partitura áudio Samba de malandro.

13

Daniela Renó – Estréia em SEC.

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Júnior Matos – Exercícios para mãos .

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Piano – Posições Drop- Lulu Martin

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Zazu Zarzur – Tentando tocar com mais originalidade ENTREVISTAS

20 50

Baterista – Hudson Vaz Saxofonista – Sérgio Galvão

SOM EM CAMPO RECOMENDA 44 66

O que tem pra hoje? – CD’s César Machado e N101.

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Pra levar na bag – Som dos Acordes


La Bella e Som em Campo

Parceiros na difusĂŁo da mĂşsica instrumental!


Já caímos em campo. . .

A caminho do nosso 1º Festival de Música Instrumental ! AGUARDEM


DEPOIMENTO DE MESTRE Paulo Russo

Os amantes da música de excelente qualidade estão focados em uma ideia que vai se tornar realidade , pois ,agora temos pessoas que estão dando de tudo para que este projeto se realize com patrocínios preocupados com a cultura e a mudança de ouvidos preguiçosos em nosso pais , parece utopia mas não é ,ainda temos graças ao nosso senhor das alturas gente que podemos chamar de guerreiros da boa educação , ele se chama SOM EM CAMPO Produções liderados por Zazu Zarzur músico e produtor focado em levar o projeto a sua realização suprema com muito profissionalismo e competência .A revista ,faz juz ao trabalho que virá com muita e muita força de pessoas envolvidas com este maravilhoso projeto , Eu Paulo Russo já abracei e abraço os esforços do meu querido amigo Zazu Zarzur para que tudo seja bem sucedido e que nossos sonhos se tornem realidade em nosso belo pais , Vida longa ao SOM EM CAMPO !!! Paulo Russo (Contrabaixista acústico , arranjador e compositor )


ZAZU ZARZUR, ENDORSER DA EMPRESA NHURESON (S.P), CONTRABAIXOS ACÚSTICOS DE ALTÍSSIMO NÍVEL.


YOVANNIS ROQUE Motown, A raiz da música Americana Por Yovannis Roque Motown foi fundada por Berry Gordy,Jr. Em 12 de Janeiro de 1959, em Detroit, Michigan. O nome, uma mistura de motor e cidade, e tambem um apelido para Detroit. Motown teve um importante papel na integracao racial da musica popular como uma gravadora de propriedade Afro-Americana, na qual conquistousucesso espetacular para uma pequena empresa com 79 records no Top Ten ( top 10) dos registros da Billboard 100 entre 1960 e 1969. Motown se especializou em um typo de musica “soul” criada com um ouvido para o apelo pop, o som da Motown tipicamente usa pandeiros para acentuar a batida de fundo, proeminente e geralmente melodica linha do baixo eletrico, melodias e acordes estruturados e distintos, e um canto com estilo de chamado e resposta, originario da musica gospel. Tecnicas de producao Pop, como o uso de seccoes de orquestra de cordas, seccoes de sopro cartografadas, e vocais de background tambem eram usados. Arranjos complexos e vocais elaborados eram evitados; produtores da Motown acreditavam firmemente no principio de “mantenha simples”. Apesar do crescimento da musica popular sendo escrita e interpretada por artistas negros, as musicas nao se tornariam populares ou reconhecidas, a nao ser que fossem interpretadas por cantores brancos. Contudo, o som da Motown se tornou tao distintamente unico, fazendo-se impossivel para artistas brancos repeti-los. O som “real” da Motown se tornou mais favoravel do que a versao alterada, meio “aguada”. Adicionado a proeza dos escritores e produtores em escrever musica, um dos maiores fatores no apelo generalizado da musica de Motown era a pratica de Gordy usando um grupo de musicos de estudio altissimamente selecionado, coletivamente conhecidos como os “Funk Brothers”. Entre esses musicos de estudio responsaveis pelo som da Motown estavam os tecladistas Earl Van Dyke, Johnny Griffith, e Joe Hunter; guitarristas Joe Messina, Robert White, e Eddie Willis; percussionistas Eddie "Bongo" Brown e Jack Ashford; bateristas Benny Benjamin, Uriel Jones, e Richard "Pistol" Allen; e baixistas James Jamerson and Bob Babbitt.


Esse musicos tocaram em mais discos “numero um” do que os Beatles, Elvis, os Rolling Stones e os Beach Boys juntos. Claro que nao podemos falar sobre Motown sem falar sobre James Jamerson, conhecido por expandir o estilo musical e papel de baixistas na musica popular da epoca, na qual (nos anos 1950s e “60s, R&B, rock and roll e contry) constituia largamente de raizes de acordes , e quinta perfeita e simples sequencias. Em contraste, muitas linhas de Baixo de Jamerson contavam muito com corridas cromaticas, simcopatia, notas fantasmas e inversoes, com uso frequente de cordas abertas. Se baixo agil era considerado parte integral do som de Motown. Ele trancendeu o basico “ Linha de Baixos” e criou um dueto com o cantor, melodico, mas mesmo assim muito apertado com o som da bateria. Baixistas prominentes que clamaram Jamerson como suas primeiras influencias incluem James Brown's Bernard Odum, Bootsy Collins, Abraham Laboriel, Pino Palladino, Anthony Jackson, Jack Bruce, John Entwistle, Bernard Edwards, Jason Newsted, Jaco Pastorius, John Patitucci, John Paul Jones, Billy Sheehan, Geddy Lee, Victor Wooten, Paul McCartney e Michael "Flea" Balzary do Red Hot Chili Peppers. Aqui esta a transcricao de uma das mais lendarias linhas de Baixo de James Jamerson, “Whats Going” do album de sucesso de Marvin Gaye de 1971, album com o mesmo nome, divirta-se e ate a proxima.

Motown, the root of american music Motown was founded by Berry Gordy, Jr. on January 12, 1959, in Detroit, Michigan. The name, a blending of motor and town, is also a nickname for Detroit. Motown played an important role in the racial integration of popular music as an African American-owned record label which achieved spectacular success for a small record company with 79 records in the Top Ten of the Billboard Hot 100 record chart between 1960 and 1969. Motown specialized in a type of soul music Crafted with an ear towards pop appeal, the Motown Sound typically used tambourines to accent the back beat, prominent and often melodic electric bassguitar lines, distinctive melodic and chord structures, and a call-andresponse singing style that originated in gospel music. Pop production techniques such as the use of orchestral string sections, charted horn sections, and carefully arranged background vocals were also used. Complex arrangements and elaborate vocal riffs were avoided; Motown producers believed steadfastly in the keep it simple principle.


Despite the growth of popular music being written and performed by black artists, the songs would not become popular or recognized unless the music was being performed by white performers. However, the Motown Sound became so distinctly unique, making it impossible for white performers to replicate its sound. The "real" Motown Sound became more favorable than the altered, watered-down renditions. In addition to the songwriting prowess of the writers and producers, one of the major factors in the widespread appeal of Motown's music was Gordy's practice of using a highly select and tight-knit group of studio musicians, collectively known as the Funk Brothers,. Among the studio musicians responsible for the "Motown Sound" were keyboardists Earl Van Dyke, Johnny Griffith, and Joe Hunter; guitarists Joe Messina, Robert White, and Eddie Willis; percussionists Eddie "Bongo" Brown and Jack Ashford; drummers Benny Benjamin, Uriel Jones, and Richard "Pistol" Allen; and bassists James Jamerson and Bob Babbitt. these musicians "played on more number-one records than The Beatles, Elvis, The Rolling Stones, and The Beach Boys combined. Of course we can’t talk about Motown without talking about James Jamerson, noted for expanding the musical style and role of bass-playing in the popular music of the time, which (in 1950s and '60s R&B, rock and roll, and country) largely consisted of root notes, fifths and simple repetitive patterns. By contrast, many of Jamerson's bass lines relied heavily on chromatic runs, syncopation, ghost notes and inversions, with frequent use of open strings. His nimble bass playing was considered an integral part of the "Motown Sound". He transcended the standard "bass line" and created a duet with the singer, melodic, but still very tightly locked with the drumgroove, Prominent bassists who have claimed Jamerson as a primary influence include James Brown's Bernard Odum, Bootsy Collins, Abraham Laboriel, Pino Palladino, Anthony Jackson, Jack Bruce, John Entwistle, Bernard Edwards, Jason Newsted, Jaco Pastorius, John Patitucci, John Paul Jones, Billy Sheehan, Geddy Lee, Victor Wooten, Paul McCartney and Michael "Flea" Balzary of the Red Hot Chili Peppers. Here’s the transcription of one of the legendary bass lines by James Jamerson, “What’s going” on from the Marvin Gaye’s 1971 smashing hit album of the same name, have fun and until next time………….




ADRIANO GIFFONI Link テ「dio Samba de Malandro

Por Adriano Giffoni


DANIELA RENNÓ

A Vibravonista Daniela Rennó estréia como colunista na SEC, enviando uma super peça adaptada por Gary Borton para vibrafone, bons estudos !!! https://www.youtube.com/watch? v=fXjfvEcAV6w







O Estúdio Acústico é parceiro do

Som em Campo

www.acusticoestudio.com.br


Hudson Vaz

SEC: Com qual idade você começou a estudar música , e seu primeiro instrumento foi a bateria? HV: Meu pai é baterista,tive contato com o instrumento desde criança,com 3 anos de idade já começava a ter contato com a bateria,mas foi com 16 anos que resolvi que a musica seria minha profissão. SEC: Você é natural de qual estado e cidade? HV: Belo Horizonte – Minas Gerais SEC: Como galgou seus estudos no início? HV: Como disse antes,o fato de ter um músico na família,já desde inicio tive oportunidade de ter acesso a informação técnico-teórica. SEC: Com qual idade percebeu que a música realmente era seu caminho? HV: Já sabia desde novo,mas com 16 anos veio a confirmação de que este seria o caminho.


SEC: Na sua visão, qual seria a postura de um músico para sempre estar trabalhando profissionalmente? HV: Seriedade é a palavra chave,já que o prazer esta implícito na arte. Se você faz o que gosta,encare seu trabalho de forma seria e responsável,então você terá seriedade e prazer juntos,uma equação perfeita para qualquer carreira profissional. SEC: Qual é sua formação musical? HV: Minha formação musical começou na infância,depois na adolescência tomou rumo definitivamente profissional,frequentava a escola de bateria do meu pai Dom Vaz,ali adquiri a base do que sei tecnicamente,teoricamente. Havia muitos alunos,estudávamos juntos,isso era positivo.Fui em muitos workshops interessantes dentre os quais:Joe Taylor,Pascoal Meireles,Daniel “Pipi”Piazzola,Hermeto Pascoal,Marcio Bahia etc... Considero também como formação musical a grande oportunidade de ter contato com grandes músicos desde criança(nessa época morávamos no Rio),meu pai me levava em certos ambientes musicais como estúdio,ou casa de amigos músicos,para que eu já sentisse o ambiente musical,como funcionava etc...,a 1ª vez que conheci um estúdio na minha vida,foi durante a gravação do disco “Planalto dos Cristais”do pianista Helvius Vilela,a musica era “Rua Java”,o Nivaldo Ornelas estava colocando o sax na musica. Muitas vezes ia no estúdio do Pascoal Meireles em botafogo(Rio de Janeiro),la via 2 baterias montadas,uma vez fui lá com meu pai,o Dom Vaz,alem do Pascoal Meireles tava o Bob Wyatt entre outros que não me lembro,o pau quebrava rsss. Fui varias vezes na casa do baterista Nene com meu pai,ela ia trocar idéias musicais com o Nene.


SEC: Com quais artistas e instrumentistas já trabalhou , incluindo gravações, shows, participações especiais? HV: Carlos Bolão, Lelo (Skank),Hermeto Pascoal,Luiz Melodia,Pedro Luis(Pedro Luis e a Parede),Cid Ornelas,Chico Amaral ,Toninho Horta,Yuri Popoff,Lena Horta, José Namen, Celso Moreira,Célio Balona, Juarez Moreira, Nelson Faria, Idriss Bodrioua, Cláudio Dauelsberg, Weber Lopes, Mike Ryan(Australia),Elpidio Bastos(Diretor Musical Olodum), Marcos Buzana, Beto Lopes, Kristoff,Makely Ka,Júlia Ribas,Markú Ribas, Chico Lobo,Mauricio Tizumba,Luis Enrique,Cleber Alves,Marcelo Morais,Tony Botelho,Magno Alexandre,Marcelo Magalhaes,JeanMarc Baccarinni(França), Gustavo Figueiredo,Andre Dequech ,Flavio Henrique,Vitor Santana(turnê Espanha),Fabiana Cozza,Matt Warnock(Canadá),Yazek Manzano(Cuba),Eugenia Melo e Castro(Portugal),Susana Travassos (Portugal),Alessio Menconi(Italia) entre outros. E em 1999 juntamente com meu irmão Allison Vaz , formei o grupo de percussão Groove das Ruas. Sou fundador do Grupo Instrumental Feijão de Corda formado em 1991, e em 1999 lançamos um CD. SEC: O que acha da nova geração e do acesso que a tecnologia oferece atualmente? HV: Uma boa geração ,com muito acesso a informação ,mas há um aspecto que deve ser observado.Com todo esse acesso a informação,muitas pessoas acabam se esquecendo de “olhar pra dentro”,a personalidade musical fica deixada de lado. Ficase buscando atalhos que outros abriram pra se chegar aos objetivos ,isso é bom,mas certos caminhos só você deve construir.


SEC: Você leciona? Faz whorkshops? HV: Sim,dou aulas e faço workshops. SEC: Quais os futuros projetos? HV: Estou pensando num projeto solo,mas isto esta numa fase embrionária. SEC: Deixe uma mensagem para os leitores da revista Som em Campo? HV: Aos companheiros de luta,sigamos em frente! A arte é o belo,e o belo sustenta o mundo!!

https://www.youtube.com/watch?v=pAwpf9a2MVs https://www.youtube.com/watch?v=Pwghzm1Kr2I https://www.youtube.com/watch?v=sfnxV0-W2aM



Composição para Viola do grande compositor , arranjador e produtor musical Fernando Sodré, 'Baião Quebrado" , é um material de estudo muito interessante para os "violeiros" , tanto para se praticar a técnica do instrumento ao se tocar a composição, como para se fazer uma análise da melodia, das células ritimicas usadas e da harmonia da peça, bons estudos !!!

Por Fernando Sodré




Parceria de primeira qualidade! Captadores de primeira qualidade! Link vĂ­deo promocional Tesla Pickups

TESLA Corona 5SC ativo soap bar para 5 cordas


JÚNIOR MATOS Link Áudio A volta da Asa Branca ME Link Áudio A volta da Asa Branca MD

Por Júnior Matos


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Pr贸 Music & Som em Campo

Unidas pela m煤sica de qualidade


BRASIL NA BATERIA Por César Machado


OUVIDO NO MUNDO Internacional LADO B BRAZILIAN PROJECT

Fotos de: Joey Villes Lado B Brazilian Project nasceu da necessidade e do desejo de trazer ao público norte-americano um repertório brasileiro que vai além da bossa nova e do samba. Formado e dirigido por Otmaro Ruiz, o projeto conta com a participação da cantora e pianista brasileira Catina DeLuna, radica em Los Angeles há 6 anos, do baterista venezuelano Aaron Serfaty, do guitarrista Larry Koonse e do contrabaixista Edwin Livingston. O debut album do grupo conta com a participação de nomes como Alex Acuña, Mike Shapiro, Bob Sheppard, Gre Beyer e Nick Mancini e está previsto para ser lançado em julho deste ano. Os arranjos inigualáveis de Otmaro Ruiz apresentam de forma singular canções de compositores Dominguinhos, Lenine, Egberto Gismonti, Milnton Nascimento, bem como composições de Tom Jobim além de algumas músicas inéditas de compositores como Sérgio Santos e Albanos Sales. O CD pode ser adquirido antecipadamente através do www.pledgemusic.com/ladob, oferecendo vantagens aos brasileiros que não terão que pagar as despesas de envio do CD para o Brasil e ganharão como bonus o download do CD. Ao adquirir o CD através do Pledge Music, os fãs ainda ganham acesso a videos, entrevistas e downloads gratuitos de músicas gravadas em CDs anteriores além da oportunidade de comprar CDs do pianista Otmaro que estão fora de catálogo e são considerados ítems raros e valiosos no mercado do jazz, lançados apenas no Japão. Partituras dos arranjos e aulas via skype também estão sendo disponibilizadas através da campanha do Pleadge Music que estará no ar por apenas 40 dias.



Pra levar na bag A Som em Campo apresenta

O Som dos Acordes Editora Gryphus

Livro de acordes para piano de Jazz Lulu Martin


LULU MARTIN

POSIÇÕES DROP As Posições Drop são uma técnica de arranjo musical. Arranjos musicais lidam com a distribuição das notas dos acordes dentro da composição musical. Drop é uma palavra do inglês, que signifca cair. To drop, significa deixar cair. Na linguagem musical significa que a nota determinada vai uma oitava abaixo. Numa partitura musical, um acorde é escrito e lido na posição vertical. Assim, por padrão, a melodia é a nota mais aguda do acorde, que a guia principal do acorde. Na Posição Drop 2, a segunda nota mais aguda, cai uma oitava. Na Posição Drop 3, a terceira nota do acorde, contando do agudo para o grave, cai uma oitava. E na posição Drop 2+4, a segunda e a quarta notas do acorde vão para a oitava abaixo. Uma das riquezas da harmonia e dos acordes é a boa distribuição das notas do acorde, sem a repetição de notas iguais. Desta forma, esta técnica é uma distribuição das notas dos acordes, uma forma de análise combinatória. Essas posições são devem ser aplicadas nos exercícios mostrados na edição passada da Som Em Campo, nos acordes naturais das escalas maiores, nas posições fundamentais e suas inversões. Os exercícios foram editados por Ricardo Simões, usando o programa de editoração musical Sibelius 6.0

lulumartinbr@yahoo.com.br


Link テ「dio Posiテァテオes Drops


Link テ「dio Drops e Inversテオes



Apresenta


ZAZU ZAZUR

Tentando tocar com mais originalidade!!! Olá leitores que acompanham a revista Som em Campo, Nesta edição resolvi falar um pouco do contrabaixo, porém, este assunto vale para todos os outros instrumentos. Acho muito importante essa questão do baixista conseguir se expressar realmente de forma satisfatória, grooves, improvisação , slap que está ligado ao groove também , pizzicato , taping, e várias outras técnicas e formas de tocar que o interessam. Hoje em dia existem várias marcas de contrabaixos, uma enormidade de luthier’s de altíssimo nível proporcionando uma enorme possibilidade de escolhas, fora os efeitos, pedais e pedaleiras, e este vasto universo chega até a causar dúvidas nas escolhas que um baixista pode fazer. Assim sendo , vejo que estas escolhas influenciam muito também nessa procura de se tentar tocar com mais originalidade, porquê um instrumento que tem um timbre , muito peculiar e que já tenha sido consagrado em mãos de grandes baixistas que marcaram a história dos graves, normalmente mesmo que os grooves ou frases sejam tocados de forma totalmente diferente nas mãos de um outro baixista, é muito provável que o timbre vá lembrar tal baixista que já se consagrou no mundo do contrabaixo com o mesmo instrumento , como exemplo o jazz bass, que foi muito usado e de forma genial pelo baixista americano Jaco Pastorius, mas este é só um dos vários exemplos, embora eu ache que todo baixista deva ter um jazz bass rsrs , deve-se tomar muito cuidado com a timbragem. Na área de lutheria, eu vejo grandes possibilidades de se fazer um instrumento bem peculiar , que tipo seja feito com o braço da forma que o baixista deseja , o corpo , captação etc, porquê temos no Brasil grandes luthier’s, e ai o baixista tem a possibilidade de fazer um instrumento personalizado, tanto no timbre como para sua pegada , estética, enfim ,realmente acho muito interessante esta área.


ZAZU ZAZUR

Percebo também que no caso do baixo elétrico , não adianta tanto usar madeiras x ou y para a construção de um instrumento e colocar um captador bem peculiar que já foi usado por grandes baixistas que marcaram a história do contrabaixo, porquê inevitavelmente o som vai ficar parecido , embora a madeira influencie na sonoridade. Estou colocando essas questões em pauta porquê estou focando o assunto no “tendando tocar com mais originalidade” , e penso que este assunto abordado acima, faz sentido pensarmos a respeito. Sobre a parte dos efeitos, pedaleiras, pedais , o baixista também tem enormes possibilidades de organizar timbres , esses aliados a um instrumento mais original, aumenta muito a procura de tocar com mais originalidade, mas óbvio que não é forçar a barra, o timbre tanto dos efeitos como do instrumento tem que serem satisfatórios para o baixista poder se expressar de forma natural, porquê caso contrário é uma busca em vão, e isso nada tem haver com a música. Espero que o assunto abordado nesta edição tenha sido útil. Grande abraço aos leitores e até a próxima edição. https://www.youtube.com/watch?v=sfnxV0-W2aM https://www.youtube.com/watch?v=_MykmRYC6ek


Cd de estréia do duo formado pelo guitarrista Lupa Santiago e o pianista Paulo Braga é lançado no Brasil Dois grandes nomes da educação musical e com longa experiência na música

instrumental

juntos

pela

primeira vez num cd. Assim é N101, álbum que acaba de ser finalizado, que une a guitarra de Lupa Santiago ao piano de Paulo Braga, num repertório instrumental

com

composições

originais, dos dois artistas, carregadas de ritmos brasileiros. Com harmonia moderna e improvisos, o cd apresenta as faixas N101, Oração, Moacir Santos, Ibéricos, Joe Henderson e Laís, de Lupa Santiago e Oh Lugar, Cabeça de Melão, Farol e Valsa, de Paulo Braga. O cd foi gravado no estúdio NaCena, em São Paulo, mixado e masterizado por Ricardo Mosca. O duo se prepara para iniciar os shows de lançamento desse trabalho que apresenta as diferentes influências dos músicos, acumuladas não só como educadores, mas também em viagens e turnês realizadas em diferentes países. Para o crítico Carlos Calado, que assina o texto de apresentação do cd, ²pode chamar de música instrumental brasileira ou de jazz a música improvisada e criativa que o guitarrista Lupa Santiago e o pianista Paulo Braga exibem neste disco. O trânsito livre entre a espontaneidade do jazz e a sofisticação harmônica da música brasileira já é sugerido pelos temas que Santiago dedica ao maestro pernambucano Moacir Santos e ao saxofonista norte-americano Joe Henderson.” E finaliza: ²o que resulta é um inventivo diálogo musical que não precisa recorrer a palavras para conquistar o ouvinte.²


Lupa Santiago Guitarrista, compositor e professor

www.lupasantiago.com lupasantiago@lupasantiago.com Lupa Santiago se apresentou e/ou gravou com diversos artistas internacionais de Jazz no Brasil, e em turnês na Europa (França, Espanha, Irlanda, Finlândia, Estônia, Dinamarca, Áustria, Itália, Suíça e Holanda), America do Sul (Colômbia, Argentina, Chile e Peru), África do Sul e EUA, ao lado de nomes como David Binney, John Escreet,Jerry Bergonzi, Bill Pierce, Jaleel Shaw, Dave Liebman, Ronan Guilfoyle, Jarmo Savolainen, Ohad Talmor, Benoit Sourisse, André Charlier, Didier Lockwood, Jakob Anderskov, Dave Pietro, Howard Levy, Adônis Rose, Oscar Stagnaro, Magos Herrera, Bob Kaufman e Jamey Haddad. Além dos artistas brasileiros : Roberto Menescal, Daniel D’Alcântara, Helio Alves, Nelson Faria, Sizão Machado, Vinicius Dorin, Edu Ribeiro, Banda Mantiqueira, Rogério Bocato, Nenê, entre outros. Com quatorze CD’s lançados como líder em seus grupos (5teto com Rodrigo Ursaia, Regra de Três, Lupa Santiago Sexteto, Sinequanon, Duo com Paulo Braga), sendo que o primeiro recebeu indicações para o Grammy Latino, além de participação em cd´s de outros artistas. Participou de vários festivais no Brasil: Ourinhos, Itajaí/SC, Cascavel/PR, Brasil Instrumental, CIVEBRA (Brasília), Berklee on The Road e Domingos Martins/ES. Lupa Santiago fez mestrado no Boston Conservatory e Berklee College Of Music formou-se pela Berklee College Of Music e graduou-se pelo Musicians Institute (GIT/Los Angeles) Recebeu, por duas vezes, o prêmio Best Of Berklee (1998 e 2000), eleito em 2009 e re eleito em 2014 membro da diretoria do IASJ (International Association of Schools of Jazz). Lupa Santiago é Coordenador Pedagógico e Vice Diretor da Faculdade Souza Lima/SP, e autor de três livros (Improvisação Moderna I, Play Along de Métricas Impares e Dicionário de Acordes e Condução de Vozes) lançadas no Brasil (Editora Souza Lima) e na Europa, Ásia e EUA (Advance Music). Lupa Santiago usa amplificadores VOX, JL Pedais, guitarras Baldacci, Sadowsky Archtop, MCM Custom Parts e cordas La Bella http://www.deezer.com/artist/1384357


Paulo Braga Pianista

Paulo Braga formou-se em piano pelo Conservatório de Tatuí, onde em 1990, foi o responsável pela criação do Departamento de Música Popular e coordenou-o até 1994. O pianista exerce a função de Coordenador Pedagógico da EMESP- Tom Jobim (Escola de Música do Estado de São Paulo) desde outubro de 2009. Foi professor de Prática de Conjunto, Piano Popular e Arranjo na UNICAMP de 1999 a 2002. Como curador já participou dos seguintes projetos: Premio Visa Instrumental, Itaú – Rumos, Jam SESC, Festival Brasil Instrumental, projeto de ocupação da Sala Funarte Guiomar Novaes em São Paulo. Atuou como solista em importantes orquestras e grupos, dentre eles a Banda Sinfônica e Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, a Royal Philarmonic Concert Orchestra, a Camerata Villa Lobos, a Camerata Antiqua de Curitiba, e a Orquestra Sinfônica e Camerata de Cordas de Tatuí. É integrante do QuartaD (grupo de música Erudita Contemporânea) do Trio Bonsai ( Paulo Braga – Piano, Mané Silveira – Sax e Guéllo – Percussão), considerado pela crítica especializada como um dos nomes de referência da música popular brasileira instrumental, do Trio 3-63 com Marcos Suzano(percussão) e Andréa Ernest Dias (Flauta). Desde 1988 integra o grupo de Arrigo Barnabé no projeto “Caixa de Ódio” sobre o universo de Lupicínio Rodrigues e compõe a banda de Toninho Ferragutti, no projeto “O Sorriso da Manu. Sua discografia inclui títulos como Arrigo Barnabé - “Façanhas” ( Piano e Teclado); Arrigo Barnabé - “ Oriundi” ( trilha do filme) (Piano e regência); Arrigo Barnabé & Paulo Braga duo – “Arrigo Barnabé e Paulo Braga ao vivo em Porto”” ( Piano , teclado e voz); Villa Lobos em Paris – Obras do Concerto histórico de 1924; Orquestra Jazz Sinfônica – “Cyro Pereira 50 anos” ( Piano solista); Ivan Lins – “Anjo de Mim” – ( Teclado); Milton Nascimento & Orquestra Jazz Sinfônica – “Amigo” ( Piano); Paulo Braga- Piano solo – “Muita Hora nessa Calma” ( Piano, arranjos e Composições);Léa Freire – “Cartas Brasileiras” ( Piano) e muitos outros.


&

Parceiras a procura do Som perfeito!


Nhureson e Som em Campo, parceria em prol da boa música !!! Nas fotos abaixo, temos um pouco do trabalho do grande luthier Emerson Veiga, instrumentos de altíssimo nível feitos por encomenda, e também instrumentos com valores acessíveis para estudantes e iniciantes..



SÉRGIO GALVÃO

Foto: Nelson Faria

SEC: Com qual idade, qual sua naturalidade, e como ocorreu seu interesse pelos instrumentos de sopro? SG: Meu interesse pela música foi um pouco tardio se comparado ao dos meus irmãos. Nós somos de Brasília, e na minha família já havia dois músicos profissionais, meu irmão Carlos Galvão, maestro e compositor clássico, que dirigiu por muitos anos a Escola de Música de Brasília; meu irmão Zequinha, baterista e percussionista bastante reconhecido, que foi uma grande inspiração pra mim e quem, realmente, acabou me levando pra música; e meu irmão Lula Galvão, um dos grandes guitarristas e arranjadores da atualidade, que à época era ainda um estudante promissor. Eu era atleta, jogava basquete e pensava em me profissionalizar, e não, em ser músico. Mas o ambiente familiar era naturalmente bastante musical e acabei me interessando pela flauta doce, pela clarineta, até chegar no saxofone, quando eu tinha cerca de 15 anos de idade. Posso dizer que fui fisgado pelo saxofone quando descobri a arte do Victor Assis Brasil. A partir daí, comecei a tocar o saxofone e nunca mais parei. E ainda hoje, além dele, a flauta doce e a clarineta continuam sendo grandes paixões. Sempre acabo dedicando um espaço nos meus show para a flauta doce. Por incrível que pareça, flauta doce não é brinquedo! Me divirto muito nesse momento nos shows!


SEC: Quando começou a estudar , como eram as condições ao acesso as informações didáticas para o estudo do instrumento? SG: Com certeza o acesso às informações didáticas era muito menor do que hoje em dia, já que hoje é possível encontrar de tudo na internet, rapidamente. Mas, mesmo assim, a gente se virava para conseguir materiais. Na verdade, meu estudo foi em grande parte autodidata. Como eu disse anteriormente, meu irmão Zequinha foi quem me levou pra música. Apenas para fazer um adendo, eu fiz recentemente um show em Roma e fui surpreendido por um amigo músico, que estudou pelo método de bateria do meu irmão, lançado pela editora Lumiar. Fiquei super emocionado ao ver os ensinamentos do meu irmão, infelizmente já falecido, ganhando o mundo. Mas, como eu ia dizendo, ele lecionava bateria no Sesi e me levou para fazer aulas de clarineta lá. No entanto, como tinha muitos alunos, era difícil ter acesso ao instrumento, o que tornava as aulas pouco produtivas. Então, na época, um grande músico e amigo me emprestou sua clarineta e eu comecei a tocar. Esse amigo é o José Antônio Costa Almeida, um brilhante pianista que mora em São Paulo atualmente. Foto: Alberto Locatelli


SEC: Quais cursos, e professores com os quais estudou? SG: Eu estudei na Escola de Música de Brasília (EMB), escola que tem um forte peso na formação dos músicos da família Galvão, tanto dos mais antigos, quanto dos músicos da nova geração. Foi aonde eu tive a oportunidade de aprender com os mestres Hugo Laterjung, Manoel Carvalho e Luiz Gonzaga Carneiro (Gonzaguinha), que praticamente me deu um sax alto, um Selmer, o que acabou fazendo a diferença no meu desenvolvimento. Sou eternamente grato a ele. SEC: Conte-nos sobre o início de sua carreira? SG: Meu início de carreira acabou sendo bastante inusitado. Eu entrei para uma banda que fez um grande sucesso no país, nos anos 80, Obina Shok. Por conta disso, acabei viajando pelo país inteiro e tive a oportunidade de gravar com grandes músicos, como Marcio Montarroyos , Paulinho Trompete e Serginho Trombone. SEC: Como foi o processo do seu primeiro trabalho solo, e existe algum projeto atual? SG: Meu trabalho solo começou tardiamente. Após 30 anos trabalhando bastante em gravações e acompanhando os mais variados artistas, fui incentivado pela grande amiga e baixista Amanda Ruzza (dona do selo Pimenta Music) a gravar um disco com as minhas músicas. Esse convite veio após termos tocado juntos em sua bem sucedida turnê no Brasil, juntamente com o trombonista Cris Stover. Assim acabou surgindo o embrião do que seria o Phantom Fish, que acabou sendo gravado em 2013 em Nova Iorque, com um time da pesada! Atualmente ainda estou muito envolvido neste projeto, colhendo os frutos deste trabalho, mas é possível que com o tempo, eu acabe me enveredando em novos projetos.

Assista no YOU TUBE https://www.youtube.com/watch?v=8pR_R1F0_4s https://www.youtube.com/watch?v=A8nruHmBWrU https://www.youtube.com/watch?v=4xsEWNEAngo Foto: Alberto Locatelli


SEC: Quantas músicas autorais, ou trabalhos gravados você tem até o atual momento? SG: Trabalhos gravados eu nem saberia te dizer, porque já gravei muita coisa nesses últimos anos. Mas do meu trabalho solo, o Phantom Fish é o pioneiro. Me considero um compositor temporão! No disco há 6 músicas autorais, sendo que duas delas foram semifinalistas do ISC (International Songwriter Competition), e a faixa Phantom Fish que dá nome ao disco chegou à finalíssima desta competição onde havia mais de trinta mil músicas inscritas. SEC: Conte aos leitores da revista Som em Campo como ocorre o processo de criação de suas composições? SG: Meu processo de criação é um pouco complicado. Gosto de fazer uma trama harmônica bem elaborada, muitas vezes até mesmo complicada, mas com uma melodia que solucione e faça com que a composição soe de maneira bem natural. Pra mim, isso é sempre um desafio muito bom, porque me permite criar ao mesmo tempo uma melodia intuitiva e solos mais complexos. SEC: Como vê a evolução do seu instrumento? SG: Estou vivendo novas experiências com instrumentos. Acho que tendemos a acreditar, por muito tempo, que os melhores sons vem sempre dos instrumentos mais antigos. É evidente que existem instrumentos mais antigos que são verdadeiras jóias. Mas, posso afirmar com toda certeza, que a indústria do saxofone vem se aprimorando cada vez mais. Eu acabo de me tornar um artista Selmer, tive a oportunidade de escolher um instrumento na fábrica. Dentre vários modelos, me encantei pelo “Reference-54”, uma máquina de som, afinação, mecânica e timbre, simplesmente perfeito. Aproveito a oportunidade para agradecer à família Selmer pela confiança!


SEC: Sobre sua sonoridade e forma de tocar, conte um pouco sobre isso. SG: Gosto de tirar um bom som com o instrumento, o músico vive à procura do seu melhor som. Acho que dinâmica é fundamental, o músico tem que ter uma técnica que o permita tocar em todas as nuances que a música exige. O meu objetivo, hoje em dia, é produzir um som com pressão, mas usando pouco ar. Acabei desenvolvendo essa forma de tocar quando fui pra Nova Iorque. Isso porque, lá a maior parte dos clubes de jazz não tem microfone no palco para bateria, instrumentos de sorpo... Então, você tem que se fazer ouvir e fazer com que as suas frases durem. Para isso acontecer, a “cozinha” tem que tocar na pressão e com pouco volume. No meu disco e ao vivo, fiz e faço questão de reproduzir esse ambiente, que me permite tocar à vontade, sem aviltar minha sonoridade. SEC: Cite os músicos que mais te influenciaram? SG: Os músicos que mais me influenciaram foram Victor Assis Brasil, John Coltrane, Hermeto Pascoal, Egberto Gismonte, Moacir Santos, Bill Evans (piano), Guinga, com quem eu tenho o imenso prazer e honra de tocar eventualmente, e Johnny Griffin, saxofonista que eu mais admiro, pela maravilhosa e, principalmente, extensa carreira que ele teve, tocando em plena forma por mais de cinquenta anos, sempre com muita energia tanto em gravações, quanto ao vivo, deixando excelentes registros para a história do saxofone. Um verdadeiro craque! SEC: Cite trabalhos nos quais participou ao lado de outros artistas, festivais, gravações, etc... SG: Nesses trinta anos de carreira acompanhei muitos artistas, em turnês e gravações. São muitos os momentos e registros inesquecíveis. Mas, posso pontuar a cantora Simone, com quem toquei por muitos anos, em turnês nacionais e internacionais, Victor Jones, Billie Drewes, dentre outros. Já no âmbito do meu trabalho solo, realizei alguns sonhos, como por exemplo o de tocar no lendário Blue Note em Nova Iorque, por onde já passaram alguns dos meus grandes ídolos. Recentemente, fiz um show na Alexander Platz em Roma, que também me deixou imensamente feliz e agradecido. Sei que sou suspeito para falar, mas gosto muito do meu álbum Phantom Fish, adoro todas as notas. Ele foi “concebido” em um clima de muito amor e parceria, em um momento mais maduro da minha carreira, sou eternamente grato a todos que participaram deste processo tão transformador na minha vida.


Foto: Alberto Locatelli

SEC: O que você acha do cenário atual da música instrumental brasileira e da nova geração? SG: Eu acho o cenário atual da música instrumental bastante rico. A nova geração já conta com grupos e artistas bastante promissores. Acreito que até mesmo por conta do arrefecimento da MPB, muitos músicos desse universo acabaram se voltando para as próprias carreiras, surgindo, assim, trabalhos instrumentais muito maduros e consistentes. Desta nova leva, posso citar dois grandes talentos com quem já tive a honra de tocar, o gaitista Gabriel Grossi, e o guitarrista Pedro Araújo. SEC: Deixe uma mensagem final para os leitores da revista Som em Campo. SG: Primeiramente, gostaria de parabenizar os leitores da Som em Campo, pelo interesse na música instrumental brasileira. Se eu, enquanto músico mais experiente, puder passar alguma mensagem para os músicos que estão começando a trilhar seus caminhos por essa estrada, seria a de que os mesmos devem sempre se lembrar de que a estrela é a música. Nunca se deixem tomar por um sentimento de querer se sobrepor a ela. Isso é um desastre quando ocorre e muitos equívocos acabam surgindo a partir desse movimento, que às vezes, é até mesmo inconsciente, mas realmente muito desapropriado. Por fim, espero ter colaborado com as minhas experiências e gostaria de homenagear todos que fizeram, fazem, e vão fazer da música o seu meio de vida.


TRESCLICKS fotografia & Som em Campo Parceria entre o Som e a arte de registrar a mĂşsica em movimento por Tatiana Ribeiro


ENTREVISTA DE CAPA Internacional Otmaro Ruiz

Foto de: Joey Villes

SEC - Com qual idade despertou seu interesse pela música, e qual foi seu primeiro instrumento? At what age sparked his interest in music, and what was your first instrument? OR: I started to get interested in music at age 7, my first instrument was the CUATRO, a string instrument from Venezuela (similar to cavaquinho or ukulele), at age 8 I asked my parents to pay me some acoustic guitar lessons in my elementary school and I passed the admission test to start the music career at the State Conservatory. My first “legitimate” instrument, and the one I studied for the whole duration of the career (8 years) was Classical Guitar. OR: Eu comecei a me interessar por musica aos 7 anos, meu primeiro instrumento foi um CUATRO, um intrumento de cordas originario da Venezuela (similar ao cavaquinho ou ukelele), aos 8 anoseu pedi meus pais para pagarem algumas aulas de Violao acustico na minha escola primaria e eu passei o teste para comecar a estudar carreira de muusico no Conservatorio Estadual. Meu primeiro instrumento “Legitimo”, e o que eu estudei durante toda a minha carreira (8 anos) foi a violao classico. SEC - Você é natural de qual País? E iniciou seus estudos musicais onde nasceu? What’s your nationality? Did you begin your musical studies where you were born?


OR: I was born and raised in Caracas, Venezuela. My first musical studies were at the Juan Manuel Olivares Conservatory in Caracas (theory, harmony, history and two instruments: Classical Guitar and Complementary Piano). OR: Eu nasci e fui criado em Caracas, na Venezuela. Meus primeiros estudos musicais foram no Conservatorio Juan Manuel Olivares, em Caracas. Teoria, harmonia, Historia e 2 instrumentos, Violao classico e piano, complementarmente. SEC: Com quais professores já estudou? E se teve formação acadêmica onde se formou? With which teachers have you studied? And if you had academic training and where did you graduate? OR: My theory and harmony teachers were Maria Josefina Martinez, Violeta Larez and Tiero Pezzutti. My Classical Guitar teacher was Jose Maria verdu (and took additional lectures with Romulo Lazarde). My piano teachers were: Estrella Mendoza, Vivian Lopez, Atilio Ferraro, Christina Assai. I also studied popular organ (with professors Hector Velazquez, Guillermo Vrvicki, Jaime Flores) and classical organ with prof. Jose Peñin. My jazz training was done mostly by emulating some of my local favorite players like Pedrito Lopez and Oscar Maggi, although I took a few lessons with Prof. Gerry Weil and Olegario Diaz. Upon my arrival in Los Angeles in 1989, I finish my Master Degree in Jazz Performance at CALARTS (California Institute of the Arts), where I had the opportunity to take a few sessions with Prof. David Roitstein. OR: Meus professores de teoria e harmonia eram Maria Josefina Martinez e Tiero Pezzutti, Meu professor de violao classico foi Maria Verdu ( tive tambem palestras de Romulo Lazarde). Meus professores de piano foram: Estrella Mendoza, Viviam Lopez, Atilio Ferraro, Christina Assai. Tambei estudei orgao popular (com os professores Hector Velazquez, Guillermo Vrvicki, Jaime Flores) e orgao classico com Prof. Jose Peñin. Meu treinamente em Jazz foi feito em sua maioria emulando alguns dos meus musicos favoritos da regiao como Pedrito Lopez and Oscar Maggi, embora tenha tipo algumas aulas com Prof. Gerry Weil e Olegario Diaz. Na minha chegada a Los Angeles, em 1989, eu terminei meu Mestrado em Jazz Performance em CALARTS ( California Institute of the Arts), onde eu tive a oportunidade de ter algumas aulas com o Prof. David Roitstein.


SEC - Quando sentiu que realmente ser músico profissional seria sua profissão? When did you feel that you were really be a professional musician? OR: At age 14, I already knew I’d be a professional musician… at age 15 I was already playing in Night Clubs and Jazz Bars (with parental consent, of course!!!) and fully supporting my expenses. OR: Aos 14 anos, eu ja sabia que seria um musico profissional... aos 15 anos eu ja estava tocando em clubes noturnos e bares de Jazz ( com consentimento dos meus pais, e claro !!!) e bancando todas as minhas despesas. SEC- Com quais artistas já trabalhou? Which artists did you work with? OR: When still living in Venezuela, I played virtually with EVERY active national major artist (from year 1980 till 89, from Soledad Bravo, Ilan Chester, Frank Quintero, Guillero Davila, Melissa, Yordano etc… all the way to concerts with visiting American Jazz Players like Eddie Bert, Nat Adderley, Ted Curson, Thomas Chapin, Dave Valentin and Jeff Berlin. Arriving in Los Angeles, my first collaborations were with Alex Acuña, Abe Laboriel and Justo Almario, who helped me connect with some of the most prominent musicians and artists I’ve travelled and recorded with: Dianne Reeves, Arturo Sandoval, John McLaughlin, Frank Gambale, Dori Caymmi, Dave Weckl, Gino Vannelli, Jon Anderson, Lee Ritenour, Akira Jimbo among many, many others… OR: Quando ainda morava na Venezuela, eu toquei com praticamente TODOs os maiores artistas nacionais em ativa ( desde 1980 ate 1989, com Soledad Bravo, Ilan Chester, Frank Quintero, Guillero Davila, Melissa, Yordano etc… ate os concertos com Jazzistas americanos como Eddie Bert, Nat Adderley, Ted Curson, Thomas Chapin, Dave Valentin and Jeff Berlin. Chegando em Los Angeles, minha primeira colaboracao foram com Alex Acuña, Abe Laboriel e Justo Almario, que me ajudou a conectar com alguns dos mais proeminentes musicos e artistas que ja viajei e gravei com: Dianne Reeves, Arturo Sandoval, John McLaughlin, Frank Gambale, Dori Caymmi, Dave Weckl, Gino Vannelli, Jon Anderson, Lee Ritenour, Akira Jimbo entre varios, varios e varios outros...


SEC - Quantos Cd’s autorais já gravou? How many authoral Cd's have you already recorded? OR: I have recorded 5 CD Projects as a leader: Otmaro Ruiz plays Ryuichi Sakamoto (MIDI Inc Japan) 1991 Distant Friends (MIDI Inc Japan) 1993 Nothing to Hide (MIDI Inc Japan) 1995 Latino (M&I Records, Japan) 2005 Sojourn (Moondo Records, USA) 2008 My 6th CD Project as a Producer, Arranger and Co-Leader will be released in a couple of months, it’s call “Catina DeLuna – Otmaro Ruiz – Lado B Brazilian Project” OR: Eu gravei 5 projetos em CDs como lider: Otmaro Ruiz plays Ryuichi Sakamoto (MIDI Inc Japan) 1991 Distant Friends (MIDI Inc Japan) 1993 Nothing to Hide (MIDI Inc Japan) 1995 Latino (M&I Records, Japan) 2005 Sojourn (Moondo Records, USA) 2008 Meu sexto projeto em CD como produtor, arranjador e co-lider sera lancado em alguns meses, e chamado “Catina DeLuna – Otmaro Ruiz – Lado B Brazilian Project” SEC - Quais foram suas influências? What were your influences? OR: Growing up in the Venezuelan cultural environment of the 70s and 80s, I was influenced by most every style that I could have access to. We have to remember that those were times in which the same few musicians did many of the few Jobs available, including Pop shows, TV orchestras, TV and Radio jingles production, Night Clubs and Jazz concerts. So, my influences were extremely varied, from classical music, to AfroCuban, from Straight-Ahead Jazz to Progressive Rock (Ray Barreto, Emiliano Salvador, Irakere, NG La Banda, Gonzalo Rubalcaba, Chick Corea, Dave Grusin, Herbie Hancock, Thelonious Monk, Keith Jarrett, Lyle Mays, Brad Mehldau, Oscar Peterson, Bud Powell, YES, Genesis, Emerson - Lake & Palmer, Peter Gabriel, Alan Parsons among many others...)


OR: Crescendo no ambiente cultural Venezuelano dos anos 70 e 80, eu era influenciado por quase todos estilos que podia acessar. Devemos nos lembrar que naqueles tempos, os mesmo poucos musicos faziam os mesmos poucos trabalhos que estavam disponiveis, incluindo shows Pop, orquestras de TV, producoes de jingles de TV e radio, clubes noturnos e consertos de Jazz. Entao, minhas influencias eram extremamente variadas, indo de musica classica , ate AfroCubana,de Jazz tradicional ao Rock progressivo (Ray Barreto, Emiliano Salvador, Irakere, NG La Banda, Gonzalo Rubalcaba, Chick Corea, Dave Grusin, Herbie Hancock, Thelonious Monk, Keith Jarrett, Lyle Mays, Brad Mehldau, Oscar Peterson, Bud Powell, YES, Genesis, Emerson - Lake & Palmer, Peter Gabriel, Alan Parsons entre vários outros...) SEC - O que acha da nova geração de e das facilidades ao acesso de informações que a internet oferece? What do you think of the new generation, and the facilities to access information that the Internet offers? OR: As you can imagine, my first reaction to the easy availability of information nowadays, is that of extreme wonder and mild envy… LOL…. Envy because it took my generation so much effort in understanding why things work the way they work, I mean the theory behind it, having to listen to music on LPs or Cassette Tapes and frantically rewinding a single passage in order to understand it… not having the luxury of seeing video footage of any of my favorite players… I guess I belong to that last generation of “doing things the hard way”. Now anyone can see multiple videos of the same performance on YouTube, for example… you can see the hands of the performers, and cue a specific point in the performance with just a key click. When it takes a long time for people to figure out a concept or instrumental phrase, there’s a phase in which the idea starts to morph as we try to understand it, sometimes this idea gets completely changed even with added imperfections. Some of these “imperfections” make what we call the “uniqueness” of each artist, they get impregnated with the artist’s personality. However, a byproduct of this trendy easy access (and I notice this day after day) is the lack of personality of many of these young new players. … in an age where everything is already chewed and digested and available for ready application, there’s very little of these “personal” approach applied to anything anymore.


OR: Como voce pode imaginar, minha primeira reacao a facilidade de acesso a informacao nos dias de hoje, foi de uma maravilhar extremo e um pouquinho de inveja...rsrsrs... Inveja porque custou tanto esforco da minha geracao para entender porque essas coisas funcionam assim, e como elas funcionam, quero dizer a teoria atras disso, tendo que escutar musica em discos LP ou fitas cassete, e tendo que voltar freneticamente aquela unica passagem para poder entendela... nao tendo o luxo de ver as apresentacoes em video dos meus mais favoritos artistas... Eu acho que pertenco a aquela ultima geracaoque “fazia as coisas de maneira dificil”. Hoje qualquer um pode assistir multiplos videos da mesma apresentacao no youtube, por exemplo... voce pode ver as maos dos musicos, e marcar um ponto especifico da apresentacao com somente um click. Quando demora muito tempo para as pessoas um conceito ou uma frase instrumental, existe uma fase na qual a ideia comeca a mudar enquanto tentamos entende-la, as vezes essa ideia se transforma totalmente mesmo com imperfeicoes acrescidas. Algumas dessas “imperfeicoes” criam o que se chama “ singularidade” de cada artista, elas ficam impregnadas com as personalidades dos artistas. Contudo, o subproduto dessa tendencia de facil acesso ( e eu noto isso dia apos dia) eh a falta de personalidade de muitos desses jovens musicos... numa era onde tudo ja esta mastigado , digerido e disponivel para ser aplicado, existe muito pouco desse lado “pessoal” utilizado em qualquer coisa. SEC – Costuma usar quais equipamentos? What piano and keyboard you usually use and what’s your equipment? OR: I usually perform on Acoustic Pianos. My preference has always been high end Yamaha (C7 and up), Kawai (RX6, Shigueru, etc) and Steinways. When I play fusion or electric sets, I like playing with my Nord Stage 2 88, my old and trusty JD-800 where I still keep some of my best lead sounds (used in countless recordings) and a new virtual analog synth by Studiologic called THE SLEDGE. Depending on the session or style of sounds required for the job, I would complement this set-up with additional modules (for layering pads, for example, from an independent source) or samples. OR: Eu geralmente toco em pianos acusticos. Minha preferencia sempre foi por Yamahas de alto nivel (C7 e acima), Kawai (RX6, Shigueru, etc) e Steinways. Quando toco fusao ou sets eletricos, gosto de tocar meu Nord Stage 2 88, meu antigo e confiavel JD-800 onde ainda mantenho alguns dos meus melhores sons (usados em incontaveis gravacoes) e um novo analogico virtual sintetizador da Studiologic chamado THE SLEDGE. Dependendo da sessao ou estilo de som exigido pelo trabalho, eu complemento essa armacao com modulos adicionais ( para camadas de som, por exemplo, de uma fonte independente) ou amostras (samples).


SEC - Quais os projetos para 2015? What are the plans for 2015? OR: Towards May of 2015 I will be releasing my new Brazilian Project (Catina DeLuna-Otmaro Ruiz-Lado B) which is a compilation of some of our favorite Brazilian songs, some of them very well known… some of them NOT very well known at all (this is viewed from the American Audience perspective) and arranged in a personal fresh way. With wonderful performances by Catina DeLuna (singer-pianist), Larry Koonse (guitar), Aaron Serfaty (drums) and Edwin Livingston (ac. Bass). Guest appearances by Alex Acuña (perc), Mike Shapiro (perc), Clarice Cast (perc), Greg Bayer (perc), Nick Mancini (marimba) and Bob Shepherd (flutes). We also assembled a great choir with some of my favorite professional singers in LA. Later, early in the summer, I will be producing an album for a talented young bass player and hopefully during those long hot months (June, July, August) I will be either travelling in Europe with some of my associates based in Italy and/or producing my next solo CD project. During these last years after “Sojourn” (2008), I never stopped composing and by now I have a collection of original songs enough for 3 CDs which I have organized by style (my usual Acoustic Jazz Crossover style, a Fusion Electric project and a collection of orchestral songs to be performed by some of my favorite singers… it will be a great surprise!!....) OR: Em meados de Maio de 2015 estarei lancando meu novo projeto Brasileiro (Catina DeLuna-Otmaro Ruiz-Lado B) no qual e uma compilacao de algumas das minhas favoritas musicas Brasileiras, algumas delas muito conhecidas... outras delas NAO tao conecidas ( isso vcisto de uma perspectiva de uma audiencia americana) e arranjado numa maneira muito pessoal e renovada. Com maravilhosas performances de Catina DeLuna (cantora-pianista), Larry Koonse (guitarra), Aaron Serfaty (bateria) e Edwin Livingston (Baixo acustico). Convidados: Alex Acuña (perc), Mike Shapiro (perc), Clarice Cast (perc), Greg Bayer (perc), Nick Mancini (marimba) and Bob Shepherd (flautas). Nos tambem montamos um excelente coral com alguns dos meus favoritos cantores de Los Angeles. Depois, no meio do ano, eu estarei produzindo um albumpara u, talentoso jovem baixista, e espero que durante esses meses (Junho, Julho. Agosto) eu estareiviajando pela Europacom alguns dos meus amigo da Italia e/ou produzindo meu proximo album solo.


Depois desses anos apos “Sojourn” (2008), eu nunca parei de compor e por agora eu tenho uma colecao de musicas originais suficientes para gravar 3 CDs, no qual eu organizei por estilo ( meu usual estilo Acoustic Jazz Crossover, um projeto de fusao Eletrica e uma colecao de musicas orquestrais para serem interpretados pelos meus cantores preferidos... Sera uma excekente surpresa !!!...) SEC - Obrigado pela entrevista! Você poderia deixar uma mensagem final? Thanks for the interview! Could you leave a final message? OR: Thanks very much for the opportunity you have given me to share some of my story with the Brazilian readers, I look forward to visit Brazil more and more and more often and to interact with the local amazing talents. One of the things I keep admiring from Brazilian musicians and artists is their solid sense of identity as a culture, and that’s something I try to pass on to my students, there’s a phase in everybody’s development in which we emulate others however, that phase has to be followed by a true sense of self-discovery as an artist… and nothing represents better what we are than our own cultural baggage… never feel ashamed of your accent, of your sense of phrasing, of your sense of rhythm, it doesn’t matter where you are from, the world does NOT need another Oscar Peterson or a new Chick Corea… the world needs YOU! OR: Muito obrigado pela oportunidade que voce me deu de dividir algumas das minhas historias com os leitores Brazileiros. Espero ansiosamente visitar o Brasil mais e mais, e com masi frequencia, e interagir com os ecelentes talentos locais. Uma das coisas que eu continuo admirando nos musicos e artistas Brasileiros sao seu solido senso de identidade como uma cultura, e isso e algo que eu tento passar aos meus estudantes, existe uma fase no desenvolvimento de todos no qual nos devemos emular outros, portanto essa fase deve ser seguida por um verdadeiro sentimento de auto descoberta como artista... e nada representa melhor o que somos do que nossa propria bagagem cultural... nunca se sentir envergonhado do seu sotaque, seu senso de fraseologia, seu senso de ritimo, nao faz diferenca de onde voce vem, o mundo NAO precisa de outro Oscar Peterson ou outro Chick Corea... o mundo precisa de VOCE !


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