Revista fevereiro 2015

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A boa música em primeiro lugar ENTREVISTAS COLUNAS PARTITURAS VÍDEOS TRANSCRIÇÕES E MAIS

KIKO FREITAS Depoimento de mestre HERMETO PASCOAL UM GÊNIO QUE INFLUENCIA O MUNDO COM SUAS NOVAS CONCEPÇÕES MUSICAIS.

A SEC ENTREVISTA

O americano Tony Axtell e o baixista Ivan Corrêa

Nº 13 FEV 2015

www.somemcampo.com

COLUNISTAS Adriano Giffoni César Machado Júnior Matos Lulu Martin Márcio Hallack Paulo Russo Yovannis Roque Zazu Zarzur


47 Capa

Nessa edição, a SEC (Som em Campo), traz a entrevista do grandíssimo Hermeto Pascoal! Renomado e mundialmente conhecido, o músico possui um largo contingente de fãs e admiradores no mundo inteiro, que apreciam e são inspirados por esse gigante da Música universal .

05

COLUNAS & MATÉRIAS

Discurso de Mestre

Na coluna Discurso de Mestre dessa edição, depoimento do renomado baterista Kiko Freitas.

06

Paulo Russo

O contrabaixista Paulo Russo presenteia a SEC com partitura e áudio inéditos!

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Brasil na Bateria

Novidades na coluna Brasil na Bateria! César Machado traz loops de Ijexá!

60

Ouvido no Mundo

Entrevista Internacional

Entrevista com o baixista,arranjador e produtor musical norte americano Tony Axtell

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Yovannis Roque - Faz sua estréia na SEC International

12

Adriano Giffoni - Partitura e áudio da música Natureza.

27

Márcio Hallack – Partitura e áudio Free Campeão

34

Júnior Matos – Projeto Cruviana

40

Piano – Continuação do estudo - Lulu Martin

44

Zazu Zarzur – E sua Antena Parabólica ENTREVISTAS

60 15

Músico - Tony Axtell Baixista - Ivan Corrêa

SOM EM CAMPO RECOMENDA 53 59

O que tem pra hoje? – CD’s César Machado e Sensações

55

Pra levar na bag – Som dos Acordes


La Bella e Som em Campo

Parceiros na difusĂŁo da mĂşsica instrumental!


Já caímos em campo. . .

A caminho do nosso 1º Festival de Música Instrumental ! AGUARDEM


DEPOIMENTO DE MESTRE Kiko Freitas

Que alegria ver o Som entrar em Campo A música encantando a todos nós Corações de "torcedores" da cultura Que se unem como uma grande voz Será um gol de placa, com certeza Coroado de toda a nobreza Sentimento de equipe a cada toque Que esse Campo de Som e esperança Onde Zazu planta seus sonhos Seja pleno de colheitas em porfia Realizando toda a fantasia Beleza desde o Dó até o Si. Luz, paz e Música !!! Kiko Freitas


PAULO RUSSO Mais uma partitura escrita a mão e enviada para a revista SEC, de músicas desta lenda viva do Contrabaixo Acústico , Paulo Russo.

Por Paulo Russo


ZAZU ZARZUR, ENDORSER DA EMPRESA NHURESON (S.P), CONTRABAIXOS ACÚSTICOS DE ALTÍSSIMO NÍVEL.


YOVANNIS ROQUE Achando um equilíbrio entre ser um baixista e um tocador de baixo Por Yovannis Roque Desde a invenção nas décadas de 1930 pelo músico e inventor Paul Tutmarc de Seatle Washington, o baixo elétrico tem experimentado uma evolução monumental em características tanto técnicas quanto em requisitos de desempenho. Nas décadas de 1950 Leo Fender introduziu o baixo Precision ou PBaixo o qual se tornou o padrão da indústria; abrindo a porta para um novo mundo de possibilidades do baixo Fretless criado por Bill Wyman em 1961 e imortalizado por Jaco Pastorius, a introducão do slap e da pop técnica por Larry Graham para o sempre tão popular, hoje com o extendido baixo gama caracterizando 7 ou mais cordas representadas pelo grande Bill Dickens e pelo maravilhoso baixista Francês Yves Carbonne entre muitos outros. Mas com esta grande evolucão isso parece para mim, que a jovem geração de baixistas esta esquecendo a essência da função do instrumento e eu realmente preciso citar o legendário baterista Steve Gadd no qual`` toda a técnica do mundo nao significa porcaria nenhuma se você não pode trava-la e groovar com swing conforme o estilo``. Eu sei que isso é engraçado e legal para tocar 1000 notas em um minuto e batendo no baixo até que se sinta o desgaste do pescoço. Mas todo instrumento tem uma importante função na música, dominando, reconhecendo e respeitando, e isso que fará a diferença entre gastar sua vida tocando na garagem ou se tornar um profissional trabalhando como baixista. Minha sugestão para aspirar ser um baixista, é colocar o instrumento de lado por um momento e concentrar em aprender música primeiro, que é a parte mais importante em aprender um instrumento.Uma sólida educação musical, somente isso, dará a você as ferramentas para se tornar um músico bem sucedido. Outra importante parte do processo é ouvir os outros músicos e especialmente os outros baixistas. Não importa se você não gosta do gênero, não se case somente com um estilo de música, selecione os mais importantes intérpretes dos diferentes estilos e estude eles, entenda seus estilos de tocar. Eu estarei falando nas matérias futuras sobre específicos estilos, discutindo técnicas, compartilhando alguns truques.


Eu tenho selecionado em muitos anos tocando com diferentes artistas, preferências de guia e baixistas que tem influenciado minha carreira, mas por agora, faço você familiarizar-se com o trabalho de Israel Lopez ``Cachao``, Salvador Cuevas, Jerry Jemmot, James Jameson, Chris Squire, Nico Assumpcao, Jeff Berlin, Carlos Del Puerto, Pino Paladino, Nathan East, Ron Carter, Charles Mingus, estes são somente alguns nomes de uma enorme lista de grandes e legendários baixistas que nós estaremos falando adiante, mas estes cobrem muitos gêneros e estilos diferentes. Para se tornar um baixista profissional é um árduo e difícil processo, por mais versátil que você se torne, a maior chance de entrar nesta indústria, é tendo uma sólida educação musical, investindo em ser um mestre e entendendo os estilos o quanto puder, isso grandemente aumentará suas possibilidades. Se você pode copiar alguma bofetada louca de alguem mais, mas não sabe como ler isso ou de onde isso veio; você esta conseguindo uma abordagem errada, se você somente toca rock ou jazz porque isso é o que você gosta, sua carreira será muita curta e estreita, ache um equilíbrio entre a virtuose e uma formação musical abrangente, ache sua própria voz, esteja pronto quando a chamada vier, não seja somente um baixista, comece tocando o baixo na real. Até a próxima…..

Finding a Balance between being a bass player and playing bass by Yovannis Roque Since it’s invention in the 1930’s by musician and inventor Paul Tutmarc from Seatle Washington , the electric bass has experienced a monumental evolution in it’s sonic characteristics as well as technical and performance requirements. In the 1950’s Leo Fender introduced the Precision bass or PBass which became the industry standard; opening the door to a whole new world of possibilities from the fretless bass created by Bill Wyman in 1961 and immortalized by Jaco Pastorius , the introduction of the slap and pop technique by Larry Graham to the ever so popular today extended range bass featuring 7 or more strings represented by the great Bill Dickens and amazing french bassist Yves Carbonne among many others, But with this great evolution it seems to me that the young generation of players are forgetting the essence of the function of the instrument and I really need to quote legendary drummer Steve Gadd on this one “all the technique in the world doesn’t mean crap if you can’t lock in with a backbeat groove and hold it”, i know it is fun and cool to play 1000 notes a minute and slapping the bass until the frets fell of the neck; but every instrument has a very important function in the music realm and acknowledging and respecting that will make the difference between expending your life playing in


the garage or becoming a professional working bass player, my suggestion to the aspiring bassist is to put the instrument aside for a while and concentrate on learning music first, that is the most important part in learning an instrument, a solid music education, that and only that will give you the tools to become a successful player. Another important part of the process is listening to other musicians and specially other bass players, it doesn’t matter if you don’t like the genre, don’t marry yourself to just one style of music, pick the most important exponents of different styles and study them, understand their playing, i will be talking in future posts about specific styles, discussing technics, sharing some tricks i’ve pick up in many years of playing with different artists, gear preferences and bassists that have influenced my career but for the time being get yourself familiar with the work of Israel Lopez “Cachao”, Salvador Cuevas, Jerry Jemmot, James Jameson, Chris Squire, Nico Assumpção, Jeff Berlin, Carlos Del Puerto, Pino Paladino, Nathan East, Ron Carter, Charles Mingus, this are just a few names of a huge list of great and legendary bass players we will be talking about but they cover very different genres and playing styles, becoming a professional working bass player is an arduous and difficult process, the most versatile you become, the bigger the chance to make it in this industry, having a solid music education, mastering and understanding as many styles as you possible can will greatly improve your odds, if you can copy some crazy slap riff from somebody else but don’t know how to read it or where it came from; you are taking the wrong approach, if you only play rock or jazz because it is what you like, your career will be very short and narrow, find a balance between virtuoso and pocket player, find your own voice, be ready when the call comes, don’t be just a bass player, start playing the bass for real. until next time………..


La Bella e Adriano Giffoni Parceiros do

Som em Campo


ADRIANO GIFFONI Link Áudio Natureza

Por Adriano Giffoni

"Tem a participação de Márcio Bahia e João Carlos Coutinho no Piano e foi gravada ao vivo para o cd Quixadá Acústico.Um abraço do Adriano"



O Estúdio Acústico é parceiro do

Som em Campo

www.acusticoestudio.com.br


IVAN CORRÊA

SEC: Com qual idade e como ocorreu seu interesse pelo contrabaixo? IC: Nasci em Niterói e com 12 anos me mudei para Patos de Minas MG .Por volta de 16 anos, me aproximei e fiquei amigo da rapaziada que gostava de música.Ouvíamos e conversávamos sobre música durante horas,diariamente. Alguns deles já tocavam em banda de baile.Meu pai e minha irmã mais velha tocavam violão,por isso eu já tocava um pouco também.Nesse meio tempo,um vizinho construiu um instrumento que não sei se poderia ser chamado de contrabaixo,rs rs….As tarrachas eram de violão,a escala uma ripa de madeira crua,apenas lixada.A ponte era um patinho de freio de bicicleta com 4 furos para passar as cordas e a captação um "Cristal Sound" de violão .Êle deixou "a coisa " lá em casa ,e aprendi a tocar "Pobre Menina "de Lenon e Lilian,versão de Hang on Sloopy ( The McCoys ).Essa música tinha uma linha de baixo bem marcante que me chamou a atenção,mas gostava mesmo era do violão.Uma tarde estava ouvindo música com os caras e o baixista da banda de baile anunciou que ia sair. Todos me olharam e sentenciaram ,VOCÊ VAI SER O BAIXISTA!Fiquei em pânico e disse : a única coisa que sei, é que as cordas do baixo são iguais as 4 de cima do violão.Aí eles me disseram :mas você sabe tocar "Pobre Menina "! O próximo baile será daqui a 10 dias ,vamos te passar a lista de músicas e você se vira !!! Me virei, e foi assim que começou minha história com o contrabaixo.


SEC: Quando começou a estudar contrabaixo, em sua geração, como eram as condições ao acesso as informações didáticas para o estudo do instrumento? IC: Não tínhamos acesso a nenhum material voltado pro baixo elétrico.A grande escola era o baile ,tirar as músicas do rádio e dos discos e ouvir música o dia inteiro.Os rádios,as vitrolas normalmente eram muito ruins e ouvir o baixo com clareza era uma dificuldade a mais.Por outro lado desenvolvia uma habilidade auditiva para entender e "tirar o baixo "das músicas.Sem falar que algumas vezes quando ia assistir os outros grupos de baile ,os baixistas se viravam de costas para mim, para que não pudesse ver o que estavam fazendo.Quando mudei para BH em 1978 sentindo muita falta de material para estudar ,comprei um método do Bottesini para baixo de orquestra e adaptei para o Bx elétrico.Me ajudou muito na leitura ,para desenvolver a técnica, na interpretação e sonoridade.Passei a pensar no Bx como instrumento solista,de concerto mesmo.Depois tive acesso aos livros do Rufus Reid,Chuck Sher, Jaco Pastorius,Tony Oppenheim ,os Aebersold ,etc …e virei um " voraz devorador " de métodos,livros ,revistas,etc…


SEC: Quais cursos,ou professores com os quais estudou? IC:Cara,o termo autodidata é controverso pois estamos sempre aprendendo com tudo e com todos. Seja ouvindo,assistindo,conversando,trabalhando,etc…mas formalmente nunca tive nenhuma aula de contrabaixo.Assisti workshops de grandes baixistas como Ron Carter,Nico Assunção,Arthur Maia,Christian Genet,etc…que me ajudaram muito. Como sou "imbecilmente tímido",tinha muita vergonha e dificuldade para chegar nas pessoas e perguntar, "cara com é que você faz isto,ou como é aquilo ? " o que tornou meu caminho com certeza muito mais difícil.Sou um Mané mesmo,né? rs rs …Ahh,mas por outro lado ajudou a criar minha identidade e jeito de tocar muito cedo,e isso foi bem legal. Agora,estudei violão no Conservatório Carlos Gomes em Patos de Minas e violino com o Prof Zico Campos também em Patos ,e depois na Fundação Clóvis Salgado em BH. Fiz um curso de uma semana de Harmonia com Ian Guest e uma clínica de música popular ,também de uma semana com o Paulo Moura.


SEC: Fale sobre o início de sua carreira IC: Então,toquei bailes em Patos de Minas uns 4 anos.A rapaziada dessa banda era diferenciada.Chegávamos no QG da banda e tínhamos aula de Inglês,depois de solfejo e leitura,1 hora para praticar individualmente os instrumentos.Depois ensaiávamos o repertório de baile e por fim ensaiávamos e desenvolvíamos um repertório autoral.Legal né? Em 1978 me mudei para BH a convite do cantor e compositor Dalla Roberto para tocar em seu grupo, "Catarse ", e por seu intermédio conheci e comecei a tocar com alguns artistas da cena da época.Tempos difíceis de ditadura,músico era 'Isca de Polícia ".O mercado de música era bem amador e coincidiu com o boom da música mecânica e a discoteca.Ahh,mas por outro lado (2) rs rs… era um ambiente muito rico,super criativo ,de resistência artística e cultural,que fervilhava e sobrevivia nas universidades ,festivais e alguns teatros.Como a grana era muito curta,sobrevivia alugando o equipamento de som que sobrou da época do baile.Quando meu filho Thiago Corrêa estava para nascer, arrumei um emprego no Palácio das Artes como iluminador e operador de som. Fiquei lá por 7 anos,e paralelamente segui tocando com vários artistas,gravando e sempre estudando muito de tudo, me preparando para a vida de sideman .Em 1986 saí do Palácio,e já tocava e gravava com muitos artistas e bandas e segui minha carreira ,chegando a participar a partir dos anos 90 de 20 a 25 gigs diferentes.Como conseguia não sei,o mercado em Bh estava começando a se profissionalizar e a agenda de todos era modesta.Um sub aqui,um acolá,e a gente dava conta.Até mais recentemente ,em 2007 quando fui tocar e dirigir a dupla V & L,tocava com mais de 20 artistas e bandas em BH. Pensa numa correria !Ahh,mas por outro lado (3) rs rs…toquei de tudo e foi muito bom pro meu crescimento..


SEC: Como foi o processo do seu primeiro trabalho na música instrumental ? IC: Em 1979 o Marco Antônio Araújo estava montando uma banda para desenvolver um trabalho instrumental.Fui indicado por seu irmão Alexandre Araújo,meu parceiro de maratonas semanais tocando blues e rock instrumental por 6,8 hs nas garagens de BH.Originalmente o trabalho do M Ant tinha uma caráter camerístico , todo acústico e neste momento ele quis dar uma pegada mais pesada acrescentando ,guitarra ,bateria e baixo elétrico.Era o dito rock sinfônico.Chequei no ensaio com meu bx Hofner e fiquei apreensivo quando vi a banda,com violão,guitarra,bateria,2 flautas,violoncelo e trompa .Aí veio o susto !!! O M Ant distribuiu as partituras ,com TODAS as notas escritas e disse: vamos la? 1,2,3,4…..Aí quem me salvou? O velho método do Bottesini!!! Entre trancos e barrancos consegui sobreviver ,e aí foi só alegria !Nessa hora me lembrei de vários colegas que naquela época me diziam: pô cara você está perdendo tempo estudando leitura e tal,o negócio é saber um pouquinho de cifra e tudo certo. Ops !!!!! Com o M Ant Araújo gravei 3 LPs e viajei pelo país todo em centenas de shows.Agradeço muito tudo que aprendi com ele,musicalmente e profissionalmente.Era um cara muito exigente , obstinado, sério,disciplinado e extremamente profissional.Naquela época já viajávamos com produtor,tec de som,iluminador e roadie.Trabalhei com o Marco Ant de 79 a 86 quando ele faleceu.Aí eu já estava bem conhecido no meio,saí do Palácio das Artes e virei um "freela" inveterado.


SEC: Quantos CD’s , DVD’s autorais e não autorais você já gravou até o atual momento? IC: Ainda não consegui gravar meu próprio trabalho,talvez pela demanda como sideman,arranjador,produtor, professor,etc... Não parei para me dedicar a um projeto próprio,mas ainda dá tempo,né? .rs rs … Entre Lps,Cds,Dvds,trilhas de cinema e teatro ,como músico,produtor ,coprodutor , tenho créditos em cerca de 700 títulos. Muitos lançados e outros gravados no exterior ,diversosprêmios como Grammy Latino(como músico,co-produtor e diretor musical),Prêmio Sharp,Prêmio Multishow ,Prêmio da Música,Festivais de Cinema ,Melhores do Ano em vários e emissoras,etc… SEC: Conte aos leitores da revistaveículos Som em Campo como sucede seu processo de criação em relação a arranjos, e linhas de baixo para gravar com outros artistas!!! IC: Depois que amadureci mais como produtor e arranjador ,minha visão e forma de criar mudaram muito. Tem aquela fase que você insere aquela frase que está "debaixo do dedo"ou impõe idéias prontas na música alheia ,né ? Com o passar do tempo temos uma visão mais global da música ,arranjo,ambiente,estética ,finalidade etc…Quando a situação permite ,procuro escutar bem a música e num segundo momento solfejar uma linha ou idéia,depois é que passo para o instrumento.Aí a inspiração agradece Outras vezes rola o "sair tocando " e é quando ,experiência ,musicalidade ,técnica e percepção geral do que está acontecendo falam bem alto.Penso que antes de baixistas somos músicos ,e devemos ter uma visão bem ampla e generosa das necessidades da música ou arranjo,Tive gratas experiências tocando com o Marku Ribas por exemplo, que solfejava uma levada pensando num rítmo de tambor .Aí eu pensava,fiadazunha onde é que ele descolou essa ??? E era só abrir o sorrisão e tocar .Ou com o Toninho Horta que me disse certa vez: Ivan,o que mais preciso é da tônica e precisão ,o resto deixa comigo que aí sim a harmonia vai soar .Demais ,né ?


SEC: Alguma preferência por alguma marca específica de baixos elétricos, efeitos, ou você usa baixos diferentes dependendo do trabalho? IC: Quando comecei não tínhamos acesso a bons instrumentos.Na época do baile queria ter um Fender ou um Rick,mas rolou de comprar um Hofner De Luxe 74/75 com captação ativa já naquela época, que proporcionava vários timbres,inclusive saturação,o que fazia me sentir o Jack Bruce ,ou o Chris Squire ,rs rs….Me ajudou bastante mas depois começou a me limitar,pelas características,etc…Aí comprei um PB Fender e depois de algum tempo coloquei um captador J Dimarzio na ponte e foi meu principal instrumento durante anos.Hoje tenho alguns baixos com características e padrões de som diferentes, justamente para atender as necessidades e particularidades de cada trabalho. Ou para combinar com o tênis,rs…rs…Mas no geral se estou com meu velho PB 70's ,hoje com Bartolinis e Pre TCT onboard,ou meu Fodera Emperor V 90's, além do Yamaha TRB 5P 1992 Fretless , me sinto muito bem equipado.Quanto a efeito sempre gostei e usei.Desde que comecei lá atrás nos bailes , usava um modelo de distorção portátil da Sound que era plugada diretamente no Bx , um Phaser Shifter Maestro e um Frequency Analyser da Electro-Harmonix.Depois um pedal multi- efeito de guitarra da Sound, que tinha distorção ,Wha Wha,tremolo e até uma sirene.Doidimaisss véio ,rs rs….Hoje em dia costumo usar um bom predi,oitavador up/down , envelope filter , fuzz,compressor ,processador reverb/delay e as vezes whawha, aí a diversão já está garantida.


SEC: Sobre sua sonoridade e forma de tocar ,qual foi o processo de estudo? IC: Como comecei no violão antes do baixo,tem aquela história de deixar crescer as unhas da mão direita.No início tudo bem porque toquei anos só com palheta, o que de certa forma era regra geral entre os baixistas.Quando passei a tocar pizzicato o som da unha não me agradava e a tendência foi angular a mão direita para elas não tocarem nas cordas.Não quis cortar pois estudava e adorava tocar violão.Isto foi fundamental na sonoridade que desenvolvi. Algumas vezes aparava as unhas e tocava um tempo bem perpendicular como a maioria dos baixistas.Mas começava a achar que o som ficava muito parecido com todos e a tendência era ir voltando para a velha angulação da mão.Aí fechei a tampa.Problema resolvido ,vai ser assim!A questão da unha também me ajudou a desenvolver uma técnica de 3 dedos,geralmente 3,2,1 que uso como efeito , ou para levadas dobradas ,muito rápidas e com muitas notas.Em solos também ,para tocar padrões e licks acho muito legal.Isto tudo é uma questão bem pessoal que adotei para mim.Vem daquele "autodidatismo" que citei lá começo.Assim como na época dos baile, já procurava um som de slap sem nunca ter escutado nada parecido,literalmente dando "petelecos"com o polegar nas cordas. Até que fui proibido de fazer isto pois "poderia danificar os falantes".Acho fundamental para o artista,aliar o conhecimento formal e estabelecido à busca ,curiosidade e inventividade.


SEC: Cite os músicos que mais te influenciaram? IC: Bom,vamos lá !Primeiro o pessoal do grupo de baile,o guitarrista Gerson Beú que dividia seus conhecimentos teóricos conosco e o Luiz Carlos Esteves ,cantor que nos dava aulas de inglês e aplicava todas as novidades da música em geral.Nicollò Paganini ,mesmo depois que larguei o violino,pela excelência que alcançou como instrumentista.Os baixistas ,Ron Carter pela autenticidade ,Chris Squire pela pegada e sonoridade ,Stanley Clark pelas possibilidades, Jaco Pastorius pela genialidade,Luizão Maia pela brasilidade,Arthur Maia pela musicalidade , Nico Assumpção pela capacidade e Ezequiel Lima pela simplicidade .E os mestre da bateria que foram fundamentais na minha formação,Laércio Vilar ,Esdras Neném Ferreira e especialmente Lincoln Cheib que me adotou,orientou e mostrou caminhos seguros para eu seguir.Muito obrigado a todos ! SEC: Alguma preferência em particular entre o baixo elétrico com trastes, fretlles, ou acústico? IC: Minha preferência nos últimos anos é pelo bx elétrico de 5 cordas.Amo o fretless também . De vez em quando cai a ficha e me dou conta da quantidade de gravações e shows que fiz com ele e penso: cara sou fretless man e não sabia,rs rs ….Nunca estudei o acústico,talvez por conta de uma época aqui no Brasil que ficou no ostracismo.Quando voltou a ser muito usado eu já estava envolvido e comprometido com tanta coisa ,que não deu ou preferi não me dedicar.Fiquei no Upright. SEC: O que é fundamental para lecionar, realizar whorkshops ou aulas de forma realmente útil para que os alunos evoluam realmente? IC: Nos Workshops acho legal quando é direcionado para poucos temas ou tópicos. Informação demais ou performance e "venda de peixe" exagerada ,sei lá…não acho muito eficiente ou proveitoso . Nas aulas penso que devemos de um modo geral ,tentar melhorar as deficiências e fortalecer as qualidades.Nem todo mundo almeja a mesma coisa ou tem as mesmas facilidades ou dificuldades.Os rudimentos, é bom e necessário que todos saibam,mas devemos estar sempre muito atentos para as particularidades e respeitar a


SEC: Cite trabalhos nos quais participou ao lado de outros artistas, festivais, gravações, etc... IC: O início de tudo foi com Marco Antônio Araújo , que me abriu as portas para participar destes 700 títulos,tocar em 22 países e atuar em milhares de shows.Como músico,arranjador ,produtor em Lps,Cds e Dvds posso citar Marcus Viana e Sagrado Coração da Terra,Edição Brasileira, Milton Nascimento,Toninho Horta,Nivaldo Ornelas,Lô Borges, Flávio Venturini,Túlio Mourão,Daniel Jobim,João Bosco, Leni Andrade,,Dominguinhos,,Marku Ribas,Weber Lopes,Nenê,,Andre Dequech,Juarez Moreira,Rudi Berger, Nailor Proveta,Rafael Vernet,Beto Lopes,Wilson Lopes,Vander Lee,Carlos Malta,Zeca Baleiro,Tianastácia,Berimbrown,Victor & Leo, Oswaldinho do Acordeon,Gabriel Grossi,Gilvan de Oliveira,Armando Marçal,Marcos Suzano,Toninho Ferragutti,Nando Reis,Sílvio Cesar,,Renato Teixeira,Paula Fernandes,Pepeu Gomes,Uakit,Cliff Korman,Sérgio Santos,Chico Cesar, Tambolelê,Paulinho Pedra Azul,Pena Branca & Xavantinho,Chitãozinho & Xororó,,Z&L ,Tavinho Moura,Chico Amaral,Maurício Tizumba,Flávio Renegado,Nelson Faria ,Edu Neves ,Affonsinho.Waldir Silva, etc…Shows e Tv com,Hamilton de Holanda,Yamandu Costa,Willian Galison,Jair Rodrigues ,Paulinho da Viola,Peri Ribeiro,Saulo Laranjeira,Jane Duboch,Angela Maria,Sivuca,Jonathan Crayford, Marcos Resende,Duo Fenix,Widor Santiago,Idriss Boudrioua,Guilherme Monteiro,Claudio Dauelsberg,Robertinho Silva,Kiko Continentino,Marco Lobo,Zeca Assumpção,Teco Cardoso,Arismar do Espírito Santo,Benjamim Taubkin,Raul de Souza ,etc…


SEC: O que seria fundamental para que um baixista tenha uma carreira bem sucedida, tanto no aspecto profissional, emocional e musical? IC: A carreira de músico,não só de baixista tem várias vertentes ou áreas de atuação.Umas exigem mais uma coisa do que as outras,e por aí vai.Tem o cara de banda,o cara de estúdio ,o bom de palco,o que sabe dançar rs rs rs … o eclético,o especialista,etc… Falando genericamente,temos os rudimentos de tempo,pulsação,(almoce e jante metrônomo ) precisão,articulação,sonoridade .Estudar bastante harmonia(me ajuda aí né ? já foi o tempo que a rapaziada tocava sem saber o que estava acontecendo) , leitura , ter domínio sobre a duração das notas(faz uma diferença danada ) consciência da função baixo ( não tenha pudor de tocar uma tônica,pois quase sempre é isto que se espera do baixo ) .Acho muito importante para o baixista tocar um instrumento de harmonia.Não basta ser baixista,é preciso ser músico .Procurar ouvir muito de tudo,com muita generosidade e a mente bem aberta.A arte,a música ,a inspiração , o aprendizado, podem surgir de qualquer lugar, em qualquer momento. Como já disse o Mestre Arthur Maia,música é esporte coletivo ,portanto além de estudar…estudar.…ufa …estudar e tocar bem, Cordialidade,paciência,tolerância,ética,respeito,pontualidade,disciplina,rítmo, concentração, e um bom case para guardar o ego, são importantes para o sucesso e crescimento profissional.


SEC: O que você acha do cenário atual da música instrumental brasileira e da nova geração de baixistas? IC: Estamos vivendo um momento interessante. Talvez por conta da forma como as leis de incentivo contemplam a música instrumental.Aumentou muito o número de festivais e eventos de maior porte voltados para ela,mas em contrapartida diminuíram os espaços para se tocar no dia-a-dia.Dá uma boa reflexão.Agora, quanto aos músicos,baixistas da nova geração tenho uma proposta a fazer. Deveriam ser vinculados ao Ibama,só dá fera,cavalo,monstro…rs…rs, tá dando medo de sair na rua!No país todo, de um modo geral, o nível dos baixistas subiu muito nos últimos anos.Acesso à informação,internet, boas escolas de música ,templos e igrejas,mudança da visão das famílias sobre a profissão,expansão e profissionalização do mercado,oferta de bons instrumentos e equipamentos,etc…tudo isto contribui.Gente talentosa nunca faltou,faltavam eram os meios pra essa rapaziada evoluir e aparecer. SEC: O Som em Campo agradece pela sua entrevista e por favor ,deixe uma mensagem final!! IC: Fico muito agradecido e honrado pelo convite, e oportunidade de falar um pouco sobre ,minha vida ,pessoas, carreira,contrabaixo e música.Parabéns por esta iniciativa e por este importante e necessário projeto . Por fim, gostaria de dizer que tenho o maior respeito por todos, que com talento e sensibilidade,seja com um pedaço de madeira com cordas,uma pedra,uma lata enferrujada,cantando ,assoviando,seja o que for…são capazes de emocionar e proporcionar momentos especiais na vida das pessoas. Grande abraço a todos e vida longa pra Revista Som em Campo !


MÁRCIO HALLACK

Márcio Hallack Em primeiro lugar fiquei muito feliz pelo convite para escrever e mandar uma musica , justamente nessa edição , que tem o Campeão Hermeto como homenageado.. por vários motivos essa feliz coincidência me alegrou, não só pela união que a musica promove, assim como por ele ter sido desde os anos 80 um grande influenciador da música em minha vida.Essa musica eu batizei de "Free Campeão", numa homenagem ao grande Hermeto Pascoal, que, não só a mim influenciou, assim como também outros compositores, cada qual a sua época , porem Hermeto especialmente foi uma pessoa com quem convivi por alguns momentos , alguns deles em Juiz de Fora, em shows que ele veio , tendo uma passagem interessante que acabou registrada numa foto antológica, que faz parte hoje de um livro dos anos *80, registros feitos por Humberto Nicoline..Enfim, como todo instrumentista , brasileiro, não passei batido na vida pela mágica, liberdade , universalidade da musica do Hermeto, que junto com todos os integrantes da época,fizeram e marcaram uma grande e solida história na Música Instrumental Brasileira.Essa música se não me engano é de 1999, e , em 2002 /2003, gravei no Cd chamado "De Manhã", ao lado de Paulo Russo,(baixo acústico) Gilson Peranzeta(escaleta), que faz parte do som fazendo alusão ao homenageado, e Robertinho Silva (percussão). Esse Cd , em 2003, foi indicado ao Premio Tim, que hoje se transformou em Prêmio da Música Brasileira.Então, por sua música Livre, por sempre ele se referir aos músicos como Campeão, uma de suas marcas, saiu o "FREE CAMPEAO"- Dedicado a Hermeto Pascoal. CD DE MANHA, GRAVADO EM ARARAS POR SERGIO LIMA NETO .MÁRCIO HALLACK, pianista, arranjador, compositor e produtor musical.


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JÚNIOR MATOS Link Áudio Ponteio Link Áudio Astor Piazzolla – Libertango Link Áudio Xote das Meninas – Arranjo – Júnior Matos

Por Júnior Matos

PROJETO CRUVIANA Esse projeto iniciado quando ainda estava na suissa em turne com golinha artsita pessoense fiz o arranjo de mulher rendeira que resultou faixa cd beto preah musica instrumental dai abraçei a ideia de montar um projeto de musica,esse projeto e de releitura de musicas brasileiras e extrangeiras.(com sotaque nordestino) Colocando a mostra toda liberdade de musica em todas suas expressões . O projeto cruviana atualmente sempre com acordeon e outro instrumento,pode ser uma voz,uma bateria,uma percussao,trio e etc.. ou tambem sozinho. Muito ligado aas raizes nordestinas por ser da Paraiba mas sempre pensando na globalização music mundi. Projeto cruviana(dinamica,harmonia,divisão e sentimento) Junior matos Musico da paraiba atualmente free 83 86901103 83 96226051 Trabalhos como arranjador cd de Lilian jabur,Marcos melodia,Padua belmont,sandra bele,Genario dunnas,Antoin das bestas,cd de poesia joubert jeronimo etc. E como musico gravou com varios artistas locais. Facebook junior matos Youtube

https://www.facebook.com/matospiaco http://www.youtube.com/user/matospiaco matospiaco@yahoo.com.br 1


Pr贸 Music & Som em Campo

Unidas pela m煤sica de qualidade


BRASIL NA BATERIA

Por César Machado

Esta coluna traz alguns loops de Ijexá tocados e escritos na partitura, portanto temos áudio, que pode ser escutado acionando os botões na próxima página, e partituras para os interessados poderem ter mais praticidade para estudar . Estes loops fazem parte de uma série de levadas de música brasileira na bateria do projeto Sons do Brasil, do Baterista César Machado, que encontrados em sites de música americanos e Koreanos.

podem ser


Link テ「dio Sons de Brasil

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Pra levar na bag A Som em Campo apresenta

O Som dos Acordes Editora Gryphus

Livro de acordes para piano de Jazz Lulu Martin


LULU MARTIN

Minha vida musical pertence mais ao mundo das sonoridades fora do comum, das composições e arranjos musicais, do que das letras, melodias e canções que expressam afetos. Fui estimulado a gostar mais dos acordes, da ambientação da música, da construção musical, do som, do que das mensagens e sentimentos poéticos das letras. A boa organização e os conceitos musicais que guiam a prática da música fazem desenvolver a nossa musicalidade. Simplificando tudo, temos escalas musicais definidas e dessas escalas extraímos acordes, suas inversões, e organizamos seu uso. Um exercício inicial de acordes é extrair os acordes naturais da escala maior em suas posições fundamentais e fazer suas inversões. Isso não é música, mas é um estudo importante para se poder desenvolver algum conhecimento das possibilidades de combinações de sons. A melhor maneira de se estudar estes exercícios é no médio e prazo. São 12 tons, e estudando um tom por semana, ao final de 3 meses se terá uma noção melhor das tonalidades. Temos duas maneiras de se estudar em todos os tons. Ou se estuda algo cromaticamente ou se usa o ciclo das quintas. Acho o uso do ciclo melhor porque as dificuldades com as alterações dos tons são progressivas.

lulumartinbr@yahoo.com.br


Link テ「dio Acordes Diatテエnicos da Escala Maior



Apresenta


ZAZU ZAZUR

E.P "Porta Estreita" do Baixista, compositor, arranjador e produtor musical Zazu Zarzur lançado no final de 2014, e esta sendo muito bem recebido na mídia especializada no gênero tanto no Brasil como no exterior. A primeira faixa , Antena Parabólica esta sendo executada em rádios em outros países, e neste mês de janeiro de 2015 foi uma das 5 músicas mais executadas pela Radio de Detroit United States na programação de Latin jazz, entre renomados nomes do Latin Jazz mundial. O conteúdo encontrado na composição é bem interessante, encontra-se a brasilidade no ritmo que se trata de uma baião estilizado , na harmonia que são sequências de acordes menores de campo harmônicos diferentes , e a melodia é muito marcante, transita de forma muito especial entre os acordes. Vale a pena conferir a composição até mesmo a título de estudo , não só para contrabaixistas, mas músicos em geral.Na sequência do E.P se encontram composições muito interessantes, nota-se uma diversidade entre as faixas,as composições são bem diferentes em vários aspectos,no ritmo, na melodia, na harmonia e principalmente nas concepções e elementos usados, onde se percebe a diversividade do músico que se prepara para lançar um Álbum com várias composições autorais e algumas releituras de grandes compositores em breve. Link: https://www.youtube.com/watch?v=Zv2YYdAFuDo


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Parceiras a procura do Som perfeito!



HERMETO PASCOAL

SEC: Com qual idade você começou a tocar? E qual foi seu primeiro instrumento? HP: Comecei a tocar o oito baixo com uns sete anos de idade. SEC: Quando você sentiu realmente que a música seria sua profissão,e quais dificuldades você encontrou no início da sua carreira? HP: Nunca encarei como profissão e sim devoção! Com 15 anos já sai da minha terra e fui pra recife e recebi muito incentivo da família e dos músicos, meu irmão José Neto e também do Sivuca e do Jackson do Pandeiro e mais tarde o meu compadre Heraldo do Monte. SEC: Na sua geração como era o acesso as informações musicais? HP: Na minha geração havia muito pouca informação, mas eu também procurei pouco. Segui mais minha intuição! SEC: Qual sua formação musical, e em qual cidade nasceu? HP: Escola da vida. Nasci em Olho d'Agua da Canoa, que pertencia a Lagoa da Canoa, que por sua vez pertência ao município de Arapiraca!


SEC: Geralmente músicos no início de suas carreiras se inspiram em outros músicos, você passou por esse processo? Quais foram os músicos , ou o que lhe influencia, que ainda são fonte de inspiração para esta sua grandíssima obra musical!!! HP: Com 15 anos eu assistia os ensaios da orquestra com os maestros Guerra Peixe, Duda, Clóvis Pereira, tocava na mesma rádio que o Jackson do Pandeiro! Ouvia Luiz Gonzaga na feira de Arapiraca. Pagavam um cruzado para tocar no gramofone e eu ficava de lado ouvindo... SEC: Você poderia citar alguns nomes de músicos com quem você já gravou ou tocou, quantos trabalhos autorais tem gravados durante sua carreira, e os festivais no Brasil e pelo mundo mais importantes que participou? Obs: Nesta resposta número 6, foram tantos trabalhos já realizados, que optei em deixar a revista Som em Campo retirar em meu site oficial, uma síntese da minha carreira !!! Com o florescimento dos programas musicais de TV, criaram o QUARTETO NOVO, em 1966, sendo Hermeto no piano e flauta, Heraldo do Monte na viola e guitarra, Théo de Barros no baixo e violão e Airto Moreira na bateria e percussão. O grupo inovou com sua sonoridade refinada e riqueza harmônica, participando dos melhores festivais de música e programas da TV Record, representando o melhor da nossa música. Nessa época, venceram um dos festivais com "Ponteio", de Edu Lobo. Além disso, Hermeto ganhou várias vezes como arranjador. No ano seguinte gravou o LP QUARTETO NOVO, pela Odeon, onde registrou suas composições O OVO e CANTO GERAL.


Em 1969, a convite de Flora Purim e Airto Moreira, viajou para os EUA e gravou com eles 2 LPs, atuando como compositor, arranjador e instrumentista. Nessa época, conheceu Miles Davis e gravou com ele duas músicas suas: "Nem Um Talvez" e "Igrejinha". De volta ao Brasil, gravou o lp "A MÚSICA LIVRE DE HERMETO PASCOAL", com seu primeiro grupo, em 1973. Em 1976, retornou aos EUA, gravou o "SLAVES MASS" e realizou mais alguns trabalhos com Airto e Flora. Com o nome já reconhecido pelo talento, pela qualidade e por sua criatividade, tornou-se a atração de diversos eventos importantes, como o I Festival Internacional de Jazz, em 1978, em São Paulo. No ano seguinte, participou do Festival de Montreux, na Suíça, quando é editado o álbum duplo HERMETO PASCOAL AO VIVO, e seguiu para Tóquio, onde participou do LIVE UNDER THE SKY. Lançou o CÉREBRO MAGNÉTICO em 1980 e multiplica suas apresentações pela Europa. Em 1982, lançou, pela gravadora Som da Gente, o lp HERMETO PASCOAL& GRUPO. Em 1984, pelo mesmo selo, gravou o LAGOA DA CANOA, MUNICÍPIO ARAPIRACA, onde registrou pela primeira vez o SOM DA AURA com os locutores esportivos Osmar Santos (Tiruliru) e José Carlos Araújo (Parou, parou, parou). Esse disco também foi em homenagem à sua cidade, que se elevou, então, à categoria de município e conferiulhe o título de Cidadão Honorário. Em 1986, o BRASIL UNIVERSO, também com seu grupo.


Em 1992, já pela Philips, gravou com seu grupo o FESTA DOS DEUSES. Depois do lançamento, viajou à Europa para uma série de concertos na Alemanha, Suíça. Dinamarca, Inglaterra e Portugal. Em março de 1995, apresentou uma Sinfonia no Parque lúdico do Sesc Itaquera, em SP, utilizando os gigantescos instrumentos musicais do parque. No mesmo ano foi a convite da Unicef para Rosário, Argentina, onde apresentou-se para 2.000 crianças, sendo que seu grupo entrou para tocar dentro da piscina montada no palco a pedido dele. De 23 de junho de 1996 a 22 de junho de 1997, registrou uma composição por dia, onde quer que estivesse. Essas composições fazem parte do CALENDÁRIO DO SOM, lançado em 1999 pela editora Em 1999 lançou o CD EU E ELES, primeiro Senac/ SP. disco do selo Mec, no Rio de Janeiro. Nesse CD produzido por seu filho Fábio Pascoal, Hermeto toca todos os instrumentos. Em 2003, lançou, com seu grupo, o cd MUNDO VERDE ESPERANÇA, também produzido por Fábio. Em outubro de 2002, quando foi dar um workshop em Londrina, PR, conheceu a cantora Aline Morena e convidou-a para dar uma canja no dia seguinte com o seu grupo em Maringá, PR. Em seguida ela foi para o Rio com ele e, no final de 2003, Hermeto passou a residir em Curitiba, PR, com ela. Assim, passou a dar-lhe noções de viola caipira, piano e percussão e, em março de 2004 estreou no Sesc Vila Mariana a sua mais nova formação: o duo "CHIMARRÃO COM RAPADURA" (gaúcha com Alagoano), com Aline Morena.


Em abril de 2004, embarcou para Londres para o terceiro concerto com a Big Band local, sendo que o primeiro já havia sido considerado o SHOW DA DÉCADA. Em seguida realizou mais alguns shows solo em Tóquio e Kyoto. Em 2005 gravou o CD e o DVD "CHIMARRÃO COM RAPADURA", com Aline Morena, além de realizar duas grandes turnês com seu grupo por toda a Europa. O cd e o dvd de Hermeto Pascoal e Aline Morena foram lançados de maneira totalmente independente em 2006. Neste ano de 2010 está lançando o novo cd com Aline Morena, denominado "Bodas de Latão", em comemoração aos sete anos juntos na vida e na música! Esse cd contem duas faixas multimídias, gravadas às margens do Rio São João, na estrada da Graciosa, em Morretes, Paraná. Além disso, conta com composições novas e antigas do Hermeto, uma composição e algumas novas letras de Aline e uma música de Astor Piazzolla. Atualmente, Hermeto Pascoal apresenta-se com cinco formações: Hermeto Pascoal e Grupo, Hermeto Pascoal e Aline Morena, Hermeto Pascoal Solo, Hermeto Pascoal e Big Band e Hermeto Pascoal e Orquestra Sinfônica. Diz ele que, por enquanto, é só!! Esse é o nosso "CAMPEÃO"!!! Obs. Público, shows e discos têm todos a mesma importância para o Hermeto. Não há melhor público, nem melhor show, nem melhor disco. São todos filhos muito amados por ele. Portanto, o que foi mencionado nessa biografia refere-se apenas a um resumo dos fatos que foram lembrados.


SEC: Quantos instrumentos você toca? Conte-nos um pouco sobre seu processo de estudo , a relação com seu grupo, e como aparece sua inspiração para compor e fazer arranjos. HP: Meus instrumentos são uma família. Toco os saxes, os trompetes, cordas, teclados e bugigangas. Estudava colocando vários instrumentos a minha vista e pegando aquele que tinha vontade. Agora estou compondo mais do que estudando. O Grupo é uma família eterna dos que estão, dos que saíram e todos os que se inspiram nele! É a Nave Mãe. O relacionamento é o melhor possível. A inspiração é sem premeditação! Vai chegando e eu vou fazendo. Viajo com meu caderno ou pego uma folha qualquer onde estou. SEC: Em sua opinião, quais os elementos fundamentais para ser bem sucedido na carreira como instrumentista? HP: Não separo o canto do instrumento. Um grande cantor é um instrumentista. Prefiro falar o termo músico. Pra ser bem sucedido como músico não pode se enganar. Tem que ver se é isso mesmo que quer ser porque quem toca melhor ganha sempre menos do que quem faz música de consumo imediato. A maior riqueza nossa são as notas musicais, recheadas de harmonia, ritmo e melodia. SEC: O que você acha do acesso a materiais didáticos que a internet proporciona atualmente para os músicos, a nova geração de músicos, e sobre a indústria fonográfica no Brasil. HP: Depende da qualidade do ensino. Acho ótimo o alcance da internet pois quem faz música boa também tem espaço para divulgação sem sair de casa. Conheço alguns ótimos músicos, como os que fazem parte do meu grupo, também o novo quarteto da Aline Morena com ela na voz, piano, viola caipira e percussão, Joao Pedro Teixeira no Acordeon, Márcio Rosa na bateria e percussão e Rodrigo Marques no baixo. Guinga, Hamilton, Yamandu, Gabriel Grossi,...sobre a indústria fonográfica, está valendo mais pra mim ,ser músico independente.


SEC: Para você qual o limite saudável na relação marketing-música? HP: É muito bom quando existe um equilíbrio entre a qualidade e a divulgação! SEC: Sabemos que músicos como você passam por situações de extremo cansaço físico e mental. Como lidar com esses momentos tendo que manter a qualidade musical em tantas apresentações sempre com um nível altíssimo? HP: Quem ama o que faz se realiza fazendo. Mas eu tenho quem cuide da parte chata e burocrática kkkkk SEC: Sabemos que está sempre envolto em uma série de projetos, pode-nos falar um pouco sobre alguns nos quais está atuando no momento e sobre futuras empreitadas? HP: O mais recente foram os arranjos para o cd solo da Aline Morena, chamado "Sensações"e o próximo será o dvd do grupo que se chamará "Nave Mãe". SEC: Foi uma grande honra sua participação Hermeto como capa da revista! Você poderia deixar uma mensagem final para os seus fãs, músicos, e os leitores em geral da revista? HP: Quero dizer que é sempre uma satisfação dar uma entrevista inteligente. É bom saber que tem bons músicos também no jornalismo. Parabéns. E o público é minha razão de viver feliz! Um grande abraço a todos!






TRESCLICKS fotografia & Som em Campo Parceria entre o Som e a arte de registrar a mĂşsica em movimento por Tatiana Ribeiro


"A voz como instrumento na Música Universal" Novo trabalho da cantora e instrumentista Aline Morena, produzido por Hermeto Pascoal, e com a participação de grandíssimos músicos.

Contatos: atendimento@alinemorena.com.br atendimento@hermetopascoalealinemorena.com.br


OUVIDO NO MUNDO Internacional TONY AXTELL

SEC - Com qual idade despertou seu interesse pela música, e qual foi seu primeiro instrumento? At what age sparked his interest in music, and what was your first instrument? TA: My interest in music came at the age of 5 when I would hear the music my mother was playing on the radio while she was in the kitchen making meals for our family. I also started playing my mother’s piano around that time... I loved hearing the sounds of harmony I could create through experimenting. TA: Meu interesse em musica veio na idade de 5 anos quando eu ouvia musica que tocava no radio da minha mae enquanto ela ficava na cozinha fazendo comida para nossa familia. Eu tambem comecei tocando o piano da minha mae naquela epoca…Eu amava ouvir os sons da harmonia que eu podia criar enquanto experimentava. SEC - Você é natural de qual País? E iniciou seus estudos musicais onde nasceu? What’s your nationality? Did you begin your musical studies where you were born? TA: My nationality is American and my heritage is mixed of German, French, Scotch, Irish, Swedish and English. I did not begin any musical studies in the city I was born because our family moved away after only 1 year. TA: Minha nacionalidade is Americana e minha heranca e misturada de Alema, Francesa, Escocesa, Irlandesa, Sueca e Inglesa. Eu nao comecei nenhum estudo musical na cidade onde eu nasci porque nossa familia mudou-se depois de um ano.


SEC- Com quais professores já estudou? E se teve formação acadêmica onde se formou? With which teachers have you studied? And if you had academic training and where did you graduate? TA: My musical studies didn’t start until after I graduated High School. I never had any formal music lessons before then. After High School I enrolled at Musician’s Institute of Technology in Hollywood, CA for a 1 year course in bass studies. I graduated with a degree in 1983. My teachers were Bob Magnusson, Paul Farnen, Carl Schroeder, Tim Emmons and many others artists and musicians who were instrumental in influencing my musical awareness and skill-set while attending MIT. TA: Meus estudos musicais nao comecaram ate eu me graduar no Secundario. Eu nunca tive nenhuma aula de musica formal antes disso. Depois do Secundario eu me ingressei no Instituto de Tecnologia de Musicos em Hollywood, California para um curso de um ano em estudos de baixo. Eu graduei com um diploma em 1983.Meus professors foram Bob Magnusson, Paul Farnen, Carl Schoroeder, Tim Emmons e muitos outros artistas e musicos que eram instrumentais e influenciaram minha consciencia musical e minhas habilidades enquanto eu atendia ao Instituto.


SEC - Quando sentiu que realmente ser músico profissional seria sua profissão? When did you feel that you were really be a professional musician? TA : I started playing publicly when I was 16 years old. I was making money for playing, so although technically this would have been considered professional, I didn’t think it professional at the time. I believe after I started playing with a larger band at the age of 17 I then considered I was a professional musician. I was getting more serious and contemplating a career in music during that time. TA: Eu comecei tocando publicamente quando eu tinha 16 anos de idade. Eu estava fazendo dinheiro tocando, embora tecnicamente isto teria sido considerado profissional, eu nao pensava nisso como profissional naquela epoca. Eu acredito que depois que eu comecei a tocar com uma banda grande na idade de 17 anos eu entao considerei que eu era um musico profissional. Eu estava ficando mais serio e contemplando uma carreira em musica durante aquele tempo. SEC- Com quais artistas já trabalhou? Which artists did you work with? TA: I have had the honor of working with many great artists and musicians over the years. To name a few... Prince, Ricky Peterson, Mark Murphy, Donny Osmond, Garrison Keillor, etc. TA: Eu tenho tido a honra de trabalhar com muitos artistas e musicos otimos ao longo dos anos. Para nomear alguns…Prince, Ricky Peterson, Mark Murphy, Donny Osmond, Garrison Keillor, etc.


SEC - Quantos Cd’s autorais já gravou? How many authoral Cd's have you already recorded? TA : Tony Axtell featuring Yukiko Isomura “September Light” TA: Tony Axtell caracterizando Yukiko Isomura ``September Light`` SEC - Quais foram suas influências? What were your influences? TA : My influences came from Blues, Country, Soul, Rock and Pop music. Aretha Franklin, Sam & Dave, The Themptations, Creedence Clearwater, Led Zepplin, Toto, The Brothers Johnson, Stanley Clarke, The Jackson 5, etc. TA: Minhas influencias vieram dos Blues, Country, Soul, Rock e Musica Popular. Aretha Franklin, Sam & Dave, The Themptations, Creedence Clearwater, Led Zepplin, Toto, The Brothers Johnson, Stanley Clarke, The Jackson 5, etc.


SEC - O que acha da nova geração de baixistas e das facilidades ao acesso de informações que a internet oferece? What do you think of the new generation of bassists, and the facilities to access information that the Internet offers? TA : I think the new generation of bassists is incredible and inspiring. Although it seems to me, there is more concentration on technique than there is feel and groove of the music. The internet is another amazing resource of knowledge. I find myself sometimes overwhelmed at how much you can learn by watching and observing artists and their videos of great performances. TA: Eu penso que a nova geracao de baxistas e incrivel e inspirador. Embora isso pareca para mim, ha mais concentracao no tecnico que na sensacao e ritmo da musica. A internet e outro maravilhoso recurso de conhecimento. Eu me encontro algumas vezes sobrecarregado no quanto voce pode aprender por assistir e observar os artistas e seus videos de grande atuacao. SEC – Quais baixos você costuma usar e quais equipamentos? What basses you usually use and what’s your equipment? TA : My main basses are - Fender Marcus Miller Signature Jazz, Godin SemiAcoustic Fretless and several other basses... including the first bass I ever owned, a ’73 Fender MusicMaster short scale. TA:Meus principais baixos sao: Fender Marcus Miller Signature Jazz, Godin SemiAcustico Fretless e alguns outros baixos…incluindo o primeiro baixo que eu nunca possui, um `73 Fender Mestre de Musica de curta escala.


SEC - Quais os projetos para 2015? What are the plans for 2015? TA: I am planning a new release of a production website, “Axtell Production� www.AxtellProduction.com and also new musical works hopefully to be released by later in the year. My hopes are to get more collaborative opportunities together with my production company so as to create more music that might not otherwise be so easily made. TA: Eu estou planejando uma nova versao de uma website da producao, ``Axtell Production`` www.AxtellProduction.com e tambem um novo trabalho musical que espero ser lancado ate o final do ano. Minhas esperancas estao em conseguir mais oportunidades de colaboradores que juntos com minha companhia de producao poderemos criar mais musica que de outra forma nao seriam tao facilmente feitas.


SEC - Obrigado pela entrevista! Você poderia deixar uma mensagem final para os leitores da revista Som em campo? Thanks for the interview! Could you leave a final message for the readers of Som em Campo magazine? TA: The music industry is forever changing, especially through our technologies. I would only hope that today’s artists and musicians will go back a few to several decades and perhaps study some of the musical genres more and hear and see what the music was about and how it came to be. Innovation has to come from something that inspires passion and desire within us. I believe our technologies have created a lag in this drive and passion... After all, we are still human and we do need to feel something internally as our ears interpret it. TA: A industria da musica esta sempre mudando, especialmente atraves de nossas tecnologias. Eu so espero que os artistas e musicos atuais irao voltar um pouco em algumas decadas e talvez estudar mais alguns generos musicais e ouvir e ver o que a musica era e como ela veio a ficar. Inovacao tem que vir de alguma coisa que inspire paixao e desejo dentro de nos. Eu acredito que nossas tecnologias tem criado um atraso neste sentido e paixao‌Depois de tudo, nos somos ainda humanos e nos precisamos sentir alguma coisa internamente como nossos ouvidos interpretam isso.


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