Edição de agosto 2015

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A boa música em primeiro lugar ENTREVISTAS COLUNAS PARTITURAS VÍDEOS TRANSCRIÇÕES E MAIS

Lupa Santiago, sua guitarra e sua trajetória musical

LUPA SANTIAGO Nº 18 AGO2015

www.somemcampo.com

A SEC INTERNACIONAL ENTREVISTA

O baterista JIMMY BRANLY

COLUNISTAS Adriano Giffoni Bernardo Fabris César Machado Lulu Martin Márcio Hallack Zazu Zarzur


37 Capa Nessa edição, a SEC (Som em Campo), traz a entrevista com o guitarrista Lupa Santiago.

Foto da capa: Samuel Machado

05 Depoimento de Mestre

Na coluna Depoimento de Mestre Hermeto Pascoal.

11

Bernardo Fabris

Exercícios de tríades aumentadas para saxofone

14

Márcio Hallack

COLUNAS & MATÉRIAS 07

Adriano Giffoni – para improvisação.

11

Bernardo Fabris – Exercícios de tríades aumentadas.

26

César Machado Partitura de Forrós.

30

Lulu Martin - Volta ao básico dos acordes.

14

Márcio Hallack Partituras inéditas.

34

Zazu Zarzur – Objetivos perante a carreira musical.

Partituras inéditas do pianista Compositor e arranjador.

26

Frases

ENTREVISTA 19

Brasil na Bateria

Baterista cubano - Jimmy Branly. SOM EM CAMPO RECOMENDA

Na coluna Brasil na Bateria! César Machado 48

O que tem pra hoje? – CD Lupa Santiago.


La Bella e Som em Campo

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Já caímos em campo. . .

A caminho do nosso 1º Festival de Música Instrumental ! AGUARDEM


DEPOIMENTO DE MESTRE

Quero dizer que é sempre uma satisfação dar uma entrevista inteligente. É bom saber que tem bons músicos também no jornalismo.

Hermeto Pascoal


ADRIANO GIFFONI E ZAZU ZARZUR REPRESENTAM A EMPRESA NHURESON (S.P), BAIXOS ACÚSTICOS DE ALTO NÍVEL.


ADRIANO GIFFONI

FRASES PARA IMPROVISAÇÃO- ESTUDO 1

Por Adriano Giffoni

Essa matéria inicia um novo ciclo, onde vou mostrar sugestões para frases de improvisação construídas com base nos arpejos e notas cromáticas. Meu objetivo é mostrar que é possível improvisar nos vários estilos dos ritmos brasileiros quando o domínio dos acordes e escalas já estão desenvolvidos e bastante praticados nas bases de acompanhamento. Solar, na minha opinião, é uma evolução do conhecimento e dedicação do baixista aos fundamentos principais do contrabaixo. Observem as notas de entrada dos acordes, pois são sempre notas dos arpejos dos acordes. No primeiro compasso do primeiro exemplo, o mesmo arpejo feito no acorde de Em7, foi feito meio tom abaixo no Ebm7 e ajudou a resolver a passagem para o segundo compasso. No segundo exemplo, eu comecei o solo com a nota C# no acorde de Dm7. Mesmo não fazendo parte do acorde funcionou bem como nota de passagem. No terceiro exemplo, a nona foi usada no começo e no segundo tempo do compasso. No quarto exemplo, eu usei a quinta diminuta para entrar no segundo compasso e a mesma nota teve outra função no acorde de D7(b9) e virou a nona bemol. Estude em andamentos progressivos até chegar ao andamento de 100 bpm. Um bom estudo também, é passar as frases para outros tons. Adriano Giffoni


ADRIANO GIFFONI



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Som em Campo

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BERNARDO FABRIS saxofonista - Professor Adjunto UFOP

Por Bernardo Fabris

EXERCÍCIO DE TRÍADES AUMENTADAS PARA SAXOFONE Continuando a proposta apresentada anteriormente em outras edições da Som em Campo, enfoco propostas de exercícios que possam agregar alguns dos aspectos da prática instrumental no saxofone (e demais madeiras) de modo a otimizar o tempo de estudo do músico. O exercício aqui apresentado é baseado em tríades aumentadas expostas no método do saxofonista Jackie McLean “Daily Warm-up Exercises for Saxophone” e que é proposto pelo autor como um exercício de aquecimento a ser tocado em andamento mais lento. Porém, o exercício, se tocado em andamento mais rápido, comporta-se de maneira muito eficiente como um exercício mecânico, no qual ainda podem ser aplicados diferentes tipos de articulação.


Sugestão de diferentes articulações:

As estruturas triádicas são também excelentes alternativas para a formação de vocabulário para improvisação. No caso das tríades aumentadas, estas podem ser utilizadas, por exemplo, sobre acordes de dominante com #5 (b13) da mesma fundamental, como por exemplo em C7 (#5), onde se arpeja a tríade de mesmo nome, porém, é importante salientar que as tríades aumentadas são estruturas simétricas com intervalos regulares de terça maior, sendo que sua escala geradora a de tons inteiros, ou hexatônica:

Portanto, sobre o acorde de C7(#5), por exemplo, podem ser utilizados os arpejos de Dó e Ré aumentados, além de suas inversões: C7(#5)


D7(#5)


MÁRCIO HALLACK PARTITURAS INÉDITAS DO PIANISTA, COMPOSITOR E ARRANJADOR

Link de áudio Um Presente Pro Titio

Márcio Hallack


MÁRCIO HALLACK


MÁRCIO HALLACK


Mร RCIO HALLACK Link de รกudio Tudo Azul


JIMMY BRANLY

SEC: Com qual idade despertou seu interesse pela música e qual foi seu primeiro instrumento? At what age sparked your interest in music, and what was your first instrument? JB:I was in General Arts school where I was studying Plastics Art and had many friend next door practicing music. that was a bit of distraction, making me be more part of that that what I was doing, so i made the switch to music, starting on classical percussion around 1989. My dad was a big influence. he used to play british rock bands on his stereo. I had a thing for Deep purple, rush, Led Zeppelin, Queen, and The Beatles . first instrument was drumset, but school only teach me snaredrum. In Cuba was it very hard to find any kind of instrument, so short story, I had to make my own in order to start. JB: Eu estava na escola de artes em geral, onde eu estava estudando artes plásticas e tinha muitos amigos ao lado praticando música, tornando-me mais parte daquilo, do que o que eu estava fazendo, então eu interrompi o curso que estava fazendo e fui para o de música, a partir de percussão clássica por volta de 1998. Meu pai foi uma grande influência. Ele costumava tocar e ouvir bandas de rock britânico em seu aparelho de som como Deep Purple,Rush, Led Zepelin e os Beatles. Meu primeiro intrumento foi drumset, mas na escola só estudei percussão. Em Cuba era muito difícil encontrar qualquer tipo de instrumento. Eu tive que fazer da minha forma para começar.


SEC: Você é natural de qual pais, e iniciou seus estudos musicais onde nasceu? What’s your nationality? Where did you begin your musical studies? Was it in the same city where you were born? JB:I was born and raised in Cuba (Habana). I moved to the US in 1998. JB: Eu nasci em Cuba (Havana ) e me mudei para os EUA em 1998. SEC: Com quais professores já estudou, e se teve formação acadêmica onde se formou? Which teachers have you studied with?And if you had academic training where did you graduate? JB:I studied in two schools. ENA ( escuela nacional de artes) and Adolfo Guzman. my teachers were Arnoldo and Roberto Concepcion. but my main focus was learning by ear listening to many drummers from all over. JB: Eu estudei em duas escolas. ENA ( Escola nacional de artes) e na Adolfo Guzman. Meus professores foram Arnoldo e Roberto. Mas meu foco principal era ouvir sempre todos os bateristas. SEC: Quando sentiu realmente que ser músico profissional seria sua profissão? When did you fell that you’d really be a professional musician? JB:I was studying in ( ENA ) when one day I heard from other students that someone important was looking for me. it ended up being The Band Cuarto Espacio, a great fusion band formed by musicians that were playing back then with Silvio Rodriguez and the band Afro-Cuba. From that moment I started a professional life, traveling around south america and other countries. I guess that makes you a professional, even when you still on the course of learning. still this days I’m still learning and adapting. but for me the professional life starts when you admit that you have to learn and never believe that you know it all. JB: Eu estava estudando na ENA, quando um dia ouvi de outros estudantes que alguém muito importante estava me observando. Acabou sendo a banda Cuarto Espacio uma grande banda de fusion formada por grandes músicos como Silvio Rodriguez e a banda Afro Cuba e a partir daquele momento eu comecei uma vida profissional viajando ao redor da América do sul e em outros países. Acho que isso faz de você um profissional, mesmo quando você ainda esta em um curso de aprendizagem. Ainda hoje em dia eu ainda estou aprendendo e me adaptando. Mas para mim a vida profissional começa quando você entende tem que aprender e nunca acreditar que você sabe tudo.


SEC: Com quais artistas já trabalhou? Which artists did you work with? JB:In Cuba I had work with the best, Ernan Lopez Nussa,Omar Hernandez, Fernando Calveiro ,all patrt of Cuarto espacio, then joined Ernan Lopez Nussa latin jazz quartet. Issac Delgado, NG La Banda, Chucho Valdez, Ivan Melon Lewis, Carlitos Del Puerto, Tony Lopez, Chicoy Valdez, Jorge Reyes. here in the US I have work with many great musicians such as, Flora Purim, Airto Moreira, Rebeca Mauleon, Francisco Aguabella, Brandon Fields, Alan Pascua, Lyle Mays, Otmaro Ruiz, Abraham Laboriel, Michael Nezmith, Sheila E, Alex acuna, Celia Cruz, Strunz & Farah, Luis Conte, Justo Almario, Andy Narell, Carol Welsman, Jimmy Haslip, Russel Ferrante, Oscar Hernandez, Dave Valentin, Don grusin, Omar Sosa, Ken Pleplowski, Tom Scott, John Patitucci, Bob Mintzer, Doc Severinsen, Bryan Linch, Carlitos Del Puerto, The LA Latin Jazz All Stars, Poncho Sanchez, Giovany Idalgo, Bill Cunliffe, Sandro Albert, Ramon Stagnaro, Playing For Change, Arturo Sandoval, Michael O'neil, Ricky Martin, Alejandro Sanz, Andy Garcia, Prince Roy, Raul Malo, Natalie Cole, Gloria Estefan, Emilio Estefan, Bob Sheppard, David Garfield, Randy Waldman, etc. JB: Em Cuba eu toquei nos melhores trabalhos como: Ernan Lopez Nussa, Omar Hernandez, Issac Delgado ,Fernando Calveiro,All patrt of Cuarto Espacio, Then joined Ernan Lopez Nussa Latin Jazz Quartet, Chuco Valdez, Carlito Del Puerto, Tony Lopez , Chicoy Valdez, Jorge Reis. Nos EUA,venho trabalhando com grandes músicos como:Lyle Mays, Jhon Patitucci, Abraham Laboriel, Otmaro Ruiz, Airto Moreira, Flora Purim, Alex Acuna,Arturo Sandoval, Bob Mintzer, Michael Nezmith, Bryan Linch,Tom Scott, Jimmy Halsleap, Ken Pleplowski, Andy Narel,Bill Cumliffe, Michael Ó`neial, Brandon Fields, Struns and Farah, Carol Welsman, Natalie Cole, Rick Martin, Gloria Estefan, Prince, The La Latin jazz All Star etc..... SEC: Quantos cd’s autorais já gravou? How many authoral Cd's have you already recorded? JB: I have been part of many CDs, recording is something I enjoy very much. I have no count on many but they are quite a bit. JB: Eu fiz e faço parte de gravações de muitos cd’s e é algo que eu gosto muito. Eu não tenho nenhuma contagem. SEC: Quais foram suas influências? What were your influences? JB:My very first infuence was Ian Paice fro Deep Purple, Joh Bohnam, Elvin Johnes, Dennis Chamber, Tony Williams, Jack D’ Johnette, Dave Weckel, Buddy Rich , Vinnie Colaiuta ,etc.


JB: Minha primeira infuência foi o Ian Pace do Deep Purple, Jhon Bohnam, Elvin Johnes, Dennis Chamber, Tony Williams, Jack D´Johnette, Dave Weckel, Buddy Rich, Vinnie Colaiuta, etc…. SEC: O que acha da nova geração de bateristas e das facilidades ao acesso de informações que a internet oferece? What do you think of the new generation of drumers, and the facilities to access information that the Internet offers? JB:I think they are very lucky. I remember having to learn from a cassette tape that was a copy of many copies. it was very difficult. Technology is very important and that is our new way of learning. Unfurtunately that bring other consequences like haveing less proffessors to teach in the future as it is already hapening now, but I guess thats the way it is so we have to deal with it. the more technology the less human we get. and at the same time I have to say, I cant live without technology. I wake up in the morning with the iphone in my hands. thats the kind of life we live today:) JB: Eu acho que eles tem muita sorte. Lembro-me de ter que aprender a partir de uma fita cassete que era uma cópia de muitas cópias e isso era muito difícil. A tecnologia é muito importante e é a nossa nova forma de aprendizagem. Infelizmente que traz outras consequências como ter menos professores para ensinar no futuro, como já está acontecendo agora, mas eu acho que é a única maneira e assim sendo, nós temos que lidar com isso. Quanto mais tecnologia, menos humanos nós conseguiremos ser. E ao mesmo tempo eu tenho que dizer, eu não posso viver sem tecnologia. Eu acordei de manhã com o iphone em minhas mãos. esse é o tipo de vida que vivemos hoje. SEC: Qual bateria você costuma usar e quais equipamentos? What drums you usually use and what’s your equipment? JB: I have been a Yamaha Artist since I moved to the states. I trust it and it is a beautiful company, as well as my other ones: Zildjian Cymbals, Remo heads, Meinl Percussion and Vic Firth sticks. I use different setting all the time. concider myself lucky that I’m able to play many styles and knowing that they all require an specific tone and interpretation. JB: Eu sempre fui um artista da Yamaha desde que me mudei para os Estados Unidos. Eu confio nelas e é uma bela empresa, assim como meus outros queridos: Zildjian Cymbals, Remo Heads, Meinl Percussion and Vic Firt sticks. Eu uso diferentes afinações todo o tempo. Considero-me muito bem em saber que eu sou capaz de tocar muitos estilos, sabendo que todos eles exigem específicos timbres e interpretações.


SEC: Quais os projetos para 2015? What are the plans for 2015? JB:2015 is another year. I do lots of production work and record many drum tracks in my studio. as well as a mixing and tracking engineer. also I am a teacher at Cornel school of contemprary music at Shepherd University. thats a great Job and an amazing school I have been part of for 7 years. working with artis on some free nights. touring also is on schedule. also I have a family, and that is very important, so I’m very selective with work. JB: 2015 é um diferente ano. Eu faço muitas Produções, trabalhos e gravo muitas faixas de bateria no meu estúdio.Assim como mixando e gravando faixas como engenheiro de áudio. Eu também sou um professor da escola de Cornell de música e de música contemporânea na Universidade de Shepherd. Tem sido um grande trabalho e é uma incrível escola que faço parte á 7 anos e trabalhando com artistas em algumas noites livres. Tournês também estão dentro do cronograma. Também tenho uma família, e isso é muito importante, por isso sou muito seletivo com meu trabalho. SEC: Obrigado pela entrevista , você poderia deixar uma mensagem final para os leitores da revista Som em Campo? Thanks for the interview! Could you please leave a final message for the readers of Som em Campo magazine? JB:My message is for all musicians to be as versatile as they can. pay attention to the way we express music. Always find a musical way to perform your ideas. no matter what instrument you play. Music becomes alive when you mean and have a purpose on what you are doing. JB: Minha mensagem é para todos os músicos serem mais versáteis como puderem. Prestar atenção na forma como expressamos á música. Sempre encontrar uma maneira musical para expressar suas ideias. Não importa qual instrumento você toque. A música ganha vida quando você quer e têm um propósito no que você está fazendo. Muito obrigado pela oportunidade.


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BRASIL NA BATERIA

Por CĂŠsar Machado

CONTATOS ATUAIS: 55 21 4107 9355 / 99911 1102 Site: cesarmachado.com.br Skype: cesarmachado52 cmachadodrummer@gmail.com ENDORSER : Vic Firth, Incorporated Boston/Dedham Commerce Park 65 Sprague Street Boston, MA 02136 U.S.A. Telephone: 617-364-6869 Baterias Odery: http://www.odery.com.br/


O som dos acordes – exercícios de acordes para piano de jazz

Esta obra é o resultado de uma vida inteira da prática musical do autor, que começou com os seus estudos na Berklee College of Music, renomada escola de música popular e jazz em Boston, EUA. Foi feito com a intenção de organizar e facilitar o estudo das diferentes tonalidades musicais e para a melhor compreensão das relações entre escalas e acordes. A música contém basicamente três elementos: a melodia, a harmonia e o ritmo. Destes três elementos fundamentais, o estudo da harmonia é o conhecimento que mais apresenta regras de composição. O piano é o principal instrumento musical para estudar acordes e inversões, com suas regras de construções e relações. Ele facilita a visualização dos acordes, e por isso ele deve ser o segundo instrumento de qualquer músico. Portanto este livro oferece subsídio a todos os músicos para o estudo das diferentes formações de acordes (e suas inversões) com todas as variações de qualidade de som que as tonalidades oferecem. O som dos acordes é um condensado do conhecimento musical de Lulu Martin adquirido ao longo de sua vida profissional. São exercícios ensinados por professores, pianistas amigos, intuições musicais. É um trabalho bem estruturado, que fará uma diferença positiva no conhecimento dos estudantes e profissionais de música. SOBRE O AUTOR Lulu Martin é pianista carioca. Fez formação de músico nos EUA, no Berklee College of Music. No Brasil, trabalhou com artistas da MPB em shows e em gravações. É compositor musical para audiovisual e propaganda. Trabalha em ambientes musicais diferentes, e tem experiência com o ensino de piano e de música.


Pra levar na bag A Som em Campo apresenta

O Som dos Acordes Editora Gryphus

Livro de acordes para piano de Jazz Lulu Martin


LULU MARTIN Por Lulu Martin

A MÚSICA

A música contém basicamente três elementos: a melodia, a harmonia e o ritmo. Destes três elementos fundamentais, o estudo da harmonia é o conhecimento que mais apresenta regras de composição. O piano é o principal instrumento musical para estudar acordes e inversões, com suas regras de construções e relações. O piano facilita a visualização dos acordes, e por isso ele deve ser o segundo instrumento de qualquer músico. Portanto este livro oferece subsídio a todos os músicos para o estudo das diferentes formações de acordes (e suas inversões) com todas as variações de qualidade de som que as tonalidades oferecem.

VOLTA AO BÁSICO DOS ACORDES Na harmonia dos acordes, sempre voltamos ao básico, que é conhecer as escalas musicais para poder explorar seus acordes. As escalas nos dão acordes. Nossas escalas básicas são, escala maior (e as escalas modais da escala maior), escala menor natural (todo tom maior tem seu tom relativo menor), escala menor harmônica, escala menor melódica (tradicional), escala melódica de jazz (e as escalas modais desta escala), escala diminuta simétrica, escala dominante diminuta, escala de tons inteiros, escala pentatônica maior, escalas pentatônicas modais, escala de blues. Este é o mundo das escalas na música popular que abrange a prática da improvisação nas músicas de jazz, da bossa nova, do sambajazz, do tango, do blues, do rock, etc. A característica marcante do jazz é o uso da terça menor num acorde maior. É o som do blues, a tão conhecida blue note. É a nossa primeira nota de aproximação cromática dos tons que formam o acorde maior. A forma do blues é 12 compassos. A boa prática diz para ser estudar em todos os tons, para se criar fluência no estudo dos solos improvisados.

lulumartinbr@yahoo.com.br


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Apresenta

ZAZU

Reproduzindo com fidelidade trabalho!


ZAZU ZAZUR

Objetivos definidos perante a carreira musical

Por Zazu Zazur

Olá leitores da Som em Campo, nesta edição optei em escrever sobre outro assunto que também acho muito relevante na carreira de um músico, que é o foco ou objetivo definido em relação a sua carreira musical. Claro que existem vários tipos de trabalhos durante a carreira de um músico, alguns músicos pela sua condição financeira adquirida através do trabalho como músico não precisam trabalhar em certos trabalhos, e outros até mesmo pela condição familiar também podem escolher trabalhos, mas, muitos não tem essa opção e precisam para poder pagar as contas tocar em muitos trabalhos que não lhes agradam. Muitos músicos nem mesmo se quer podem se dedicarem a novas técnicas, a novos estudos porquê pela correria do dia a dia de trabalho não os permite, e ai se vão muitos grandes e talentosos músicos pelo “ralo” , passam a vida só trabalhando para sobreviver e sem nunca terem tido o privilégio de poderem se aprofundar realmente em áreas que queriam na música. Acho fundamental traçar metas, mesmo que a vida seja extremamente inconstante, mas metas são no meu ponto de vista necessárias.Quando traçamos metas na maioria das vezes o músico terá que abrir mão de algumas situações, inclusive dependendo do objetivo que se espera alcançar, da parte financeira, da parte social, vide exemplos de grandes músicos e artistas de outras áreas que conseguiram atin- gir seus objetivos e muitos marcaram seus nomes na história, que inclusive este não é o objetivo de se ter um foco na carreira, mas para alguns isto acaba acontecendo. Ter objetivos reais, é fundamental para que se tenha prazer na profissão, e tendo estes objetivos essa si- tuação entre a profissão e o prazer se misturam ao ponto de muitas vezes o músico nem saber se é um profissional, mesmo sendo , porquê o prazer de tocar se torna algo muito sublime e verdadeiro, mesmo sabendo que o dinheiro para sua sobrevivência venha da música que ele faz, e no meu ponto de vista este é o ápice na vida de um músico. Ser verdadeiro com seus objetivos, mesmo que o mundo tente te provar o contrário, ou o meio musical


ZAZU ZAZUR Também , nunca o músico pode deixar que os teus sonhos sejam transformados na correria do dia a dia em trabalhos irrelevantes na arte só pelo fator financeiro ou pelo fator social , tipo o que os outros acham , fulano toca com tal artista, então fulano é um grande músico , sendo que é uma grande mentira até porquê na maioria das vezes estes artistas que muitos músicos acompanham fazem uma música de péssima qualidade, que eu nem chamo de música, chamo de entretenimento de péssimo gosto, isso são situações pré estabelecidas por uma sociedade vazia, altamente consumista que tenta ditar normas que são embutidas pelo mercado radiofônico defensor da “música” fast food. Assim sendo percebe se que a cada dia menos trabalhos realmente interessantes aparecem, o músico deve compreender que a parte financeira se faz necessária, porém , ser músico é uma espécie de compromisso com a arte, caso contrário deveriam ter escolhido outras profissões que teriam segurança, a parte financeira seria ótima , enfim ..... Espero que eu tenha conseguido escrever de forma clara sobre minha visão em particular perante a este assunto que acho de extrema importância, e também faço questão de deixar bem claro que se trata do, meu ponto de vista, então alguns leitores irão concordar, ou se identificar , e outros não, mas isso não me importa, o que me importa é escrever sobre o que eu observo e não concordo,, até porquê não irei usar este espaço e nem nenhum outro onde sou convidado para participar como músico para falar assuntos irrelevantes ou politicamente corretos, não faz minha linha e sempre senti falta de ler textos ou colunas de músicos falando de certos assuntos de forma aberta. Grande abraço aos leitores da revista Som em Campo, e até a próxima edição. Zazu Zarzur: Baixista, Compositor e Arranjador.


Nhureson (S.P) tem o prazer de ter no seu plantel de endorser de Baixo acĂşstico Adriano Giffoni e Zazu Zarzur, parceria perfeita, grandes mĂşsicos usam instrumentos de alto nĂ­vel.

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LUPA SANTIAGO

SEC: Com qual idade você começou a tocar? E qual foi seu primeiro instrumento? LS: Comecei com 7 anos no violão, tendo aulas particulares, adorava. Passei para a guitarra aos 12, mas só comecei a estudar a sério aos 17. SEC: Quando você sentiu realmente que a música seria sua profissão,e quais dificuldades você encontrou no início da sua carreira? LS: Desde o inicio sabia que ia ser musico, desde os 7, rsrsrsrs, mas logicamente a idéia foi amadurecendo e no final da adolescência já comecei a direcionar decisões e o mais importante, meu tempo. Sobre as dificuldades, acho que são as mesmas em todas carreiras no Brasil: economia incerta, políticas publicas pífias, cultura e educação sempre em segundo plano. A dificuldade que o musico tem, talvez a mais que todos outros é o excesso de impostos em equipamento, e tudo acaba custando uma fortuna, bastante desmotivador. Mas sou muito otimista em geral, as vezes acho que até em excesso, rsrs, mesmo em cenários ruins eu vejo o final do túnel, mas mesmo que não tivesse luz no final do tunel, não mudaria minhas metas e minha musica. Acho que existe a turma dos que reclamam e a turma dos que fazem, eu prefiro fazer parte da turma dos que fazem. Sempre! SEC: Na sua geração o acesso a materiais didáticos e ao estudo musical era mais difícil do que nos dias atuais? LS: Muito mais dificil, não havia material em português, nem internet. Por outro lado absorvia se mais de cada álbum (cd ou LP) ouvindo e transcrevendo, ia mais a shows, que para mim, são as melhores fontes.


SEC: Qual sua formação musical? LS: Eu estudei no GIT (Los Angeles) 1994, depois na Berklee (Boston) me formei em 98, e fiz o mestrado na Berklee também, finalizando em 2000, quando voltei ao Brasil. Mas até hoje estudo bastante diariamente sozinho, não dá para estagnar, são tantas coisas para estudar. SEC: Geralmente músicos no início de suas carreiras se inspiram em outros músicos, você passou por esse processo? Quais foram os músicos que lhe influenciaram ou que ainda são fonte de inspiração pra você? LS: Dos guitarristas das “antigas” Heraldo do Monte, Wes Montgomery, Jim Hall, John Scofield, Grant Green, Joe Diorio, e dos atuais: Lage Lund, Jesse Van Ruller, Bill Frisell e Adam Rogers. Mas outros instrumentistas me influenciaram e muito: John Coltrane, Wayne Shorter, Alex Sipiagin, Dave Holland, Steve Coleman, Chris Potter, Keith Jarrett e Jerry Bergonzi. SEC: Você pode citar alguns nomes de profissionais com quem você já gravou ou tocou? LS: Jerry Bergonzi, Dave Liebman, David Binney, Bill Pierce, Roberto Menescal, Sizao Machado, Nenê, Didier Lockwood, Ronan Guilfoyle, Jamey Haddad, Helio Alves, John Escreet, Adônis Rose, Nelson Faria, e tantos outros

Foto: Samuel Machado


SEC: Como você se vê enquanto guitarrista tecnicamente falando? Conte-nos um pouco sobre seu processo de estudo. LS: Transito entre a musica brasileira e o Jazz, acho que nesta frase já tem um mar de possibilidades e estilos para estudo de uma vida. Mas é o que ouço e consigo tocar organicamente. Estudo diariamente, tenho um plano de estudo bastante disciplinado que envolve, falando de forma geral: leitura, transcrição, repertorio e vários estudos de improvisação improvisação . Durante o ano também acrescento composição, mas esta parte não é diária. Procuro escutar muita musica e ir a shows, alem de tocar bastante ao vivo e fazendo sessions (ensaios de estudo, onde exploro temas específicos, que podem ser: Standards, métricas impares, composições originais, etc...) sempre variando os músicos, assim sempre aprendo algo novo. SEC: Com quais artistas já trabalhou? MD: Participei dos mais variados trabalhos, a exemplo de: Rosa Passos, Ney Matogrosso, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Luiz Caldas, Armandinho Macêdo, Alcione, Margareth Menezes, Lenine, Carlinhos Brown, Carla Visi, entre outros. Trabalhos instrumentais: Jurandir Santana, Mondicá Trio, Rogério Botter Maio, Armandinho Macêdo, entre outros. SEC: Em sua opinião, quais os elementos fundamentais para ser bem sucedido como músico? LS: Tocar, estudar e ouvir/assistir sempre. Viver a musica, encontrar músicos, interagir. Ser humilde no aprendizado, que é diario, arrogância não combina com esta carreira! Tem de se aprofundar no passado estudando e ouvindo tudo o que veio antes, mas ouvir tudo que aparece de novo, dentro do gênero que você se interessa.


SEC: O que você acha do acesso a materiais didáticos que a internet proporciona atualmente para os músicos e o que acha da nova geração? LS: Tem um lado maravilhoso que você mencionou: acesso. Mas, na grande maioria das vezes , banaliza . Vejo alunos com gigas/teras de musica sem saber quem está tocando nem a época, sem dar tanta atenção e de fato ouvidos ao som, sem se aprofundar. Nem acabam de ouvir uma musica já pulam p outra, “baixam” mais CDs, tem milhões de pdfs de livros e não estudam. Isto tudo prejudica demais o aprendizado e o próprio mercado da musica, afinal se baixarem livros e CDs, e não saírem para assistir shows, não haverá audiência, nem mercado, nem musica, algo que todos devem pensar, ou devoraremos a nós mesmos e acabaremos com o que mais gostamos que é a música, pois esta , como tudo , precisa de mercado . Se todos pudessem fazer download gratuito de abacaxi, ninguém mais compraria, consequentemente não haveria mais abacaxi no mercado. Por outro lado, na nova geração sempre tem muita gente boa, e isso da combustível novo a musica!! SEC: Para você qual o limite saudável na relação marketing-música? LS: Precisa de organização, e uma personalidade empreendedora para ter uma agenda cheia de shows. Não dá para ficar parado esperando acontecer. Por outro lado, tenha cuidado para não virar um empreendedor de 1a e musico de 3a categoria. Se vender, divulgar, faz parte, mas precisa de um bom conteúdo, e isso, é você com seu instrumento.

Foto: Samuel Machado


SEC: Sabemos que músicos como você passam por situações de extremo cansaço físico e mental. Como lidar com esses momentos tendo que manter a qualidade musical em tantas apresentações? LS: Em viagens, sempre tem de colocar a maior quantidade de compromissos no menor tempo possível (shows, workshops) para valer a pena. Se viajo 10 dias procuro me organizar de forma que consiga fazer 1 show e 1 workshop quase todo dia, ainda tem de somar a isso ensaio, pois muitas vezes em cidades diferentes são bandas diferentes, as vezes passagem de som, transporte (avião, trem no caso da Europa, etc...) e check in e out no Hotel. Não há glamour e sim muito trabalho, mas é divertido, conheci muita gente interessante e muitos lugares bonitos, mas a dica em viagem é : coma e durma bem e tome um bom banho, sempre que tiver alguma disponibilidade, assim, ainda que cansado fisicamente, pelo menos sua cabeça vai estar bem na hora de tocar. No dia a dia em São Paulo, são aulas, família, estudo e gigs (show), somados a loucura que a própria cidade impõe em ritmo acelerado, mas é um ambiente muito rico, vivo e aberto também para progredir artisticamente, estimulante. SEC: Está sempre envolto em uma série de projetos, pode-nos falar um pouco sobre alguns nos quais está atuando no momento e sobre futuras empreitadas? LS: Este ano lancei 4 cds, e vem o 5o até final de 2015. Quero fazer bastante shows destes trabalhos, tocar, tocar e tocar!

Cd “ Chamado” Lupa Santiago & Rodrigo Ursaia 5teto, trabalho que me orgulho muito, grandes músicos, um cd com uma pressão muito grande no som, selo Sound Finger


Cd “manhã” em duo com Paulo Braga, é o segundo que lançamos, diversão garantida, a liberdade de tocar em duo é muito grande e sempre leva a resultados surpreendentes, selo Sound Finger.

Cd “Paris São Paulo II” o segundo cd deste 6teto, gravamos ambos CDs em Paris, grupo com grandes músicos franceses e brasileiros, super arranjos, fazemos lançamentos lá e aqui

Cd “Lisbon Sessions” Lupa Santiago & Anders Vestengard 5tet, com músicos da Irlanda, Portugal, Suécia e eu do Brasil, gravamos em Portugal, lançamos com shows por lá e quero trazer o show para cá também em 2016

Cd “Live@Jazz Nos Fundos” do Sinequanon meu 4teto que tem 15 anos, gravamos em 2013 mas deve sair até dezembro, gravamos ao vivo nesta casa tão importante de Jazz em SP


SEC: O som em Campo agradece pela sua participação como capa da revista! Você poderia deixar uma mensagem final para os seus fãs, músicos, e os leitores em geral da revista? LS: Agradeço demais a oportunidade, parabéns pela revista! Minha mensagem é simples: vivam a musica, deixem ela fazer parte integral da sua vida, estudando/praticando, tocando, indo a shows/concertos e ouvindo CDs o maximo que puder, não há razão para você não ocupar todo seu tempo livre com o que mais gosta na sua vida!

Links: http://www.lupasantiago.com/ https://www.youtube.com/watch?v=iS2cRwPAzBw https://www.youtube.com/watch?v=tZt7AKvSRVw https://www.youtube.com/watch?v=4E3pp0lcL0Y


Nhureson e Som em Campo, parceria em prol da boa música !!! Nas fotos abaixo, temos um pouco do trabalho do grande luthier Emerson Veiga, instrumentos de altíssimo nível feitos por encomenda, e também instrumentos com valores acessíveis para estudantes e iniciantes..



TRESCLICKS fotografia & Som em Campo Parceria entre o Som e a arte de registrar a mĂşsica em movimento por Tatiana Ribeiro


TV Nova Lima

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O que tem pra hoje? Cd do Guitarrista Lupa Santiago

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