Revista JNS - Setembro - Ano 2019

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JORNAL NACIONAL DE SEGUROS

Ano 28 • nº 322 • SETEMBRO 2019 • Circula O U T U B R O

Mercado volta a crescer dois dígitos no acumulado do ano até julho O mercado segurador registrou crescimento de 11,3% nos sete primeiros meses do ano, com arrecadação de R$ 150,9 bilhões, sem considerar DPVAT e Saúde. Trata-se da primeira vez que a taxa no ano voltou a crescer dois dígitos desde 2015. Julho registrou alta de 16,8% sobre o mês anterior. Como tem dito Marcio Coriolano, presidente da CNseg, o crescimento do setor segurador tem se mostrado desigual, com os seus segmentos e ramos respondendo diversamente ao ciclo econômico e à preferência dos clientes. A maior contribuição para tanto foi do segmento de Cobertura de Pessoas, que cresceu 13,7%. Desta vez, além dos Planos de Risco – Vida e Prestamista terem de novo se destacado, ocorreu recuperação expressiva da taxa de crescimento dos Planos VGBL (14,6%). Sonho Seguro.

Sincor-SP abre inscrições para o Conec 2020; hora de aproveitar os descontos! Com o tema “Conectando corretores de seguros”, evento acontece entre 24 e 26 de setembro. Pág.12

Até quando corretores de seguros vão existir? pergunta Jaques de

olvimento”. Pág. 04 nv se De do s ira nte Fro s va No s “A tiu cu Conseguro dis

Andrade, pres. Sincor-RN “Primeiro foram os bancos, depois a informatizacão. Agora é a internet. Mas seguimos firmes!” Pág. 14

CVG-SP aponta tendência de personalização de benefícios a partir de estudo da MetLife Estudo foi realizado com 300 empresas de diversos segmentos e portes e 500 funcionários. Veja na Pág. 16

sionais a Las Vegas. Pág. 08 fis pro l mi 7 de is ma ou lev t ec nn Co ch InsureTe

JORNAL NACIONAL DE SEGUROS Rua Jamboaçu, 216 Alto do Ipiranga • 04281 060 • SP/SP TelFax (11) 5539 5317 e-mail: jns@jns.com.br

Umas&Outras na página 19.

IMPRESSO ESPECIAL


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O CORRETOR Nelson Fontana nelson@fontana.com.br

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Paulo Leão de Moura Jr Charmain THB Brasil Re

SUSEP autoriza a venda direta de seguros

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dade. Todos estes canais estão produzindo e sendo regularmente remunerados. Como (creio) sou o dirigente sindical mais antigo do Brasil (sou diretor eleito do SincorSP em mais de 10 mandatos seguidos, por mais de 30 anos, sem intervalos) e filho de um fundador da FENACOR, ex-presidente do SINCOR-SP, é com trisNelson Fontana teza que vejo o encerramento deste ciclo de crença na classe dos corretores como o único canal capaz de equilibrar a relação entre uma seguradora (que tudo entende de seguros) com um segurado (leigo, que nada entende de seguros). O corretor de seguros, ao atuar profissionalmente na orientação e assessoria ao segurado, equilibra a relação contratual. Acontece que muitos corretores esqueceram que são assessores dos segurados e viraram vendedores das seguradoras. Além disto, as pessoas, hoje em dia, acham que podem fazer tudo sozinhas. Que não precisam mais de agentes de viagem, corretores de imóveis, despachantes e outros profissionais. Podem, pela internet, resolver tudo rapidamente, sem ter que conversar com seus "consultores". Uma espécie de "auto-medicação". Mas, na hora de receber as indenizações, lembram de nós, os corretores, e pedem ajuda porque não entendem porque as seguradoras não pagam o que eles acham ter direito. O fato é que as seguradoras não aceitam limitações em seus esforços de vendas, o que é compreensivel. Querem vender de todas formas possíveis e só não contratam equipes de vendas próprias porque os encargos trabalhistas ainda são elevados e a moda é "terceirização de atividade fim", o que as seguradoras já praticam há séculos com os corretores. Qualquer forma de venda é bem vinda e, com um pouco de "jeitinho" elas resolvem todos os conflitos entre canais de venda. Por outro lado, as pessoas, cada vez mais, rejeitam intermediários e querem tudo na hora, teclando no NoteBook ou no celular. Somos intermediários entre quem quer vender de todas as formas possíveis, sendo nossos fornecedores e, ao mesmo tempo, concorrentes; e quem acha que não precisa de assessoria para nada. É um desafio e tanto...

OS DESAFIOS

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COM A PALAVRA

SUSEP divulgou no dia 16 de setembro último parecer da Procuradoria Federal autorizando a venda direta de seguros pelas seguradoras sem o pagamento de comissão de corretagem para ninguém. Esta decisão é um susto para os corretores de seguros que sempre ouviram nos Congressos da Classe que a corretagem era obrigatória e só poderia ser paga a corretor oficial, habilitado e registrado na SUSEP. Na verdade o que a Lei 4.594/64 diz, em seus artigos 18 e 19, é que as seguradoras só podem receber propostas vindas de corretor de seguros ou diretamente dos proponentes. Se a proposta vier diretamente do proponente, a comissão de corretagem habitual deve ser recolhida à Funenseg. Entende a SUSEP que a Seguradora pode vender diretamente ao proponente (realmente, o artigo 18 diz isto) e não existem mais comissões estabelecidas em tarifas (aliás, desde o século passado) podendo ser feito um seguro sem pagamento de comissão a ninguém, nem corretor, nem Funenseg. Estes dois artigos da Lei 4.594/64 foram redigidos por meu pai, José Francisco Fontana, quando ele e outros diretores da FENACOR foram a Brasília, a época, articular junto ao Ministro da Indústria e Comércio e o Congresso Nacional contra a liberação da venda de seguros nas agências bancárias. O que se pretende agora não é mais autorizar a venda nas agências bancárias (o que já foi resolvido com as corretoras de seguros ligadas aos Bancos), esta liberação contida no parecer do dia 16 de setembro tem como objetivo regulamentar e incrementar a venda de seguros diretamente ao segurado pelas seguradoras valendo-se de vias tecnológicas. Ou seja, a venda através de sites, ligando o segurado diretamente à seguradora, sem um corretor de seguros como intermediário. Este parecer encerra um ciclo histórico do sindicalismo de classe dos corretores de seguros que durante meio século defendeu com unhas e dentes a frase "seguro só com corretor de seguros". Na verdade o fim desta era não veio abruptamente com esta decisão da SUSEP mas com a gradual expansão dos canais alternativos de venda de seguros. Todas seguradoras possuem divisões distintas para produzir por meio de corretores de seguros, canais tecnológicos, bancos, lojas de departamentos e outros canais criativos. Isto não é novi-

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Jornal Nacional de Seguros JNS MEGGA Com e Edit Ltda - ME.

EQUIPE Nelito Carvalho (in memoriam), Editor responsável: Manoel Carvalho Neto (Mtb 66.995/SP), Editor: Sérgio Carvalho, Equipe: Flávio Carvalho, Marília P. de Carvalho e Gabriel Vighy de Carvalho

COLABORADORES Carlos Barros de Moura, César Barreto Padilla, David Nigri, Décio Milnitzky, Eduardo Domingos Bottallo, Fernando Coelho dos Santos, Lenora Milesi, Nelson Fontana, Paulo Leão de Moura Jr., Pedro Augusto Schwab, Ricardo Padilla, Roberto Silva Barbosa, Ubirajara Cruz e Virgílio Delgado de Borba Netto.

ENDEREÇO Rua Jamboaçu, 216 • Alto do Ipiranga • CEP 04281-060 • São Paulo • SP • (11) 5539 5317 • sergio@jns.com.br • Editoração: Bureau Megga Propaganda - Tel (11) 5539 5317 • Periodicidade: mensal • Distribuição: Nacional • Tiragem: 15 mil exemplares • Público-alvo: corretores de seguros, seguradores e prestadores de serviços do mercado de seguros.

m conversa com os colaboradores da THB Corretora de Seguros, surgiu a ideia deste artigo: discutir os grandes desafios do mercado de seguros. Todas as questões, todos os problemas, certamente afetam o nosso futuro de uma forma ou outra por mais aleatórios que possam ser. Assim, parece-me, que as situações e questões mundiais e atuais do Brasil interessam o mercado de seguros. No conPaulo Leão texto econômico, é o último segmento a sofrer as consequências de uma recessão e o último a iniciar o processo de recuperação geral. Até o presente momento, pouco sentimos a estagnação econômica no Brasil, porém, devemos analisar com cuidado as questões e problemas que possam prejudicar nosso desenvolvimento, e tentar minimizar os sérios impactos que possamos vir a sofrer. A seguir, a nosso ver, os pontos que impactam no mercado de forma direta ou indiretamente: 1. Internacionais . Ameaças à democracia: nacionalismo e populismo ignorantes fortalecendo o retorno do fascismo. . Crescimento do fanatismo religioso caracterizada pela devoção incondicional, exaltada e completamente isenta de espírito crítico. . Transformação de valores em um processo longo e doloroso: emancipação feminina, as questões de gênero, na organização social. . A introdução do ódio exacerbado e do preconceito: final da empatia e do respeito mútuo. . Avanço tecnológico: a disrupção através da obsolescência precoce. . O peso das desavenças comerciais: USA x China. Os efeitos danosos da aplicação da lei do mais forte e de ações de chantagem nas relações internacionais e suas consequências. . O empoderamento da ignorância e vulgaridade contra fatos científicos como mudanças climáticas e a crença dos terraplanistas e mais as ‘fake news’. . A intolerância e o racismo gerando crises como as dos refugiados e no Oriente Médio. 2. Brasil, um país em situação crítica Os problemas econômicos, políticos e sociais: . Pobreza absoluta: superior a 12 milhões de pessoas . Desemprego crônico: superior a 12 milhões de pessoas . Analfabetismo funcional: superior a 25 milhões de pessoas . Educação e Saúde com falhas crônicas evidentes desde a falta e qualidade de professores e médicos, do próprio sistema de ensino, até problemas na administração, fluxo de recursos e a corrupção. . Reformas essenciais: algumas em processo outras na esperança de serem implantadas: da Previdência, Tributárias e Fiscal, Política e outras importantes como Jurídica e até Ins-titucional. A tentativa de acabar com a letargia da Indústria e do interesse de Investidores. . Novamente, o fanatismo religioso, aqui representada pelos evangélicos se imiscuindo nos assuntos de Estado e de Governo. . O peso da corrupção endêmica: a tentativa de eliminar a Lava-Jato. Considerados os pontos acima, atrevo-me a apresentar a minha opinião sobre o nosso mercado, as questões negativas, os prováveis aspectos positivos e a evolução a médio e longo prazos, dependentes, é óbvio, das consequências dos fatos mencionados nos itens 1 e 2 acima.


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O ADVOGADO David Nigri www.danigri.com.br

Lei Geral de Proteção de Dados mpresas pequenas, médias e grandes de vendas de produtos ou serviços que utilizem dados de clientes estão sujeitos a Lei Geral de Proteção de Dados. A principal consequência é a exigência de maior transparência em relação ao tratamento de dados, devendo as empresas estar preparadas para fornecer aos titulares informações sobre o tratamento realizado, permitir acesso aos dados e efetuar correções apontadas pelos titulares, bem como excluir tais dados nos casos previstos por lei, inclusive em casos de revogação do consentimento. Adicionalmente, os titulares de dados pessoais passam a ter direito a portabilidade dos dados de um fornecedor para o outro. As empresas deverão respeitar as hipóteses legais para o tratamento de dados pessoais, dos quais destaca-se a obtenção de consentimento, livre, informado e inequívoco do titular dos dados. Apesar da lei prever a hipótese de tratamento em razão de interesse legítimo do controlador, esse tratamento não poderá prevalecer sobre os direitos e liberdades fundamentais do titular. A partir da entrada em vigor da lei, as empresas devem tratar somente o mínimo de dados necessários para a realização de suas finalidades, devendo ainda eliminar tais dados após a finalidade para os quais estes foram coletados ter sido concluída, ou caso tais dados deixem de ser necessários ou pertinentes para tal finalidade. O tratamento dos dados pessoais de crianças passa a exigir o consentimento específico e em destaque de ao menos um dos pais ou responsável legal da criança. As empresas deverão registrar todas as atividades de tratamento realizadas, incluindo informações relativas ao tipo de dado, o prazo do tratamento e fundamentação para este. Também será necessário elaborar relatórios de impacto à proteção de dados pessoais em relação a tratamentos que podem gerar riscos às liberdades civis e aos

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COM A PALAVRA

3. O mercado no Brasil Dada a situação econômica do Brasil, praticamente uma recessão, impactada pela conjuntura internacional, parece-me que temos mantido um crescimento satisfatório tanto no seguro quanto resseguro. Temos uma redução significativa nos seguros de Risco de Engenharia, Riscos Patrimoniais e até de Automóvel. Pontos negativos . Qualificação de mão de obra no setor de seguros com maior incidências nos setores de subscrição e de sinistros. . Seguradoras demonstrando pouco apetite à aceitação de riscos. Seguradoras com matrizes no exterior adotam listagem negativa a certos riscos e não permitem qualquer análise de suas qualidades resultando em simples negativa à aceitação. O mesmo modelo vem sendo seguido por seguradores brasileiros. Dificuldade crescente na colocação de riscos, com bom sistema de controle e experiência de sinistralidade adequada, simplesmente, por constarem de uma lista efetuada por quem não conhece o que está negando ou que receia a situação política e econômica brasileira. . Concorrência predatória por parte de seguradoras e corretores de seguro onde o critério determinante é preços, prevalecendo a lei do mais forte. . A ignorância sobre seguros em geral e suas particularidades pelos consumidores ainda persiste, apesar das ações positivas das Federações e Sindicatos de Seguradores e Corretores, das instituições como ABGR e APTS e, até mesmo, dos grandes corretores de seguros. . As novas tecnologias, e seus excessos de modismos, nem sempre adaptáveis aos seguros empresariais, inclusive por conta da sua obsolescência precoce o que prejudica sensivelmente os investimentos necessários, a gama de ações, medidas e treinamentos afins. A ênfase é ‘vender’ sem a prestação de serviços. Pontos positivos . Preparação profissional e conceitos básicos de atuação. Neste ponto, os corretores profissionais de seguro estão, a meu ver, bem mais avançados que as seguradoras no Brasil. A adequação das suas funções está se transformando celeremente em consultoria especializada em gerenciamento de risco, empresarial ou de riscos puros e na prestação ampla de serviços desde a elaboração de programas de seguros e sua colocação, administração constante até à regulação de sinistros de forma totalmente independente das seguradoras, representando o cliente junto ao mercado. Na prestação de serviços ocorre a criação de Equipes altamente especializadas em cada área e aptos à tratativa de qualquer tipo de risco e sua colocação. . A abertura de mercado: a esperança de que a nova Superintendente da SUSEP, por sua postura inegavelmente liberal, proceda a abertura de mercado mantendo, obviamente, a supervisão operacional do mercado, porém, proporcionando às seguradoras e corretoras profissionais de seguro liberdade para elaboração de produtos e serviços dentro de um processo de responsável concorrência. . A excelência na qualificação técnica do pessoal do mercado. Além dos tradicionais cursos da ENS e de algumas Universidades no ensino de Seguros, estamos assistindo a inciativa de entidades idôneas como a ABGR e ALARYS no ERM – Enterprise Risk Management, do ressurgimento da APTS e novas instituições sérias como a recente do mestre Walter Polido, em qualificar o mercado de trabalho. As perspectivas positivas à evolução do mercado condicionadas às reformas e, certamente, a longo prazo: . A realização das reformas; A volta dos investimentos em infraestrutura; A privatização das empresas estatais; As descobertas de gás no Nordeste e expansão do Pré-Sal; A abertura do mercado brasileiro acabando com a dependência das empresas nacionais na proteção e subsídio do Estado levando à concorrência responsável entre todos e o estímulo ao investimento; A introdução segura da desburocratização já em fase final, porém, de forma responsável e não acatando as normas do capitalismo selvagem; A introdução segura e responsável de novas tecnologias e modernização de conceitos e ações. Finalizo, assim, com a confiança de que essas questões se transformem em realidade a médio ou longo prazo para termos um belo mercado de seguros e, sobretudo, um país melhor malgrado os problemas e situações que por ora passamos.

direitos fundamentais dos titulares, bem como medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação. As empresas deverão ainda indicar um Data Protection Officer (oficial de proteção de dado, definido na LGPD como “encarregado”), cuja função será de servir como canal de comunicação entre os titulares dos dados e a empresa, bem como supervisionar e fiscalizar o cumprimento das regras de proteção de dados pessoais. A transferência internacional de dados pessoais também foi regulamentada, sendo permitida somente em casos específicos dos quais destaca-se a obtenção de consentimento específico do titular, a existência de regras no país ou organização de destino que proporcionem proteção em grã lei ou mediante a comprovação pelo controlador de garantias de cumprimento dos princípios, dos direitos, do titular e do regime de proteção de dados previstos na LGPD, incluindo através de cláusulas-padrão contratuais e normas cooperativas globais. A segurança dos dados também possui destaque, devendo ser adotados padrões de segurança no processo de tratamento dos dados, bem como práticas de proteção de dados pessoais desde a concepção dos produtos e serviços até a sua efetiva execução. Por fim, incidentes de segurança de informação passarão a ter que ser notificados à autoridade ser criada, devendo as empresas ainda notificar tais incidentes aos titulares e ao público, conforme a gravidade da natureza do incidente. Vale destacar que a Lei prevê sanções administrativas às empresas que descumprirem as disposições da LGPD, dentre as quais multa simples ou diária de até 2% do faturamento da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu último exercício, excluídos ou tributos, limitada, no total,a R$ 50.000.000 por infração.

O BLOGUEIRO Virgilio Delgado de Borba Netto virgilioborba@uol.com.br

Balas Perdidas oi assassinada a tiros no Rio de Janeiro a garotinha Agatha quando saltava da kombi com sua mãe ao voltar para casa. É o quinto garoto assassinado a bala este ano, resultado da guerra sangrenta entre policiais e traficantes na ex-cidade maravilhosa. Uma triste estatística sem perspectiva de mudanças. No caso presente, foi tão claro o episódio que não tiveram a coragem de alegar bala perdida, primeiro passo para a impunidade. Bala perdida não existe, o máximo que pode acontecer é não atingir alguém e se perder. Mesmo porque bala não sai sozinha do cano do revólver, pistola fuzil AR 15, metralhadora, etc pois há alguém sempre puxando o gatilho, seja bandido ou polícia. Na guerra suja entre bandidos e polícia, de um lado os traficantes que defendem seu comércio, seus pontos de venda e do outro lado o Estado que entende que a única maneira de combater o tráfico é matar traficantes não importando se isso vai custar vidas inocentes. Se o Estado se propusesse a combater o tráfico de

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maneira inteligente muitas vidas inocentes seriam poupadas e a cadeia que movimenta o tráfico seria mais eficiente e menos sangrenta. Mas é muito fácil e espetaculoso matar os traficantes pé de chinelo que moram nos morros e favela em vez de ir atrás dos barões do tráfico que moram nas grandes mansões e lavam seus lucros no sistema financeiro. Mesmo porque droga não chega ao morro de avião; sobem o morro depois de passarem pela fronteira seca, desembarcam em aeroportos internacionais e através de navios. Seguem para seus pontos de comercialização para serem vendidas aos usuários. Embora seja um eterno otimista, não vejo uma perspectiva de uma mudança, principalmente no momento atual que facilitou a venda de armas e governantes a todo instante incentivando a politica de matar bandidos pois para eles bandido bom é bandido morto. Dois erros: não existe bandido bom e lugar de bandido é na cadeia, cumprindo pena depois de julgado e condenado. Enquanto isso mais que matando inocentes, principalmente crianças, na realidade estão assassinando o Brasil.


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CNseg

Fonte: Diogo Moraes, CDN

Conseguro 2019 discutiu em Brasília neste setembro “As novas fronteiras do desenvolvimento” A liberdade econômica como agenda do Governo Brasileiro, tendo presente a promoção de mudanças econômicas estruturais aliadas às mudanças nos hábitos de consumo, gerarão desafios e oportunidades no ambiente de negócios. E saber lidar com os impactos nesse cenário será decisivo para as empresas acelerarem o ritmo de crescimento. A pergunta é: como o mercado segurador estará inserido neste contexto? Na Conseguro 2019, que aconteceu nos dias 4 e 5 de setembro no CICB, em Brasília, foi abordada toda essa discussão, através de debates que proporcionaram um elevado nível de conhecimento sobre temas como infraestrutura, educação e previdência, atuária, controles internos, seguros inclusivos, sustentabilidade, diversidade, proteção do consumidor, ética entre outros. O evento foi promovido pela CNseg - Confederação Nacional das Seguradoras. Tecnologia, crescimento, inclusão social e disrupção. É assim que a Susep) vê o futuro do mercado segurador. “Essa base vai nos dar um grande impulso. E é isso que o setor precisa buscar”, afirmou Solange Vieira em sua palestra “Brasil - Já começa a dar certo”, durante a Conseguro. Em TI, a Susep designou uma diretoria para enfatizar a importância do tema. “Todos nós estamos correndo para nós adaptar. A Susep, como todo órgão do governo tem limitações, mas estamos avançando. A apólice eletrônica é a tônica”, disse. A inclusão social, segundo ela, é uma meta inclusive que beneficia muito o governo. Segundo ela, no Brasil, a participação do seguro público é maior do que o privado. “Temos de rever isso, trazendo para a iniciativa privada proteções como o seguro desemprego e também parte dos que procuram o SUS por estarem sem acesso a saúde suplementar”. Ela afirmou que não basta a Susep lançar o desafio de pensar em com os produtos privados, como o seguro desemprego e saúde, podem ser mais eficiente do que no governo. ”Só que não adianta a Susep fazer a provocação, regulamentar, como fizemos com a circular que permite peças genuínas no conserto de automóveis para baratear o seguro, e o setor ficar temoroso de ofertar produtos. O governo está disposto a encolher, mais para isso o setor tem de estar disposto a crescer e correr riscos. E isso vale também para o seguro de crédito e exportação, uma pauta importante do Ministério da Economia”, acrescentou. Solange tem como lema a transparência. “Estamos trabalhando duro para isso. Queremos mais coberturas e concorrência, com qualidade no atendimento e novos produtos”, enfatizou. Desde que chegou na Susep, no início do ano, ela já assinou três decretos e criou quatro diretorias. “Estamos avançando, como mostra a última normativa que aprova os seguros intermitentes. Ninguém tem dúvidas de que o setor é um dos principais investidores institucionais do pais, com reservas de R$ 1 trilhão. Seguro é um instrumento importante. Se não funcionamos, o setor público se sobrecarrega. De modo a desonerar o estado e buscar um maior bem estar social com isso”, ressalta. Ainda buscando entender o funcionamento do mercado segurador do Brasil, comparando-o com o mundo, Solange disse ter duas certezas: há muito potencial para o setor crescer e é preciso trabalhar melhor a educação da população sobre risco. No tema concorrência, a Susep tem buscado incentivar as seguradoras a elevar a qualidade dos serviços prestados e redução dos preços praticados. Ela apresentou um estudo comparando o Brasil com o mundo em taxas de administração e de corretagem. “Estamos muito acima do que vemos no mundo e precisamos melhorar esses dois indicadores”. Solange citou duas ações de transparência que visam melhorar a concorrência. A primeira foi divulgar um ranking de fundos previdenciários, com as taxas cobradas pelas companhias, e que já está

disponível no portal da autarquia. O outro, sobre reclamações de clientes contra seguradoras, deve ser publicado em 30 dias. Ele ressaltou a importância das empresas agirem dentro de práticas em conformidade com a regulamentação. “As que agirem com condutas inadequadas precisam ser excluídas para não contaminarem todo o mercado”, finalizou. A tecnologia e o mundo digital são o novo desafio do mercado de seguros Ampliar as fronteiras do mercado a partir da economia digital está entre os grandes desafios do setor de seguros para potencializar o mercado consumidor e impulsionar o segmento. As experiências das empresas que já incorporaram o mundo digital a seus negócios foi tema do painel “As novas Fronteiras do Desenvolvimento” da Conseguro 2019. “O digital servirá de liga para refundar o mercado, mas o meio físico não poderá ser esquecido porque a sociedade parece preferir a mistura dos dois para seu atendimento. A Amazon é um exemplo clássico dessa sinergia”, explicou o professor da PUC-RJ, Gustavo Robichez, em sua palestra. Segundo ele, o caminho digital é um porto seguro e as seguradoras deverão continuar a experimentar soluções, incorporando erros e acertos ao seu modelo de negócios e rotinas operacionais. Entre algumas apostas, estão a ciência de dados, o blockchain e a internet das coisas. Ele reitera que é preciso ousar e ter espaço para testar tecnologias e processos inovadores para que o setor avance.

Marcio Coriolano, CNseg

Com a incorporação da tecnologia aos novos hábitos do consumidor, surgem novos desafios. “É preciso compreender as mudanças do consumidor estimuladas pelo amplo acesso ao mundo digital. Outra questão relevante é entender como as seguradoras planejam preparar os consumidores para conviver com este mundo de transformação ininterrupta”, acrescentou o presidente da SulAmérica, Gabriel Portella, um dos debatedores do painel. “A necessidade de dar celeridade ao novo marco regulatório é outro capítulo relevante para estimular seguros no mundo digital”, assinalou João Alceu de Amoroso Lima, presidente da FenaSaúde. Já o economista Luiz Roberto Cunha considerou que “há um mundo novo a ser trilhado definitivamente pelo mercado segurador em busca de um crescimento mais substancial nas próximas décadas. “Enfim, um futuro que inclui a presença da Inteligência Artificial, que traz dúvidas e reflexões sobre desenvolvimento de modelos de negócios cada vez mais complexos”. Cenário O mercado de seguros brasileiro tende a avançar cada vez mais, com as reformas em curso. Mesmo em meio à atual crise econômica, o setor cresceu 8,4% no primeiro semestre de 2019 quando comparado com o mesmo período de 2018. Com a retomada da economia e o reaquecimento dos setores, bem como a desburocratização dos processos, a regulamentação dos serviços e a implementação de inovação tecnológica, a tendência é que os seguros fiquem cada vez mais em evidência. Os segu-

Solange Vieira, Susep

ros oferecidos via digital tendem a acelerar o processo de disseminação desse serviço junto às novas gerações. Como a inteligência artificial colabora com a prevenção à lavagem de dinheiro A inteligência artificial já é usada no combate e identificação da lavagem de dinheiro por meio de mecanismos e dispositivos tecnológicos que buscam simular o raciocínio humano. O coordenador-geral da Gestão da Informação da Unidade de Inteligência Financeira (UIF), Clesito Fechine, um dos integrantes do painel, o uso da inteligência artificial abre uma infinidade de possibilidades para aperfeiçoar aprevenção à lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo (PLD/FT).“Quem não estiver usando essa tecnologia vai ficar para trás”, avalia. Com a adoção do método, segundo Fechine, a UIF conseguiu nos últimos anos um aumento de 140% na comunicação de suspeitas desta fraude. “Isso foi o principal motivador para buscarmos o uso da tecnologia”, disse. “Hoje, utilizando o processamento de dados e gerando variáveis, podemos identificar com mais eficiência a possibilidade de crimes dessa espécie”, disse. O coordenador da área de Análise de Práticas de Mercado (COAPM) da Susep, Gustavo Dias, foi enfático em relação ao uso da inteligência artificial no combate à lavagem de dinheiro: “As empresas têm apenas o hoje, o agora para experimentar a tecnologia e corrigir o que é necessário ”, defende. Gustavo Dias ressaltou que a Susep passou por mudanças profundas, inclusive na área de Tec-nologia da Informação, que “saiu da área da administração e agora é ligada diretamente à superintendência”. Para ele, quando se passa a ter um sistema que identifica padrões suspeitos, ele próprio consegue fazer uma análise de dados de forma mais eficiente. As criptomoedas, ativos virtuais protegidos por criptografia, foram tema da palestra da procuradora federal da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Ilene Najjarian, também participante do debate. Ela foi categórica ao afirmar que “os criptoativos che-garam para ficar” e que este é um



06 JNS desafio a mais no combate à lavagem de dinheiro. A tendência, se-gundo ela, é que as seguradoras passem a produzir suas criptos e que também se preparem para a to-kenização. “A cripto vai chegar ao setor de seguros, talvez mais rápido do que imaginam”, disse. Detectar uma operação com indícios de lavagem de dinheiro não é uma tarefa simples, mas para o superintendente da Porto Seguro Rafael Kozma, debatedor da mesa, o uso da Inteligência Artificial trouxe uma nova dinâmica no processo de PLD. “O crime evoluiu e se a gente continuar com regras estáticas, vamos nos perder no tempo”, concluiu. Inclusão e diversidade são fundamentais para a sobrevivência das empresas É preciso acelerar as políticas de inclusão por gênero, raça ou orientação sexual, sob o risco de o processo de representatividade nas corporações colocar o próprio negócio em risco. Caso contrário, os programas de inovação, tradicionalmente a cargo de profissionais mais jovens, podem sofrer apagões e comprometer a sobrevivência das empresas nos próximos anos ou décadas. Esse foi o alerta feito no painel “Como (e por que) integrar a diversidade nos negócios” que ocorreu na 1ª Conferência de Sustentabilidade e Diversidade, na Conseguro. A consultora de inclusão financeira e apresentadora do podcast Finance Feminist, Alice Merry pediu engajamento das seguradoras no combate ao abuso econômico cometido contra mulheres por seus parceiros e assinalou que podem se inspirar nas ações já realizadas por bancos britânicos para reduzir vulnerabilidades das mulheres assediadas. “Treinamento de pessoal, mudanças na forma de comunicação de sinistros e documentação alternativa para comprovar a identidade de vítimas de abusos, por exemplo, podem constar das cartilhas de seguradoras. No mercado londrino, bancos já aceitam o fechamento de contas conjuntas sem aprovação de parceiros agressores e cancelam apólices solicitadas pelas vítimas de relacionamentos abusivos”, disse a especialista. Vinicius Mercado, subscritor (avaliador de riscos) sênior da AIG, relatou ações da seguradora multinacional para proteger minorias mais expostas a riscos de ódio, como LGBT. Em parceria com a associação internacional LGBT, a seguradora criou uma cartilha para indicar locais nos quais mais correm riscos em viagens internacionais, mantendo um call center para atendê-los em casos de incidente. A seguradora, que também oferece uma cobertura adicional por práticas de ações indevidas nas empresas no âmbito do D&O, avalia as políticas de diversidades desses clientes e afere taxas diferenciadas, o que é um claro indicativo de que discriminação pode custar cada vez mais caro ao negócio. “As empresas não podem ficar de fora e precisam ter um ambiente inclusivo. Isso é essencial. Não é só mais uma questão social, mas sobretudo econômica”, advertiu Ana Paula de Almeida Santos, moderadora do painel. A vice-presidente da Comissão de Capital Humano, Administrativo e Sustentabilidade da SulAmerica Seguros, Patrícia Coimbra, defendeu que “quanto mais diverso é um grupo, mais soluções inovadoras são encontradas, algo que é comprovado cientificamente”. Estudo sobre desigualdades No evento foi lançado o 3º estudo “Mulheres no Mercado de Seguros no Brasil”, que mostrou ações positivas do setor na redução das desigualdades. As mulheres são a maioria do quadro funcional no

CNseg

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mercado segurador (55% no ano de 2018), ocupam cada vez mais cargos de chefia, mas a remuneração ainda é menor, na faixa de 71% e 72% do que recebem colegas homens. O equilíbrio vem aumentando nos cargos gerenciais: no ano passado, 53,5% dos postos eram ocupados por homens e 46,5% por mulheres, enquanto no levantamento anterior, de 2012, elas ocupavam 41% das vagas de gerentes. “Podemos comemorar a redução das desigualdades no período de seis anos, mas há um longo caminho a percorrer para mudar esse quadro. Principalmente nos cargos de executivos, onde a presença feminina ainda é mais rara”, apontou a diretora de Ensino Técnico da Escola Nacional de Seguros (ENS), Maria Helena Monteiro. Das empresas participantes da pesquisa da ENS, 44% informaram que mantêm programas de igualdade de gênero. O estudo envolveu 23 grupos seguradores, responsáveis por 80% de receita do mercado e está disponível no portal da instituição de ensino. Ana Paula de Almeida Santos, diretora jurídica da Care Plus, lembrou que a inovação assume um caráter cada mais estratégico no mercado, assinalando que o comando desses projetos tradicionalmente envolve jovens. Ainda que a taxa de retenção no mercado tenha avançado entre o grupo de jovens talentos - de 2% para 8%, o compromisso com a diversidade é um gatilho e para mantê-la crescente nas empresas. “Estamos disputando cientistas de dados com Google, Uber e, se não se apostar seriamente em sustentabilidade, vamos perder esses talentos e colocar em risco nossos programas de inovação”, afirmou. A diretora-presidente da Caixa Seguradora, Gabriela Ortiz, contou um pouco de sua trajetória de ascensão na empresa. Ela trabalha em seguros há 22 anos - há três no comando da seguradora-, e diz não pensar na sua condição de mulher enquanto trabalha, mas a presença de grande um número de mulheres em algumas modalidades de seguros, como previdência, reforça os sinais de que a percepção feminina pode fazer a diferença. Reforma da Previdência e seguro intermitente abrem novas perspectivas para o mercado de seguros O mercado brasileiro de seguros abre uma nova fronteira com duas grandes novidades: a reforma da Previdência e a regulamentação dos seguros intermitentes e por prazo definido. Os dois temas fecharam os debates da Conseguro 2019, o congresso bianual do mercado de seguros, realizado pela Confederação Nacional das Seguradores (CNseg), em Brasília.

Com o aumento da expectativa de vida, o envelhecimento da população e o Estado assumindo papel secundário no amparo e proteção de parcela da sociedade, o hábito de poupar precisará ser incorporado à rotina de toda a população nas próximas décadas. A educação financeira será um gatilho para preparar as diversas gerações para a construção de um futuro mais seguro. Com a necessidade de planejamento, a adesão aos planos de previdência deve ganhar ainda mais destaque após a conclusão reforma constitucional, em tramitação no Congresso. As mudanças aumentarão o tempo para que trabalhadores cumpram exigências como idade mínima e tempo de contribuição. O professor do Insper, Naercio Menezes Filho, mostrou como a evolução da expectativa de vida, as falhas da educação no Brasil, e a estagnação na produtividade, empurram cada vez mais jovens para o mercado informal ou aquele trabalho “por conta própria”, reduzindo uma fonte de receita importante para a Previdência Social. “Apesar de os gastos por aluno do ensino fundamental terem triplicado entre 2000 e 2014, não houve efeito no aumento da produtividade, que está estagnada há três décadas”, lembrou o professor. A estagnação da produtividade brasileira, comprometida pela falta de qualidade do ensino, pode representar uma ameaça ao desafio de custear as despesas quando na chegada da terceira idade. De acordo com o secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, a educação é estratégica para garantir melhoras reais do País, um mercado de trabalho mais saudável e um sistema de previdência social mais equilibrado. Segundo ele, a reforma da Previdência tornou-se prioritária porque o país caminha para estar entre as dez nações mais envelhecidas até o fim do século, e as despesas hoje já equivalem à de países maduros. “O Brasil convive com uma rápida transição demográfica. Antes, era um dos países mais jovens do mundo. Agora, mudou sua trajetória e estará entre os 10 países mais envelhecidos. E, ao contrário da Europa, nós não estamos enriquecendo antes de envelhecer. Então teremos de ficar ricos após envelhecer, o que é desafio mais complexo”, explicou Rolim. O presidente da FenaPrevi, Jorge Nasser, apontou os planos de previdência entre as soluções para atenuar os riscos de um envelhecimento sem qualidade de vida. Segundo ele, é preciso desmistificar a ideia de que o Estado terá condições de arcar com o pagamento de vinte salários mínimos, quando elas se aposentarem pelo regime geral. Já o presidente da FenaCap, Marcelo Farinha, ponderou que, apesar de necessário, “os trabalha-

dores não poderão poupar todos os excedentes para a aposentadoria e, na realização de sonhos, poderão comprar títulos de capitalização, de acordo com seus objetivos”. Seguro intermitente inaugura nova fase de relações de consumo no País Depois que a Susep regulamentou, recentemente, a comercialização de seguros com vigência reduzida de contrato e período intermitente, foi dada a largada para uma corrida que pode mudar as relações de consumo no Brasil. “No momento, o pódio está completamente vazio. Esse mercado ainda é um bebê. Alguém vai vencer essa corrida e ninguém sabe quem é. Talvez alguns vencedores estejam nessa sala”, disse o executivo e membro do Comitê LATAM do Society of Actuaries (SOA), Ronald Poon-Affat. Foi com irreverência e otimismo que Poon-Affat falou sobre desafios no Brasil e tendências no setor de seguros em países desenvolvidos, principalmente nos Estados Unidos. No telão, ele exibiu a foto de um chocolate e de um brócolis. Em seguida, concluiu: “É mais fácil vender chocolate. E seguros não é chocolate”. Para os futuros agentes e operadores de seguros intermitentes ficou a lição de que a criatividade irá nortear o caminho de sucesso nesse novo ramo. Poon-Affat deu exemplos de produtos inovadores que movimentam o mercado norte-americano. A seguradora digital Lemonade (estilo turn on/ turn off), por exemplo, arrecada cerca de U$ 18 milhões a cada trimestre. A empresa é acionada para cobrir temporariamente casas alugadas pelo Airbnb. Segundo ele, esse tipo de produto tem sucesso quando os números são grandes. “O Brasil tem esses números”, disse o executivo ao mostrar um gráfico do ecommerce brasileiro, em que o país aparece acima da média mundial. Sobre o caminho a ser percorrido pelas empresas nessa nova fase, o superintendente Atuarial da Mitsui Sumitomo Seguros, Gustavo Genovez, destacou a flexibilidade que a regulamentação da Susep permitiu ao setor e que, agora, há uma preocupação para manter a atratividade do que já existe no mercado de seguros. “Estamos vivendo em um universo com tecnologia avançada e facilidades em nossas vidas, além de mudanças sensíveis no comportamento de consumo”, afirmou. Marcos Spieguel, presidente da Comissão Atuarial da CNSeg, frisou que o desafio é grande e que o setor não pode ter medo de errar. “No processo de lançamento de produtos ser preciso agilidade. Brigamos tanto por normas que nos dessem essa flexibilidade, então agora temos que responder ao regulador o consumidor de forma rápida”, concluiu.



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Fonte:CQCS ITC Experience

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InsureTech Connect, o maior encontro de inovação em seguros do mundo, levou 7 mil a Las Vegas A cidade de Las Vegas foi palco do maior encontro de inovação em seguros do mundo. Entre os dias 23 a 25 de setembro, o InsureTech Connect (ITC) reuniu mais de 7000 congressistas de 60 países no MGM Grand Hotel. Ao longo de 3 dias de intensos trabalhos, foram realizadas três plenárias e 60 painéis diferentes, muitos deles simultâneos, com participação de 275 palestrantes. Dentro deste universo, alguns nomes chamam a atenção, como é o caso de Jonathan Kalman, CEO da EOS Venture Partners, o principal fundo de investimento exclusivamente voltado para insurtechs do mundo. O maior especialista global em blockchain - Christopher G. McDaniel, presidente do The Institutes RiskBlock Alliance - também figurou na lista dos palestrantes. Outra estrela desta edição foi Willian V Powers, fundador e CEO da Cambridge Mobile Telematics (CMT), pioneira em telemática para seguros baseados em comportamento (BBI), utilizando sensoriamento móvel e IoT, learning machine e ciência do comportamento. Como se não bastasse, o evento - criado em 2016 por Jay Weintraub e Caribou Honig -, contou ainda com uma feira de negócios com mais de 200 expositores nos mais diversos segmentos da indústria de seguros. O Brasil foi representado pela delegação do CQCS ITC Experience, que se tornou a maior comitiva estrangeira do InsureTech Connect. Mais de 130 executivos da indústria do seguro embarcaram para participar do maior evento de inovação em seguros do mundo. Entre os membros da delegação brasileira estão profissionais de todo país. São CEOs e diretores de grandes seguradoras nacionais e internacionais, corretores de seguros e prestadores de serviços de diversas áreas. CQCS ITC Experience: pré-conferência exclusiva para a comitiva brasileira O dia 23 de setembro foi reservado para a préconferência do InsureTech Connect (ITC). Na edição deste ano, a delegação do CQCS ITC Experience conversou com exclusividade com alguns dos maiores inovadores da indústria de seguros do mundo. O objetivo da pré-conferência foi dar foco aos temas e oportunidades que mais interessavam aos palestrantes e investidores. Além dos participantes do Brasil, o evento começou com uma palestra de Jonathan Kalman, CEO da EOS Venture Partners. Ele é um investidor focado em Fintechs e Insurtechs que já realizou bilhões em valor patrimonial, tendo sido CEO e Managing Partner também da Jaguar Capital e da Katalyst, um acelerador de internet. Na sequência, falou Eugenio Gonzalez, Associado Sênior de Empreendimentos para Insurtechs da Plug and Play, detalhendo os planos da companhia para o Brasil, onde começará a operar em breve. Martin Crew, vice-presidente da Ebao Americas - um fornecedor de soluções digitais para o setor global de seguros – passou o seu recado na sequência. O executivo, responsável pelas operações da companhia no Brasil, quer aproximar o mercado das tecnologias disruptivas provenientes da China. Willian V Powers, CEO Cambridge Mobile Telematics, anunciou que a empresa acabou de receber um aporte de US$ 500 milhões do SoftBank. Por ser uma das estrelas desta edição do InsureTech Connect, ele se apresentará na plenária prin-

Gustavo Doria, CQCS, entrega obra a Caribou Honig, ITC

cipal, mas também falará, de forma exclusiva, para a delegação do CQCS ITC Experience. Christopher G. McDaniel, a maior autoridade em blockchain do mundo, é presidente do The Institutes RiskBlock Alliance - um consórcio global de empresas de seguros – e tem mais de 25 anos de experiência no setor de serviços financeiros. Fechando a pré-conferência, aconteceu o talk show "Brasil e América Latina, visões de médio e longo prazo". Quem conduziu os debates foi nada menos que Caribou Honig, presidente e co-fundador da conferência InsureTech Connect. Ele é considerado um dos principais influenciadores digitais do mundo em tecnologia e inovação na área de seguros. “A pré-conferência exclusiva para os profissionais brasileiros é uma forma de termos acesso, em um único espaço, durante três horas, a tudo que o mercado internacional tem a oferecer, entender como somos percebidos no exterior, e o que podemos agregar de valor nas nossas atividades”, explica Gustavo Doria Filho, fundador do CQCS. Saiba o que de mais importante aconteceu no primeiro dia do InsureTech Connect 2019 Durante a palestra How State Farm will Unify Customer Experience, da Salesforce, foi anunciado que a companhia – que é líder global em CRM – teve vários de seus produtos selecionados pela State Farm, a maior fornecedora de seguros de automóveis e residências dos Estados Unidos. A ideia do acordo é oferecer experiências únicas e orientadas por inteligência artificial em todos os pontos de contato da seguradora. Para isso, a State Farm utilizará a Sales Cloud e a Service Cloud com a Financial Services Cloud para fornecer aos corretores as informações necessárias para atender os clientes com mais eficiência. “Quando um cliente enviar uma solicitação de primeiro Aviso de Sinistro, por telefone, online ou por meio do aplicativo móvel da State Farm, o Fi-

Caribou Honig Fundador do ITC

nancial Services Cloud oferecerá ao Corretor uma visão completa do cliente, criando automaticamente um plano de ação inteligente que irá ajudá-los a priorizar suas tarefas, explicou o executivo Eran Grios da Salesforce". Outra palestra que chamou bastante atenção foi de Willian V Powers, CEO da Cambridge Mobile Telematics (CTM), empresa pioneira em telemática para seguros baseados em comportamento (BBI). De acordo com ele, o telefone celular tem sido a maior causa de fatalidades no trânsito nos EUA. Para chegar a essa conclusão, a empresa usa dados de smartphones e outros produtos eletrônicos para medir como os motoristas se comportam.

O levantamento despertou a atenção do mercado, levando o SoftBank a investir 500 milhões dólares para ter uma participação minoritária na CTM. “Eles acreditam que a nossa tecnologia pode ajudar a refazer o setor de seguros, fornecendo dados mais precisos sobre como as pessoas operam seus veículos e incentivando uma condução mais segura em todo o mundo”, explicou Powers. O executivo estimou ainda que o número de acidentes e lesões envolvendo carros em todo planeta chega a 50 milhões por ano, diz Hari Balakrishnan executivo da CTM". Já na apresentação de Kara Swisher - uma das mais respeitadas jornalistas de negócios de tec-


ITC 2019 nologia americana e co-fundadora da Recode – teve foco nas tendências sobre a propriedade de veículos. “Possuir um carro em breve será como possuir um cavalo. Será um hobby peculiar, uma raridade interessante e uma coisa legal para dar uma volta no fim de semana. Mas o conceito de realmente comprar, manter, segurar e consertar um automóvel nas próximas décadas não fará muito sentido”. Para a especialista, o compartilhamento de carros continuará a aumentar e novas inovações continuarão surgindo – como scooters, talvez veículos de decolagem e aterrissagem verticais. “Todo tipo de tecnologia autônoma é inevitável. A propriedade de carros particulares declinou globalmente no ano passado e é uma tendência que acredito que vai acelerar mais rapidamente do que as pessoas pensam”, concluiu. Palestras do ITC chamam a atenção para a necessidade da indústria do seguro evoluir também em outras áreas Com o tema “What business are we really in?”, a palestra de Chris Colborn, da Lippincott chamou bastante a atenção pelo contexto. O painel abordou um ‘certo desalinhamento de interesses’ – na visão do palestrante – que existe entre os principais agentes da cadeia de valor na indústria de seguros. “As marcas precisam achar seu propósito, ser relevante na vida do cliente. Nossa indústria ainda é baseada em transações e não em relacionamento e engajamento com cliente”, afirmou. Segundo ele, os riscos têm aumentado em todas as dimensões das nossas vidas e o seguro não é a única solução. Empresas como Apple estão criando programas de proteção e atendimento ao cliente. Como exemplo, ele citou o caso do Flock Drone Insurance, onde os provedores de seguros orientados à Inteligência Artificial podem avaliar melhor o risco e ajudar os clientes a tomar decisões de forma mais embasadas. “Acho que podemos oferecer um seguro residencial mais inteligente ou seguro de vida que inspira uma vida melhor, por exemplo. Não podemos perder de vista o interesse com o cliente. É importante combinar política com tecnologia - reduzindo a perda e a necessidade de compensação”, disse. Quem também foi crítico com relação à postura atual da indústria do seguro foi Glenn Shapiro, da Allstate Insurance. “As coisas precisam mudar. Nossa indústria tem sido estática, poucas mudanças quando nos comparamos com outras indústrias como serviços bancários, por exemplo”. Para o executivo, o setor ainda está numa ‘zona de conforto’, talvez em função da natureza regulatória da própria indústria. “O setor bancário em-

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poderou o cliente com soluções digitais, auto-serviço simples e ágeis. Nosso processo de regulação de sinistros ainda é longo e chato. Tivemos pouco ganho de eficiência nos últimos anos”. Gleen avalia que a jornada do cliente também é pouco amigável e muito longa. “A vistoria de sinistros por foto ainda tem baixa adesão. Mas é possível cortar o prazo de regulação em 50% somente empoderando o cliente, se utilizarmos Inteligência Artificial para análise de fotos (photo analytics) e/ou Machine Learning para identificar avarias, perdas, reparos”, concluiu. Delegação brasileira é destaque no InsureTech Connect e retorna ao país com novas ideias A delegação do CQCS ITC Experience, a terceira maior do InsureTech Connect, está de volta ao Brasil. Depois de participar por três dias do maior encontro de inovação em seguros do mundo, a comitiva desembarcou com muitos conhecimentos na bagagem e uma certeza: o mercado brasileiro está no caminho certo! “Nós vivemos aqui, por dois dias e meio, uma fábrica de fazer negócios. E pudemos perceber aqui que somos uma indústria de seguros de ponta, porque já aplicamos coisas que muita gente ainda está aprendendo”, afirma Gustavo Doria Filho, fundador do CQCS. É com base nisso que ele não tem dúvidas ao dizer que os executivos brasileiros, em breve, irão replicar modelos em países do Reino Unido e Canadá. “Simplesmente porque temos condições para isso. Nós temos dinheiro, tecnologia, vontade e nós sobrevivemos a muitas crises. Somos uma nação com os governantes mais destrambelhados do mundo e a iniciativa privada consegue manter o país no trilho”. De acordo com ele, o fato do Brasil ter levado ao encontro 160 executivos é também uma prova dessa capacidade de superar diversidades para conseguir crescer. “Todo mundo que fez reunião recebeu elogios quanto ao nível do staff, da qualidade, do aproach, da vontade de fazer negócios. Muita gente de outros países não fazia ideia da potencialidade e do nosso talento. Até a organização do ITC fez uma declaração de amor à nossa delegação”. Um bom exemplo dessa admiração é a Cambridge Mobile Telematics (CMT), pioneira em telemática para seguros baseados em comportamento (BBI), que demonstrou muita vontade de fazer negócios no Brasil. Gustavo ressalta que o interesse pelo país não se restringe apenas ao tamanho do nosso mercado. “Eles não querem fazer negócios conosco apenas porque o país tem 200 milhões de habitantes, mas também porque perceberam que temos em-

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presários, empreendedores e organizações em condições de implementar soluções globais no mercado local”. O fundador do CQCS também fez um balanço desses dias em Las Vegas. “ O CQCS ITC Experience nasceu de um desejo meu de melhorar ainda mais a média do mercado brasileiro no que tange a inovação. Por isso, quero que vocês levem para casa a sensação que ajudaram na construção de um sonho. A delegação toda está de parabéns!”. Antes de encerrar, ele pediu ainda para que todos fizessem uma reflexão. “O quanto é relevante para o meu negócio, sair do Brasil por quatro dias, falar sobre outras coisas, trabalhar de uma forma mais aberta, onde as pessoas têm a mesma visão? Ano que vem tem mais”, lembrou. O programa CQCS ITC Experience, que oferece diversos benefícios para quem deseja tirar o máximo de proveito na escolha de seminários e de expositores, potencializando a sua experiência no InsureTech Connect. Entre suas vantagens estão wrap up diário, participação na pré-conferência exclusiva; sala de apoio, tradução simultânea para o português, e um exclusivo serviço de curadoria – que ajuda os integrantes do programa a escolherem as palestras mais adequadas, de acordo com os interesses e objetivos. A próxima edição do InsurteTech Connect, o maior encontro de inovação em seguros do mundo, também já tem data marcada: será entre os dias 21 a 23 de setembro 2020, para maiores informações acesse www.cqcsexperience.com.br. PRÉ-CONFERÊNCIA ITC 2019 EXPERIENCE · Abertura: Gustavo Dória abriu a pré-conferência com a notícia de que esse ano a delegação brasileira foi a terceira maior do evento, atrás apenas da norte-americana e canadense. Neste momento os 100 participantes brasileiros também tiveram a oportunidade de se apresentar. · EOS VENTURE CAPITAL: a EOS Venture Partners é um Fundo Estratégico de Capital de Risco focado somente em insurtechs. Jonathan Kalman, fundador da empresa deu uma visão sobre o panorama dos investimentos globais nas insurtechs que atingiu a cifra de USD$ 12 bilhões em 2018. Insurtech, segundo Kalman, não é somente tecnologia, mas também um novo modelo de negócio. Ao investir em insurtechs, sua empresa avaliar se há um modelo de negócio e como explicou “estamos a busca da criação de um novo modelo de negócio” e esses são os principais critérios que avaliamos antes de investir numa insurtech: Experiencia do time; produto e visão; oportunidades de mercado; barreiras de entradas; distribuição; habilidade de fazer vendas cruzadas e economia. Ainda segundo Kalman, o Brasil é um mercado

extremamente atrativo em função da baixa penetração do seguro na economia e sua empresa tem olhado oportunidades de investimento no nosso país. · PLUG & PLAY: o responsável pela vertical de seguros de uma das maiores aceleradoras do mundo, Eugenio Gonzales, trouxe os planos da PLU& PLAY para o Brasil. “Nossa missão é levar essa indústria tradicional para um novo espaço - uma fronteira moderna e empolgante – reunindo as melhores startups e as maiores seguradoras em uma única plataforma de inovação.” O Brasil está no radar dessa aceleradora que abrirá até o final do ano um escritório em São Paulo. O Brasil está entre as prioridades da PLUG&PLAY em função da baixa penetração do mercado e grande potencial de crescimento. · Brasil na Visão da eBao: como conectar a ca-deia de valor do mercado de seguros é a missão dessa empresa chinesa. Seguro Digital é Seguro Conectado. A empresa apresentou como permitir que o seguro seja conectado e incorporado a vários outros cenários de negócios e da vida diária dos nossos clientes e corretores de seguros. A eBaoTech pretende ser líder global na habilitação de seguros conectados. Usando tecnologia 4G para todas as APIs necessárias para vendas e serviços de seguros, com base em micro serviços e serviços nativos da Nuvem. · Cambridge Mobile Telematics: a empresa que recebeu um aporte de investimento de USD 500 milhões, apresentou sua visão de o que será o seguro baseado em Internet das Coisas e principalmente como essa tecnologia (telemetria) pode mudar comportamentos negativos na condução de veículos e promover um trânsito mais seguro e menores perdas para a sociedade e seguradoras. · Talk Show com Caribou Honig: o chairman da maior conferência de inovação em seguros do mundo encerrou a pré-conferência com chave de ouro. Questionado sobre quais foram as principais tecnologias dos últimos anos que trouxeram o maior impacto na indústria de seguros hoje, Caribou explicou que foram os APIs a Inteligência Artificial. As APIs foram responsáveis pela integração e habilitação das plataformas digitais, trazendo maior eficiência para todo o sistema. Produtos e serviços já embutidos com seguro serão uma tendência no futuro graças as APIs que farão essa ligação entre o mundo tangível e o digital nos seguros. Segundo Caribou, o corretor de seguros no Brasil e em todos os mercados continuará relevante nos próximos anos, porém deverão estar atentos tanto as ameaças como grandes oportunidades que o mundo digital traz trouxe para os participantes os principais critérios que o investidor profissional busca ao investir numa startup.

Pré-conferência ITC CQCS Experience

Gustavo Doria e Marcelo Blay, Minuto Seguros




12 JNS Ministros debaterão novos rumos da saúde suplementar no 5º Fórum FenaSaúde O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso são presenças confirmadas no evento deste mês em Brasília. No próximo dia 24 de outubro, em Brasília, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fará a abertura do 5º Fórum FenaSaúde, apresentando a palestra magna “O Desafio da Saúde Suplementar na Ampliação do Acesso da População aos Serviços de Saúde”. Além de abordar as necessidades de saúde da população brasileira, o ministro falará sobre o aprimoramento da participação do setor privado e seu papel na ampliação do acesso aos serviços de saúde. O evento, cujo tema será os “Novos Rumos da Saúde Suplementar”, também terá a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que abordará as particularidades do “Sistema de Saúde no Brasil e o Papel do Judiciário”. Entre outros pontos, Barroso apresentará um panorama dos desafios do Judiciário diante das crescentes demandas sociais por novas tecnologias e procedimentos e a necessidade de garantir o equilíbrio econômico dos planos de saúde. Realizado pela primeira vez em Brasília, o 5º Fórum da FenaSaúde irá discutir propostas e mudanças para a sustentabilidade da saúde suplementar, por meio da revisão da lei vigente e da garantia de oferta de novas modalidades mais adequadas ao contexto atual do país. Para entender a importância do tema, somente nos últimos cinco anos cerca de 3,5 milhões de brasileiros perderam acesso aos planos de saúde. Atualmente, 80% dos contratos são coletivos, contratados por empresas ou por adesão. A queda no número de contratos está relacionada à crise econômica enfrentada pelo país e o avanço dos índices de desemprego nos últimos anos, o que levou muitas pessoas a perderem os benefícios oferecidos pelos antigos empregadores. A volta ao mercado da oferta de planos de saúde individuais e a revisão da legislação vigente para que as empresas possam oferecer novas opções de cobertura, customizadas às demandas dos consumidores e adequadas aos seus orçamentos mensais, são algumas alternativas que serão debatidas no fórum em Brasília. Marco legal - Além de promover um balanço dos 20 anos da promulgação da Lei 9656/98, que regula o setor, o evento discutirá a proposta de modernização e readequação do marco regulatório para atender as necessidades de beneficiários, operadoras e prestadores de serviços. “Pesquisas mos-

Hotel Barreira Rocha, Natal/RN

SINDICAIS

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tram que o acesso ao plano de saúde é uma das principais aspirações dos brasileiros”, diz a diretora executiva da FenaSaúde, Vera Valente. “É hora de aprimorar o marco legal para que possamos satisfazer essa demanda.”

Sincor-SP abre inscrições para o Conec 2020: hora de aproveitar o desconto! Com o tema “Conectando corretores de seguros”, evento acontece entre 24 e 26 de setembro de 2020, no Transamerica Expo Center O Sincor-SP abriu em 017/10 as inscrições para o Conec 2020, com condições especiais até dia 16 de novembro. Com o tema “Conectando corretores de seguros”, o evento acontece entre 24 e 26 de setembro, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. A edição de 2020, que vai contar com palestras, feira de negócios, sorteio de automóveis, shows, entre outras atrações, pretende reunir 10 mil profissionais. “O objetivo do Sincor-SP ao promover este grande congresso é delinear um ambiente amplamente favorável para que os congressistas tenham condições de traçar e aperfeiçoar seu perfil criativo e proativo, de modo que saiam desta edição ainda mais motivados para aproveitar as oportunidades”, afirma o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo. Neste lançamento, o valor está a partir de 12x de R$ 57,92 (por pessoa), pelo cartão de crédito, para corretor de seguros associado ao Sincor (São Paulo e outros Estados), cônjuge e colaborador chave. Com hospedagem no Transamerica, o investimento fica em 12x de R$ 163,75 (por pessoa). Já para os corretores de seguros não associados, o valor da inscrição sai por 12x de R$ 107,92, e a inscrição com hospedagem Transamerica por 12x de 240,42. Em qualquer categoria também é possível parcelar em até 10x, sem juros, pelo boleto bancário. Exibido desde 1982, o Conec é uma realização do Sincor-SP, que se consolidou como o maior evento de corretores de seguros. O congresso é reconhecido por sua abrangente grade de palestras e debates, voltada à discussão de questões relevantes ao setor de seguros.

Sincor RO/AC em busca da integração nacional através do Fórum No próximo dia 7 de novembro o Sincor RO-AC irá promover o 1º Fórum de Seguros dos Estados de Rondônia e Acre, que terá como tema principal “Os novos Rumos do Mercado – Ameaças e Opor-tunidades”. O evento será direcionado para os corretores dos dois estados, mas será aberto para ao mercado regional e nacional. A cerimônia já conta com presenças confirmadas de autoridades do mercado como Armando Vergilio, presidente da Fenacor; Robert Bittar, presidente da ENS; Alexandre Camillo, presidente do Sincor-SP e Marcos Neves, diretor comercial da SulAmérica. O Presidente do Sincor RO-AC, José Luis Soares de Souza, relata que existe um fator chave para que o evento seja um divisor de águas na região: a integração nacional. “Estamos buscando fazer a integração junto com a Federação para que fiquemos mais próximos um dos outros. Estamos nos esfor-

çando cada dia mais para alcançar a unidade para o bom desenvolvimento do mercado. Estamos atraindo pessoas que nunca estiveram em PortoVelho ou no Acre e que virão para a capital de Rondônia para prestigiar o evento”, analisa. Em 2018, a região Norte apresentou números de vendas acima da média nacional. Na somatória, a região computou aumento de 70,64%, enquanto a média ficou em 2,90%. No segmento Auto, por exemplo, os números regionais alcançaram crescimento de 18,81%, contra 10,57% da média nacional. O seguro de Pessoas aumentou a sua distribuição em 18,81%, ao passo que os números nacionais ficaram em 11,67%. “A região Norte é o local que mais cresce. O primeiro fórum idealizado pelo Sincor RO-AC é o momento de as companhias trazerem suas novidades e mostrar que são parceiras do corretor local”, finaliza. O evento ocorrerá no Portal das Américas Eventos, em Porto-Velho(RO), e começará às 7h30 com o credenciamento e se estenderá durante todo o dia, encerrando com a premiação do Troféu Castanheira, que reconhece as seguradoras do mercado que se destacaram em variados quesitos.

A 9 meses do evento, Brasesul 2020, em Foz, já tem inscritos e 11 seguradoras confirmadas A próxima edição do Congresso Sul Brasileiro dos Corretores de Seguros, o Brasesul, em 2020, será dias 14 e 15 de maio. Ou seja, ainda faltam cerca de 9 meses para o evento, que será no Hotel Rafain Palace Hotel & Convention, em Foz do Iguaçu. Apesar da distância, já há inscritos e 11 seguradoras já confirmaram participação. O inscrito número 1, o corretor de seguros Heini Gilberto Bugs, diz que decidiu se inscrever porque a edição 2018, realizada em Florianópolis, lhe trouxe bons resultados. “A gente se renova, faz networking e aprende muito”, diz. Bugs, proprietário da Atenas Brasil Corretora de Seguros, mora em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. “Todos os assuntos discutidos em 2018 foram muito interessantes. Então acredito que o próximo será ainda melhor, pois o mercado está em mudança constante e é importante acompanharmos tudo isso ouvindo especialistas nos assuntos”. INSCRIÇÕES - Corretores de Seguros de todo o país podem se inscrever. Se forem associados a algum Sincor a taxa é de R$ 165,00. Caso não sejam, R$ 310,00. As reservas para hospedagem também já podem ser feitas. No site da Organizadora, a Tô Indo Viagens & Eventos, já estão listados os valores de inscrições para outras categorias de participantes e toda a rede hoteleira, com tarifas negociadas. O site é o www.toindo.com.br/ brasesul2020

Aconseg-SP elege novo presidente No último 11 de setembro, os associados da Aconseg-SP se reuniram e elegeram, por aclamação, Helio Opipari Junior como o novo presidente da entidade, para o biênio 2020/2021. O executivo é um dos fundadores da associação e está à frente da Opipari Assessoria em Seguros há 30 anos. Para o atual presidente da entidade, Marcos Colantonio, contar com Helio para os próximos anos

é sinônimo de continuidade do trabalho realizado pela Aconseg-SP. “É uma honra passar a presidência desta entidade para um grande amigo e excelente profissional, que sempre esteve ao meu lado. Continuaremos na nossa missão de valorizar as assessorias de seguros para o mercado e continuarei por perto para dar todo o apoio necessário”. A nova diretoria da Aconseg-SP para o biênio 2020/2021 é composta por: Presidente: Helio Opipari Jr. Vice-presidente: Jairo Christ Diretor Interior: Alberto Novais Administrativo: Leandro Henrique Financeiro: Ricardo Montenegro Conselheiros: Mauro Arcanjo, Roberto Benedito, Milton Ferreira Presidente do Conselho: Marcos Colantonio A cerimônia de posse da nova diretoria será realizada no mês de novembro, durante o evento de final de ano da Aconseg-SP.

Sincor-SP ganha selo comemorativo e homenagens pelos 85 anos Em sessão solene, realizada na noite de 16/09, na Assembleia Legislativa de São Paulo, o SincorSP ganhou selo e carimbo comemorativos, além de diversas homenagens pelos 85 anos da entidade. Na ocasião, estiveram presentes corretores de seguros, lideranças do mercado, políticos e jornalistas. O presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, agradeceu aos presentes, inclusive a patrona do evento, a deputada estadual Marta Costa (PSD-SP) e, principalmente, aos corretores de seguros que fizeram com que o Sincor-SP chegasse aos 85 anos, altamente credibilizado para discutir os interesses do setor como um todo. “Cumpre-nos parabenizar e agradecer a toda a categoria que esteve lado a lado com o Sincor-SP, possibilitando que a instituição percorresse essa jornada de lutas e de conquistas. A categoria dos corretores de seguros foi a razão e o porquê de estarmos há 85 anos tão ativos e chegando firmes a este momento”. Durante a cerimônia, também foi feita a obliteração de selo e carimbo comemorativos aos 85 anos, em parceria com os Correios. O carimbo ficará disponível por 30 dias, na agência de Correios Central de São Paulo, situada no prédio histórico dos Correios, no Vale do Anhangabaú. Nesse período, as cartas postadas na agência receberão o carimbo alusivo. O presidente da Fenacor, Armando Vergílio, participou da cerimônia, entregando os certificados para a diretoria executiva do Sincor-SP. “Esta diretoria vem se dedicando a sustentar e trabalhar pela entidade. Além de acreditar na parceria entre corretores e seguradores. Com união venceremos barreiras e combateremos as adversidades”.



GERAL

O LÍDER Jaques Furtado de Andrade Presidente do Sincor-RN

A Lei de Liberdade Econômica e o mercado de seguros

Até quando o Corretor de seguros vai existir!

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internet e a entrada das “corretoras de seguros com venda on-line”. Mais uma vez o temor e o medo tomaram de conta do mercado, onde muitos acreditavam que que o corretor de seguros seria extinto por essa nova forma de fazer negócios. Já temos mais de 20 anos que as primeiras vendas on-line foram realizadas e nem com isso Jaques o corretor de seguros perdeu sua importância. O que se percebe é que muitos clientes, apesar das tecnologias sempre gostam de serem assessorados na contratação de seguros, sejam pessoa física ou jurídica. Comissão na apólice, seguro sem comissão, proteção veicular, benefícios, inteligência artificial, entre tantas outras propostas e formas de comercializar o seguro vão surgindo e o que vemos a cada dia é aumentar o número de corretores no mercado regularizando a Susep para atuarem com mais independência e abrindo suas próprias corretoras. Se a profissão vai ser extinta, o processo natural é que fosse a cada dia diminuindo o número de corretores e não aumentando, mas não é isso que mostram os números da Susep. Na realidade o que está acontecendo é que a cada dia o mercado e os clientes fazem que a profissão do corretor de seguros seja mais bem vista e valorizada, pois muitos tem entendido a necessidade de haver a consultoria, a intermediação para a correta contratação de uma apólice de seguro. Mas os clientes não estão querendo apenas um corretor de seguros não, eles querem um profissional do mercado de seguros que esteja acompanhando as mudanças tecnológicas e mercadológicas, pois precisam de assessoria desse profissional não apenas para a contratação de um seguro, mas para saber qual a melhor rede credenciada de saúde e odontologia para a contratação de um plano ou seguro saúde. Precisam saber como anda as oscilações do mercado financeiro, quais os melhores produtos para proteger a sua lavoura, seu condomínio, sua residência, sua empresa, entre tantas outras necessidades que o mercado de seguro oferta com incontáveis produtos disponíveis para serem contratados. O cliente quer um corretor que esteja online para lhe atender no momento que ele precisa, só isso que ele precisa. O corretor de seguros não vai acabar, o que vai acabar é o profissional que não se atualizar para acompanhar as mudanças, esse sim, não terá vez nos negócios. Faça a sua autoavaliação e veja a quanto tempo você como corretor de seguros não estuda um novo produto e nem faz um curso de reciclagem, e nem falo só da área de seguros, falo de administração, fluxo de caixa, contabilidade e outras matérias que fazem parte do dia a dia do corretor de seguros. Reinvente o seu modo de trabalhar que os clientes estão a procura dos melhores currículos para lhe atender, e isso ele perceberá a medida que fizer o contato e começar a dialogar com a sua corretora. Seja mais um a somar para que a nossa categoria esteja mais unida e confiante no futuro, pois o desafio é grande e os grandes vencedores serão sempre aqueles que nunca desistirem da batalha, pois esses sempre existirão e suas idéias sempre servirão de norte para aqueles que acreditam em um futuro melhor. O Corretor sempre existirá.

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ecentemente o mercado de seguros divulgou algumas notícias da Susep que causou um grande burburinho entre os corretores de seguros de todo o País, tornando preocupante a continuidade dessa profissão, já que muitas tem desaparecido ao longo das mudanças tecnológicas ou comerciais. Algumas mudanças já aconteceram no mercado que causou movimentos semelhantes e sempre os corretores de seguros muito preocupados com os acontecimentos. Entendo a situação, pois também sou corretor de seguros e sei da importância de muito disso que tem sido falado. Mas também observo muito alarmismo sem necessidade ao menos se esperar a maré acalmar para ver realmente o que vai acontecer no mercado. Uma das primeiras notícias que me lembro foi quando anunciaram que o seguro seria vendido através de bancos. Muitos corretores viram isso como uma afronta e que acabaria com a profissão do corretor de seguros, pois os bancos eram muito mais fortes que a categoria além de terem uma grande capilaridade na distribuição dos produtos. Há muitos anos os corretores de seguros estão combatendo esse formato de comercialização, mas mesmo assim continuamos vivendo e existindo. Se voltarmos um pouco para a época de nossa formação como corretor de seguros, veremos que as primeiras apólices de seguros foram comercializadas por bancos, ou seja, seguro sempre foi comercializado nos bancos, só que o corretor quer a exclusividade na comercialização e isso impede de vermos um pouco o passado ou mesmo o nosso futuro, e isso paralisa muitos no presente. O crescimento da área de seguros de vida ultrapassando o seguro de auto ao longo desses dois últimos anos foi principalmente pela venda através do canal banco, que tem se mostrado eficaz para algumas seguradoras. Se queremos que a venda de seguro em banco acabe, teremos que ser mais eficiente e eficazes. Muitos corretores acham que não conseguimos, e nem sequer tentam fazer um trabalho semelhante e oferecer os produtos que comercializamos a todos os nossos clientes e assim aumentarmos o volume de vendas através do canal corretor. Mesmo assim alguns bancos “abriram as portas” para os corretores de seguros e estão indo bem com isso, pois veem nessa força de vendas um canal forte e qualificado para executar exatamente a função que eles querem, que é a venda qualificada de seguros, previdência e saúde. Estou a quase três décadas no mercado e lembro bem quando da informatização do sistema das seguradoras para emissão de apólices na década de 90, muitos achavam que o processo de informatização levaria os corretores a falência e extinção, pois as seguradoras não teriam mais a necessidade do corretor para “calcular” corretamente o valor do seguro junto aos clientes, já que os sistemas informatizados iriam fazer isso e o cliente poderia contratar o seguro diretamente na seguradora. No entanto o corretor se mostrou muito mais útil do que parecia, além de ser uma grande força de vendas, pois assumiu parte do trabalho administrativo nas emissões de seguros, reduzindo os custos de emissão para as seguradoras que terceirizaram essa atividade para as corretoras de seguros, inclusive transferindo a responsabilidade civil em caso de erro nas emissões para os corretores. Muitas corretoras cresceram e se tornaram grande potência de vendas e de processamento de seguros no mercado. Logo em seguida a esse momento tivemos o boom da

A Expo ABGR 2019 - XIII Seminário Internacional da ABGR será realizada nos dias 12 e 13 de novembro. Mais de 3 mil participantes estarão presentes neste que será o maior evento de risk managers da América Latina. Entre os temas que serão apresentados e debatidos por especialistas do setor, está a nova Lei de Liberdade Econômica, n.º 13.874, promulgada em 20 de setembro de 2019. Para o diretor técnico e jurídico da ABGR, o consultor Walter Polido, que será o mediador dos debates deste painel, “muitos dos dispositivos da nova Lei irão afetar positivamente as operações do mercado segurador”. “Refiro-me aos clausulados de seguros das diversas apólices existentes concebidos sob a orientação da Susep, que resulta em clausulados padronizados ou muito próximos disso, mesmo quando as seguradoras buscam oferecer textos diferenciados”, explica. Os resultados desta prática, segundo o diretor “reflete a pouca diversidade de ofertas atualmente encontrada no mercado de seguros nacional”. Segundo o especialista, esse padrão inexiste em países com mercados mais maduros, onde as seguradoras têm a prerrogativa na elaboração dos seus produtos de seguros, sem a interferência do Estado. Para o consultor, a Lei n.º 13.874/19 (Declaração de Direitos de Liberdade Econômica) traz lume renovado a essa questão. As normas são de proteção à livre iniciativa, sendo que a atuação do Estado na condição de agente normativo fica sujeita a essa determinação basilar. “Os artigos 170 e 174 da Constituição Federal já eram suficientes, mas a nova Lei os ratificou”, explica. Do ponto de vista dos contratos, em sua análise, as seguradoras devem ter liberdade. “A atuação da Susep, portanto, deve ser firme e eficaz na fiscalização das provisões técnicas e das reservas de sinistros, em prol da higidez da mutualidade do sistema, ficando de fora da elaboração de clausulados”, diz. Polido afirma que “as empresas associadas à ABGR, representadas por grupos econômicos de médio e grande porte, desejam pactuar livremente e longe das amarras representadas pelos produtos padronizados, nem todos eles refletindo as reais necessidades dos interesses seguráveis atuais e com significativa judicialização”, analisou, acrescentando: “As seguradoras devem possuir vários produtos para um mesmo ramo de seguro. Isso conferiria tratamento tailor made para segurados com diferentes situações de riscos, sem a obrigatoriedade de enquadrá-los num único modelo, pois é da essência da subscrição/underwriting de seguros esse tipo de atuação diversificada. É inquestionável que a Lei de Liberdade Econômica chega em boa hora para seguradores e segurados”, finaliza. A Expo ABGR 2019 acontecerá em São Paulo, tendo como mote o elo entre a gestão de riscos e o desenvolvimento sustentável nos negócios.

Susep abre consulta pública para as regras de Sandbox Critério de seleção terá foco em tecnologia diferente e redução de custos ao consumidor A Susep colocou em consulta pública, em 1º de outubro, as minutas de Resolução CNSP, Circular Susep e edital para participação no Projeto de Inovação da autarquia - sandbox regulatório. A consulta estará disponível até o dia 30 de outubro deste ano e a entrada em vigor dos normativos está prevista para janeiro de 2020. O diretor da Susep Eduardo Fraga explica que a autarquia espera receber produtos e serviços que tragam, de fato, tecnologia diferente para o mercado de seguros aliada à redução de custos. “Estamos falando de empresas (S.A., por exigência legal) que venham com novas propostas para subscrição e retenção de riscos. O objetivo é ampliar a cobertura de seguros no País com a diminuição dos preços dos produtos aos consumidores, estimulando a concorrência e a inovação, por meio de uma experiência diferente para os segurados”, enfatizou. Incialmente, a Susep avaliará os dez primeiros projetos que chegarem à autarquia no prazo determinado e que atendam aos requisitos do edital. As propostas precisarão comprovar que possuem produtos ou serviços prontos para entrar no mercado. Após a aprovação, a Susep concederá uma autorização por tempo determinado para que essas empresas possam operar no setor de seguros com regras diferenciadas por até 36 meses. Os critérios de análise técnica e de pontuação dos projetos também levarão em consideração se os produtos ou serviços apresentados são



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GERAL diferentes do que é oferecido pelo mercado atualmente, se podem ser comercializados em larga escala e se possuem projeção de riscos aos consumidores. O foco do sandbox está em produtos massificados de curto prazo e, com isso, estão excluídos os segmentos de vida, previdência, resseguros, grandes riscos e responsabilidade civil, por exemplo. Sandbox regulatório Em junho, a Susep divulgou um comunicado conjunto com a Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia, o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com a intenção de implementar um modelo de sandbox regulatório no Brasil. Dessa forma, a comissão avaliadora dos projetos da Susep será composta por seis membros: três da própria autarquia, um do Banco Central, um da CVM e um do mercado voltado às insurtechs.

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Mais do que atrair e reter talentos, a oferta de benefícios para funcionários também se tornou um meio de motivar e aumentar a produtividade. Um retrato dessa evolução está no Estudo da MetLife sobre Tendências de Benefícios para Funcionários – Brasil/2018, apresentado no debate promovido pelo CVG-SP, em 17 de setembro, no auditório da Fecap, em São Paulo. Realizado em 2017, com 300 empresas de diversos segmentos e portes e 500 funcionários, o estudo comparou os resultados com a edição anterior de 2013. No quesito lealdade, por exemplo, divergem as visões de empregados e empregadores. Entre 2013 e 2017, caiu de 72% para 54% o número de empregados que se diziam leais às empresas. Por outro lado, entre os empregadores, esse número aumentou no mesmo período, de 43 % para 49%. Já em relação à satisfação dos funcionários com os benefícios, houve uma queda de 40% para 30%. De acordo com o estudo, quase 95% dos empregados não sabiam do benefício seguro de vida. “Com exceção do plano de saúde, cuja utilização é mais tangível, os demais benefícios não são percebidos pela maioria dos funcionários. Por isso, o principal insumo da pesquisa é a necessidade de a empresa sempre comunicar ao funcionário o benefício que oferece”, disse Leonardo Stivanin, Head de Estratégia na MetLife. A pesquisa mostrou, ainda, a tendência de benefícios cada vez mais direcionados ao equilíbrio entre a vida profissional e pessoal dos funcionários. Para Stivanin, essa tendência tem a ver com flexibilidade. Mas, apenas 42% dos empregados brasileiros disseram que seus empregadores oferecem jornada de trabalho flexível. No Chile, esse percentual é de 84% e no México de 70%. Para 58% dos empregados brasileiros, a jornada flexível conta muito na hora de escolher uma proposta de trabalho. Personalização No Brasil, de acordo com cálculos de Stivanin, os benefícios correspondem à média de múltiplo salarial de 24 vezes, o dobro do que é praticado nos Estados Unidos. A diferença, segundo ele, é que os empregados americanos têm a possibilidade de permanecerem com o benefício depois de se desligarem das empresas por meio da contratação de benefícios voluntários. No Brasil, começa a ser desenvolvido esse modelo em que os funcionários podem escolher benefícios adicionais. Para 84% dos empregadores, o benefício voluntário é uma maneira econômica de agregar valor. “A indústria de seguros deve pensar em oferecer coberturas diferenciadas”. Os benefícios voluntários são uma opção para se criar programas de benefícios personalizáveis. A pesquisa mostrou que 51% dos funcionários concordam em pagar parte desse custo. “Isso é muito relevante porque o funcionário está disposto a tirar dinheiro do próprio bolso para bancar o benefício", disse. A pesquisa comprova essa tendência ao mostrar os benefícios que os funcionários estão dispostos a compartilhar: seguro hospitalar (73%), check up (67%), seguro de invalidez (69%), seguro resgatável (58%) e perda de renda (58%). Outra tendência é a oferta de programas de bem-estar, uma expectativa de 65% dos entrevistados. Nesse sentido, o estudo revelou que a preferência de programas de benefícios varia de acordo com a faixa etária. A oferta de exame médico, por exemplo, é importante para 36% dos jovens e para 54% dos mais velhos “Existe espaço para todo tipo de benefício, mas é preciso entender o público para oferecer aqueles que podem ter maior adesão dentro da empresa”, disse. Em relação às conclusões do estudo da MetLife, o presidente do CVGSP, Silas Kasahaya, chamou a atenção para a dicotomia entre a visão de empregados e empregadores sobre os benefícios. Para ele, a solução está na comunicação. “Todos os dias somos bombardeados com diversas informações. Por isso, a comunicação da empresa em relação ao benefício deve ser assertiva”, disse.

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Debate do CVG-SP aponta tendência de personalização de benefícios

PROGRAMAÇÃO OUTUBRO 2019

SÃO PAULO (11) 2739-1000 ou secretariasp@funenseg.org.br Cursos • Pós-Graduação em Consumer Insights (São Paulo) • Pós-Graduação em Gestão Estratégica de Negócios de Serviços (São Paulo) • Pós-Graduação em Business Partner (São Paulo) • Pós-Graduação em Liderança 4.0 (São Paulo) • Pós-Graduação em Design Thinking Aplicado ao Planejamento e Gestão de Unidades e Sistemas de Saúde (São Paulo) • Extensão em Direito do Consumidor: Contrato de Seguro e Atividade Seguradora e Publicidade de Seguros (São Paulo) • Extensão em Fundamentos e Estrutura do Mercado de Saúde Suplementar (São Paulo) • Extensão em Ética e Responsabilidade Corporativa (São Paulo) • Extensão em Seguros de Responsabilidade Civil, Geral, Riscos Profissionais (E&O) e Seguros Ambientais (São Paulo) • Extensão em Gestão de Riscos Legais e Conformidades Normativas (São Paulo) • Extensão em Segurança Física, Patrimonial e de Operações (São Paulo) • Extensão em Direito Regulatório e Governança Corporativa e Controles Internos (São Paulo) • Extensão em Regulação de Sinistros e Fraude contra o Seguro (São Paulo) • MBA Marketing & Consumer Insights (São Paulo) • MBA Liderança Sustentável de Pessoas (São Paulo) • MBA Gestão Estratégica de Negócios de Serviços (São Paulo) • MBA Transformação Digital no Mercado de Seguros (São Paulo) • MBA Executivo em Liderança Sustentável de Pessoas (São Paulo) • Técnico: Resseguro: Princípios e Aplicação (São Paulo) • Técnico: Megavendas – uma metodologia para você alavancar os seus resultados de forma estruturada e contínua (Campinas, Ribeirão Preto e Santos) • Técnico: Atendimento em Clínicas Médicas (Santo André e São Paulo) • Técnico: Contabilidade Aplicada ao Seguro (São Paulo) • Técnico: Saúde Suplementar (São Paulo) • Formação Executiva em Educação Financeira Sênior (São Paulo) • Formação Executiva em Logística Internacional de Carga: Riscos, Gestão e Seguros (São Paulo) • Formação Executiva em Sinistros de Property (São Paulo) • Formação Executiva em Gestão de Inovação em Seguros (São Paulo) • Formação Executiva em Gestão de Projetos em Seguros (São Paulo) • Formação Executiva em Gestão de Serviços e o Setor de Saúde (São Paulo) RIO DE JANEIRO (21) 3094-1011/1012/1013/1014/1016/1017 ou unidaderj@funenseg.org.br Cursos • Pós-Graduação em Consumer Insights (Rio de Janeiro) • Pós-Graduação em Gestão Estratégica de negócios de Serviços (Rio de Janeiro)

ENS

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• Pós-Graduação em Businesse Partner (Rio de Janeiro) • Pós-Graduação em Design Thinking Aplicado ao Planejamento e à Gestão de Unidades e Sistemas de Saúde (Rio de Janeiro) • Extensão em Gestão de Operações de Seguros (Rio de Janeiro) • Extensão em Saúde Complementar (Rio de Janeiro) • Extensão em Direito Societário e Tributação em Seguros e Resseguros (Rio de Janeiro) • Extensão em Meios de Solução de Conflitos: Direito Processual Securitário, Mediação e Conciliação em Seguros e Arbitragem em Seguros e Resseguro (Rio de Janeiro) • Extensão em Gestão de Seguros de Responsabilidade e de Riscos Financeiros (Rio de Janeiro) • Extensão em Fundamentos e Estrutura do Mercado de Resseguro (Rio de Janeiro) • Extensão em Gestão de Pessoas e Equipes (Rio de Janeiro) • MBA Marketing & Consumer Insights (Rio de Janeiro) • MBA Gestão Estratégica de Negócios de Serviços (Rio de Janeiro) • MBA Transformação Digital no Mercado de Seguros (Rio de Janeiro) • Técnico: Subscrição de Riscos e Precificação de Seguros (Rio de Janeiro) • Workshop Saúde Suplementar – PME – Pequenas e Médias Empresas (Rio de Janeiro) • Workshop Riscos e Gestão Tributária para Corretores de Seguros (Rio de Janeiro) • Workshop Marketing Pessoal: Como Conduzir com Sucesso sua Imagem Junto ao Cliente (Rio de Janeiro) • Formação Executiva em Gestão de Serviços e o Setor de Saúde (Rio de Janeiro) MINAS GERAIS (31) 3272-1700 ou unidademg@funenseg.org.br Cursos • Pós-Graduação em Gestão Comercial do Seguro (Belo Horizonte) • Extensão em Direito Securitário – Semipresencial (Belo Horizonte) DISTRITO FEDERAL (61) 3323-7032 ou (61) 3321-4718 ou unidadedf@funenseg.org.br Curso • Técnico: Megavendas – uma metodologia para você alavancar os seus resultados de forma estruturada e contínua (Brasília) BAHIA (71) 3341-2688/2699 ou unidadeba@funenseg.org.br Curso • Pós-Graduação em Gestão Comercial do Seguro (Salvador e Vitória da Conquista) PARANÁ (41) 3262-0305/3263-3106/3264-9614 ou unidadepr@funenseg.org.br Curso • Técnico: Megavendas – uma metodologia para você alavancar os seus resultados de forma estruturada e contínua (Curitiba) ENS dá início a Planejamento Estratégico para o triênio 2020-2022


SAÚDE Cercada por resistências, telemedicina tenta avançar O Valor Econômico relata que a decisão recente do Conselho Federal de Medicina (CFM) de revogar a nova resolução que regulamenta a telemedicina no Brasil, após protestos de médicos e entidades, deve atrapalhar, mas não impedir, o avanço do uso das novas tecnologias digitais no atendimento a pacientes. Essa é a opinião de especialistas que atuam nas áreas da saúde, tecnologia e medicina de grupo, e veem a expansão da telemedicina no país como irreversível, em especial na melhoria dos serviços da atenção básica de saúde. A resistência de médicos e entidades é tida pelos especialistas como compreensível, mas não justificável. O Brasil já tem uma resolução sobre telemedicina, de 2002. A regra antiga já estabelece, por exemplo, que as informações do paciente só podem ser transmitidas a outro profissional com a sua permissão. O médico também permanece responsável pelo sigilo e armazenamento das informações, conforme previsto nas normas do CFM. Mas o conselho decidiu revogar a resolução alegando que precisaria de tempo para avaliá-la. Um dos argumentos usados pelos defensores da nova resolução é que a maioria dos serviços de telemedicina que incide sobre diagnóstico e manejo clínico, por exemplo, já é rotineiramente oferecida nos países mais desenvolvidos e que sua aplicação no Brasil seria apenas uma questão de tempo. “A telemedicina é inexorável para o provedor de saúde público ou privado. Aquele que não aderir aos avanços trazidos pela tecnologia não terá como atuar no futuro”, afirma José Augusto Ferreira, diretor de provimento de saúde da Unimed BH. A indefinição em relação à regulamentação traz uma série de consequências negativas, diz Marcus Vinicius Figueredo, CEO a HiTechnologies, empresa paranaense especializada em equipamentos para a área médica. Uma delas, segundo ele, é a dificuldade de incorporar inovações tecnológicas. “Existem muitas inovações de telemedicina que enfrentam barreiras para serem inseridas no sistema de pagamento, por exemplo. Normalmente, não são aceitas pelo Sistema Único de Saúde ou pelas operadoras de planos de saúde.” Economia com IA pode chegar a US$ 150 bi O Valor Econômico completa que os centros médicos que não acompanharem a onda da inteligência artificial (IA) vão perder oportunidades na redução de custos, gestão de pessoal, no desenvolvimento de tratamentos e no relacionamento com pacientes. Essa é a avaliação do americano Kaveh Safavi, líder de prática global de saúde da consultoria Accenture. De acordo com ele, o potencial de economia no mercado global de saúde com o uso da IA em áreas como cirurgias assistidas por robôs, dosagem de medicamentos e testes clínicos, pode chegar a US$ 150 bilhões até 2026. “O segmento enfrenta cenários desafiadores como uma força de trabalho cada vez menor e a expansão do número de pacientes”. O especialista, com 30 anos de experiência no ramo hospitalar, defende que, para equilibrar melhor essa balança, as unidades precisam considerar rapidamente novas alternativas como o aumento do atendimento virtual, a telemedicina e o monitoramento remoto de enfermos. “São ações que podem gerar economia de tempo e de custo, sem falar da melhora no atendimento aos doentes que mais precisam.”

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Na avaliação do consultor, a inteligência artificial e o aprendizado de máquina vão mudar a maneira como médicos e gestores de hospitais trabalham. “A tecnologia vai encurtar ou eliminar tarefas.” Estudos da Accenture indicam que quase dois em cada três dólares gastos por hospitais dos EUA ou 65% da despesa médica, em média, são usados com mão de obra. Segundo Safavi, a organização de documentos

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médicos e históricos de consultas pode ser o primeiro nicho a ser impactado pela IA. Hoje, apenas 8% dos papéis ligados à saúde, no mundo, são digitais, diz. “Novas tecnologias de reconhecimento automático de atestados e certidões já estão sendo empregadas e vão ajudar os profissionais a ganhar produtividade.” Pesquisa da consultoria mostra que a automação do fluxo de documentos pode liberar em até 17% o tempo de expediente dos médicos.

Do lado dos pacientes, será possível economizar em até 25% as horas gastas hoje para escolher um especialista na lista de um plano de saúde. Para Safavi, sistemas baseados em IA vão auxiliar não só na escolha do profissional mais próximo ao usuário, mas aquele mais adequado para resolver um problema específico. Somente no campo de diagnósticos preliminares, os recursos de IA apontam para economia de até US$ 5 bilhões no período.


18 JNS Bradesco Saúde recebe nível máximo da ANS em qualificação A Bradesco Saúde mais uma vez se destaca por sua excelência e acaba de receber o nível máximo no Programa de Qualificação das Operadoras 2018 (ano-base 2017), divulgado no último 16/09 pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Com pontuação de 0,96 (sendo 1 a nota máxima), a seguradora é uma das melhores do setor classificadas pela agência, que avaliou conjunto de ações com ênfase em promoção, prevenção e assistência à saúde prestada. Segundo ANS, os dados apontam que o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) geral do setor foi de 0,7295. Das 1.019 operadoras ativas em 2017, 858 atenderam aos requisitos para divulgação dos resultados. A metodologia do programa leva em consideração diversos fatores, entre eles: sinergia entre os programas da ANS, foco em indicadores que avaliam a qualidade e pesquisa de satisfação do beneficiário. Além disso, um dos indicadores se refere ao Programa de Acreditação de Operadoras, que confere pontuação até 0,15 no índice para empresas acreditadas. A Bradesco Saúde renovou, no fim de 2018, a certificação de Acreditação com nível máximo, após avaliação do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), e aferida pela ANS. “A busca por melhores práticas em saúde e inovação sempre fez parte da cultura da empresa. Algumas dessas práticas inclusive anteciparam normas estabelecidas posteriormente pelo órgão regulador no mercado de Saúde Suplementar. É gratificante este reconhecimento da agência e só reforça nossa responsabilidade em manter a qualidade de nossa assistência”, afirma Flávio Bitter, diretor-gerente da Bradesco Saúde. A Mediservice – operadora na modalidade de administração por pós-pagamento e controlada pela Bradesco Saúde – também obteve destaque na avaliação ao atingir a nota 0.8, com expressivas notas nos indicadores. A Odontoprev, que também faz parte do Grupo Bradesco Seguros, também conquistou a faixa máxima do IDSS, recebendo a nota 0.8, sendo a única operadora exclusivamente odontológica que está na faixa 1.

Sancor Seguros premiou corretores com show do Bom Jovi Lançada em abril deste ano, a campanha de incentivo para seguros de Pessoas “Sancor Seguros Experiências - Bon Jovi” foi encerrada em setembro. E no dia 25/9, realizou a premiação máxima aos vencedores: assistir bem de perto o show da banda de rock Bon Jovi em São Paulo. Segundo o corretor Raul Rossoni Bordim, da VIP Dinâmica Corretora de Cascavel/PR, a oportunidade proporcionada pela seguradora valeu o esforço, “foi uma experiência única, muito bacana essa forma de motivação dada a nós corretores através de uma campanha mensurada com base nos resultados e desempenho diante dos negócios feitos. Com certeza fortalece a parceria entre as partes, gostei muito da programação completa e organizada, com um “esquenta” onde pudemos conhecer toda a equipe e também fortalecer os laços. ” Para o Gerente Comercial do canal Corretor,

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André Giordani, que acompanhou os 10 corretores que fizeram a maior pontuação de acordo com o regulamento, são iniciativas como estas que estreitam o relacionamento com o mercado de corretores. O gerente afirma ainda que “para a Sancor Seguros que prioriza o bom relacionamento com os seus parceiros, dentre as formas de reconhecer os esforços que culminaram nos excelentes resultados de Seguros de Pessoas que tivemos até o momento, está a possibilidade de compartilhar com os corretores um momento tão especial. O show de uma das bandas mais clássicas do rock, o Bon Jovi, foi um momento prazeroso em que comemoramos não só o crescimento no ramo, mas também a amizade que temos com parceiros tão importantes”. A campanha teve como proposta proporcionar experiências únicas aos corretores e levá-los a vivenciar experiências únicas e espetáculos diferenciados, como foi o caso do Cirque du Soleil, no primeiro semestre. No período da campanha o crescimento acumulado da carteira dos produtos elegíveis chegou próximo aos 80%, comparado ao ano anterior. O Superintendente Comercial da Sancor Seguros, Rosimario Pacheco, completa informando que além do show a campanha contou ainda com premiações periódicas. “Mensalmente as corretoras que obtiveram a maior pontuação dentro do período ganharam cartões-presentes no valor de R$ 500, 00”, acrescenta Pacheco.

Sompo Seguros aumenta em 100% o desempenho de aplicações com Qlik Sense A Sompo Seguros aumentou sua produtividade com a solução de BI Qlik Sense. A implementação da ferramenta foi realizada pela Nordica, empresa de consultoria e distribuição de software que projeta e implementa soluções de Business Intelligence, Advanced Analytics, Planejamento e Gerenciamento de Desempenho. O Grupo Sompo Holdings conta em todo o mundo, com U$ 112,3 bilhões em ativos, presença em 30 países, mais de 20 milhões de clientes e mais 80 mil colaboradores. Só no Brasil, a Sompo Seguros alcançou em 2018, R$ 3,5 bilhões em Prêmios Emitidos e R$ 4,8 bilhões em ativos. A companhia conta com 43 filiais, quase dois mil colaboradores e mais de 26 mil corretores cadastrados. Além disso, ocupa o 1º lugar no ranking brasileiro de Seguros de Transporte e está entre as cinco primeiras em seguros Empresariais, Saúde, Condomínio, Penhor Rural, Benfeitorias, Riscos de Engenharia, entre outros. De acordo com Vagner Shindi Kambala, coordenador da área de TI - Inteligência de Negócios da Sompo Seguros no Brasil, o objetivo do projeto era homogeneizar os relatórios na companhia e reestruturar a plataforma que viabiliza a governança da solução. Com isso, há um maior controle por parte da área de Tecnologia da informação dos sistemas implementados, o que também reduz significativamente o risco operacional de instalações de sistemas por diferentes áreas com base em seus próprios orçamentos (Shadow IT). “Escolhemos o Qlik Sense em função do dinamismo proporcionado pelas extensões, sendo uma ferramenta analítica de fácil assimilação. Foi organizada uma parceria com a Nordica com planejamento colaborativo, o que auxiliou muito no processo de ambientação e tornou ágil a adaptação junto a nossa cultura organizacional”, salienta Kambala. A flexibilidade promovi-

EMPRESAS da pelo mashup (aplicação web que utiliza conteúdos de diferentes fontes para criar um novo serviço) é outro ponto destacado pelo especialista. A Sompo conta com um laboratório focado em inovação, que mantém a companhia atualizada e gera valor e experiência aos clientes. Foram 167 aplicações desenvolvidas com Qlik Sense, com 855 licenças profissionais em 7,5 meses de implementação do projeto. “A otimização de recursos e redução de custos motivaram a convergência de três soluções de BI (SAS VA, QlikView e Power BI) em uma única. Ganhamos muito em User eXperience (UX), Self Service BI, além de controle e governança sobre as aplicações. Hoje, as aplicações estão 100% mais rápidas e as cargas da malha melhoraram em no mínimo 200%”, revela Kambala.

Tokio Marine é a nova parceira do Ituran com Seguro A Ituran, empresa líder no setor de rastreamento automotivo, vem conquistando cada vez mais espaço no mercado por meio do Ituran com Seguro (ICS). A Tokio Marine, uma das maiores seguradoras do País, agora é a nova parceira estratégica do Ituran com Seguro – ao lado das seguradoras HDI Seguros, Liberty Seguros e MAPFRE, companhias multinacionais importantes no segmento. O Ituran com Seguro continua sendo oferecido em todo o país, contemplando veículos com até 20 anos de fabricação, além de aceitar veículos de transporte de passageiros por aplicativos e táxis. As coberturas para terceiros e perda total por colisão continuarão sendo contratadas de forma adicional. “Essa nova parceria demonstra a confiança que o mercado deposita na Ituran. Mais do que isso, amplia a nossa capacidade de aceitação de R$ 90 mil para R$ 130 mil do valor de tabela da FIPE. Isso nos dá a possibilidade de cobrir automóveis de maior valor”, enfatiza Roberto Posternak, diretor comercial da Ituran Brasil. Para o CEO da Ituran Brasil, Amit Louzon, a parceira com a Tokio Marine é um passo importante na manutenção do crescimento da companhia no Brasil, cuja a estratégia amplia ainda mais a cobertura do rastreamento com um seguro. “Nesses anos de atuação do Ituran com Seguro já emitimos mais de 1,7 milhão de apólices. Fomos os idealizadores deste tipo de seguro, nossos principais diferenciais são o porte das seguradoras parceiras, o sucesso na recuperação de veículos e a contratação rápida e fácil via e-commerce, televendas, lojas credenciadas e corretores”, destaca Louzon, projetando crescimento de até 15% de vendas em geral. “Nós, da Tokio Marine, celebramos essa parceria que vai nos permitir ampliar a oferta de proteção principalmente para pessoas que ainda estão fora do mercado de seguros. Nossa expectativa em relação à novidade é agregar ainda mais tecnologia e qualidade à operação da Ituran”, afirma Luiz Padial, Diretor de Automóvel da Tokio Marine. Presente no Brasil há 60 anos, a Tokio Marine é uma das 10 maiores seguradoras do mercado nacional e conta, atualmente, com cerca de 2.000 colaboradores, em 72 unidades de negócios distribuídas por todo o país. No ranking da carteira de automóvel, de acordo com a Susep, a companhia ocupa a 4ª posição segundo os dados atualizados até agosto de 2019. “É uma grande conquista para Ituran con-

tar agora com mais esse parceiro. Outra novidade é que, a taxa de instalação, agora está zerada motivada pela campanha de comemoração dos 20 anos da Ituran no Brasil. Pela primeira vez na história zeramos a taxa e o cliente economiza R$ 299”, reforça Posternak. Na prática, o Ituran com Seguro (ICS) atende àqueles segurados que não abrem mão de ter um seguro para seu veículo, mas não conseguem arcar com os valores das apólices tradicionais, garantindo proteção contra roubo ou furto. Ou seja, se o veículo não for recuperado, o segurado recebe uma indenização baseada em até 100% do valor da tabela FIPE. “Outras vantagens exclusivas são assistência 24 horas e coberturas adicionais de RCF (Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos) e PT (Perda Total) Colisão. O Ituran com Seguro já é sucesso desde o seu lançamento em 2009, pois consegue oferecer aos clientes um seguro com pagamento mensal, sem juros, que cabe no bolso do consumidor. Atribuímos esse sucesso por meio da confiança que o mercado deposita em nossa multinacional israelense. A Tokio Marine não é apenas um novo parceiro, mas uma grande conquista que impacta diretamente no crescimento do nosso mercado”, finaliza Louzon.

Swiss Re Corporate Solutions lança plataforma de cotação ágil para D&O Nos dias de hoje o seguro D&O, conhecido pelo termo em inglês Directors and Officers, tem sido importante para empresas de qualquer porte, pois um executivo pode ser responsabilizado por uma tomada de decisão que tenha gerado algum dano a terceiro. Segundo Marina Neufeld Schechner, Head de RC Geral e Linhas Financeiras da Swiss Re Corporate Solutions, "o executivo pode ter que se desfazer de bens para arcar com os custos e perdas em processo de responsabilidade civil". Com o objetivo de facilitar o dia a dia dos corretores já está disponível a plataforma de cotação online de D&O da seguradora Swiss Re Corporate Solutions. Com ela, em apenas 5 minutos o corretor faz desde a cotação até a emissão de uma apólice. "Nossa plataforma certamente vai ajudar muito os corretores na oferta do D&O aos seus clientes, principalmente pequenas e médias empresas, colaborando com a diversificação de suas carteiras. Nosso objetivo é facilitar a operação do Corretor, que necessita de soluções simples e eficientes para apoiar as vendas", complementa Marina.

NetVida recebe aprovação de líderes do mercado de seguros O NetVida, plataforma online que permite fazer cálculos do seguro de Vida da Icatu seguros de forma rápida e descomplicada, tem recebido a aprovação de líderes de entidades voltadas a corretores de seguros. O presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, por exemplo, acredita que ferramentas como essa são muito importantes porque podem ajudar a categoria a investir nesse segmento. “Precisamos conscientizar cada vez mais pessoas sobre o papel do seguro de Vida para proteger nossas famílias e a nós mesmos, já que os produtos permitem a uti-


EMPRESAS

Jornal Nacional de Seguros Ed. 322 Setembro 2019

lização em vida, em casos de invalidez ou doenças graves”, frisa o executivo. Nesse sentido, para ele, a ferramenta é positiva por não só por simplificar o sistema de cálculo e emissão, como também por fornecer conteúdo para que os corretores iniciem e se consolidem como consultores de benefícios. Wanderson Nascimento, também presidente do Sincor, mas na Bahia, concorda que a atividade da categoria precisa estar alinhada a ferramentas e instrumentos que possam dinamizar seus negócios. “A tecnologia precisa ser nossa maior aliada”, defende, reconhecendo a importância do NetVida ao facilitar a comercialização de seguros e a comunicação do mercado com a sociedade. “A revolução tecnológica no ambiente de negócios de seguros é uma realidade irreversível. Chegou para ficar. Neste contexto, o NetVida tem sido acolhido com entusiasmo pelos corretores de seguros que o descobrem, e esse respaldo das principais lideranças da categoria são mais um sinal de que estamos no caminho certo”, afirmou o idealizador e fundador do NetVida, Aluízio Melo de Oliveira. Lançado este ano, NetVida é uma plataforma online, de uso gratuito pelos corretores, que permite fazer cálculos do seguro de Vida da Icatu Seguros de forma rápida e descomplicada. Propostas, DPS assinadas eletronicamente e Certificados são emitidos em tempo real. No site www.netvida.net, os valores de capitais segurados e prêmios são gerados a partir de apenas duas perguntas.

CURTAS Com a colaboração indispensável de corretores e seguradores. Envie a sua piada para jns@jns.com.br !

UMAS&OUTRAS

Aplicativo gamificado de previdência privada é premiado no 2º Hacka GR1D Um aplicativo de previdência privada com proposta de gamificação para engajar toda a família no investimento. Essa foi a inovação premiada na segunda edição do Hacka GR1D, hackathon voltado ao desenvolvimento de soluções para o mercado de seguros por meio da GR1D Insurance, primeira plataforma de soluções digitais para o setor. A maratona de programação durou mais de 36 horas e foi realizada neste sábado e domingo, 14 e 15 de setembro, no We Work Carioca, no centro do Rio de Janeiro (RJ). Cada integrante da equipe vencedora PIG levou para casa um iPhone XR. Além disso, junto ao segundo e terceiro melhores grupos, eles receberão mentoria de profissionais da GR1D para transformar as soluções desenvolvidas na maratona em negócios de fato, com independência. A PIG é integrada por Beatriz Couto Maselli, Diago Sávio Moraes de Mello Sucar, Maisa Maximo Ferreira, Rafael Amaral Maciel e Willian Ferreira do Valle. Na segunda colocação, ficou a equipe LiFit, formada por Bryan Motta Correia, Hildo Alves Feitosa Neto, Janaina Nascimento de Souza, Philippe Menezes Seabra e Taíza Mendonça, que desenvolveram um aplicativo de seguros que valoriza e incentiva o estilo de vida saudável e a prática de atividades físicas, com sincronização com aplicativos de exercícios. Eles foram premiados com fones JBL Bluetooth. No total, 50 competidores formaram os dez times do 2º Hacka GR1D – a primeira edição da competição foi realizada em julho, no Recife (PE). A maratona começou no sábado de manhã (14), com os participantes sendo apresentados à GR1D Insurance e ao desafio pelo CEO Renato Terzi, que acompanhou de perto o progresso das equipes durante todo o evento. Em seguida, Guga Stocco, fundador da GR1D, falou sobre as últimas tendências de inovação e as profundas transformações que elas trarão ao mercado. “Foi uma grande satisfação ver a nossa plataforma ser explorada por mentes jovens e inovadoras, trabalhando juntas em prol da transformação digital da área de seguros no Brasil e do aprimoramento da experiência do cliente desse mercado. Essa é a missão da GR1D”, afirmou Terzi. “Agora, vamos dar todo suporte aos vencedores, para que desenvolvam essa ideia promissora com apoio da nossa tecnologia”.

JNS 19

A lição do cachorro

Caixinha de remédio

Sendo um veterinário, fui chamado para examinar um cão de 13 anos de idade, chamado Batuta. A família esperava por um milagre. Examinei Batuta e descobri que ele estava morrendo de câncer e que eu não poderia fazer nada... Batuta foi cercado pela família. O menino, Pedro, parecia tão calmo, acariciando o cão pela última vez, e eu me perguntava se ele entendia o que estava acontecendo. Em poucos minutos, Batuta caiu pacificamente dormindo para nunca mais acordar. O garotinho parecia aceitar sem dificuldade. Ouvi a mãe se perguntando: - Por que a vida dos cães é mais curta do que a dos seres humanos?... Pedro disse: "Eu sei por quê." A explicação do menino mudou minha maneira de ver a vida. Ele disse: -''A gente vem ao mundo para aprender a viver uma boa vida, como amar aos outros o tempo todo e ser boa pessoa, né? Como os cães já nascem sabendo fazer tudo isso, eles não têm que viver por tanto tempo como nós.'' Entendeu? O moral da história é: Se um cão fosse seu professor, você aprenderia coisas como: . Quando teus entes queridos chegarem em casa, sempre corra para cumprimentá-los. . Nunca deixe passar uma oportunidade de ir passear. . Permita que a experiência do ar fresco e do vento no seu rosto seja de puro êxtase! . Tire cochilos. . Alongue-se antes de se levantar. . Corra, salte e brinque diariamente. . Melhore a sua atenção e deixe as pessoas te tocarem. . Evite "morder" quando apenas um "rosnado" seria suficiente. . Em um clima muito quente, beba muita água e deite-se na sombra de uma árvore frondosa. . Quando você estiver feliz, dance movendo todo o seu corpo. . Delicie-se com a simples alegria de uma longa caminhada. . Seja fiel. . Nunca pretenda ser algo que não é. . Se o que você quer, está "enterrado"... cave até encontrar. . E nunca se esqueça: . Quando alguém tiver num mal dia, fique em silêncio, sente-se próximo e suavemente faça-o sentir que você está ali...

Uma mulher que trabalhava num banco havia muitos anos, caiu em desespero. Estava depressiva, com esgotamento nervoso. Seu médico, buscando um diagnóstico, lhe perguntou: - Como se chama a jovem que trabalha ao seu lado no banco? - Cíntia, respondeu ela, sem entender. - Cíntia do quê? - Eu não sei. - Sabe onde ela mora? - Não. - O que ela faz? - Também não sei. O médico entendeu que o egoísmo estava roubando a alegria daquela pobre mulher. - Posso ajudá-la, mas você tem que prometer que fará o que eu lhe pedir. - Farei qualquer coisa! Afirmou ela. - Em primeiro lugar, faça amizade com Cíntia. Convide-a para jantar em sua casa. Descubra o que ela está almejando na vida, e faça alguma coisa para ajudá-la. - Em segundo lugar, faça amizade com seu jornaleiro e a família dele, e veja se pode fazer alguma coisa para ajudá-los. - Em terceiro, faça amizade com o zelador de seu prédio e descubra qual é o sonho da vida dele. - Em dois meses, volte para me ver. Ao fim de dois meses, ela não voltou, mas escreveu uma carta sem sinal de melancolia ou tristeza. Era só alegria! Havia ajudado Cíntia a passar no vestibular. Ajudou a cuidar de uma filha doente do jornaleiro. Ensinou o zelador a ler e escrever, pois era analfabeto. "Nunca imaginei que pudesse sentir alegria desta maneira!", escreveu ela. Os que vivem apenas para si mesmos, nunca encontrarão a paz e a alegria, pois somos chamados por Deus para ser benção na vida dos outros. Você já conhecia este segredo? Pense nisso!! "Muitas vezes nesta vida, nós somos o remédio da vida de outras pessoas! Quantas vezes você já curou uma pessoa com o seu abraço, uma visita inesperada, um sorriso, uma palavra, um carinho ou até mesmo, um e-mail enviado? Sua presença alegra a vida das pessoas, é um poderoso remédio contra a tristeza, a depressão, a dor e os sofrimentos da alma. Estar presente, na vida das pessoas que amamos é milagre poderoso, que pode transformar-se em processos de cura absoluta."



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