Edição de Abril 2015

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A boa música em primeiro lugar ENTREVISTAS COLUNAS PARTITURAS VÍDEOS TRANSCRIÇÕES E MAIS

MÁRCIO BAHIA Depoimento de mestre NELSON FARIA Uma aula de profissionalismo e música

Nº 15 ABR 2015

www.somemcampo.com

A SEC ENTREVISTA

O guitarrista e violonista FELIPE POLI

COLUNISTAS Adriano Giffoni Bernardo Fabris César Machado Daniela Rennó Márcio Hallack Zazu Zarzur


11 Capa Nessa edição, a SEC (Som em Campo), traz a entrevista com o guitarrista e violonista renomado Nelson Faria.

05

COLUNAS & MATÉRIAS

Discurso de Mestre

Na coluna Discurso de Mestre dessa edição, depoimento do renomado baterista Márcio Bahia

18

Bernardo Fabris

Exercícios de aquecimentos

25

Brasil na Bateria

07

Adriano Giffoni – Partitura Estradas de Minas.

08

Daniela Renó – Exercícios para vibrafone.

18

Bernardo Fabris – Exercícios de aquecimento.

21

Márcio Hallack – Composições autorais

30

Lulu Martin - Posições Drops-Continuação

34

Zazu Zarzur – Homenagem a Jaco Pastorious

Na coluna Brasil na Bateria! César Machado

ENTREVISTA 39

27

Ouvido no Mundo Internacional

Lado B Brazilian Project

Guitarrista e Violonista – Felipe Poli

SOM EM CAMPO RECOMENDA 44

O que tem pra hoje? – CD’s César Machado.

29

Pra levar na bag – Som dos Acordes


La Bella e Som em Campo

Parceiros na difusĂŁo da mĂşsica instrumental!


Já caímos em campo. . .

A caminho do nosso 1º Festival de Música Instrumental ! AGUARDEM


DEPOIMENTO DE MESTRE Márcio Bahia

Idealizado pelo amigo e músico Zazu Zarzur , o “SOM EM CAMPO” é um projeto sério e de grande importância para a divulgação da nossa boa música instrumental brasileira. Com promoção de concertos e workshops convidando grandes nomes do nosso cenário musical,o projeto além de incentivar jovens instrumentistas a desenvolverem suas habilidades musicais, leva ao grande público uma informação preciosa e abrangente, e mais importante, o seu enriquecimento musical , tão deteriorado pela massiva divulgação de uma música ruim, pobre em conteúdo, com fins de embotar a mente do ouvinte, degradando-o culturalmente. Inadmissível, na minha opinião, em um país que sempre foi reconhecido pela sua rica diversidade e qualidade musical. Então minha gente, iniciativas como essa, só nos traz muito orgulho e felicidade, nos incentivando a sempre seguir em frente em nossa missão de músicos sérios, dedicados e competentes em nossa arte, contribuindo não só para a qualidade da cultura do nosso povo, como também levando ao mundo o Brasil da música de alto nível, essa sim, acolhida e reconhecida por onde é tocada. Marcio Bahia - Baterista


ADRIANO GIFFONI E ZAZU ZARZUR REPRESENTAM A EMPRESA NHURESON (S.P), BAIXOS ACÚSTICOS DE ALTO NÍVEL.


ADRIANO GIFFONI Link テ「dio Estradas De Minas

Por Adriano Giffoni


DANIELA RENNÓ Esses exercícios ,foram enviados por um vibrafonista australiano , Kym Ambrose . Por Daniela Rennó



O Estúdio Acústico é parceiro do

Som em Campo

www.acusticoestudio.com.br


NELSON FARIA

SEC: Com qual idade você começou a tocar? E qual foi seu primeiro instrumento? NF: Comecei com aproximadamente 9 anos a tocar piano. A primeira música que aprendi foi “Stormy Weather” que minha mãe tocava ao piano e teve a paciência de me ensinar primeiro a mão esquerda, depois a mão direita depois unir as duas.... Deve ter sido um outro “parto” pra ela rsrsrs... Aos 12 mais ou menos passei pro violão. Sou o filho mais novo entre 6 irmãos e aprendi o violão com meus irmãos. SEC: Quando você sentiu realmente que a música seria sua profissão,e quais dificuldades você encontrou no início da sua carreira? NF: Venho de uma família muito musical. Minha mãe canta muito bem e meus irmãos todos tocam um pouco de alguma coisa. A música sempre esteve presente na minha vida, mas seguir carreira como profissional era outra história. Na verdade, eu sentia que o que eu queria fazer profissionalmente era música, porém, eu não tinha referencias para saber ao certo o que era “viver” de música. Ou seja, como pagar minhas contas com outras notas (as musicais). Por isso , no inicio eu fiquei receoso acabei por cursar 2 anos de economia. Ao mesmo tempo em que eu fazia a faculdade de economia eu já tocava na noite , chegava em casa tarde, e tinha música na cabeça 24 horas por dia. Ou seja, claro, isso não ia dar certo..


Decidi então, incentivado por meu professor de violão naquela época (Sidney Barros, o Gamela), fazer um curso de música fora do Brasil. Conversei em casa e tive, depois de algumas argumentações de meu pai, o apoio que eu precisava para dar um tempo e focar só na música para saber se era isso mesmo o que eu queria da vida. Passei um ano no GIT (Guitar Institute of Technology) em Los Angeles, USA, e voltei de lá músico. Totalmente decidido. Não posso dizer que tive “dificuldades” na carreira. A música só tem me dado alegrias desde que toquei a primeira nota no piano que ficava ali na sala de casa. Profissionalmente, desde o inicio entendi que pra viver de música eu teria que “abrir o meu leque” de opções. Ou seja, quantos mais, e mais interessantes projetos, melhor seria para eu me desenvolver como músico e encontrar meu lugar nesse mercado tão disputado. Hoje, meu leque é bem aberto. Toco como músico side-man no trabalho de alguns artistas, tenho meu trabalho solo, lancei meus CDs (12 até o momento), meus livros (8 até o momento) , tenho um canal no youtube (Um café lá em casa) onde recebo meus amigos músicos pra um bate papo regado a música e muita descontração, faço parte do Nosso Trio ao lado de Kiko Freitas e Ney Conceição, tenho um App com aulas virtuais, DVDs lançados, dou aulas particulares, workshops, sou professor na Universidade de Örebro na Suécia... ufa... bastante coisa.


SEC:Na sua geração o acesso a materiais didáticos e ao estudo musical era mais difícil do que nos dias atuais? NF: Sim, hoje, se eu quero saber sobre algum assunto específico, basta eu dar um “google” que eu acho alguém explicando passo a passo. Na minha época não haviam métodos em português e as escolas eram poucas. Algumas raras iniciativas como o Clam. O que acontecia muito também era que os músicos que tinham alguma informação, não tinham a didática, nem a vontade em muitas das vezes, em passar essas informações para os novos. Quem conseguia saber alguma coisa, as guardava com 7 chaves. Hoje é bem diferente, mas ao mesmo tempo, em alguns casos, a informação banalizada apresenta algumas armadilhas. As vezes vejo “aberrações” na internet. Afirmações teóricas totalmente desprovidas de consistência. Verdadeiros “chutes”. Então as pessoas tem de estar antenadas e saberem distinguir o que é bom do que é para passar batido... SEC: Qual sua formação musical? NF: Comecei a tocar cedo, mas aula mesmo só fui ter aos 16 anos. Meu primeiro professor foi o Sidney Barros (o Gamela). Me sinto um privilegiado por isso. Gamela me apresentou o jazz e o chord melody (forma de tocar harmonia e melodia simultaneamente). E foi ele quem me encorajou a ir estudar no GIT, curso em que me formei em 1984. Depois, quando voltei ao Brasil, me transferi para o curso de música da UnB e também continuei meus estudos por conta própria por uns anos, até que conheci o Ian Guest, com quem aprofundei os estudos de harmonia e composição.


Em 2001 fui morar agraciado com a bolsa Virtuose do Ministério da Cultura e fui para NY estudar arranjo e orquestração. Foi uma ótima experiência. Eu já estava tocando na banda do João Bosco haviam alguns anos e dei uma pausa para fazer este curso de 6 meses. Na volta, fui convidado pelo João para fazer os arranjos do CD Malabaristas do Sinal Vermelho, onde pude aplicar meus estudos nos arranjos que escrevi para orquestra de cordas, madeiras e metais. SEC: Geralmente músicos no início de suas carreiras se inspiram em outros músicos, você passou por esse processo? Quais foram os músicos que lhe influenciaram ou que ainda são fonte de inspiração pra você? NF: Sim, claro. Isso é talvez das coisas mais importantes na minha formação. Joe Diorio teve uma influencia direta, pois ele foi meu professor durante um ano e eu absorvi muito do fraseado dele e da forma de pensar. Gamela por ter sido também meu professor, me influenciou na forma com que faço meus chord melodies até hoje. Para listar alguns nomes que me influenciaram diretamente por eu realmente amar o som que eles fazem e ter ouvido e transcrito muita coisa foram: Toninho Horta, Helio Delmiro, Heraldo Do Monte, João Gilberto, Scott Henderson, Joe Pass, Mike Stern, Pat Martino... e a fila pode ficar gigantesca se eu for realmente colocar todos os nomes. Mas esses aí são sem dúvida minhas fortes influencias. SEC: Você pode citar alguns nomes de profissionais com quem você já gravou ou tocou? NF: Toninho Horta, João Bosco, Milton nascimento, Cassia Eller, Leila Pinheiro, Zélia Duncan, Ana Carolina, Till Broener, Nico Assumpção, Lisa Ono, Wagner Tiso, Paulo Moura, Fátima Guedes, Gonzalo Rubalcaba, Gilson Peranzzetta, Ivan Lins, etc... SEC: Como você se vê enquanto guitarrista tecnicamente falando? Conte-nos um pouco sobre seu processo de estudo. NF: Organizei 6 ítens para o meu estudo diário e é isso que também trabalho com meus alunos. Conhecimento do braço, Leitura, Improvisação, Técnica, harmonia e repertório. Todos os dias temos que trabalhar um pouco cada um desses itens para estarmos “em forma”.


SEC: Em sua opinião, quais os elementos fundamentais para ser bem sucedido como músico? NF: Profissionalismo. Foi-se o tempo em que bastava o músico ser talentoso. Hoje, além de talentoso, tem de ser pontual, tem de se vestir adequadamente, ter bons instrumentos e estar bem preparado tecnicamente. Se o músico não se valoriza, não tem como esperar que a sociedade o valorize. SEC: O que você acha do acesso a materiais didáticos que a internet proporciona atualmente para os músicos e o que acha da nova geração? NF: Acho que tem muita gente boa na nova geração. O que eu tenho visto de músico bom e talentoso não é pouco não. Fico super feliz com isso. O material didático na internet é enorme e tem muita coisa boa. Eu mesmo sempre estou procurando uma coisa nova pra estudar e tal... Mas, como falei, tem também suas ciladas. SEC: Para você qual o limite saudável na relação marketing-música? NF: Acho que o velho ditado é que prevalece: “Quem não tem mercadoria, não anuncia” Ou seja, o marketing é bom pra divulgar o trabalho que as pessoas estão fazendo, mas quando o foco é mais o marketing que o trabalho, a música pede licença e vai embora. SEC: Sabemos que músicos como você passam por situações de extremo cansaço físico e mental. Como lidar com esses momentos tendo que manter a qualidade musical em tantas apresentações? NF: Quando a turnê é puxada e tem shows todos os dias, cada um em uma cidade diferente, o trajeto é assim: - Acorda cedo, pega um ônibus da cidade que fizemos o show na noite anterior até a cidade mais próxima que tenha aeroporto, espera, viaja, faz escala, espera, viaja, chega, pega outro carro pra ir pra cidade onde vamos tocar, passa o som, vai no hotel (quando dá) toma um banho rápido, volta, toca, vai pro hotel, levanta no outro dia cedinho, pega o ônibus pra ir pra cidade mais próxima que tenha aeroporto... etc... etc... etc... Isso as vezes acontece por 10 ou 15 dias seguidos. E ainda estamos ajeitando o fuso horário... ou seja, quando estamos nos hotéis, normalmente excelentes e com camas ótimas, não conseguimos dormir, daí, entramos no avião e caímos no sono... Não tem muita fórmula não. Quando tocamos , parece que vem uma força de sei lá onde, e não sentimos tanto o cansaço. Só depois quando paramos é que vem toda a exautão... mas é bom assim mesmo. Adoro essa vida!


SEC: Está sempre envolto em uma série de projetos, pode-nos falar um pouco sobre alguns nos quais está atuando no momento e sobre futuras empreitadas? NF: No momento estou focado no concerto que escrevi para Violoncelo e Orquestra. Dia 29 de abril agora será a estréia internacional de meu concerto aqui na Suécia. Pretendo gravar este concerto ainda este ano. Só não sei ainda como viabilizá-lo economicamente. Outro projeto que está sendo o meu “xodó” no momento é o programa “Um café lá em casa” que tenho no canal: www.youtube.com/umcafelaemcasa neste programa eu recebo na minha casa amigos músicos para um bate papo super descontraído e um som. O programa está indo super bem e eu adoro fazer. Também lanço daqui a pouco o Nelson Faria APP para ipad e celulares, com aulas em vídeo, pdf, informações sobre minha carreira, e, meus livros em formato digital. Está bem bacana! Aguardem!!!! SEC: O som em Campo agradece pela sua participação como capa da revista! Você poderia deixar uma mensagem final para os seus fãs, músicos, e os leitores em geral da revista? NF: Estejam preparados para quando surgir uma oportunidade. Uma oportunidade que encontra uma pessoa despreparada não serve para nada e, quando a oportunidade encontra uma pessoa preparada, os outros dizem: “Esse teve sorte”. Esteja sempre preparado para que você possa ser um sortudo na vida! Canal do youtube: https://www.youtube.com/user/umcafelaemcasa Link pra video no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=gma6J1fYH0s (Duo com o flautista e clarinetista Sueco Magnus Lindgren)

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BERNARDO FABRIS Por Bernardo Fabris

Exercício de aquecimento #1: Arpejos maiores sobre progressões em ii – V. O estudo serve tanto para aquecimento mecânico no saxofone (ou quando adaptado a outros instrumentos), quanto para formação de vocabulário de improvisação, já que os pares de tríades maiores podem ser utilizados sobre as progressões de acordes sugeridos. Recomenda-se também que o praticante realize variações rítmicas com o material melódico apresentado, podendo inserir síncopes ou colcheias suingadas (swing-eights) para aplicação em diferentes estilos musicais. Também se indica a realização das mais diversas combinações de articulações entre as notas, procurando assim, diversificar e potencializar o estudo em distintos enfoques. Especificamente aos saxofonistas, recomenda-se a utilização de digitações alternativas nas passagens entre as notas fá e fá sustenido (chave tf) e entre si bemol e si natural (chave ta – lateral).


ExercĂ­cio de aquecimento #1:

Por Bernardo Fabris


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MÁRCIO HALLACK Composições autorais do pianista Márcio Hallack.



"DA HORTA" É UMA HOMENAGEM AO TONINHO....


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BRASIL NA BATERIA Por César Machado


BRASIL NA BATERIA

Por CĂŠsar Machado

CONTATOS ATUAIS: 55 21 4107 9355 / 99911 1102 Site: cesarmachado.com.br Skype: cesarmachado52 cmachadodrummer@gmail.com ENDORSER : Vic Firth, Incorporated Boston/Dedham Commerce Park 65 Sprague Street Boston, MA 02136 U.S.A. Telephone: 617-364-6869 Baterias Odery: http://www.odery.com.br/


OUVIDO NO MUNDO Internacional LADO B BRAZILIAN PROJECT

Fotos de: Joey Villes Lado B Brazilian Project nasceu da necessidade e do desejo de trazer ao público norte-americano um repertório brasileiro que vai além da bossa nova e do samba. Formado e dirigido por Otmaro Ruiz, o projeto conta com a participação da cantora e pianista brasileira Catina DeLuna, radica em Los Angeles há 6 anos, do baterista venezuelano Aaron Serfaty, do guitarrista Larry Koonse e do contrabaixista Edwin Livingston. O debut album do grupo conta com a participação de nomes como Alex Acuña, Mike Shapiro, Bob Sheppard, Gre Beyer e Nick Mancini e está previsto para ser lançado em julho deste ano. Os arranjos inigualáveis de Otmaro Ruiz apresentam de forma singular canções de compositores Dominguinhos, Lenine, Egberto Gismonti, Milnton Nascimento, bem como composições de Tom Jobim além de algumas músicas inéditas de compositores como Sérgio Santos e Albanos Sales. O CD pode ser adquirido antecipadamente através do www.pledgemusic.com/ladob, oferecendo vantagens aos brasileiros que não terão que pagar as despesas de envio do CD para o Brasil e ganharão como bonus o download do CD. Ao adquirir o CD através do Pledge Music, os fãs ainda ganham acesso a videos, entrevistas e downloads gratuitos de músicas gravadas em CDs anteriores além da oportunidade de comprar CDs do pianista Otmaro que estão fora de catálogo e são considerados ítems raros e valiosos no mercado do jazz, lançados apenas no Japão. Partituras dos arranjos e aulas via skype também estão sendo disponibilizadas através da campanha do Pleadge Music que estará no ar por apenas 40 dias.



Pra levar na bag A Som em Campo apresenta

O Som dos Acordes Editora Gryphus

Livro de acordes para piano de Jazz Lulu Martin


LULU MARTIN Por Lulu Martin O QUE É MÚSICA? É a arte de combinar os sons simultânea e sucessivamente, com ordem, equilíbrio e proporção. Através da música manifestamos os diversos afetos de nossa alma. O som é uma vibração acústica que se propaga por meio de ondas sonoras. O som possui quatro parâmetros: altura: que divide os sons em graves, médios e agudos; duração: é o tempo que ecoa o som; intensidade: é a graduação do volume sonoro; timbre: é a característica especial de cada som. Os três elementos fundamentais da música são a melodia, a harmonia e o ritmo. O que é melodia? É a combinação dos sons sucessivos. É a concepção horizontal da Música. O que é a harmonia? São os sons simultâneos. É a concepção vertical da música. O que é ritmo? É a combinação dos valores tempo. Notas musicais são símbolos que usamos para representar os sons. As notas musicais são: DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI. Foi Guido D`Arezzo (992-1050), um monje, quem deu os nomes as notas musicais. Ao ser fixada a escala maior, ela também foi chamada de escala natural. A AUDIÇÃO CONSTRUTIVA O organizador que percebe e dá sentido a improvisação musical é a capacidade auditiva do músico. Ela determina que notas escolher. Escutamos de forma que a consonância prevaleça no lugar da dissonância. Isso ajuda a construir sentido musical. O que elimina o caos é a boa organização. Para se ter clareza musical é necessário delimitar as notas a serem usadas nos acordes. Isso ajuda a formular melhores acordes musicais, porque dão mais sentido artístico. A comunicação que não cria sentido musical para quem escuta, é uma expressão egoísta, valoriza apenas o lado que expressa sua subjetividade, não objetiva a comunicação no sentido de emitente e receptor. Harmonia ensina primeiro a constituição dos acordes, ou seja, quais tons e quantos deles podem soar simultaneamente com a intenção de produzir consonâncias e dissonâncias. No mundo dos acordes (harmonia em repouso) e seu encadeamento (harmonia em movimento) a boa organização musical determina que depois de se aprender técnicas de construção de acordes, temos que perceber para quais situações musicais esses acordes são indicados e funcionam bem.


LULU MARTIN Por Lulu Martin Das escalas extraímos os acordes. Acordes são construídos e classficados através de intervalos de terças sobrepostas umas as outras. Acordes ficam em suas posições fundamentais e nas suas inversões. As notas dos acordes podem ser distribuídas nas regiões do som mais agudas e nas mais graves. O exercício desta edição mostra os acordes naturais da escalas maior em sua posição fundamental e inversões e a aplicação da técnica de arranjo chamada "Drop", nestes acordes.

lulumartinbr@yahoo.com.br


Link テ「dio Posiテァテオes Drops

lulumartinbr@yahoo.com.br


Apresenta


ZAZU ZAZUR

Por Zazu Zazur Nesta edição optei em fazer uma homenagem através de fotos não muito conhecidas deste que realmente foi um (Gênio do Baixo Elétrico), Jaco Pastorius, para quem não as conhecia espero que se divirtam !!!


ZAZU ZAZUR


Nhureson (S.P) tem o prazer de ter no seu plantel de endorser de Baixo acĂşstico Adriano Giffoni e Zazu Zarzur, parceria perfeita, grandes mĂşsicos usam instrumentos de alto nĂ­vel.

Parceiras a procura do Som perfeito!


Nhureson e Som em Campo, parceria em prol da boa música !!! Nas fotos abaixo, temos um pouco do trabalho do grande luthier Emerson Veiga, instrumentos de altíssimo nível feitos por encomenda, e também instrumentos com valores acessíveis para estudantes e iniciantes..



FELIPE POLI

SEC: Com qual idade e como ocorreu seu interesse pela guitarra? FP: Comecei a tocar violão aos 11 anos, gostava de bossa-nova depois , sou de uma geração onde a mpb era riquíssima , e quando ouvi o Milton Nascimento e o Toninho Horta , pedi uma guitarra para minha mãe de aniversário de 15 anos. SEC: Quando começou a estudar guitarra, em sua geração, como eram as condições ao acesso as informações didáticas para o estudo do instrumento? FP: Comecei a estudar com 16 anos ,em um curso com Hélio Delmiro , e logo depois com o Ary Piassarolo , depois fui estudar com o Isidoro Kutno , que ensinava o curso da berklee,tive de esperar em uma fila , pois na década de 80 ,poucas pessoas ensinavam harmonia funcional, não tinha internet e o computador chegaria na casa do músico lá pelos 90 . Após o termino do curso estudei um pouco com o Nelson farias e ainda com Alexandre Carvalho. SEC: Fale sobre o início de sua carreira? FP: Comecei tocando em bares na zona sul do Rio e tb na zona norte , Tijuca , onde tinha uma vida noturna intensa nos anos 80, depois passei a tocar em bailes e boates de Ipanema,copa Cabana e Leblom . Nos anos noventa já tocava com alguns artistas como a Claudinha Teles e a Paula morelembaum , Kleitom Ramil , no início do ano 2000 estava com Leny Andrade e Altay Veloso .


SEC: Como foi o processo do seu primeiro trabalho autoral solo , ou com banda? FP: Em 2002 lancei meu primeiro cd solo Trem fantasma , e comecei tb uma parceira que dura até hoje com meu grande amigo Adriano Giffoni ,já gravamos juntos uns 5 ou 6'cds , sendo que ultimo foi gravado em meu estúdio em Niterói , com o trio,Melhor de 3 ,. Já gravei e participei de muitos CDs e DVDs , comecei a catalogar mas parei , tenho algumas Informações no site felipepoli.com , sobre CDs e DVDs .Os dói últimos DVDs são da Clara Becker , e o da Marlene .Os últimos CDs são da Hena, artista Coreana e produção do César Machado e o do Mombaca com produção do Arthur Maia . SEC: Conte aos leitores da revista Som em Campo como ocorre seu processo de composição? FP: Não tenho um ritual para compôr , o mais importante é ter tempo , o que cada vez é mais raro, a música está dentro de mim , e preciso tirar , as vezes ela sai pronta , as vezes tem de ser mais elaborada .


SEC: Guitarra elétrica e violão, no seu ponto de vista o que acha das técnicas inovadoras e formas de se tocar fora do tradicional! FP: Estudei violão durante 5 anos , e depois fui tocar guitarra ,acredito ter a mesma afinidade com os dois instrumentos , acho que 85%do som vem da mão do músico , o restante do instrumento . Nunca estudei técnica , acho que a técnica deve ser proporcional a o que você precisa. Para se expressar musicalmente , acho que ela tem de trabalhar para a música . SEC: Sobre sua sonoridade e forma de tocar, conte –nos sobre o equipamento que usa atualmente? FP: A alguns dias vi uma coisa no facebook que achei super interessante , tinha uma,pedaleira gigante com muitos,pedais e dizia: antes dos 30 , depois um cabo um ou dois pedais e um amp.E dizia : depois dos 30"! Realmente , hoje quero o,som da guitarra , de que adianta ter uma super guitarra e processar incrivelmente o som dela ? Para isso qualquer guitarra básica já serve ! SEC: Cite os músicos que mais te influenciaram? FP: Os músicos que me influenciaram foram muitos , mas primeiramente Jobim , mestre ,depois Toninho Horta , Pat metheny estes são evidentes , adoro muitos outros , Ivan lins , Milton,Beatles , Gilmour, lukarter, hendersom , parker, coltraine , Menescal , lê Grand , Sting, Wiliams ,Ogerman , Lenine , mas de fato , amo a música do séc 20 ! SEC: Deixe uma mensagem para os leitores da revista Som em Campo e conte sobre seus novos projetos? FP: Amigos finalizando acredito na música , acho que o estudo da música hoje é bem mais fácil ou melhor, acessível do que quando comecei , acho que os músicos brasileiros hoje tem um nível maravilhoso , em qualquer segmento , acho tudo muito bem tocado do axé ao sertanejo.É pena que não exista espaço para esta pluralidade toda nas rádios e na tv ,Aqui é meio tudo ou nada .E acho também que o músico precisa ser mais valorizado , pois vivemos num pais onde só se valorizam os artistas , os músicos estão sempre em segundo plano ,seria muito bom se as próximas gerações conseguirem mudar esta visão brasileira . Forte abraço do Poli .


TRESCLICKS fotografia & Som em Campo Parceria entre o Som e a arte de registrar a mĂşsica em movimento por Tatiana Ribeiro


TV Nova Lima

registrando o nosso som


O que tem pra hoje? Cd’s Baterista César Machado CD Litoral & CD Momentos Áudio Litoral

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Edição e diagramação: Antônio Augusto Franco Contato: antonioaugustobh@hotmail.com

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