Revista JNS Março nº 334 - Ano 2021

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JORNAL NACIONAL DE SEGUROS A n o 2 9 • n º 3 3 4 • M A R Ç O • C i rc u l a A B R I L 2 0 2 1

Susep divulga Relatório Financeiro do setor de seguros: subiu sinistralidade do Vida

A situação econômico-financeira do setor permaneceu estável em 2020, com níveis adequados de suficiência de capital para absorver perdas inesperadas, segundo a Autarquia. Os ativos garantidores sob gestão do setor atingiram o total de R$ 1,23 trilhão em 2020, frente aos R$ 1,16 trilhão ao final de 2019, o que representa um aumento de 6% no volume total. A rentabilidade, em virtude da pandemia, foi desigual entre ramos e modalidades. A rentabilidade do segmento Auto, medida pelo resultado técnico, cresceu de 19% para 25%, um aumento de R$ 1,98 bilhão, enquanto no seguro de pessoas, caiu de 33% para 28%, uma queda de R$ 1,62 bilhão. Acesse O Relatório Financeiro do Setor de Seguros 2020, na íntegra, no portal da Superintência de Seguros Privados. Dá um google!

Para onde vão os corretores de seguros?

Circular 621: Susep simplifica regulamentação visando reduzir preços dos seguros

A ORDEM É PIVOTAR!

A principal novidade foi separar a regulação de coberturas de grandes riscos de massificados. Pág.8

Corretor que aderiu ao Simples terá novo prazo para pagar impostos, anunciou a Receita Dependendo do período de apuração, o prazo de pagamento pode ser adiado por até 5 meses. Pág.6.

Deputado Lucas Vergilio assume a presidência da Escola de Negócios e Seguros ENS promoveu diversas mudanças. Foram definidos 6 novos membros para o Conselho. Veja mais na 08.

Uma aula de empreendedorismo...

Corretor Digital SINCOR-SP Sindicato lançou um aplicativo com muitas funcionalidades e quer o corretor do século XXI mergulhado no mundo digital. Pág. 06.

Corretor Agente Financeiro FENACOR Em parceria com a MAG seguros e ENS, Fenacor quer corretor agente de investimentos. Pág.10.

Consultor do Futuro FGV Fundação quer consultor de seguros que entenda de sandbox, mkt digital, CDC, LGPD, blockchain, soft skills, produtos, compartilhamento de dados... Pág. 04.

JORNAL NACIONAL DE SEGUROS Rua Jamboaçu, 216 Alto do Ipiranga • 04281 060 • SP/SP TelFax (11) 5539 5317 e-mail: jns@jns.com.br

Umas&Outras na página 11.

IMPRESSO ESPECIAL


Jornal Nacional de Seguros Ed. 334 Março 2021

O CORRETOR Nelson Fontana nelson@fontana.com.br

O ADVOGADO Walter Polido Conhecer Seguros

Mercado de Seguros 4.0

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consumidores, pelos sites de contratação automática. Some-se a isto o fato de que os consumidores, normalmente, sentem a sensação de que o corretor está lá para ajudar. A seguradora não. Seguradora é a outra parte do contrato. “É a inimiga”. A velocidade do avanço da venda direta de seguros pela inNelson Fontana ternet vai depender do aparecimento de seguradoras que “só” vendam através da internet e do sucesso delas. Se elas forem um fracasso, as grandes seguradoras vão se agarrar aos corretores, mas, se as novas seguradoras lastreadas em tecnologia forem um sucesso, aí os corretores podem esquecer a “parceria”. As grandes vão abandoná-los e correr atrás do prejuízo. Por fim, todos nós sabemos que os segurados não vão confiar em fazer um seguro diretamente com uma seguradora. Isto é a mesma coisa que entrar no site da TAM e comprar uma passagem aérea. Na GOL pode estar mais barato. Portanto, a venda de seguros pela internet que realmente pode mudar o ambiente de negócios dos corretores de seguros é aquela através de um site onde o segurado (proponente) informa o RENAVAN de seu carro, seu CPF e talvez o CEP de sua residência e, automaticamente, aparece na tela 10 ou 20 cotações de seguradoras diferentes e, uma vez escolhido, com alguns cliques ele contrata e paga o seguro. Ou seja, um site com cara de MERCADO DE SEGUROS lastreado em tecnologia (como o DECOLAR, MERCADO LIVRE, BOOKING e outros). Isto já está disponível (ainda precariamente) para ser colocado nos sites de todos os corretores.

Grandes Riscos: um novo marco regulatório com a Resolução CNSP 407

COM A PALAVRA

oi dada a largada para o mercado de seguros versão 4.0 automatizado. Seguindo a tendência da indústria atual, a tecnologia está substituindo a velha forma de se fazer negócios, olhando no olho ou, pelo menos, conversando com um consultor humano por canal de voz, aquilo que se chamava antigamente de “falar pelo telefone”. As seguradoras já estão com sites de cálculo automático para a contratação de seguros. Obviamente, como era de se esperar e repetindo todos os erros do passado, os sites de contratação automática de seguros querem que o segurado faça na tela do computador ou de seu celular, tudo aquilo que é feito através de um corretor de seguros. Como se fosse fácil fazer um segurado entender o que é principal condutor, CEP de pernoite, se a garagem do local de trabalho se aplica também para o estágio que o segurado está fazendo em uma outra empresa, à noite. Lembro de uma funcionária minha que teve que ouvir a explicação de uma menina, médica, que tinha dois namorados e dormia na casa de um 3 a 4 dias por semana e na casa do outro os outros 3 a 4 dias, contando a eles que nos outros dias estaria de plantão no hospital. Qual era o CEP de pernoite que ela devia indicar? Alguém conhece um sistema de cotação automática que é capaz de resolver este dilema? Na verdade, os sistemas de cotação automáticos terão que ser aperfeiçoados para saber falar diretamente com os consumidores. As seguradoras vão ter que entender que negócios B to C são completamente diferentes de negócios B to B. Linguagem, sistemas, procedimentos, tudo muda, inclusive a responsabilidade por ter orientado mal. Isto mais o fato de que nenhuma seguradora quer se indispor com os corretores, vai fazer com que as seguradoras entrem bem lentamente na venda direta de seguros aos

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Jornal Nacional de Seguros JNS MEGGA Com e Edit Ltda - ME.

EQUIPE Nelito Carvalho (in memoriam), Editor responsável: Manoel Carvalho Neto (Mtb 66.995/SP), Editor: Sérgio Carvalho, Equipe: Flávio Carvalho, Marília P. de Carvalho e Gabriel Vighy de Carvalho

COLABORADORES Aparecido Rocha, Carlos Barros de Moura, César Barreto Padilla, David Nigri, Décio Milnitzky, Eduardo Domingos Bottallo, Fernando Coelho dos Santos, Nelson Fontana, Paulo Leão de Moura Jr., Pedro Augusto Schwab (homenagem póstuma), Ricardo Padilla, Roberto Silva Barbosa e Ubirajara Cruz.

ENDEREÇO Rua Jamboaçu, 216 • Alto do Ipiranga • CEP 04281-060 • São Paulo • SP • (11) 5539 5317 • sergio@jns.com.br • Editoração: Bureau Megga Propaganda - Tel (11) 5539 5317 • Periodicidade: mensal • Distribuição: Nacional • Tiragem: 15 mil exemplares • Público-alvo: corretores de seguros, seguradores e prestadores de serviços do mercado de seguros.

esolução CNSP n.º 407, de 29.03. 2021, vigente a partir de 1º.04. 2021 - Grandes Riscos. Marco regulatório dos mais importantes no mercado de seguros nacional. Arrisco a dizer que ele abriu as portas para o século XXI, tardiamente, mas ainda em tempo, uma vez que as práticas do nosso mercado, em termos de bases contratuais, ainda remontam ao início do século passado, inexplicavelmente. Mas agora avançaremos, rapidamente. Podem acontecer, no início, situaWalter Polido ções que, na verdade, não corresponderão ao espírito contido na desregulamentação ora em curso, mas acredito, também, que serão rapidamente modificadas, retomando o caminho, uma vez que a força do mercado livre será muito ampla agora. Parafraseando o grande Orlando Gomes, cujo texto ele escreveu em 1955, acompanho o mesmo pensamento em relação ao processo de desregulação que vem sendo promovido pela Susep: "a precipitação da evolução jurídica é menos nociva do que a mumificação das ideias defuntas". As Seguradoras estarão, necessariamente, muito mais atentas à concorrência, sendo que hoje praticamente só competem pelo fator preço, já que os produtos de seguros guardam semelhança absoluta, em face do anacrônico sistema da padronização estatal, agora suprimido. Efetivamente, requererá mudanças de paradigmas. Glossário - cada Seguradora desenhará o seu, abandonando os "padronizados" desatualizados, arcaicos, desconformes com a evolução do direito e da jurisprudência. E o corretor de seguros?! De intermediário, para analista de riscos efetivamente. Ele precisará conhecer todos os produtos, detalhadamente, de modo a indicar o melhor e mais adequado para os clientes dele, garantindo efetivamente os interesses de cada um deles. Maior responsabilidade para o profissional? Não tenho a menor dúvida sobre isso. A imputação de responsabilidade, certamente, será facilitada diante dessa perspectiva. O que fazer? Só tem um caminho: estudar e adquirir conhecimento especializado. E as Seguradoras? Caem as cortinas, as desculpas, os mitos, enfim os procedimentos atuais não ortodoxos. Responsabilidade profissional máxima também. Elas terão de dizer os vários "porquês" efetivamente e todos justificados pela boa técnica! Até então prevaleceu, ao longo das últimas décadas, desde os 70 anos de monopólio de resseguro que engessaram, inclusive, a inteligência e a criatividade humana, os seguintes: "o IRB não permite" e, atualmente, "o meu produto registrado na Susep não pode ser modificado para atender a essa demanda pontual"! Morreram. Acabaram. A técnica deverá ser o único argumento eficaz diante das propostas de seguros várias. Aqui está a mola propulsora do desenvolvimento do nosso mercado, finalmente entendida pelo Estado regulador. Momento de muito trabalho. Para os operadores do Direito, de modo geral, terreno fértil de aprendizado, de trabalhos em novas frentes, de novas oportunidades para quem conhece seguro e seus fundamentos, não superficialmente apenas. Palavra motora > conhecimento! Fico muito feliz diante dessas perspectivas todas e abomino, desde sempre, qualquer tentativa de retrocesso, de apego ao passado que já se foi, da tentativa de supressão da liberdade de ação do mercado e marcada por ideologias pseudonacionalistas que, na verdade, não engrandecem o país e a sociedade, mas os conservam no atraso, garantindo a reserva de atuação apenas para alguns poucos que se locupletam com o regime conservador e fechado. É chegado o momento de inovar. Que bom que fazemos parte deste cenário aberto, extremamente promissor e garantidor de boas práticas.

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O LÍDER Armando Vergilio Presidente da Fenacor

O BROKER

Paulo Leão de Moura Jr Charmain THB Brasil Re

Mercado está em risco com Autarquia defasada

O Risco Cibernético

Artigo publicado no Estadão em 13/03/2021

mercado de seguros está preocupado com os riscos de prejuízos que podem ser causados com uma nova portaria publicada recentemente no “Diário Oficial da União”, pela Secretaria de Desburocratização, Gestão e Governo do Ministério da Economia. A publicação formaliza a cessão de três novos funcionários do quadro de pessoal da BB Tecnologia e Serviços S.A. (BBTS) para compor a força de trabalho na Susep (Superintendência Armando Vergilio de Seguros Privados), por prazo indeterminado. Com os novos nomes, passam a ser 25 pessoas cedidas pela BBTS para trabalhar na autarquia e nos mostra um cenário em que constatamos claramente que o governo não equipou uma autarquia federal com a estrutura necessária e, agora, tenta corrigir a questão de forma equivocada. O maior problema dessa “correção”, para reforçar uma estrutura deficiente, é o vazamento de informações sigilosas no mercado, uma vez que o Banco do Brasil é uma instituição sujeita à fiscalização da Susep. É preciso questionar o motivo de a Susep não ter feito um chamamento público ou uma licitação para escolha de uma empresa de tecnologia de forma emergencial para resolver a deficiência de pessoal. A autarquia deveria ter seguido os princípios da impessoalidade e da imparcialidade em relação a essa escolha. Afinal, existem centenas de empresas de tecnologia no mercado, altamente qualificadas, que poderiam cumprir esse papel. O mais indicado seria a escolha de uma empresa independente, não ligada a nenhum banco. Vale ressaltar que as primeiras 22 cessões foram alvo de pedido de esclarecimentos do ministro Bruno Dantas, do TCU (Tribunal de Contas da União), por possíveis ilegalidades em relação ao acordo de cooperação para a cessão de empregados públicos da BBTS para a Susep. Essas contratações foram questionadas em representação no TCU, por equivalerem a uma dispensa de licitação, bem como a existência de potencial conflito de interesses decorrente do fato de a BBTS ter como controlador o Banco do Brasil S.A., que também controla empresas sujeitas à fiscalização da Susep. O ministro levou à autarquia os questionamentos representados no TCU, pedindo esclarecimentos sobre “a existência de potencial conflito de interesses, além de violação dos princípios da livre iniciativa e livre concorrência, uma vez que a BB Tecnologia e Serviços (BBTS) é uma empresa estatal controlada diretamente pelo Banco do Brasil S/A, o qual também é controlador da BB Seguridade Participações S/A (BB Seguridade), que, por sua vez, é controladora da BB Seguros Participações S/A e da BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S/A (BB Corretora de Seguros), as quais possuem diversas empresas do ramo de seguros fiscalizadas pela Susep, o que permitiria o acesso por empresa concorrente dos dados de todo o sistema da Autarquia, inclusive de todo o mercado, das seguradoras e dos corretores de seguros brasileiros que se dispuserem a fazer o recadastramento ou nele se cadastrarem, em possível violação da Lei 12.965/2014, que instituiu o Marco Civil da Internet”, alertando quanto à possibilidade de o Tribunal vir a decretar a suspensão do Acordo de Cooperação firmado entre essa autarquia e a empresa BBTS. A solicitação de reforço da Susep é um possível reflexo da defasagem de pessoal que a autarquia sofre. Com previsão para um quadro de 824 carreiras efetivas, a Susep dispõe de um efetivo de 340 servidores, segundo dados da própria autarquia até junho de 2020 – número 58% abaixo do quadro permitido legalmente. Porém, isso não pode de forma alguma trazer prejuízos para o mercado de seguros. A Susep está entregando todas as informações estratégicas de todo mercado de seguros para um dos principais operadores privados que o mercado tem, o Banco do Brasil. Numa analogia, tente imaginar o Banco Central abrindo todo seu centro de inteligência, ambiente de informações estratégicas e sigilosas de todos os bancos, para quaisquer outras instituições financeiras. Você se sentiria em ambiente regulado e seguro?

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este século, certamente é um dos maiores riscos a preocupar pessoas e empresas. O risco cibernético tem sido objeto de inúmeros artigos, de estudos diversos, de proposição de tratativas, de transferência do risco ao seguro. No entanto, a preocupação é o ritmo fantástico da evolução tecnológica e o seu uso social transgredindo a moral ou a ética, diversamente do que convém ou do que se desejaria prejudicando, também, a eficiência da tratativa do risco. Alguns aspectos ainda apresentam-se como pontos importantes a se considerar, a saber: Os riscos inerentes a ataques cibernético: Responsabilidade Civil: é comum, por influência maior dos ataques cibernéticos iniciais, darmos maior atenção ao risco de quebra do sigilo de informação de terceiros, os possíveis danos a eles causados. Uma questão de responsabilidade civil onde o causador real do dano não é considerado mas, tão somente, o que mantem as informações sigilosas sob seu controle e não as defendeu do causador real do dano. Embora leis diversas tenham definido – nem sempre claramente – as quebras de sigilo, a obrigação de defendê-las, de determinar multas contundentes e por aí vamos, ainda permanecemos no massa cinzenta em relação aos danos pessoais e materiais realmente sofridos em decorrência do ataque que divulgue uma série de dados de uma pessoa mantidos pela empresa. Recentemente, temos acompanhado a notícia de vazamentos onde informações de nome, endereço, CPF, telefone, e-mail, dados bancários e sociais estão sendo distribuídas aos milhões. Aqui entre nós, no nosso Brasil, quem não teve dados vendidos e distribuídos por inúmeras instituições privadas e de governo? Como bancos privados sabem da aposentadoria de fulano ou beltrana e passam a oferecer incessantemente empréstimos subsidiados? Como atua a maioria das redes de marketing e como são dirigidas as redes de propaganda? Assim, esse risco mesmo sendo real, não necessariamente é o mais importante, pois, é possível comprovar que os dados vazados já eram de conhecimento público. Claro que muitos podem sofrer danos materiais e pessoais mas, o que irá prevalecer, eventualmente, será a atuação das defensorias públicas em multar as empresas vazadas. O regaste: risco direto importante. O hacker introduz um ‘malware’ qualquer no sistema que impeça ou prejudique o seu funcionamento. Solicita, então, um resgate em ‘bitcoins’ ou outros valores para que o sistema volte a operar. Atualmente, um dos riscos mais em evidência, ao ponto de seguradoras já estarem dificultando a sua aceitação como cobertura de seguro. De fato, este é um dos riscos que mais ocorrem no mercado e passível de transferência ao seguro, porém, objeto de cuidadosa análise prévia de risco. O Lucro Cessante e o Dano Material: risco extremamente importante, porém, baseado nos prejuízos da empresa, consequente da paralização das operações dos sistemas por ataque cibernético. Neste caso, dão ênfase ao ‘software’ e não consideram - com eventuais exceções os danos consequentes causados ao ‘hardware’ que é, em geral, excluídos de qualquer cobertura de seguros. Normalmente, essas paralizações não levam tempo considerável, seja por solução imediata do problema, seja por pagamento de resgate ou outra forma. A questão do lucro cessante consequente de danos materiais ao sistema, como um todo, é ponto a ser conside-

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rado com atenção. O dano material, embora não frequente, é um dos principais riscos a ser analisado. Já ocorreram alguns casos. Como também, ocorreu outro risco importante: o risco de o ‘hacker’ assumir a operação da empresa. Não é um dano material direto, porém, é um dano consequente que retoma a questão da responsabilidade civil. Como exemplo, um ‘hacker’ assume a operação de uma usina e resolve iniciar o processo de abertura de comportas. Só irá cessar a operação se for pago um substancial resgate. Como ficam as responsabilidades da usina por danos pessoais e materiais causados a terceiros e perdas e danos ao meio ambiente? Aqui assistimos à criação de riscos de danos e perdas materiais, de lucros cessantes e de responsabilidade civil de pessoas. Assim, a meu ver, assistimos muito mais a tentativa de impedir o impacto dos ataques cibernéticos do que propriamente minimizar e tratar o risco adequadamente. Dessa forma, dois aspectos essenciais podem minimizar subitamente o impacto dos riscos cibernéticos: O primeiro refere-se à tratativa de segurança a ser dada aos sistemas. A expertise dos ‘hackers’ para atacar com sucesso os diversos sistemas é eficiente e eficaz. Em contrapartida, as empresas que se preocuparam em manter defesas adequadas tendem a julgar que permanecem válidas e não se preocupam em analisar e atualizar defesas mais modernas. É necessário manter um responsável pelas operações e, em separado e no mesmo nível, um responsável pela segurança do sistema. Testar a eficiência dos sistemas de segurança a cada três meses, no mínimo, e atualizá-los permanentemente, assim como, adaptar todo o sistema operacional às medidas de segurança sempre que necessário. Tenho quase absoluta certeza que a grande maioria dos sistemas operando no Brasil, se forem objeto de uma análise técnica de segurança, tem inúmeras falhas. O segundo tem a ver com a análise de riscos remanescentes, sua tratativa e sua transferência ao seguro. A análise da segurança é um sistema próprio de gerenciamento de risco cibernético e, assim, determinante de sua tratativa final. Com a atual abertura de mercado, os riscos passam a ter sua aceitação e colocação passíveis de negociação entre as partes. De um lado, segurados e corretores profissionais e de outro seguradores e resseguradores. Com o resultado da análise de segurança do risco, a as coberturas ficam razoavelmente definidas, permitindo a elaboração de condições e cláusulas de seguros adequadas tanto às necessidades do risco quanto à capacidade e condição das seguradoras em assumi-los. Cuidado extremo deve ser dada ainda à totalidade do envolvimento dos riscos cibernéticos, desde a análise em cada ramo de seguro de Propriedade e de Responsabilidade Civil, das implicações das condições de coberturas e exclusões dos riscos cibernéticos, os chamados ‘silent cybers’. As condições que afetam os riscos cibernéticos deverão ser absolutamente claras e transparentes em toda e qualquer apólice. A análise dos riscos catastróficos consequentes de Responsabilidade Civil, Perdas e Danos Materiais e Meio Ambiente deve, como sempre, ser objeto de observação ampla, de soluções factíveis com calma, tranquilidade e, sobretudo, com conhecimento técnico profissional. Será que podemos imaginar Buenos Aires inundada em quase dois metros de água por consequência da abertura total das comportas da Usina de Itaipu?


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FUTUROCONSULTOR

FGV lança Instituto de Inovação para transformar o corretor de seguros no consultor do futuro A partir de estudos econômicos realizados com base em estatísticas fornecidas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e conteúdo do blog Sonho Seguro, a Fundação Getúlio Vargas inaugurou o Instituto de Inovação da Área de Seguros, no último 09 de abril, no seminário “Seguros: uma reflexão contemporânea”. Como o próprio nome diz, o objetivo é promover as inovações do mercado de seguros no Brasil e também habilitar os profissionais do setor em novas competências - blockchain, LGPD, open banking, contratos, soft skills, CDC, dentre outros. Ao enxergar as profundas transformações que estão ocorrendo, como o Sandbox, que só se tornou uma realidade a partir de uma série de medidas de desregulamentação do mercado, e outras que estão por vir, como o Open Insurance, a FGV aceitou o desafio de formar quadros para o setor por entender a importância estratégica do seguro no País. “Além de formador de poupança, suas reservas garantem quantias vultosas em riscos e ainda podem pivotar para grandes investimentos”, disse na abertura o presidente da Fundação Carlos Ivan Simonsen Leal. Segundo o professor, o Instituto de Inovação da Área de Seguros tem alguns pilares básicos: “O seguro é desconhecido do grande público. É preciso quebrar essa barreira, oferecer acesso a produtos simplificados, e ampliar a oferta. Outra questão importante é que faltam controles para transformar as reservas do mercado em investimento. E o Brasil vai precisar muito disso para crescer nos próximos anos. Também temos a judicialização do setor, que em razão do emaranhado de leis impede seu desenvolvimento. É preciso formar quadros para num período de 10 anos podermos ter jurisprudência e adaptar os contratos para um mundo completamente ágil, digital, muito diferente do que vivemos. Regulação Solange Vieira, superintendente da Susep, participou do segundo painel e a ênfase de sua apresentação foi a desregulamentação do setor, com a flexibilização das normas e a mudança na oferta de produtos. A Resolução CNSP 407/2021, que dispõe sobre princípios e características gerais para a elaboração e comercialização dos seguros de grandes riscos, juntamente com a Circular nº 621/21, vieram para corrigir uma antiga distorção: a mesma norma regulamentava as coberturas de grandes riscos e seguros massificados. Segundo a autarquia, a simplificação da regulação visa possibilitar ao mercado ampla liberdade negocial entre as partes, acabando com a necessidade de registro de informações na Susep. “Com as oportunidades para o aumento na oferta e diversificação dos produtos – disse Solange Vieira – esperamos estimular também a entrada de novos players no mercado, que tragam ainda mais inovação e tecnologias para o setor. A nova norma estimula criatividade e fortalece a negociação. Nossa expectativa é que os avanços regulatórios que estão sendo promovidos colaborem com o desenvolvimento do setor e aumentem significativamente o acesso da população e das empresas ao mercado de seguros”. A Superintendente bateu na tecla de que o setor precisa de uma nova entidade de ensino com estatura para prover os corretores de seguros do essencial: capacitação, conexão e empatia. A entidade, segundo a superintendente, tem também o objetivo de atrair a comunidade jurídica para participar dos principais temas relacionados aos contratos de seguros e melhorar a qualidade de serviços do quadro de fiscalização da autarquia, “para que todos acompanhem juntos essa rápida evolução do conhecimento”, disse a superintendente. Solange destacou alguns aspectos do novo marco regulatório. “Para gerar competitividade e abrir espaço para novas empresas, precisamos reduzir

capitais, reduzir normas para os grandes riscos, incentivar novas formas de seguros, como os intermitentes e os combos, estimular os seguros massificados para ampliar a base de consumidores, avançar com o registro digital da apólice para se ter um banco de dados único do mercado, e por fim, avançar com a implantação do Open Insurance, previsto para o segundo semestre de 2021, a fim de melhorar a experiência do segurado com uma ampla oferta de produtos customizados e uma precificação justa, lógica. Fortalecimento do setor Ricardo Simonsen, diretor da Central de Qualidade da FGV, destacou em sua palestra que o setor de seguros é estratégico para a agenda de desenvolvimento do Brasil. “Dentre os ingredientes essenciais da receita para um crescimento sustentável estão renda, acesso ao crédito – o Open Banking já chegou – e o seguro como garantidor de riscos, alocador de poupança e mitigador de litígios.” Simonsen acredita que o Instituto de Inovação da Área de Seguros vem em boa hora justamente para preparar os profissionais de hoje para um novo mercado, que irá ampliar exponencialmente a base de consumidores. “As ferramentas de inovação estão aí – sandbox, blockchaim, Open Banking, novos meios de pagamento, apólices digitais, tudo voltado para ampliar a oferta de microsseguro, a porta de acesso do consumidor ao mercado”. Entulho da Regulação Rafael Scherre, diretor técnico da Susep, disse que um dos inibidores da inovação e os benefícios ao consumidor, é o acúmulo do entulho da regulação. Ao destacar a norma que regulava os seguros de danos, disse: “A mesma norma que valia para o seguros massificados – de celular, carro etc – valia para os seguros de grandes riscos – petroquímicas, usinas hidroelétricas, jatos. No mundo isso não existe! Rafael destacou que a resolução 382 prevê a capacitação técnica dos profissionais de seguros, ao lembrar da importância de formar e reciclar quadros para um mercado inovador. Corretor consultor Maria Alicia Lima Peralta, coordenadora executiva da FGV Conhecimento, ressaltou que os grandes impactos que a tecnologia vai gerar recairão naturalmente sobre os produtos e os processos. “É isso que a Susep está alertando. Os consumidores passarão a ter acesso aos produtos, mas a figura do corretor de seguros é indispensável. Tanto é verdade, que 85% das vendas hoje são convertidas pelo corretor. O que é imprescindível no momento é eliminar o medo do novo. Com o Open Insurance, por exemplo, teremos o compartilhamento de dados. O corretor precisa entender os benefícios desta ferramenta e não se colocar contrário a sua implantação. O consumidor vai precisar da credibilidade dos corretores neste momento, e espera dele um profissional completo, que entenda de outras áreas além da tecnologia, como o Código de Defesa do Con-

sumidor, a Lei Geral de Proteção de Dados, o Sandbox, o blockchain, para citar alguns. Os consumidores esperam contar com um provedor de soluções em seguros, o corretor consultor, que ofereça uma cesta de produtos customizada.” Segundo Maria Alícia, esse movimento de inovação em seguros surgiu de uma viagem a Londres em 2018, onde 30 países se reuniram para discutir o mercado de seguros. “Na volta, conversamos com o Bacen, com técnicos do Ministério da Economia e com a Susep. Daí começaram a surgir as ideias que viraram resoluções e circulares.” Rafael Scherre, da Susep, lembrou que neste ritmo de inovação foi publicada recentemente a cir-

cular 621, que criou o seguro “combo”, onde produtos como Vida, Auto e Residência poderão ser negociados em uma única apólice. “O Mercado vai passar a oferecer uma carteira de coberturas, como acontece no mercado de investimentos. Haverá uma forte diversificação no setor”, conclui. O evento foi realizado pelo Canal da FGV no YouTube, e contou com a participação do professor da FGV e ministro do STJ, Marco Aurélio Bellizze, e com o coordenador acadêmico da FGV e ministro do STJ, Antonio Saldanha Palheiro. O encerramento do evento virtual foi comandado pelo professor da FGV e desembargador do TJRJ, Ricardo Couto de Castro.

Os neobancos incumbentes (veja a transformação pela qual passam os bancos) Escrito por José Bueno, administradores.com, 10/09/2019

É certo que os neobancos vão continuar escondendo-se por trás de máscaras para poder participar do jogo. O surgimento das fintechs em todo o mundo e a ocupação de espaços no sistema financeiro com alguma agressividade inteligente, mexeu no vespeiro dos bancos incumbentes, aqueles que estavam deitados em berço esplêndido e, aqui, ao som do mar e a luz do céu profundo. Num primeiro momento a letargia da incapacidade de reagir ao medir o tamanho: era Davi contra Golias, pra quê então perder tempo? Depois, veio a fase da negação, olhando o movimento das fintechs e não acreditando que poderiam causar qualquer problema àqueles gorduchos dominantes há séculos. Seguindo os estados da alma atacada, veio a raiva, pois a realidade impôs-se e os bancões perceberam que, aquilo que parecia uma brincadeira de meninos espertos era, na verdade, um movimento altamente profissional e movido por tecnologia que eles—os bancos—jamais teriam imaginado existir. Não teve jeito. Agora, no estágio da aceitação, os incumbentes, em desespero, partem para o ataque com seus neobancos, uma forte maquiagem tecnológica para a mesma estrutura tradicional. Fintechs não são neobancos, fintechs são empresas de tecnologia financeira que podem tornar-se bancos, aí serão o que se denomina de challenger bank, ou seja, dispõem de licença da autoridade monetária para operar como banco, mas utilizando uma robusta infraestrutura digital e notável agressividade comercial. No Brasil, os neobancos estão aí como o Next do Bradesco, Superdigital do Santander, o Neon do Votorantim e o Original do grupo J&F (JBS/Friboi), dentre outros. É o esforço para, ao mesmo tempo que buscam ganhar clientela nova, não percam os espaços todos. Mas incumbentes são incumbentes em qualquer lugar, e desfrutam de notável cobertura e proteção da autoridade monetária, através de mecanismos de regulação e privilégios extremamente difíceis de serem derrubados ou controlados. Ainda que haja notável mobilização das fintechs, na essência a proteção vai continuar na espinha dorsal do sistema. Temos dois grandes temas de mudança de mercado que se aproximam, para observar o comportamento do regulador e dos incumbentes: pagamentos instantâneos e open banking. Ambos os temas terão total vinculação operacional com o Banco Central, que vai desenvolver a espinha dorsal tecnológica, colocando em cena as disputas quase sanguinárias do que virá quando, por exemplo, os pagamentos instantâneos colocarem as maquininhas de cartões na lata do lixo. É certo que os incumbentes vão encontrar saídas e alternativas, pois vão perder os anéis para não perderem os dedos. Na sequênica, previsto para o primeiro semestre de 2020, a instalação “inicial” do open banking, isto sim iniciativa que oferece significativo perigo para os incumbentes. Na Europa, decorridos mais de quatro anos, o open banking (PSD2) arrasta-se na lentidão premetidada dos grandes bancos, por vezes irritando o regulador local. Não há o que fazer se os incumbentes cruzam os braços para atrasar a derrota. É uma luta desigual e os bancões têm muita força em diversos níveis da hierarquia do poder. É certo que os neobancos vão continuar escondendo-se por trás de máscaras para poder participar do jogo, mas o nível de agressividade dos challenger banks como o PAGBANK da PAGSeguro, dá a exata medida da força que surge das novas tecnologias e da mentalidade fintech. Afinal, as mudanças são a única certeza que nos aguarda no próximo minuto. Bora? P.S.: No final desta tarde, recebo a informação de que o JP Morgan encerrou as atividades do seu banco digital, o FINN. Então, é o fim mesmo. Os neobancos incumbentes não vão conseguir superar as fintechs, ainda que possam conviver por um bom tempo.



06 JNS Sincor-SP quer corretor do século XXI mergulhado no universo digital A diretoria do Sincor-SP convocou a imprensa setorial no último 17 março para anunciar algumas novidades de sua gestão da atual diretoria que se encerra neste ano. Entre elas, e a mais comemorada, está o lançamento do Sincor Digital, um aplicativo nas versões iOS e Android com diversas funcionalidades que irão facilitar a o dia a dia dos corretores. Uma delas é resultado da parceria com a insurtech Segy. Essa ferramenta funciona como um hub de negócios entre os corretores e as seguradoras ne oferta de produtos a condições especiais. “Para muitas corretoras é inviável operar com estas plataformas em razão do custo. Mas como vamos trabalhar em escala, isso tornou-se possível, e agora todos os corretores sócios do Sincor-SP terão acesso”, comemora Alexandre Camillo, presidente do Sincor.“ O 1º tesoureiro do Sincor-SP e diretor responsável pela área de Tecnologia, Marco Damiani, participou da coletiva para explicar o desenvolvimento do aplicativo. “Os brasileiros estão, cada vez mais, conectados e realizando as tarefas pelo smartphone. Por isso, começamos a estudar uma maneira de estar mais próximo da categoria, desenvolvendo uma ferramenta para auxiliar na divulgação das ações da entidade. O resultado foi o APP Sincor Digital, que é um marco na digitalização do Sincor-SP”. Boris Ber, 1º vice-presidente do Sincor-SP e diretor responsável pela área de Comunicação, mostrou as vantagens do aplicativo, ressaltando o trabalho da entidade. “Não podemos parar de trabalhar e mostrar resultados, tendo em mente a preparação do corretor de seguros para o futuro. Por isso, estamos colocando o Sincor-SP na palma da mão do mercado”, completou. O aplicativo pode ser baixado nas lojas por qualquer pessoa, mas algumas funcionalidades são exclusivas para associados, mediante login e senha. É o caso da Carteira Digital do Associado, que apresenta os números da sorte de cada corretor para participar de sorteios de prêmios, dos Códigos de Desconto e das Cartilhas das Comissões. Outros serviços são abertos para o público geral, como notificações de notícias e novidades da entidade, calendário de atividades, algumas edições do JCS, vídeos da TV Sincor-SP, serviços da CâmaraSIN, entre outros. Sede repaginada A diretoria do Sincor-SP anunciou também a reforma da antiga sede, agora totalmente repaginada. O novo espaço oferece a funcionários e corretores um lay-out corporativo moderno, com posições de trabalho em áreas amplas de convivência, salas de reunião conversiveis em auditório, e espaços de confraternização e entretenimento. “Depois do acidente que tivemos em 2019, quando parte do andar do sindicato foi inundado por um vazamento, vimos a oportunidade de aproveitar a reforma para atualizar completamente o lay-out e o mobiliário com o que há de mais avançado em ambiente corporativo”, comemorou o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo. Passado exato um ano do início da pandemia, a ideia era por em prática um plano de retorno dos funcionários para os postos de trabalho. Mas em razão da nova onda de infecções do coronavírus, todos continuam em home-office. Terão que aguar-

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dar mais um período até a reinaguração do espaço, que já foi entregue. O andar em que fica o Sincor é dividido em 4 conjuntos, todos próprios. Dois serão de uso do sindicato, outro já está instalada o nova agência do CrediSincor, também repaginada, e o conjunto restante será alugado. Novas categorias de associados Para atrair o corretor jovem, que já nasceu neste universo digital, a ideia é facilitar o acesso ao meio sindical por meio de uma nova modalidade, o Sócio NOVA GERAÇÃO. Ele é visto como o futuro da entidade, por isso terá um tratamento diferenciado, dentro de um ambiente de comunicação próprio. O Sincor criou também o Sócio DIGITAL, categoria que irá facilitar o acesso do corretor aos diversos benefícios que a entidade já oferece, tudo na palma da mão. Corretor Agente de Investimento Esta é uma parceria única construida entre Fenacor, Sincors, ENS e MAG Seguros para ampliar o leque de atuação do corretor de seguros. Ao realizar um treinamento, que será oferecido pela ENS, o corretor se torna Agente Autônomo de Investimentos, o que lhe dá o status de poder oferecer produtos financeiros para os seus clientes. Isso nos EUA é prática comum há muitos anos, mas lá o movimento acontece no sentido contrário, explica Camillo; “Como existem 10 vezes mais agentes de investimentos, eles é que passaram a oferecer seguros, e os corretores estão perdendo espaço. Aqui no Brasil temos 10 mil agentes de investimentos contra um exército de 100 mil corretores. Veja o tamanho da oportunidade, diante de um mercado que está em franca expansão e um dia poderia nos engolir.” Parceria ENS Unisincor Por último, e não menos importante, a diretoria lembrou da recente parceria firmada entre Unisincor, do Sincor-SP, e a Escola de Negócios e SegurosENS para ampliar a oferta de cursos em todo Estado de São Paulo. A ideia, segundo Camillo, é fazer interagir o que há de melhor em cada entidade para atrair gente interessada em crescer profissionalmente. “Vamos oferecer o modelo cashback, com descontos progressivos para aqueles que fizerem mais cursos. Também vamos oferecer o curso de LGPD, sobre a Lei Geral de Proteção de Dados, gratuitamente.”

Projeto proíbe cancelamento de planos de saúde Tramita na Câmara dos Deputados um projeto que proíbe as operadoras de planos de saúde de cancelar os contratos por inadimplência pelo prazo de três meses ou enquanto durar a pandemia de covid-19. Pela proposta do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), o prazo pode ser estendido em caso de agravamento da pandemia. Segundo o deputado, o texto visa mitigar os efeitos econômicos da pandemia de Covid-19 sobre a população. “A importância de se assegurar um mínimo de dignidade humana a todos os brasileiros se mostra essencial para que possamos superar esta crise sem que corramos o risco de enfrentar o caos social”, disse. Além disso, durante o período, as empresas não poderão inscrever o nome dos consumidores ina-

dimplentes em cadastros do tipo SPC. Os pagamentos serão retomados após o encerramento da pandemia, de forma parcelada. O projeto do deputado também suspende a cobrança de parcelas de contratos bancários, como consórcios, financiamentos habitacionais e consignados. Os valores serão pagos ao final do contrato em número de meses igual ao de parcelas suspensas. O texto autoriza ainda os bancos públicos a abrir linhas de créditos especiais às concessionárias de serviços públicos e as empresas de planos ou seguro saúde, para assegurar a cobertura dos valores que terão seus pagamentos postergados. De acordo com notícia publicada pelo Portal da Câmara dos Deputados, o projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Além dos planos de saúde, o projeto contempla serviços básicos como água e luz que não poderão ser cortados por três meses. Fonte: Câmara dos Deputados

Corretor que aderiu ao Simples terá novo prazo para pagar impostos Boa notícia para os Corretores de Seguros que aderiram ao Simples. O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) prorrogou o prazo para o pagamento dos tributos apurados neste regime de tributação. Segundo o Jornal Contábil, a decisão foi tomada em razão das dificuldades enfrentadas pelas empresas brasileiras devido à pandemia e às medidas de isolamento. As prorrogações não implicam direito à restituição ou compensação de quantias eventualmente que já tenham sido recolhidas. Dependendo do período de apuração, o prazo para pagamento pode ser adiado por até cinco meses. É o que ocorre quando o vencimento original estava marcado para 21 de junho (período de apuração em maio de 2021). Neste caso, o prazo limite passou a ser 22 de novembro. De acordo com a Resolução 158/21 do CGSN, nos demais casos, os novos prazos serão os seguintes: - Vencimento original em 20 de abril (período de apuração março): 20 de julho; - Vencimento original em 20 de maio (Período de apuração abril): 20 de setembro; Estão incluídos nesses tributos os valores devidos à União, Estados e Municípios. A prorrogação é voltada às microempresas (ME), empresas de pequeno porte (EPP) e inclui ainda os microempreendedores individuais (MEI). As prorrogações não implicam direito à restituição ou compensação de quantias eventualmente que já tenham sido recolhidas. DAS: Para que o sistema possa aceitar o pagamento nos novos prazos, o Comitê informou que o PGDAS-D utilizado para a emissão das guias de pagamento, não estará disponível até que sejam concluídos os devidos ajustes. Quanto à orientação para os pagamentos, o Comitê destacou que, a partir do vencimento de cada período de apuração, o pagamento poderá ocorrer em até duas quotas mensais, iguais e sucessivas. Assim, o pagamento da primeira quota deverá

ser paga até a data de vencimento do período de apuração respectivo, e a segunda deverá ser paga até o dia 20 do mês subsequente. Parcelamento Os contribuintes que possuem débitos tributários também podem aproveitar para negociar suas dívidas, através do Programa de Retomada Fiscal. A iniciativa da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) disponibiliza a negociação de débitos inscritos em Dívida Ativa da União até 31 de agosto de 2021. SIMPLES O Simples Nacional unifica os principais impostos brasileiros em apenas uma guia, que possui vencimento mensal. São eles: - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); - Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ); - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); - Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); - Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS); - Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e os de comunicação (ICMS); - Contribuição para o Programa de Integração e de Formação do Patrimônio do - Servidor Público (PIS/PASEP); - Contribuição Previdenciária Patronal (CPP). A opção por esse tipo de tributação pode ser feita durante o processo de abertura da empresa, quando é obrigatório escolher um regime tributário, ou no momento que que a Receita Federal libera o calendário, cujas adesões são feitas todos os anos em janeiro.

Anote na agenda: 3ª edição do Conexão Fenacor / Sincor Já está marcada a data da próxima edição do programa “Conexão Fenacor/Sincor”. Será 22 de abril quinta-feira, a partir das 16h30min, com transmissão ao vivo pelo canal da Fenacor no Youtube. A data foi anunciada pelo âncora do programa, Érico Melo, no final da edição passada. Em breve, será divulgada a pauta do programa. Porém, é certo que, mais uma vez, estará repleta de novidades. Não perca! No programa realizado no dia 18 de março a grande novidade foi o lançamento do projeto desenvolvido pela Fenacor em parceria com a MAG Seguros, que fornece as ferramentas adequadas para que o corretor possa treinar, se capacitar e utilizar inovadoras ferramentas tecnológicas para oferecer aos clientes tanto as soluções de proteção individual, quanto de investimentos e de acumulação. Os corretores de seguros já podem se cadastrar nesse projeto lançado, diretamente no endereço a seguir: cloud.crm.mag.com.br/hub-comercial Composto por hubs comerciais inovadores e trilhas, o projeto oferece todo o suporte comercial e treinamento, formação e tecnologias para o corretor de seguros utilizar seja no momento da captação, gestão da carteira ou no pós-venda. Conta ainda com o canais de atendimento exclusivo.



08 JNS Circular 621: Susep simplifica regulamentação visando reduzir preços dos seguros A Superintendência de Seguros Privados (Susep) publicou no Diário Oficial da União (DOU) a Resolução CNSP 407/2021, que dispõe sobre princípios e características gerais para a elaboração e comercialização de contratos de seguros para cobertura de grandes riscos. O novo normativo, juntamente com a Circular nº 621/2021, visa separar a regulação de seguros para cobertura de grandes riscos e massificados dadas as diferentes complexidades destes seguros. De acordo com a autarquia, o objetivo é desregulamentar o setor, aumentar o número de produtos oferecidos, a cobertura do seguro no país, e, consequentemente, reduzir o preço final do produto para o consumidor. Segundo comunicado enviado à imprensa pela Susep, a simplificação da regulação de seguros de grandes riscos irá possibilitar ao mercado ampla liberdade negocial entre as partes, acabando com a necessidade de registro de informações na Susep. “Isso proporcionará maior flexibilidade e agilidade para as seguradoras na diferenciação de produtos e, principalmente, estimulará a inovação”, garante. A norma estabelece como grandes riscos os seguintes ramos: riscos de petróleo, riscos nomeados e operacionais – RNO, global de bancos, aeronáuticos, marítimos e nucleares. Além destes, a Susep incluiu o grupo de riscos de crédito interno e crédito à exportação, quando os segurados forem pessoas jurídicas. Os demais ramos de seguros de danos poderão ser classificados como contratos de grandes riscos quando o limite máximo de garantia (LMG) for superior a R$ 15.000.000,00 (quinze milhões de reais); ou quando, no exercício imediatamente anterior, o contratante tiver ativo total superior a R$ 27.000.000, 00 (vinte e sete milhões de reais) ou faturamento bruto anual superior a R$ 57.000.000,00 (cinquenta e sete milhões de reais). “O objetivo da norma é liberar as amarras regulatórias e possibilitar o desenvolvimento do setor. Inclusive, já vemos empresas se especializando em grandes riscos, o que aumentará a comercialização destes seguros, de forma mais objetiva e eficiente. Isso certamente aumentará a concorrência”, afirmou o diretor técnico da Susep, Igor Lourenço. A superintendente da Susep, Solange Vieira, explica que a simplificação estimula novas dinâmicas no mercado de seguros. “Com as oportunidades para o aumento na oferta e diversificação dos produtos, esperamos estimular também a entrada de novos players no mercado, que tragam ainda mais inovação e tecnologias para o setor. A nova norma estimula a criatividade no mercado e fortalece a negociação. Nossa expectativa é que os avanços regulatórios que estão sendo promovidos colaborem com o desenvolvimento do setor e aumentem significativamente o acesso da população e das empresas ao mercado de seguros”, comentou. O diretor técnico da Susep Igor Lourenço destaca ainda que os contratos de seguros de grandes riscos envolvem geralmente valores elevados, subscrição especializada e intenso gerenciamento de risco: “Por isso, compreende-se que os segurados têm um perfil de risco mais apto a negociações. Esperamos, então, que, com a maior flexibilidade nas negociações contratuais, as seguradoras possam não

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só ampliar a oferta de produtos, como criar possibilidades de maior valor agregado, impulsionando assim o mercado”.

Deputado Lucas Vergílio assume a presidência da Escola de Negócios e Seguros Em reuniões extraordinárias do Conselho de Administração, realizadas nos dias 23 e 29 de março, de maneira remota, a Direção da Escola de Negócios e Seguros (ENS) promoveu diversas mudanças no alto escalão da Instituição. Nos encontros, foram definidos seis novos membros para o Conselho de Administração, o que significa uma total renovação do quadro, e eleitos novos presidente e vice: Lucas Vergilio e Antonio Carlos de Melo Costa, respectivamente. As indicações para o Conselho de Administração foram feitas por representantes das mantenedoras da Escola, a CNseg e a Fenacor, e valem para o período de 2021 a 2024. Dos seis novos membros, três já contribuíam com a ENS compondo os comitês de Investimento e Acadêmico. No caso da Presidência, Robert Bittar manifestou interesse em não renovar seu mandato, que terminou em março. “Foram 16 anos dedicados às causas do ensino do seguro. Hoje, a Escola de Negócios e Seguros é uma instituição madura e com um modelo de governança muito bem definido e robusto. Esta renovação é oportuna, pois chega em um novo momento vivido pela Escola. Tenho convicção de que ela irá superar os recentes desafios, pois conta com diretores do mais alto nível, professores com titulação inquestionável e um corpo de colaboradores extremamente competente e comprometido”, declarou Bittar. Com mandato até 2024, o deputado federal, vice-presidente da Fenacor e presidente do SincorGO, Lucas Vergilio, se tornou, aos 33 anos, o mais jovem presidente da história da ENS. Nascido em 1987, em Goiânia (GO), Lucas Vergilio é corretor de seguros, formado em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás. Ele terá como vice-presidente Antonio Carlos de Melo Costa, que atualmente preside o Sindseg-RJ/ES. Os quatro diretores da ENS estão mantidos: Tarcísio Godoy (diretor geral), Maria Helena Monteiro (diretora de Ensino Técnico), Mario Pinto (diretor de Ensino Superior) e Paola Casado (diretora Administrativo-Financeira). Segue composição dos dois conselhos da ENS: Conselho de Administração - Alexandre Henriques Leal Neto; - Antonio Carlos de Melo Costa; - Érico José Melo Nery; - Henderson de Paula Rodrigues; - Lucas Vergilio; - Solange Beatriz Palheiro Mendes. Conselho Fiscal - Arnol Lemos Filho; - Gianni Moreira Leitão; - Laenio Pereira dos Santos; - Paulo Fernando Mattar; - Paulo Henrique Mendes Annes. MEC concede nota máxima para nova graduação da ENS A ENS obteve parecer favorável do Ministério da Educação (MEC) para oferta do Curso Superior Tecnológico em Gestão de Riscos Logísticos na moda-

lidade online. Inédito, o programa de nível superior recebeu a nota máxima, 5, em todos os critérios avaliados. A nova graduação foi qualificada com o maior grau possível em quesitos como Organização Didático-Pedagógica, Corpo Docente e Tutorial, e Infraestrutura. O instrumento de avaliação do MEC para cursos de graduação presencial e a distância possui indicadores de qualidade nestas três dimensões. A partir deles, as Instituições de Ensino Superior (IES) podem ou não abrir oferta para novos programas de ensino.

ITC confirmado: maior evento de inovação em seguros do mundo será neste outubro Participarão do evento 250 das melhores mentes do setor de seguros – de CEOs de seguradoras globais a fundadores de startups que buscam remodelar o setor. Acontecerá nos dias 04, 05 e 06 de Outubro, em Las Vegas, EUA, mais uma edição do Insuretech Connect, maior evento de Inovação em Seguros do mundo. Ainda maior que as outras edições já realizadas, o evento acontecerá no Mandalay Bay e espera receber mais de 10 mil pessoas. Ao longo de três dias, o encontro, que se caracteriza como o primeiro grande evento do mercado internacional de seguros pós pandemia, reunirá grandes nomes do setor para apresentar inovações, tecnologias e maneiras de como aumentar a produtividade e reduzir custos. “É a luz depois da ponte. A confirmação para outubro é a demonstração da retomada da realidade. É um evento que tem extrema relevância global, então se eles acreditam na realização, nós também acreditamos”, afirmou Gustavo Doria Filho, fundador do CQCS. Para acompanhar a delegação brasileira, o CQCS Experience, Parceiro Oficial do ITC, está com tudo preparado, inclusive condições especiais. Quem se inscrever e não puder comparecer quando o momento chegar, terá seu dinheiro ressarcido integralmente. “O ITC quer o Brasil lá, uma série de condições especiais para os brasileiros se inscrevem estão sendo garantidas. É hora de começar a pensar em como será a nossa nova vida”, acrescentou Doria. Para realizar a inscrição, basta acessar: https://partner.insuretechconnect.com/ 2021-CQCS

“Na Varanda”, do Sincor-BA: Ações podem discutir legalidade do "Cliente Oculto” Novas ações na Justiça, além da que já foi iniciada pela Fenacor, ainda poderão discutir a legalidade da figura do chamado “cliente oculto”, criada pela Resolução 382/20 do CNSP, na opinião do advogado Gilberto de Jesus, durante a edição online da live “Na Varanda”, promovida pelo Sincor-BA no dia 24/3. Participaram do evento o professor da ENS. Maurício Tadeu, e fundador do CQCS, Gustavo Doria Filho. O debate, que girou em torno dos possíveis efeitos daquela resolução, foi mediado pelo diretor do Sincor-BA, Dermeval Junior. Gilberto de Jesus lembrou que a própria resolução deixa claro que cabe à Susep regulamentar

alguns dispositivos da norma. Isso inclui a figura do “cliente oculto”, que, nesse contexto, ainda não foi regulamentada pela autarquia. O dispositivo citado é o artigo 15 da Res. 382/20, segundo o qual “fica a Susep autorizada a editar regulamentação e a adotar as medidas julgadas necessárias à execução do disposto nesta Resolução”. Na visão de Gilberto de Jesus, atos administrativos são legais, mas confirmar a legalidade “não é simples”, cabendo a decisão final ao Poder Judiciário. “Se entender que é ato ilegal, pode anular”, frisou. Ele entende que o CNSP “extrapolou”, principalmente no dispositivo que obriga o corretor a informar ao cliente a sua remuneração e naquele que cria a figura do cliente oculto. “Entendo que o CNSP extrapolou na sua competência. Mas, o assunto está sub judice na Justiça do Rio de Janeiro, acrescentou o jurista, para quem, no caso do cliente oculto, “houve desvio de conduta”. Opinião semelhante foi manifestada por Dermeval Junior, a forma como foi criada a figura do cliente oculto representa um desvio de finalidade. “Cliente oculto é um prestador de serviço de empresa checando a qualidade de atendimento ou dos produtos. O que a Susep fez nunca foi feito”, criticou o diretor do Sincor-BA. Por sua vez, Gustavo Doria salientou que se sente “desconfortável” diante da decisão da Susep de adotar o cliente oculto no mercado de seguros: - É notória a insuficiência de servidores na Susep para fiscalizar o mercado. A própria autarquia sempre se manifestou quanto a não ter braços para cuidar do corretor de seguros. Então, essa é uma medida esdrúxula - afirmou Dória. O professor Maurício Tadeu também questionou o modelo adotado pela Susep para utilizar o cliente oculto no setor. Para ele, é preciso avaliar até que ponto a Susep, como órgão regulador pode ser representada por cliente oculto: - Um servidor vai ligar para a corretora, se posicionar como cliente e receber orçamento. Aí, se o corretor não informar a comissão, estará sujeito à punição. A pauta pertinente é questionar se um servidor público pode ser cliente oculto de mercado regulado, comentou.

Sustentabilidade: Senado americano convoca seguradores Iniciativa inédita planeja saber o papel que desempenham as seguradoras no contexto da crise climática. Os CEO de diversas seguradoras, entre as quais Chubb, AIG, Berkshire Hathaway, Liberty Mutual, Travelers, são destinatários de uma carta assinada por senadores democratas. Fitch já advertiu que as perdas resultantes de catástrofes naturais tenderão, no futuro, a tornar-se cada vez menos seguráveis.

Norma obriga seguradoras a adaptarem provisões à pandemia em Portugal Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), a Susep portuguesa, modifica normas de declarações dos planos de contas de seguradoras e resseguradoras para acompanhar, de forma adequada, a evolução dos indicadores quantitativos no exercício de 2020, em particular das taxas de sinistralidade, em relação aos efeitos atípicos produzidos pela pandemia.



10 JNS MAG Seguros lança o Corretor Financeiro em parceria com Fenacor e ENS Pensando em expandir as possibilidades de vendas dos corretores, a MAG Seguros, seguradora especializada em seguro de vida e previdência, apresenta ao mercado um novo projeto, em parceria com a Fenacor. A iniciativa, anunciado durante o Conexão Fenacor/Sincor, tem como objetivo formar esses profissionais também como agentes financeiros. Agregando, dessa forma, ao portfólio de Vida e Previdência, os Fundos de Investimento, gerando mais oportunidade de negócios. Por meio da MAG Universidade, em conjunto com a Escola de Negócios e Seguros, serão disponibilizadas trilhas voltadas ao desenvolvimento de produtos de Vida, Previdência e Soluções de Investimento. Os conteúdos poderão ser encontrados no hub digital da seguradora e todo o treinamento será 100% digital, sendo três modalidades ao total: Essencial em Vida, Previdência e Investimentos; Especialista em Vida e Previdência; e Especialista em Investimentos. Na plataforma também será possível fazer vendas remotas e a gestão da carteira de clientes. A ideia do programa surgiu após a seguradora analisar o mercado brasileiro e compará-lo com países desenvolvidos. Com a pandemia, as pessoas perceberam a importância de se planejarem financeiramente e, com isso, surgiram muitas dúvidas sobre quais caminhos seguir. "Em paralelo, temos muitos corretores e agentes de seguros especializados em entender as necessidades de cada indivíduo e pensar no melhor plano para eles. Então, por que não ampliar esse leque de atuação e torná-los também consultores financeiros?", explica Helder Molina, CEO da MAG Seguros. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos há, aproximadamente, 1,3 milhão de agentes financeiros e 150 mil corretores e agentes de seguros. Já no Brasil, existem 10 mil agentes financeiros e 90 mil corretores e agentes de seguros. Quando analisado o planejamento financeiro dos brasileiros, dos mais de R$ 5 trilhões da indústria brasileira de fundos, cerca de 80% ainda estão em grandes instituições financeiras, onde o investidor tem pouca assessoria especializada. Além disso, quase R$ 1 trilhão ainda está na caderneta de poupança, sendo a aplicação com um dos menores retornos na atualidade. "Isso reflete uma grande oportunidade para que os corretores ampliem suas atuações para ofertas de soluções de planejamento financeiro ainda mais completas. Existe um grande público em potencial no País que está buscando novas formas de investimento, mas com dúvidas sobre por onde começar", completa Alfeo Marchi, diretor de Mercado da MAG Seguros Os interessados em ingressar no programa acessam: https://hubcomercial.mag.com.br/

Aquecimento do mercado de ações favorece busca pelo seguro POSI Com alta capacidade de aceitação, modalidade de seguro da Tokio Marine abrange coberturas para operações mobiliárias como IPO, Follow ons e Ofertas Secundárias Em 2020, apesar dos desafios econômicos trazidos pela crise sanitária do coronavírus, a Tokio Marine registrou o crescimento de 114,6% nos segu-

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ros de Linhas Financeiras, em função da alta de produtos como Riscos Cibernéticos e D&O, que foram demandados, em larga escala, também por conta da adoção do regime de teletrabalho por grande parte das empresas, como medida de conter a disseminação da pandemia. Além disso, percebeu-se também um aquecimento do mercado em relação ao seguro POSI, da sigla em inglês para Public Offering of Securities Insurance, apólice que cobre a responsabilidade associada a ofertas públicas de valores mobiliários. “Antes mesmo da desaceleração econômica provocada por uma pandemia inédita no mundo, impactando diversos setores da economia, incluindo o de Seguros, tivemos um crescimento das ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) no Brasil. Com isso, a conscientização sobre a importância da contratação do seguro POSI também cresceu, ganhando ainda mais espaço no mercado brasileiro”, afirma Carol Ayub, Superintendente de Produtos Financeiros da Tokio Marine. Em linhas gerais, o seguro POSI engloba coberturas para ofertas de valores mobiliários, como emissão de ações ou dívidas. Nesse ponto, ele se difere do seguro D&O na medida em que cobre mais do que os executivos em si, o seguro POSI inclui a responsabilidade imputada aos executivos, à pessoa jurídica da empresa e aos acionistas vendedores da ação, desde que associadas ao evento de ofertas de valores mobiliários. Além disso, cobre também as responsabilidades imputadas aos coordenadores da oferta, quais sejam os bancos de investimento, escritórios de advocacia, corretoras de valores mobiliários, agentes estabilizantes e outras instituições envolvidas diretamente na elaboração dos documentos e processos associados à oferta. “O mercado de ações iniciou 2020 de uma forma extremamente promissora, mas sofreu bastante a partir de março, com os efeitos da pandemia. No fim do ano passado, o cenário de juros historicamente baixos, aliados à retomada do crescimento econômico em alguns setores, voltou a criar um cenário propício para novos IPOs. Em 2021, apesar do prolongamento dos efeitos da pandemia, e, mais recentemente, do aumento dos juros básicos, temos visto que muitas empresas mantiveram o interesse em continuar com o processo de oferta de suas ações”, finaliza Ayub. Entre os diferenciais do seguro POSI da Tokio Marine, estão a alta capacidade de aceitação, equipe amplamente capacitada no ramo, contratação simples e rápida.

Escola de Negócios SulAmérica libera cursos com consultor em vendas Plataforma PRASABER lança série com 12 episódios de José Ricardo Noronha para acesso exclusivo e gratuito pelo corretor de seguros Depois de lançar uma trilha exclusiva sobre marketing digital, a PRASABER, Escola de Negócios SulAmérica exclusiva para corretores de seguros, liberou o acesso a cursos imperdíveis de José Ricardo Noronha totalmente focados em vendas. No total são 12 vídeos explorando o tema "como vender mais e melhor", com conteúdos sobre prospecção, ciclo de vendas, negociação, marketing, entre outros temas voltados para impulsionar os negócios. José Ricardo Noronha, também conhecido como Zé, é palestrante, professor, escritor e consultor

EMPRESAS apaixonado pelo mundo das vendas. É o autor do best-seller "Vendas. Como eu Faço?", que se transformou em um "manual de vendas" de muitas empresas nacionais e multinacionais. Lançada em 2020, a PRASABER é uma plataforma de cursos e treinamentos gratuitos e exclusivos para corretores de seguros. De forma totalmente online, há opções variadas de capacitações para desenvolvimento de habilidades e de negócios, com foco especial em empreendedorismo. Ao realizar os treinamentos, o corretor acumula pontos que poderão ser trocados por disciplinas de MBA disponíveis na plataforma, uma parceria entre o UOL Edtech e PUCRS. Para ter acesso à PRASABER, basta se cadastrar no site prasabersulamerica.com.br ou baixar o app Atena, disponível no Google Play e Apple Store, e buscar por PRASABER.

Bradesco Vida e Prev investe em serviço de Tele Subscrição de produtos Com foco em Seguro de Vida, solução oferece modernidade, conforto, privacidade e agilidade A Bradesco Vida e Previdência, empresa do Grupo Bradesco Seguros, aprimorou a jornada do cliente na contratação de produtos de Seguro de Vida Individual e Empresarial. Em parceria com a SampleMed, líder em subscrição de riscos para seguro de pessoas, a seguradora implementou o modelo de Tele Subscrição que beneficia os negócios da empresa, do corretor de seguros e do cliente. O processo pode ser feito de forma remota por teleentrevistas, garantindo a proteção do segurado em toda a análise. SampleMed A Tele Subscrição possibilita à seguradora fazer uma gestão de riscos mais qualificada, evitando possíveis fraudes e auxiliando na tomada de decisões. A companhia conta com a expertise da SampleMed, que atua há mais de 30 anos no mercado, para assegurar um ecossistema de soluções para subscrição de risco, visando a velocidade e a transparência das informações, e a assertividade na composição da carteira. De acordo com Bernardo Castello, Diretor da Bradesco Vida e Previdência, além de ser um modelo mais seguro e conveniente para o cliente, a Tele Subscrição reforça o compromisso com o cuidado e a atenção à saúde das pessoas. "Neste momento que exige mais cautela em razão da pandemia, temos investido ainda mais em serviços que ofereçam agilidade e, ao mesmo tempo, mantenham a qualidade do atendimento, além de priorizarem a proteção ao cliente", destaca. O benefício poderá ser utilizado quando as informações fornecidas pelo consumidor na proposta do seguro, por meio da Declaração Pessoal de Saúde (DPS), não forem suficientes para uma avaliação completa, requerendo análise técnica mais aprofundada. Em caso de negativa após a utilização do serviço, o cliente é informado em até 15 dias e o processo de recusa e estorno é efetuado ao longo do período. Silas Kasahaya, COO da SampleMed, explica que a empresa trabalha fortemente com uma área de Data Science que ajuda na criação e formatação de novos produtos, assim como nas mudanças de critérios de subscrição. "Nosso processo de Tele Subscrição é voltado para melhor experiência possível

do cliente final. Para isso, as entrevistas são conduzidas por profissionais da saúde, além de passar por um processo de qualidade efetivo e todos os pareceres das avaliações de riscos são realizados por médicos e subscritores. Nós também utilizamos ferramentas como o Big Data para fazer avaliação de riscos e Machine Learning - inteligência que conta com avaliação e assistência da área de Data Science e Subscrição. Além disso, garantimos a integridade e segurança de dados dos clientes por meio da LGPD - Lei Geral de Proteção de dados", explica. O serviço de Tele Subscrição permite que a seguradora avalie o risco de uma forma moderna e ofereça ao cliente um atendimento personalizado e humanizado. A pandemia potencializou o crescimento da plataforma no mercado e a tendência é que esse modelo avance ainda mais nos próximos meses. O serviço está disponível de segunda a sábado, das 8h40 às 21h20.

Allianz Auto amplia rede de oficinas e oferece vantagens exclusivas A Allianz Seguros aumentou sua rede de oficinas referenciadas em todo o Brasil e passa a contar com mais de 1.200 estabelecimentos parceiros, distribuídos por mais de 400 cidades. Com isso, a seguradora amplia a capilaridade e as opções de escolha para o segurado. A Allianz ainda oferece parcelamento da franquia em até três vezes, bem como vantagens diferenciadas em toda a rede. Os benefícios incluem garantia de três anos nos reparos, lavagem e enceramento e diagnóstico de luzes e freios, em situações de reparos autorizados pela companhia, decorrentes de sinistros. A expansão faz parte do processo de integração das operações de Automóvel e Massificados adquiridas em 2020, que impulsionou a Allianz à segunda colocação em seguros de Automóvel no país (dados Susep/dezembro, 2020). “Nós desenvolvemos um trabalho bem estruturado da unificação das redes de oficinas, preservando a qualidade do atendimento e o relacionamento com os nossos prestadores de serviços. Tudo isso com foco na experiência do cliente e na evolução da sua jornada no momento do sinistro”, avalia Renato Roperto, diretor executivo de Sinistros. Dentro da rede referenciada, os segurados terão acesso a três tipos de oficinas: Excelência, Ouro e Prata. As categorias variam de acordo com os indicadores de serviços e atendimento aos clientes. Os clientes Allianz Auto seguem com o direito de escolha quanto à preferência e uso da oficina, sendo consultados no momento da abertura do aviso de sinistro, por telefone ou internet, ou acessando o site da Allianz.

Prorrogadas campanhas de incentivo da Porto Seguro Saúde e Odontológico Os Corretores que comercializam os produtos dos segmentos Saúde e Odontológico da Porto Seguro têm até o dia 30 de abril para aproveitar as campanhas de incentivo da companhia destinada aos profissionais de seguros. As campanhas de vendas “500 por vida” voltada ao PME Saúde e “20 Ver Sorrindo” do Odontológico permitem a conquista de premiações extras a partir de novos contratos. André Lopes, gerente comercial de Saúde, Odon-


EMPRESAS

Jornal Nacional de Seguros Ed. 334 Março 2021

tológico e Ocupacional da Porto Seguro, destaca que “a prorrogação das campanhas, que inicialmente iriam até o fim de março, tem o objetivo de ampliar as possibilidades de ganho extra nos negócios para os Corretores, bem como estreitar o relacionamento com esses parceiros e valorizar o trabalho deles”. 500 Por Vida Permite que os Corretores consigam ganhos extras, além do tradicional comissionamento por negócio. No ‘500 Por Vida’, o foco está nos seguros para PMEs (3 a 99 vidas) e os Corretores garantem os ganhos a partir das emissões por vidas. A campanha abrange as regiões de São Paulo Capital, Guarulhos, Osasco, Alphaville, ABC, Vale do Paraíba, Litoral Paulista, Interior Paulista e Rio de Janeiro. 20 Ver Sorrindo A campanha do Odontológico garante premiação por vida, com bônus em caso de cross turbinado, um incremento que permite maior ganho aos Corretores se a venda for conjugada com o Porto Seguro Saúde e/ou Porto Seguro Vida ou se o cliente já possuir um desses produtos. A campanha é válida para empresas a partir de três vidas e tem abrangência nacional nas localidades com rede referenciada do Porto Seguro Odontológico. A campanha vale para todo o país.

JNS 11

CURTAS Com a colaboração indispensável de corretores e seguradores. Envie a sua piada para jns@jns.com.br !

Um ano após o primeiro pagamento de indenização por COVID, PASI bate recorde de atendimentos

Uma aula de empreendedorismo

UMAS&OUTRAS

Completou-se um ano da data em que foi paga a primeira indenização em decorrência de COVID-19 (08 de abril de 2020) e o PASI contabiliza atualmente mais de 350 famílias indenizadas em decorrência de morte em virtude do novo coronavírus. Um dado que também chamou atenção é que além das indenizações por morte, já ocorreram algumas solicitações de indenizações por invalidez permanente por doença do segurado. “O PASI foi o primeiro a indenizar uma morte causada pela pandemia no Brasil”, destaca André Araújo, gerente de Relações Institucionais do PASI. André ressalta que a média de idade dos segurados falecidos é de 56 anos, sendo que a grande maioria dos sinistros, 76%, ocorreram com segurados do sexo masculino. Além disso, destaca-se que o estado de São Paulo contabilizou a maior parte das vítimas, representando 36% do total. Atendimentos da Central de Amparo PASI Durante a pandemia, a Central de Amparo PASI bateu vários recordes de atendimentos. Foram contabilizados 5.070 acionamentos, representando um aumento de 337% na utilização dos serviços disponíveis. Neste período, a maioria dos atendimentos prestados, 43%, foram relativos a traumas, transtornos e fobias, seguidos por apoio ao luto, que representou 13% dos acionamentos. O pico ocorreu no mês de abril de 2020 com 600 atendimentos realizados em um único mês. Desde que foi criada, em abril de 2016, a Central já realizou cerca de 12.000 atendimentos de segurados e familiares espalhados por todo o Brasil. A Central de Amparo PASI oferece aos segurados e suas famílias as assistências: Psicológica, Social, Nutricional, Fitness, Avaliação e Recolocação Profissional. No ano passado, por alguns meses, todas essas assistências foram disponibilizadas gratuitamente para os segurados PASI que não possuíam as assistências contratadas e também para os corretores de seguros e suas famílias, para que todos que precisassem de apoio, pudessem ser amparados e atendidos pelos profissionais de cada área. Durante a pandemia, estão sendo atendidas pessoas com sintomas, diagnosticadas com o vírus, que temem a contaminação da doença e até pessoas que foram internadas e que se recuperaram. “A Central de Amparo PASI contribuiu e fez diferença na vida dos segurados e de seus familiares em diversos momentos, amenizando angústias, incertezas e inseguranças”, enfatiza Araújo, acrescentando que a pandemia veio elucidar sobre a importância destes serviços que promovem o bemestar, a saúde física e mental das pessoas.

Um ladrão entrou num banco e gritou pra todos ouvirem: - Ninguém reaja, porque o dinheiro é do banco, mas suas vidas pertencem a vocês! Todos no banco ficaram em silêncio e lentamente se deitaram no chão. Isso se chama MUDANÇA DE MENTALIDADE Uma mulher ao longe gritou: - Meu amor, não seja mal comigo. O ladrão respondeu: - Comporte-se, isso é um assalto, não um romance! Isso se chama PROFISSIONALISMO. O ladrão mais jovem disse ao ladrão mais velho: - Ei cara, vamos contar quanto temos! O ladrão mais velho, respondeu: - Não seja estúpido, é muito dinheiro para contar agora, vamos esperar o noticiário informar quanto o banco perdeu. Isso se chama EXPERIÊNCIA. Depois que os ladrões foram embora, o supervisor do banco disse ao gerente que deveriam chamar a polícia com urgência. O gerente respondeu: - Calma, vamos incluir no assalto os desfalques que fizemos. O supervisor concordou. Isso se chama, GESTÃO ESTRATÉGICA. No dia seguinte, foi noticiado que foram roubados R$ 80 milhões do banco, mas os ladrões só contaram R$ 10 milhões! Os bandidos pensaram: - Arriscamos nossas vidas por R$ 10 milhões,

enquanto o gerente do banco roubou 70 milhões num piscar de olhos! Isso se chama CONHECIMENTO. O gerente do banco ficou satisfeito, pois todos os seus desfalques foram encobertos pelo assalto. O banco também, pois foi ressarcido pela seguradora. Isso se chama APROVEITAR AS OPORTUNIDADES!

Compra o pão e vai pra casa! ESPOSA: - Querido, por favor, não esqueça de comprar pão na hora de voltar do trabalho e antes que eu me esqueça... sua namorada Fátima também está aqui e tá mandando um olá pra você. MARIDO: - Quem é Fátima? ESPOSA: - Ninguém, só queria que você respondesse, para ter a confirmação de que viu minha mensagem. MARIDO: - Mas estou com Fátima agora, achei que você tivesse me visto! ESPOSA: - O quê! Onde você está? MARIDO: - Perto da padaria do bairro. ESPOSA: - Espere, estou indo agora mesmo! Após 5 minutos, sua esposa envia uma mensagem: ESPOSA: - Estou na padaria, onde você está? MARIDO: - Estou no trabalho. Agora que você está na padaria, compre o pão e vá para casa!



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